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como criar tilapia em caixa da agua

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SISTEMA INTENSIVO SUSTENTÁVEL COM RECIRCULAÇÃO DE ÁGUA PARA 
PRODUÇÃO DE PEIXES TROPICAIS, HORTALIÇAS E BIOGÁS 
 
Rodrigo Aparecido Jordan, Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade 
Federal da Grande Dourados, Rodovia Dourados/Itahum, km 12, CP 533, CEP 
79804-970, Dourados/MS. Tel: (67) 3410-2412. E-mail: rodrigojordan@ufgd.edu.br 
 
Resumo 
 
São mostrados os resultados do trabalho de desenvolvimento de um sistema 
sustentável para criação de peixes tropicais, em regime intensivo com recirculação 
de água conjuntamente com a produção de hortaliças e bioenergia. A água utilizada 
nos tanques de criação de peixes é recirculada por um sistema de filtros para 
remoção de dejetos sólidos e amônia. Integram o sistema de filtragem um 
biodigestor e um sistema de aquaponia por onde circula a parte mais concentrada 
dos dejetos removidos pelos filtros do sistema de recirculação. Os resultados obtidos 
demonstram a viabilidade da produção de peixes e hortaliças de uma forma mais 
sustentável no que se refere ao uso da água, através da recirculação, tratamento e 
reutilização da mesma. 
 
Palavras chave: sistema intensivo, ambiente controlado, recirculação, reuso de 
água, sustentabilidade, bioenergia. 
 
 
INTENSIVE SYSTEM WITH SUSTAINABLE WATER RECYCLING FOR 
PRODUCTION OF TROPICAL FISH, VEGETABLES AND BIOGAS 
 
Abstract 
 
Shown are the first results of development work for creating a sustainable system of 
tropical fish in intensive recirculating water, together with the production of 
vegetables and bioenergy. The water used in fish breeding tanks is recirculated by a 
system of filters to remove solid waste and ammonia. Part of the filtration system a 
digester and a system through which circulates the aquaponics part of the 
mailto:rodrigojordan@ufgd.edu.br
concentrated waste removed by the filters of the recirculation system. The results to 
date demonstrate the feasibility of producing fish, vegetables in a more sustainable 
with regard to the use of water through the recirculation and reuse of the same 
treatment. 
 
Keyworks: intensive systems, recycling, water reuse, sustainability, bioenergy. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
De valiosas características nutricionais e excelente fonte de proteína, o peixe 
pode colaborar muito na alimentação da população brasileira, priorizando a 
qualidade de vida por serem alimentos saudáveis, com menos colesterol e gorduras 
saturadas. 
A produção mundial de pescado vem se estabilizando nos últimos anos, 
demonstrando uma estagnação dos estoques naturais. No Brasil, a situação é um 
pouco mais delicada com drástica redução da produção entre as décadas de 80 e 
90, obrigando o país a importar pescado para atendimento do mercado interno 
(SONODA, 2002). 
Com a redução dos estoques naturais, a aqüicultura vem ganhando cada vez 
mais espaço no mercado, contribuindo para reduzir o déficit da produção pesqueira. 
No entanto, a produção da aqüicultura, ainda não é suficiente para atender o 
mercado, levando a importação de algumas espécies, principalmente marinhas, 
como é o caso do salmão, importado do Chile. 
Atualmente, a atividade de criação de peixes, ou piscicultura, já é responsável 
por 26% da produção nacional de pescado, sendo a Região Sul e o Estado de São 
Paulo, responsáveis por 38% dessa produção. (SONODA 2002). 
Os principais organismos cultivados na aqüicultura brasileira são os peixes de 
água doce, principalmente tilápias, carpas, tambaqui e pintados. Mais recentemente, 
o pirarucu, ainda com problemas técnicos para produção de alevinos também tem se 
destacado (OSTRENSKI, 2008). Na maricultura destacam-se o camarão-branco-do-
pacífico (Litopenaeus vannamei),a ostra-do-pacífico (Crassostrea gigas), o mexilhão 
(Perna perna) e, como produtos emergentes os peixes marinhos (basicamente, o 
beijupirá) e as macroalgas. 
Dentre os sistemas de cultivo empregados, destaca-se o uso de viveiros, 
geralmente manejados em regime semi-intensivo de produção (usados nos cultivos 
de peixes e de camarões) e os long-lines (empregados nos cultivos de moluscos e 
macroalgas). A produção de peixes em tanques-rede apresenta um enorme 
potencial para se desenvolver no país, desde que sejam desatados os nós 
burocráticos e legais para legalização do direito ao uso de espaços da União para 
fins de aqüicultura (OSTRENSKI, 2008). 
A produção semi-intensiva de peixes de água doce no Brasil é desenvolvida 
em viveiros escavados, onde são exigidos grandes volumes de água devido a 
elevada taxa de renovação, restringindo o crescimento da piscicultura, que 
consegue se desenvolver apenas em propriedades que possuem água em 
abundância, costeiras, banhadas por rios ou, que possuam grandes nascentes. 
Nas ultimas décadas a criação de peixes em sistemas super-intensivos, com 
recirculação da água utilizada tem atraído a atenção dos cientistas e investidores, 
uma vez que permitem alcançar altas produtividades, requerendo espaços 
relativamente pequenos, além de baixo consumo de água. Entretanto, a viabilização 
do sistema passa por um rígido controle de temperatura, do oxigênio dissolvido e de 
metabólitos, principalmente os nitrogenados, oriundos da alimentação (rações), urina 
e fezes que podem levar a intoxicação e morte dos peixes. 
JORDAN et al. (2011) demonstraram que a produtividade em um sistema 
intensivo, considerando a introdução de alevinos com 3 g, pode alcançar valores de 
50 ton ha-1 ano-1 (área total ocupada pelo sistema), com um tempo de produção de 6 
a 7 meses. Se considerada a introdução de juvenis de 100-120 g, num regime de 
terminação, o tempo de produção é reduzido para 3 meses e, a produtividade sobe 
para 100 ton ha-1 ano-1 (área total ocupada pelo sistema). As melhores médias 
nacionais para viveiros escavados foram obtidas na região de Toledo-PR, com 
tilápia, 10 - 12 ton ha-1 ano-1 (EMATER-PR, 2004). Porém, a média nacional 
calculada por OSTRENSKI (2008) era de pouco mais de 2 ton ha-1 ano-1 até 2004, 
onde o tempo de criação pode ultrapassar 10 meses nas regiões mais frias. 
Com relação ao consumo de água, no sistema intensivo montado e avaliado 
por JORDAN et al. (2011), este foi de 900 L kg de peixe-1, ao passo que em viveiros 
escavados este consumo é de 16200 L kg de peixe-1. 
Além da elevada produtividade e do baixo consumo de água, outra vantagem 
do sistema intensivo esta relacionada ao rígido controle da espécie criada, onde, 
praticamente, não existe a possibilidade de fuga de peixes para os rios, o que 
poderia causar desequilíbrios ambientais, em se tratando do cultivo de uma espécie 
exótica, como é o caso da tilápia. Este fator contribui para a redução dos entraves 
legais relacionados as questões ambientais na implantação de projetos de 
piscicultura, além de custos com licenças ambientas, o quais se tornam um fator 
limitante, devido a situação econômica de muitos produtores. 
No sistema intensivo tem-se um controle maior das condições ambientais, 
principalmente, da temperatura, fator preponderante no tempo de crescimento e 
engorda dos peixes. Em temperatura ideal este tempo é reduzido, fazendo com que 
a criação tenha maior rotatividade e consequente lucro. Porém, os sistemas de 
aquecimento consomem energia, implicando em aumento de custos da criação 
durante as estações mais frias (outono e inverno). 
Como animais ectotérmicos, os peixes apresentam variação na velocidade 
dos processos metabólicos em função da temperatura da água. Dentro dos limites 
de tolerância térmica, quanto mais elevada a temperatura, maior será a velocidade 
de crescimento do peixe, sendo o contrário observado em temperaturas mais baixas 
(SCHMIDT-NIELSEN, 1997). 
O tratamento da água é outro gargalo tecnológico do sistema intensivo, 
principalmente a questão de remoção de amônia (JORDAN et al., 2011). Onde se 
faz necessário o emprego de sistemas de filtragem que sejam eficientes e viáveis 
economicamente. 
Neste aspecto a aquaponiamostra-se interessante, pois a água fertilizada é 
utilizada para o cultivo de plantas e hortaliças (CORTEZ et al., 2009), que ao se 
desenvolverem vão auxiliar na remoção de matéria orgânica e outros compostos 
presentes na água, como é o caso da amônia, bastante prejudicial ao 
desenvolvimento dos peixes. 
A aquaponia é uma técnica que integra a produção de peixe e plantas em um 
ambiente simbiótico, no qual os resíduos dos peixes são usados como fertilizantes 
(ROOSTA e AFSHARIPOOR, 2012). Geralmente neste sistema é necessária a 
utilização de um sistema intensivo de recirculação de água, denominado, RAS 
(Recirculation Aquaculture Systems), o qual oferece certa facilidade no controle das 
condições do cultivo vegetal e criação de peixes, proporcionando a otimização do 
sistema, além do alto padrão de qualidade comercial (DEDIU et al., 2012). 
O principal obstáculo para uma grande difusão do sistema RAS é 
representado pela necessidade de alto investimento inicial, então uma medida 
encontrada para amenizar esta dificuldade é a utilização de grandes densidades de 
peixes nos tanques de criação. Não obstante, isso requer grande atenção e 
conhecimento técnico, pois a qualidade da água deve ser mantida constante, para 
não reduzir o bem-estar do animal, (ROQUE D'ORBCASTEL et al., 2009). 
 Outra medida importante é a utilização dos resíduos providos da criação dos 
peixes, pois o sistema pode ser integrado com um biodigestor, que permite a 
produção de biogás e biofertilizante, sendo que o biogás pode ser aplicado para 
atender as necessidades energéticas do sistema de criação (HOQUE et al., 2012). 
Enquanto que o biofertilizante pode ser aplicado no cultivo de hortaliças e até no 
cultivo de microalgas para alimentação dos peixes. 
A combinação da aquacultura com técnicas de hidrocultura, pode fornecer 
uma fonte de renda alternativa para o produtor, onde, além de proporcionar redução 
da poluição, contribui também para o aumento da rentabilidade, devido ao reduzido 
consumo de água e a exploração de outra fonte de renda (DEDIU et al., 2012). 
O elevado custo associado aos sistemas intensivos mencionados por alguns 
autores pode ser contornado com o uso de materiais e soluções alternativas aos 
sistemas comercializados por algumas empresas, que já estão oferecem o sistema 
no Brasil, as quais se baseiam em sistemas desenvolvidos em países como os 
Estados Unidos, onde a realidade financeira é bem diferente da realidade dos 
pequenos produtores brasileiros. 
 
