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UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA GREICY DE SOUZA MELO 0561065 ILÉIA GONÇALVES DE MOURA RA 0565085 IRLA CATHERINNE PEREIRA GALVÃO RA 2053666 KAROLAYNE ALVES MOTA HERMANN RA: 2045740 LUANA PIRES DE BULHÕES 2087211 UTILIZAÇÃO DE COSMÉTICOS ASSOCIADOS ÀS PRINCIPAIS TÉCNICAS COMPLEMENTARES E HOLÍSTICAS. Brasília/DF 2020 UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA GREICY DE SOUZA MELO 0561065 ILÉIA GONÇALVES DE MOURA RA 0565085 IRLA CATHERINNE PEREIRA GALVÃO RA 2053666 KAROLAYNE ALVES MOTA HERMANN RA: 2045740 LUANA PIRES DE BULHÕES 2087211 UTILIZAÇÃO DE COSMÉTICOS ASSOCIADOS ÀS PRINCIPAIS TÉCNICAS COMPLEMENTARES E HOLÍSTICAS. Material apresentado aos alunos do curso de Estética e Cosmética da UNIP com instruções detalhadas sobre as regras e confecção do PIM ORIENTADORA DA PESQUISA: COORDENADORA: Brasília/DF 2020 RESUMO Este Projeto Integrado Multidisciplinar VII tratou da Utilização de cosméticos associados às principais técnicas complementares e holísticas. Foram abordados assuntos pertinentes como a história, aplicação e tipos de cosméticos. Além da associação dos cosméticos Às técnicas holísticas. A problemática proposta incorreu em saber qual a relação da importância do uso dos cosméticos associados ás técnicas holísticas de tratamento e como isso pode contribuir como forma de melhorar aspectos físicos e também psicológicos ligados à autoestima.O objetivo deste estudo é explanar sobre o tema, informando sua importância para o desenvolvimento do profissional de estética no mercado atual, de forma que a abrangência destas possam contribuir de forma significativa, para a obtenção dos melhores resultados quando da execução dos procedimentos estéticos. Os objetivos específicos tratados foram a história, aplicação, tipos e associação às técnicas holística, bem como seus conceitos, interações e benefícios. O desenvolvimento deste estudo foi teórico, qualitativo, composto por pesquisa bibliográfica. A pesquisa bibliográfica em livros e artigos científicos voltados para o tema e para o título objetivou a fundamentação das análises em procedimentos já praticados. Essa abordagem foi realizada mediante fichamento de artigos e assuntos encontrados, bem como os livros e os sites. Palavras Chave: Estética. Cosméticos. Terapia Holísticas. Resultado. ABSTRACT This Integrated Multidisciplinary Project VII dealt with the Use of cosmetics associated with the main complementary and holistic techniques. Pertinent subjects such as the history, application and types of cosmetics were addressed. In addition to the association of cosmetics with holistic techniques. The problematic proposal involved finding out about the importance of using cosmetics associated with holistic treatment techniques and how this can contribute as a way to improve physical and psychological aspects related to self-esteem. The objective of this study is to explain the topic, informing its importance for the development of professional aesthetics in the current market, so that their scope can significantly contribute to obtaining the best results when performing aesthetic procedures. The specific objectives dealt with were the history, application, types and association with holistic techniques, as well as their concepts, interactions and benefits. The development of this study was theoretical, qualitative, consisting of bibliographical research. The bibliographical research in books and scientific articles focused on the theme and the title aimed to base the analysis on procedures already practiced. This approach was carried out by recording articles and subjects found, as well as books and websites. Keywords: Aesthetics. Cosmetics. Holistic Therapy. Result. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7 2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................. 8 2.1 A HISTÓRIA DOS COSMÉTICOS E PERFUMARIA ............................................ 8 2.1.1 História .............................................................................................................. 8 2.2 HISTÓRIA DA COSMETOLOGIA ....................................................................... 10 2.2.1 Conceitos ........................................................................................................ 10 2.3 SISTEMA TEGUMENTAR, PERMEABILIDADE CUTÂNEA E ABSORÇÃO ....... 15 2.3.1 Composição química da pele ........................................................................ 16 2.4 LEGISLAÇÃO COSMÉTICA ............................................................................... 17 RESOLUÇÃO - RDC Nº 211, DE 14 DE JULHO DE 2005 ........................................ 17 2.4.1 Classificação dos cosméticos segundo os graus de risco ........................ 18 2.5 PRINCIPAIS COMPONENTES COSMÉTICOS .................................................. 20 2.6 TERAPIAS HOÍSTICAS ...................................................................................... 23 2.6.1 Tipos de Terapia .............................................................................................. 25 3 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 28 5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 29 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 30 7 1 INTRODUÇÃO Este Projeto Integrado Multidisciplinar VII tem por tema a Utilização de cosméticos associados às principais técnicas complementares e holísticas, onde serão abordados assuntos pertinentes como a história, aplicação e tipos de cosméticos. Além da associação dos cosméticos Às técnicas holísticas. A prática das terapias alternativas e complementares em harmonia com a Medicina Tradicional Brasileira vem sendo defendida por pesquisadores de todo o mundo, abordando uma nova óptica para o tratamento e prevenção de doenças, de forma a promover a saúde e não só tratar aqueles que já estão doentes, equilibrando o corpo e mente em busca de bem-estar. Hoje, nota-se um crescente aumente na busca por essas práticas, por serem menos agressivas e possuírem menores fatores adversos ao organismo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), este tipo de tratamento pode agregar medicamentos à base de plantas e minerais, atividades espirituais e/ou técnicas manuais (CORMELATO, 2018). Assim, como problemática este estudo incorre em saber qual a relação da importância do uso dos cosméticos associados ás técnicas holísticas de tratamento e como isso pode contribuir como forma de melhorar aspectos físicos e também psicológicos ligados à autoestima. Dessa forma, o objetivo deste estudo é explanar sobre o tema, abordando sua importância para o desenvolvimento do profissional de estética no mercado atual, de forma que a abrangência destas possa contribuir de forma significativa, para a obtenção dos melhores resultados quando da execução dos procedimentos estéticos. Os objetivos específicos a serem tratados neste estudo serão brevemente abordados no desenvolvimento de base bibliográfica. Tais objetivos são a história, aplicação, tipos e associação às técnicas holística, bem como seus conceitos, interações e benefícios. O desenvolvimento deste estudo foi teórico, qualitativo, composto por pesquisa bibliográfica. A pesquisa bibliográfica em livros e artigos científicos voltados para o tema e para o título objetivou a fundamentação das análises em procedimentos já praticados.Essa abordagem foi realizada mediante fichamento de artigos e assuntos encontrados, bem como os livros e os sites. 