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Resenha 2- O papel da saúde bucal na qualidade de vida do indivíduo com SD

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RESENHA
Emily Amorim de Brito
Oliveira AC, Luz CL, Paiva SM. O papel da saúde bucal na qualidade de vida do indivíduo com síndrome de Down. Arq odontol 2007 43(4):162-8. 23.
No artigo, Oliveira, Luz e Paiva, discutem questões relacionadas ao papel da saúde bucal na qualidade de vida de pessoas acometidas pela SD, levando em consideração ao fato de que a odontologia representa uma vertente importante na conquista de melhores condições de vida e de aceitação dessas pessoas. Os autores apresentam como finalidade proporcionar melhoras nas políticas públicas de saúde e na assistência a esta parcela da população.
É observado no decorrer do estudo, que mesmo com o crescente avanço da odontologia em várias especialidades, muito pouca atenção ainda é dedicada à SD. E reflexo disso, são os muitos casos que envolvendo um paciente sindrômico e profissionais despreparados e inseguros para realizar o atendimento. 
Além disso, um dos problemas apresentado no artigo é o frequente acontecimento da extração total dos dentes desses pacientes, sendo esse procedimento realizado a pedido da família ou mesmo por opção do profissional. No entanto, acontece que essa prática é conhecida na odontológica como mutiladora, e é contrária a tudo que se é pregado em termos da promoção da saúde bucal. 
Outro fato relevante, discutido na pesquisa, refere-se a importância da conscientização dos responsáveis pelo paciente com SD, visto que os mesmos devem estar cientes da influência da saúde bucal no estado de saúde geral e também no próprio local de acometimento do problema. Devido ao fato de os problemas bucais podem relacionar não apenas a saúde física, mas também o bem estar econômico, social e psicológico desses indivíduos. 
Além disso, os autores avaliam a importância da manutenção da saúde bucal na qualidade de vida desses pacientes, e recomendam que os profissionais de saúde não devem esquecer da necessidade de se atuar com base em evidências científicas, como também com base na capacidade de discernimento ético e sensibilidade social. Logo, verificou-se ser fundamental que profissionais da odontologia se integrem aos outros profissionais e familiares que atuam junto ao indivíduo sindrômico, considerando contexto social, educacional e familiar em que os portadores da SD estão inseridos.

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