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AULA 02

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DESCRIÇÃO
Conceitos e tecnologias aplicadas ao Planejamento de Instalações Produtivas.
PROPÓSITO
Compreender a importância, os conceitos e as técnicas referentes à Indústria 4.0 e ao Pensamento
Enxuto.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel e caneta.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever as características e tecnologias aplicadas na indústria 4.0
MÓDULO 2
Reconhecer os conceitos relacionados à Manufatura Aditiva, Sistemas Cyber-Físicos e Fábricas Escuras
MÓDULO 3
Identificar a origem e os conceitos relativos ao Pensamento Enxuto (Lean Thinking)
BEM-VINDO AO ESTUDO SOBRE AUTOMAÇÃO,
MANUFATURA ADITIVA, SISTEMAS CYBER-
FÍSICOS E PRINCÍPIOS LEAN THINKING
MÓDULO 1
 Descrever as características e tecnologias aplicadas na Indústria 4.0
A EVOLUÇÃO DAS INDÚSTRIAS — DA
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL ATÉ A INDÚSTRIA
4.0
INTRODUÇÃO À INDÚSTRIA 4.0
Para compreender os conceitos desenvolvidos e aplicados na Indústria 4.0, é importante conhecermos
todo o processo de evolução dos sistemas industriais no mundo e as suas características, desde a
Indústria 1.0 até a Indústria 4.0.
PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A Primeira Revolução Industrial ocorreu no século XVIII na Europa Ocidental, entre os anos 1760 e
1850, através da implementação de novos sistemas de produção que revolucionaram, na época, o setor
industrial. Esse período esteve repleto de fatos marcantes que são fundamentais para a humanidade até
hoje, tais como: a utilização de novas fontes de energia — eólica, hidráulica e a vapor. Além disso,
houve a substituição da produção artesanal pelos sistemas de produção em larga escala. Nessa época,
foram desenvolvidos também a máquina a vapor e o telégrafo, que foi o primeiro meio de comunicação
quase instantânea da humanidade.
 
Fonte: Phil Silverman/Shutterstock.com
Os processos produtivos evoluíram de forma a aumentar a produtividade, reduzindo os tempos de
produção, aprimorando, dessa forma, o fluxo de produção e distribuição de materiais e produtos.
 
Fonte: GE_45030/Shutterstock.com
SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A Segunda Revolução Industrial ocorreu entre a segunda metade do século XIX até meados do século
XX, terminando durante a Segunda Guerra Mundial. Nesse período, a industrialização se disseminou ao
longo do mundo, em especial nos Estados Unidos, Japão e demais países da Europa.
Tal fase é caracterizada por um grande avanço tecnológico, dentre eles o sistema de produção em
massa, o que trouxe maiores níveis de produtividade e, consequentemente, lucratividade das empresas.
Outros importantes avanços referem-se à utilização do petróleo como fonte de energia, utilizado no
motor a combustão e da eletricidade em motores (motores elétricos).
TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A Terceira Revolução Industrial iniciou-se após a Segunda Guerra Mundial, promovendo uma
revolução não somente no setor industrial como também em outros setores, relacionando o
desenvolvimento tecnológico dos processos produtivos ao avanço científico aplicados em diversas
áreas. As mudanças decorrentes dos avanços tecnológicos são vistas até o momento, porém, face a
sua importância, cada novo desenvolvimento representou um novo patamar alcançado na Terceira
Revolução Industrial.
 
Fonte: Bandit Chanheng/Shutterstock.com
Durante a Segunda Revolução Industrial, a metalurgia, a siderurgia e a indústria automobilística eram as
áreas que mais se destacavam nas fábricas. Com a Terceira Revolução Industrial, outros setores
conquistaram espaço com o uso das novas tecnologias. O desenvolvimento de pesquisas nas áreas de
biotecnologia, robótica, telecomunicações, eletrônica, transportes etc., transformaram os sistemas de
produção. Meios de comunicação foram desenvolvidos e aprimorados, e novas máquinas industriais
sugiram.
Com os avanços em tecnologia, agregando aos processos produtivos elevado grau de automação
industrial, os índices de produtividade das indústrias cresceram e novos produtos puderam ser criados.

Houve ainda uma grande mudança no perfil da mão de obra utilizada, alavancados pela utilização de
robôs que realizam o trabalho com maior produtividade e qualidade.

Tal feito reduziu os riscos de acidentes e permitiu o trabalho em locais em condições ambientais não
adequadas ao homem, reduzindo assim a sua exposição aos agentes nocivos à saúde.

O perfil de mão de obra requerido pelo mercado mudou, demandando por trabalhadores com maior nível
de qualificação de forma a atuarem também em cargos de liderança nas indústrias e na gestão das
empresas.
Nesse período, devido a impossibilidade de utilizar o Sistema de Produção em Massa desenvolvido pela
Ford, a Toyota desenvolveu um Sistema de Produção próprio de forma a competir com as demais
empresas mundiais, originando, então, o Sistema Toyota de Produção — desenvolvido pelos
engenheiros Eiji Toyoda e Taiichi Ohno — que tinha como base a eliminação de perdas, a qualidade
perfeita, a padronização, o combate aos desperdícios, a automação e a não utilização de estoques,
através do conceito de produção puxada a partir da demanda de clientes
 