 
OBJETIVO 
 
Desenvolver um sistema de criação intensiva de peixe, com recirculação, 
integrado a um biodigestor e a um sistema de produção vegetal (aquaponia), de 
baixo custo, para produção de peixes, hortaliças e biogás com o mínimo consumo 
de água, possibilitando a criação de peixes em locais que não dispõem de água em 
abundância, beneficiando pequenos produtores, comunidades rurais e assentados. 
 
 
MATERIAL E MÉTODOS 
 
O sistema foi implantado numa área pertencente a Faculdade de Ciências 
Agrárias da Universidade Federal da Grande Dourados, onde foi construída uma 
estufa com 100 m2, sob a qual foi montado o sistema de criação intensiva com 
recirculação composto por 10 tanques de fibra de 500 L cada (Figuras 1 e 2). 
 
 
Figura 1. Estufa para criação de peixes. 
 
 
 
Figura 2. Sistema de criação de peixes com recirculação recirculação montado sob a 
estufa. 
 
A estrutura da estufa foi montada com sobras de madeira usadas em 
construções (escoras e sarrafos). Os tanques de criação (caixas d’água de fribra de 
500 L) foram conectados a um sistema de filtragem para remoção de sólidos e 
amônia, composto por três filtros montados em série, onde a água circula num 
sistema fechado, retornando posteriormente aos tanques de criação. As Figuras 3, 4 
e 5 mostram os filtros. A Figura 6 mostra o retorno de água filtrada para os tanques 
de criação. 
 
 
Figura 3. Primeiro filtro: remoção de sólidos. 
 
 
 Figura 4. Segundo filtro: remoção de sólidos e amônia. 
 
Figura 5. Terceiro e último filtro: remoção de amônia. 
 
 
Figura 6. Retorno de água filtrada para os tanques de criação. 
 
Os filtros foram preenchidos com cacos de telhas e cacos de tijolos, brita, 
areia grossa e tela tipo sombrite. A estufa mantém a água numa faixa de 
temperatura adequada para as tilápias (entre 26 e 28 ºC) na maioria dos dias. Nos 
dias mais frios foi empregada uma bomba de calor e um queimador a lenha para 
manter a temperatura da água próxima de 26 ºC. 
A saída de água dos tanques é sifonada, possuindo uma válvula para a 
descarga de fundo, por onde é removido o material mais pesado (fezes e restos de 
ração), o qual é canalizado para um reservatório enterrado (Figura 7). 
Posteriormente é feito o bombeamento desse material para um segundo tanque, 
onde ocorre a decantação e a separação da água residuária dos dejetos (parte mais 
concentrada), que ficam no fundo, sendo depois direcionados para um biodigestor, 
produzindo biogás e biofertilizante. 
 