8 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 A HISTÓRIA DOS COSMÉTICOS E PERFUMARIA 2.1.1 História A ANVISA (Associação Nacional de Vigilância Sanitária), os produtos de higiene pessoal, perfumes e cosméticos são conceituados como algumas preparações compostas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los em bom estado (CAPANEMA, L.X.L; VELASCO, L.O.M.; PALMEIRA FILHO, P. L. e NOGUTI, M.B. (2007). No mesmo sentindo, Garcia (2005) diz que a indústria de cosméticos teve sus origens no desenvolvimento dos conhecimentos na área da bioquímica, que é uma área que tem elevadas somas de novos produtos, na manutenção e na renovação dos atributos mais destacados de suas fórmulas, segue tendências sazonais de modas e costumes. Na antiguidade, os principais objetivos dos cosméticos eram disfarçar defeitos físicos, sujeira e mau-cheiro. Com as mudanças de hábitos de cuidado pessoal e higiene, o seu uso hoje é muito mais difundido e diferente do que ocorria. A história dos cosméticos teve seu início na pré-história, com as pinturas corporais e tatuagens, há 30 mil anos. Usavam para isso terra, cascas de árvores, seiva de folhas esmagadas e orvalho (HEEMANN; GUARDA, 2012). Em referência a historiados cosméticos, afirma-se que no Egito foram encontrados dentro do sarcófago de Tutankamon (1400 a.C.), cremes, incensos e potes de azeite usados na decoração e no tratamento do corpo (GALEMBECK; CSORDAS, 2012). Cleópatra (69 a.C.), última rainha do Egito, incorporou a beleza eterna, com seus conhecidos banhos de leite de cabra e sua maquiagem característica. A utilização de perfumes já era considerada fundamental, existindo vários tipos de fragrâncias para momentos diferentes do dia. Mais tarde, o óleo de amêndoas substituiu o azeite e a incorporação de bórax contribuiu para a formação da emulsão, minimizando o tempo de processo. Estava aí a primeira base para 9 sustentar os pigmentos de dióxido de titânio e facilitar a aplicação na face, nascia a base cremosa facial (GALEMBECK; CSORDAS, 2012). Na Grécia antiga nasceram às primeiras noções de beleza, referindo-se a manifestação da beleza natural ou artística, quando Platão, filósofo grego, questionou-se sobre “o que é Belo?”. Considerava a beleza a concordância pelos olhos e ouvidos, para ele alguma coisa é mais ou menos bela de acordo com a ideia que se tem de beleza (Platão 428-347 a.C.). Para os gregos antigos a beleza e o asseio eram características importantes. A partir daí surgem os perfumes, massagens, imersão, entre outros produtos e procedimentos estéticos. Mais tarde, Aristóteles fez uma diferenciação do que era considerado o bem e o belo. Acreditava que o belo é uma criação humana, que resultava de um equilíbrio perfeito entre vários elementos e características humanas. Para Aristóteles o belo é inerente ao homem, afinal, a arte é uma criação particularmente humana e, como tal, não pode estar num mundo apartado daquilo que é sensível ao homem (RUSSELL, 1967). Por volta de 400 a.C., foram encontrados na Grécia em livros sagrados e Hipócrates que destacavam regras para banhos, higiene corporal e procedimentos estéticos (HEEMANN; GUARDA, 2012). Já Esculápio (no séc. V a. C.), conhecido como Deus da medicina, iniciou a prática de procedimentos em relação à beleza, aplicava nos seus pacientes diversos tratamentos comuns nos dias atuais como: relaxamentos, dietas, hidroterapia, massagens, entre outros. A preocupação com o corpo tornava-se evidente. A mulher grega preocupada com o corpo sujeitava-se a massagens ‘violentas’ para evitar a obesidade. Não ficavam expostas ao sol, pois a pele bronzeada não era considerada bela. Utilizavam máscaras de beleza constituídas de argila, registros enumeraram seis tipos diferentes dessas máscaras, que eram encontradas no mercado com selos característicos, indicando sua origem 38 (HEEMANN; GUARDA, 2012). Costumavam usar joias, ouro ou prata, e roupas bem trabalhadas, que faziam parte do ideal de beleza grego. No que diz respeito à utilização da beleza para sedução, no séc. IV a. C., perfumavam-se com fragrâncias de mirra, canela, cravo e sândalo, utilizavam também maquiagens, aplicavam carmim nas maças do rosto, nos olhos sombreavam com cores escuras e tons de azul, já nos lábios e unhas usavam cores com tons mais suaves. A depilação também já era realizada como fim estético e era feita com uma pasta a base de argila especial e vegetal. Grande parte das mulheres já realizava procedimentos a fim de evitar e suavizar rugas, como a 10 utilização de compressas de cera quente para desaparecer as rugas e preparados cáusticos para suavizar a epiderme. Durante o Império Romano, um médico grego chamado Galeno de Pérgamo (129 a 199 d.C.) desenvolveu um precursor dos modernos cremes para a pele a partir da mistura de cera de abelha, óleo de oliva e água de rosas. (CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA SÃO PAULO/SP, 2012) 2.2 HISTÓRIA DA COSMETOLOGIA A história dos cosméticos acompanhou a história da humanidade e sempre esteve ligada ao desenvolvimento cultural e científico. No Egito antigo foram encontrados recipientes com materiais utilizados para fins cosméticos. O início do uso dos cosméticos data de mais de 30 mil anos, em períodos em que os homens deixavam gravados em rochas e pedras seus hábitos cotidianos, inclusive de cuidados com a higiene e a beleza. Produtos cosméticos e técnicas estéticas ditas como modernas, como o uso de esfoliantes e cremes antirrugas, técnicas de epilação, métodos para eliminação de estrias, extensões capilares, melhora de halitosis e odores corporais desagradáveis, já eram conhecidos no antigo Egito (UNIP, 2020) . 