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COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS

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COMUNICAÇÃO DOS ATOS 
PROCESSUAIS
Cartas
Carta precatória
É a forma mais comum de comunicação entre juízos que não possuem 
relação de subordinação entre si. Quem expede a carta precatória é o 
juízo deprecante. Quem recebe, o juízo deprecado. Salienta-se que a 
carta precatória é utilizada entre todos os tipos de juízos, não 
importando a que justiça pertençam, nem a que unidade da Federação.
As cartas precatórias são utilizadas para comunicação processual 
(citações e intimações) de pessoas que residem em outra comarca, e 
também para colheita de provas (oitiva de testemunhas ou perícia 
sobre bens e coisas situadas em outro juízo).
O juízo deprecado é obrigado a cumprir a solicitação contida na carta 
precatória, salvo as hipóteses do art. 209 do CPC. Ou seja, o juiz 
recusará cumprimento à carta precatória, devolvendo-a com despacho 
motivado, quando não estiver revestida dos requisitos legais; quando 
carecer de competência em razão da matéria ou da hierarquia; ou 
quando tiver dúvida acerca de sua autenticidade.
Carta rogatória
Carta rogatória “é o pedido dirigido a um órgão jurisdicional 
estrangeiro, seja para comunicação processual, seja para 
prática de atos relacionados à instrução processual. Não se 
prestam ao cumprimento de atos de constrição judicial, para 
o que é necessário requerer a homologação da sentença 
brasileira condenatória no país estrangeiro onde estão os 
bens. As rogatórias vindas do exterior devem receber 
o exequatur do STJ”.
Carta de ordem
Trata-se de carta emitida por um Tribunal a órgão 
jurisdicional a ele subordinado, seja para atos executórios ou 
de colheita de provas, nos processos que são de 
competência originária dos Tribunais.
Citações
Conceito de citação
De acordo com o CPC, art. 213, a citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu 
(na jurisdição contenciosa) ou o interessado (na jurisdição voluntária) a fim de 
se defender. “Citação é o ato pelo qual se dá ciência ao réu ou interessado da 
existência do processo, concedendo-lhe a possibilidade de se defender. Com a 
citação completa-se a relação processual”. Sem a citação a relação jurídica 
processual não se aperfeiçoa, tornando inútil e inoperante a sentença.
“A citação é o ato de convocação inicial do processo, capaz de angularizar a 
relação processual, trazendo para ela(s) a(s) pessoa(s) em face de quem se pede 
a atuação do direito”. Ela é exigida no processo de conhecimento (procedimento 
comum ou especial), no processo cautelar e no processo de execução de título 
executivo extrajudicial, e é disciplinada pelos arts. 213 a 233 do CPC.
Adverte-se que a definição legal de citação do CPC, art. 213, é insuficiente para 
explicar a citação no processo de execução, onde o réu não é citado para se 
defender, mas para cumprir uma obrigação que consta no título executivo 
extrajudicial, uma vez que no cumprimento de sentença não se exige citação, 
mas sim intimação do devedor/executado na pessoa do seu advogado.
Sendo assim, melhor se definiria a citação como “ato pelo qual se 
integra o demandado à relação processual, angularizando-a. Em 
outros termos, proposta a demanda em juízo, a citação é o ato que 
outorga ao demandado a qualidade de parte no processo, tornando 
íntegra a relação processual, que até aquele momento estabelecia-
se tão somente entre autor e Estado”16.
A relação jurídica processual começa a formar-se com o ato de 
propositura da ação por meio da petição inicial (demanda), 
mediante distribuição ou despacho na petição inicial, mas nesse ato 
tem ela configuração ainda linear (entre autor e juiz).
Embora já apresente alguns efeitos, não está completa, por causa da 
ausência do réu, que ainda não teve ciência da demanda proposta 
contra ele. E somente após a citação a relação processual está 
“triangularizada”, ou “angularizada” (expressão que denota o fato de 
o autor se dirigir ao juiz, que comunica a parte, que responde ao juiz 
etc. Ou mesmo na audiência, onde a parte fala com juiz, que fala 
com a outra parte etc.).
A relação jurídica processual é aquela que se 
estabelece entre autor, juiz e réu. Costuma-se 
concebê-la sob forma triangular, e o juiz ocupa o 
vértice de cima, localizando-se equidistantemente 
de ambas as partes.
A relação jurídica processual ocorre em duas etapas: 
primeiro, com a propositura da ação, em que se tem 
como iniciada a formação da relação, momento em 
que ela é ainda linear (CPC, art. 263); em segundo 
lugar, completa-se esta relação com a citação do réu 
(CPC, art. 219). Antes deste segundo momento, a 
relação processual não está formada, não está 
triangularizada, não está, portanto, completa.