 
Figura 7. Reservatório para recolhimento da descarga de fundo. 
 
O biodigestor foi montado com 4 caixas de fibra de 500 L, viradas uma de 
boca para outra, constituindo assim, dois módulos de biodigestão, com câmaras de 
digestão de 500 L e gasômetros fixos também de 500 L (Figuras 8 e 9). Os mesmos 
ficam dentro da estufa e foram pintados com tinta preta fosca para manter o 
aquecimento necessário ao processo de biodigestão. 
 
 
 
 
Figura 8. Funcionamento do biodigestor. 
 
 
Figura 9. Biodigestor instalado na estufa. 
 
A água residuária é enviada para dois reservatórios de 1000 L, onde é 
misturada com o biofertilizante e utilizada numa aquaponia para produção de 
hortaliças. A bancada de aquaponia foi inicialmente montada com cavaletes de 
madeira (restos de construção) e 8 tubos de PVC de 100 mm de diâmetro (Figura 
10). Posteriormente, os tubos de PVC foram substituídos por duas folhas de telha de 
fibrocimento de 6 mm de espessura, com 3,66 m de comprimento e 1,10 m de 
largura, formando ao todo 12 canais de cultivo (Figura 11). Após a substituição 
foram avaliados dois tipos de substrato: pedra brita n.º 3 e espuma flexível de 
poliuretano, utilizada em estofaria. 
No sistema de aquaponia, a água recircula em um sistema fechado, entre a 
bancada e os reservatórios de 1000 L. Em intervalos de 2 dias era feita a medição 
de amônia na água com emprego de testes colorimétricos (Figuras 12 e 13). Quando 
a concentração atingia o valor zero, a água era bombeada para um reservatório 
elevado, de 1000L (Figura 14), para voltar a ser utilizada no sistema de criação de 
peixes como água de reposição. 
 
 
Figura 10. Sistema de aquaponia montado inicialmente, composto por tubos de PVC 
preenchidos com pedra brita n.º 3. 
 
 
Figura 11. Substituição dos tubos de PVC por telhas de fibrocimento. 
 
 
 
 
Figura 12. Concentração de amônia da água que entra no sistema de aquaponia. 
 
 
Figura 13. Concentração zero de amônia: condição para a água sair do sistema de 
aquaponia e voltar a ser utilizada no sistema de criação de peixes. 
 
Para um melhor entendimento, a Figura 15 mostra um esquema geral de 
funcionamento do sistema com cada componente: sistema de criação e recirculação, 
coleta de dejetos, biodigestor e aquaponia. A Figura 16 mostra um fluxograma 
simplificado com cada etapa de funcionamento do sistema. 
 
 
 
Figura 14.Reservatório de água tratada no sistema de aquaponia, pronta para 
retornar ao sistema de criação de peixes. 
 
 
 
Figura 15. Esquema básico geral do sistema. 
 
 
 
Figura 16. Fluxograma básico com as etapas de funcionamento do sistema. 
 
A espécie de peixe utilizada nos experimentos foi a tilápia Gift (Oreochromis 
niloticus). Sua escolha se deu, principalmente, pelo conhecimento do seu ciclo 
produtivo, manejo alimentar e disponibilidade de alevinos em todas as épocas do 
ano.RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
O sistema foi colocado em operação em 21 de maio de 2012 e está em 
operação desde então. Os resultados apresentados referem-se a observações 
realizadas de maio a dezembro de 2012. 
 
Sistema de recirculação 
 
A média de alojamento foi de 90 alevinos em cada tanque de criação, 
resultando em uma densidade média de 180 peixes por metro cúbico de água. Os 
níveis de amônia se mantiveram em condições aceitáveis, por volta de 0,25 mg L-1 
de amônia total e 0,002 mg L-1 de amônia tóxica (Figura 17). A baixa concentração 
de amônia demonstra que o sistema de filtragem funcionou de forma satisfatória. O 
pH se manteve entre 7,0 e 7,2 (Figura 18), sendo feita correção com a adição de 
silicato de alumínio quando necessário. 
 
 
Figura 17. Concentração de amônia na água dos tanques de criação de peixes. 
 
 
Figura 18. Condição de pH da água do sistema de recirculação. 
 
O sistema de filtragem de acordo com o relatado por Jordan et al. (2011) é 
um dos gargalos técnicos do sistema de criação intensiva com recirculação. No 
trabalho desses autores foram relatados níveis de amônia tóxica críticos, acima de 
0,04 mg L-1 (6,5 mg L-1 de amônia total) a partir da 9ª semana, com uma densidade 
populacional de 91 tilápias por metro cúbico de água e alimentação diária na base 
de 2% peso médio dos peixes. 
De acordo com Boyd e Tucker (1998) os limites máximos de nitrogênio na 
forma de amônia total em viveiros de aquicultura devem estar entre 0,4 e 2,0 mg L-1. 
EMATER-PR (2004), cita que uma concentração de amônia total de 0,5 mg L-1 é a 
ideal para tilápias. 
A Figura 19 mostra a escala de desenvolvimento dos peixes, o qual se deu de 
forma satisfatória no período avaliado, com resultados semelhantes aos obtidos por 
Jordan et al. (2011). A conversão alimentar média nos primeiros 30 dias foi 1,03:1 
um excelente resultado quando comparado ao obtido por Jordan et al. (2011), que 
foi de 1,16:1 em 9 semanas, o mesmo valor encontrado por EMATER (2004). A 
elevada conversão alimentar é explicada pelo fato dos peixes se alimentarem 
também de microalgas que crescem nos tanques, complementando assim a 
alimentação. A Tabela 1 mostra a evolução do peso e comprimento dos peixes 
desde o início até os 90 dias de alojamento no sistema. 
 
 
Figura 19. Escala de crescimento dos peixes. 
 
 
Tabela 1. Desenvolvimento dos peixes. 
Tempo de alojamento Peso (g) Comprimento total (cm) 
Início 30 14 
30 dias 48 16 
45 dias 75 17 
60 dias 120 23 
90 dias 280 28 
 
 
Sistema de aquaponia 
 
A integração com a produção vegetal produziu bons resultados, evidenciado 
pelo desenvolvimento satisfatório das plantas introduzidas no sistema. Os resíduos 
da criação de tilápia forneceram os nutrientes necessários para a produção de 
hortaliças sem a necessidade de adição de fertilizantes químicos. 
A Tabela 2 apresenta os resultados da análise da água fertilizada pelos 
peixes (água residuária utilizada na aquaponia) e da água utilizada para reposição, 
que é proveniente de um poço artesiano, sendo possível verificar significativos 
incrementos nas concentrações de cálcio, ferro, fósforo, magnésio, manganês, 
ortofosfato solúvel, e zinco. 
 
