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2- Nomenclatura dos vasos de pressão A Subcomissão de Inspeção de Equipamentos do Instituto Brasileiro de Petróleo aprovou, em fevereiro de 1963, a guia número dois de Inspeção de Equipamentos que padronizou a nomenclatura a ser usada para equipamentos e acessórios nas refinarias de petróleo. Com o objetivo de familiarizar o técnico de inspeção com esta nomenclatura, faremos uma breve descrição dos componentes usualmente encontrados nos vasos de pressão. 2.1- Classificação Nos vasos de pressão podemos observar três dimensões através das quais podemos classificá-los. Estas dimensões são o diâmetro interno (DI), o diâmetro externo (DE) e o comprometimento entre tangentes (CET). O comprimento entre tangentes (CET) representa o comprimento total entre as linhas de tangencia, traçadas entre o corpo e as calotas de um vaso de pressão. Quanto à posição em que estas três dimensões encontram-se em relação ao solo, os vasos de pressão podem ser classificados como: . Cilíndricos verticais- vasos com casco cilíndrico e DI e DE paralelos ao solo e CET perpendicular ai solo; . Cilíndricos horizontais- vasos com casco cilíndrico e DI e DE perpendiculares ao solo e CET paralelo ao solo; . Cilíndricos inclinados- vasos com casco cilíndrico DI, DE e CET inclinados em relação ao solo; . Esféricos- vasos onde a dimensão CET não pode ser definida. Na página a seguir são mostradas essas dimensões. 2.2- Componentes de um vaso de pressão 2.2.1- Corpo Também chamados de calotas. Apresentam-se normalmente nas formas planas, semi- elípticas, semi-esféricas e toro-cônicas. O tipo de tamanho é escolhido em função de determinados fatores, quais sejam, exigência do serviço, diâmetro do vaso, pressão de operação, entre outros. Os tampos elipsoidais são chamados de tampos elipsoidais “padrão” quando a relação entre seus semi-eixos é 2:1. Já os tampos toroesféricos que possuem esta mesma relação entre seus semi-eixos, são conhecidos como “falsa elipse”. L R h ASME 6% D 0,06 D 0,169 D ASME 10% D 0,1 D 0,194 D ASME 2:1 (falsa elipse) 0,904 D 0,173 D 0,25 D 2.2- Aberturas Todos os vasos de pressão têm sempre varias aberturas, sendo que elas possuem diversas finalidades. Dentre as aberturas existentes, as principais são os bocais e as bocas de visita. Além destas, outras aberturas existentes são feitas para permitir a ligação entre o corpo do vaso e outras partes do mesmo vaso, como por exemplo, a ligação a potes de drenagem. Estas aberturas podem ser feitas tanto no corpo do vaso como nos seus tampos. 2.2.3.1- Bocais São aberturas existentes nos vasos de pressão para possibilitar a ligação destes com tubulações de entrada e saída de produto e para instalação de válvulas de segurança, instrumentos de controle, drenos e respiros. 2.2.3.2- Bocas de visita São as portas por onde se dá o acesso ao interior dos vasos de pressão, para inspeção, limpeza, manutenção, montagem e remoção de peças internas. Na maioria dos casos, as bocas de visita são construídas de modo similar a um bocal flangeado, sendo a sua tampa, um flange cego. 2.2.4- Reforços As aberturas num vaso de pressão, apesar de necessárias para o seu funcionamento, causam um enfraquecimento local na parede do vaso. Além disso, elas são pontos onde há concentração de tensões. Logo, para combater este efeito indesejável, é necessária a colaçãode reforços junto a essas aberturas. Os reforços, normalmente utilizados, são os seguintes: . Discos de chapa soldados ao redor da abertura, também chamados de anéis de chapa. Eles não devem ser usados quando a parede do vaso tiver espessura igual ou superior a 50 mm. Não é recomendado para vasos que operam com baixas temperaturas e sujeitos a serviços cilíndricos. Entretanto, seu uso é permitido para qualquer diâmetro desde que respeitadas às condições citadas anteriormente. É o sistema mais simples, barato e de mais fácil execução; . Utilização de uma maior espessura de parede para o vaso ou bocal; . Peças forjadas integrais, que podem ser usadas em vasos de quaisquer diâmetros . Pescoço tubular com maior espessura, para diâmetros nominais de até 10´´. Este pescoço pode ser um tubo forjado ou um tubo sem costura. 2.2.5- Acessórios internos A variedade de tipos e detalhes de peças internas sem vasos de pressão é muito grande, dependendo basicamente do fim para o qual o vaso se destina. Todas estas peças internas, que devem ser desmontáveis, têm de ser obrigatoriamente subdivididas em seções, de tal maneira que cada seção possa passar com facilidade através de bocas de visita dos vasos. Todas estas peças internas, devido à redução de peso, facilidade de desmontagem e outros fatores, fazem com que seja extremamente difícil a utilização de quaisquer sistemas de proteção anticorrosiva. Por este motivo,estes acessórios internos devem ser, quase obrigatoriamente, construídos de material resistente à corrosão. Logo, estes acessórios, são com freqüência, de material diferente do material do vaso. A seguir, serão relacionados os prncipais acessórios internos de um vaso de pressão. 2.2.5.1- Bandejas Sua finalidade é conter os borbulhadores ou válvulas em torres de destilação ou retificação. Ecas possuem um vertedouro, e são cortadas alternadamente. Devem possuir um alçapão, que também é chamado de boca de visita de bandeja, cuja finalidade é permitir a passagem de pessoa durante a montagem, manutenção, limpeza e inspeção interna ou externa. 2.2.5.2- Distribuidores São tubos internos, com ou sem ramificações, para espalhar o líquido que entra no vaso. 2.2.5.3- Grades Sua finalidade é sustentar recheios, leitos de catalisador, demisters, etc. 2.2.5.4- Anel de sustentação dos acessórios internos Sua finalidade é sustentar as grades e as bandejas. Sua principal vantagem em relação à união daqueles acessórios é sua facilidade de remoção além de evitar a necessidade de realização de soldas dissimilares, uma vez que, na grande maioria das vezes, estes internos são de material diferente do material do vaso. 2.2.5.5- Vigas de sustentação São utilizadas, geralmente, em equipamentos de grandes diâmetros (normalmente acima de 1,50 m) com a finalidade de melhorar a suportação e a rigidez das seções de bandejas e demais internos. Essas vigas são integrais e atravessam todo diâmetro do vasosendo fixadas por parafuso e porcas em pequenas chapas soldadas ao casco, popularmente chamadas de “orelhas”. 2.2.5.6- Enchimento Em algumas torres de processo, as bandejas são substituídas por pequenas peças, na forma cilíndrica, esférica ou sela, cuja finalidade é aumentar o rendimento do processo. Essas pequenas peças, também conhecidas como recheios, recebem nomes cariados em função de sua forma e detalhes construtivos e são colocadas no interior do equipamento de maneira aleatória num espaço predeterminado. Os principais tipos de recheios utilizados como enchimento são os anéis de Rasching, anéis de Palt, selas, esferas e anéis Lessing. 2.2.5.7- Retentores de gotículas Também chamados de demisters. Eles podem ser usados tanto para reter gotículas como partículas sólidas. Os retentores de gotículas são usados para evitar o arraste de liquido em correntes de vapores. Os vapores em movimento no interior de um vaso arrastam gotículas que, ao passarem pelo retentor ficam retidas nas suas malhas. As gotículas acumuladas formas gotas que caem sobre o nível liquido do vaso. Estes demisters são fabricados com fios de arame formando malhas com dimensões controladas e adequadasàs exigências do processo. Eles são divididos em seções compactadas e montadas entre grades ligadas por arames, o que facilita seu manuseio, montagem, aumento ou redução do numero de camadas do retentor e permitem a sua instalação no interior dos vasos. Os materiais mais usados na fabricação dos fios, que constituem o retentor e parte estrutural, são: aço carbono ou inoxidável austenítico para a parte estrutural e aço inoxidável, monel ou plástico para os fios que compõem a malha do retentor. Já os retentores de partículas são usados para reter as partículas sólidas contidas na corrente de gases e são fabricados da mesma maneira que os retentores de gotículas. O material particulado retido na malha será removido apenas nas paradas operacionais, quando o conjunto deve ser removido para a limpeza e manutenção. Quando a espessura da malha do retentor estiver inferior ao projetado ou parte dela estiver danificada, podem ser adicionadas mais camadas ou substituídas as danificadas, sem a necessidade de mexer nas demais camadas, desde que o fio usado na malha esteja em boas condições físicas. 2.2.6- Acessórios externos Os vasos de pressão podem ter diversos tipos de acessórios externos, dentr os quais, podemos citar como exemplos os especificados abaixo: . Reforços de vácuo; . Anéis de suporte de isolamento térmico externo; . Chapas de ligação, orelhas ou cantoneiras para suportes de tubulação, plataformas, escadas ou outras estruturas; . Suportes para turcos de elevação de carga; . Turcos para as tampas de bocas de visita e outros flanges cegos. 2.2.7- Suportes Todos os vasos de pressão devem ter suporte próprio não se admitindo, o mesmo para vasos leves ou de pequenas dimensões, que fiquem suportados pelas tubulações a ele ligadas. Existem vários tipos de estruturas de suporte, tanto para vasos verticais como para vasos horizontais. 