Citação como pressuposto processual
A citação é considerada por grande parte da doutrina como pressuposto 
processual de “existência”, embora o CPC, art. 214, refira-se à citação 
como indispensável à “validade” do processo. “É difícil recusar à citação a 
categoria de pressuposto processual de existência (...) Se ‘contraditório’ e, 
sobretudo, ‘ampla defesa’ querem significar, desde sua concepção mais 
remota, justamente a possibilidade do exercício de defesa em juízo, diante 
de uma imputação, diante de uma acusação, não haveria como conceber 
um processo juridicamente existente se o réu não for citado, isto é, sem 
que ele tenha ciência de que o Estado-Juiz, devidamente provocado, 
pretende impor a ele uma determinada consequência jurídica, quiçá, até 
mesmo, retirar parcela de seu patrimônio”.
“Tão importante é a citação, como elemento instaurador do indispensável 
contraditório no processo, que sem ela todo o procedimento se contamina 
de irreparável nulidade, que impede a sentença de fazer coisa julgada. Em 
qualquer época, independentemente de ação rescisória, será lícito ao réu 
arguir a nulidade de semelhante decisório (arts. 475-L, I, e 741, I). Na 
verdade, será nenhuma a sentença assim irregularmente prolatada”.
Verifica-se também que a citação é uma garantia 
constitucional em obediência ao princípio do 
contraditório e da ampla defesa previsto na CF, art. 5º, 
LV, que determina que “aos litigantes, em processo 
judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os 
meios e recursos a ela inerentes”. Se não tiver havido 
citação, ou em caso da citação ter sido realizada de 
forma defeituosa, o processo será tido por inexistente, 
e a coisa julgada daí decorrente pode ser desfeita por 
ação declaratória de inexistência de ato jurídico 
(sentença), ação também batizada pela doutrina 
tradicional como querela nullitatis insanabilis.
Suprimento da citação pelo comparecimento espontâneo do réu
Pela aplicação do princípio da instrumentalidade do processo, mesmo 
que ocorra eventual desobediência aos requisitos formais, a citação 
considerar-se-á realizada se tiver atingido a sua finalidade, sendo que 
inclusive o CPC, art. 214, § 1º, determina que “o comparecimento 
espontâneo do réu supre, entretanto, a falta de citação”.
Comparecendo o réu apenas para arguir a nulidade e sendo esta 
decretada, considerar-se-á feita a citação na data em que ele ou seu 
advogado for intimado da decisão, conforme determina o CPC, art. 214, § 
2º. “Mesmo que o réu o faça apenas para alegar a nulidade da citação, 
não haverá necessidade de esta renovar-se, pois, com o comparecimento, 
ele mostrou-se ciente da existência do processo. Entretanto, se a 
nulidade for reconhecida, considerar-se-á feita a citação na data em que 
o advogado do réu for intimado dessa decisão, o que é de suma 
relevância para fins de contagem do prazo de resposta. Tem sido comum 
o réu, em sua contestação, arguir, a título preliminar, eventual nulidade 
de citação. Porém, esse tipo de alegação é inócuo, porque, se ele está 
contestando, qualquer vício que pudesse ter havido já foi suprido”.
Portanto, mesmo sem ter sido realizada a citação, ou se esta for 
nula, o comparecimento livre e espontâneo do réu supre a sua 
falta, e caso a nulidade seja reconhecida pelo juiz, não haverá 
necessidade de realizar-se novae completa citação, pois o réu 
será legalmente considerado citado na data em que ele ou seu 
advogado for intimado da decisão em que se reconheceu a 
nulidade arguida (CPC, art. 214, § 2º).
“Pode acontecer que o reconhecimento da nulidade da citação 
só venha a ocorrer em segunda instância, em grau de recurso. 
Nessa hipótese, o prazo de contestação só pode ser aberto ao 
réu a partir do retorno dos autos à primeira instância. Enquanto 
o processo estiver no tribunal, não poderá ocorrer o prazo de 
resposta, porque haverá evidente embaraço judicial ao 
exercício do direito de defesa. Baixados os autos, portanto, será 
o demandado intimado, para efeito do art. 214, § 2º”.
Citação direta e indireta
Citação direta (regra) é aquela feita diretamente ao réu ou seu 
representante legal (incapaz ou pessoa jurídica).
A citação dos absolutamente incapazes é feita na pessoa dos pais (menores 
sob poder familiar), tutor (menores que não estejam sob poder familiar) ou 
curador (maiores a que a lei material retira a capacidade para a prática dos 
atos da vida civil). Sempre que o incapaz não tiver representante legal (ou 
assistente), ou que os interesses de um colidirem com o do outro, o juiz 
dará a ele curador especial (CPC, art. 9º, I), que receberá a citação.
