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1. INTRODUÇÃO As placas de orifício são instrumentos simples, robustos, de fácil construção e de custo relativamente baixo, que são empregados para a medição da vazão (DELMÉE, 1983). Ao inserir uma placa de orifício numa tubulação, ocorre uma variação brusca de seção de passagens e uma variação correspondente de velocidade e pressão. A equação de Bernoulli generalizada a uma corrente fluida mostra que as variações de velocidade correspondem às variações de pressão (DELMÉE, 1983). Sobre o funcionamento das placas de orifício, DELMÉE, 1983, define: “O princípio de funcionamento de uma placa de orifício consiste em introduzir uma restrição localizada na tubulação onde a medição deve ser feita. Essa restrição, no caso, é provocada por um orifício feito em uma placa de pouca espessura adequadamente colocada no tubo, de maneira a obrigar o fluxo a mudar de velocidade e, em consequência, provocar um diferencial de pressões que, devidamente medido e interpretado, é representativo da vazão”. Sua estrutura resume-se a uma placa transversal ao escoamento, de pequena espessura, na qual foi usinado um furo cilíndrico. Como ocorre uma variação brusca da área é gerada uma grande turbulência que resulta em uma “perda de carga”, além de menor precisão na medição da pressão. Figura 1- Placa de Orifício utilizada na prática De acordo com SCHNEIDER (2000), as grandezas associadas à medição do escoamento em fluidos são o taxa de massa por unidade de tempo e de volume por unidade de tempo ou . A taxa ou vazão volumétrica é dado por Onde é o vetor velocidade, em m/s, e é o vetor área orientada, em . A vazão volumétrica é expressa no SI em . OBJETIVOS A aula prática teve como objetivo determinar o valor de vazão calculada e comparar com o valor de vazão experimental apontando os motivos da discrepância caso haja. 2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1. MATERIAIS · Bancada dupla HD98; · Tomadas de pressão da placa; · Placa de Orifício com diâmetro de 8 mm; · Tubulação com diâmetro interno de 50 mm. 2.2. MÉTODOS No dia 17 de Dezembro de 2018 os alunos da disciplina Mecânica dos Fluidos, participaram de uma aula à fim de realizar uma experiência para melhor aprendizado relacionado à comparação entre a vazão experimental e calculada utilizando Placa de Orifício. Cada grupo realizou o experimento seguindo os seguintes passos: · Colocou-se a bancada dupla HD98 em funcionamento operando-a com uma vazão de 1.600l/h; · Por meio dos manômetros digitais fez-se as leituras das pressões P1 e P2 (ou ∆P); · Anotou-se os valores das medidas obtidas. Figura 2-Materiais e Dados. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Com auxílio dos manômetros digitais foram coletados os seguintes dados para as pressões e : Tabela 1. Medidas das Pressões Pressões kPa 95,2 5,5 Dados informados: , fazendo a conversão temos que . , fazendo a conversão temos que fazendo a conversão temos que . Dados experimentais: Sabendo que Sendo Q a vazão e A a área, temos que: Substituindo o valor da área na equação da vazão volumétrica temos que: Com o valor da velocidade (v) obtêm-se o número de Reynolds, sabendo que Onde d é o diâmetro do tubo, v é a velocidade do fluido dentro do tubo, é a densidade do fluido que está dentro da tubulação e é a viscosidade dinâmica do fluido que escoa pela tubulação. A vazão de saída é dada por: Como a entrada e a saída do fluido se encontram à mesma altura, temos que a variação da pressão será utilizada no lugar da variação de pressão piesométrica. Onde : Onde : Substituindo temos que: E a área: 4. CONCLUSÕES A diferença do experimentalpara o calculado pode se dar por vários fatores como flutuação do equipamento, fatores externos e fatores referente à aplicação real e erros de medidas. 5. REFERÊNCIAS DELMÉE, G.J., Manual de Medição de Vazão, Editora Edgard Blücher Ltda, São Paulo, 1983. SCHNEIDER, P. S. GESTE - Grupo de Estudos Térmicos e Energéticos, 2010. Disponível em: < http://www.ufrgs.br/medterm/areas/area-ii/vazao_mt.pdf>. Acesso em: 15 jan. 2019.
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