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NEGOCIOS ELETRONICOS

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NEGÓCIOS 
ELETRÔNICOS
Professor Me. Danillo Xavier Saes 
Professora Me. Márcia Pappa
GRADUAÇÃO
Unicesumar
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; SAES, Danillo Xavier; PAPPA, Márcia.
Negócios Eletrônicos. Danillo Xavier Saes; Márcia Pappa. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2012. Reimpresso em 2021.
186 p.
“Graduação - EaD”.
1. Tecnologia. 2. Administração. 3. Eletrônico. 4. EaD. I. Título.
ISBN 978-85-8084-460-3
 CDD - 22 ed. 658.15
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso em:
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Diretoria Executiva
Chrystiano Minco�
James Prestes
Tiago Stachon 
Diretoria de Graduação
Kátia Coelho
Diretoria de Pós-graduação 
Bruno do Val Jorge
Diretoria de Permanência 
Leonardo Spaine
Diretoria de Design Educacional
Débora Leite
Head de Curadoria e Inovação
Tania Cristiane Yoshie Fukushima
Gerência de Processos Acadêmicos
Taessa Penha Shiraishi Vieira
Gerência de Curadoria
Carolina Abdalla Normann de Freitas
Gerência de de Contratos e Operações
Jislaine Cristina da Silva
Gerência de Produção de Conteúdo
Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais
Daniel Fuverki Hey
Supervisora de Projetos Especiais
Yasminn Talyta Tavares Zagonel
Coordenador de Conteúdo
Danillo Xavier Saes
Designer Educacional
Nádila de Almeida Toledo
Projeto Gráfico
Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
Arte Capa
Arthur Cantareli Silva
Ilustração Capa
Bruno Pardinho
Editoração
Humberto Garcia da Silva
Qualidade Textual
Hellyery Agda
Jaquelina Kutsunugi
Ilustração
André Luís Onishi
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos 
com princípios éticos e profissionalismo, não so-
mente para oferecer uma educação de qualidade, 
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão in-
tegral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos 
em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional e 
espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos 
de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 
100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil: 
nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba, 
Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos 
EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e 
pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros 
e distribuímos mais de 500 mil exemplares por 
ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma 
instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos 
consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos 
educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educa-
dores soluções inteligentes para as necessidades 
de todos. Para continuar relevante, a instituição 
de educação precisa ter pelo menos três virtudes: 
inovação, coragem e compromisso com a quali-
dade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de 
Engenharia, metodologias ativas, as quais visam 
reunir o melhor do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes 
áreas do conhecimento, formando profissionais 
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quando 
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou 
profissional, nos transformamos e, consequentemente, 
transformamos também a sociedade na qual estamos 
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de 
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com 
os desafios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica 
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando 
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em 
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal 
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o 
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento 
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. 
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu 
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns 
e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das dis-
cussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe 
de professores e tutores que se encontra disponível para 
sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de 
aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui-
lidade e segurança sua trajetória acadêmica.
Professora Me. Márcia Pappa
Graduada em Engenharia de Produção pela Universidade Estadual de 
Maringá (2004), especialista em Gestão Empresarial pelo Centro Universitário 
de Maringá (2009) e mestre em Engenharia Urbana pela Universidade 
Estadual de Maringá (2012). 
Professor Me. Danillo Xavier Saes
Mestrado em Administração pela Universidade Estadual de Maringá 
(UEM) em andamento. Mestrado como aluno especial em Ciências Sociais, 
pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) na disciplina de Cultura de 
Consumo e Sociabilidade (2012). Pós-Graduado em Ambientes para Internet, 
pelo Centro Universitário de Maringá - Unicesumar (2002). Especialista em 
Gestão Empresarial pelo Instituto Paranaense de Ensino(2007). Graduado em 
Tecnologia em Processamento de Dados pela Unicesumar de Maringá (2000). 
Coordenador de cursos no EAD Unicesumar desde Fevereiro/2012. Atua em 
treinamentos empresariais. Professor autor e formador do EAD - Ensino a 
Distância da Unicesumar desde 2008. 
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SEJA BEM-VINDO(A)!
Olá, prezado(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) ao livro de Negócios Eletrônicos. Somos 
os professores Danillo e Marcia, autores deste material. O assunto que abordaremos 
no decorrer do nosso estudo é de extrema importância nos dias de hoje devido à 
tecnologia estar cada vez mais inserida no contexto das empresas, independente 
do porte e ramo de atuação. Com o passar do tempo, as tecnologias passam por 
melhorias e vão amadurecendo para se consolidar no mercado. Assim, é necessário 
estudar e conhecer sobre sistemas de negócios e comércio eletrônico para que, em 
sua atuação dentro das organizações, possam decidir sobre a utilização dos mesmos 
de maneira coerente para que a necessidade empresarial seja atendida.
Nosso objetivo por meio desse livro não é ensiná-lo a desenvolver e implantar um sis-
tema de informação em uma organização, mas mostrar para você as ferramentas exis-
tentes no mercado e suas aplicações e auxiliá-lo a compreendê-las. Além disso, preten-
demos deixar evidenciado que o uso correto dessas ferramentas poderá alavancar os 
resultados e auxiliar no gerenciamento empresarial.
No ambiente em que vivemos é muito comum falarmos de tecnologia, tanto na vida 
pessoal como no ambiente profissional. Computadores, celulares, tablets, televisores 
com acesso à internet, máquinas inteligentes, robôs. Tudo isso faz parte do nosso co-
tidiano e vocabulário. Dessa forma, uma empresa precisa conhecer as ferramentas tec-
nológicas existentes para que possa se sustentar e prosperar no mercado em que está 
inserida, sempre pensando em melhorar e otimizar suas formas de gestão. E você, como 
futuro gestor, possui um papel fundamental para tomar decisões nesse contexto que 
muda muito rapidamentee é fortemente influenciado pelas novas tecnologias. 
Agora, tente se imaginar como o proprietário de uma pequena mercearia nos anos 
70/80. Se alguém chegasse até você e afirmasse: “Olha Sr. Paulo, nós temos uma ferra-
menta que nos permite fazer compra de uma loja que fica a 2 mil Km de distância!”. Ou 
ainda algo assim: “Olá Dona Marta, será possível a senhora monitorar as vendas da sua 
empresa de qualquer lugar do mundo!”. Acredito que isso nem passava pela cabeça de 
muitos daquela época, pois as empresas possuíam uma forma diferente, com menos 
ferramentas, de administrar seus negócios e também de comercializar seus produtos e 
serviços. 
Em uma mercearia, por exemplo, o cliente, que era chamado de freguês, vinha até o bal-
cão e pedia: “Por favor, separe 3 quilos de arroz, 2 de açúcar e 4 de feijão”. Talvez você não 
tenha vivenciado algum comércio parecido com essa realidade, mas já deve ter ouvido 
alguém contar. No entanto, como diz a música do Sérgio Reis: “Mas hoje em dia tudo é 
muito diferente, com o progresso nossa gente nem sequer faz uma ideia”.
Realmente, as pessoas daquela época não faziam ideia da evolução que o mundo dos 
negócios iria sofrer. As mudanças demoravam muito para acontecer e os computadores 
ainda estavam engatinhando em suas descobertas, não fazendo parte do cotidiano das 
pessoas e das empresas. Então, como “hoje em dia tudo é muito diferente”, as mudanças 
batem à nossa porta muitas vezes sem pedir licença. Atualmente, não ficamos esperan-
APRESENTAÇÃO
NEGÓCIOS ELETRÔNICOS
APRESENTAÇÃO
do uma transformação, ela 
simplesmente acontece.
A maneira de negociar mu-
dou, a forma de administrar 
evoluiu e as ferramentas para 
atuarmos nesse contexto fo-
ram criadas e transformadas 
com o passar do tempo. A 
correria do dia a dia, seja no 
trabalho ou na vida pessoal, 
faz com que necessitemos de 
formas facilitadoras da nossa 
rotina. “Comprar em uma loja 
que eu não conheço e não 
tenho contato com o vende-
dor e ela fica muito longe da minha cidade? Isso não é possível!”. Acredito que essa 
seria a resposta do Sr. Paulo diante daquela afirmação que fizemos ainda pouco. Ou 
então a Dona Marta comentaria: “Impossível ficar distante da minha empresa para 
poder administrá-la. Tenho que estar presente o tempo todo!”.