Fonte: Shutterstock.com
Vale ressaltar que as novas tecnologias desenvolvidas passaram a estar ao alcance da população
através dos meios de comunicação, pelos quais as informações são acessadas remotamente e de forma
instantânea ao longo de todo o mundo, surgindo, assim, o conceito de globalização, no qual barreiras
físicas, econômicas, sociais, políticas, religiosas e culturais foram quebradas.
A TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL PROMOVEU UM
RELEVANTE AUMENTO NOS NÍVEIS DE PRODUTIVIDADE E
QUALIDADE SUPORTADOS PELA UTILIZAÇÃO DE ROBÔS E
PERMITINDO O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS COM
MAIOR FACILIDADE. AS ATIVIDADES QUE MAIS SE DESTACAM
NESSE PERÍODO ESTÃO RELACIONADAS À PRODUÇÃO DE
COMPUTADORES, SOFTWARES E EQUIPAMENTOS DE TELEFONIA E
INTERNET. A MÃO DE OBRA, NESSA FASE, PASSA A REQUERER
MAIOR QUALIFICAÇÃO, ASSUMINDO FUNÇÕES DE LIDERANÇA
NOS PROCESSOS PRODUTIVOS E GESTÃO DAS EMPRESAS.
TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL – IMPACTOS
AMBIENTAIS E SOCIAIS
As empresas multinacionais se intensificaram e a economia mundial cresceu com forte tendência à
instalação de novas indústrias pelo mundo, especialmente em países em desenvolvimento face às
vantagens econômicas oferecidas. Estabeleceu-se uma nova relação entre o homem e o meio ambiente,
onde os recursos naturais passaram a ser explorados de maneira irracional.
 ATENÇÃO
O crescimento bastante significativo do número de indústrias ao redor do mundo provocou o aumento da
poluição atmosférica, o que tem ocasionado o agravamento do efeito estufa. As questões ambientais e a
mudança do clima passaram a ser discutidas internacionalmente, despertando assim o interesse
mundial em estabelecer ações que garantam a sustentabilidade e a preservação das gerações futuras.
Outro problema refere-se ao aumento do desemprego provocado pela substituição do homem pela
máquina, motivando o excesso de mão de obra não qualificada e, consequentemente, a sua exploração.
Surgem novas relações de trabalho entre patrões e empregados e o aumento do número de empregos
informais.
 SAIBA MAIS
Após a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos desenvolveram o Plano Marshall, que ofereceu
grande ajuda financeira aos países mais afetados pela guerra, a fim de que eles pudessem se reerguer
e se tornarem grandes economias.
 
Fonte: Shutterstock.com
QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
O termo “Indústria 4.0” foi apresentado pela primeira vez durante um evento na Alemanha, em 2011
(Hannover Messe), referindo-se às grandes transformações decorrentes do grande número de
inovações tecnológicas apresentadas em diferentes áreas, em especial nos campos da automação e do
controle de dados, por meio da integração promovida por elas entre os mudos virtual e o real, através
dos chamados Sistemas Cyber-Físicos.
Os Sistemas Cyber-Físicos são constituídos por elementos computacionais colaborativos a fim de
controlar entidades físicas. A Indústria4.0, com as novas tecnologias desenvolvidas, permite tornar toda
cadeia de valor de uma empresa digitalizada e automatizada através de sistemas inteligentes de
monitoramento e interação em tempo real. Essas novas tecnologias permitem a fusão dos universos
físico, digital e biológico.
A Indústria 4.0 alavancou os desenvolvimentos estabelecidos na Terceira Revolução Industrial com a
utilização de computadores cada vez mais inteligentes e sistemas autônomos alimentados por grande
quantidade de dados e reajustados continuamente através do aprendizado de máquina. Ela já é uma
realidade em todo o mundo, e as grandes indústrias tem como fato a necessidade de utilização dessas
novas tecnologias em seus processos industriais, pois são um grande diferencial competitivo diante de
um cenário econômico globalizado.

1ª REVOLUÇÃO - 1784
Mecanização de processos através da energia hidráulica e a vapor.
2ª REVOLUÇÃO - 1870
Início da Produção em Massa apoiado pelo uso da energia elétrica.


3ª REVOLUÇÃO - 1969
Automação de processos através de CLPs (Controlador Lógico Programável) e introdução de robots.
4ª REVOLUÇÃO - HOJE
Processos autônomos proporcionados por tecnologias cibernéticas.

A INDÚSTRIA 4.0 EM DETALHES:
CARACTERÍSTICAS, BENEFÍCIOS E DESAFIOS
CARACTERÍSTICAS DA INDÚSTRIA 4.0
A fim de compreender o funcionamento da Indústria 4.0, estruturada por grandes e sempre recentes
inovações tecnológicas de ponta, torna-se fundamental conhecermos as suas principais características.
Desta ficamos preparados para os novos desafios aos quais já estamos sendo submetidos.
DESCENTRALIZAÇÃO
Na indústria 4.0, as máquinas não dependem do ser humano para funcionarem, visto que se utilizam de
Sistemas Cyber-Físicos capazes de tomarem decisões de forma independente a partir de informações
em tempo real sobre o desempenho dos equipamentos durante a sua operação.
INTEROPERABILIDADE
Refere-se à comunicação entre os Sistemas Cyber-Físicos e humanos por meio da Internet das Coisas
associada à computação em nuvem.
ORIENTAÇÃO
Relaciona-se ao redesenho necessário de setores e departamentos impostos pela Indústria 4.0, de
forma a assegurar todo o suporte tecnológico necessário para a realização das tarefas com qualidade e
dentro dos prazos estabelecidos. Esse redesenho é fundamental, pois proverá todo o suporte
necessário aos novos sistemas utilizados na produção.
VIRTUALIZAÇÃO
Consiste no desenvolvimento de tecnologias habilitadas a criarem uma cópia virtual de setores,
viabilizando simulações a fim de monitorar os processos em fase de implementação, possibilitando que
verifiquem atualizações, realizem ensaios em softwares e testem diferentes configurações.
TEMPO REAL
Permitir análises em tempo real. Tal como tecnologias que disponibilizam informações sobre o mercado
financeiro, como cotações da bolsa de valores, índices, taxas e indicadores econômicos.
MODULARIDADE
Permite que as operações da linha de produção sejam alteradas de imediato. As empresas podem
fabricar produtos diferentes de forma sequencial sem precisar reconfigurar todo o processo.
BENEFÍCIOS DA INDÚSTRIA 4.0
Vejam os principais benefícios colhidos pelas empresas que utilizam as tecnologias desenvolvidas pela
Indústria 4.0:
• Aumento de produtividade
• Redução de custos e perdas
• Produção em tempos menores
Menores lead times de produção.
• Diminuição das interrupções na produção
• Fluxos de processo mais constantes.
Quando uma máquina quebra e precisa de reparo, ocorre perda de tempo, dinheiro e mobilização de
equipes. Com isso, a produção é afetada. Com máquinas conectadas e supervisionadas pela Internet
das Coisas, os problemas são monitorados e podem ser previstos, possibilitando, por exemplo, a
realização de manutenções preditivas.
• Melhores condições de trabalho
Faz com que os operadores realizem operações menos desgastantes e com menor risco de acidentes.
• Personalização
Possibilita que as necessidades dos clientes sejam identificadas mais facilmente e que produtos sejam
desenvolvidos de acordo com os requisitos que agregam valor aos clientes.
• Agilidade
As novas tecnologias decorrentes da Indústria 4.0 permitem que as alterações na demanda sejam mais
facilmente atendidas com menores custos e maior eficiência no atendimento aos clientes.
PRINCIPAIS DESAFIOS DA INDÚSTRIA 4.0
A seguir serão relacionados e comentados alguns desafios decorrentes da implementação da Indústria
4.0, que vêm impondo significativas mudanças organizacionais e operacionais nas empresas.
 
