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✗ INTRODUÇÃO ✗ Uma revolta pacífica contra o presidente da Síria, há 10 anos, se transformou em uma violenta guerra civil. O conflito deixou em torno de 500 mil mortos, devastou cidades e atraiu outros países para a disputa. ✗ PRIMAVERA ÁRABE ✗ Embora a Primavera Árabe e a Guerra ao Terror sejam dois eventos com interesses e ramificações políticas inegavelmente distintas, ambos possuem uma similaridade em seus objetivos imediatos, visando implementar uma forma de governo democrático. ✗ No final de 2010 e início de 2011, alguns países árabes apresentaram revoltas populares denominadas pela mídia como “Primavera Árabe”. ✗ Essas manifestações se caracterizaram pela insatisfação popular diante de um cenário permeado por governos autoritários de longa data, desigualdades econômicas e tensões étnicas. O termo “Primavera” foi utilizado em outros momentos da história como referência a aspirações populares relacionadas a mudanças políticas e sociais. ✗ Em 2019, protestos derrubaram, em menos de duas semanas, ditadores da Argélia e do Sudão. ✗ O atual movimento, já conhecido como "Primavera Árabe 2.0", tem em comum manifestações pacíficas de jovens, a maioria no desemprego e sem perspectivas diante de governos tão enraizados quanto desgastados. Em ambos os casos, o Exército entrou em cena, aparentemente para apoiar os manifestantes. E é justamente neste ponto que o roteiro parece um plágio da Primavera Árabe de 2011. ✗ GUERRA CIVIL NA SÍRIA ✗ A guerra na Síria entrou no dia 15/03/2021, no 11º ano, com o regime do presidente Bashar al-Assad consolidando seu controle sobre um país devastado pelo conflito, com uma economia dizimada e sob a intervenção de potências estrangeiras com interesses divergentes. ✗ A revolta popular contra o ditador Bashar al-Assad e por reformas democráticas começou no dia 15 de março de 2011 e se transformou numa das guerras mais atrozes da história. Assad ainda está determinado a reconquistar todo o território sírio com seus aliados estrangeiros, principalmente a Rússia e o Irã. ✗ Mesmo antes do conflito começar, muitos sírios reclamavam dos altos índices de desemprego, corrupção e falta de liberdade política sob o presidente Bashar al-Assad, que sucedeu seu pai, Hafez al-Assad, após sua morte, em 2000. ✗ Os protestos pró-democracia começaram em março de 2011, na cidade de Daraa, após a prisão e tortura de adolescentes que haviam pintado slogans revolucionários no muro de uma escola. Tais protestos foram inspirados pelos levantes da Primavera Árabe em países vizinhos. Quando as forças de segurança sírias abriram fogo contra os ativistas, matando vários deles, as tensões se elevaram e mais gente saiu às ruas. Os manifestantes pediam a saída de Assad. ✗ A resposta do governo foi sufocar as divergências, o que reforçou a determinação dos manifestantes. No fim de julho de 2011, centenas de milhares saíram às ruas em todo o país exigindo a saída de Assad. Deste modo, pode-se afirmar que o conflito armado começou com protestos antigoverno que cresceram até dar origem a uma guerra civil total. ✗ Mais de 12 milhões de pessoas tiveram que deixar suas casas, em meio à batalha entre forças leais a Bashar al-Assad e oposicionistas, e também sob a ameaça de militantes radicais do Estado Islâmico. A violência se intensificou e o país entrou em guerra civil quando brigadas rebeldes foram formadas para enfrentar forças do governo pelo controle de cidades e vilas. ✗ A batalha chegou à capital, Damasco, e a Aleppo, segunda cidade do país, em 2012. O conflito hoje é mais do que uma disputa entre grupos pró e anti Assad. Adquiriu contornos sectários, jogando a maioria sunita contra o ramo xiita alauíta de Assad. E o avanço do Estado Islâmico deu uma nova dimensão à guerra.
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