Mas hoje sabemos que isso é possível, pois estamos vivenciando essa realidade em 
nossas vidas. É cada dia mais comum ouvirmos empresários comentarem que im-
plantaram sistemas de informação que podem ser acessados por meio da internet. 
Faz parte da nossa rotina acompanhar lojas que criam um site e o transformam em 
uma loja virtual, possibilitando que essa empresa possa alcançar um maior número 
de clientes através da web.
A evolução é visível em todos os setores da economia e atividades do cotidiano. 
Relacionando isso às empresas, que é o foco principal desse estudo, vemos a mu-
dança acontecer diariamente por meio das inovações tecnológicas que impactam 
diretamente a forma de fazer negócios e gerenciá-los, e tudo isso ocorre com in-
tensa velocidade. Novas infor-
mações são geradas, novas 
ferramentas são criadas, e 
essa oferta de coisas novas 
precisa ser acompanhada 
pelas organizações. É claro 
que precisamos sempre levar 
em conta as reais necessida-
des e possibilidades de cada 
empresa. Uma microempresa 
possui uma necessidade dife-
rente de uma multinacional 
e, no momento de se investir 
APRESENTAÇÃO
09
em uma nova tecnologia, isso deve ser levado em consideração.
O dinamismo do mercado exige, por parte dos gestores, que se mantenham infor-
mados e atentos às pressões ambientais para que tomem decisões que possibili-
tem às organizações acompanhar e se adequar às transformações de forma a se 
manterem competitivas. Novos concorrentes surgem diariamente e, normalmente, 
possuem novas ideias e tecnologias já seladas em suas rotinas de trabalho.
Os consumidores, por sua vez, estão munidos de muita informação e sabem dife-
renciar uma empresa que está em constante evolução e outra que parou no tempo. 
Assim, ele, que é o ator principal desse grande teatro, tem poder de escolher se irá 
ou não continuar comprando os produtos e serviços de uma determinada empresa.
Então, meus amigos, acompanhar a evolução do mercado hoje em dia não é um 
luxo, mas sim uma questão de sobrevivência. É importante sempre lembrar de vol-
tar os olhares para as reais necessidades e possibilidades de cada empresa.
Foi possível perceber até agora que a evolução é importante para que as organiza-
ções se mantenham no mercado. Então, já que vamos falar de Negócios Eletrônicos, 
é interessante, nesse momento, apenas pontuarmos a diferença básica entre dois 
termos que nos acompanharão durante todo este estudo e que serão descritos com 
mais detalhes no decorrer do nosso livro: E-Commerce e E-Business. Muitas vezes 
esses dois termos podem ser confundidos, sendo que e-commerce é mais popular. 
Podemos dizer que caminham em paralelo, sendo um ligado ao outro, mas cada um 
com suas particularidades.
E-commerce ou Comércio Eletrônico faz parte do e-business. É a negociação de 
compra e venda propriamente dita. Esse tipo de sistema envolve processos em que 
consumidores, fornecedores e também parceiros de negócio são atingidos. Permeia 
áreas de logística, atendimento, marketing, vendas, recepção de pedidos, serviços 
ao consumidor e programas de fidelidade. O e-commerce possui uma estratégia me-
nos ampla, sendo voltada principalmente para a venda de produtos e serviços pelo 
meio eletrônico, no caso, a internet. 
O outro termo que utilizaremos e estudaremos com mais profundidade posterior-
mente é o E-business ou Negócio Eletrônico. Esse tipo de sistema vai além da co-
mercialização de produtos e serviços pela internet. O e-business abrange o e-com-
merce juntamente com outros sistemas de informação que podem ser utilizados 
para auxiliar os processos de negócio, ou seja, diversas atividades que englobam o 
ambiente e a realidade organizacional como produção, administração do estoque, 
desenvolvimento de produtos, departamento financeiro, estratégias, recursos hu-
manos dentre outros. Uma empresa que pratica essa realidade utiliza as ferramentas 
de e-business como sendo o seu modelo de negócio.
Nosso livro está organizado em cinco unidades, cada uma delas com assuntos dife-
rentes que se complementam, estruturados em uma linha de raciocínio que possa 
contribuir e facilitar o seu entendimento nos momentos de estudo.
APRESENTAÇÃO
Como e-commerce e e-business se relacionam a sistemas informatizados, na Unida-
de I, falaremos sobre Sistemas de Informação (SI), de forma que você possa compre-
ender os conceitos iniciais desse termo que colaboram para o seu entendimento 
posterior e estudos mais específicos relacionados ao nosso conteúdo.
Ainda nessa unidade vamos estudar sobre alguns diferentes tipos de sistemas de 
informações e sua aplicabilidade. Veremos também os recursos que um SI disponi-
biliza aos seus usuários e os papéis fundamentais exercidos por um sistema. Sepa-
ramos um estudo de caso nessa unidade sobre a Ford, que utiliza a tecnologia da 
informação como valor para seus negócios, vale a pena você conferir.
Na Unidade II trabalharemos de maneira mais específica sobre sistemas de e-com-
merce, já que estudaremos com mais detalhes os tipos diferentes de sistemas de co-
mércio eletrônico e suas particularidades. No decorrer da unidade, você encontrará 
informações sobre os diferentes tipos de sistemas de e-commerce, como B2C, B2B, 
Compras Coletivas, dentre outros. 
Ainda na unidade II, falaremos sobre o funcionamento de um sistema de comércio 
eletrônico para que você, futuro(a) gestor(a), possa entender como funciona esse 
tipo de aplicação, o que deve possibilitar a sua avaliação a respeito da viabilidade 
de implantação e dos benefícios que pode trazer para a empresa em que atua. Além 
disso, separamos alguns dados sobre o e-commerce no Brasil, como crescimento 
do setor, faturamento entre outros. Um estudo de caso foi colocado nessaparte do 
nosso livro, ele conta a história do Brechó Infantil Virtual, é muito interessante!
Dando sequência, chegamos até a Unidade III, na qual abordaremos de maneira 
mais pontual os sistemas de e-business e suas particularidades. No decorrer dessa 
unidade você estudará alguns conceitos relacionados a esse tipo de sistema, como 
também os tipos de aplicações existentes no mercado como ERP, CRM, SCM dentre 
outras. Essas informações serão de muita utilidade para você, pois esses sistemas 
podem ofertar um suporte importante para tomadores de decisões nas empresas.
Agora, na Unidade IV, você encontrará informações importantes sobre a relação 
entre as empresas e a administração da Tecnologia da Informação, mostrando a 
importância dos sistemas no contexto empresarial. Durante essa etapa do nosso 
“O e-business e o e-commerce auxiliam as empresas a alavancar novos mer-
cados, agilizar a troca de informações e estreitar relacionamento com clien-
tes e fornecedores”.
Paulo Rodrigo (2005) – <www.imasters.com.br>.
APRESENTAÇÃO
11
estudo, foram abordados alguns assuntos que poderão facilitar sua compreensão 
a respeito da relação existente entre TI e empresas e a relevância que a tecnologia 
possui para o sucesso empresarial nos tempos atuais. Também abordamos assuntos 
que se relacionam à tecnologia com o Capital Humano, afinal, mesmo no mundo 
informatizado que vivemos, as pessoas são muito importantes.
Por fim, chegamos até a Unidade V, na qual abordaremos um tema de crucial im-
portância para todas as pessoas que, de alguma forma, utilizam sistemas de infor-
mação. Nessa unidade, falaremos sobre Segurança. De nada adianta você coletar, 
armazenar e transformar informações para tomar decisões futuras se, no momento 
que você precisar, as informações evaporaram. Zelar pelo patrimônio da empresa é 
muito importante e a informação é um capital, muitas vezes, mais valioso do que os 
equipamentos que foram adquiridos no decorrer da história da organização.
Dessa forma, o objetivo da Unidade V é pontuar assuntos sobre os requisitos de 
Segurança para que um sistema de informação seja eficiente, e também sobre a 
relação da segurança com as pessoas envolvidas em todo o processo organizacio-
nal, afinal, as falhas podem ser das máquinas, mas também podem ser nossas. Essa 
unidade realmente possui um conteúdo muito importante para o seu estudo.