Fonte: Shutterstock.com
SEGURANÇA E CONFIABILIDADE DOS SISTEMAS
Essa é uma das principais preocupações devido à necessidade de integração de vários conjuntos de
dados em diferentes sistemas por meio de redes. Quanto maior é o volume de informações
compartilhadas e trocadas entre diferentes sistemas, maior é o risco no que se diz respeito à segurança
de informações e desempenho do sistema como um todo.
Vale ressaltar que operar com sistemas estáveis e robustos é fundamental, pois eles são a base
da comunicação entre as máquinas.
 
Fonte: Shutterstock.com
CAPACITAÇÃO DAS PESSOAS
Devido à falta de conhecimento das novas tecnologias pertinentes à Indústria 4.0, é muito comum que
as pessoas ofereçam resistência às mudanças impostas por este novo cenário, o que dificulta não só a
tomada de decisão, como também todo o processo de implementação. Assim, neste processo é
fundamental a capacitação dos gestores sobre as novas tecnologias e, principalmente, dos benefícios
delas decorrentes.
 
Fonte: Shutterstock.com
CUSTO DE IMPLANTAÇÃO
Os custos de implementação dessas novas tecnologias são bastante elevados, sendo, portanto, as
restrições financeiras um dos principais obstáculos à sua implementação. É muito importante, porém,
lembrar que estes investimentos em tecnologia são plenamente compensados pelos resultados
decorrentes da economia de energia, redução de falhas e do aumento de produtividade obtido.
TENDÊNCIAS PARA OS PRÓXIMOS ANOS
A tendência para o futuro é que os novos desenvolvimentos serão focados em softwares, plataformas
inteligentes e aplicativos, o que, certamente, levará a Indústria 4.0 a um patamar mais elevado.
TECNOLOGIAS UTILIZADAS NA INDÚSTRIA 4.0
Vejamos as principais tecnologias que caracterizam a Indústria 4.0:
INTERNET DAS COISAS (INTERNET OF THINGS)
Uma das tecnologias mais inovadoras, atualmente, é a IoT, que possibilita a interconexão entre coisas
físicas e virtuais, processando dados e até tomando decisões, sem a necessidade de intervenção
humana. Como exemplo de IoT, temos os sistemas nos quais um software controla os produtos nas
prateleiras, indicando a necessidade de reposição e fazendo solicitações de compras por meio de
sensores nas máquinas e equipamentos que passam dados continuamente e até “tomam decisões”,
efetuando ajustes e regulagens no processo de forma autônoma.
COMPUTAÇÃO DAS NUVENS
A computação em nuvem (Cloud Computing) é largamente utilizada para o armazenamento e
compartilhamento de dados e arquivos através da internet, além de permitir que os usuários acessem
remotamente as informações armazenadas sempre que desejar, bastando, para tal, ter acesso à rede.
APRENDIZADO DE MÁQUINA (MACHINE LEARNING)
O Machine Learning é um sistema que pode modificar o comportamento das máquinas de forma
autônoma com base na sua própria experiência, através de algoritmos previamente definidos, com
mínima interferência humana. Como exemplo, temos o site de busca, Google, onde o histórico de
pesquisas realizado pelo usuário é levado em consideração na hora da exibição da relação de opções
existentes em comparação à busca solicitada.
No Machine Learning são utilizados os conceitos de redes neurais artificiais, que são algoritmos
baseados na estrutura de neurônios do cérebro, os quais resolvem problemas complexos. Algumas
aplicações típicas desse método são: sistemas de bloqueio, com êxito, da maior parte das tentativas de
fraudes com cartões de créditoque acontecem regularmente no mundo inteiro; sistemas de
reconhecimento de voz e de imagem; e sistemas de prevenção de falhas em equipamentos.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
A IA é responsável por consentir que as máquinas “pensem” como seres humanos. Dessa forma, elas
podem analisar dados, avaliar alternativas, tomar decisões e aprender com essas próprias decisões.
Algumas de suas aplicações: auxílio em diagnósticos e tratamentos na área de saúde; atendimentos
eletrônicos através de chatboxes; gestão de empresas; vendas; ramo acadêmico; equipamentos que
fabricam e conferem os produtos sem precisarem ser operados por um humano; e no próprio GPS que
utilizamos diariamente.
REALIDADE VIRTUAL
É um sistema computacional que, através de estímulos visuais e auditivos, coloca o usuário imerso em
determinado ambiente simulado. Nos cursos de medicina, os alunos podem olhar e manipular, de forma
visual, os órgãos internos e externos do corpo humano. O marketing já utiliza a tecnologia para que os
clientes tenham uma visão real sobre os produtos, e os smartphones já estão sendo fabricados com a
capacidade de criar e reproduzir vídeos em 360°.
COBOT
Um cobot é um pequeno robô que realiza tarefas manuais em conjunto com as pessoas, com menores
investimentos do que em robôs industriais que automatizam tudo. Como exemplo de cobot citamos as
vestimentas que transformam o braço humano em uma versão pneumática, de forma a conectar o
operador à máquina, com a vantagem de realizar um movimento sensitivo e flexível, conforme o
movimento humano, mas com a precisão de um robô.
IMPRESSÃO 3D
Utilizando materiais como plástico, vidro e outros, já é possível criar produtos das mais diversas formas
e técnicas com um nível único de personalização na fabricação de produtos, lembrando que a tendência
é que o acesso às impressoras 3D se popularize nos próximos anos.
A DEFINIÇÃO DO NÍVEL E TIPOS DE TECNOLOGIAS A SEREM
APLICADAS NA PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS É DE SUMA
IMPORTÂNCIA PARA O PROJETO DE INSTALAÇÕES. ASSIM, É
PRECISO RESSALTAR O CONHECIMENTO DESSAS NOVAS
TECNOLOGIAS E OS IMPORTANTES BENEFÍCIOS TRAZIDOS POR
ELAS ÀS EMPRESAS QUE AS UTILIZAM, DENTRE ELES O AUMENTO
SUBSTANCIAL NOS NÍVEIS DE PRODUTIVIDADE E QUALIDADE,
ATENDIMENTO ÀS NECESSIDADES DOS CLIENTES E MENORES
PRAZOS DE ENTREGA.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL É UMA DAS CARACTERÍSTICAS DA:
A) Indústrias de bens de capital
B) Indústria 2.0
C) Indústria 3.0
D) Indústria 4.0
E) Indústrias de bens de consumo
2. ATUALMENTE, UMA DAS TECNOLOGIAS UTILIZADAS REFERE-SE À
UTILIZAÇÃO DE PEQUENOS ROBÔS QUE REALIZAM TAREFAS MANUAIS,
TRABALHANDO EM CONJUNTO COM AS PESSOAS E QUE SÃO CONHECIDOS
COMO:
A) Cobots
B) Impressoras 3D
C) Braços mecânicos
D) Internet of Things
E) Drones
GABARITO
1. A automação industrial é uma das características da:
A alternativa "C " está correta.
 