2.2.7.1- Suporte para vasos horizontais A maioria dos vasos horizontais são suportados em dois berços (selas), sendo que, para permitira livre dilatação do vaso, em um dos berços de furos para os chumbadores são ovalados (furos oblongos). Considerando-se o vaso de pressão em questão como sendo uma viga bi- apoiada, com os extremos em balanço, os berços deveriam ser colocados em uma posição tal que seja obtido no meio do vão entre os suportes um momento fletor igual à soma daqueles nos pontos de apoio. Este problema já foi estudado por Zick que, levando em consideração o efeito enrijecedor dos tampos sobre a parte cilíndrica, construiu um ábaco permitindo localizar adequadamente os suportes de um vaso de pressão horizontal. 2.2.7.2- Suportes para vasos verticais Eles são, usualmente, sustentados por meio de saias cilíndricas ou cônicas, colunas ou sapatas. Sempre que possível, devem ser usadas colunas. De maneira geral, as torres devem ser suportadas por meio de saias, sendo que a espessura mínima das saias é 6,3 mm. A saia de suporte por meio das saias, trechos com 1 metro de comprimento a partir da ligação com o vaso, com o mesmo material do casco, nas seguintes condições: . Temperatura de projeto inferior a -10°C . Temperatura de projeto superior a 250°C . Serviços com Hidrogênio . Vasos de aços-liga, aços inoxidáveis e materiais não ferrosos. 2.2.7.3- Suporte para vasos esféricos As esferas para armazenagem de gases (GLP, por exemplo) também são sustentadas por colunas, soldadas ao casco aproximadamente na linha do equador da esfera. 3- Código de projeto As normas e códigos de projeto foram estabelecidos não só com a finalidade de padronizar e simplificar o cálculo e o projeto dos vasos de pressão, mas principalmente para garantir as condições mínimas de segurança para sua operação. A experiência já comprovou que a observância dessas normas torna muito baixa a probabilidade de ocorrência de acidentes graves. Por esse motivo, embora muitas vezes não sejam de uso legal obrigatório, nem eximam de qualquer responsabilidade os projetistas e usuários dos vasos de pressão. Uma norma de projeto representa um conjunto coerente de premissas que são características desse documento, relacionando critérios de aceitação a serem adotados para os materiais e juntas soldadas. Os códigos de projeto, de acordo com a sua filosofia, podem ser divididos em dois grandes grupos. O primeiro deles, representado pela grande maioria dos códigos existentes, estabelece ou limita as tensões de membrana nas diversas partes do vaso de pressão a uma fração arbitraria do limite de resistência ou escoamento do material do qual o vaso é fabricado e incluem regras, baseadas na experiência adquirida ao longo dos anos, para o dimensionamento de componentes especiais, tais como tampos e bocais. Este é o projeto tradicional ou convencional dos vasos de pressão. Seguem esta filosofia o A.D Merkblatt, o SNTC, o ASME VII Divisão e a B.S 5.500 (projeto simplificado). O outro grupo, mais recentemente desenvolvido, tem por filosofia a adoção de maiores tensões de projeto, associadas a uma rigorosa e criteriosa análise de tensões dos equipamentos. O projeto conforme a esta filosofia desenvolveu-se bastante com o advento da indústria nuclear e com a introdução de técnicas computacionais que passaram a facilitar a análise de tensões em descontinuidade, bocais, etc. seguem esta linha de projeto o ASME VII Divisão2 e a B.S 5.500 (projeto baseado em análise de tensões). 3.1- B.S. 5.500 Elaborado pela British Standands Institution, ele aborda aspectos relativos a materiais, projeto, fabricação, inspeção e testes dos vasos de pressão. Inclui vários apêndices, entre os quais destacamos os seguintes: . Apêndice A Trata do critério para analise de tensões para equipamentos ou condições de projeto que não puderem ser enquadrados nas fórmulas mais simplificadas de cálculo. É bastante similar ao Apêndice 4 do Código ASME, Seção VII, Divisão 2; . Apêndice B Considera o efeito combinado de pressão e outros carregamentos, tais como peso e vento; . Apêndice C Trata-se da analise de fadiga; . Apêndice G Trata das tensões causadas por cargas localizadas. (Reações de apoio e esforços provenientes de dilatação de tubulações). 3.2- A.D. Merkblatt Elaborado pela Associação dos Construtores de Vasos de Pressão, este código alemão é constituído das seguintes seções: . Série G Parte geral. . Série A Acessórios. . Série B Projeto. . Série H Soldagem. . Série W Materiais. 3.3- SNCT Elaborado pelo Syndicat National de La Chaudronnerie, Tolerie ET Tuyaunterie Industrialle. Aborda métodos de cálculo para pressão interna e externa e outros carregamentos. 3.4- ISSO – DIS 2694 Elaborada sob responsabilidade da “International Standard Organization” pelo Technical Committee numero 11 (TC- 1 l), a norma DIS 2694 é baseada nas normas européias. Esta norma destina-se a ser adotada em todos os países membros da ISSO, mas até hoje não tem tido grande aplicação. 3.5- P – NB – 109 A norma brasileira foi elaborada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A norma relacionada com vasos de pressão é a NB – 109. 3.6- Código ASME A American Society of Mechanical Engenieers tem a função de estabelecer regras para que os métodos de projetos, fabricação, montagem, inspeção e testes utilizados possam oferecer condições operacionais mais seguras e com menor taxa de deterioração. Este código é dividido em várias seções: . Seção I Caldeiras. . Seção II Especificação de materiais . Seção III Vasos Nucleares (Div.1 e 2) . Seção IV Caldeiras para aquecimento . Seção V Ensaios não- destrutivos . Seçao VI Recomendações quanto à segurança e operação de caldeiras . Seção VII Vasos de pressão: Divisão 1- projeto padrão Divisão 2 – Projeto alternativo . Seção IX Qualificaçãode soldadores, Operadores de solda e de diversos processos de soldagem . Seção X Vasos de pressão em plástico reforçado com fibra de vidro . Seção XI Recomendações para a inspeção em serviço de reatores Os seguintes tipos de vasos de pressão não se encontram no espaço do ASME – Seção VIII – Divisão 1 e Divisao 2: . Aqueles cobertos por outras seções do ASME; . Aquecedores flamo-tubulares; . Recipientes pressurizados que componham, em parte ou no todo, equipamentos rotativos ou alternados; . Componentes de tubulação, como tubos, flanges, parafusos, juntas, válvulas, etc. . Vasos para armazenamento de água com pressão de projeto menor do que 300 psi (21,0 kgf/cm²) ou temperatura de projeto inferior a 210° (99°C); . Vasos para armazenamento de água, aquecida por vapor ou outro meio indireto, quando nenhuma das seguintes limitações for excedida: - aquecimento de 200.000 Btu/h; - temperatura de 210°F; - capacidade de 454 I. . Vasos com o diametro interno, largura, altura ou diagonal da seção trasversal inferior a 6´´. 3.6.1 – Código ASME – Seção VII – Divisão 1 É o projeto convencional de um vaso de pressão. A filosofia de projeto da Divisão 1 esta bem explicada explícita no parágrafo UG – 23 ©, do código, onde se lê: “A espessura de parede de um vaso de pressão, dimensionado de acordo com as regras estabelecidas nesta divisão deve ser tal que a tensão máxima primária geral de membrana, resultante dos carregamentos a que esteve sujeito o equipamento durante a sua operação normal, não exceda os limites de tensão admissível do material do vaso e que, excetuando-se alguns casos especiais, os carregamentos a que esteja sujeito o vaso não provoquem uma tensão primária de membrana mais flexão superior a 1,5 da tensão máxima admissível do material do vaso”. A divisão 1 do código do ASME esta dividida da seguinte forma: . Sub-seção (A,B e C) . Apêndices obrigatórios .Apêndices não-obrigatórios. A subseção A abrange os requisitos gerais, comuns à construção de todos os vasos de pressão. A subseção D abrange os requisitos referentes ao processo de fabricação. A subseção C abrange os requisitos referentes ao material de fabricação. Apêndices Obrigatórios e Não-obrigatórios A consulta a estas normas fica bastante facilitada se esquematizarmos a procura dos elementos desejados. Assim, exemplificando, se quisermos construir um vaso de pressão soldado, de aço carbono, conforme o ASME – VIII- Divisão 1, devemos consultar as seguintes partes: UG, UW, UCS, Apêndices. Assim, especificando, teremos: SUBSEÇÃO PARTE REQUISITOS APLICAÇÃO A UG GERAIS TODOS OS VASOS B UW SOLDAGEM VASOS COM PARTES SOLDADAS UR REBITAMENTO VASOS COM PARTES REBITADAS UF FORJAMENTO VASOS COM PARTES FORJADAS UB BRAZAGEM VASOS COM PARTES UNIDAS POR BRAZAGEM C UCS AÇO CARBONO E BAIXA LIGA VASOS COM PARTES EM AÇO CARBONO OU BAIXA LIGA UNF METAIS NÃO FERROSO VASOS COM PARTES EM METAIS NÃO FERROSO UHA AÇO ALTA LIGA VASOS COM PARTES EM ALTA LIGA UCI FERRO FUNDIDO VASOS COM PARTES EM FERRO FUNDIDO UCL REVESTIMENTO VASOS COM PARTES REVESTIDAS (CLAD OU LINING) UCD FERROS FUNDIDOS MALEÁVEIS VASOS COM PARTES EM FERRU FUNDIDO MALEÁVEL UHT AÇO DE ALTA RESISTÊNCIA VASOS COM PARTES EM AÇO DE ALTA RESITÊNCIA 3.6.2- Código ASME – Seção VIII – Divisão É o projeto alternativo dos vasos de pressão. A filosofia de projeto da Divisão 2 estabelece regras específicas para o caso do projeto de vasos mais comuns, assim como a Divisão 1. Quando isto não ocorre, uma completa análise de tensões é necessária e pode ser de acordo com os procedimentos estabelecidos nos seguintes apêndices: -Apêndice 4 Projeto baseado em análise de tensões. -Apêndice 5 Projeto baseado em análise de fadiga -Apêndice 6 Análise experimental de tensões. A Divisão 2 está dividida da seguinte forma: -Parte AG Requisitos gerais -Parte AM Materiais -Parte AD Projeto -Parte AF Fabricação -Parte AR Dispositivos de alívio de pressão -Parte AI Inspeção e radiografias -Parte AT Testes -Partes AS Marcação e relatórios -Apêndices obrigatórios -Apêndices não obrigatórios 3.6.3 – Comparação entre as divisões 1 e 2 do código ASME seção VIII Em resumo podemos dizer que as principais diferenças entre os critérios de projeto no ASME Seção VIII, entre as Divisões 1 e 2 são: . A Divisão 2 utiliza como critério de resistência o critério de Tresca enquanto na Divisão 1 utiliza-se o critério de Rankine. . A Divisão 1 apresenta fórmulas para o cálculo da espessura mínima de parede, baseada na teoria da membrana, ou seja, utiliza fórmulas de cálculo simplificadas; a Divisão 2, quando exige análise de tensões atuante em cada parte do vaso que são comparados com diferentes valores de intensificação de tensões de projeto. . A Divisão 2 considera a possibilidade de falha por fadiga e dá regras para esta análise (Apêndice 5). . Embora os critérios de aceitação para inspeções e testes sejam os mesmos para as duas divisões, a Divisão 2 não aceita as limitações de abrangência de exames não destrutivos permitidas pela Divisão 1, como por exemplo, o fato de a Divisão 2 não admitir radiografia (spot) em juntas soldadas. 