Atenção: O menor só pode ser citado por mandado (oficial de justiça), e 
não por carta, e na citação de pessoa menor absolutamente incapaz, quem 
assina o mandado é o representante legal. E na hipótese de menor 
relativamente incapaz, tanto o menor como quem o assiste (pais, tutor) 
devem também assinar o mandado. E se o menor relativamente incapaz 
morar em domicílio diverso dos pais? (exemplo: jovem de 17 anos que 
estuda em uma cidade, e os pais moram em outra). Então deve ser citado o 
menor relativamente incapaz, no seu endereço, e também os pais por carta 
precatória (no seu domicílio), como condição de eficácia da citação.
Em caso de pessoa jurídica, a citação deve ser feita a quem tenha 
poderes para representá-la em juízo. O exame dos estatutos ou do 
contrato social da sociedade empresária (no caso de pessoa jurídica 
de direito privado), e respectivas alterações, apontará o responsável 
legal da empresa. É sempre importante a consulta ao CPC, art. 12.
Conforme adverte Marcus Vinicius Rios Gonçalves, no que concerne 
à citação das pessoas jurídicas, tem havido numerosas decisões no 
sentido de que é válida a feita na pessoa daquele que se apresenta 
como gerente ou administrador da empresa e recebe a contrafé 
sem negar essa qualidade.
Tem-se dada por válida a citação da empresa na pessoa daquele 
que aparenta ter poderes para recebê-la, ainda que não os tenha 
efetivamente. Em caso de citação pelo correio, tem-se considerada 
válida a entrega da carta no estabelecimento comercial da empresa 
citanda, ainda que ela não tenha sido feita diretamente à pessoa 
com poderes para receber citação.
Mesmo que o aviso de recebimento seja assinado por preposto, ela 
será considerada válida, sendo demasiado formalismo exigir que o 
funcionário dos correios procure o dono da empresa ou o procurador 
com poderes específicos. Essa tolerância, contudo, tem ficado restrita 
à citação das pessoas jurídicas. Na das pessoas físicas, a carta tem de 
ser entregue ao destinatário, sob pena de invalidade da citação. Se o 
aviso de recebimento não estiver assinado pelo destinatário, o ato não 
se terá implementado.
Já a citação indireta (exceção) é aquela feita na pessoa de procurador 
legalmente habilitado ou de terceiro que, por força de lei ou contrato, 
tenha poderes para recebê-la, vinculando o réu.
O procurador legalmente habilitado pode ser o próprio advogado 
constituído, ou qualquer outra pessoa a quem o réu atribua poderes 
para receber a citação em seu nome. É preciso que do instrumento de 
mandato constem poderes específicos para que o procurador o faça.
A citação indireta poderá ser feita sempre que o réu tiver constituído 
procurador com poderes específicos para recebê-la.
  Comentário
CPC, Art. 215. Far-se-á a citação pessoalmente ao 
réu, ao seu representante legal ou ao procurador 
legalmente autorizado.
A citação pode ocorrer de forma direta 
(diretamente ao réu ou representante legal de 
incapaz ou pessoa jurídica) ou indireta (na pessoa 
de procurador legalmente habilitado).
 
 
§ 1º Estando o réu ausente, a citação far-se-á na 
pessoa de seu mandatário, administrador, feitor ou 
gerente, quando a ação se originar de atos por eles 
praticados.
Quando o réu tiver constituído procurador com 
poderes específicos para receber citação, não é 
necessário que ele esteja ausente, nem que o ato 
tenha sido praticado pelo mandatário para que a 
citação seja feita por intermédio deste. A hipótese 
do CPC, art. 215, § 1º, é a do réu que não esteja 
sendo encontrado no local em que isso 
normalmente deveria ocorrer. Ele poderá ser citado 
na pessoa de seu mandatário, mesmo que não 
tenha poderes especiais para receber citação, desde 
que a ação se origine de atos por este praticados.
§ 2º O locador que se ausentar do Brasil sem 
cientificar o locatário de que deixou na localidade, 
onde estiver situado o imóvel, procurador com 
poderes para receber citação, será citado na pessoa 
do administrador do imóvel encarregado do 
recebimento dos aluguéis.
O CPC, art. 215, § 2º, também contém hipótese de 
citação indireta, pois determina a citação do 
locador na pessoa do administrador do imóvel 
encarregado de receber os alugueres, sempre que 
ele se ausentar do Brasil sem ter deixado 
procurador com poderes especiais para receber 
citação.
