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© UNIP 2020 all rights reserved Universidade Paulista Processos de Conformação e Usinagem Aula 3 Curso Engenharia Mecânica © UNIP 2020 all rights reserved PCU – Mecanismo de formação de cavaco Esta região onde este fenômeno ocorre é chamada de plano de cisalhamento. Este plano é paralelo ao plano de cisalhamento dos cristais do material e é definido pelo ângulo de cisalhamento . (FERRARESI, 1977) I – Mecanismo de formação de cavaco De maneira geral a formação de cavaco utilizando-se ferramentas de metal duro ou aço rápido ocorre da seguinte forma: • Devido a penetração da ferramenta na peça, uma pequena porção de material é recalcada contra a superfície de saída da ferramenta; • O material recalcado sofre deformação plástica que aumenta progressivamente até que as tensões de cisalhamento sejam suficientemente altas para iniciar o deslizamento entre o material recalcado e a peça. © UNIP 2020 all rights reserved PCU – Mecanismo de formação de cavaco (FERRARESI, 1977) I – Mecanismo de formação de cavaco Modelo de Piispanen "baralho de cartas" © UNIP 2020 all rights reserved PCU – Mecanismo de formação de cavaco • Ao prosseguir com penetração da ferramenta na peça, haverá a ruptura parcial ou completa na região de cisalhamento o que depende da ductilidade do material e das condições de usinagem. Para materiais dúcteis a ruptura se realiza nas imediações da aresta de corte e o cavaco originado é chamado de contínuo. Nos materiais frágeis são formados os cavacos de cisalhamento ou de ruptura. (http://www.geocities.ws/cmovbr73/ProcFabr_Cap3_FormacaoCavaco.pdf,) (FERRARESI, 1977) Material dúctil Material frágil http://www.geocities.ws/cmovbr73/ProcFabr_Cap3_FormacaoCavaco.pdf http://www.geocities.ws/cmovbr73/ProcFabr_Cap3_FormacaoCavaco.pdf Leonardo © UNIP 2020 all rights reserved PCU – Mecanismo de formação de cavaco (FERRARESI, 1977; FREIRE, 1989; GERLING, 1992) II – Tipos de cavacos II.1 – Cavaco contínuo: é constituído de lamelas justapostas numa disposição contínua e agrupadas em grupos lamelares. O lado inferior do cavaco apresenta normalmente superfície lisa. O cavaco contínuo é formado na usinagem de: • Material dúctil e homogêneo; • Baixa profundidade de corte; • Grande velocidade de corte (> 60 m/min); • Pequeno/médio avanço; • Grande ângulo de saída; • Gume de corte liso; • Baixa temperatura de corte; • Mínimo impedimento ao fluxo do cavaco (sem vibrações, atritos, etc.). Como a força de corte varia muito pouco devido a formação contínua do cavaco, a qualidade superficial é muita boa. Leonardo Leonardo Leonardo Leonardo Leonardo Leonardo © UNIP 2020 all rights reserved PCU – Mecanismo de formação de cavaco II.2 – Cavaco de cisalhamento: é constituído de grupos lamelares bem distintos e justapostos. Estes elementos foram cisalhados na região de cisalhamento e parcialmente soldados em seguida. É formado na usinagem de materiais de baixa ductilidade devido a heterogeneidade do material ou vibrações externas que levam a variações na espessura do cavaco. É formado na usinagem com grande avanço, grande profundidade de corte, com pequeno ângulo de saída e velocidades de corte menores que 100 m/min. A qualidade superficial é inferior a obtida com cavaco contínuo, devido a variação da força de corte. Tal força cresce com a formação do cavaco e diminui bruscamente com sua ruptura, gerando fortes vibrações e uma superfície com ondulações. (FERRARESI, 1977; FREIRE, 1989; GERLING, 1992) Leonardo Leonardo Leonardo Leonardo © UNIP 2020 all rights reserved PCU – Mecanismo de formação de cavaco II.3 – Cavaco de ruptura: formado por fragmentos arrancados da peça. Há a ruptura completa do material em grupos lamelares. São formados em materiais frágeis (baixa ductilidade) ou de estrutura heterogênea (ferro fundido, latão, bronze). O acabamento superficial é ruim pois o cavaco rompe em forma de concha gerando uma superfície irregular. O cavaco de ruptura é formado na