4- Materiais A seleção dos materiais adequados a cada uma das partes de um vaso de pressão é um dos problemas mais difíceis para o projetista do equipamento. Os fatores normalmente considerados na escolha do material para a fabricação de um vaso de pressão são os citados a seguir: . Condições de serviço do equipamento, como por exemplo, pressão e temperatura de operação . Nível e natureza das tensões atuantes . Natureza, concentração e impurezas, por exemplo, dos fluidos em contato cm o vaso . Custo do material e segurança . Facilidade de fabricação, montagem e manutenção . Tempo de vida previsto para o equipamento . Disponibilidade . Experiência prévia Para os cascos, tampos e todas as outras partes do vaso submetidas à pressão exigem- se que sejam especificamente no projeto materiais qualificados. O material mais comumente utilizado na construção dos vasos de pressão é o aço carbono. Suas propriedades são grandemente influenciadas por sua composição química e pela temperatura. Contudo, outros materiais, dependendo dos fatores citados anteriormente, principalmente a temperatura de serviço, podem ser especificados. 4.1- Influência de altas temperaturas A partir de determinada temperatura, característica de cada metal ou liga metálica, o material torna-se sujeito a um processo de deformação ao longo do tempo, provocado por uma tensão que pode mesmo ser inferior ao limite de escoamento do material, a este fenômeno denominamos fluência. Em termos práticos, normalmente, a fluência é importante acima de 0.3 Tf é a temperatura de fusão em graus Kelvin; para aços carbono a temperatura de fluência situa-se em torno de 370°C. Relacionando-se a progressão da deformação por influencia com o tempo decorrido, obtém-se o que denominamos a curva típica de fluência, mostrada abaixo. Na 1ª fase, a taxa de deformação por fluência é decrescente, na 2ª ocorre um balanço entre esses dois mecanismos; na 3ª fase ocorre deformação localizada e uma aceleração nas taxas de deformação. A 1ª fase é também chamada de primária ou transiente, a 2ª fase de secundária ou estacionária e a 3ª fase de terciária. A tensão admissível é o menor valor entre: - 100% da tensão média para taxa de deformação por fluência de 0,01% em 1.000 horas; - 67% da tensão média para ruptura em 100.000 horas; - 80% da tensão mínima para ruptura em 100.000 horas.Independentemente dos limites de temperatura estabelecidos no ASME, indicamos na tabela abaixo os limites de temperatura para partes pressurizadas e não pressurizadas nos vasos. Os limites para partes pressurizadas foram estabelecidos em função da resistência à fluência do material; os limites para as partes não pressurizadas na temperatura de escamação do material. MATERIAIS Temperaturas Limites(°C) Partes Pressurizadas Partes não Pressuriazadas Aços- carbonos qualidade estrutural 150 530 Aços-carbonos não acalmados (materiais qualificados) 400 530 Aços-carbonos acalmados com Si 450 530 Aços-liga ½ Mo 500 530 Aços-liga 1 ¼ Cr- ½ Mo 530 550 Aços-liga 2 ¼ Cr- 1 Mo 530 570 Aços-liga 5 Cr- ½ Mo 480 600 Aços inoxidáveis 405, 410, 410S (3) 480 700 Aços inoxidáveis 304, 316 (1) (2) 600 800 Aços inoxidáveis 304L, 316L 400 800 Aços inoxidáveis 310 (2) 600 1100 4.2 – Influência de Baixas Temperaturas Numerosos metais que apresentam um comportamento dútil em temperatura ambiente podem tornar-se quebradiços quando submetidos a temperaturas baixas, ficando sujeitos a rupturas repentinas por fratura frágil. Ao contrario das fraturas dúteis, que são sempre precedidas por uma deformação considerável, as fraturas frágeis caracterizam-se por apresentar pouca ou nenhuma deformação prévia, por isso as fraturas frágeis têm caráter catastrófico, com perda total do equipamento quando ocorrem. Três condições são necessárias para a ocorrência de uma fratura frágil: - Tensões de tração elevadas - Presença de entalhes - Temperaturas abaixo da temperatura de transição. Estas três condições deverão existir simultaneamente para que a fratura se inicie; o risco será praticamente inexistente se uma destas condições não for satisfeita. De que maneira atuam os códigos de projeto de modo a que seja evitada ou minimizada uma fratura frágil nos vasos de pressão? Os códigos atuam no nível de tensões especialmente no que diz respeitos às tensões residuais que possam existir no equipamento, recomendando, quando necessário, um tratamento térmico para alivio de tensões. Atuam, também, no que diz respeito à presença de entalhes com recomendações quanto a detalhes de fabricação e inspeção criteriosa das soldas. E, no que diz respeito à temperatura de transição, estipulam regras para a seleção de materiais através dos testes de impacto. Temperatura de transição é a temperatura abaixo da qual existe a possibilidade de fratura frágil. No código ASME, para avaliação do comportamento dos materiais em baixas temperaturas são realizados os testes Charpy, de acordo com os procedimentos da ASTM A 370. Na divisão 1 o teste é exigido para equipamentos que estiverem sujeitos a temperaturas de operação abaixo de -20°F (-29°C), e o material deverá ser testado numa temperatura no mínimo igual a temperatura mínima de operação, isto para a Parte ICS- Aços Carbono ou de Baixa Liga. Na divisão 2 o teste é exigido em função do tipo de material, espessura e da temperatura mínima de operação, conforme a figura AM- 218. 1. 4.4- Critérios para Especificação dos Materiais Componentes de Vasos de Pressão A fim de facilitar a orientação da especificação dos materiais para os diversos componentes de um vaso de pressão, utilizaremos uma divisão destes componentes em classes. Classe I- Partes da parede de pressão do vaso em contato com o fluído de processo (cascos, tampos, pescoços de bocais, flanges, flanges cegos, etc.) e outras partes pressurizadas em contato com o fluido de processo (espelho, p. ex.). Esta classe inclui também as partes internas soldadas aos vasos e submetidas a esforços principais (anéis, chapas e outros elementos de suporte de bandejas, grades, tampos internos, etc.). Esta classe inclui também os reforços (de qualquer tipo) das aberturas na parede de pressão do vaso. Classe II- Partes da parede de pressão do vaso não em contato com o fluido de processo, exceto os reforços das aberturas, incluídos na classe I, (reforços externos, reforços de vácuo, etc.). Classe III- Partes internas soldadas ao vaso não submetidas a esforços principais (chicanas, defletores, quebra-vórtice, vertedores, etc.). Partes externas soldadas ao vaso, submetidas a esforços em operação, como por exemplo, suporte de qualquer tipo (saias, colunas, berços, etc.) elementos de sustentação de escadas, plataformas, tubulações externas, etc. Para os suportes, esta classe inclui somente as partes dos suportes diretamente soldados ao vaso ou muito próximas do mesmo. Classe IV- Partes internas desmontáveis (não soldadas ao vaso), como por exemplo, bandejas borbulhadores, grades, vigas de sustentação, distribuidores, feixes tubulares, etc. Classe V- Partes de suportes de qualquer tipo não incluídos na Classe III. Para todas as partes desta Classe a temperatura de projeto é sempre a temperatura ambiente. Classe VI- Partes externas, soldadas ao vaso, mas submetidas a esforços apenas em montagem, manutenção, desmontagem, etc., como por exemplo, olhais de suspensão, turcos, etc. Para todas as partes ambientes desta Classe a temperatura do projeto é sempre a temperatura ambiente. Critérios para Especificação dos Materiais dos Componentes de Vasos. MATERIAL BÁSICO DO VASO Classe da Parte do Vasco Considerado Aço-carbono Aço-carbono Para Baixas Temperaturas (com teste impacto) Aços-liga, Aços inoxidáveis e Metais Não Ferrosos I Mesmo material do casco Mesmo material do casco Mesmo material do casco II Mesmo material do casco Mesmo material do casco Material com o mesmo ”P-Number” III Aço-carbono de qualidade estrutural Aço-carbono para baixas temperaturas com teste de impacto Material com o mesmo “P-Number” do material do casco (ver note) IV Materiais especificados em cada caso Materiais especificados em cada caso Materiais especificados em cada caso V Aço-carbono de qualidade estrutural Aço-carbono de qualidade estrutural Aços-carbonos de qualidade estrutural VI Aço-carbono de qualidade estrutural Aço-carbono qualidade estrutural Material com o mesmo “P-Number” do material do casco Nota – deve ser empregado o mesmo material do casco, quando for exigido por motivo de resistência à corrosão. 