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01 - História do Teatro

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A História do Teatro
Conceito de Teatro;
	Teatro é um termo de origem grega que designa simultaneamente o conjunto de peças dramáticas para apresentação em público e o edifício onde são apresentadas essas peças.
É uma forma de arte na qual um ou vários atores apresentam uma determinada história que desperta na plateia sentimentos variados.
O teatro é um dos ramos da arte cênica, relacionado com a atuação e interpretação, através do qual são representadas histórias na presença de um público (a plateia). 
Esta forma de arte combina discurso, gestos, sons, música e cenografia.
Dá-se o nome de dramaturgia à arte de escrever peças de teatro, sendo o dramaturgo a pessoa responsável pela composição dos textos.
Existem muitos gêneros de teatro, dentre os quais destacam-se: auto, comédia, drama, fantoche, ópera, musical, revista, tragédia, tragicomédia.
Origem do teatro
	A origem do teatro remonta ao homem primitivo e a todas as suas formas de rituais (associados à caça, colheita, morte, etc.), danças, imitações de animais, culto aos deuses e práticas lúdicas.
	Acredita-se que a ideia de teatro tal como conhecemos hoje surgiu na Grécia Antiga, no século IV a.C. O termo grego “theatron” significa “lugar para ver”. 
No theatron eram realizadas cerimônias religiosas em honra a Dionísio, o deus grego do vinho. Na celebração da colheita de uvas (vindima) havia música, dança e apresentações do ditirambo.
Conceito de Ditirambo
	Nas origens do teatro grego, o ditirambo era um canto coral de caráter apaixonado (alegre ou sombrio), constituído de uma parte narrativa, recitada pelo cantor principal, ou corifeu, e de outra propriamente coral, executadas por personagens vestidos de faunos e sátiros, considerados companheiros do deus Dionísio, em honra do qual se prestava essa homenagem ritualística.
	Conceito de “Fauno“ e “Sátiros”: Deus semi-humano dos bosques e dos rebanhos na mitologia romana. Os faunos correspondiam aos sátiros da mitologia grega. Tinham orelhas pontudas, chifres curtos e uma cauda. Suas pernas eram ás vezes representadas com forma humana, outras vezes como que recobertas de pelo encrespado e com patas de cabra. Os faunos eram seguidores de Pã, deus dos campos e das florestas, e de Baco, deus do vinho. Eram geralmente representados como criaturas travessas.
	O ator, sempre homem e usando máscaras, dialogava com o coro e recitava os ditirambos. Surgiram composições sobre heróis míticos da história da Grécia (tragédia), e também composições sobre fatos cotidianos de carácter satírico (comédia). No século V a. C.. o teatro adquiriu tal importância que era subsidiado pelos ricos e visto por toda comunidade.
	O teatro romano, apesar de não deixar relevante legado para a História, teve diferentes gêneros. Os romanos tinham uma forma bem simples de representação teatral, de influência etrusca, espécie de representações religiosas de caráter sério ou satírico (curiosamente de forma semelhante ao aparecimento do teatro grego), que eram apresentadas em ocasiões especiais, como cerimônias e casamentos.
	Quando entraram em contato com a Grécia, o evento significou a morte do primitivo teatro romano, que imediatamente copiou as formas gregas (tragédia, comédia). Começaram por traduzir peças gregas (séc. III AC); depois, estrangeiros radicados em Roma e romanos escreveram peças, adaptando temas gregos, ou inventando mesmo temas romanos (normalmente baseados na História); o apogeu do teatro romano se dá no séc. III-II a.C., com Plauto e Gerencio.
	Os espetáculos teatrais na Idade Média eram caracterizados por fortes elementos de caráter religioso. O tema central das apresentações eram as cenas de Natal, da Paixão, da Ressureição de Cristo e da vida dos Santos. Essas manifestações teatrais chamavam-se “ludus” e no começo eram realizadas no interior das igrejas. 
Com o passar do tempo o público teatral aumentou e as encenações exigiram que as representações fossem feitas em locais maiores, passando então a ser utilizado o adro (na frente) das igrejas ou um palco era construído para essa finalidade.
	Teatro Religioso: Durante a Idade Média, entre os séculos V ao XV, a Igreja Católica detém grande poder político e econômico e exerce um forte controle sobre a produção científica e cultural. Essa ligação da cultura medieval com o catolicismo faz com que os temas religiosos predominem nas artes . Em todas as áreas, muitas obras são anônimas ou coletivas.
	O teatro renascentista teve início na Itália no século XV. Diferente do teatro medieval, que possuíam um caráter mais religioso, o teatro renascentista apostou no teatro popular de caráter cômico e burlesco e na exploração de variados temas. Se desenvolveu em diversos países europeus: Itália, Inglaterra, França e Espanha. No entanto, muitos países ainda apresentavam um teatro erudito e religioso de influência medieval.