Local em que se realiza a citação
Ordenada pelo juiz, a citação será feita em qualquer local e ocasião 
em que o réu for encontrado (CPC, art. 216), exceto as hipóteses do 
CPC, art. 217, e em caso de réu demente, na hipótese do CPC, art. 
218.
No caso de réu demente, na forma do CPC, art. 218, “Não se trata 
aqui de réu interditado, pois, reconhecida judicialmente a 
incapacidade, a citação será feita na pessoa do curador, seu 
representante legal, mas de pessoa não interditada, que se verifica 
não ter condições de recebê-la. O oficial de justiça certificará o 
ocorrido e explicará as razões pelas quais deixou de realizar a 
citação”.
Além disso, conforme previsão do CPC, art. 217, não se fará a 
citação, salvo para evitar o perecimento do direito (decadência) nas 
seguintes hipóteses: I – a quem estiver assistindo a qualquer ato de 
culto religioso; II – ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, 
consanguíneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral em 
segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes; 
III – aos noivos, nos 3 (três) primeiros dias de bodas; IV – aos 
doentes, enquanto grave o seu estado.
Efeitos materiais da citação
A citação constitui o devedor em mora, interrompe a prescrição e faz 
litigiosa a coisa, nos termos do CPC, art. 219. São efeitos materiais, pois 
ocorrem no plano do direito material.
Constituição em mora do devedor
Tal efeito material deve ser entendido de acordo com as normas de direito 
civil (CC, arts. 397, parágrafo único e 405). A citação é necessária para 
constituir em mora o devedor quando a obrigação é contratada por tempo 
indeterminado. Mas esse efeito material da citação não ocorre quando:
1) a citação for desnecessária para constituir o devedor em mora a exemplo 
de quando ele já tiver sido interpelado anteriormente ao processo ou 
porque sua notificação prévia já é exigida pela legislação aplicável (Súmula 
369 do STJ);
2) quando existe dia certo para o cumprimento da obrigação (CC, art. 
397, caput);
3) quando o devedor praticar ato ilícito (CC, art. 398, e Súmula 54 do STJ);
4) nos casos de obrigação de não fazer, quando a prática do ato vedado ao 
devedor coloca-o, desde logo, em mora (CC, art. 390).
Nas situações acima descritas o devedor já está em mora no próprio plano 
do direito material, e o regime jurídico do seu estado preexiste ao início do 
processo.
Interrupção da prescrição
Conforme o CPC, art. 219, § 1º, a interrupçãoda prescrição 
retroagirá à data da propositura da ação, ou seja, da distribuição 
da petição inicial ou o primeiro resultado do juízo de 
admissibilidade (despacho) quando houver apenas uma vara 
(primeira entrância), conforme CPC, art. 263. A importância do 
assunto exige maiores comentários.
Deve-se atentar para a redação do CC, art. 202, I, que é lei mais 
recente e apresenta aparente contradição com o CPC, art. 219, § 
1º. Ou seja, o que interrompe a prescrição? A propositura da ação? 
O despacho do juiz que ordena a citação? A efetiva citação do réu?
A citação é um ato complexo. É determinada por despacho do juiz 
cuja ordem é consubstanciada em mandado lavrado e subscrito 
pelo escrivão e cumprido por oficial de justiça. O mero despacho 
do juiz que ordena a citação não tem aptidão para interromper a 
prescrição, ao contrário do que estabelece a literalidade do art. 
202, I, do Código Civil. Somente a conclusão da citação válida 
interrompe o prazo prescricional. O Código Tributário Nacional 
possui norma semelhante em seu art. 174, I
Uma vez feita a citação válida, ocorre a interrupção, cujos efeitos 
retroagem à data da propositura da ação. De acordo com o CPC, art. 
263, considera-se proposta a ação quando a petição inicial for 
despachada pelo juiz (na primeira entrância) ou simplesmente 
distribuída (onde houver mais de uma vara), sendo que a 
propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos do CPC, art. 
219, depois que este for validamente citado.
“Para estabelecimento do marco da interrupção da prescrição, 
importa tão somente a distribuição (o protocolo) da petição inicial, 
desde que a parte promova a citação do réu nos 10 (dez) dias 
subsequentes ao despacho que a ordenar, não ficando prejudicada 
pela demora, imputáveis exclusivamente ao serviço judiciário (CPC, 
art. 219, § 2º)”.