4.4- Materiais mais Utilizados Os tipos de aço-carbono mais utilizados, na faixa de temperatura recomendável, que é de -45°C a 450°C,são: ASTM A – 285 Gr C; ASRM A –515 Gr60 e Gr70; ASTM A – 516 Gr60 e 70. Numa abordagem bem ampla poderíamos classificar o ASTM A- 285 Gr C como adequado para partes não pressurizadas ou para serviços não tóxicos, em pressões e temperaturas não muito elevadas; os ASTM A – 515 Gr 60 e Gr 70, acalmados, para temperaturas mais elevadas; e o ASTM A – 516 Gr 60 e 70, acalmados, para serviços em baixas temperaturas. Um aço de qualidade estrutural, também bastante utilizado é o ASTM A – 283 Gr C. O código permite a utilização desse material, mesmo para partes pressurizadas, com as seguintes recomendações: - Não se destinar a fabricação de caldeiras; - A temperatura de projeto estiver entre -20°C e 343°C; - A espessura utilizada for inferior a 5/8 in.; - O aço for fabricado em forno elétrico, S.M., ou Conversor L.D. Numa faixa de temperatura mais elevada e para serviços com hidrogênio, são muito utilizados os aços de liga Mo e Cr –Mo, sendo os mais comuns os seguintes: ASTM A – 204 Gr A/B/C ( 1/2 Mo); ASTM A- 387 Gr 11 ( 1 ¼ Cr – ½ Mo); ASTM A -387 Gr 22 (2 ¼ Cr – 1 Mo). Numa faixa de temperatura mais elevada, seriam indicados os aços inoxidáveis, sendo que os austeníticos em temperaturasmais altas. ASTM A- 240 Gr 304 (AISI 304); ASTM A – 240 Gr 304 L (AISI 304 L); ASTM A -240 Gr 316 (AISI 316); ASTM A- 240 Gr 316 L (AISI 316 L); ASTM A – 240 Gr 321 (AISI 321); ASTM A – 240 Gr 405 (AISI 405); ASTM A – 240Gr 410(ASISI 410); Em baixas temperaturas são utilizados: -Aços liga ao Níquel: ASTM A- 203 Gr A/Gr B (2 ¼ Ni); ASTM A- 203 Gr D/Gr E (3 ½ Ni); ASTM A– 353 (9 Ni); - Aços Inoxidaveis Austeníticos; - Metais não ferrosos: Ligas de Alumínio/ Magnésio – ASTM B- 209 (5083) Ligas de Alumínio/ Silício – ASTM B- 209 (6061). 5- Definições 5.1 – Pressão de Operação É a pressão no topo de um vaso de pressão em posição normal de operação, correspondente a uma determinada temperatura de operação. 5.2- Temperatura de Operação É a temperatura da parede do vaso quando sujeito à pressão de operação. 5.3- Pressão de Projeto É a pressão que será utilizada no dimensionamento do vaso, devendo ser considerada como atuando no topo do equipamento. O código ASME, Seção VIII, estabelece que a pressão de projeto deverá ser determinada considerando-se a condição de pressão e temperatura mais severas que possam ocorrer em serviço normal. 5.4- Temperatura de projeto É a temperatura da parede do vaso correspondente a pressão de projeto. O código ASME estabelece que esta temperatura não deverá ser menor que a temperatura média da superfície metálica nas condições normais de operação. 5.5- Pressão Máxima Admissível de Trabalho É a pressão máxima, no topo do vaso, em posição de operação normal, que acarreta no componente mais solicitado do equipamento, uma tensão igual à tensão admissível do material, na temperatura considerada, corrigida pelo valor da eficiência de exame radiográfico adotada no projeto do equipamento. A pressão máxima admissível de trabalho é calculada para a temperatura de projeto com o vaso na condição corroída. Para determiná-la devemos considerar a pressão máxima que poderá atuar em cada componente do vaso, não devendo ser levadas em conta no calculo espessuras decorrentes da coluna de líquido atuante no vaso nem as espessuras decorrentes das tolerâncias de fornecimento das chapas e sua conformação. 5.6- Pressão de Ajuste do Dispositivo de Alívio de Pressão O código ASME Seção VIII, Divisão 1 aborda os requisitos para dispositivos de alívio de pressão, em sua parte UG, parágrafos UG – 136 e em seu apêndice. Num vaso de pressão instalamos dispositivos de alívio de pressão para proteção contra condições anormais de operação e contra excesso de pressão provocado por fogo. Para condições anormais de operação, o dispositivo de alívio de pressão, quando 1 só dispositivo é utilizado, deve ter sua pressão de ajuste não superior a pressão máxima admissível de trabalho do equipamento, nem inferior a sua pressão de projeto. 6-Revestimentos Devido à necessidade de disponibilidade de materiais que possuam ao mesmo tempo boas resistências mecânicas e ao desgaste, em muitas aplicações, é mais econômico a utilização de materiais revestidos. A filosofia em se adaptar por materiais revestidos, é a redução de custo pela utilização de um material menos nobre, como metal resistente, unindo a superfície destes, que ficará exposta ao meio agressivo, outro material de baixa espessura, apenas com a finalidade de evitar o desgaste superficial. Dependendo da superfície revestida do material em relação ao equipamento, o revestimento é classificado em interno, quando a superfície revestida está voltada para o interior do equipamento, ou externo, quando estiver voltada para fora do equipamento. A tabela a seguir mostra uma classificação dos revestimentos usados em vasos de pressão, considerando apenas o tipo de desgaste que se deseja evitar. TIPO DE DESGASTE CLASSIFICAÇÂO DO REVESTIMENTO TIPO DE REVESTIMENTO MAIS USUAL EM VASOS DE PRESSÃO CORROSÃO ANTICORROSIVO METÁLICO EROSÃO ANTIEROSIVO NÃO METÁLICO POR TEMPERATURA REFRATÁRIO NÃO METÁLICO 6.1- Revestimentos Externos Os revestimentos externos usualmente são empregados nos vasos de pressão com as seguintes finalidades: proteção contra corrosão atmosférica, isolamento térmico e proteção contra fogo. A proteção contra a corrosão atmosférica é feita através da pintura do equipamento, que deve ser compatível com o ambiente onde será instalado o mesmo. O isolamento térmico pode ser empregado nos vasos de pressão com as seguintes finalidades: conservação de energia, proteção ou conforto pessoal, estabilização de fases de processos industriais e manutenção de fluidez de produtos. No isolamento térmico para altas temperaturas, os materiais usualmente empregados são a sílica diatomácea e o silicato de cálcio. No isolamento térmico para baixas temperaturas, o mais comum é a espuma de poliuretano. A proteção contra fogo (fire proof), tem por objetivo evitar o colapso de elementos estruturais considerados vitais para as unidades de processamento, a fim de facilitar as operações de combate a incêndio. Este revestimento consiste de uma argamassa refrataria, aplicada na estrutura de sustentação ou/ e suporte dos vasos, com a finalidade de impedir o desabamento ou inclinação destes, quando submetidos a um aquecimento excessivo, durante incêndios. Neste caso, o fire proof isola o material usado na fabricação dos suportes ou estruturas por um curto período de tempo, enquanto são tomadas as providencias de combate ao incêndio. 6.2- Revestimentos internos Os vasos de pressão são revestidos internamente pelas seguintes razões: - Custo Devido ao alto preço da maioria dos materiais resistentes à corrosão, é mais econômico aplicar um revestimento delgado de material resistente sobre uma chapa base do que fabricar o equipamento em material resistente à corrosão; - Resistência Mecânica Numerosos materiais de alta resistência à corrosão têm pequena resistência mecânica. Por isso, os equipamentos de aço revestidos com materiais de baixa resistência, são utilizados quando desejamos aliar resistência à corrosão com resistência mecânica; - Resistência a Temperaturas Elevadas Sabemos que, em temperaturas elevadas, a resistência mecânica dos materiais diminui bastante. Por isso, equipamentos que operam sob temperaturas elevadas, necessitam ser construídos com materiais mais caros e com grande espessura de parede. Uma solução é a utilização de chapas base de aço revestidas com concreto refratário. Os materiais usualmente usados nos revestimentos internos dos vasos de pressão são os seguintes: -materiais metálicos; -plástico; -vidro; -porcelana; -concretos refratários; -concretos antierosivos. 6.2.1- CLAD O clad é um revestimento de alta qualidade feito sobre chapas de aço carbono ou aços de baixa liga, onde se consegue uma forte ligação metalúrgica na interface bi metálica. É um revestimento feito na matéria-prima e pode ser realizado de diversas maneiras, sendo as principais a colaminação e a união por explosão. Na colaminação, os materiais, de base e revestimento, são colocados em contato, aquecidos e então, pressionados para um contato mais íntimo por prensagem ou laminação. É necessário, portanto, que os materiais tenham propriedades plásticas clareadas de aço carbono com revestimento de aços inoxidáveis, monel, níquel e ligas de níquel. A ligação conseguida é integral e o produto pode ser trabalhado como se fosse uma chapa única. A união por explosão é um procedimento através do qual podemos obter chapas cladeadas, praticamente, com qualquer par de metais, mesmo que tenha dureza, ponto de fusão e características plásticas muito diferentes entre si. Esse é o caso, por exemplo, de alumínio, titânio ou ligas decobre sobre uma chapa de aço carbono. Este processo consiste em colocar a chapa do revestimento sobre a base, afastada de alguns milímetros. Sobre a chapa do revestimento, está a carga do explosivo, de forma plana, com espessura e densidade adequada às características e espessuras dos materiais que serão unidos. 