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CADEIA E TEIA ALIMENTAR

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BIOLOGIA II
PRÉ-VESTIBULAR 71PROENEM.COM.BR
02 CADEIA E TEIA ALIMENTAR
CADEIA ALIMENTAR
Todos os seres vivos têm uma grande preocupação: como obter 
o seu alimento ou como se nutrir. Por isso, dividimos todos os seres 
vivos em autotrófi cos (os que sintetizam o seu próprio alimento 
através da fotossíntese ou quimiossíntese) e heterotrófi cos
(organismos que não sintetizam o seu próprio alimento e por isso 
se alimentam de outros seres vivos). 
Grupos de organismos que apresentam tipo semelhante de 
nutrição constituem um nível trófi co. 
Dentro de um Ecossistema equilibrado e independente, os 
componentes bióticos encontrados podem ser agrupados em 
níveis trófi cos classifi cados de acordo com as suas necessidades 
alimentares em: 
• Produtores: produzem a matéria orgânica para todo o 
Ecossistema; são organismos autotrófi cos. Exemplo: 
plantas, algas, alguns tipos de bactérias. 
• Consumidores: alimentam-se direta ou indiretamente dos 
produtores; são organismos heterotrófi cos. Dividem-se em: 
– consumidor primário, que se nutre diretamente do 
produtor; 
– consumidor secundário, que se nutre do consumidor 
primário; 
– consumidor terciário, que se nutre do consumidor 
secundário e assim por diante. 
• Decompositores: organismos heterotrófi cos capazes de 
converter a matéria orgânica, presente nos organismos 
produtores e consumidores, em matéria inorgânica.
“Assim, considerando um campo onde encontramos os seres a 
seguir, teremos: (1) o capim como produtor, (2) o gafanhoto como 
consumidor primário, (3) o sabiá como consumidor secundário e, 
(4) o gavião como consumidor terciário. 
SO papel dos decompositores é fundamental para a 
reciclagem da matéria na natureza, realizando a manutenção 
da vida nos mais diversos ecossistemas da Terra.
Estes organismos podem atuar sobre quaisquer níveis 
trófi cos após a morte dos organismos e, mais importante, 
devolvem ao ambiente os sais minerais que serão utilizados 
pelos organismos autotrófi cos.
PROEXPLICA
A transferência de matéria orgânica de um produtor para as 
várias ordens de consumidores é feita através de uma sequência 
até os decompositores fi nais. Essa sequência é chamada de cadeia 
alimentar. 
Na natureza várias cadeias alimentares interdependentes 
formam as teias alimentares. 
A análise de uma teia alimentar nos permite concluir que o nicho 
da maioria dos organismos é bastante vasto, sendo um consumidor 
capaz de se nutrir a partir de diferentes fontes. A imagem a seguir 
ilustra uma teia alimentar. Neste esquema, o consumo de alguns 
organismos aumentou ou diminuiu em função da introdução dos 
lobos cinzentos na comunidade. 
Dois pontos são dignos de nota ao se analisar cadeias e 
teias alimentares. O primeiro deles diz respeito à presença ou 
ausência de decompositores. Estes organismos nem sempre 
são representados, mas sabemos que a existência de bactérias 
e fungos é condição essencial para que uma comunidade seja 
sustentável. O segundo ponto diz respeito às setas que conectam 
os níveis trófi cos. Estas setas demonstram o fluxo de energia
através da alimentação, assim, sempre partem da presa em direção 
ao predador e nunca podem estar posicionadas ao contrário.
O fluxo de energia em cadeias e teias alimentares sempre 
é unidirecional. A explicação para isso está na relação entre a 
quantidade de energia captada e a quantidade de energia gasta por 
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR72
BIOLOGIA II 02 CADEIA E TEIA ALIMENTAR
um organismo durante sua vida. Quando um organismo produtor 
converte a energia presente no ambiente em matéria orgânica, grande 
parte desta é utilizada em sua própria sobrevivência, enquanto a menor 
parte (5 – 15%) é transferida ao próximo nível trófi co. Um consumidor 
primário, então, capta esta pequena parcela e utiliza a maior parte 
para si, disponibilizando uma fração ainda menor para consumidores 
secundários. Este processo se repete com os demais níveis trófi cos, 
o que signifi ca que predadores de topo de cadeia, caso estejam 
posicionados muito longe da base de uma cadeia alimentar, têm baixa 
captação de energia, demandando um consumo muito elevado para 
se manterem vivos. A fi gura a seguir representa a transferência de 
energia observada em cadeias alimentares.