2.2.1 Conceitos Cosmética A palavra cosmética tem origem no termo grego kosmetés, que descrevia um escravo ou ajudante que tinha como função arrumar as roupas, perfumes e pinturas da sua senhora e os objetos de beleza eram designados como kósmesis. Cosmética é a arte de manter o aspecto natural mediante cuidados especiais, tratamentos e utilização de produtos cosméticos auxiliares e de conservação (cosméticos) e de melhorar esse mesmo aspecto de acordo com as possibilidades. A cosmética é praticada desde a Antiguidade, sobretudo pelas mulheres. A cosmética muitas vezes utiliza a cirurgia estética para a eliminação artificial de imperfeições, deformações, cicatrizes e sinais de envelhecimento (UNIP, 2020). Cosméticos são substâncias, misturas ou formulações usadas para melhorar ou para proteger a aparência ou o odor do corpo humano. No Brasil, eles são 11 normalmente tratados dentro de uma classe ampla, denominada produtos para a higiene e cuidado pessoa. No passado, cosméticos tinham o principal objetivo de disfarçar defeitos físicos, sujeira e mau-cheiro, no entanto, com a mudança nos hábitos de limpeza e cuidado pessoal, seu uso hoje é muito mais difundido e diferente do que ocorria, por exemplo, nas cortes europeias do século 18 (GALEMBECK; CSORDAS, 2012). Cosmetologia A cosmetologia é a ciência que serve de suporte à fabricação de produtos de beleza, permitindo verificar suas propriedades. Entre as funções básicas dos cosméticos, podemos citar: • Limpeza: que deve acontecer respeitando o equilíbrio fisiológico, sem causar desengorduramento excessivo, sem alcalinizar e sem desnaturar as proteínas cutâneas. • Correção: consiste em restabelecer o equilíbrio alterado, devolvendo as características naturais da pele saudável. • Proteção: a manutençãode pele e de seus anexos consiste em evitar a limpeza irracional ou, ainda, em impedir que os agentes externos como vento, sol e frio modifiquem as características naturais da epiderme (UNIP, 2020). Por definição, cosmetologia é a ciência voltada para a pesquisa, desenvolvimento e produção de cosméticos, envolvendo muitas etapas desde a escolha dos componentes do cosmético a ser criado, indo até a determinação da segurança e eficácia do produto para o consumidor final. A cosmetologia pode ser definida como uma ciência que estuda os cosméticos, desde a concepção de conceitos até a aplicação do produto elaborado (RIBEIRO, 2010). Cosmético A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determina na Resolução RDC n. 211 (ANVISA, 2005) que produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes são preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, além de alterar sua 12 aparência e/ou corrigir odores corporais e/ou protegê-los ou mantê-los em bom estado (UNIP, 2020). Cosmecêutico O termo cosmecêutico foi introduzido por Albert Kligman na década de 1980 em um encontro da Sociedade de Químicos de Cosméticos, como uma descrição de um produto cosmético que exerce benefícios terapêuticos na aparência da pele, mas não um efeito que seja necessariamente biológico na sua função, o que o classificaria como medicamento. Em outras palavras, os cosmecêuticos enquadram- se entre o segmento de cosméticos e farmacêuticos (UNIP, 2020). São os cosméticos que possuem em sua composição substâncias bioativas, sendo sua eficácia medida e aprovada através de estudos. Possuem propriedades terapêuticas combatendo doenças ou problemas estéticos, agindo na derme (camada mais profunda da pele). A interação dos cosmecêuticos com o organismo é maior que a dos cosméticos, podendo ser prescritos em formulações médicas específicas e individuais. Portanto, os cosmecêuticos atuam como o elo entre produtos de cuidados pessoais e farmacêuticos, tendo como principais objetivos prevenir danos causados por raios solares, reduzir a formação de radicais livres, melhorar a camada lipídica da pele, clarear manchas, reduzir rugas, prevenir o envelhecimento precoce, combater flacidez, celulite e gordura localizada (CONTOX, 2019). No seguimento de produtos pessoais, os cosmecêuticos podem ser definidos como dermocosméticos, cosméticos funcionais, ou ativo biológico. Os alfa- hidroxiácidos, Vitamina A (retinol), Vitamina E e Vitamina C são exemplos mais característicos de cosmecêuticos (CONTOX, 2019). Cosmiatria É uma subárea da dermatologia voltada ao tratamento e prevenção de problemas estéticos na pele. De uma forma geral, pode ser considerada como a ciência que estuda a beleza humana de forma responsável e ética. A cosmiatria utiliza produtos cosméticos e tecnologias com o intuito de proporcionar a melhora da 13 pele deixando-a com aparência jovem e saudável. O uso de novas substâncias e processos tem gerado avanços expressivos na área estética (UNIP, 2020). A cosmiatria é uma subespecialidade da área da dermatologia. É voltada exclusivamente para o tratamento e prevenção de problemas estéticos na pele. De modo geral, é a ciência que estuda a beleza humana, de forma responsável e ética. Por meio da aplicação de produtos cosméticos e novas tecnologias de tratamento a cosmiatria tem por objetivo proporcionar a melhora da pele da face e de todo o corpo, deixando-a com a aparência mais jovem e saudável (IBECO, 2021). Novas substâncias e processos têm sido descobertos a todo o momento, propiciando avanços importantes para a medicina estética. Hoje há diversas formas e com resultados muito satisfatórios de amenizar as linhas de expressão, estrias, celulite, entre outros problemas que tanto interferem na aparência e incomodam as pessoas (IBECO, 2021). Dentro da cosmiatria ou dermatologia estética há tratamentos para diferentes casos que atendem as necessidades, tanto de quem deseja a prevenção como quem já possui o problema. Os mais conhecidos são as toxinas, lasers e peeling (IBECO, 2021). A toxina, que é aplicação em determinadas regiões, é um dos procedimentos mais procurados em cosmiatria. A partir dele é possível amenizar bastante as linhas de expressão, mesmo as mais profundas como os “pés de galinha” na região dos olhos (IBECO, 2021). Já o peeling, aplicação de produtos químicos, tem por objetivo suavizar manchas entre outras marcas da pele como acne, proporcionando uma aparência rejuvenescida. Os lasers também são usados com o mesmo propósito, mas cada um tem uma função diferente (IBECO, 2021). Nutracêutico O termo nutracêutico foi definido pelo médico fundador e presidente da Fundação para Inovação em Medicina, Stephen DeFelice, nos anos 1980. Os nutracêuticos compreendem uma área que faz intercessão entre as indústrias farmacêutica e alimentícia e envolvem os suplementos que atuam na pele, de dentro para fora, com propriedades antioxidantes e rejuvenescedoras. Podem ser definidos como alimentos ou bebidas com propriedades terapêuticas, de prevenção e 14 tratamento de doenças e, principalmente, como auxiliadores na promoção da saúde e melhora do estado nutricional. Podem ser compreendidos como nutrientes isolados, suplementos dietéticos, alimentos funcionais, produtos herbais, alimentos processados e cápsulas, contendo vitaminas, minerais (UNIP, 2020). O