6.2.2- Revestimentos com Tiras Soldadas (Lining) Os revestimentos com tiras soldadas consistem na soldagem de pequenos retângulos de chapa fina sobre a chapa base de modo a cobrir toda a superfície. Não devem ser utilizados para equipamentos que devam sofrer tratamento térmico ou em vasos para serviço com hidrogênio. Embora esses sistemas sejam muito inferiores em qualidade à construção cladeada, são usadas, principalmente, em equipamentos ou parte deles onde não seja possível à construção cladeada e por motivos econômicos. 6.2.3- Revestimentos por Deposição de Solda Considere na deposição direta de solda do material de revestimento sobre o metal base após o equipamento pronto. É usada em superfícies pequenas onde não é possível outro tipo de revestimento metálico (face de flanges) e em equipamentos com grande espessura de parede, quando não é possível o cladeamento. A deposição direta do metal de solda sobre o metal base só é possível quando os dois metais diluem-se mutuamente. Quando eles não se diluem, pode-se resolver o problema pela deposição de uma camada intermediária que seja compatível com ambos. 7- Mecanismos de Desgaste 7.1- Corrosão A corrosão interna é a principal e mais danosa causa de deterioração dos vasos de pressão. É a função de muitas variáveis, entre elas as condições de operação do vaso. Nas refinarias de petróleo, os principais agentes corrosivos são os compostos de enxofre e de cloro contidos no petróleo. Ácidos orgânicos, fosfóricos, sulfúricos, cáusticos, amônia e outros compostos químicos utilizados em processos especiais, são também causadores de problemas. 7.2- Corrosão por compostos de enxofre A corrosão devida ao gás sulfídrico (H2S) – o mais ativo dentre os compostos de enxofre – ocorre em tambores acumuladores, torres de fracionamento e tubulações, sob duas condições gerais bem distintas: - a temperatura abaixo do ponto de orvalho da água; - a temperatura acima de 500°C O primeiro caso ocorre, geralmente, no topo das torres de fracionamento de cru e topo dos vasos de acumulação, sendo, entretanto, desprezível em comparação por aquela provocada pelo ácido clorídrico nessas mesmas zonas. No segundo caso, a faixa critica de temperaturas do metal situa-se acima dos 300°C, temperatura essas mais freqüentes encontradas nas zonas inferiores das torres de fracionamento de cru, unidades de craqueamento térmico e catalítico, unidades de coqueamento, entre outras. A taxa de corrosão pelo H2S a quente passa por um máximo, que é função de concentração desse gás na mistura e da temperatura. O ataque por este composto pode conduzir ao empolamento pelo hidrogênio. Cumpre observar que o ataque mais intenso provocado por compostos de enxofre, ocorre sempre em áreas onde há movimento contínuo de fluido sobre as paredes do vaso ou de seus acessórios internos. 7.3- Corrosão por Compostos de Cloro Dentre os compostos de cloro, o ácido clorídrico se constitui no agente corrosivo mais severo, manifestando a sua ação quando em solução aquosa. Em temperaturas superiores ao ponto de orvalho da água, no meio, HCI é praticamente inerte em relação AP aço carbono. A corrosão do aço carbono por este ácido é de natureza generalizada e é, geralmente, encontrada: - nos postes de retirada de tambores de refluxo que operam em temperaturas compreendidas entre 50 e 70°C; - nas tubulações e conexões internas de distribuição de refluxo; - no topo das torres de fracionamento, localizando-se nas zonas do casco e bandejas, abaixo do nível do líquido; - no topo dessas mesmas torres, na zona do vapor, quando a temperatura for inferior a do ponto de orvalho da água; - nos vetores, no casco, ou onde houver um contínuo movimento do liquido. Neste caso, a corrosão aparece sob forma de sulcos que acompanham a direção do escoamento. 7.4- Corrosão por Outros Ácidos Determinados ácidos, tais como o sulfúrico e o fosfórico, são usados em refinarias de petróleo e unidades petroquímicas, em vários processos. Estes ácidos, sob certas condições, poderão causar a deterioração dos equipamentos, às vezes até de modo violento. 7.4.1- Ácido Sulfúrico Ele é usado como catalisador em unidades de alquilação. Nessas unidades os equipamentos poderão ficar em contato com o ácido em concentrações superiores a 95% e inferiores a 85%. Nas concentrações baixas, a corrosão é alveolar, localizada abaixo do nível líquido. A temperatura também influencia a taxa de desgaste, sendo esta tanto maior quanto mais alta dor aquela. 7.4.2- Ácido Fosfórico Ele é usado como catalisador nas unidades de polimerização. Quando em solução aquosa, provoca severa corrosão do aço carbono, de modo uniforme ou na forma de alvéolos que podem ser localizados ou generalizados. A taxa de desgaste cresce com o aumento de temperatura. 7.5- Corrosão por Cáusticos Os cáusticos são usados em refinarias, principalmente, como neutralizantes de ácidos. Podem provocar uma forma de corrosão química denominada fendimento por álcali, que é derivada da ação combinada de alto teor álcali e tensão elevada no material. Pode ocorrer em temperaturas acima de 65°C, sendo que, quanto mais alta a temperatura, mais acelerada é a corrosão que se localiza, particularmente, nos pontos quentes dos vasos. 7.6- Corrosão Atmosférica As superfícies externas de um vaso de pressão estão sujeitas a este tipo de corrosão, cuja intensidade será função das condições da atmosfera e do clima de cada localidade. Ela age sobre os revestimentos dos vasos, destruindo-os. Pode ocorrer também nos berços de concreto, se houver fendas. Falhas no isolamento permitem a infiltração de água, originando um meio corrosivo que ataca o vaso de pressão nos locais onde a temperatura permitir condensação. 7.7- Corrosão sob Tensão Ela provoca a ruptura do metal pela ação combinada de corrosão e tensão. Pode ocorrer mesmo em presença de meios agressivos que não atacariam o metal se não existissem tensões residuais e/ou decorrentes de esforços externos. É uma deterioração perigosa porque não evidencia sinais externos, ate que se inicie a ruptura. Os aços inoxidáveis, principalmente os austeníticos, podem sofrer este ataque em presença de solução aquosa de cloretos. Ligas de alumínio contendo cobre, magnésio ou zinco, também são suscetíveis a CST, mesmo em meios fracamente agressivos. Já o monel e as ligas de cobre, são atacados pela amônia. 7.8- Empolamento pelo Hidrogênio A ação corrosiva de ácidos fracos provoca o aparecimento de hidrogênio atômico, que se difunde no acido, podendo atravessá-lo no seu interior, desde que haja descontinuidades internas no material. O empolamento pelo hidrogênio nada mais é do que um descolamento de parte da espessura do metal, devido à passagem do hidrogênio atômico contido nas descontinuidades, a hidrogênio molecular, não mais se difundindo. O continuo suprimento de hidrogênio molecular confinado na descontinuidade, provoca o aumento da pressão com o conseqüente aparecimento de tensões internas elevadas. Ocorre, então, o fissuramento do aço, na forma de bolhas sobre a superfície metálica. 7.9- Corrosão Galvânica Podemos verificar que, quando materiais com diferentes potenciais estão em contato em presença de um eletrólito, há o aparecimento de uma diferença de potencial, ou seja, uma transferência de elétrons. Temos então, neste caso, um tipo de corrosão chamado de corrosão galvânica. Este tipo de corrosão se caracteriza por apresentar uma deterioração localizada, próxima à regiãode contato entre os diferentes materiais, região esta, funcionando como se fosse o anodo de uma pilha galvânica. Os vasos de pressão que possuem acessórios internos de materiais dissimilares estão sujeitos a ataque desta natureza. 7.10- Erosão Esta é outra causa de deterioração dos metais que pode ocorrer em vasos de pressão. É causada pela presença de sólidos em uma corrente fluida e também por gotículas contidas numa corrente de gás ou vapor. Ocorre geralmente, em áreas onde existem mudanças bruscas na direção do escoamento. São locais típicos de ocorrer erosão os seguintes: - curvas de conexões de entrada e saída; -curvas de tubulações internas dos vasos; -seções de pratos ou grades; - paredes dos vasos e tubulações de entrada, onde há incidência de fluxo; - suportes internos e chicanas. Há casos em que a erosão se associa à corrosão. Neste caso, a taxa de desgaste é maior do que aquela resultante da ação isolada da corrosão somada à da erosão isolada. 7.11- Modificações Metalúrgicas Os vasos de pressão podem ser submetidos a severas condições de serviço, passiveis de provocarem modificações micro-estruturais ou metalúrgicas, prejudicando as propriedades mecânicas do material. As modificações mais freqüentes que podem vir a ocorrer são descritas a seguir. 