Esse livro foi organizado especialmente para você, caro(a) aluno(a). Atente-se aos 
conteúdos, reflita a respeito das leituras complementares propostas, observe os es-
tudos de caso e busque informações adicionais que possam contribuir para a cons-
trução do seu conhecimento. Lembre sempre que hoje em dia somos cada vez mais 
valorizados pelo que sabemos fazer somado à nossa capacidade de agregar valor 
ao nosso trabalho. 
Assim, o conhecimento que você está construindo hoje poderá fazer a diferença 
em sua atuação profissional e, o mais importante, ninguém poderá tirá-lo de você. 
Tudo isso desde que você reflita sobre o que aprendeu, adicione isso com o conhe-
cimento que você já tem e coloque em prática! Como afirmou o filósofo Confúcio: “A 
essência do conhecimento consiste em aplicá-lo, uma vez possuído”.
Agora, mãos à obra! Tenha uma boa e agradável leitura!
Professora Me. Marcia Pappa
Professor Me. Danillo Xavier Saes
SUMÁRIO
UNIDADE I
CONCEITOS E FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
17 Introdução
18 Conceito de Sistema 
24 Sistemas de Informação 
45 Considerações Finais 
UNIDADE II
COMÉRCIO ELETRÔNICO
51 Introdução
57 Afinal, o Que é E-Commerce? 
60 Tipos de E-Commerce 
81 Funcionamento de um Site de Comércio Eletrônico 
85 Considerações Finais 
SUMÁRIO
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UNIDADE III
SISTEMAS DE E-BUSINESS (EB)
89 Introdução
91 E-Business 
95 Sistemas Interfuncionais 
102 EAI – Enterprise Application Integration Integração das Aplicações da 
Empresa
104 SCM – Supply Chain Management Gerenciamento da Cadeia de 
Suprimentos
108 Sistemas Funcionais 
116 Considerações Finais 
UNIDADE IV
RELAÇÃO ENTRE EMPRESA E ADMINISTRAÇÃO DA TECNOLOGIA DE 
E-BUSINESS (EB)
121 Introdução
124 E-Business e a Tecnologia da Informação 
130 A Organização de E-Business 
134 Administração da Tecnologia do E-Business 
140 Considerações Finais 
SUMÁRIO
UNIDADE V
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
147 Introdução
151 Segurança da Informação 
165 Funcionamento de um Sistema de Segurança 
167 Pessoas X Segurança 
172 Controle de Acesso 
173 Controle Biométrico 
179 Considerações Finais 
183 CONCLUSÃO
185 REFERÊNCIAS
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Professor Me. Danillo Xavier Saes
Professora Me. Márcia Pappa
CONCEITOS E 
FUNDAMENTOS DE 
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Conceituar Sistemas e Sistemas de Informação.
 ■ Explanar sobre os fundamentos de um Sistema de Informação.
 ■ Expor os componentes e atividades de um Sistema de Informação.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Expor o conceito de Sistemas
 ■ Mostrar o funcionamento de um Sistema
 ■ Mostrar os tipos de Sistemas
 ■ Conceituar Sistemas de Informação
 ■ Estudar os recursos existentes em um Sistema de Informação
 ■ Expor os tipos de Sistemas de Informação
 ■ Elencar os atributos principais da informação
 ■ Pontuar os papéis fundamentais de um Sistema de Informação
INTRODUÇÃO
Em nosso cotidiano, a palavra “Sistema” é utilizada em diversos contextos. Em 
nossa casa, temos o sistema elétrico, hidráulico e de aquecimento. Na infraes-
trutura de uma cidade encontramos o sistema de iluminação pública, rede de 
esgoto, sistema de transportes. Se voltarmos nossos olhos para o poder público, 
veremos o sistema de saúde e também a rede pública de ensino. Finalmente, 
dentro das empresas, nos deparamos com sistemas de limpeza, rotinas de aten-
dimento, além dos famosos Sistemas de Informação (SI). Então, podemos dizer 
que muita coisa que está ao nosso redor se relaciona ao conceito de Sistema, mas, 
muitas vezes, não paramos para pensar no real significado dessa terminologia.
Nesta unidade, abordaremos os conceitos fundamentais para o seu entendi-
mento sobre um Sistema de Informação, de forma que tais explicações possam 
contribuir durante todo o estudo do nosso livro. O objetivo desta unidade é 
contribuir para o seu entendimento sobre o funcionamento de um SI e a sua 
importância no contexto empresarial, para que, como futuro(a) administra-
dor(a) e gestor(a) em empresas, tenha subsídios suficientes para entender as 
ferramentas existentes no mercado que podem contribuir para a otimização do 
seu trabalho e para o alcance de melhores resultados.
Para entendermos com mais facilidade o contexto em que estaremos inse-
ridos, é importante expor conceitos que poderão colaborar em seus estudos, 
facilitando assim a sua compreensão e agregando valor ao conhecimento que 
será adquirido.
Introdução
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CONCEITOS E FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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CONCEITO DE SISTEMA
Mas, afinal, o que é um Sistema? Como pontuamos, essa palavra faz parte do 
nosso dia a dia e é interessante compreendê-la. Um sistema não é simplesmente 
um computador que automatiza tarefas. Vai muito além disso. Um sistema é mais 
abrangente e não se prende apenas ao computador. É claro que, com a infor-
mática, sistemas tecnológicos se tornam cada vez mais comuns e de utilidade 
essencial para o funcionamento de empresas. 
De acordo com Batista (2006), um sistema é caracterizado pela influência 
que cada componente exerce sobre os demais e também pela união de todos, pro-
porcionando resultados que fazem com que o objetivo almejado seja atingido. 
Para o autor, existe uma definição clássica para sistemas: “o conjunto estru-
turado ou ordenado de partes ou elementos que semantêm em interação, ou 
seja, em ação recíproca, na busca da consecução de um ou de vários objetivos” 
(BATISTA, 2006, p. 13).
Trocando em miúdos: sistema é o conjunto de pequenas partes isoladas que 
são organizadas para que possam interagir entre si e formar um todo unitário e, 
consequentemente, mais complexo.
Um exemplo de Sistema
Organizações como empresas e órgãos governamentais são bons exemplos 
dos sistemas na sociedade, que é seu ambiente. A sociedade contém uma 
multiplicidade de tais sistemas incluindo os indivíduos e suas funções so-
ciais, políticas e econômicas. As próprias organizações consistem em muitos 
subsistemas, tais como departamentos, divisões, equipes de processo e ou-
tros grupos de trabalho. As organizações são exemplos de sistemas abertos 
porque fazem interface e interagem com outros sistemas em seu ambiente. 
Finalmente, as organizações são exemplos de sistemas adaptativos, já que 
podem se modificar para entender às demandas de um ambiente em trans-
formação.
Fonte: O’Brien (2004, p. 9)
Conceito de Sistema
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Vamos exemplificar para facilitar sua compreensão. Nós, 
seres humanos, somos um organismo vivo e sistêmico 
formado por inúmeras partes isoladas que, no con-
junto, formam o nosso corpo como um todo. Temos 
o sistema nervoso, sistema respiratório, cérebro, pul-
mões, coração, membros superiores e inferiores. Cada 
parte isolada com uma função específica, mas que 
se comunicam e dependem umas das outras para 
o seu perfeito funcionamento.
Imagine uma situação simples que mui-
tas pessoas vivenciam: uma simples dor de 
cabeça. Para que você possa tratar desse mal-
-estar é necessário ingerir um medicamento, 
como um analgésico, por exemplo. Porém, não é neces-
sário que você injete esse remédio diretamente na sua 
cabeça, que é a fonte da dor que você está sentindo. Você 
pode tomar um comprimido que entra por sua boca, 
vai até seu estômago, se dissolve, entra na sua corrente 
sanguínea e faz o efeito para que sua enfermidade seja 
curada. Assim, nosso corpo é sistêmico, ou seja, par-
tes isoladas mas interconectadas que se comunicam.
Um outro exemplo simples de entender é o nosso 
Sistema Solar. Os planetas são pequenas partes isoladas e interdependentes, que 
giram em torno do sol. A Terra, mais especificamente, possui um satélite natu-
ral, a Lua. Essas partes isoladas (Terra, Sol, Lua e planetas) fazem parte de um 
“Uma estrutura oferece um caráter de sistema, consistindo em elementos 
combinados de maneira tal que qualquer modificação em um deles implica 
modificação em todos os outros”
Claude Lévi-Strauss (Filósofo e Antropólogo belga).