termo vem sendo utilizado no intuito de mostrar o alimento com ação de medicamento. Na época de Hipócrates (460 – 370AC), ele já afirmava: “Deixe o alimento ser o seu remédio e o seu remédio seu alimento”. Provavelmente percebeu que a alimentação adequada reduz o risco de doenças e promove a saúde, ou seja, nutracêuticos são suplementos alimentares que contêm a forma concentrada de um Composto Bioativo (CB), apresentado separadamente do alimento e utilizado com a finalidade de melhorar a saúde, em doses que excedem aquelas que poderiam ser obtidas dos alimentos (CONTOX, 2019). Nutracêuticos são também chamados de Alimentos Funcionais porque são aqueles que melhoram ou afetam a função corporal, além do seu valor nutricional normal, isto é, aqueles que, além da função principal de nutrir, possuem também características específicas que contribuem para redução do risco de doenças (CONTOX, 2019). Nutricosmético Os nutricosméticos surgem pela junção das indústrias de cosméticos e de alimentos, caracterizando-se pela melhora dos aspectos estéticos pelo consumo de alimentos ou suplementos com propriedades antioxidantes. O objetivo principal está relacionado à prevenção e aos cuidados com o envelhecimento da pele, isto é, está baseado na “beleza de dentro para fora”. São conhecidos como a pílula da beleza, cosméticos orais, e podem ser apresentados das mais diversas formas, com destaque para as formas farmacêuticas líquidas, cápsulas, tabletes e balas (UNIP, 2020). São os cosméticos que possuem em sua composição substâncias bioativas, sendo sua eficácia medida e aprovada através de estudos. Possuem propriedades terapêuticas combatendo doenças ou problemas estéticos, agindo na derme (camada mais profunda da pele) (CONTOX, 2019). A interação dos cosmecêuticos com o organismo é maior que a dos cosméticos, podendo ser prescritos em formulações médicas específicas e 15 individuais. Portanto, os cosmecêuticos atuam como o elo entre produtos de cuidados pessoais e farmacêuticos, tendo como principais objetivos prevenir danos causados por raios solares, reduzir a formação de radicais livres, melhorar a camada lipídica da pele, clarear manchas, reduzir rugas, prevenir o envelhecimento precoce,combater flacidez, celulite e gordura localizada (CONTOX, 2019). No seguimento de produtos pessoais, os cosmecêuticos podem ser definidos como dermocosméticos, cosméticos funcionais, ou ativo biológico. Os alfa- hidroxiácidos, Vitamina A (retinol), Vitamina E e Vitamina C são exemplos mais característicos de cosmecêuticos (CONTOX, 2019). 2.3 SISTEMA TEGUMENTAR, PERMEABILIDADE CUTÂNEA E ABSORÇÃO O sistema pigmentar é constituído pela pele e seus anexos, incluindo os pelos, unhas, glândulas sebáceas, sudoríparas e mamárias. A pele é o maior órgão do corpo humano, num adulto ela tem um peso aproximado de 4 a 5 kg, apresenta uma área de 1,5 a 2,0 m2 e espessura que varia de 0,5 a 6 mm, conforme a região do corpo. Nela ficam concentrados aproximadamente quase dois terços do sangue do corpo e metade das células imunes primárias. A pele do rosto, cabeça, axilas, mãos e pés são diferentes da pele no resto do corpo. Na nuca, por exemplo, a espessura da pele é de aproximadamente 0,5 mm, na planta dos pés, 5 mm, e nas pálpebras, uma região com finíssima espessura, chega a ter de 700 µ a 800 µ (UNIP, 2020). O sistema tegumentar é constituído pela pele e seus anexos como pelos, unhas, glândulas sebáceas, sudoríparas e mamárias. A pele é o maior órgão do corpo. É composta pela epiderme, de epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, e pela derme, de tecido conjuntivo. Subjacente, unindo-a aos órgãos, há a hipoderme (ou fáscia subcutânea), de tecido conjuntivo frouxo e adiposo. A pele apresenta diferenças segundo a sua localização. A palma das mãos e a planta dos pés, que sofrem um atrito maior, possuem uma epiderme constituída por várias camadas celulares e por uma camada superficial de queratina bastante espessa. Esse tipo de pele foi denominado pele grossa (ou espessa) (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2013) 16 2.3.1 Composição química da pele A pele é constituída basicamente de água, sais minerais, protídeos, lipídios e glicídios: • Água: está presente em 50 a 70% do total da pele. • Sais minerais: encontram-se na pele, entre eles podem ser citados: Na, K, Mg, Ca, Fe, Cu, Zn, Mn. Protídeos: compostos por carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio (O) e nitrogênio (N). Estão presentes em aproximadamente 27,5% do total da pele. São eles: — Aminoácidos: substâncias orgânicas que apresentam em sua constituição dois grupos funcionais diferentes: uma carboxila (-COOH) e um amino (-NH2 ), o grupo amino está sempre ligado ao carbono de número 2 da cadeia (α-aminoácido). Exemplo: tirosina, cistina, prolina, hidroxiprolina, desmosina (UNIP, 2020). As proteínas são formadas por aminoácidos, são sólidas, incolores, insolúveis em solventes orgânicos, alguns solúveis em água, ou em soluções de sais, ácidos e bases. Exemplo: colágeno, elastina, queratoialina, queratina, glicoproteínas, ácido hialurônico, melanina, ácidos nucleicos (DNA e RNA) e ureia. — Enzimas: proteínas com função catalisadora de reações biológicas, funções enzimáticas. Exemplo: colagenase, elastase, hialuronidase (UNIP, 2020). Os hormônios: muitos deles são de natureza proteica. Exemplo: MSH (hormônio estimulante da melanina). • Lipídios: também chamados de lipídeos ou ainda lípidos, são substâncias orgânicas compostas de carbono, oxigênio e hidrogênio, insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos como álcool, éter e acetona. Exemplo: fosfolipídio (componente da membrana plasmática celular), colesterol (um álcool monoinsaturado gorduroso, é um esteroide natural), esqualeno (um dos metabólitos da biossíntese do colesterol), ácidos graxos (ácidos monocarboxílicos com o grupo carboxila “-COOH”, ligado a uma longa cadeia alquílica), triglicerídeos (gorduras armazenadas como forma de reserva energética) e prostaglandinas (responsável pela multiplicação celular, reações alérgicas e inflamação) (UNIP, 2020). Os glicídios são moléculas orgânicas constituídas por carbono, hidrogênio e oxigênio. São os açúcares ou carboidratos. Exemplo: glicose, glicogênio (sintetizado a partir da glicose, protídeos e lipídios) (UNIP, 2020). A pele apresenta diferenças segundo a sua localização. A palma das mãos e a planta dos pés, que sofrem um atrito maior, possuem uma epiderme constituída por várias camadas celulares e por uma camada superficial de queratina bastante 17 espessa. Esse tipo de pele foi denominado pele grossa (ou espessa). Não possui pelos e glândulas sebáceas, mas as glândulas sudoríparas são abundantes. A pele do restante do corpo tem uma epiderme com poucas camadas