Tabela 2. Concentração de nutrientes (mg L-1) presentes na água de reposição e na 
água fertilizada pelos peixes. 
Nutrientes Água de reposição Água residuária Incremento (%) 
Amônia 4,2 4,9 +16,66 
Cálcio 1,01 4,38 +333,66 
Ferro 0,02 0,24 +1100 
Fósforo total 1,30 19,53 +1402, 31 
Magnésio 0,75 2,78 +270, 67 
Manganês 0,02 0,07 +250 
Nitrato 1,9 3,1 +63,16 
Nitrito 3,0 1,0 -66,67 
Nitrogênio 
amoniacal 
4,2 4,9 +16,67 
Nitrogênio orgânico 6,3 7,7 +22,22 
Ortofosfato solúvel 0,25 46 +18300 
Potássio 1 22 + 95,45 
Sódio 17,2 3,9 -77,33 
Zinco 0,00 0,02 +200 
Obs.: Análises realizadas pelo Laboratório Solanalise, Cascavel, PR. Metodologia: Official Methods of 
analysis of the Association of Official Analytical Chemists. 
As Figuras 20 e 21 mostram o cultivo de alface roxa e rúcula quando os 
canais de cultivo do sistema de aquaponia eram formados por tubo de PVC branco 
de 100 mm, utilizando pedra brita n.º 3 como substrato. 
 
 
Figura 20. Vários estádios de desenvolvimento da alface roxa no sistema de 
aquaponia com tubos de PVC. 
 
 
Figura 21. Vários estádios de desenvolvimento da rúcula no sistema de aquaponia 
com tubos de PVC. 
 
Devido a dificuldade na realização da limpeza dos tubos e troca do substrato 
ao final de uma cultura e início de outra, os tubos de PVC foram substituídos por 
telhas de fibrocimento. Nessa segunda fase, foram realizados testes utilizando 
alface crespa, onde foram avaliados dois tipos de substratos (Figura 22): espuma 
flexível de poliuretano (EFP) e pedra brita n.º 3 (PB3). 
 
 
Figura 22. Substratos utilizados em testes com alface crespa no sistema de 
aquaponia com telha de fibocimento. 
 
Para cada planta foi utilizado um pedaço de espuma com volume de 63 cm3, 
cuja dimensões compreenderam: 3 cm de altura, 3 cm de largura e 7 cm de 
comprimento. A densidade da espuma era de 0,021 g cm-3, com capacidade de 
armazenar até 17,12 ml de água. 
 A Figura 23 mostra o aspecto da alface crespa no sistema de aquaponia 
após 21 dias de transplante. Após 32 dias do transplante alguns pés foram colhidos 
e levados ao laboratório para as análises comparativas (número de folhas, massa 
seca e massa fresca). O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com 2 
tratamentos que correspondem aos substratos, e 6 repetições, totalizando 12 
parcelas.Cada parcela foi constituída por 5 plantas, onde o espaçamento entre 
linhas foi delimitado pela telha de cimento amianto, correspondendo a 18 cm e, 20 
cm entre plantas. A unidade experimental foi representada por 3 plantas de cada 
parcela, desprezando-se duas plantas de cada extremidade. 
Com relação as características produtivas da alface aquapônica, são 
apresentados na Tabela 3 as massas seca e fresca da parte aérea (g planta-1), 
assim como a respectiva produtividade (t ha-1). A massa fresca e a massa seca da 
parte aérea apresentaram diferença significativa entre os dois substratos utilizados, 
com médias de 95,48 g planta-1 e 4,10 g planta-1, respectivamente, obtidas utilizando 
EFP. Enquanto que utilizando PB3 os valores de massa fresca e massa seca da 
parte aérea são 86,20 g planta-1 e 3,50 g planta-1, respectivamente. A produtividade 
não apresentou diferença significativa, apesar da superioridade de 2,32 t ha-1 
quando se utilizou EFP. 
 
 
Figura 23. Aspecto geral da alface crespa após 21 dias do transplante. 
 
 
Tabela 3. Massa fresca da parte aérea (g planta-1), massa seca da parte aérea (g 
planta-1) e produtividade (t ha-1). 
 
Tratamentos 
Variáveis Analisadas 
Massa Fresca 
da Parte aérea 
Massa Seca da 
Parte aérea 
Produtividade 
PB3 86,20 a 3,50 a 21,55 a 
EFP 95,48 b 4,10 b 23,87 a 
CV (%) 6,90 1,28 6,90 
*Valores seguidos pela mesma letra na coluna não diferem em si, pelo teste 
Bonferroni a 5 % de probabilidade. 
 
Na literatura são reportados varios resultados obtidos com relação a massa 
da parte aérea da alface, Kano et al. (2012) utilizando cultivar Verônica no cultivo 
com solo, avaliando diferentes doses de fósforo, apresentaram valores máximos de 
massa fresca e massa seca de 166 g planta-1 e 11 g planta-1, respectivamente. 
Porém, Duarte et al. (2012) avaliando diferentes concentrações de adubo orgânico, 
também em cultivo com solo, com a cultivar Regina 2000, apresentaram valores 
semelhantes aos encontrados neste trabalho, com massa fresca e massa seca de 
90,30 g planta-1 e 4,86 g planta-1, respectivamente. Assim como, Martins et al. (2009) 
em cultivo hidropônico, com massa seca de 5,68 g planta-1. Esses mesmos autores 
obtiveram produtividade de 51,12 t ha-1 trabalhando a cultivar Verônica. 
Por se tratar de um sistema aquapônico, onde a produção de hortaliças pode 
ser considerada um complemento à rendaproveniente da criação de peixes 
(ROOSTA e AFSHARIPOOR, 2012), as massas e produtividades apresentadas pela 
alface foram, logo, o papel das hortaliças em relação a todo o sistema esta sendo 
realizado, pois esta ocorrendo a recuperação dos nutrientes apresentados na Tabela 
2, provenientes da criação de peixes e, concomitantemente, geração de uma fonte 
alternativa de renda para o produtor. 
Na Tabela 4 pode-se observar a massa fresca das folhas (g planta-1), o 
número de folhas e a porcentagem de talo por planta (%). A parte aérea da alface 
pode ser dividida em talo e folhas, onde o talo corresponde ao caule da planta 
(KANO, et al., 2011) e as folhas equivalem a porção comestível da planta (SANTOS 
et al., 2010). 
 