No mesmo sentido, “pelo sistema do CPC, a prescrição considera-se 
interrompida na data da distribuição, mas não é esta que a 
interrompe, mas sim a citação, cuja eficácia retroage àquela data 
(...) a retroação alcança o ajuizamento e não apenas o despacho 
que ordenar a citação porque essa é a forma ditada pela lei 
processual, à qual, como dito, reporta-se expressamente a nova lei 
civil”.
E se a citação for invalidada/anulada posteriormente, mesmo 
assim interrompe a prescrição? Importante destacar que 
“sendo válida a citação, ainda que o processo padeça de 
outro vício que o torne nulo, há o efeito interruptivo da 
prescrição. Anulada por defeitos a ela inerentes, a citação 
não produz os efeitos da norma sob comentário (RT 
503/216). Mesmo que ordenada por juiz incompetente, a 
citação interrompe a prescrição”.
Mas a citação não se interrompe desta forma se o autor não 
cumprir a exigência do CPC, art. 219, § 2º, ou seja, se ele for 
negligente em se furtar a alguma emenda determinada pelo 
juiz, ou por exemplo se ele não juntar comprovante da guia 
de custas comprobatórias de eventual diligência de oficial de 
justiça, ou se indicar endereço errado dolosamente.
De acordo com a Súmula 106 do STJ: “Proposta a ação no 
prazo fixado para o seu exercício, a demora na citação, por 
motivos inerentes ao mecanismo da Justiça, não justifica o 
acolhimento da arguição de prescrição ou decadência”.
Torna litigiosa a coisa
Tal efeito vincula o patrimônio do devedor ao 
Estado-juiz, permitindo que sobre ele recaiam os 
efeitos da execução. Assim, embora o réu não esteja 
proibido de alienar seu patrimônio ou a específica 
coisa sobre a qual se funda a controvérsia (ações 
reais), pode ocorrer que “a coisa (ela mesma 
considerada) ou patrimônio do réu continuem a 
responder pela obrigação, até mesmo por se 
verificar no caso a ocorrência da ‘fraude à execução’, 
vale dizer, o reconhecimento da ineficácia, para o 
processo, de uma alienação feita pelo réu porque 
ela, a alienação, pode comprometer a sua 
solvabilidade. É o que resulta do art. 592, I e do art. 
593”.
Efeitos processuais da citação
Os efeitos processuais da citação são aqueles que se produzem no plano do 
processo, e não do direito material da parte. São os seguintes: prevenção do 
juízo, indução de litispendência e estabilização da demanda.
Prevenção do juízo
A prevenção é um fenômeno importante na eventualidade de existirem duas ou 
mais ações conexas, havendo a reunião de todas num mesmo juízo, para que 
este profira decisão sobe todas. “A função da prevenção nas hipóteses de 
reunião por conexão é definir em qual juízo as ações serão reunidas, ou seja, 
determinar qual juízo irá concentrar as ações sob seu comando, e ao final 
decidi-las”.
A prevenção ocorre quando existem no mesmo foro duas ou mais demandas 
conexas que podem ser reunidas para que sejam evitadas decisões conflitantes.
Indução de litispendência
Litispendência é a repetição de uma ação anteriormente proposta, que ainda 
está em curso. É pressuposto processual negativo e inibe o início de novo 
processo idêntico, sendo que a segunda ação deve ser extinta sem resolução do 
mérito.
Estabilização da demanda
A estabilização da demanda está disciplinada nos arts. 264 e 294 do CPC, sendo 
que o autor não pode alterar o pedido sem prévia concordância do réu, e 
mesmo assim dentro da fase postulatória do processo.
Modos de se realizar a citação
De acordo com o CPC, art. 221, a citação será feita: 
a) correio (regra geral); b) oficial de justiça (comum 
ou com hora certa); c) edital; d) por meio eletrônico 
(Lei n. 11.419/2006).
  Citação
 
a) Real
Pelo correio (carta / 
AR)
Por oficial de justiça 
(mandado)
Por meio eletrônico 
(Lei n. 11.419/2006)
 
b) Ficta ou 
presumida
Com hora certa (pelo 
oficial de justiça)
Por edital
Citações reais são aquelas recebidas pessoalmente 
pelo réu ou por quem o represente, outorgando a 
certeza nos autos de que o ato foi realizado em quem 
de direito. São essas modalidades de citação as que 
podem gerar os efeitos da revelia, quando da ausência 
de resposta do réu ao chamamento feito pelo juízo.
Citações fictas ou presumidas são aquelas em que não 
existe a certeza de que o ato tenha realmente chegado 
ao conhecimento do réu, sendo estabelecida simples 
presunção de seu conhecimento da existência da ação. 
Logo, não sofrerá o réu os efeitos da revelia, sendo 
obrigatória a constituição em seu favor de um curador 
especial (CPC, art. 9º, II), o qual passa a ter a 
incumbência de formular a sua defesa nos autos 
(defesa formal obrigatória).