usinagem de: • Material frágil; • Baixa profundidade de corte; • Baixa velocidade de corte; • Pequeno ângulo de saída. (FERRARESI, 1977; FREIRE, 1989; GERLING, 1992) Leonardo Leonardo Leonardo Leonardo Leonardo Leonardo © UNIP 2020 all rights reserved PCU – Mecanismo de formação de cavaco (FERRARESI, 1977; GERLING, 1992) III – Formas dos cavacos (http://www.geocities.ws/cmovbr73/ProcFabr_Cap3_FormacaoCavaco.pdf,) (https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4636967/mod_resource/content/1/5-orma%C3%A7%C3%A3o%20de%20cavacos%20e%20remo%C3%A7%C3%A3o%20de%20material.pdf,) http://www.geocities.ws/cmovbr73/ProcFabr_Cap3_FormacaoCavaco.pdf http://www.geocities.ws/cmovbr73/ProcFabr_Cap3_FormacaoCavaco.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4636967/mod_resource/content/1/5-Forma%C3%A7%C3%A3o de cavacos e remo%C3%A7%C3%A3o de material.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4636967/mod_resource/content/1/5-Forma%C3%A7%C3%A3o de cavacos e remo%C3%A7%C3%A3o de material.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4636967/mod_resource/content/1/5-Forma%C3%A7%C3%A3o de cavacos e remo%C3%A7%C3%A3o de material.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4636967/mod_resource/content/1/5-Forma%C3%A7%C3%A3o de cavacos e remo%C3%A7%C3%A3o de material.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4636967/mod_resource/content/1/5-Forma%C3%A7%C3%A3o de cavacos e remo%C3%A7%C3%A3o de material.pdf © UNIP 2020 all rights reserved PCU – Mecanismo de formação de cavaco (FERRARESI, 1977; GERLING, 1992; SENAI, 1998) III – Formas dos cavacos (contin.) O cavaco em fita pode provocar acidentes, ocupa muito espaço e é difícil ser transportado. O cavaco helicoidal é mais conveniente e o cavaco em lascas é preferível quando houver problemas de espaço ou então, o cavaco precisa ser removido por fluido refrigerante (furação profunda). Para alterar a forma do cavaco podemos: • Alterar as condições de usinagem; • Mudar a superfície de saída da ferramenta; • Adicionar elementos especiais na superfície de saída (quebra cavaco). Para materiais não muito tenazes os cavacos podem ser quebrados diminuindo o ângulo de saída e de inclinação da ferramenta ou através do aumento da espessura de corte e diminuição da velocidade de corte. Leonardo Leonardo © UNIP 2020 all rights reserved PCU – Mecanismo de formação de cavaco III – Formas dos cavacos (contin.) (http://www.geocities.ws/cmovbr73/ProcFabr_Cap3_FormacaoCavaco.pdf,) http://www.geocities.ws/cmovbr73/ProcFabr_Cap3_FormacaoCavaco.pdf http://www.geocities.ws/cmovbr73/ProcFabr_Cap3_FormacaoCavaco.pdf © UNIP 2020 all rights reserved PCU – Mecanismo de formação de cavaco III.1 – Coeficiente volumétrico de cavaco (): é a relação entre o volume ocupado pelo cavaco (Ve) e o volume correspondente ao seu peso (Vp) Ve (cm³) P = peso do cavaco (Kg) = peso específico do material (g/cm³) (FERRARESI, 1977) Leonardo Leonardo © UNIP 2020 all rights reserved PCU – Mecanismo de formação de cavaco (FERRARESI, 1977; GERLING, 1992; SENAI, 1998) III – Formas dos cavacos (contin.) III.1 – Quebra cavaco: é o método mais efetivo e usado para produzir cavacos curtos. Estes dispositivos provocam a quebra mecânica dos cavacos. Leonardo © UNIP 2020 all rights reserved PCU – Mecanismo de formação de cavaco III – Formas dos cavacos (contin.) (http://www.korloy.com/pt/prdinfo/view.do?id_product=531&category=30&pageIndex=1&searchCondition=&searchKeyword=&page=P) http://www.fermec.com.br/blog/tipos-de-quebra-cavaco/ http://www.korloy.com/pt/prdinfo/view.do?id_product=531&category=30&pageIndex=1&searchCondition=&searchKeyword=&page=P http://www.korloy.com/pt/prdinfo/view.do?id_product=531&category=30&pageIndex=1&searchCondition=&searchKeyword=&page=P © UNIP 2020 all rights reserved PCU – Mecanismo de formaçãode cavaco (FERRARESI, 1977; GERLING, 1992; SENAI, 1998) Vantagens do uso do quebra-cavaco • Redução de transferência de calor para a ferramenta por reduzir o