Ainda que a quantidade de energia seja sempre reduzida 
ao longo de uma cadeia, sem retorno ao nível dos produtores, a 
quantidade de nutrientes não obedece à mesma regra e tem 
um fluxo cíclico. Esta diferença se deve ao papel exercido pelos 
decompositores. Sempre que a matéria orgânica e complexa 
chega a estes organismos, ela é quebrada em partes mais simples, 
inorgânicas. Tais moléculas simples são devolwvidas ao ambiente 
como sais minerais, por exemplo, sendo aproveitadas pelos 
produtores para sintetizar a matéria orgânica que flui ao longo da 
cadeia alimentar e abastece os demais níveis trófi cos.
Como moléculas inorgânicas não são fontes de energia, os 
sais minerais que retornam ao meio por ação dos decompositores 
não são representados por setas na cadeia alimentar.
Magnifi cação Trófi ca
Um dos mais sérios problemas atuais é o constante acúmulo, 
no ambiente, de subprodutos de indústrias químicas, como 
chumbo e mercúrio, e de moléculas sintéticas, como plásticos, 
detergentes e inseticidas. Esses produtos não podem 
ser decompostos pela maioria dos organismos que não 
possuem enzimas capazes de destruí-los ou oxidá-los. Em 
outras palavras, esses compostos não são biodegradáveis e, 
aos poucos, vão se acumulando no ambiente. 
Quando ingeridos pelos seres vivos, tendem a se concentrar 
ao longo das cadeias alimentares porque não participam do 
metabolismo e sua eliminação é difícil. Consequentemente, os 
organismos dos últimos níveis trófi cos acabam absorvendo 
doses altas dessas substâncias prejudiciais à saúde. Esse 
fenômeno é conhecido como magnifi cação trófi ca. 
PROEXPLICA
PROTREINO
EXERCÍCIOS
01. Diferencie cadeia alimentar de teia alimentar.
02. Classifi que os tipos de consumidores encontrados em uma 
cadeia alimentar.
03. Descreva o que ocorre com a energia ao longo da cadeia 
alimentar.
04. Observe a cadeia abaixo:
- capim – grilo – rato – cobra – gavião
Aponte o que ocorrerá com os indivíduos da cadeia se o número 
de ratos diminuir.
05. Descreva o papel dos decompositores em uma cadeia 
alimentar.
PROPOSTOS
EXERCÍCIOS
01. Recentemente, pesquisadores descobriram, no Brasil, uma 
larva de mosca que se alimenta das presas capturadas por uma 
planta carnívora chamada drósera. Essa planta, além do nitrogênio 
do solo, aproveita o nitrogênio proveniente das presas para a 
síntese proteica; já a síntese de carboidratos ocorre como nas 
demais plantas. As larvas da mosca, por sua vez, alimentam-se 
dessas mesmas presas para obtenção da energia necessária a 
seus processos vitais.
Com base nessas informações, é correto afi rmar que a drósera
a) e a larva da mosca são heterotrófi cas; a larva da mosca é um 
decompositor. 
b) e a larva da mosca são autotrófi cas; a drósera é um produtor. 
c) é heterotrófi ca e a larva da mosca é autotrófi ca; a larva da 
mosca é um consumidor. 
d) é autotrófi ca e a larva da mosca é heterotrófi ca; a drósera é um 
decompositor.
e) é autotrófi ca e a larva da mosca é heterotrófi ca; a drósera é 
um produtor.
02. Os organismos vivos e seu ambiente não vivo ou abiótico 
estão inseparavelmente inter-relacionados e interagem entre si. 
Denomina-se de sistemas ecológicos ou ecossistemas qualquer 
unidade, biossistema, que abranja todos os organismos que 
funcionam em conjunto, a comunidade biótica, em uma dada área, 
interagindo como ambiente físico de tal forma que um fluxo de 
energia produza estruturas bióticas claramente defi nidas e uma 
ciclagem de materiais entre as partes vivas e não vivas.
ODUM, Eugene P. Ecologia. São Paulo: Guanabara, 2008, p. 9.
Analisando-se as informações do texto e com base nos conhecimentos 
a respeito dos ecossistemas, em geral, é correto afi rmar:
a) Os fatores abióticos são prescindíveis à manutenção da vida.b) A ação dos decompositores é fundamental para a reciclagem 
da energia. 
c) Os heterótrofos, normalmente, são encontrados em estratos 
desprovidos de energia luminosa.

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