Buscar

Processo Penal - Incidente de Insanidade Mental do Acusado

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Camila Rodrigues Carbone 
4° Bimestre – Processo Penal I 
Resumo da Aula: 
Incidente de Insanidade Mental do Acusado 
O incidente de insanidade mental do acusado ocorre se houver dúvidas quanto à capacidade de 
entendimento do caráter ilícito daquele ato praticado pelo infrator. Se o infrator não possui essa 
capacidade, há a possibilidade de que seja excluída a imputabilidade penal. Para isso ele deve passar 
por uma perícia médica. 
O objetivo é avaliar a higidez mental do agente e para saber se isso é necessário, deve verificar em 
cada situação concreta. Toda vez que tiver dúvida quanto à higidez mental, pode ser apresentado 
dentro do processo, mas nada impede de que seja apresentado ainda na fase de investigação. 
Essa capacidade de entendimento do caráter ilícito do ato que praticou deve ser analisada quando da 
prática da infração penal porque as vezes um possível problema de higidez mental do agente pode 
surgir depois. 
O delegado de polícia NÃO pode determinar a instauração do incidente, ele deve representar ao juiz 
competente, quando do inquérito policial, e quem vai determinar a instauração do incidente é o juiz. 
→ então é uma medida judicial. 
Quem pode pleitear? O próprio juiz, de ofício, as partes, parentes, a autoridade policial que pode 
representar pela instauração do incidente se for na fase de inquérito policial e até o Ministério Público, 
o qual pode requerer. 
Instauração do incidente: como se trata de procedimento incidental, em regra deve ser feito em 
apartado e o processo principal deve ficar suspenso, muito embora se permita que atos de urgência 
possam ser realizados. 
Deve ser nomeado um curador, que pode até ser o advogado, para poder acompanhar a figura do 
incidente porque o acusado vai ter que ser submetido a uma perícia então tem que ter alguém 
acompanhando. 
O juiz vai determinar a instauração desse incidente, toda vez que tiver dúvida quanto à integridade 
mental do agente. O juiz determina que se baixa uma portaria, visto que o incidente vai se dar em 
separado, portanto baixa uma portaria para a instauração deste incidente e o juiz deve nomear um 
curador que pode ser até o próprio defensor. 
Para a perícia, observa-se as mesmas regras do procedimento adotado pelo código, bastando um 
perito, desde que seja Oficial. Não havendo em uma determinada localidade, nomeia-se dois peritos. 
 O laudo lançado pelo perito deve ser homologado depois pelo juiz. 
Se o perito concluir que aquela eventual dúvida quanto à integridade mental do agente não o torna 
incapaz de entender o caráter ilícito do fato, nem de forma parcial, o perito está concluindo que o 
agente tinha essa capacidade de entendimento e se tinha essa capacidade de entendimento, o juiz 
vai determinar que ele é imputável, podendo ser condenado normalmente. 
Camila Rodrigues Carbone 
Se concluiu que não tinha essa capacidade QUANDO DA PRÁTICA DO ATO CRIMINOSO, nesse 
caso, o agente é inimputável, sendo isento de pena, tendo a possibilidade de ser aplicado uma medida 
de segurança. Então há uma absolvição imprópria. 
Incapacidade depois da infração penal: art. 152, CPP 
Art. 152. Se se verificar que a doença mental sobreveio à infração o processo continuará 
suspenso até que o acusado se restabeleça, observado o § 2o do art. 149. 
Há a possibilidade do incidente, mas agora o agente não tem capacidade de entendimento, mas não 
quando da prática da infração penal. Nessa hipótese o processo tem que ficar suspenso pois o agente 
não tem a capacidade de acompanhar o processo  a prescrição continua correndo. 
Caso o agente voltar ao seu estado de normalidade, o processo volta a correr, se não voltar, o 
processo continua suspenso até uma eventual prescrição da infração penal. 
§ 1o O juiz poderá, nesse caso, ordenar a internação do acusado em manicômio judiciário ou em 
outro estabelecimento adequado. 
Ele poderá ordenar a internação em um caso de extrema periculosidade e necessidade de tratamento. 
Há a possibilidade de que seja aferida a questão da insanidade mental do agente já na fase de 
execução penal da pena. Isso quer dizer que, praticada a infração penal, teve a ação penal, o agente 
foi condenado, foi imposta uma pena, ele pode até estar preso e de repente o agente apresenta uma 
doença mental que surgiu depois, no curso da execução da pena. 
Art. 154. Se a insanidade mental sobrevier no curso da execução da pena, observar-se-á o 
disposto no art. 682. 
 Como ele está preso, o juiz pode determinar a transferência para internação. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art149
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art682

Continue navegando