A Indústria 3.0 foi marcada pela Automação de processos através de Controladores Lógico-
Programáveis e introdução de robôs, com substancial aumento de produtividade e redução dos tempos
de fabricação.
2. Atualmente, uma das tecnologias utilizadas refere-se à utilização de pequenos robôs que
realizam tarefas manuais, trabalhando em conjunto com as pessoas e que são conhecidos como:
A alternativa "A " está correta.
 
Os COBOTS são pequenos robôs que realizam determinadas tarefas em conjunto com o homem,
trazendo as vantagens de realizar funções que requerem movimentos sensitivos e flexíveis
característicos dos seres humanos com a precisão de um robô.
MÓDULO 2
 Reconhecer os conceitos relacionados à Manufatura Aditiva, Sistemas Cyber-Físicos e
Fábricas Escuras
MANUFATURA ADITIVA, SISTEMAS CYBER-
FÍSICOS E FÁBRICAS ESCURAS
CONCEITOS
Neste módulo, serão apresentados os conceitos referentes à Manufatura Aditiva, Sistemas Cyber-
Físicos e Fábrica Escura, fortemente relacionados com a Indústria 4.0 e de suma importância no Projeto
do Processo Produtivo, que servirá como base para o Projeto da Fábrica.
MANUFATURA ADITIVA
O termo Prototipagem Rápida é utilizado nas indústrias para descrever processos de fabricação que
possibilitem a rápida criação de um modelo ou protótipo. As tecnologias de prototipagem são divididas
em duas categorias: com remoção de material e com adição de material, sendo a primeira chamada de
Prototipagem Rápida Subtrativa e a segunda de Prototipagem Rápida Aditiva, também conhecida como
modal Manufatura Aditiva (Impressão 3D) .
A Manufatura Aditiva, que atualmente está substituindo o termo “Prototipagem Rápida”, vem
desenvolvendo métodos inovadores de fabricação que reduzem o tempo de produção e a taxa de erros
a partir de fontes de dados gerados por sistemas de projetos auxiliados por computador, em que os
produtos desejados, muitas vezes de formato bastante complexo, são obtidos através da adição e união
de diversos materiais. Eles oferecem diversas vantagens quando comparados a processos de
fabricação tradicionais baseados na remoção de métodos, como o fresamento e o torneamento,
possibilitando, na maioria das vezes, que os produtos sejam manufaturados com menores custos e em
menores tempos.
 
Fonte: Shutterstock.com
Os processos de Manufatura Aditiva são executados a partir dos seguintes passos:

Criação de um modelo tridimensional (CAD) do produto a ser fabricado.
Conversão do arquivo CAD para o formato da máquina de Manufatura Aditiva.


Fatiamento do modelo tridimensional criado em desenhos de duas dimensões (2D) com
aproximadamente 0,1 mm de espessura, transversais, e que dispostas uma sobre as outras podem
recriar o produto.
Criação do produto a ser fabricado em material sólido através de um processo chamado “aditivo”, no
qual se combinam camadas de vários materiais.


Execução da limpeza e acabamento do produto.
APLICAÇÕES DA MANUFATURA ADITIVA
Atualmente, a Manufatura Aditiva é utilizada nos mais variados setores da economia mundial. Trata-se
de um método que torna mais fácil a produção de peças mais detalhadas e com menores custos de
produção quando comparados a outros tipos de manufatura. Dentre as aplicações da Manufatura
Aditiva, podemos citar: fabricação de peças para as indústrias aéreas e automobilística, criação de
próteses de baixo custo (braços biônicos, próteses odontológicas etc.).
Vale ressaltar que, para o mercado odontológico, a Manufatura Aditiva possibilitou a criação de próteses
resistentes e confeccionadas em menor tempo, fabricadas dentro do próprio consultório do dentista.
 
Fonte: Shutterstock.com
SISTEMAS CYBER-FÍSICOS
Um Sistema Cyber-Físico (Cyber-Physical System — CPS) é aquele constituído por elementos
computacionais colaborativos, visando ao controle de entidades físicas. Estes sistemas possuem uma
forte interação com os dispositivos eletromecânicos que constituem determinado equipamento e os
sistemas computacionais embarcados.
Os sistemas ditos embarcados referem-se àqueles nos quais o computador é completamente dedicado
ao dispositivo ou sistema que ele controla.
 