celulares e uma camada de queratina delgada e foi designada pele fina (ou delgada). A epiderme da pele grossa mede 0,8 a 1,4mm, enquanto a da pele fina, 0,07 a 0,12mm (GARTNER, 2007) 2.4 LEGISLAÇÃO COSMÉTICA A Anvisa é o órgão que regulamenta e fiscaliza as legislações sanitárias brasileiras e autoriza a produção e comercialização de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. Dessa forma, todas as empresas que fabricam, comercializam, importam ou armazenam cosméticos devem seguir as normas legislativas sanitárias, que vão desde o projeto e instalação da fábrica até a chegada do produto no mercado (UNIP, 2020). A Resolução 211 da Anvisa (ANVISA, 2005) define e classifica, entre outros, os produtos cosméticos de acordo com o seu grau de risco como Grau 1 e 2. RESOLUÇÃO - RDC Nº 211, DE 14 DE JULHO DE 2005 O Diretor-Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do artigo 13 do Regulamento da Anvisa aprovado pelo Decreto 3.029, de 16 de abril de 1.999, considerando a necessidade de atualizar as normas e procedimentos constantes da Resolução nº 79, de 28 de agosto de 2.000, referentes a registro de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes e outros com abrangência neste contexto, com base na Lei 6.360, de 23 de setembro de 1.976 e seu Regulamento, Decreto 79.094, de 5 de janeiro de 1.977 e na Resolução ANVS nº 335, de 22 de julho de 1.999, suas atualizações ou instrumentos legais que venham a substituí-la; considerando que a Vigilância Sanitária tem como missão precípua a prevenção de agravos à saúde, a ação reguladora de garantia de qualidade de produtos e serviços que inclui a aprovação de normas e suas atualizações, bem como a fiscalização de sua aplicação; considerando a importância de compatibilizar os regulamentos nacionais com os instrumentos harmonizados no âmbito do Mercosul, em especial as Resoluções GMC nº 110/94 (Anexo I), 07/05 (Anexo II), 26/04 (Anexo III), 36/04 (Anexo IV), 36/99 (Anexo V) e 24/95 (Anexo VII); considerando as Consultas Públicas realizadas por meio das Portarias GM Nº 274 e Nº 275, de 27 de fevereiro de 2004 (DOU 01/03/04) e da Portaria GM Nº 1185, de 15 de junho de 2004 (DOU 17/06/04); considerando que a legislação sanitária vigente se aplica a produtos nacionais e importados, provenientes dos Estados Partes do Mercosul e de outros países (produtos extra-zona); 18 considerando a importância do assunto, adota ad referendum a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação: adota, “ad referendum”, a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e determina a sua publicação: Art.1º - Ficam estabelecidas a Definição e a Classificação de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, conforme Anexos I e II desta Resolução. Art.2º - Ficam estabelecidos os requisitos técnicos específicos para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, conforme o Anexo III desta Resolução. Art.3º - Ficam estabelecidos os requisitos para a rotulagem obrigatória geral para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes conforme o Anexo IV desta Resolução. Art.4º - Ficam estabelecidos os requisitos para a rotulagem específica de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes conforme o Anexo V desta Resolução (ANVISA,2005). 2.4.1 Classificação dos cosméticos segundo os graus de risco Grau 1 De acordo com a Anvisa, os produtos cosméticos que pertencem ao grau de risco 1 são produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes que cumpram na formulação a definição adotada no item 1 do Anexo I da Resolução 211 (ANVISA, 2005) e que possuam as propriedades básicas ou elementares, cuja comprovação não seja inicialmente necessária, e, ainda, que não requeiram informações detalhadas quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso, devido às características intrínsecas do produto, conforme mencionado na lista indicativa “Lista de tipos de produtos Grau 1” estabelecida no item I do anexo em questão. Os produtos que são exceção na lista de tipos de produtos Grau 1 automaticamente caracterizam-se como produtos cosméticos pertencentes ao grupo de Grau 2 (UNIP, 2020). Entre os produtos pertencentes ao Grupo 1 temos: água de colônia, água perfumada, perfume e extrato aromático, corretivo facial sem finalidade fotoprotetora, creme, loção, gel e óleo para os pés, gel e óleo para limpeza facial, delineador para lábios, olhos e sobrancelhas, enxaguatório bucal aromatizante, demaquilante e fortalecedor de unhas (UNIP, 2020). De acordo com o Portal Pharmaceutica Jr. (2021), segundo a ANVISA, os produtos de grau 1 e grau 2 são cosméticos, perfumes e produtos de higiene 19 pessoal compostos por substâncias naturais ou sintéticas para uso externo em diversas partes do corpo por exemplo para: cabelo pele unhas lábios dentes mucosas da boca Assim como podem possuir diversas funções como por exemplo : limpar perfumar alterar aparência neutralizar odores proteger sua integridade Grau 2 São produtos de higiene pessoal cosmético e perfumes com a formulação que cumpre com a definição adotada no item 1 do Anexo I e que possui indicação específica cujas características necessitam de comprovação de segurança e/ou de eficácia, bem como informações e cuidados, modo e restrição de uso, conforme mencionado na lista indicativa “Lista de tipos de produtos Grau 2”, estabelecida no item II do anexo em questão (UNIP, 2020). Limites de contaminantes Como a nossa pele, os cosméticos também contêm microrganismos e, dessa forma, não podem ser considerados estéreis; no entanto, isso não significa que os produtos sejam perigosos. Para garantir a segurança microbiológica, a Anvisa determina o limite máximo na Resolução 481 (ANVISA, 1999). A Anvisa determina os parâmetros de controle microbiológico para os produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos no Brasil de acordo com área de aplicação e faixa etária. Os cosméticos de tipo I são aqueles com controle mais rigoroso, por serem destinados ao público infantil ou de aplicação na área dos olhos 20 ou de mucosas. Os demais produtos seguem os limites definidos para os cosméticos de tipo II (UNIP, 2020). Sobre a diferença entre os produtos de grau 1 e 2, afirma-se que o produto grau 1 são aqueles que possuem propriedades básicas, as quais não precisam ser comprovadas inicialmente e não requerem informações detalhadas quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso. Exemplos: perfumes, esmaltes, cremes sem ação fotoprotetora. Produtos grau 2 são caracterizados por possuírem indicações específicas que necessitam de comprovação de segurança e ou eficácia, de informações sobre cuidados, modo e restrições de uso. Exemplos: produtos para acne, xampu anticaspa, itens de maquiagem com fotoproteção (PHARMACEUTICA, 2021). 