Tabela 4. Massa fresca (g planta-1), número de folhas, porcentagem de talo por 
planta (%) porcentagem de água. 
Tratamentos 
Variáveis Analisadas 
Massa Fresca 
das Folhas 
Número de 
Folhas 
Porcentagem de 
Talo por Planta 
PB3 73,79 a 12,20 a 12,16 a 
EFP 83,85 b 14,90 b 14,38 b 
CV (%) 6,54 2,51 6,04 
*Valores seguidos pela mesma letra na coluna não diferem em si, pelo teste 
Bonferroni a 5 % de probabilidade. 
 
A massa fresca das folhas no tratamento utilizando EFP foi superior em 10,06 
g planta-1, em relação ao tratamento com PB3. A porcentagem de talo presente nas 
plantas também foi superior no tratamento EFP, com 14,38% de talo, enquanto que 
o PB3 apresentou 12,16% de talo. 
Pode-se atribuir estes resultados ao maior tempo de retenção da água e 
simultâneamete nutrientes nas proximidades das raízes quando se utiliza EFP como 
substrato, de modo que, o fluxo de água utilizado em um sistema aquapônico 
interfere nas caracteríscas produtivas da alface (DEDIU et al., 2012). 
 O número de folhas encontradas no tratamento EFP e PB3 foi de 14,90 e 
12,20, respectivamente. Kano et al. (2012) avaliando diferentes doses de adubação 
fosfatada obtiveram um número de folhas variando entre 18 e 24. Não obstante, 
Santos et al. (2010) comparando três sistemas de cultivo da alface, encontraram 
para o cultivo orgânico, convencional e hidrôponico, médias de 34,96, 31,54 e 33,42, 
respectivamente. Nota-se que há grande variação do número de folhas, podendo 
este parâmetro estar mais relacionado ao fator genético da espécie do que apenas 
pela questão nutricional (SANTOS et al., 2010). 
Realizou-se a análise química das plantas dos dois tratamentos na fase de 
diagnose foliar com o objetivo de avaliar o estado nutricional das plantas. São 
apresentadas na Tabela 5 a concentração de macronutrientes presentes na parte 
aérea da alface (g kg-1) cultivada em EFP e PB3. Pode-se observar que ocorreu um 
aumento da concentração de quase todos os macronutrientes quando se utilizou a 
EFP como substrato. 
 
Tabela 5. Concentração de macronutrientes (g kg-1) presentes na parte aérea da 
alface cultivada em espuma flexível de poliuretano (EFP) e pedra brita 3 (PB3). 
Determinação Elemento Espuma flexível de 
poliuretano (EFP) 
Pedra brita 
(PB3) 
Fósforo P 5,81 5,99 
Nitrogênio N 34,38 32,46 
Potássio K 54,00 52,00 
Cálcio Ca 18,05 15,40 
Magnésio Mg 2,90 2,65 
Enxofre S 4,28 3,58 
 
 Os teores de P foram adequados para os dois tratamentos com valores para 
EFP e PB3 de 5,81 e 5,99 g kg-1, respectivamente. Pode-se observar, que a 
concentração de P apresentada foi maior quando se utilizou PB3 como substrato. Os 
teores de fósforo geralmente apresentam maior concentração, quando a planta se 
aproxima do estádio reprodutivo, o P acumulado é utilizado no pendoamento, 
florescimento e formação da semente (KANO, et al., 2011). Possivelmente a menor 
concentração de nutrientes nas plantas com PB3 proporcionaram uma situação 
adversa ao desenvolvimento vegetativo, resultando no acúmulo prematuro de 
fósforo. 
 A concentração de P recomendada por Raij et al. (1996) para parte aérea, 
esta na faixa de 4 a 7 g kg-1. Resultados semelhantes foram encontrados por Martins 
et al. (2009) que realizando uma curva de absorção de nutrientes em alface 
hidropônica obtiveram um teor de 5,8 g kg-1 de P. Almeida et al. (2011) também em 
cultivo hidropônico, avaliando diferentes soluções nutritivas, encontraram teores de 
P variando entre 1,3 e 5,4 g kg-1. Estes resultados são condizentes com o reportado 
por Kano et al. (2012), que avaliando o acúmulo de nutrientes na alface em resposta 
a diferentes doses de adubação fosfatada cultivada em solo, encontraram valores 
variando entre 2,1 a 5,0 g kg-1. 
 Conforme Raij et al. (1996) os teores foliares de nitrogênio e de potássio 
foram adequados para os dois tratamentos, pois estiveram na faixa de 30 a 50 g kg-1 
de N e 50 a 80 g kg-1 de K. Resultados semelhantes foram obtidos por Kano et al. 
(2012), que avaliando o acúmulo de nutrientes na alface em resposta a diferentes 
doses de adubação fosfatada cultivada em solo, encontraram teores variando entre 
32 a 37 g kg-1 de N e 57 a 62 g kg-1 de K. Almeida et al. (2011) em cultivo 
hidropônico obtiveram concentrações reduzidas de macronutrientes em relação a 
este trabalho, com teores de N variando entre 9,5 a 23,2 g kg-1 e teores de K 
variando entre 3,2 a 58,9 g kg-1. No entanto, Martins et al. (2009) em alface 
hidropônica obtiveram teores elevados de N e K, com concentrações de 50,7 g kg-1 
de N e 75,9 g kg-1 de K. 
 As concentrações de cálcio foram adequadas, pois estiveram na faixa de 15 a 
25 g kg-1 (RAIJ et al.,1996), com valores de 18,05 g kg-1 utilizando EFP e 15,40 g kg-
1, utilizando PB3. Resultados semelhantes foram encontrados por Kano et al. (2012) 
que avaliando o acúmulo de nutrientes na alface cultivada em solo, encontraram 
teores de Ca variando entre 13 a 16 g kg-1. Almeida et al. (2011) em cultivo 
hidropônico relataram concentrações menores de Ca em relação a esse trabalho, 
com teores variando entre 3,6 a 12,1g kg-1. 
 Quanto ao magnésio, os dois tratamentos (EFP e PB3) obtiveram valores 
abaixo da faixa considerada adequada (4 a 6 g kg-1) por Raij et al. (1996). Porém, 
não apresentaram sintomas visíveis de deficiência. Os teores de enxofre foram 
adequados para os dois tratamentos, pois apresentaram teores variando entre 1,5 a 
2,5 g kg-1. Kano et al. (2012), encontraram resultados semelhantes com teores de 
Mg e S variando entre 3,1 a 3,6 g kg-1 e 1,3 a 1,9 g kg-1, respectivamente. Em cultivo 
hidropônico Almeida et al. (2011) encontraram teores de Mg entre 0,7 e 5,5 g kg-1 e 
de 1,5 g kg-1 para o S. 
 Em relação aos micronutrientes são apresentadas na Tabela 6 as 
concentrações presentes na parte aérea das alfaces (mg kg-1) cultivadas em EFP e 
PB3. 
 