Fonte: Shutterstock.com
 
Fonte: Sacomano, 2018
OS SISTEMAS CYBER-FÍSICOS ESTÃO FOMENTANDO A PESQUISA
E BUSCA POR SOLUÇÕES NÃO SÓ INOVADORAS, COMO TAMBÉM
REVOLUCIONÁRIAS. ELES TRANSFEREM A INTELIGÊNCIA DOS
SERES HUMANOS PARA LOCAIS REMOTOS, DE MODO A PERMITIR
QUE “PENSEM” E TOMEM DECISÕES COM BASE NESSE
RACIOCÍNIO. ESSES SISTEMAS VÊM SE CARACTERIZANDO POR
APRESENTAREM MUITAS FUNCIONALIDADES INOVADORAS
ATRAVÉS DA SUA INTERAÇÃO CADA VEZ MAIOR COM O MUNDO
CIBERNÉTICO.
Os Sistemas Cyber-Físicos são utilizados em indústrias desde os anos 80, porém só recentemente o
avanço tecnológico nos processadores, na comunicação sem fio e nos sensores evoluiu a ponto de
viabilizar a produção de componentes com vários novos recursos e a baixos custos, devido aos avanços
em ferramentas e metodologias que tornaram confiáveis os novos Sistemas Cyber-Físicos.
APLICAÇÕES DOS SISTEMAS CYBER-FÍSICOS
A lista de aplicações caracterizadas como Sistemas Cyber-Físicos é bem extensa.Citaremos algumas
das principais: dispositivos médicos, controle e segurança de tráfego, sistemas automotivos, controle de
processos, conservação de energia, controle ambiental, aviação, instrumentação, controles de
infraestruturas (energia, recursos hídricos, sistemas de comunicação), robótica, sistemas de defesa etc.
Vejamos, de forma genérica, como os Sistemas Cyber-Físicos funcionam em uma indústria:

Clientes cadastram os seus pedidos via sistema (on-line).
O Sistema direciona os pedidos para o Módulo de Análise de Crédito, que certifica a existência de
restrições, bem como limites disponíveis para cada um dos clientes


O pedido é, então, direcionado para o Módulo de Estoques (Produtos Acabados), que reserva os
matérias em estoque para o atendimento dos pedidos, gerando, com base nos saldos não reservados,
as necessidades de reposição para o atendimento, bem como ressuprimento das quantidades a serem
mantidas em estoque para cada um dos produtos.
Com base na necessidade gerada, os Módulos de Planejamento e Controle de Produção e Engenharia
são alimentados de forma automática, emitindo, assim, as Ordens de Produção e, para cada uma delas,
as listas de materiais para a produção de cada um dos produtos.


Com base nas necessidades de materiais identificados na etapa anterior, o Módulo de Estoques
(matérias-primas) reserva os materiais necessários, gerando Requisições de Compra de modo
automática e a atender as pendências e reposições de estoques assim parametrizadas.
As Requisições de Compras de materiais são enviadas aos fornecedores de forma on-line, que
informam a disponibilidade de atendimento. Com base nessas informações, o sistema define quais os
fornecedores serão responsáveis pelo fornecimento, emitindo a eles, via sistema, os Pedidos de
Compra.


O Módulo de Manufatura é alimentado com essas informações de prazos e o sistema configura as linhas
de produção para o atendimento dos pedidos, fornecendo dados aos atuadores e sensores que
controlam as linhas e o processamento dos pedidos.
Os dados de máquinas são enviados para uma central que retransmite estas informações via internet
aos sistemas supervisores, os quais atuam de forma contínua nos equipamentos. O conjunto formado
por estes sensores e atuadores conectados à internet constituem os Sistemas Cyber-Físicos, pois
conectam as linhas de produção aos interessados (mundo real) via mundo virtual.
É importante mencionar que cada Centro de Trabalho troca informações com os demais. Essa
tecnologia é chamada de comunicação máquina a máquina(Machine to Machine - M2M), na qual as
máquinas interagem, trocando dados, informações e comandos entre elas. Tais máquinas também
podem interagir com os humanos, quando temos a comunicação máquina a humanos(Machine to
Human - M2H).
 EXEMPLO
a) Caso uma linha precise de algum tipo de manutenção, o próprio sistema aciona o Setor de
Manutenção, já informado com relação a um possível atraso no prazo de entrega de seu pedido.
b) Uma vez concluídos os pedidos, os clientes são automaticamente informados, as documentações
necessárias ao embarque dos produtos emitida, e o transporte solicitado. Além disso, os clientes podem
acompanhar on-line todo o transporte, desde a fábrica até os locais de entrega estabelecidos.
Em virtude dos elevados níveis de interconectividade que permitem a reconfiguração automática das
linhas de produção, essas fábricas são chamadas de "fábricas inteligentes"(smart factories)
FÁBRICAS ESCURAS
Um nível de automação industrial sem precedentes deu origem às chamadas “Fábricas Escuras” em
países como Holanda e Japão: plantas industriais que operam praticamente no escuro, com robôs e
alguns poucos profissionais humanos para comandar as máquinas. As “Fábricas Escuras” são assim
denominadas por não possuírem pessoas atuando em seu interior — somente máquinas. Como
máquinas não necessitam de iluminação para sua operação, o ambiente fabril pode funcionar
perfeitamente no escuro. Máquinas trabalhando sozinhas, em um nível de automação total e com
sistemas inteligentes, constituem-se em passos que já começam a ser dados no rumo à evolução
tecnológica mundial em nossa era.
 
Fonte: Shutterstock.com
A fim de que um ambiente desse tipo possa existir, porém, é necessária a presença de mão de obra
altamente qualificada, isto é, composta de especialistas de diversos ramos de atuação, que serão
responsáveis por todas as etapas: desde o planejamento, passando pelo projeto, o estudo da
viabilidade, a execução e, por fim, a operação do sistema produtivo, além de sua integração com outros
sistemas. No entanto, apesar do domínio na produção de máquinas operatrizes certamente continuar
nas mãos das grandes marcas mundiais, as características particulares das empresas ao redor do
mundo exigirão modelagens customizadas, que poderão ser executadas por equipes multiprofissionais
locais.
OS PRIMEIROS SETORES PRODUTIVOS A ADERIREM A ESTA
CONCEPÇÃO SÃO OS QUE APRESENTAM ALTA REPETITIVIDADE
DE TAREFAS, EVOLUINDO PARA OUTROS, À MEDIDA QUE A
VIABILIDADE TÉCNICA-ECONÔMICO-FINANCEIRA DESTES SEJA
CONSTATADA.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A MANUFATURA ADITIVA SE TORNA ECONOMICAMENTE ATRATIVA DEVIDO
AO FATO DE:
A) Reduzir o processo de manufatura, excluindo etapas como as de fresamento e torneamento
B) Excluir a mão de obra humana, sendo completamente controlada por inteligência artificial.
C) Trabalhar com as propriedades avançada dos materiais semicondutores e compósitos
D) Utilizar a manufatura enxuta e a prototipagem rápida subtrativa, o que reduz etapas e desperdício de
materiais
E) Fazer uso da produção em massa e puxada, com auxílio da automação.
2. OS SISTEMAS COMPUTACIONAIS COLABORATIVOS QUE PERMITEM QUE AS
OPERAÇÕES SEJAM MONITORADAS, CONTROLADAS E INTEGRADAS POR
NÚCLEOS DE COMUNICAÇÃO E COMPUTAÇÃO SÃO CONHECIDOS COMO:
A) Sistemas Cyber-Físicos
B) Sistemas Autônomos
C) Sistemas Robotizados
D) Sistemas Integrados
E) Sistemas Abertos
GABARITO
1. A manufatura aditiva se torna economicamente atrativa devido ao fato de:
A alternativa "A " está correta.
 