	Na Itália, Nicolau Maquiavel foi um dos dramaturgos mais importantes do período destacando-se com sua comédia em cinco atos publicada em 1524: Mandrágora.
	Na Inglaterra, o Teatro Elisabetano (1558-1625) foi desenvolvido junto a fase do renascentismo italiano. OBS: O Teatro Elisabetano corresponde ao tetro produzido durante o reinado de Elisabeth I da Inglaterra, de 1558 a 1603, tendo como seu grande expoente William Shakespeare.
As peças (tragédias e comédias) de William Shakespeare marcaram decisivamente o período, das quais se destacam: Romeu e Julieta, Macbeth, Hamlet, A Megera Domada, Sonhos de uma Noite de Verão.
	Na Espanha, o teatro renascentista floresceu a partir do século XVI. Tiveram destaques os dramaturgos: Miguel de Cervantes e sua tragédia “O Cerco de Numancia”; Fernando de Rojas e a peça “A Celestina”; e Pedro Calderón de la Barca e sua obra “A Vida é Sonho”.
	As principais características do teatro desenvolvido durante o período da renascença são: Antropocentrismo humanista; Textos improvisados; Linguagem coloquial; Caráter popular e cômico; Temas diversificados.
	A Commedia Dell’Arte é uma das vertentes do teatro renascentista que esteve oposto aos ideais clássicos que surgiam nas artes durante a época da renascença.
	Ou seja, de caráter popular e itinerante, esse tipo de teatro surgido na Itália no século XV, veio contrapor o academicismo da época do renascimento, por meio de uma linguagem coloquial.
	Os atores apresentavam os textos de dramaturgia em locais públicos, o que fez a Commedia Dell'Arte se aproximar, em partes, do cenário do teatro medieval.
Entretanto, os temas não possuíam o caráter religioso que possuía o teatro medieval, mediados no medievo pela forte influência da Igreja.
O Teatro no Brasil
O teatro no Brasil surgiu quando Portugal começou a fazer do Brasil sua colônia (Século XVI). Os Jesuítas (padres da chamada companhia de Jesus), com o interesse de catequizar os índios, trouxeram não só a nova religião, católica, mas também uma cultura diferente, em que se incluía a literatura e o teatro. Aliada aos rituais festivos e danças indígenas, a primeira forma de teatro que os brasileiros conheceram foi a dos portugueses, que tinha um caráter pedagógico, baseado na Bíblia.
Pelo fascínio da imagem representativa, o teatro era muito mais eficaz do que um sermão, por exemplo. A origem do teatro no Brasil é religiosa, assim como boa parte das manifestações culturais. Seu objetivo maior era evangelizar os índios e apaziguar os conflitos existentes entre eles e os colonos portugueses e espanhóis.
Nessa época o Padre Anchieta era o responsável pela autoria das peças. Ele escreveu alguns autos (antiga composição teatral) que visavam a catequização dos indígenas, bem como a integração entre portugueses, índios e espanhóis. Exemplo disso é o “Auto de São Lourenço", também conhecido como "Mistério de Jesus", escrito em tupi-guarani, português e espanhol. 
Como o principal objetivo era a catequese os enredos dos autos estavam impregnados com os dogmas da Igreja Católica. Sendo assim, as comédias e tragédias eram pouco representadas. A opção ficava com os autos sacramentais, que tinham caráter dramático, e, portanto, estavam impregnadasde características religiosas. Além dos autos, outros "estilos teatrais" introduzidos pelos Jesuítas foram o presépio, que passou a ser incorporado nas festas folclóricas, e os pastoris.
Os autos tinham sempre um fundo religioso, moral e didático, representados por personagens de demônios, santos, imperadores e algumas vezes apenas simbolismos, como o amor ou o temor a Deus. Os atores eram os índios domesticados, os futuros padres, os brancos e os mamelucos. Todos amadores, que atuavam de improviso nas peças apresentadas nas Igrejas, nas praças e nos colégios.
Evolução do Teatro no Brasil
O teatro no Brasil passou por intensa transformação com a chegada da família real, em 1808. Por decreto, Dom João VI, determina a melhoria do teatro e o país passa a receber espetáculos no modelo francês para a diversão da aristocracia.
Comédias de Costumes
A comédia de costumes é um gênero do teatro brasileiro. O escritor francês Molière é considerado o criador da comédia de costumes. No Brasil, o principal representante, e pioneiro do gênero, é Martins Pena, que caracterizou com bom humor as graças e desventuras da sociedade brasileira. Artur Azevedo, autor muito popular e que retratou os costumes da sociedade brasileira do final da Monarquia e início da República, foi o consolidador do gênero introduzido por Martins Pena.