2.5 PRINCIPAIS COMPONENTES COSMÉTICOS A classificação dos componentes de uma formulação cosmética pode acontecer de diversas formas, no entanto, apresentaremos as matérias-primas agrupadas por grupos e as possíveis composições a que estão sujeitas. As matérias-primas são utilizadas de acordo com suas propriedades funcionais e físico-químicas ou, ainda, de acordo com a sua função ou efeito cosmético (UNIP, 2020). Veículo cosmético é o componente que normalmente está em maior quantidade na formulação e que tem a função de receber outros componentes, ou seja, é nele que os outros componentes são incorporados. Tem como característica a capacidade de solubilizar ou de dispersar os outros componentes. A escolha do tipo de veículo deve acontecer baseada na compatibilidade com os componentes da formulação e no tipo de pele a que se destina o produto final. Entre os veículos podemos citar: água, álcool, mistura hidroalcoólica, óleo, glicerina, polímeros, pós, gel-creme, loções bases e cremes bases (UNIP, 2020). Água: dermatológica, termal e micelar são as águas, e são uma das matérias-primas mais utilizadas em cosmetologia, podendo, em quantidades elevadas ou até mesmo em pequenas proporções, ser o veículo para dissolver pigmento, além de ter extrema importância para todos os organismos do planeta e ser fundamental para qualquer tipo de vida. Contudo, ainda é uma substância reativa às reações de oxidação, redução, condensação e hidrólise. Em cosméticos a água 21 pode ser utilizada como solvente em uma grande gama de produtos como xampus, sabonetes, condicionadores, tônicos, géis e emulsões (UNIP, 2020). No entanto, para o seu uso na produção de cosméticos é necessário que se observem as exigências legais quanto às características físicas, químicas e microbiológicas, pois pode conter contaminantes inorgânicos (cálcio, magnésio, sódio, potássio, ferro, bicarbonato, sulfato, cloreto, silicatos) e orgânicos (proteínas, carboidratos oriundos de plantas e animais), além dos contaminantes microbiológicos (bactérias, fungos e leveduras) cosmético (UNIP, 2020). A solução, em termos físico-químicos, pode ser obtida a partir da combinação de um dos estados físicos da matéria: sólido, líquido ou gasoso. Em termos cosméticos, as soluções são preparações líquidas que contêm uma ou mais substâncias químicas dissolvidas em um volume adequado ou em uma mistura de solventes mutuamente miscíveis. As soluções podem ser classificadas de acordo com a sua composição e finalidade, como soluções aquosas, hidroalcoólicas e alcoólicas do cosmético (UNIP, 2020). A Suspensão são preparações com partículas finamente divididas (suspensoide), distribuídas de forma uniforme em toda a formulação, em que a substância possui solubilidade mínima. A principal razão para se trabalhar com uma suspensão ocorre porque algumas substâncias não apresentam boa estabilidade ou são quimicamente instáveis na forma de solução, no entanto apresentam estabilidade na forma de suspensão. Normalmente as suspensões contêm em sua formulação polímeros, para que estes possam formar uma rede molecular que ajude na estabilidade do produto final, provocando uma inibição nas forças de atração entre as partículas suspensas do cosmético (UNIP, 2020). As emulsões são os veículos mais empregados no desenvolvimento de cosméticos, principalmente pelas suas características (fase aquosa e oleosa), que apresentam similaridade com a pele humana. Entre as formas cosméticas no formato de emulsão temos os cremes e as loções, que apresentam aparência opaca e que podem ser utilizados nas mais diversas aplicações cosméticas, além de serem veículos usados para liberação tópica de substâncias com características diversas, com lipossolubilidade e hidrossolubilidade cosmético (UNIP, 2020). A classificação das emulsões depende das micelas formadas por uma fase oleosa dispersa em água ou por uma fase aquosa dispersa em óleo ou, ainda, como 22 óleo em água (O/A) ou água em óleo (A/O), e, conforme a solubilidade do ativo, pode ser acrescido no meio disperso ou dispersante cosmético (UNIP, 2020). As microemulsão são sistemas termodinamicamente estáveis, isotrópicos e de baixa viscosidade, opticamente transparentes e constituídos por miscelas de tamanho manométrico, dispersasem uma fase contínua ou externa, composta de um solvente imiscível com a fase dispersa ou interna. As microemulsões são formadas por água, óleo (solvente hidrofóbico), por um tensoativo e, em muitos casos, por um co-tensoativo (álcool de cadeia média). As microemulsões podem ser obtidas sem o uso de tensoativos ou surfactantes, uma vez que as moléculas que compõem a fase oleosa promovem a atividade de um tensoativo, além de exercer a sua função original. Pelo seu elevado poder de solubilização, as microemulsões têm sido amplamente estudadas cosmético (UNIP, 2020). A Microemulsão com cristais líquidos são dispersões de fórmula complexa que contém várias fases das quais algumas são cristais líquidos, podendo ser incorporados sob a forma de gotículas ou filamentos. De uma forma simplificada, seria o princípio das “mil folhas”, de modo que esse sistema possui a capacidade em distribuir progressivamente seus princípios ativos na superfície da epiderme e de introduzir substâncias hidro e lipossolúveis em uma mesma formulação. As microemulsões são formulações com cristais líquidos que têm sido de amplo interesse nas indústrias cosméticas e farmacêuticas pela série de vantagens apresentadas, como aumento da solubilidade e estabilidade de substâncias, possibilidade de incorporação de substâncias hidrofílicas ou lipofílicas, capacidade de funcionar como sistema reservatório e, ainda, diminuir a toxicidade cosmético (UNIP, 2020). O mousse ou espumas são formadas por processo semelhante ao das emulsões, em que se tem a fase gasosa envolvida por um filme líquido. A formação de sua estrutura ocorre pelo agrupamento de bolhas justapostas, geradas ao dispersar um gás em líquido que contém agentes espumantes, como os surfactantes, que têm a função de separar as bolhas. A distribuição das bolhas é termodinamicamente favorável, já que promove a redução da área superficial da espuma e a expansão do gás contido e, consequentemente, gera redução da energia livre da espuma. As emulsões O/A podem formar mousse, pois os gases conseguem se dispersar na fase oleosa da emulsão cosmético (UNIP, 2020). 