A manufatura Aditiva explora as propriedades físicas e químicas dos materiais, barateando a sua
modelagem, de tal forma em que se produz de forma mais eficaz, com menor custo.
2. Os sistemas computacionais colaborativos que permitem que as operações sejam
monitoradas, controladas e integradas por núcleos de comunicação e computação são
conhecidos como:
A alternativa "A " está correta.
 
Um Sistema Cyber-Físico é aquele composto por elementos computacionais com a função de controlar
entidades físicas, sendo geralmente integrados aos dispositivos eletromecânicos presentes em
determinado sistema.
MÓDULO 3
 Identificar a origem e os conceitos relativos ao Pensamento Enxuto (Lean Thinking)
INTRODUÇÃO À MANUFATURA ENXUTA
Este Módulo mostrará a origem do Pensamento Enxuto, bem como os principais conceitos e
ferramentas da Manufatura Enxuta, estabelecendo as suas relações no que diz respeito ao Projeto de
Instalações Produtivas.
ORIGEM DA PRODUÇÃO ENXUTA
Após a Segunda Guerra Mundial, o Japão era um país devastado que precisava encontrar uma maneira
de se reerguer. A guerra causou grandes perdas às empresas, os materiais e recursos eram escassos, e
os japoneses precisavam encontrar uma forma de competir com as empresas mundiais. No entanto, a
indústria automobilística contava com a Ford (com excesso de recursos e que havia desenvolvido e
implementado um sistema de produção em massa de baixo custo) como uma grande concorrente.
A competição entre japoneses e americanos ocorria de forma desigual, porém obrigou as empresas
japonesas a desenvolverem um sistema próprio de produção que as permitisse competir novamente no
mercado internacional. Mediante essa necessidade, nasceu o Lean Manufacturing, também conhecido
como Sistema Toyota de Produção. Essa metodologia visava entregar ao cliente exatamente o que ele
queria, no momento que ele queria (Just inTime), com a melhor qualidade possível.
Mas como isso seria possível?
Através de uma produção baseada em simplicidade, baixo custo, qualidade perfeita, envolvimento total
dos funcionários e, principalmente, redução total às perdas e desperdícios. Portanto, o termo “Produção
Enxuta” refere-se a um sistema de produção sem desperdícios, que atenda aos seus clientes, na
quantidade e no momento desejado por ele, e feito certo da primeira vez.
O QUE É DESPERDÍCIO EM UMA EMPRESA?
RESPOSTA
Desperdício é tudo aquilo que consome recursos, mas não agrega valor ao cliente.
NÃO FICAMOS FELIZES EM PAGAR POR QUALQUER AÇÃO FEITA
PARA A FABRICAÇÃO E ENTREGA DO PRODUTO QUE DESEJAMOS
COMPRAR QUE NÃO AGREGUE VALOR A ELE (SÓ CUSTOS).
 ATENÇÃO
Os sistemas de Produção Enxuta nas fábricas possuem duas características muito importantes
• Transferência do máximo de atividades e responsabilidades que agregam valor ao produto aos
trabalhadores.
• Utilização de um sistema que associa dispositivos que rapidamente detectam defeitos e relacionam
cada problema (tão logo descobertos) às suas causas raízes.
OS 7 DESPERDÍCIOS NA PRODUÇÃO ENXUTA
Os sete desperdícios encontrados são:
1. DEFEITOS
2. PRODUÇÃO EM EXCESSO OU SUPERPRODUÇÃO
3. ESTOQUE
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4. ESPERA
5. TRANSPORTE
6. MOVIMENTAÇÃO
7. PROCESSOS DESNECESSÁRIOS OU INADEQUADOS
São decorrentes de falhas no processo e/ou na operação do processo de matérias-primas. Quando
ocorre, há duas opções para o produto: refugo ou retrabalho. Ambos geram custos e não agregam
nenhum valor aos clientes.
Corresponde à produção além do necessário, o que leva a utilizar mão de obra, matérias-primas e
energia.
Estoques excessivos de produtos finais, matérias-primas ou insumos geram altos custos financeiros e
demandam espaço físico adicional e despesas de armazenamento, além de acarretarem custos de
armazenamento desnecessários.
As esperas aumentam o lead time de produção e entrega. São geralmente causadas por filas nos
Centros de Trabalho, máquinas paradas, pausas para limpeza ou até mesmo falta de mão de obra,
quebrando o fluxo do processo.
Corresponde à movimentação de materiais de um local para outro, não adicionando valor algum ao
produto.
Correspondem aos deslocamentos e movimentos do homem no local de trabalho.
Ocorrem quando, para se produzir algo, executamos atividades que não precisariam ser feitas (mesmo
que fossem eliminadas, não fariam a menor falta). Por exemplo, pessoas conferindo produtos que já
foram verificados, ou utilização de recursos para a produção que não os previstos (de maior
produtividade), causando mais tempos de processamento e, consequentemente, maiores custos.
PRINCIPAIS FERRAMENTAS UTILIZADAS NA
PRODUÇÃO ENXUTA
Nos sistemas de Manufatura Enxuta, o foco é a eliminação dos 7 desperdícios acima e, para isso,
diversas técnicas e ferramentas são aplicadas com esse objetivo. Abaixo, faremos um breve resumo
dessas ferramentas. São elas:
3M
Os 3Ms correspondem a 3 palavras japonesas:
MUDA: Desperdício — Qualquer atividade que consuma recursos sem criar valor para o cliente.
MURA: Variabilidade — Falta de regularidade em uma operação, como altos e baixos na
programação ou nos resultados. É difícil planejar e ter confiabilidade nos resultados esperados
quando eles variam muito. O MURA foca, exatamente, na variabilidade de volumes e de
resultados, visando reduzi-las ao máximo através da identificação de suas causas raízes, com o