Tabela 6. Concentração de micronutrientes (mg kg-1) presentes na parte aérea das 
alfaces cultivadas em espuma flexível de poliuretano (EFP) e pedra brita 3 (PB3). 
Determinação Elemento Espuma flexível de 
poliuretano (EFP) 
Pedra brita 
(PB3) 
Cobre Cu 7,00 6,00 
Zinco Zn 42,50 28,50 
Manganês Mn 200,00 141,00 
Boro B 35,33 34,42 
Ferro Fe 580,00 230,00 
 
 Em geral, o tratamento onde foi utilizado EFP apresentou maiores teores de 
micronutrientes na parte aérea da alface. O teor de cobre para EFP esteve dentro do 
adequando (7 a 20 mg kg-1), enquanto que para PB3 a concetração foi abaixo do 
considerado adequado por Raij et al. (1996). Resultados semelhantes foram 
reportados por Kano et al. (2012), que obtiveram teores de Cu variando entre 1,5 a 
11,2 mg kg-1. 
 Para Raij et al. (1996) a concentração de Zn deve estar entre 30 a 100 mg kg-
1. Sendo assim, para o tratamento com EFP o teor apresentado (42,50 mg Kg-1) se 
mostrou adequado. Contudo, quando observado o teor para PB3 (28,50 mg kg-1), 
este ficou abaixo do limite recomendado. Kano et al. (2012) avaliando o acúmulo de 
nutrientes na alface cultivada em solo, encontraram teores variando entre 23 a 24 
mg kg-1 de Zn. 
 Os teores de manganês encontrados estiveram acima do considerado 
adequado por Raij et al. (1996), que apresentam como ideal, teores entre 30 a 150mg kg-1 de Mn. Enquanto que, Kano et al. (2012) encontraram valores de Mn 
variando entre 59 a 76 mg kg-1. O teor de B manteve-se abaixo da faixa considerada 
adequada (30 a 60 mg kg-1) por Raij et al. (1996). Resultados semelhantes foram 
reportados por Kano et al. (2012) que obtiveram teores de B variando entre 23 a 25 
mg kg-1. 
 Quanto ao ferro, os teores encontrados estão acima do recomendado por Raij 
et al. (1996), que apresentam como adequado, valores entre 50 a 150 mg kg-1. Ao 
passo que Kano et al. (2012) obtiveram teores de Fe entre 122 a 167 mg kg-1. 
 Entre os macronutrientes apenas o Mg apresentou concentração abaixo do 
adequado. Entre os micronutrientes, o B apresentou concentrações abaixo do 
adequando para os dois substratos utilizados, equanto que o Zn e Cu estiveram 
abaixo apenas no tratamento com PB3. Porém, não foram observadas caracteísticas 
que possam comprometer a comercialização das hortaliças. 
A respeito do tempo para redução da concentração de amônia para zero, 
observou-se durante o experimento que nas duas primeiras semanas após o 
transplante, eram necessários de 7 a 8 dias para que a água apresentasse 
condições para retornar ao sistema de criação de peixes. A partir da terceira 
semana, com o crescimento das plantas e maior necessidade por nutrientes, esse 
tempo caiu para apenas 4 dias. As Figuras 24, 25 e 26 mostram o aspecto da água 
em várias fases do processo de tratamento: após ser coletada do sistema de criação 
(entrada do biodigestor); após a passagem pelo biodigestor (biofertilizante); e, após 
a passagem pelo sistema de aquaponia, em condições de retornar ao sistema de 
criação. 
 
 
Figura 24. Aspecto da água na caixa de decantação (entrada do biodigestor). 
 
Figura 25. Aspecto da água na saída do biodigestor. 
 
 
Figura 26. Aspecto da água após passar pelo sistema de aquaponia. 
 
 
Biodigestão do dejeto de peixe 
 
 O biodigestor desempenhou um papel importante na integração entre a 
criação intensiva de peixes e o sistema de aquaponia, promovendo a solubilização 
dos nutrientes, possibilitando uma melhor absorção pelas plantas. O processo de 
biodigestão provoca a redução do teor de sólidos e, as plantas num sistema 
hidropônico, necessitam dos nutrientes na forma líquida. 
 O volume médio diário de dejetos gerados pela criação intensiva de peixes foi 
de 200 litros. Durante a decantação, cerca de 50 litros eram destinados ao 
biodigestor. Considerando o volume dos dois digestores que compunham o 
biodigestor (500 litros), resultou em um tempo de retenção médio de 20 dias. 
 Durante o período de observação ocorreram alguns vazamentos no 
biodigestor, dificultando a avaliação do volume de biogás gerado. Porém, uma 
análise do teor de sólidos (Tabela 7) dos dejetos que entravam no biodigestor 
(Figura 24) e do biofertilizante (Figura 25), revelou que o processo de biodigestão 
estava ocorrendo de maneira satisfatória. Com base na redução do teor de sólidos, 
verificou-se uma eficiência de 96% do processo de biodigestão. 
 
Tabela 7. Análise de teor de sólidos (ST), demanda química de oxigênio (DQO) e 
demanda bioquímica de oxigênio (DBO) para o processo de biodigestão dos dejetos 
de peixe. 
Material ST (%) DQO (mg de 02 L
-1) DBO (mg de 02 L
-1) 
Entrada 1,76 7883,3 1560,5 
Saída 0,07 494,0 27,4 
 
 Para uma melhor avaliação da geração de biogás montou-se um experimento 
em menor escala, com pequenos biodigestores tipo batelada, onde foram 
empregadas bombonas de 50 L configurando as câmaras de digestão, as quais 
foram ligadas a gasômetros fabricados de tubos de PVC (Figuras 27 e 28). 
Na construção dos gasômetros, utilizou-se dois tubos PVC branco, ambos 
com 50 cm de altura e diâmetro de 75 mm para a parte externa e de 50 mm para a 
parte interna. A parte externa do gasômetro foi fechada com cap de 75 mm (parte 
inferior), bem como na lateral do tubo foi instalado um dreno (parte superior), para 
saída da água. A parte interna do gasômetro foi fechada com cap 50 mm (parte 
superior), neste foi instalado um espigão macho 1/4 x 3/8, para entrada do gás. 
 
 
Figura 27. Esquema geral do modelo de biodigestor e gasômetro experimental para 
produção de biogás. 
 
Figura 28. Fotografia dos biodigestores batelada e gasômetro de PVC. 
 