CONCEITOS E FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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conjunto e se relacionam de alguma maneira. 
Essas ligações entre as partes proporcionam 
as estações do ano, fases da lua, sucessão de 
dias e noites e assim por diante.
Outra definição de Sistema, mas que 
permeia o mesmo contexto, é enfatizada 
por O’Brien (2004, p. 7) afirmando que “um 
sistema é um grupo de componentes inter-
-relacionados que trabalham rumo a uma meta comum, recebendo insumos e 
produzindo resultados em um processo organizado de transformação”.
Diante dessa definição colocada pelo autor, é importante enfatizarmos que 
um sistema possui três funções básicas de interação:
 ■ Entrada: é o ponto em que acontece a captação e reunião de elementos 
que ingressam no sistema para serem processados. Ex.: matérias-primas, 
energia, dados, esforço humano.
 ■ Processamento: relaciona-se com o momento que envolve processos de 
transformação, em que os insumos (entrada) são convertidos em produ-
tos. Como exemplo, podemos pensar nos processos industriais e também 
nos cálculos matemáticos.
 ■ Saída: é a transferência de elementos produzidos na fase do processa-
mento até o seu destino final. São os produtos finalizados, informações 
gerenciais etc.
Para exemplificar essas fases, 
vamos imaginar uma fábrica 
de móveis. Essa indústria 
recebe a madeira bruta que 
é sua matéria-prima para 
iniciar a fabricação de seus 
produtos. Nesse momento 
estamos na fase da Entrada. 
Em seguida, essa mesma 
madeira começa a passar por 
Conceito de Sistema
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um processo de transformação, em que será convertida em um produto. Aqui é 
o momento do Processamento. Ao finalizar a produção, temos os móveis pron-
tos, que serão enviados para serem comercializados para os consumidores. Essa 
é a fase da Saída.
Um outro exemplo para você entender ainda mais: uma loja utiliza um pro-
grama de computador para cadastrar seus clientes, organizar o estoque e controlar 
as vendas. Isso é muito comum hoje em dia. Esse tipo de sistema é chamado de 
Sistema de Informação, pois o seu produto maior são as informações que ficam 
armazenadas em seu banco de dados.
Então, ao chegar um novo cliente, o atendente fará o seu cadastro no sis-
tema. Essa é a fase da Entrada de dados, que, isoladamente, não tem muita 
utilidade. Posteriormente, imagine que o gerente comercial dessa loja quer 
enviar um cartão para os aniversariantes do mês. Nesse momento, ele con-
sulta no sistema quais são os clientes que estão comemorando seu aniversário 
naquele período. Aqui acontece o Processamento daqueles dados que foram 
inseridos anteriormente. Para finalizar, esse mesmo gerente emite um relató-
rio com a lista desses aniversariantes para poder confeccionar o cartão. Esse 
relatório é a Saída. Simples, não é?
Agora, além das funções de Entrada, Processamento e Saída, O’Brien (2004) 
coloca que o conceito de um sistema fica ainda mais útil quando incluímos mais 
dois componentes adicionais: Feedback e Controle. O autor explica que siste-
mas que são dotados desses componentes podem ser conhecidos como sistemas 
cibernéticos, ou seja, sistema auto-monitorado ou autorregulado. Vamos conhe-
cer os detalhes sobre esses dois componentes:
 ■ Feedback: são dados sobre o desempenho do sistema. Dados sobre o 
desempenho das vendas são relevantes para que o gerente de vendas possa 
tomar decisões baseadas em informações importantes.
 ■ Controle: é a monitoração e avaliação do feedback, de forma que possa 
determinar se o sistema está caminhando para a realização da sua meta. 
Essa função proporciona que sejam feitos ajustes necessários nas funções 
de entrada e processamento, de forma que proporcione maior garantia 
de que seja alcançada a produção adequada.
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Observe a figura a seguir para compreender com mais facilidade o funcio-
namento de um Sistema.
FEEDBACKFEEDBACK
PROCESSAMENTOPROCESSAMENTO
SAÍDASAÍDA
ENTRADAENTRADA
Figura 01 – Funções básicas de um Sistema
Fonte: O autor.
De acordo com O’Brien (2004), é possível e necessário, identificar as Atividades 
Básicas dos Sistemas de Informação, sendo elas Entrada, Processamento, Saída, 
Armazenamento e Controle. Tais atividades ocorrem em todo SI que estiver 
sendo utilizado. Observe na tabela a seguir alguns exemplos que poderão aju-
dar a clarear um pouco mais sobre essas atividades:
ENTRADA
Escaneamento ótico de etiquetas com códigos de barras 
em mercadorias.
PROCESSAMENTO
Calcular salários, impostos e outras deduções na folha de 
pagamento de funcionários.
SAÍDA
Produzir relatórios e demonstrativos de desempenho de 
vendas.
ARMAZENAMENTO Manter registros sobre clientes, empregados e produtos.
CONTROLE
Gerar sinais audíveis para indicar entrada adequada de 
dados de vendas.
Tabela 01 – Atividades básicas dos Sistemas de Informação
Fonte: O’Brien (2004, p. 14)
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O SISTEMA EMPRESARIAL
Como conceituamos anteriormente, o sistema é um conjunto de peque-
nas partes independentes que forma um todo unificado. Pensando em uma 
empresa, o seu funcionamento é sistêmico, pois a organização é esse “todo 
unificado” que é formado por “pequenas partes independentes” que são os 
seus departamentos. Todas trabalham exercendo suas funções específicas, 
mas com o objetivo maior que é ver a empresa gerar lucro, crescer e se man-
ter no mercado. 
Batista (2006) esclarece que existem dois tipos de sistemas:
 ■ Sistema Aberto → depende e sofre influência de fatores internos e exter-
nos a ele. Ex.: sistemas biológicos, sistemas Sociais.
 ■ Sistema Fechado → não dependem e não sofrem influência de fatores 
externos. Ex.: relógio, máquina.
O dinamismo do mercado faz com que a empresa se transforme constantemente, 
por esse motivo o autor coloca a empresa como um Sistema Aberto, devido a 
essa interação existente, não apenas com os fatores ligados diretamente a ela, 
mas também com o meio ambiente em que a mesma se encontra. Para o mesmo 
autor (2006, p. 18), “define-se uma empresa como um sistema aberto, pois ela 
sofre interação dos seus subsistemas (departamentos) e do ambiente externo 
(mercado em que atua)”.
Como vimos, um sistema de maneira geral, funciona através da entrada, 
processamento e saída de insumos. Para uma empresa, é exatamente da mesma 
maneira. Veja a figura que mostra um modelo genérico de um sistema empre-
sarial, segundo Batista (2006, p. 18). 
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IU N I D A D E24
Ambiente
Economia Recursos Naturais
Sociedade Política
Concorrência Tecnologia
Leis, Conceitos e Padrões
Entradas
Matéria-prima
Trabalhadores
Equipamentos,
etc.
Saídas
Produtos, Bens
ou Serviços
Processamento
Sistema Empresa
Figura 02 – Modelo de um Sistema Empresarial
Fonte: Batista (2006) – Material Complementar.
Por meio dessa representação, você consegue verificar a prova de que uma 
empresa é um Sistema Aberto. Temos o ambiente interno da organização, no qual 
encontramos a matéria-prima, funcionários, equipamentos e departamentos que 
transformarão tais insumos em produtos ou serviços acabados, como já exem-
plificamos anteriormente. Também vemos que o ambiente externo à empresa 
influencia na mesma por meio da sociedade, economia, concorrência, legisla-
ção e outros fatores que não ficam fora dos limites empresariais.
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Até o momento, tratamos de conceitos que irão 
ajudá-lo a compreender melhor os assuntos que 
estão por vir. Agora, vamos abordar um assunto que 
liga mais diretamente aos pontos do nosso estudo: 
os Sistemas de Informação (SI). Hoje em dia é 
muito comum ouvir falar nessa expressão, pois 
faz parte do cotidiano empresarial.
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O que devemos sempre lembrar é que vivemos um período em que a 
Informação e o Conhecimento são extremamente valorizados no cenário mer-
cado. A informação em si, passa a ser moeda de troca, tendo, muitas vezes, maior 
valor do que um produto palpável.