Citação pelo correio
É a regra em matéria de citação. É mais ágil que a por mandado, 
principalmente quando o réu está domiciliado em outra comarca, pois 
pode ser feita para qualquer lugar do país.
A lei permite ao autor optar pela citação por mandado sempre que o 
desejar. No seu silêncio, a citação será feita por carta. No entanto, ele 
tem a faculdade de requerer que a citação se faça por oficial de justiça.
Não se admite citação postal nas situações previstas no CPC, art. 222. 
Também não se admite citação por carta nas ações monitórias (CPC, art. 
1.102-B).
A carta deve preencher os requisitos do CPC, art. 223, ou seja, deferida a 
citação pelo correio, o escrivão ou chefe do cartório remeterá ao citando 
cópias da petição inicial e do despacho do juiz, expressamente 
consignada em seu inteiro teor a advertência a que se refere o art. 285, 
segunda parte, comunicando, ainda, o prazo para a resposta e o juízo e 
cartório, com o respectivo endereço. A carta será registrada para entrega 
ao citando, exigindo-lhe o carteiro, ao fazer a entrega, que assine o 
recibo. Sendo o réu pessoa jurídica, será válida a entrega a pessoa com 
poderes de gerência geral ou de administração.
É a partir da juntada aos autos do aviso de recebimento que fluirá o prazo 
de contestação.
Citação por oficial de justiça (mandado)
Generalidades
O oficial de justiça cumpre citação por mandado, e a ele incumbe 
procurar o réu e cientificá-lo do mandado. Importante considerar 
que a nomenclatura “oficial de justiça” pode ser alterada de acordo 
com as denominações de cada Estado, a exemplo de MatoGrosso 
do Sul, onde este profissional passou a ser denominado na justiça 
estadual analista judiciário área meio. No âmbito da Justiça Federal 
este servidor público é denominado analista cumpridor de 
mandado.
O mandado de citação é emitido pelo escrivão, por ordem do juiz, e 
deve preencher os requisitos do CPC, art. 225, ou seja, deverá 
conter: I – os nomes do autor e do réu, bem como os respectivos 
domicílios ou residências; II – o fim da citação, com todas as 
especificações constantes da petição inicial, bem como a 
advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, se o litígio 
versar sobre direitos disponíveis; III – a cominação (multa), se 
houver; IV – o dia, hora e lugar do comparecimento; V – a cópia do 
despacho; VI – o prazo para defesa; VII – a assinatura do escrivão e 
a declaração de que o subscreve por ordem do juiz.
Além disso o mandado poderá ser em breve relatório, quando o 
autor entregar em cartório, com a petição inicial, tantas cópias 
desta quantos forem os réus; caso em que as cópias, depois de 
conferidas com o original, farão parte integrante do mandado. Na 
prática ocorre o seguinte: anexa-se ao mandado de citação a 
contrafé, que é a cópia fiel da petição inicial distribuída pelo autor.
Incumbe ao oficial de justiça procurar o réu e, onde o encontrar, 
citá-lo (CPC, art. 226). Os prazos começam a correr conforme CPC, 
art. 241.
“Nos casos em que a citapão postal for proibida (art. 222 do CPC), 
ou nos casos em que a mesma for frustrada (porque o AR foi 
assinado por quem não é o réu, ou porque o AR se extraviou, ou 
por qualquer outro motivo), far-se-á a citação por oficial de justiça 
(...) note-se que, nos termos do art. 230 do CPC, nas comarcas 
contíguas, e nas que componham a mesma região metropolitana, 
poderá o oficial de justiça realizar citações (e intimações) em 
qualquer delas, sem que se faça necessária a solicitação a juízo 
daquela comarca para que realize o ato de comunicação 
processual”.
Ou seja, a citação por meio de oficial de justiça será feita nos casos 
ressalvados no CPC, art. 222, ou quando frustrada a citação pelo correio (CPC, 
art. 224). De acordo com o CPC, art. 222, não será feita citação pelo correio:
a) nas ações de estado;
b) quando for ré pessoa incapaz;
c) quando for ré pessoa de direito público;
d) nos processos de execução;
e) quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de 
correspondência;
f) quando o autor a requerer de outra forma.
A citação pelo próprio oficial de justiça do juízo só se fará se o réu residir na 
mesma comarca, ou em comarca contígua (vizinha), de fácil comunicação, e 
nas que se situem na mesma região metropolitana (CPC, art. 230), caso 
contrário a citação deverá ocorrer por carta precatória, espécie de citação por 
mandado, mas realizada por oficial de justiça que não está subordinado ao 
juízo que a ordenou. 