7.11.1- Grafitização Nos aços, os átomos de carbono estão combinados com os átomos de ferro formando o Fe3C. em temperaturas acima de 400°C, ao longo do tempo, há uma tendência de que haja o rompimento da ligação ferro-carbono. Deste modo, os átomos de carbono se unem entre si para formar a grafita, geralmente na forma de nódulos. Como a resistência mecânica dos aços é, principalmente, conferida pelo carbono quando em solução com ferro (na forma de Fe3C- cementita), a grafitização, ou seja, a quebra da ligação ferro-carbono reduz a resistência mecânica dos aços. 7.11.2- Fragilização pelo Hidrogênio É um fenômeno que ocorre devido à incorporação de hidrogênio atômico nos interstícios do reticulado cristalino do material. Acima de certo limite, este hidrogênio provoca tensões elevadas, conferindo fragilidade ao material. Quando este material não possui dutilidade suficiente para se deformar plasticamente e aliviar a pressão proveniente pelo hidrogênio retido nas descontinuidades, ocorrem pequenas fissuras em planos paralelos à superfície do metal. Essas fissuras são conhecidas como trincas induzidas pelo hidrogênio (HIC – Hydrogen Induced Cracking). Estas trincas estão associadas, na maioria das vezes, a regiões soldadas, conformadas ou tencionadas localmente. Um tipo de HIC, são chamadas trincas induzidas pelo hidrogênio (SOHIC- Stress Oriented Hydrogen Induced Cracking). Neste, as pequenas fissuras formadas aparecem em vários planos, ao longo da espessura do material e, em geral, se unem formando um desenho similar aos degraus de uma escada (step wise cracking). As fissuras são perpendiculares às trações atuantes no material. Em geral, elas estão associadas a tensões residuais de soldagem e ocorrem nas regiões mais moles da ZTA. Outro tipo de fragilização pelo hidrogênio é aquele que ocorre em meios onde existe sulfeto de hidrogênio em quantidade suficiente para catalisar as reações de corrosão. Em geral, esse tipo de deterioração esta associada a regiões onde existem tensões residuais e a nucleação das fissuras ocorre nas regiões endurecidas pelo processo de soldagem. Estas fissuras são chamadas de trincas devido à corrosão sob tensão na presença de sulfetos ( SSCC- Sulfite Stress Corrosion Cracking). 7.11.3- Fase Sigma É um composto intermetálico de três componentes. Os aços inoxidáveis austeníticos e ferríticos, quando submetidos a temperaturas entre 560 e 980°C durante longos períodos, independentemente do meio, tornam-se sujeitos à precipitação de uma solução sólida de ferro e cromo, resultando em considerável fragilização do material. 7.11.4- Sensitização É a formação de carbonetos de cromo, resultantes da combinação do cromo como carbono livre do material. Esse fenômeno ocorre quando os aços Cr-Ni são submetidos a temperaturas entre 4.500 e 8.500°C, sendo maior freqüência à cerca de 6.500°C. esse tipo de deterioração ocorre preferencialmente nos contornos de grão por serem quimicamente mais ativos. Ocorre precipitação de carbonetos de cromo na reiao intergranular, empobrecendo a região adjacente à mesma, deixando-o suscetível à corrosão intergranular. 7.12- Avarias Mecânicas Elas podem vir a provocar falhas num vaso de pressão ou tornar a sua operação deficiente. São causadores de avarias mecânicas, os mecanismos destacados a seguir. 7.12.1- Choque Térmico As avarias bruscas de temperaturas provocam expansões e contrações nas paredes dos vasos, resultando daí tensões que podem ocasionar distorções e mesmo a ruptura do vaso de pressão. Os acessórios internos quando submetidos a choques térmicos podem ser deslocados de seus suportes ocasionando a má operação do vaso. Os vasos mais sujeitos a choques térmicos são os que operam em temperaturas extremas, isto é, muito altas, como em reatores de unidades de craqueamento e reforma catalítica, ou muito baixa, como em unidades de produção de eteno. As maiores possibilidades de choques térmicos ocorrem nas operações de partida e de parada das unidades. 7.12.2- Choque Mecânico O aumento brusco de volume causado pela diminuição de pressão ou aumento de temperatura, pode causar danos internos em equipamentos pela expansão violenta, como no caso de entrada de água ou condensado em torres de fracionamento, que vem a provocar o desmoronamento das bandejas. 7.12.3- Fadiga Térmica Os vasos que operam sob condições cíclicas de temperatura, podem apresentar trincas que se originam na superfície metálica e progridem à medida que os ciclos de temperatura se repetem. Neste caso, metais de diferentes coeficientes de dilatação, quando unidos por solda, estão sujeitos a trincas por fadiga térmica. Em geral, aparecem quando o vaso é retirado de operação e resfriado. 7.12.4- Vibração As vibrações de tubulação, principalmente de bombas e compressores alternativos, podem provocar avarias em conexões, componentes ou mesmo paredes do vaso ao qual estão ligados. 7.12.5- Temperaturas Excessivas O equipamento submetido a temperaturas excessivamente elevadas, acima dos limites de projeto, pode sofrer avarias, como por exemplo, abaulamentos, escamações, deterioração do metal ou mesmo ruptura. Quando existe isolamento interno protegendo-o contra a excessiva temperatura, a falha deste isolamento provocará o aparecimento de manchas na parede do vaso. A coloração destas manchas depende da temperatura a que o material atingiu. No caso de temperaturas excessivamente baixas, pode ocorrer a fragilidade a frio, especialmente nos aços ferríticos. A temperatura na qual surge esta fragilidade é chamada temperatura de transição e depende da composição do material, dureza ou resistência, tratamento térmico, entre outros. 7.13- Falhas do Material Os materiais usados na fabricação dos vasos de pressão podem conter descontinuidades no seu interior decorrentes de vazios existentes nos lingotes ou então do processo de laminação, as quais podem passar despercebidas por ocasião da fabricação do vaso. 7.14- Falhas de Soldagem O uso de técnicas impróprias ou descuidos na soldagem pode ocasionar falta de penetração, falta de fusão, mordeduras, porosidades, inclusão de escória, etc. Todas estas falhas poderão dar origem a avarias no vaso de pressão. 7.15- Tratamento Térmico Impróprio Um tratamento térmico inadequado pode deixar residuais elevadas nas vizinhanças das soldas, afetando as propriedades físicas do material e a sua resistência a certos tipos de corrosão. Tensões residuais elevadas concentram-se, geralmente, em torno das conexões e colarinhosde reforço. Sob a ação de meios corrosivos, mesmo fracos, estas tensões podem permitir a ocorrência de corrosão sob tensão. As alterações nas propriedades físicas podem tornar o material mais frágil e menos resistente à corrosão. 8- Inspeção A inspeção nos vasos de pressão esta presente no projeto, materiais, fabricações, montagem, testes de pressão e na operação do equipamento. O conhecimento dos problemas associados à inspeção é de grande importância desde o estagio inicial de projeto, isto é, é importante conhecer quais serão os requisitos necessários para a inspeção e levá-los em consideração no projeto, que deverá prever os acessos adequados para a realização da inspeção de fabricação durante a operação do equipamento. 8.1- Inspeção de Fabricação Esta modalidade abrange a verificação do projeto do equipamento quanto aos detalhes construtivos, especificação de materiais, método de fabricação, etc. o parágrafo UG-96 da seção VIII do código ASME, relaciona os requisitos mínimos que devem ser verificados na fabricação e um vaso de pressão. Considerando as características da inspeção a ser realizada e o conhecimento que o inspetor deve ter, a inspeção de fabricação pode ser dividida em três fases. 8.1.1- Início da Fabricação Esta fase, estando o projeto já concluído, exige do inspetor um bom conhecimento dos códigos de construção e dos ensaios destrutivos mais usuais, tais como tração, dobramento e impacto. As principais atribuições do inspetor nessa fase são: • Verificar se todos os desenhos de fabricação estão aprovados pelo cliente; • Verificar a conformidade da matéria-prima e consumíveis a serem utilizados, com seus respectivos certificados de composição química e propriedades mecânicas; • Aprovar os planos de fabricação e inspeção apresentados pelo fabricante, definindo os pontos de espera; • Aprovar, certificar ou verificar a adequabilidade da qualificação dos procedimentos de soldagem, execução e exames não destrutivos a serem empregados; • Aprovar, certificar ou verificara qualificação da mão-de-obra a ser usada para a soldagem, montagem, inspeção e exames não destrutivos previstos no plano de fabricação. 8.1.2- Acompanhamento dos Serviços Essa fase caracteriza-se pelas atividades ao acompanhamento dos serviços de pré- montagem e preparação de partes isoladamente. Ela exige do inspetor: um bom conhecimento dos códigos de construção; exames não destrutivos e verificações dimensionais. Nesta fase o inspetor deve: • Proceder à verificação dimensional das partes a serem conformadas; • Proceder à verificação dimensional da preparação das juntas antes da soldagem; • Inspeção das juntas soldadas. 8.1.3- Equipamento Pronto Essa fase exige do inspetor um bom conhecimento dos códigos de construção. Tolerâncias dimensionais de montagem, testes e análise de documentos. Uma vez que o equipamento já está pronto, as atividades de inspeção deverão ser dirigidas para: • Verificação de todas as dimensões do equipamento, tais como localização de acessórios, ovalizaçoes, comprimento, etc; • Acompanhamento dos testes estruturais e de estanqueidade; • Verificação de toda a documentação que deve acompanhar o equipamento; 8.2- Inspeção em Operação Consiste num permanente controle das condições físicas dos equipamentos instalados. Este controle é exercido por meio de inspeções periódicas, realizadas segundo um plano criteriosamente estabelecido, levando-se em conta as condições operacionais e os possíveis mecanismos de deterioração observados. As inspeções Periódicas mencionadas anteriormente se dividem em inspeções em campanha e inspeções em paradas para manutenção. 