Se olharmos para o passado, é possível observar diversas mudanças em nossa 
sociedade que causam impactos positivos a ela. Antes de acontecer a Revolução 
Industrial, os trabalhos eram realizados de forma artesanal, sendo desenvolvi-
dos pelas habilidades específicas de algumas pessoas. Com a mudança ocorrida, 
foram desenvolvidos máquinas e equipamentos que substituíram o trabalho bra-
çal realizado até então. Mais à frente, surgem as linhas de produção, como as de 
Henry Ford, permitindo que os produtos fossem desenvolvidos em série. 
Após a invenção do computador muita coisa mudou, proporcionando gran-
des impactos, como aqueles mencionados no parágrafo anterior. Com o passar do 
tempo, as atividades operacionais são cada vez mais substituídas por máquinas. 
Hoje em dia, robôs fazem os “trabalhos artesanais” que eram realizados anti-
gamente. A informática vem como uma ferramenta importante para o mundo 
empresarial, com o intuito de melhorar o fluxo das informações geradas no 
ambiente da empresa, para que as pessoas envolvidas possam tomar decisões 
sábias e fundamentadas nessas informações, pensando sempre no crescimento 
da organização.
Então, como forma de gerenciar todas as informações produzidas em uma 
empresa (e sabemos que não são poucas), entram em cena os famosos Sistemas 
de Informação, que têm por finalidade auxiliar gestores e administradores no 
momento de gerenciar a empresa e tomar suas decisões.
“O QI de uma empresa é determinado pelo grau em que sua infraestrutura 
conecta, compartilha e estrutura informações”.
Steve H. Haeckel e Richard L Nolan
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IU N I D A D E26
Mas afinal, o que é um Sistema de Informação? Vamos observar as defini-
ções de dois autores, para enfatizar o seu entendimento.
De acordo com Côrtes (2008, p. 25), um sistema de informação é 
considerado um conjunto de componentes ou módulos inter-rela-
cionados que possibilitam a entrada ou coleta de dados, seu pro-
cessamento e a geração de informações necessárias à tomada de 
decisões voltadas ao planejamento, desenvolvimento e acompanha-
mento de ações.
Para O’Brien (2004, p. 6), Sistema de Informação é “um conjunto organizado 
de pessoas, hardware, software, redes de comunicações e recursos de dados que 
coleta, transforma e dissemina informações em uma organização”.
RECURSOS DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO
De acordo com a definição do autor O’Brien (2004), o “conjunto organizado”, 
que é o SI, é organizado da seguinte forma.
Pessoas
Hardware
RedesDados
Software
RReeccuurrssooss ddoo 
SSiisstteemmaa ddee 
IInnffoorrmmaaççããoo
Figura 03 – Recursos de um Sistema de Informação
Fonte: O’Brien (2004, p. 6).
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Agora, para exemplificar e esclarecer melhor cada uma das partes desse conjunto, 
observe a tabela a seguir com alguns detalhes sobre cada item pontuado pelo autor:
RECURSOS HUMANOS
Especialistas: analistas de sistemas, programadores, operado-
res de computador.
Usuários finais: todos os demais que utilizam sistemas de 
informação.
RECURSOS DE HARDWARE
Máquinas: computadores, monitores de vídeo, unidades de 
disco, impressoras, scanners.
Mídias: fita magnética, discos óticos, cartões, formulários de 
papel.
RECURSOS DE SOFTWARE
Programas: sistemas operacionais, planilhas eletrônicas, pro-
cessadores de textos, programas de folha de pagamento.
RECURSOS DE DADOS
Descrição de produtos, cadastro de clientes, arquivos de 
funcionários, banco de dados de estoque.
RECURSOS DE REDE Meios de comunicação, acesso a redes e software de controle.
Fonte: Adaptado de O’Brien (2004, p. 11)
Muitas vezes pensamos que quando se fala em sistema de informação, relacio-
namos apenas os computadores e programas devidamente instalados neles. Mas, 
observando a definição do autor e a figura, é possível perceber que tem uma 
dimensão maior, pois seus recursos envolvem tanto a tecnologia como as pes-
soas que participam do processo.
Um SI em uma empresa possui uma grande importância para o bom fun-
cionamento da mesma. Primeiramente, para melhorar o fluxo das informações 
geradas pelos mais diversos subsistemas (departamentos e setores), posterior-
mente, para tirar o máximo de proveito desse fluxo de informações de maneira 
eficaz, de forma que o administrador ou gestor possa tomar decisões corretas e 
responderao mercado com o mesmo dinamismo e agilidade que o mundo glo-
balizado impõe (BATISTA, 2006).
A REDE NEURAL
Um exemplo de Sistema de Informação 
– talvez o mais complexo e perfeito que 
exista – é o sistema nervoso do corpo 
humano, também chamado de rede neu-
ral humana.
Seus inputs (entradas) são as informações 
que lhe chegam do meio ambiente por 
meio de seus órgãos dos sentidos: olfato 
(nariz), audição (ouvidos), gustação (lín-
gua), visão (olhos), tato (pele e músculos) 
e sexto sentido (telepatia, premonição fee-
ling e outros fenômenos conhecidos, mas 
ainda não explicados).
Os outputs (saídas) são constituídos 
pelos movimentos musculares e pela 
fala. Seis inputs e dois outputs tem o 
corpo humano. Como diz o ditado chi-
nês, “fomos feitos mais para ouvir do que 
para falar”.
Os canais de comunicação são os nervos 
(axônios e dendritos). A memória e o pro-
cessador se encontram espalhamos pelo 
sistema nervoso, mais concentrados no 
cérebro e no cerebelo.
O funcionamento dessa rede neural, muito 
sofisticada e infinitamente mais avançada 
que os computadores, ainda é desconhe-
cido pelos neurocientistas. Seu princípio 
de funcionamento, embora aparente-
mente digital, baseia-se em processamento 
paralelo, oposto ao da maioria dos com-
putadores, que tem processamento serial 
(isto é, realiza uma operação de cada vez). 
A velocidade de processamento do cérebro 
é baixa – cerca de 100 sinais por segundo – 
mas, por operar em paralelo, ele consegue 
realizar até 10 quatrilhões de operações por 
segundo, com seus 100 bilhões de neurô-
nios.
Fonte: Mattos (2005, p. 6)
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TIPOS DE SISTEMAS DE 
INFORMAÇÃO
Dentro de uma empresa é muito comum 
encontrarmos pessoas ou departamento que 
precisam de níveis e também quantidade de 
informações diferentes. Vamos imaginar, por 
exemplo, uma Escola de Ensino Fundamental. 
Para que seja feita a aquisição de apostilas 
para o 2º semestre letivo, é necessário que 
a secretaria tenha uma informação sobre a 
quantidade de alunos matriculados e ati-
vos em cada turma, para poder efetuar esse 
pedido. Essa é uma informação simplesmente 
operacional para tomar uma decisão momen-
tânea de curto prazo.
Agora, dentro desta mesma instituição 
de ensino, imagine a situação de se abrir uma 
filial da escola em outra cidade. Para tomar 
essa decisão, é necessário uma quantidade 
muito maior de informações como número 
de habitantes, poder aquisitivo do público-alvo, cultura da cidade, concorrência 
dentre outras. Tais informações são mais estratégicas e envolvem mais cruza-
mentos de dados para que os gestores possam tomar uma decisão mais assertiva.
Uma empresa possui uma estrutura hierárquica dividida em camadas que 
podem explicar a natureza, abrangência e profundidade das decisões e ações a 
serem desenvolvidas. No topo dessa camada são tomadas as decisões de cará-
ter estratégico, que envolvem questões internas e externas de médio e longo 
prazo. Em nível intermediário, as decisões tomadas são consideradas táticas, 
ou seja, utilizam um parâmetro externo, mas se voltam mais para a implanta-
ção e o desenvolvimento das decisões estratégicas. Por fim, temos as decisões 
operacionais, que envolvem pontos de ordem prática (CÔRTES, 2008).