23 Os aerossóis (spray) e os sprays podem ser definidos como soluções aquosas ou oleaginosas na forma de gotículas grosseiras ou ainda como partículas sólidas finamente divididas para aplicação tópica na pele. Os aerossóis passaram a ser utilizados na II Guerra Mundial, quando Lyle Goodhue e William Sullivan, funcionários do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, desenvolveram um aerossol de alta pressão com repelente de insetos para proteger os soldados norte americanos das doenças tropicais. Ap s a guerra, os inseticidas na forma de aeross is passaram a ser produzidos para o uso civil, porém, o peso e o custo dos recipientes de alta pressão limitaram a aplicação em outras áreas. al limitação foi superada, entretanto, com o desenvolvimento de aeross is com pressão mais baixa cosmético (UNIP, 2020). Os géis são soluções coloidais ou suspensões de substâncias insolúveis em água e hidratáveis, podendo ser transparentes ou opacos. Para serem transparentes, as partículas devem ser muito pequenas, isto é, quanto menor o tamanho das partículas, mais transparente será o gel. Normalmente são formados por polímeros, que possuem a capacidade de doar viscosidade à formulação, quando dispersos em meio aquoso. Com o amplo desenvolvimento da tecnologia cosmética atualmente existem três tipos de géis, o aquoso, o gel-creme e o álcool-gel cosmético (UNIP, 2020). Os são os princípios ativos utilizados em cosméticos para higienização e hidratação, revitalização e nutrição da pele, antiacne, peelings, tratamento da gordura localizada, discromias, além de servirem também como anti-inflamatórios, cicatrizantes e calmantes. São os desodorantes e antitranspirantes, sabonetes e dentifrícios, produtos para cabelos, depilatórios, produtos para as unhas e cosméticos masculinos. Há diferença em relação entre os cosméticos femininos e os cosméticos infantis cosmético (UNIP, 2020). 2.6 TERAPIAS HOÍSTICAS Podemos entender que a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) é uma ciência milenar que está baseada na observação dos fenômenos da natureza. Nessa medicina não há como separar o corpo físico dos seus aspectos emocionais e de todo ambiente que o cerca. Na MTC iremos ver o ser humano como um todo. As 24 terapias holísticas também são tratamentos que sempre olham o indivíduo como um todo, não separando em parte física e emocional. O termo Medicina Integrativa ou Medicina Alternativa Complementar, surgiu em meados dos anos 1970 e relaciona-se a um conjunto diverso de práticas terapêuticas manuais e espirituais de cunho natural, sem a utilização medicamentosa, em busca de um equilíbrio entre a mente e o corpo por meio de intervenções que induzem respostas naturais do organismo, enfatizando a saúde (CORMELATO, 2018). Os tratamentos utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos ancestrais. Por meio de uma visão holística, a Medicina Integrativa possui um pressuposto da existência de uma energia vital que, tanto quanto a funcionalidade fisiológica necessita ser estimulada (LIMA, 2009). O autor ainda afirma que, o Doutor Andrew T. Weil, fundador e diretor do Centro de Medicina Integrativa de Universidade do Arizona e um dos pioneiros no método, a Medicina Integrativa tem como abordagem, o paciente em tríplice aspecto (biopsicossocial), sendo ele integrado por corpo, mente e espírito. Esta prática vem sendo compreendida com magnitude pois, além de reduzir significativamente os custos com o tratamento das doenças, de maneira que esta vem para promover a saúde, prevenindo de maneira eficaz o surgimento das mesmas, também populariza tratamentos mais acessíveis, onde os resultados são tão bons quanto, ou até melhores que outras abordagens medicamentosas. Os tratamentos costumam ser individualizados para cada paciente, visto que, cada organismo tem sua particularidade. Por isto, é importante salientar que a Medicina Integrativa não rejeita nenhum tipo de tratamento abordado pela Medicina Convencional (LIMA, 2009) A medicina Integrativa atingiu o Brasil durante a década de 1980, chegando inicialmente nos grandes centros urbanos e trazendo consigo a Medicina Tradicional Chinesa, a Ayurvédica e a Xamânica. Constata-se este progresso por meio do surgimento de farmácias naturalísticas e do reaparecimento do comércio de plantas e ervas medicinais, despertando a curiosidade da imprensa que passou a abordar temas que retratavam os efeitos curativos de práticas terapêuticas, proporcionando um crescente avanço quanto à busca pelas mesmas (LIMA, 2009). Segundo dados do Ministério da Saúde do Brasil, a chamada Medicina Integrativa passou a fazer parte do Sistema Único de Saúde (SUS) no ano de 2006, 25 ofertando apenas 5 atividades. Após 10 anos, foram adicionados outros 14 procedimentos. Os pacientes podem hoje, contar com 29 diferentes Práticas Integrativas e Complementares (PIC), sendo elas ayurveda, homeopatia, medicina tradicional chinesa, medicina antroposófica, plantas medicinais/fitoterapia, arteterapia, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa, termalismo social/crenoterapia, yoga, apiterapia, aromoterapia, bioenergética, cromoterapia, constelação familiar, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos (reiki), ozoniterapia e terapia de florais. A partir de sua inserção, tornou-se evidente a admissão dos pacientes usuários do SUS às práticas integrativas de cura para o tratamento de várias doenças agudas e crônicas, dentre elas o câncer e o diabetes (CORMELATO, 2018). 2.6.1 Tipos de Terapia Reiki Usui Tibetano É considerado uma terapia de cura realizada através do toque das mãos. (STEIN, 2003).Cromoterapia Considera-se a Cromoterapia como um sistema de tratamento natural que visa a utilização das cores para harmonizar emoções e a energia corporal e física curando e prevenindo disfunções (MADEIRA, 2008). Microfisioterapia A Microfisioterapia é uma atividade de cunho manual que tem a capacidade de encontrar tecidos humanos com disfunções geradas por conflitos agressores ao organismo. Pode beneficiar o estado emocional, tratar dores crônicas, despertar o sistema imunológico, prevenir doenças e potencializar a saúde (Microfisioterapia.com). 26 Thetahealing É chamado de ThetaHealing o procedimento de cura energética que libera padrões comportamentais e crenças limitantes e emocionais que impedem a saúde mental (THETAHEALING BRASIL, 2018). Acupuntura A Acupuntura é uma técnica manual que trata-se da inserção de agulhas sobre a pele, visando curar dores, prevenir doenças e promover a saúde (BATELLO, 2007). Yoga O Yoga provém de uma técnica de relaxamento que busca potencializar o controle e equilíbrio da mente por meio da execução de exercícios físicos. O objetivo desta prática é fazer com que o sangue circule e atinja todas as partes do corpo, dispersando os sintomas do stress. Sua realização tem capacidade de aumentar a flexibilidade do corpo, fortalecendo a musculatura, bem como reduzir a frequência cardíaca, potencializar o sistema respiratório, entre diversos outros benefícios (ROSSI, 2000). Constelações Sistêmicas Familiares A Constelação Sistêmica Familiar é uma técnica de desconstrução de antigos padrões mentais e emocionais trazidos desta e das 7 gerações anteriores. É realizada a partir de um grupo de pessoas, em que o “constelado” seleciona pessoas desconhecidas para representar pessoas importantes do seu círculo familiar. Este ato inconscientemente posiciona os escolhidos de acordo com o papel representante no momento. Através deste método, pode-se observar as relações entre os membros da família (BERT HELLINGER, 2010). 