contato entre o cavaco e ferramenta; • Facilita a remoção dos cavacos; • Reduz riscos de acidentes com o operador; • Reduz a obstrução ao fluxo do fluido de corte sobre a aresta de corte da ferramenta. Leonardo Leonardo © UNIP 2020 all rights reserved Exercício: Com relação ao mecanismo de formação de cavaco pode-se afirmar: I - Devido a penetração da ferramenta na peça, uma porção de material é recalcada contra a superfície de saída da ferramenta gerando uma deformação plástica que aumenta até que as tensões de cisalhamento sejam altas o suficiente para iniciar o deslizamento entre o material recalcado e a peça. II - Nos materiais frágeis a ruptura se realiza nas imediações da aresta de corte e o cavaco originado é contínuo. Nos materiais dúcteis são formados os cavacos de cisalhamento ou de ruptura. III – A redução da transferência de calor para a ferramenta, a facilidade de remoção dos cavacos e a facilidade de escoamento do fluido de corte sobre a aresta de corte da ferramenta são vantagens do uso de quebra-cavacos. É correto apenas o que se afirma em: A – I, II, III. B – I, II. C – II, III. D – I. E – I, III. PCU – Movimentos de usinagem e Geometria da ferramenta Afirmativa correta: E Leonardo Leonardo © UNIP 2020 all rights reserved PCU – Mecanismo de formação de cavaco IV – Temperatura de corte Praticamente toda a energia mecânica associada à formação do cavaco (atrito ferramenta e peça e ferramenta e cavaco) se transforma em energia térmica. A temperatura influi no processo de usinagem: • Aumenta o desgaste das ferramentas; • Reduz a durabilidade da ferramenta; • Limita a aplicação de regimes de corte mais altos; • Influi na produtividade do processo de usinagem; • Afeta a qualidade da peça usinada (tolerâncias, rugosidade); • Pode alterar as propriedades mecânicas do material da peça. A geração de calor é diferente para cada processo de usinagem, material da peça, tipo e material da ferramenta, parâmetros de corte e refrigeração. (FERRARESI, 1977) Leonardo Leonardo Leonardo © UNIP 2020 all rights reserved PCU – Mecanismo de formação de cavaco (FERRARESI, 1977) IV – Temperatura de corte (contin.) Fontes de geração do calor no processo de formação do cavaco são: • Deformação e cisalhamento do cavaco na região de cisalhamento; • Atrito do cavaco com a superfície da ferramenta; • Atrito da peça com a ferramenta. Fontes de dissipação do calor no processo de formação do cavaco são: • Ambiente; • Cavaco (cresce com a velocidade de corte); • Peça • Ferramenta; • Fluído de corte. Leonardo Leonardo © UNIP 2020 all rights reserved PCU – Mecanismo de formação de cavaco IV – Temperatura de corte (contin.) (FERRARESI, 1977) Distribuição da temperatura na ferramenta, cavaco e na peça (peça: aço; ferramenta: metal duro P 20; Vc = 60 m/min; h = 0,32 mm) © UNIP 2020 all rights reserved PCU – Mecanismo de formação de cavaco IV – Temperatura de corte (contin.) (https://www.cimm.com.br/portal/noticia/exibir_noticia/2462-respeitando-a-vida-util-das-ferramentas) https://www.cimm.com.br/portal/noticia/exibir_noticia/2462-respeitando-a-vida-util-das-ferramentas https://www.cimm.com.br/portal/noticia/exibir_noticia/2462-respeitando-a-vida-util-das-ferramentas https://www.cimm.com.br/portal/noticia/exibir_noticia/2462-respeitando-a-vida-util-das-ferramentas https://www.cimm.com.br/portal/noticia/exibir_noticia/2462-respeitando-a-vida-util-das-ferramentas https://www.cimm.com.br/portal/noticia/exibir_noticia/2462-respeitando-a-vida-util-das-ferramentas https://www.cimm.com.br/portal/noticia/exibir_noticia/2462-respeitando-a-vida-util-das-ferramentas https://www.cimm.com.br/portal/noticia/exibir_noticia/2462-respeitando-a-vida-util-das-ferramentas https://www.cimm.com.br/portal/noticia/exibir_noticia/2462-respeitando-a-vida-util-das-ferramentas https://www.cimm.com.br/portal/noticia/exibir_noticia/2462-respeitando-a-vida-util-das-ferramentas https://www.cimm.com.br/portal/noticia/exibir_noticia/2462-respeitando-a-vida-util-das-ferramentas