auxílio das ferramentas da qualidade.
MURI: Sobrecarga (De equipamentos ou operadores.) — Máquinas trabalhando sem que sejam
feitas as intervenções planejadas tendem a quebrar com mais facilidade, bem como operadores
trabalhando acima da sua capacidade, após algum tempo, tem os seus rendimentos reduzidos em
função do desgaste excessivo a que são submetidos.
5S
Programa implementado pelas empresas com foco em organização, limpeza, saúde e segurança,
visando a eliminação dos desperdícios, entre outras coisas.
TROCA RÁPIDA DE FERRAMENTAS
Estudos realizados para diminuir o tempo de troca de ferramentas de forma a reduzir o tempo de
máquina parada, assim como aumentar a disponibilidade do equipamento e permitir a produção em lotes
pequenos.
PRODUÇÃO EM LOTES PEQUENOS
Sistema voltado para a programação de diversas entradas nas máquinas de um mesmo produto em
determinado período, de modo a aumentar a flexibilidade no atendimento aos clientes.
MANUFATURA CELULAR
Sistema que utiliza os conceitos de layout em forma de células de manufatura, propiciando o fluxo
unitário de peças, redução de lead times, estoques de materiais em processo, transportes de materiais e
movimentações de pessoas, que fazem parte dos 7 desperdícios.
TRABALHO PADRÃO
Consiste na determinação e padronização do método mais eficaz para a realização dos trabalhos e no
treinamento para que todos trabalhem seguindo esse método estabelecido. Se os operadores trabalham
utilizando diferentes métodos, é de se esperar que os resultados apresentados sejam diferentes. O
Trabalho Padrão é uma das formas de se atuar no MURA.
POKA YOKE
São dispositivos à prova de falhas, simples e desenvolvidos pelos próprios operadores para evitar erros
na produção.
ANDON
São sistemas de sinalização visíveis a todos para que as informações necessárias à tomada de
decisões não dependam da ação do homem, e sim de códigos visuais previamente estabelecidos ou
informações visíveis ao alcance de todos, melhorando e tornando mais ágil a comunicação. Sinaleiros
são bastante utilizados nas fábricas, onde os códigos definidos para cada uma das suas cores indicam
determinada situação facilmente visível, tal como:
Vermelho: Máquina aguardando ou em Manutenção.
Amarelo: Aguardando Material.
Verde: Em Troca de Ferramentas etc.
OPERADORAS POLIVALENTES
Corresponde ao treinamento multifuncional dos operadores de forma a se obter uma maior flexibilidade
de mão de obra, reduzindo custos e aumentando a empregabilidade das pessoas.
ATIVIDADES DE PEQUENOS GRUPOS
São programas que estimulam os próprios operadores a se reunirem para resolver problemas ou tratar
de melhorias em seus Postos de Trabalho. “O homem não é mais o problema, mas parte da solução,
não sendo pago apenas para executar, e sim para pensar”.
MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
Ferramenta utilizada para mapear os processos, identificando os tempos gastos com valor agregado e
sem valor agregado como forma de visualização de oportunidades para a melhoria dos processos.
MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL (MPT)
Ferramenta utilizada para aumentar a disponibilidade dos equipamentos através da quebra do
paradigma “a produção produz e a manutenção conserta”. Na MPT, todos são responsáveis pelos
equipamentos, desde os operadores até o pessoal de manutenção, engenharia e de outros setores. Nos
trabalhos de MPT utiliza-se, como forma de acompanhamento, um Indicador chamado de Eficácia Geral
do Equipamento (OEE-Overall Effectiveness of Equipment), que considera a disponibilidade do
equipamento, a sua performance e os seus índices de qualidade.
KANBAN
É uma ferramenta de programação da produção e de materiais que utiliza o conceito de produção
puxada, em que cada etapa do processo só tem autorização para produzir se a etapa seguinte
necessitar de produto.
O LEAN MANUFACTURING APLICADO AO
PROJETO DE INSTALAÇÕES PRODUTIVAS
OS CONCEITOS DE PRODUÇÃO ENXUTA
APLICADOS NO PROJETO DE INSTALAÇÕES
Com relação ao Projeto de Instalações Produtivas, é de suma importância que os desperdícios vistos
aqui sejam bem conhecidos pelo Projetista, já que certamente a maioria deles ocorrerá em decorrência
de um projeto mal elaborado, impactando de forma significativa nos resultados operacionais e
financeiros da empresa.
A seguir, vejamos algumas situações de desperdício:
TRANSPORTE DE MATERIAIS E PRODUTOS
Quanto maior a distância entre as estações de trabalho, maior a necessidade de transporte de materiais,
demandando tempo e dinheiro, não só no transporte como também nos custos decorrente da utilizaçãode equipamentos de movimentação (custos de operação e de manutenção, além do investimento na
aquisição destes) e de área necessária para o transporte de produtos (corredores, áreas de manobras
etc.).
 
Fonte: Shutterstock.com
MOVIMENTAÇÃO DE PESSOAS
Atividade que não agrega valor ao produto, a movimentação de pessoas também é influenciada pelo
projeto do processo e do layout. Quanto mais próximos forem os postos de trabalho uns dos outros,
menores serão os deslocamentos de pessoal, em especial durante o retorno em vazio após transportes
de materiais para outros postos.
Além disso, quanto ao projeto do posto de trabalho, suas áreas de abastecimento de matérias-primas e
retirada de produtos processados devem ser o mais próximo possível das áreas de operação.
 