8.2.1- Inspeção em Campanha É aquela realizada com o equipamento em condições normais de operação. Isto faz com que se tenha mais tempo disponível para outras tarefas de inspeção, durante, por exemplo, uma parada para manutenção. Neste tipo de inspeção, deve ser observado o seguinte procedimento: . Analisar os relatórios de inspeção, referentes às inspeções anteriores do equipamento; . Tomar ciência das ocorrências existentes nos registros de segurança; . Inspecionar a placa de identificação quanto a sua integridade e atualização; . Verificar a integridade da fundação, berços, suportes, estojos e porcas de fixação, bem como o sistema de aterramento elétrico; . Verificar a integridade dos suportes (saias), quando houver, quanto à corrosão e deformação; . Inspecionar o revestimento de concreto (fire-proof), quanto a sua fixação e impermeabilização, principalmente na interface chapa/concreto; . Verificar o estado geral da pintura; . Verificar a integridade do isolamento térmico, quando houver; . Verificar a ocorrência de indícios de vazamento; . Verificar a integridade das escadas e plataformas de acesso, bem como a vibração nas estruturas e conexões; . Providenciar a realização de ensaios não-destrutivos (medição de espessura, LP,etc.), aplicáveis a cada caso, quando imprescindível; . Analisar os resultados de ensaios realizados, comparando-os aos limites de aceitação das normas aplicáveis. OBS.: caso seja realizada medição de espessura, todos os resultados encontrados devem estar acima do valor mínimo admissível, sem risco de atingi-lo durante a campanha, considerando-se que a taxa de corrosão se mantenha. Os valores medidos devem ser registrados. A taxa de corrosão e a vida residual de cada ponto devem ser calculadas e também registradas. 8.2.2- Inspeção em Parada de Manutenção A inspeção em paradas pode ser dividida em duas etapas, quais sejam: preparação e estudo; e execução da inspeção propriamente dita. Ela tem a finalidade principal de observar as condições físicas do vaso, sem, no entanto deixar de proceder a uma inspeção externa mais apurada do que aquela realizada como equipamento em operação. Para inicio da inspeção interna são necessários os seguintes fatores: - Vaso fora de operação; - Permissão do órgão de segurança para acesso ao seu interior; - Boa iluminação e ventilação; - Remoção, se necessário, dos acessórios do vaso; - Preparação da superfície a ser inspecionada (limpeza); - Conhecimento das condições operacionais do vaso; - Ocorrências anormais de operação durante a campanha. Logo, para se proceder a uma inspeção em parada de manutenção, deve ser seguido o procedimento a seguir: 8.2.2.1- Preparativos para Inspeção - Os relatórios de inspeção anteriores do equipamento a ser inspecionado devem ser analisados; - As recomendações de inspeção pendentes devem ser verificadas; - As recomendações de inspeção pré-preparada devem ser conhecidas; - Conhecer a lista de serviços de parada; - Separar desenhos, croqui e formulários necessários ao acompanhamento da inspeção; - Separar e verificar as condições e o funcionamento das ferramentas e equipamentos a serem utilizados na inspeção. 8.2.2.2- Requisitos de Segurança - Solicitar a permissão de trabalho; - Utilizar sempre os equipamentos de proteção individual; -Certificar-se de que a iluminação e os acessos são suficientes e adequados ao serviço a realizar; - Não realizar a inspeção interna desacompanhado. 8.2.2.3- Considerações Gerais - T.I deve observar se a limpeza realizada atende as condições mínimas para uma boa inspeção; - Ao termino de cada inspeção o T.I. deverá emitir as recomendações contendo os reparos necessários e não previstos na lista de serviços de parada, no relatório RI, pendentes ou nas recomendações de pré-parada; - Registrar todos os fatos e observações relevantes, através de foto, croqui e anotações para consulta, estudos posteriores e confecções de relatório; - Caso seja necessário um relatório descrito além do formulário existente para cada equipamento, este deve seguir a mesma disposição do formulário de condições físicas; - Em função das ocorrências observadas durante a inspeção, podem ser realizadosEND além do pré-determinado para avaliar com maior precisão a integridade do equipamento; - Os END deverão ser realizados utilizando-se procedimentos qualificados. Os inspetores de END deverão ser qualificados e certificados pelo Sistema Nacional de Qualificação e Certificação – SNQC; - Sempre que for utilizado no interior de equipamentos que possuam clad ou lining, esta deve ser tratada e com teor máximo de 50 ppm de cloretos. 8.2.2.4- Roteiro de Inspeção 8.2.2.4.1- Inspeção Externa - Verificar a integridade da fundação, berços, suportes, estojos e porcas de fixação, escadas e plataformas de acesso; - Inspecionar os suportes (saias) interna e externamente quanto à corrosão e deformações; - Inspecionar o revestimento de concreto (fire-proof) quanto a sua fixação (uso de martelo e impermeabilização principalmente na interface chapa/concreto; - Verificar a integridade da pintura externa ou isolamento térmico; - Observar indícios de vazamentos; - Verificar o estado das sedes de assentamento das juntas dos flanges das conexões, quando da sua abertura; - Realizar inspeção, com uso de martelo, nas conexões com diâmetro igual ou inferior a 2``. ( Verificar se os materiais das conexões podem ser martelados); - Providenciar a execução de mediação de espessura nas regiões pré-determinadas no croqui de mediação. 8.2.2.4.2- Inspeção Interna - Verificar a integridade do revestimento interno (clade/ou lining) quanto à corrosão, estufamentos e trincas nas soldas, quando houver; - Inspecionar o costado, calotas e conexões quanto a deformações, corrosão e erosão; - Verificar a ocorrência de empolamentos, trincas e fissuração pelo hidrogênio; - Verificar o estado interno das conexões quanto à obstrução; - Verificar o posicionamento, fixação e integridade de componentes internos, quando houver, tais como: distribuidores, tubulações, serpentinas, defletores, demisters, grades, antivórtice, parafusos e porcas; - Identificar os locais a serem preparados para o END; - Calcular e avaliar as taxas de corrosão; 8.3- Testes Depois de terminados os serviços de inspeção e de manutenção onde foram recomendados e executados reparos que podem ter afetado a estrutura do vaso, torna-se necessário realizar testes de pressão que poderá ser feito com água, ar, vapor ou outro meio que proporcione igual efeito do citado, sem aumento dos riscos inerentes ao teste. Atualmente a Norma Regulamentadora NR – 13, do Ministério do Trabalho exige uma periodicidade do teste de pressão em função das características do vaso e suas condições operacionais, como mostrado na tabela 2. 8.3.1- Teste Hidrostático O teste hidrostático em vasos de pressão consiste na pressurização com um fluido apropriado a uma pressão, cujo valor no ponto mais alto do vaso é a “pressão de teste hidrostático”. Exceto para o casco de vasos integralmente construídos de materiais adequados para baixas temperaturas, o teste hidrostático com água, não pode ser feito numa temperatura inferior a 15°C. Para vasos construídos em aços inoxidáveis austeníticos ou com revestimentos desses materiais, a água do teste não pode conter mais de 50 ppm de cloretos. 8.3.2- Teste Hidrostático Padrão De acordo com o parágrafo UG – 99 do ASME seção VIII, a pressão de teste hidrostático deve ser, em cada pondo do vaso, igual ou maior ao valor calculado pela expressão abaixo: Ptp >= 1,5 PMAvq . (Sf/Sq) Onde: PMAvq= pressão máxima admissível de trabalho do equipamento na situação corroída na temperatura de projeto; Sf= tensão admissível do material à temperatura do teste; Sq= tensão admissível do material à temperatura do teste; Ptq= pressão de teste hidrostático padrão; Este valor é mínimo estabelecido pelo código, mas a critério do projetista e usuário do equipamento, este poderá ser testado com uma pressão determinada através de um procedimento alternativo. Qualquer valor de pressão entre o procedimento padrão e o alternativo pode ser adotado, de acordo com o ASME. 8.3.3- Teste Hidrostático Alternativo A pressão de teste alternativo, atuando no topo do vaso, será calculada da seguinte forma: • Determina-se a PMTA para cada parte constituinte, na condição não corroída e na temperatura do teste; • Multiplicamos cada um desses valores por 1.5; • Desconta-se a altura hidrostática atuando em cada parte, em relação ao topo do equipamento; • Adota-se o menor valor. OBS: É importante lembrar que, na condição de teste hidrostático, a tensão máxima poderá atingir 80% do limite de escoamento do material na temperatura ambiente, nas partes pressurizadas. 