https://www.cimm.com.br/portal/noticia/exibir_noticia/2462-respeitando-a-vida-util-das-ferramentas https://www.cimm.com.br/portal/noticia/exibir_noticia/2462-respeitando-a-vida-util-das-ferramentas https://www.cimm.com.br/portal/noticia/exibir_noticia/2462-respeitando-a-vida-util-das-ferramentas © UNIP 2020 all rights reserved PCU – Mecanismo de formação de cavaco IV – Temperatura de corte (contin.) Trinca térmica (https://www.sandvik.coromant.com/pt-pt/knowledge/materials/pages/wear-on-cutting-edges.aspx) Deformação plástica (térmica) Desgaste na aresta de corte https://www.sandvik.coromant.com/pt-pt/knowledge/materials/pages/wear-on-cutting-edges.aspx https://www.sandvik.coromant.com/pt-pt/knowledge/materials/pages/wear-on-cutting-edges.aspx https://www.sandvik.coromant.com/pt-pt/knowledge/materials/pages/wear-on-cutting-edges.aspx https://www.sandvik.coromant.com/pt-pt/knowledge/materials/pages/wear-on-cutting-edges.aspx https://www.sandvik.coromant.com/pt-pt/knowledge/materials/pages/wear-on-cutting-edges.aspx https://www.sandvik.coromant.com/pt-pt/knowledge/materials/pages/wear-on-cutting-edges.aspx https://www.sandvik.coromant.com/pt-pt/knowledge/materials/pages/wear-on-cutting-edges.aspx https://www.sandvik.coromant.com/pt-pt/knowledge/materials/pages/wear-on-cutting-edges.aspx https://www.sandvik.coromant.com/pt-pt/knowledge/materials/pages/wear-on-cutting-edges.aspx https://www.sandvik.coromant.com/pt-pt/knowledge/materials/pages/wear-on-cutting-edges.aspx © UNIP 2020 all rights reserved PCU – Mecanismo de formação de cavaco IV – Temperatura de corte (contin.) (FERRARESI, 1977) © UNIP 2020 all rights reserved Exercício proposto 1: Sobre a geração de energia térmica nos processos de usinagem, podemos afirmar: I - calor gerado no processo de corte é dissipado através do cavaco, da peça, da ferramenta e do fluido de corte. O percentual dissipado por cada meio, depende dos parâmetros de corte e são constantes para todos os processos de usinagem. II - no processo de retificação, o calor gerado é bem superior ao calor gerado no torneamento e fresamento dificultando assim, a obtenção de tolerâncias apertadas. III - aumento da temperatura pode promover mudanças nas características físicas e mecânicas da peça e também influenciar a precisão da máquina, a dimensão e a rugosidade da peça. IV - as fontes geradoras de calor no processo de usinagem são: deformação e cisalhamento do cavaco na região de cisalhamento, atrito do cavaco com a superfície da ferramenta e atrito da peça com a ferramenta. PCU – Movimentos de usinagem e Geometria da ferramenta © UNIP 2020 all rights reserved Exercício proposto 1: É correto apenas o que se afirma em: A – I, III, IV. B – I, II, III, IV. C – III, IV. D – II, III, IV. E – I, III PCU – Movimentos de usinagem e Geometria da ferramenta © UNIP 2020 all rights reserved Exercício proposto 2: Citar e explicar como são formado os três principais tipos de cavaco: contínuo, de cisalhamento e de ruptura. PCU – Movimentos de usinagem e Geometria da ferramenta Exercício proposto 3: Com relação a formação de cavaco, assinalar a alternativa correta: A – o cavaco de ruptura é formado na usinagem com baixa profundidade de corte de materiais frágeis. B – grande velocidades de avanço facilitam a formação de cavacos contínuos na usinagem de materiais ducteis. C – grandes velocidades de corte facilitam a formação de cavacos de ruptura nos materiais ducteis. D – os quebra cavaco facilitam a formação de cavacos contínuos. E – cavacos contínuos possuem baixo coeficiente volumétrico. © UNIP 2020 all rights reserved• FERRARESI, D. Fundamentos da Usinagem dos Metais. Ed. Edgard Blucher, 1977. • GERLING, H. Alrededor de las máquinas-herramienta. Ed. Reverté, 3ª edição, Espanha, 1992. • SENAI. Processos mecânicos de usinagem. Volume 1, Senai, São Paulo, 1998. PCU – Referências bibliográficas © UNIP 2020 all rights reserved FIM !
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