Fonte: Shutterstock.com
ESPERAS
Geralmente ocorrem por dois motivos: desbalanceamentos entre estações de trabalho em razão das
diferentes capacidades produtivas (projeto do processo); ou grande distância entre estações de trabalho
consecutivas devido a problemas na elaboração do layout, já que postos distantes um dos outros
geralmente impedem o fluxo unitário de peças, levando ao processamento de lotes e ocasionando
esperas (enquanto uma peça está sendo processada, as demais peças do lote estão aguardando
processamento), o que eleva substancialmente os lead times de fabricação.
PROCESSOS INADEQUADOS
Decorrentes de falhas no projeto do processo, geram custos e desperdício de tempo, comprometendo
os resultados operacionais da empresa.
ESTOQUES
Requerem área para estocagem, causam tumulto na fábrica e imobilizam capital. O Projeto do Processo
deve ser concebido de forma a considerar o mínimo possível de materiais em estoque e a assegurar o
fluxo produtivo.
SUPERPRODUÇÃO
Assim como os estoques, requerem área, causam tumulto na fábrica e imobilizam capital, além de
ocupar equipamentos fazendo com que outros produtos fiquem aguardando o término do lote em
processamento, causando esperas e longos lead times.
 
Fonte:Shutterstock.com
Com relação às ferramentas apresentadas, três delas apresentam grande impacto no Projeto da
Instalação:
TROCA RÁPIDA DE FERRAMENTAS
Se a fábrica não tiver um Sistema de Troca Rápida de Ferramentas implementado, certamente a
produção será planejada em grandes lotes, gerando esperas, grandes áreas para estocagem de
materiais (lotes) aguardando processamento e longos lead times de fabricação. Portanto, essa definição
é muito importante no momento de elaboração do layout da fábrica.
MANUFATURA CELULAR
A utilização de células de manufatura com os postos de trabalho praticamente juntos em forma de U ou
C minimizam transportes e movimentações. Permite um melhor balanceamento de linhas através da
polivalência de mão de obra, reduz esperas, aceleram o fluxo de produção, reduzem estoques de
materiais em processo e lead times de produção.
KANBAN
A utilização do Sistema Kanban requer o dimensionamento dos miniestoques e quadros porta kanbans
(quando for o caso) para o dimensionamento de espaços nas estações de trabalho. Para tal, o Projeto
de Trabalho assume papel importante nesta etapa, pois fornece informações para o Projetista da
Instalação.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. UM DOS SETE DESPERDÍCIOS REFEREM-SE ÀS ESPERAS. COM RELAÇÃO A
ELAS, PODEMOS AFIRMAR QUE:
A) Reduzem o lead time de produção
B) Aumentam o lead time de produção
C) Reduzem estoques de materiais em processo
D) Aumentam a eficiência da produção
E) São inerentes aos processos
2. COM RELAÇÃO AO SISTEMA DE TROCA RÁPIDA DE FERRAMENTAS, É
CORRETO AFIRMAR QUE:
A) Permite a produção em pequenos lotes
B) Depende do ritmo de execução dos operadores
C) Aumenta o tempo de máquina parada
D) Só é aplicável em linhas de produção seriadas
E) Quando implementada, melhora a qualidade dos produtos fabricados
GABARITO
1. Um dos sete desperdícios referem-se às ESPERAS. Com relação a elas, podemos afirmar que:
A alternativa "B " está correta.
 
As esperas aumentam o lead time de produção e entrega ao ficarem aguardando processamento.
2. Com relação ao Sistema de Troca Rápida de Ferramentas, é correto afirmar que:
A alternativa "A " está correta.
 
A redução do tempo de troca de ferramentas reduz o tempo de máquina parada, aumentam a
disponibilidade do equipamento e permite a produção em lotes pequenos.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Cada uma das Revoluções Industriais trouxe importantes desenvolvimentos para a humanidade, em
especial para o setor industrial. Assim, os sistemas de produção evoluíram ao longo do tempo, desde a
produção artesanal, passando pelos sistemas de produção em massa com elevado nível de automação
e produção enxuta, até os Sistemas Cyber-Físicos e demais tecnologias que integram os mundos real e
virtual, tornando o trabalho físico cada vez independente do homem e proporcionando que as fábricas
funcionem com o mínimo de interferência humana.
No desenvolvimento do Projeto de Instalações Produtivas, no entanto, apesar do grande avanço
tecnológico que se apresenta, é importante o conhecimento dos conceitos da Produção Enxuta, de
forma que os desperdícios sejam identificados e eliminados (ou minimizados), muitas vezes com a
aplicação das novas tecnologias disponíveis.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BATTESINI, MARCEO. Projeto e Leiaute de instalações produtivas. Curitiba: Intersaberes, 2016
BROWN, STEVE. Administração da Produção e Operações - Um enfoque estratégico na
Manufatura e nos Serviços. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
NEUMANN, CLOVIS; SCALICE, RÉGIS KH. Projeto de Fábrica e Layout. Rio de Janeiro: Elsevier,
2015.
GAITHER, Norman; FRAZIER, Greg. Administração da Produção e Operações. 8. ed. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2001.
KRAJEWSKI, Lee; RITZMAN, Larry. Administração da Produção e Operações. 8. ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2009.
MARTINS, Petronio G; LAUGENI, Fernando P. Administração da Produção. 2. ed. São Paulo: Saraiva,
2005.
MOREIRA, Daniel A. Administração da Produção e Operações. 2. Ed. São Paulo: Cengage Learning,
2008.
SACOMANO, José Benedito et al. Indústria 4.0 : conceitos e fundamentos. São Paulo: Blucher, 2018.
SLACK, Nigel; CHAMBERS S; JOHNSTON R. Administração da Produção. 2. ed. São Paulo: Atlas,
2002.
WOMACK, James P.; JONES, Daniel T. A Máquina que mudou o mundo. Rio de Janeiro: Elsevier,
2004.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia:
Indústria 4.0: conceito, tendência e desafios, de Danilo G. da Silva, disponível no repositório
ROCA da UTFPR.
Sistema de Gestão e Análise de Defeitos em Sistemas Cyber-Físicos conectados à Internet.
Estudo de caso sobre o desenvolvimento de um sistema web de Gerenciamento de Projetos loT,
realizado por Lucas Feitosa, disponível no repositório institucional da UFSC.
CONTEUDISTA
Alexandre Silva Pinheiro
 CURRÍCULO LATTES
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