Em caso de carta precatória, juízo deprecante é o que emitiu o mandado, e 
juízo deprecado é o que deverá cumprir o mandado.
A citação pode ser feita por carta de ordem, quando depender da colaboração 
de um juízo hierarquicamente subordinado àquele que a ordenou (CPC, 
consultar arts. 200 a 212).
Citação por meio eletrônico
Com o advento da Lei n. 11.419, de 19 de dezembro de 
2006, foi instituída no direito brasileiro a possibilidade 
generalizada do uso da mídia eletrônica objetivando a 
prática de atos processuais. Em relação à citação, esta 
poderá ocorrer por meio eletrônico, através de 
disponibilização de informação em portal específico, 
figura nova sem correspondente anterior no CPC.
A disseminação desta prática é um passo importante 
para a informatização da atividade processual, 
constituindo uma tendência evidente em razão das 
inovações tecnológicas e dos anseios da sociedade 
moderna. Até feito em que seja parte a Fazenda 
Pública poderá ser realizado por meio eletrônico, 
desde que a íntegra dos autos esteja acessível ao 
citando como garantia do contraditório.
Em relação à comunicação por portal dedicado, o interessado 
(geralmente quem não é litigante esporádico) pode ser citado por 
portal eletrônico próprio, desde que se cadastre com antecedência no 
Poder Judiciário competente, obtendo assinatura eletrônica que 
assegure a certeza da identificação do usuário, nos termos do art. 
2º da Lei n. 11.419/2006.
Desta forma, o sujeito cadastrado será citado quando acessar o 
conteúdo da informação. Quando o meio de comunicação for a 
disponibilização da informação em portal próprio, poderá o juiz, na 
intenção de tornar mais segura a ciência pelo interessado sobre o ato 
a ser informado, disponibilizar ao usuário o serviço de envio de 
correspondência eletrônica (e-mail), dando ciência do 
encaminhamento da intimação ou da citação, com a advertência da 
fluência automática do prazo dez dias após, em caso de não acesso à 
informação.
Mas isso é mera faculdade, de sorte que quando o meio eletrônico se 
mostrar desaconselhável, em razão de eventual prejuízo ao réu ou 
porque existe suspeita de alguém vir a burlar o sistema, frustrando o 
seu efeito, poderá o juiz determinar a citação da forma tradicional. 
Tudo é muito novo e exige melhor regulamentação e aparelhamento 
principalmente do Poder Judiciário Estadual e Federal.
Citação com hora certa
Trata-se de uma espécie de citação por oficial de justiça, e é 
disciplinada pelos arts. 227, 228 e 229 do CPC. A citação com 
hora certa é uma peculiar forma de citação por mandado, que só 
deve ser utilizada em situações específicas.
Esta citação não é feita ao réu, mas a um terceiro próximo a ele 
(por isso é classificada como citação ficta ou presumida). Trata-se 
de citação indireta (terceira pessoa) e ficta (não se tem certeza de 
que ele tenha recebido). Exige os seguintes requisitos:
a) que o oficial de justiça tenha procurado o réu, por três vezes, 
em seu domicílio ou residência sem o encontrar.
b) que tenha fundada suspeita de que ele esteja ocultando-se 
para não ser citado.
Os dois requisitos devem estar presentes conjuntamente. É 
preciso que o oficial de justiça informe, na certidão, as ocasiões 
em que procurou o réu e as razões que o levam a desconfiar da 
ocultação. Incumbirá ao juiz verificar se a desconfiança do oficial 
é fundada ou não.
• Citação por edital
• Para que seja autorizada a citação por edital o réu deve 
ter sido procurado em todos os endereços possíveis e 
que constem nos autos, sem que tenha sido localizado. 
Cuidado com a afirmação contida no CPC, art. 232, I, que 
basta a “afirmação do autor, ou a certidão do oficial” 
quando as circunstâncias de ser desconhecido ou incerto 
o réu ou ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que 
se encontra (expressão mais comum na prática: ‘local 
incerto e não sabido’). É preciso extrema cautela do juiz, 
e tal dispositivo deve ser interpretado com muita 
reserva, pois uma aparente liberalização pode gerar 
consequências desastrosas para os jurisdicionados. Cabe 
ao magistrado analisar com prudência e cautela as 
afirmações do autor, apenas deferindo o edital, e mesmo 
que afirmação do oficial de justiça tenha fé pública, 
sempre estará submetida ao crivo do juiz.