27 Ergonomia A palavra Ergonomia é derivada do Grego “Ergon”, que significa “trabalho”, e “Nomos” que quer dizer “normas”. Abrange as variadas demandas das atividades humanas, para isso, os ergonomistas necessitam abordar visões holísticas nas diversas vertentes da disciplina, ocupando-se de questões sociais, físicas, organizacionais, ocupacionais e ambientais. Os domínios da Ergonomia podem ser classificados em: Ergonomia física, cognitiva e organizacional (ABERGO, 2018). A Ergonomia Física retrata quesitos referentes à antropometria e a anatomia humana, relacionando-se com as atividades físicas. Pode tratar 32 importantes aspectos como disfunções relacionadas ao trabalho acarretadas por movimentos repetitivos, postura, disposição do posto de trabalho, saúde, segurança, rentabilidade e manuseio de materiais, entre outros. A Ergonomia Cognitiva trata-se de questões mentais e motoras, sendo elas memória, percepção e raciocínio e como as mesmas interagem com os elementos formais. Os objetos de estudo abordam questões de interação entre máquinas e homens, carga de trabalho mental, stress e quaisquer atividades relacionadas a sistemas e seres humanos. A Ergonomia organizacional refere-se à otimização de projetos de trabalho participativo, grupal, cooperativo, organizações em redes (ABERGO, 2018). Segundo Associação Brasileira de Ergonomia, no ano de 2000 a IEA (Associação Internacional de Ergonomia) adotou a seguinte definição: A Ergonomia é uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem-estar humano e o desempenho global do sistema. Os ergonomistas contribuem para o planejamento, projeto e a avaliação de tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas de modo a torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas. Pode-se concluir a necessidade e importância dos estudos ergonômicos para atividades de cunho manual e corporal, como as atividades empregadas no projeto abordado, passando a adaptar os diversos fatores ambientes às pessoas, de forma 28 a otimizar o desempenho dos equipamentos, melhorar questões ambientais, climatização, iluminação e diminuir ruídos, entre outras questões (ABERGO, 2018). 3 MATERIAIS E MÉTODOS O desenvolvimento do estudo foi teórico, de natureza qualitativa, composto por pesquisa bibliográfica, exploratória e descritiva. Foi utilizado o método qualitativo, seguida de estudos com base em pesquisas de legislação, jurisprudências, livros e internet. Foi realizada pesquisa bibliográfica, que explica o problema através de teorias publicadas em livros ou obras relacionadas ao assunto entre os anos de 2011 a 2021. Este tipo de pesquisa objetiva o conhecimento e a análise das principais contribuições teóricas sobre o tema. 29 5 CONCLUSÃO A pesquisa aqui tratada abordou sobre a Utilização de cosméticos associados às principais técnicas complementares e holísticas. Observa-se que a estética é vista atualmente como uma área da saúde, dessa forma, esta sendo definida assim, faz necessário que diversos cuidados sejam oferecidos e aplicados de forma aprimorada e com responsabilidade. Terapia holística é um tipo de terapia que trata problemas e doenças a partir de uma visão global do ser humano. A terapia holística, diferente de terapêuticas que focam apenas no problema ou nos sintomas da doença, faz uma análise da pessoa como um todo, em seus aspectos físicos, culturais, psicológicos e sociais. Holos, em grego, significa "todo", "conjunto". Este trabalho respondeu o objetivo proposto, bem como respondeu a problemática colocada. A problemática incorreu em saber qual a relação da importância do uso dos cosméticos associados ás técnicas holísticas de tratamento e como isso pode contribuir como forma de melhorar aspectos físicos e também psicológicos ligados à autoestima. É possível afirmar que as associações dos cosméticos às terapias podem facilitar a melhor aplicação, tanto no corpo como também nas terapias holísticas psicológicas como os óleos essências ou não e as cores. Também foi atendido o objetivo geral proposto, que foi abordar sobre a importância para o desenvolvimento do profissional de estética no mercado atual, de forma que a abrangência destas possam contribuir de forma significativa, para a obtenção dos melhores resultados quando da execução dos procedimentos estéticos. Sem um profissional capacitado, fica em risco a qualidade do trabalho e também o resultado no corpo do cliente, fazendo com que o ramo da estética seja mal visto por todos e desacreditado no mercado. Os objetivos específicos foram desenvolvidos com bases bibliográficas. Tratou-se da história, aplicação, tipos e associação às técnicas holística, bem como seus conceitos, interações e benefícios. 30 . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAPANEMA, L.X.L; VELASCO, L.O.M.; PALMEIRA FILHO, P. L. e NOGUTI, M.B. (2007) Panorama da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. BNDES Setorial. Conselho Regional de Quimica da 4ª Região. História dos Cosméticos. Disponível em: https://www.crq4.org.br/historiadoscosmeticosquimicaviva. Acesso em 4. Out. 2021. CONTOX. O que são Nutracêuticos, Cosmecêuticos e Nutricosméticos. Disponível em: https://contox.com.br/o-que-sao-nutraceuticos-cosmeceuticos- nutricosmeti/. Acesso em 8. Out. 2021. CORMELATO. AMANDA SCHWANKE. Centro de Terapias Alternativas: do Conforto Espacial à Cura. Monografia apresentada ao Curso Arquitetura e Urbanismo da Universidade Paraense - UNIPAR com o objetivo de conclusão de curso. Orientadora: Ana Maria Damasio.2018. Disponível em: https://tcc.unipar.br/files/tccs/d026ccddc96336d8da708da13b819ea0.pdf. Acesso em 8. Out. 2021. FACULDADE IBECO. O que é cosmiatria. Disponível em: https://ibeco.com.br/o-que- e-cosmiatria/. Acesso em 8. Out. 2021. GALEMBECK, Fernando; CSORDAS, Yara. Cosméticos: a química da beleza. Disponível em: https://fisiosale.com.br/assets/9no%C3%A7%C3%B5es-de- cosmetologia-2210.pdf. Acesso em 4. Out. 2021. GARCIA, Renato. Internacionalização comercial e produtiva na indústria de cosméticos: desafios competitivos para empresas brasileiras. Revista Produção, v. 15, n. 2, p. 158-171, Maio/Ago, 2009. GARTNER, L. P.; HIATT, J. L. Tratado de Histologia em cores. 3.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. pp. 333-335 HEEMANN, A. C. W.; GUARDA, C. 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