Foram montados dois biodigestores tipo batelada: o primeiro foi alimentado 
com a descarga de fundo sem ser decantada; o segundo, foi alimentado com o 
decantado da descarga de fundo, material similar ao utilizado no biodigestor 
montado no sistema. O período de avaliação foi de 16 dias. Porém, devido a 
vazamentos ocorridos no gasômetro, o período confiável para consideração dos 
dados foi de 10 dias. 
Nesse período, o biodigestor alimentado com a descarga de fundo sem 
decantação não apresentou produção de biogás, indicando a não viabilidade do 
emprego da descarga de fundo sem decantação, devido ao baixo teor de sólidos. No 
biodigestor alimentado com o decantado a produção diária de biogás, variou entre 
 
 
A respeito do consumo de água, antes da aquaponia entrar em operação, a média 
diária era de 360 litros, representando 5,5% da água que circula pelo sistema. Com 
a entrada da aquaponia em operação e a reciclagem da água de descarga de fundo 
dos tanques de criação para reposição no sistema, o consumo médio diário passou 
para 200 litros, aproximadamente 3% de toda a água que circula no sistema. 
 
O gasto médio mensal com energia elétrica e ração nos meses com 
temperatura mais elevada, onde não foi necessário o uso de aquecimento, foi da 
ordem de R$ 204,00. Nos meses mais frios (junho, julho e agosto), onde foi 
necessário o uso do sistema de aquecimento, o gasto médio mensal se elevou para 
R$ 445,00 devido ao consumo de energia elétrica da bomba de calor e do sistema 
auxiliar, composto por uma resistência elétrica de 13 kW. 
Pode-se verificar que o aquecimento foi o que mais pesou no custo 
operacional do sistema intensivo, tendo em vista a região onde se encontra 
implantado o projeto, com temperaturas muito próximas de zero no inverno, 
inclusive, com geadas. Assim, além da bomba de calor, outras opções para 
aquecimento foram avaliadas, como o uso de gás GLP e lenha. 
No caso da lenha (Figura 9), ao invés do aquecimento da água, optou-se pelo 
aquecimento do ar da estufa. Neste caso, foi utilizado um sistema simples, com 
queima direta da lenha dentro da estufa, o qual evitou que a temperatura da água 
atingisse valores inferiores a 23 ºC nos dias mais frios. Condição esta abaixo da 
ideal, que é 26 ºC. Porém, melhor do que sem o aquecimento, onde a temperatura 
poderia atingir valores menores. Fato que aconteceu em um dia onde a temperatura 
ambiente esteve abaixo de 6 ºC, o que levou o congelamento do evaporador da 
bomba de calor (Figura 10), afetando a sua capacidade, ocasionando a redução da 
temperatura dos tanques para 15 ºC, o que foi quase fatal para a criação de peixes. 
 
 
 
Figura 9. Queimador a lenha usado para aquecimento do ar da estufa no 
inverno. 
 
 
 
 
Figura 10. Congelamento do evaporador da bomba de calor no inverno. 
 