Neste sentido, “para a validade da citação editalícia é necessário o 
exaurimento de todos os meios de localização pessoal do réu. Assim, 
v.g., não se pode pretender realizar validamente a citação por edital se 
o réu não foi procurado em todos os endereços pessoais e comerciais 
constantes nos autos. Uma vez esgotadas todas essas diligências e 
desconhecido o paradeiro do réu, a citação editalícia é válida, sendo 
indiferente que, posteriormente, seja descoberto o efetivo e atual 
endereço do demandado. Certo é que é nula a citação por edital se 
previamente não foram esgotados todos os meios possíveis para a 
localização do réu”.
Tal citação é disciplinada pelos arts. 231, 232 e 233 do CPC, e poderá 
ser feita: 
I – quando desconhecido ou incerto o réu; 
II – quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se 
encontrar; 
III – nos casos expressos emlei. Considera-se inacessível, para efeito de 
citação por edital, o país que recusar o cumprimento de carta rogatória. 
No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia 
de sua citação será divulgada também pelo rádio, se na comarca 
houver emissora de radiodifusão.
Hipóteses de cabimento
Desconhecido ou incerto o réu
Quando se ignora a pessoa do réu (ações possessórias), 
e na convocação de interessados em usucapião, 
falência, insolvência etc., e quando a ação é proposta 
contra o espólio, herdeiros ou sucessores (sem que se 
saibam quem são).
Ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se 
encontra o réu
Trata-se da incidência mais comum na prática forense. 
Conhece-se o réu, mas não se sabe como encontrá-lo. 
Também é considerado ignorado (para efeito de citação 
por edital) aquele que, embora conhecido, seja 
inacessível à justiça. Inacessibilidade física: local de 
difícil acesso. Inacessibilidade jurídica: país estrangeiro 
que se recusa a dar cumprimento à carta rogatória.
Nos casos expressos em lei.
Às vezes a lei exige citação por edital, como no inventário, 
divisão, insolvência, usucapião, sendo que nesta hipótese esta 
modalidade de citação é indispensável.
Requisitos de validade da citação por edital
Generalidades
De acordo com o art. 232 do CPC, são os seguintes os requisitos 
da citação por edital: I – a afirmação do autor, ou a certidão do 
oficial, quanto às circunstâncias previstas nos nr. I e II do artigo 
231 (desconhecido ou incerto o réu, ignorado, incerto ou 
inacessível o lugar em que este se encontre); II – a afixação do 
edital, na sede do juízo, certificada pelo escrivão; III – a 
publicação do edital no prazo máximo de 15 (quinze) dias, uma 
vez no órgão oficial e pelo menos duas vezes em jornal local, 
onde houver; IV – a determinação, pelo juiz, do prazo que 
variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias, correndo da data 
da primeira publicação; V – a advertência a que se refere o art. 
285, segunda parte, se o litígio versar sobre direitos disponíveis.
Especificamente os “prazos” do edital
Deve-se observar que, por exigência do CPC, art. 
232, III e IV, a publicação do edital deverá ocorrer no 
prazo máximo de 15 (quinze) dias, uma vez no órgão 
oficial e pelo menos duas vezes em jornal local, onde 
houver, e além disso o juiz deverá determinar que o 
prazo variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias, 
correndo da data da primeira publicação.
Dinâmica dos prazos para a citação por edital
1
Prazo para 
publicação
15 dias, contados da 
publicação do despacho 
que a ordenar
CPC, art. 232, 
III
2 Prazo do edital 20 a 60 dias, a critério do 
juiz
CPC, art. 232, 
IV,1ª parte
3
Início da contagem 
do “prazo do edital”
Da primeira publicação
CPC, art. 232, 
IV,2ª parte
4 Prazo para resposta
15 dias, na hipótese de 
procedimento comum 
ordinário, após esgotado 
o “prazo do edital”
CPC, art. 297
Penalidade para o autor que faz afirmação maliciosa e 
provoca o edital dolosamente
Se o autor agir maliciosamente (com dolo processual), 
fazendo afirmação falsa, além de ser nula a citação 
(CPC, art. 247), incorrerá o autor em multa de cinco 
vezes o salário mínimo (CPC, art. 233).
Trata-se de verdadeira litigância de má-fé na condução 
do processo que gera maliciosamente o edital. É muito 
fácil para o autor tentar citar no endereço indicado 
“inicialmente” na petição inicial. Uma vez não 
encontrado o réu, pede-se o “edital”. Mas isso ainda 
não é a “malícia” de que trata esse tópico, que 
ocorrerá sim se o autor por exemplo indicar 
“endereços errados” propositadamente para que o réu 
neles “nunca seja encontrado” (nesse caso o que o 
autor quer é provocar a revelia).
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