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Para facilitar o seu entendimento, vamos exemplificar nos baseando na Escola 
que foi citada anteriormente. A decisão estratégica se encaixa na prospecção 
de uma nova empresa, em que é feita uma pesquisa de mercado, análise da con-
corrência dentre outras informações relevantes. Em um nível tático, a escola 
decide ampliar o negócio já existente, como a criação de uma sala de berçário 
ou maternal, que até então não existia. É claro que essa, pois, deve se amparar 
nos sinais de mercado e se basear nas informações estratégicas que são obti-
das. Agora, em um nível operacional, se encontram as atividades do cotidiano 
dessa escola como distribuição de turmas, contratação de professores, compra 
de materiais e assim por diante.
Observe o organograma a seguir para enfatizar ainda mais o entendimento 
desse assunto:
Diretoria
Gerência Coordenação
Secretária Professor 1 Professor 2
Decisões
Estratégicas
Decisões
Táticas
Decisões
Operacionais
Figura - 04 – Exemplo de tipos de Sistemas de Informação
Fonte: O autor
Com base nessas informações, podemos observar a existência de tipos diferentes 
de sistemas de informação, que podem ser utilizados dentro da mesma organiza-
ção, mas para finalidades e objetivos distintos. O’Brien (2004, p. 23) afirma que:
Em termos conceituais, os sistemas de informação no mundo real po-
dem ser classificados de maneiras diferentes. Vários tipos de sistemas 
de informação, por exemplo, podem ser classificados conceitualmente 
ora como operações, ora como sistemas de informação. Eles são classi-
ficados dessa maneira para destacar os papéis principais que cada um 
desempenha nas operações e administração de um negócio.
Agora, observe a seguinte ilustração desse mesmo autor e veja que ele classifica 
os Sistemas de Informação em duas categorias:
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Sistemas de
informação
Sistemas de 
apoio ás 
operações
Sistemas de 
Apoio 
Gerencial
Apoio à tomada
de Decisão
Gerencial
Apoio ás
Operações
Sistemas de 
Processamento 
de Transações
Sistemas de
Controle de
Processos
Sistemas
Colaborativos
Sistemas de
informação
Gerencial
Sistemas de 
Apoio á 
Decisão
Sistemas de 
Informação 
Executiva
Processamento 
de Transações
Controle 
de processos
Industriais
Colaboração 
entre
Equipes e 
Grupos
de Trabalho
Relatórios
Padronizados
para os 
Gerentes
Apoio 
interativo
à Desição
Informação
Elaborada
Especificamente
para Executivos
Figura 05 – Categorias dos Sistemas de Informação
Fonte: O’Brien (2004).
Os Sistemas de Apoio às Operações são utilizados para processar dados gerados 
e utilizados nas operações que acontecem dentro da empresa. Eles produzem uma 
grande diversidade de informações que podem ser utilizadas interna ou externa-
mente à organização. Esses sistemas não se caracterizam por criar informações 
específicas para serem utilizadas a níveis gerenciais. O’Brien (2004, p. 24) pon-
tua que “o papel dos sistemas de apoio às operações de uma empresa é processar 
transações eficientemente, controlar processos industriais, apoiar comunicações 
e atualizar bancos de dados da empresa”. Veja a tabela a seguir:
SISTEMAS DE APOIO ÀS OPERAÇÕES
Sistemas de apoio de Processamento 
de Transações
Processam dados resultantes de operações em-
presariais, atualizam banco de dados e produ-
zem documentos empresariais.
Ex.: processamento de vendas e reabastecimen-
to do estoque.
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SISTEMAS DE APOIO ÀS OPERAÇÕES
Sistemas de Controle de Processos
Monitoram e controlam processos industriais.
Ex.: refinamento de Petróleo através da utili-
zação de sensores eletrônicos conectados a 
computadores para monitorar continuamente 
os processos químicos e fazer ajustes em tempo 
real que controlam o processo de refino.
Sistemas Colaborativos
Apoiam equipes, grupos de trabalho, bem 
como comunicações e colaboração nas empre-
sas, permitindo o aumento de produtividade.
Ex.: E-mail; Chat; Sistemas de Videoconferência.
Tabela 02 – Sistemas de Apoio às Operações
Fonte: Adaptado de O’Brien (2004, p.24)
Uma outra categoria de sistema pontuada pelo autor que foi possível observar 
na figura vista anteriormente são os Sistemas de Apoio Gerencial.Esses siste-
mas são responsáveis por fornecer informações pertinentes que servirão de apoio 
aos gerentes para realizar a tomada de decisão de maneira eficaz. Normalmente, 
as tarefas desempenhadas por esse tipo de sistemas são mais complexas. Vamos 
observar a tabela que de forma objetiva mostra as subdivisões desse tipo de 
sistema.
SISTEMAS DE APOIO GERENCIAL
Sistemas de Informação 
Gerencial
Fornecem informações na forma de relatórios e demonstra-
tivos pré-estipulados para os gerentes.
Ex.: gerente de vendas obtém um relatório para analisar as 
vendas de um período; Relatórios das tendências de custo.
Sistemas de Apoio à 
Decisão
Fornecem apoio interativo especificamente para o processo 
de decisão dos gerentes.
Ex.: atribuição de preço de produtos; Previsão de lucros; 
Análise de riscos.
Um gerente de propaganda pode utilizar um pacote de pla-
nilhas eletrônicas para realizar análise de simulação quando 
testam o impacto de orçamentos alternativos de propagan-
das sobre as vendas previstas para novos produtos.
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SISTEMAS DE APOIO GERENCIAL
Sistemas de Informação 
Executiva
Proporcionam informações críticas e elaboradas especifica-
mente para as necessidades de informação dos executivos. 
Tais informações devem ser de fácil visualização para uma 
multiplicidade de gerentes. 
Ex.: um terminal acionado por um executivo em que visualiza 
instantaneamente textos e gráficos que destacam áreas fun-
damentais de desempenho organizacional e competitivo.
Tabela 03 – Sistemas de Apoio Gerencial
Fonte: Adaptado de O’Brien (2004, p.25)
Com base nessa etapa do nosso estudo, é possível observar que tudo gira em torno 
da informação, seja para uma simples realização de uma atividade puramente 
operacional, ou para uma tomada de decisão estratégica que poderá definir os 
rumos que a empresa irá tomar. Como já pontuamos no início desta unidade, 
a informação é moeda de troca e, cada vez mais, tem maior valor agregado. Por 
isso, a valorização desse bem precioso faz com que as empresas se preocupem 
em organizá-las e utilizá-las da melhor maneira possível. Da mesma maneira 
que uma loja precisa manter sua vitrine bem arrumada para atrair seus clientes, 
ou um açougue necessita que a higiene de seu ambiente seja impecável, ou ainda 
uma indústria precisa manter um controle eficiente de seu estoque de matéria-
-prima para evitar o desperdício e ter prejuízo, assim também devemos tratar 
a Senhora Informação. Então, os sistemas são utilizados justamente para isso: 
cuidar desse patrimônio da empresa.
Além dos dois tipos de sistemas elencados, O’Brien (2004) enfatiza que 
existem outras categorias de sistemas de informação que podemos encontrar e 
utilizar nas organizações. São elas:
 ■ Sistemas Especialistas → sistemas baseados no conhecimento, fornecendo 
conselho especializado. Funcionam para usuários como consultores e 
especialistas. Ex.: acesso à intranet de uma empresa.
 ■ Sistemas de Administração do Conhecimento → sistemas baseados 
no conhecimento e dão apoio à criação, organização e disseminação de 
conhecimento empresarial dentro da organização. Ex.: acesso à intranet 
para melhores práticas de negócio; estratégias de propostas de vendas; 
sistemas de resolução de problemas do cliente.
CONCEITOS E FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
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 ■ Sistemas de Informação Estratégica → fornecem à empresa produtos/ser-
viços estratégicos com o intuito de obter vantagem competitiva. Através 
dele é possível verificar as necessidades da empresa e obter informações 
relevantes para que a vantagem competitiva seja alcançada.
 ■ Sistemas de Informação para as Operações → servem para apoiar as apli-
cações operacionais e gerenciais das funções organizacionais mais básicas. 
Ex.: sistemas que apoiam aplicações de contabilidade, finanças, marke-
ting, administração de recursos humanos dentre outros.
TRANSFORMAÇÃO DE DADOS EM INFORMAÇÃO
Normalmente, as pessoas 
confundem os termos Dados 
e Informação como sendo 
sinônimos e isso é muito 
comum de acontecer. Porém, 
como estamos falando em 
Sistemas de Informação, é 
importante diferenciar essas 
terminologias, pois tecnica-
mente são distintas.