 
A situação de emergência criada pelo congelamento do evaporador da bomba 
de calor, levou ao uso da lenha, a qual depois foi considerada como uma opção. A 
resistência elétrica de 13 kW como sistema auxiliar foi instalada posteriormente. 
Apesar de apresentar maior consumo de energia elétrica, tinha a comodidade de 
não necessitar de supervisão humana constante, por ser automatizada através de 
um controlador de temperatura. 
A lenha utilizada foi proveniente de restos de construção. Assim, o custo 
envolvido foi o do transporte para a coleta do material. No entanto, na avaliação 
desta como uma opção de aquecimento considerou-se o custo da sua aquisição. A 
estimativa para o consumo de lenha e GLP foi baseada nos dados de consumo de 
energia elétrica do sistema de aquecimento instalado (bomba de calore resistência 
elétrica), o qual teve o seu consumo medido durante o período. 
Para as estimativas, considerou-se o COP da bomba de calor igual a 3, o 
poder calorífico da lenha igual a 18 MJ kg-1, o poder calorífico do GLP igual a 48,16 
MJ kg-1 e o poder calorífico da energia elétrica igual a 3,6 MJ kW -1. Foi considerado 
o preço do botijão de GLP de 13 kg no mercado local, que é R$ 48,00. Para a lenha, 
considerou-se a madeira de eucalipto a um preço de R$ 50,00 por metro cúbico 
estereo (aproximadamente 500 kg). Para a energia elétrica, foi considerada uma 
tarifa rural, no valor de R$ 0,20 por kWh. 
Considerando a situação onde o evaporador da bomba de calor não 
congelasse, ou seja, o aquecimento fornecido pela resistência elétrica, seria também 
fornecido pela bomba de calor, o custo de aquecimento seria de R$ 1,22 por 
quilograma de peixe produzido. Para a lenha o custo seria de R$ 0,36 por 
quilograma de peixe produzido e, para o GLP, este custo seria de R$ 5,05 por kg de 
peixe produzido. 
Como pode ser observado, o GLP seria uma opção muito cara e 
economicamente inviável, tendo em vista que o custo da criação convencional (em 
tanques escavados) gira em torno de R$ 2,90 por quilograma de peixe produzido 
(Rodrigues et al., 2011). 
A lenha com um queimador de baixo custo e baixa tecnologia em termos de 
controle se mostrou a opção mais barata para aquecimento no inverno. Porém, tal 
como foi testado, justamente pela falta de automação, apresentou o inconveniente 
de necessitar de supervisão para verificação da temperatura e realização de 
alimentação. Custo este que não foi computado, levando-se em consideração a 
adoção pela agricultura familiar, onde membros de uma família se revezariam na 
operação do sistema. 
A bomba de calor, apesar de ter apresentado um custo de aquecimento 3,4 
vezes maior que o da lenha, tem a vantagem de ser totalmente automatizada, 
dispensando a necessidade de supervisão. Porém, para aplicações em regiões mais 
frias, o projeto desse equipamento deve considerar o uso de um evaporador com 
maior distanciamento entre as aletas, para evitar congelamento e bloqueio do 
evaporador. A utilização de um sistema de degelo, semelhante ao adotado em 
evaporadores de câmaras frias também colaboraria para diminuir o problema de 
congelamento no inverno. 
Na região onde o projeto está implantado, durante o período avaliado, o 
aquecimento se mostrou necessário nos meses de junho, julho, agosto e setembro. 
Nos demais meses, onde o aquecimento não foi necessário, o gasto com energia 
limitou-se apenas aos sistemas de bombeamento e oxigenação, fazendo com que o 
custo de produção (energia elétrica, ração e alevinos), fosse de R$ 4,91 por 
quilograma de peixe. Se considerarmos o inverno com as seguintes situações: 
bomba de calor, lenha e GLP; teremos, respectivamente, os seguintes custos de 
produção (R$/kg de peixe): 6,13; 5,27 e 9,96. 
Fica evidente o quanto do custo da climatização (aquecimento) impacta sobre 
o custo de produção. Porém, deve-se levar em consideração que as criações 
convencionais, por serem abertas e dependerem das condições ambientais, param 
durante o inverno em várias regiões do Brasil, implicando em uma elevação no valor 
da carne de algumas espécies, como é o caso da tilápia, devido a baixa oferta. 
O aquecimento solar, não explorado nesse trabalho pode ser uma opção. 
Porém, assim como o obervado para o condensador da bomba de calor, o contato 
direto com a água da criação é problemático, ocorrendo entupimento por deposição, 
devido a elevada quantidade de sólidos em suspensão na água, aumentando o 
número de intervenções para limpeza. Assim, deve ser avaliado o uso de trocadores 
intermediários, o que por outro lado aumentaria o custo da instalação ou, o 
aquecimento do ar da estufa ao invés da água, como uma forma de contornar esse 
problema. 
Além da climatização (aquecimento), pesou a favor do elevado custo de 
produção do sistema intensivo avaliado em relação ao sistema convencional, o 
superdimensionamento do sistema de recirculação de água, o qual foi montado com 
bombas de elevada potencia, cerca de 4 vezes a necessidade real de bombeamento 
(vazão necessária). Isto foi devido ao fato do sistema ter sido montado com sobras 
de equipamentos de outros projetos e doações. Considerando a otimização do 
sistema de bombeamento o custo médio mensal da energia elétrica para esta 
finalidade, que foi de R$ 119,00, seria reduzido para pouco menos de R$ 32,00. 
Com isto o custo mensal médio nos meses sem necessidade de aquecimento, seria 
reduzido para R$ 117,00, resultando em um custo de produção (alevinos, ração e 
energia elétrica) de R$ 2,78 por quilograma de peixe vivo, competitivo com o sistema 
convencional. Considerando o uso de lenha para o aquecimento no inverno o custo 
de produção seria de R$ 3,14 por quilograma de peixe vivo produzido. 
Considerando o período de um ano, dois ciclos produtivos de 6 meses, o 
custo anual de produção da estufa de peixes (alevinos, mudas, ração, energia 
elétrica, lenha para aquecimento) seria de aproximadamente R$ 1.800,00 para uma 
produção anual de 512 kg de peixe vivo (256 kg por ciclo) que, se comercializados 
diretamente para o consumidor final a um preço médio de R$ 6,25 o quilograma, a 
receita bruta anual seria de R$ 3.200,00. 
Para cada quilograma de peixe são produzidas 4 cabeças de alface, 
resultando em uma produção anual de aproximadamente 2048 cabeças. 
Considerando a comercialização direta da alface para o consumidor final no valor de 
R$ 2,00 a cabeça, a receita anual seria de R$ 4.096,00. Ou seja, a produção vegetal 
é capaz de custear a produção de peixes e ainda gerar lucro. 
Somadas, a produção animal e vegetal, gerariam, anualmente, uma receita 
bruta de R$ 7.296,00. Descontando-se o custo anual, a receita líquida obtida em um 
espaço de 100 m2, seria de aproximadamente R$ 5.496,00, resultando em uma 
lucratividade de R$ 54,96 m2 ano-1. Numa criação convencional a lucratividade seria 
de R$ 3,77 m-2 ano-1 (Rodrigues et al., 2011). O investimento na estrutura montada 
foi de R$ 13 mil reais, considerando a aquisição de um aquecedor a lenha no valor 
de R$ 3 mil reais, o custo total da estrutura seria de R$ 15 mil reais. Assim, o retorno 
do capital investido, para um payback simples, seria de 2,73 anos. 
Outra questão importante, relacionada a manutenção da temperatura nos 
níveis ideais para um bom desenvolvimento das tilápias (26 a 28 ºC), está no tipo de 
abrigo para os tanques de criação. A estufa fechada, modelo adotado de um 
experimento com criação intensiva realizado em Campinas-SP (Jordan et al., 2011), 
não se mostrou muito adequada ao verão extremamente quente do estado de Mato 
Grosso do Sul, ocasionando elevação da temperatura da água dos tanques de 
criação para valores acima de 30 ºC durante o mês de dezembro, obrigando a 
instalação de um conjunto de 6 motoventiladores de 0,33 cv em uma das laterais e a 
abertura da lateral oposta para circulação de ar. A operação dos ventiladores 
implicou em um custo mensal adicional de aproximadamente R$ 119,00. 
Com finalidade de manter a temperatura da água em níveis ótimos com o 
mínimo custo, deve ser levado em consideração as condições climáticas do local 
onde será implantada a criação intensiva, para que o modelo de construção adotado 
utilize o mínimo de energia para manutenção da temperatura. Para o local em 
questão, talvez o mais adequado fosse a cobertura da parte superior da estufa com 
telhas de fibrocimento e o fechamento lateral com telas de aviário e cortinas 
retráteis, semelhantes as utilizadas na avicultura de corte, que podem ser abertas ou 
fechadas para auxiliar no controle de temperatura. 
O biogás produzido pelo biodigestor ainda não está sendo aproveitado, o que 
deverá ocorrer em uma fase posterior. Estimativas iniciais mostram que o biogás 
produzido conseguiria suprir metade da demanda energéticapara bombeamento de 
água e oxigenação dos tanques. Estudos para quantificar melhor a produção de 
biogás com relação as condições de operação estão em andamento. 
 
 
 
CONCLUSÕES 
 
 Os resultados preliminares obtidos tem demonstrado a viabilidade técnica do 
sistema de criação intensiva. Ao contrário do que relatam outros autores a amônia 
até então não tem sido um problema, o que demonstra o funcionamento satisfatório 
dos filtros biológicos. 
 O desenvolvimento das plantas no sistema de aquaponia foi satisfatório, não 
necessitando de adição de fertilizantes químicos, o que demonstra que a água 
fertilizada pelos peixes fornece os nutrientes necessários. A aquaponia também se 
mostrou eficiente como meio de tratamento da água residuária gerada pela criação, 
possibilitando o seu reaproveitamento no sistema. 
 É necessário realizar uma otimização no sistema, visando reduzir o consumo 
de energia, melhorando o seu funcionamento do ponto de vista energético 
econômico e ambiental. 
 O sistema de climatização apresentou forte impacto no custo de produção, 
influenciando diretamente sobre a viabilidade econômica, tendo em vista a 
importância da temperatura para o bom desenvolvimento dos peixes em um menor 
tempo possível. 
 
 
LITERATURA CITADA 
 
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