8.3.4- Realização do Teste Hidrostático A pressão do teste hidrostático deve ser medida no topo e no fundo do vaso. A pressão de teste padrão calculada deve ser igual à pressão no topo do vaso. No fundo do vaso, esta pressão estará adicionada à altura manométrica. Devem ser usados, no mínimo, três manômetros aferidos para acompanhamento do teste. Pelo menos um deles deve ficar a uma distancia segura do vaso. Estes manômetros devem possuir uma escala graduada; correspondente ao dobro da pressão de teste prevista. Porem, em nenhum caso, essa faixa deve ser menor do que 1,5 vezes ou maior do que 4 vezes essa pressão. Os vasos horizontais são testados na posição horizontal. Já os vasos verticais, devem ser testados na vertical ou na horizontal, se o teste mantiver as dimensões do vaso dentro das tolerâncias permitidas. Neste ultimo caso, deverá ser levada em consideração à modificação da coluna hidrostática na determinação da nova pressão de teste. Antes da realização do teste hidrostático em vasos, deve-se verificar se as fundações foram projetadas de forma a suportá-lo. O código ASME recomenda que seja efetuada uma inspeção visual de todas as juntas e ligações sob uma pressão não menor do que 65% da pressão do teste. A N – 269 recomenda que o teste hidrostático no campo seja realizado conforme o esquema a seguir: • Primeira etapa: Pressão igual a 50% da pressão de teste durante t1= 15 minutos ou mais o tempo necessário para a inspeção do vaso; • Segunda etapa: Pressão igual a 100% ou da pressão de teste durante t2 = 30 minutos (no mínimo, não devendo ser executada, por motivos de segurança, nenhuma inspeção nesta etapa); • Terceira etapa: Pressão igual a 65% da pressão de teste durante t3= 15 minutos mais o tempo necessário para a inspeção do vaso. Depois de completada esta etapa, a pressão deve ser reduzida gradativamente até a pressão atmosférica e abrir os bocais superiores para evitar o vácuo no esvaziamento. Quando a pressão do teste hidrostático for superior a pressão de abertura da válvula de segurança ou alivio, esta deve ser removida. 8.3.5- Teste Pneumático Este teste é executado quando o vaso e seus suportes e/ou fundações não sustentam o seu peso com água ou quando não for possível uma perfeita secagem para a eliminação da água, restando traços que não serão permitidos por motivos operacionais. A pressão de teste, de forma alguma, deve exceder o valor calculado pela pressão a seguir: P teste pneumático= - 1,25 PMAvq . (Sf /Sq) Onde: PMAvq= pressão máxima admissível de trabalho do equipamento na situação corroída na temperatura de projeto; Sf= tensão admissível do material à temperatura do teste; Sq = Tensao admissível do material à temperatura de projet. A pressão no vaso deve ser aumentada gradualmente ate cerca da metade da pressão de teste. Após ter sido alcançado este valor, a pressão no vaso deve ser aumentada em incrementos de 1/10 da pressão do teste, ate a pressão requerida. Em seguida, a pressão deve ser reduzida para um valor igual a 80% da pressão de teste, e mantida o tempo para a inspeção do vaso. De acordo com o parágrafo UW – 50 do código ASME, todas assoldas em volta de aberturas e todas aquelas soldas de ângulo com espessura da garganta maior do que 6 mm, nos vasos testados pneumaticamente, devem ser submetidas, em todo o seu comprimento, a um exame de partículas magnéticas ou liquido penetrante, quando o primeiro não for possível, com a finalidade de detectar possíveis trincas. Como medida de segurança, o teste pneumático, só deve ser adotada quando não houver alternativa. Alem disso, durante toda a execução do teste, ate a completa despressurização, somente deverão ter acesso ao vaso suas imediações as pessoas estritamente necessárias à execução do ensaio e inspeção do qeuqipamento. 8.3.6- Teste de Estanqueidade 8.3.6.1- Bandejas Vazamentos de bandejas, pratos e outros acessórios internos de vasos de pressão causam perdas de eficiência de equipamento do ponto de vista operacional, podendo acarretar também um acumulo de produtos em locais do vaso onde este não foi previsto, podendo influenciar na deterioração do equipamento. No teste de estanqueidade, a bandeja é inundada com água ate a altura da chapa de nível do vetador, sendo seu esvaziamento espontâneo cronometrado. A inspeção visual da parte inferior da bandeja indicará o numero de gotas que vazam na unidade de tempo através das regiões de vedação do assoalho da bandeja. 8.3.6.2- Chapas de Reforço Este teste é usado para verificar a existência de vazamentos nas soldas de atracação de chapas de reforço de bocais em vasos de pressão. Ressaltamos que este teste não visa a analise da resistência da solda nem da chapa de reforço. A norma Petrobrás n – 1593 orienta a realização deste teste. 9- Principais Exames Não Destrutivos Usados em Vasos de Pressão São considerados exames não destrutivos, todo exame que, realizado sobre peças acabadas ou semi-acabadas, não prejudicam nem interferem com o uso futuro da mesma. A principal utilização dos exames não destrutivos (END’s) em vasos de pressão é na garganta da qualidade de soldas. Por isso, alguns dos critérios de aceitação aqui descritos referem-se às juntas soldadas. Os principais END’s utilizados na inspeção de vasos de pressão são os relacionamentos a seguir, sendo todos eles abordados pela seção V do código ASME. 9.1- Exame Visual É uma técnica subjetiva executada com uso exclusivo da visão ou auxiliada ou não por instrumentos óticos. É o método não destrutivo mais empregado e indispensável em qualquer situação ou material, pois é simples, fácil de aplicar, rápido e de baixo custo. Uma boa inspeção visual deve ser feita antes da aplicação de qualquer outro método não destrutivo. Uma inspeção visual realizada por inspetor experiente pode relevar informações sobre a presença de trincas, mordeduras, falta de penetração, reforços excessivos e, alem disso, indicar locais de prováveis defeitos internos, denunciados por irregularidades em cordões de solda. 9.2- Líquido Penetrante É um método que permite detectar descontinuidade que afloram à superfície. Sua maior aplicação é nos materiais não magnéticos ou em locais de difícil acesso, onde o exame por partículas magnéticas não pode ser utilizado. A superfície a ser examinada é coberta com um líquido com baixa tensão superficial que ira penetrar por capilaridade nas descontinuidades. É um método muito utilizado para exame de cada camada de solda. 9.3- Partículas Magnéticas É um tipo de exame indicado para a detecção e descontinuidades superficiais sub- superficiais, em materiais ferromagnéticos. O método está baseado em que, ao magnetizarmos uma peça, obtemos um desvio das linhas de força junto a cada descontinuidade. 9.4- Exame Radiográfico É um exame não destrutivo que utiliza raios X e y para detectar a presença de descontinuidades e defeitos superficiais ou sub-superficiais em qualquer material metálico. As maiores restrições para este método residem na segurança humana e no exame de peças ou partes de equipamentos com dimensões complicadas. 9.5- Ultra-som É um exame não destrutivo que se baseia na reflexão de ondas eletromagnéticas, com comprimento de onda acima do audível. É utilizado para se detectar a presença de descontinuidades e defeitos superficiais e sub-superficiais em qualquer material metálico, tal qual o exame radiográfico. 10- Critérios de Aceitação 10.1- Exame Visual Os critérios de aceitação devem ser os mesmos para os exames de liquido penetrante ou partículas magnéticas. A norma Petrobrás N – 1597 é aquele que diz ser realizada a inspeção visual. O cogigo ASME não considera a ispeção visual como um exame não destrutivo. 10.2- Líquido Penetrante Os critérios de aceitação para a realização deste exame em vasos de pressão estão descritos no Apêndice 8 do código ASME, seção VIII. Divisao 1. Nele é mencionado o seguinte: • Não deve haver indicação linear cuja dimenção seja maior do que 1,6mm; • Não deve haver indicação arredondada cuja maior dimensão seja maior do que 4,8mm; • Não deve haver 4 ou mais indicações arredondadas cuja maior dimensão seja maior do que 1,6mm; separadas de menos de 1,6 mm de borda a borda. Onde: -Indicação arredondada: a/b<3. -indicação alongada: a/b> 3. Na Petrobrás, o exame com liquido penetrante deve ser feito como prescrito na N-1696. 10.3- Partículas Magnéticas Para vasos de pressão, deve ser utilizado como critério de aceitação o Apêndice do código ASME, seção VIII, Divisão 1 que descreve os métodos a serem empregados para a realização do exame. Os critérios são os iguais aos descritos para o exame por líquidos penetrantes. Na Petrobras, o exame por partículas magnéticas deve ser feito como descrito na N- 1598. 10.4- Exame Radiográfico Para os vasos de pressão devem ser utilizados os parágrafos UW – 51, para soldas com requisitos de exame total ou UW – 52, quando o exame for por amostragem, do código ASME, seção VIII,Divisão 1 como critério de aceitação. Segundo este código, as juntas soldadas estão sujeitas a radiográfica total ou parcial, dependendo do projeto. Dessa forma, conforme prescrito no parágrafo UW – 11 do código ASME, devem ser totalmente radiografadas todas as juntas soldadas relacionadas a seguir: • Juntas de topo em cascos ou calotas de vasos que contenham fluidos letais; • Juntas de topo em cascos ou calotas de vasos com espessura nominal maior ou igual a 38 mm ou excederem os valores da tabela UCS – 57; • Juntas de topo de bocais e carretéis soldados em cascos e calotas de vasos onde é requerida a radiografia total. P-Number DO MATERIAL NÚMERO DO GRUPO DE CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL ESPESSURA NOMINAL ACIMADA QUAL É EXIGIDA A RADIOGRAFIA TOTAL DA JUNTA SOLDADA (mm) 1 1, 2 e 3 31,7 3 1, 2 e 3 19 4 1 e 2 15,8 5 1 e 2 0 9A 1 15,8 9B 1 15,8 10A 1 19 10B 2 15,8 10C 1 15,8 10F 6 19 Em resumo do critério de aceitação para o exame radiográfico de juntas soldadas de vasos de pressão, descrito no parágrafo UW – 51 são considerados defeitos as descontinuidades de quaisquer tipos de dimensões: • Qualquer trinca, falta de fusão ou falta de penetração, independente
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