Quando falamos em 
Dados, estamos nos refe-
rindo a fatos isolados e 
brutos, que não estão organizados, não são interpretados e não fazem parte de 
um contexto. Côrtes (2008, p. 26) explica que dados “são sucessões de fatos brutos, 
que não foram organizados, processados, relacionados, avaliados ou interpreta-
dos, representando apenas partes isoladas de eventos, situações ou ocorrências”.
A partir dos dados é que são produzidas as Informações. Após o dado ser 
processado, organizado e interpretado, como mencionou o autor, gera-se então 
a informação propriamente dita. Podemos dizer que a informação é o resultado 
de alguns dados que ser transformaram em algo útil para quem irá utilizá-la. 
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Este autor pontua que “Quando os dados passam por algum tipo de relaciona-
mento, avaliação, interpretação ou organização, tem-se a geração de informação. 
A partir do momento que os dados são transformados em informações, deci-
sões podem ser tomadas” (CÔRTES, 2008, p. 26).
No início do nosso estudo, foram pontuadas as três funções básicas de um 
Sistema. No caso de um Sistema de Informação, o funcionamento é exatamente 
o mesmo. Observe a figura a seguir:
ENTRADAENTRADA
Dados
PROCESSAMENTOPROCESSAMENTO
Classi�car
Filtrar
Organizar
SAÍDASAÍDA
Informações
Figura 06 - Esquema básico de funcionamento de um sistema de processamento de dados.
Fonte: Côrtes (2008, p. 27)
Para que você entenda melhor, vamos exemplificar. No dia em que você foi efe-
tuar sua matrícula no curso de graduação, foi necessário que a responsável pela 
secretaria fizesse o seu cadastro. Naquele momento, a secretária fez uma coleta 
de dados em que você informou seu nome, endereço, telefones, e-mail, números 
de documentos e outro dados relevantes ao cadastro. Se considerarmos apenas 
um desses itens isoladamente, temos apenas um Dado e pronto. Esse dado iso-
lado não possui relevância para tomar decisões.
Com o passar do tempo, o seu cadastro na instituição foi ficando mais reche-
ado de pequenos dados isolados, pois você foi quitando suas mensalidades, 
participando de atividades extraclasse, seus professores foram fazendo o lança-
mento de suas notas e assim por diante.
Agora vamos imaginar que você se formou, mas quer iniciar um outro curso 
de graduação na mesma instituição. Como você foi um aluno exemplar e tam-
bém manteve a sua situação financeira em dia com a faculdade, você então resolve 
negociar um desconto diferenciado para o seu próximo curso de graduação. Para 
que os gestores possam decidir em te conceder esse desconto, eles precisarão ter 
acesso ao seu histórico, ou seja, a toda sua vida acadêmica durante o outro curso 
que você fez. Assim, terão Informações suficientes que comprovam seus argumen-
tos de bom aluno e bom pagador para concederem o desconto solicitado para você.
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Observem então, aluno(a), a real importância das informações no cotidiano 
de uma empresa. Pegamos uma situação simples de tomada de decisão com base 
nas informações disponíveis. Um SI fazendo parte efetiva da vida de uma organi-
zação, ajuda de maneira positiva ao tomador de decisões, de forma que ele possa 
se basear em informações concisas e confiáveis, diminuindo a chance de erros.
ATRIBUTOS DA INFORMAÇÃO
Empresas diferentes, siste-
masdiferentes, realidades 
diferentes. É muito impor-
tante ter essa consciência de 
que, para cada realidade há 
uma necessidade distinta. 
Mas, de qualquer maneira, 
em qualquer uma dessas rea-
lidades, as informações são 
de suma importância para os 
seus gestores.
Assim, Côrtês (2008) pontua alguns critérios que permitem analisar as infor-
mações sobre diferentes aspectos, de forma que não apenas o seu potencial de 
utilização seja verificado, mas também a realização de comparações que podem 
ser úteis no momento de análise da relevância dos dados originais em relação 
ao sistema de informação que os processou para resultar na informação dese-
jada. Nesse contexto, o autor enaltece alguns atributos que podem ser utilizados 
para qualificar uma informação. Vamos a eles:
1. Nível de utilização → atributo que indica a quantidade de vezes que uma 
informação é utilizada. Possibilita prospectar as necessidades do públi-
co-alvo (usuários) em relação àquele tipo de informação.
2. Facilidade de acesso → qual a facilidade de encontrar uma determinada 
informação. Uma baixa facilidade de acesso pode comprometer a velo-
cidade com que uma decisão é tomada ou mesmo tornar a informação 
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inútil. Embora não seja a mesma coisa, esse atributo está relacionado 
à velocidade com que a informação é obtida (ver próximo item). Por 
exemplo, uma baixa facilidade de acesso pode ser compensada por um 
usuário com bons conhecimentos sobre o sistema em uso. Nessas con-
dições, embora o acesso seja difícil, ele poderá obter a informação com 
uma velocidade superior àquela obtida por um usuário com menor grau 
de conhecimento técnico.
3. Velocidade → a informação deverá ser fornecida na velocidade neces-
sária à resolução de um problema ou tomada de decisão. De pouco ou 
nada adianta uma informação que seja verídica, exata, precisa e repro-
dutível (vide próximos itens), se ela chegar quando não há mais tempo 
para que o problema seja resolvido. Esse atributo está relacionado com 
a facilidade de acesso.
4. Qualidade → característica superior ou atributo distintivo positivo que faz 
uma informação ou um sistema de informações se sobressair em relação 
a outros. Embora seja um atributo por vezes subjetivo, é de fundamen-
tal importância que a opinião dos usuários de sistemas de informação 
sobre a qualidade (dos sistemas ou da informação) seja considerada, for-
necendo subsídios à melhoria dos processos de geração e processamento 
de informações.
5. Atualidade → a informação apresentada é atual ou condizente com o 
momento presente. Mesmo uma informação gerada há algum tempo pode 
ser atual à medida que fornece subsídios ao entendimento de certos con-
textos ou situações (ou seja, ela é condizente com o momento presente).
6. Fidedignidade → as informações apresentadas são merecedoras de crédito, 
de confiança, de fé. Em geral, esse atributo se refere mais a aspectos qua-
litativos do que quantitativos da informação (por exemplo, um relatório 
que avalie as condições para execução de um projeto pode ser fidedigno 
em sua análise, sendo, portanto, merecedor de crédito).
7. Veracidade → capacidade de ser verdadeira ou de representar a ver-
dade. Isso está relacionado à origem dos dados (sua veracidade) e ao seu 
processamento. Por exemplo, quando um relatório informa que uma apli-
cação financeira resultou em lucro, obviamente essa informação deverá 
ser verdadeira.
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8. Exatidão → que não contém erro, transmitindo fatos com rigor. Por exem-
plo, quando o sistema calcula o valor de uma dívida, esse valor deverá ser 
correto. Dados deverão ser apresentados exatamente da maneira (valor, 
conteúdo) como foram obtidos. “Santos” (município localizado no lito-
ral paulista) não pode ser tomado como sinônimo de “litoral paulista” 
(que engloba outros municípios) ou vice-versa.
9. Precisão → capacidade de lidar com valores numéricos tais como eles se 
apresentam originalmente. Por exemplo, 24,5ºC é diferente de 24ºC ou 
18,45 não é igual a 18,5. Alguns sistemas de informação promovem o 
arredondamento (18,458 vira 18,5) ou truncamento (18,458 vira 18,4) de 
números, seja para facilitar operações de digitação, seja para melhorar a 
apresentação de relatórios. Nesses casos, é necessário verificar o quanto 
essas operações (arredondamento ou truncamento) podem comprome-
ter a qualidade da informação apresentada. Para uma análise desse tipo 
de problema, sugere-se pesquisar a teoria dos erros, que analisa questões 
como quantidade de casas decimais, arredondamento e truncamento 
dentre outras.
10. Reprodutibilidade → sob as mesmas circunstâncias de processamento e 
com o mesmo conjunto original de dados, a informação gerada deverá 
ser sempre a mesma. Por exemplo, o resultado de uma operação contábil 
deverá ser sempre igual para um mesmo conjunto de dados processados 
da mesma maneira.