A comédia de costumes, o mais característico dos gêneros de teatro no Brasil, caracteriza-se pela criação de tipos e situações de época, com uma sutil sátira social. Proporciona uma análise dos comportamentos humanos e dos costumes num determinado contexto social, tratando frequentemente de amores ilícitos, da violação de certas normas de conduta, ou de qualquer outro assunto, sempre subordinados a uma atmosfera cômica.
As principais preocupações dos personagens são a vida amorosa, o dinheiro e o desejo de ascensão social. O tom é predominantemente satírico, espirituoso e cômico, oscilando entre o diálogo vivo e cheio de ironia e uma linguagem às vezes conivente com a amoralidade dos costumes.
De 1937 a 1945, a ditadura procura silenciar o teatro, mas a ideologia populista, através do teatro de revista, mantém-se ativa. Surgem as primeiras companhias estáveis do país, com nomes como: Procópio Ferreira, Jaime Costa, Dulcina de Moraes, Odilon Azevedo, Eva Tudor, entre outros.
Uma nova ideologia começava a surgir, juntamente com um dos maiores patrimônios do teatro brasileiro: Oswald de Andrade. Escreveu: “O Rei da Vela” , “O Homem e o Cavalo” e “A Morta”, entre outras obras, enfrentando corajosamente a ditadura de Getúlio Vargas.
Em 1938, Paschoal Carlos Magno funda o Teatro do Estudante do Brasil. Começam a surgir companhias experimentais de teatro, que por muito tempo marca a introdução do modelo do teatro estrangeiro entre nós, consagrando então o princípio da encenação moderna no Brasil.
Em 1957, meio a preocupações sócio-políticas surge o Teatro de Arena de São Paulo. Relatos de jornais noticiavam que o Teatro de Arena foi a porta de entrada de muitos amadores para o teatro profissional, e que nos anos posteriores tornaram-se verdadeiras personalidades do mundo artístico.
Em 1964 com o Golpe Militar, as dificuldades aumentam para diretores e atores de teatro. 	A censura chega avassaladora, fazendo com que muitos artistas tenham de abandonar os palcos e exilar-se em outros países. 	Restava às futuras gerações manterem vivas as raízes já fixadas, e dar um novo rumo ao mais novo estilo de teatro que estaria pôr surgir.
Durante a ditadura militar, o teatro brasileiro teve grande participação na resistência cultural. Em encenações de peças estrangeiras de questionamento e que despertavam o senso crítico, de autores como Sartre e Brecht, além de peças autorais, atrizes se uniram com muita coragem contra a pesada censura.
Durante a década de 1960, grupos como o Arena, de Augusto Boal, em São Paulo, encenavam peças ligadas à realidade brasileira. Com o AI-5, a produção de peças como essas foi ameaçada.
OBS: AI-5 (Ato Institucional número 5) foi o quinto decreto emitido pelo governo militar brasileiro (1964-1985). É considerado o mais duro golpe na democracia e deu poderes quase absolutos ao regime militar.
Também como forma de resistência, surgiram grupos como o “Opinião”, criado pelo Centro Popular de Cultura, da UNE. No shopping center Copacabana, em dezembro de 1964, artistas como Nara Leão contracenaram “Opinião “, de direção de Boal, show-manifesto de resistência com referências disfarçadas em músicas de protesto, de forma a driblar a censura. Assim, “Opinião “ se tornou emblemático na história brasileira.
Outros espetáculos continuaram a desafiar o governo militar, como “Liberdade, Liberdade” de Millôr Fernandes e Flávio Rangel e “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come” de Vianinha e Gullar.
Em 1968, a peça “roda viva”, de Chico Buarque, foi brutalmente censurada. 	O Comando de Caça aos Comunistas invadiu o teatro onde a peça era encenada, em São Paulo, espancaram atores, destruíram o cenário etc.
Atualmente, o teatro não para de mudar, fazendo com que a cada dia se torne mais importante para a população. 	Existe vários efeitos, figurinos, maquiagens, a escrita dramática explorou dramaturgias que eram impossíveis até então, tudo isso faz com que uma peça teatral, se torne algo magnífico, deixando o público deslumbrado com toda a sua estrutura e organização.
Infelizmente, o teatro não é o mais importante dos programas culturais da população.	 Ele se tornou uma arte minoritária. Isso não quer dizer uma arte insignificante, nem uma arte que está acabando, mas a sua capacidade de repercussão na vida social não pode competir com a da televisão, que se torna muito mais acessível e pratica a milhares de pessoas.

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