11. Economia → a informação deverá conter apenas o que for importante, 
suprimindo o que for desnecessário (ver próximo item).
12. Integralidade → (qualidade do que é integral) a informação deverá conter 
tudo o que for necessário à tomada de decisão. Nessa relação de atribu-
tos, os termos economia e integralidade podem parecer antagônicos, mas 
– na verdade – acabam sendo complementares. Muitos sistemas de infor-
mação confundem quantidade com qualidade, fornecendo aos usuários 
mais informações do que o necessário ao entendimento de um problema 
ou à tomada de uma decisão. Uma informação fornecida de maneira 
integral (com integralidade) deverá conter tudo o que for necessário ao 
entendimento ou solução de um problema, mas apenas isso (economia).
13. Inteligibilidade → uma informação deverá ser compreensível ao usu-
ário. Na concessão de crédito, por exemplo, uma pessoa que atue no 
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atendimento ao consumidor deverá ser informada de maneira simples 
se o crédito deverá ou não ser concedido a um cliente. É mais inteligí-
vel informar “o crédito não foi aprovado, pois o cliente não quitou um 
financiamento anterior” do que “o cliente encontra-se com saldo deve-
dor além do prazo admitido pelo departamento financeiro”.
14. Orientação → informar ao usuário a que se destina a informação apre-
sentada, facilitando a sua compreensão e uso.
PAPÉIS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
Dentro de uma empresa tudo 
precisa ter uma finalidade 
clara e definida, sendo que 
cada setor, departamento, 
equipamento ou até mesmo 
processo possui uma atri-
buição definida de maneira 
individual, mas que tem 
como foco principal o bem-
-estar coletivo da empresa. 
Uma organização deve fun-
cionar de forma similar a 
uma engrenagem. Todas as peças e pedaços precisam trabalhar de forma sin-
cronizada, cada uma assumindo o seu papel individual, mas que possuem o 
mesmo objetivo comum que é fazer com que a empresa como um todo se sus-
tente e possa almejar o crescimento no mercado.
Assim como os departamentos, pessoas e equipamentos têm suas atribuições defi-
nidas dentro das empresas, os Sistemas de Informação também possuem seus papéis.
O’Brien (2004) explica que existem três razões fundamentais para as aplica-
ções de tecnologia da informação existirem dentro das empresas. Tais razões são 
encontradas nos três papéis vitais que os sistemas de informação podem desem-
penhar no contexto organizacional. São eles:
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 ■ Suporte aos processos e operações.
 ■ Suporte para a tomada de decisõesde funcionários e gerentes.
 ■ Suporte às estratégias na busca de vantagem competitiva.
De maneira resumida, os sistemas de informações devem fornecer para as empresas 
apoio às operações, subsídios para os momentos de tomada de decisão gerencial e 
também suporte para a obtenção de vantagem competitiva. Observe a figura seguinte:
Apoio às 
Estratégias
para Vantagem
Competitiva
Apoio à Tomada
de Decisão
Empresarial
Apoio às Operações 
e aos Processos
Figura 07 - Papéis dos Sistemas de Informação
Fonte: O’Brien (2004, p. 18)
Com o passar do tempo, os Sistemas de Informações vão expandindo seus 
papéis no contexto empresarial, permeando e integrando cada vez mais todas as 
fases, etapas e hierarquias da empresa, como é possível observar na figura ante-
rior. Lidar com a informação e saber utilizá-la com sabedoria, hoje em dia, é um 
diferencial competitivo para as empresas que querem crescer no mercado. Mas 
não basta ter informações, é preciso gerenciá-las para poder utilizá-las com com-
petência e, esse suporte, um SI pode fornecer para os administradores e gestores 
que estão inseridos nas organizações.
A inserção de SI dentro das organizações está cada vez mais comum. O’Brien 
(2004) mostra essa realidade por meio de uma linha de tempo interessante que 
vale a pena você observar a figura e as explicações a seguir. Veja só:
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E-business e
e-commerce: de
1990 a 2000
Apoio
estratégico ao
usuário �nal:
de 1980 a 1990
● Sistemas de e-business e e-commerce interconectados.
● Empresa interconectada e operações de e-business 
 em rede global e comércio eletrônico na internet, intranet, 
 extranets e outras redes.
● Sistemas de computação de usuário final.
● Apoio direto à computação para a produtividade do 
 usuário final e colaboração de grupos de trabalho.
● Sistemas de informação executiva - Informações críticas
 para a alta administração. 
● Sistemas especialistas - baseados no conhecimento para
 usuários finais.
● Sistemas de informação estratégica - 
 Vantagem Competitiva.
Apoio à
Decisão: 
1970 a1980
● Sistemas de apoio à decisão.
● Apoio interativo e para finalidades específicas ao processo
 de tomada de decisão gerencial.
Relatórios
Administrativos:
1960 a 1970
● Sistemas de informação gerencial.
● Relatórios administrativos de informações pré-estipuladas
 para apoiar a tomada de decisão.
Processamento
de Dados: 1950
a 1960
● Sistemas de processamento eletrônico de dados.
● Processamento de transações, manutenções de registros
 e aplicações contábeis tradicionais.
Figura 08 – Inserção de SI nas organizações através do tempo
Fonte: O’Brien (2004, p. 20)
Fazendo uma leitura rápida dessa figura, podemos observar que até os anos de 
1960 os sistemas de informação eram simples, sendo responsáveis apenas para o 
processamento eletrônico de transações, manutenções de registros e contabilidade, 
sendo utilizados única e exclusivamente para setores operacionais das empresas.
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Com o passar do tempo, chegando à década de 1970, fica visível que os pro-
dutos da informação não estavam atendendo adequadamente às necessidades 
de tomada de decisão. Nesse período, surge o conceito de sistemas de apoio à 
decisão, com o intuito de fornecer aos seus usuários finais e gerenciais subsídios 
significativos para os processos de decisão empresarial.
Mais à frente, chegando aos anos 1980, um SI passa assumir novos papéis 
dentro das empresas. Por conta da evolução dos computadores, os pacotes de 
software, aplicativos e redes de comunicação passaram a fornecer condições para 
o surgimento da computação pelo usuário final. Nessa fase, os usuários finais 
passam a ter a possibilidade de utilizar seus próprios recursos de computação 
que forneciam apoio às suas exigências de trabalho, não sendo mais necessária 
a espera pelo apoio indireto do departamento de serviços de informação. Nessa 
fase, é possível notar que os usuários ganham mais autonomia e ganho de tempo 
e eficiência em seus trabalhos. 
Ainda nesse mesmo período, os sistemas começam a auxiliar os executivos 
como uma maneira fácil de obter as informações críticas que eram necessárias. 
Por fim, nessa fase, aconteceram as inovações no desenvolvimento e aplicações de 
técnicas de inteligência artificial (IA) nos sistemas de informações das empresas. 
Começam a existir sistemas especialistas e também baseados no conhecimento, 
fazendo com que os SI passassem a assumir um novo papel dentro das organiza-
ções. Atualmente, esse tipo de sistema serve como um consultor pelos usuários, 
fornecendo conselhos e informações especializadas em áreas temáticas específicas.
Passando o tempo, chegamos aos anos 90, quando esse novo papel dos sis-
temas de informação vindos da década anterior teve continuidade. Nessa fase, 
os sistemas de informação passam a assumir um conceito mais estratégico den-
tro das organizações. A tecnologia se torna um componente integrante dos seus 
processos, produtos e serviços, ficando inserida nas empresas como forma de 
obter vantagem competitiva no mercado, que está cada vez mais globalizado.
No final dos anos 90, vivenciamos o acelerado crescimento das redes de comu-
nicação (internet, intranets etc.). Essas tecnologias modificam radicalmente o 
potencial dos sistemas de informação no mundo dos negócios, rumando para o 
século XXI. Os sistemas de e-business e de e-commerce passam a fazer parte do 
cotidiano das empresas de maneira revolucionária.
43 
ESTUDO DE CASO
A FORD E A UPS LOGISTICS: O VALOR PARA OS NEGÓCIOS DE 
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
A Ford Motor Company e a UPS Logistics 
perceberam ganhos de produtividade seis 
meses antes do esperado, com um sistema 
de informação projetado para tornar a 
entrega de carros e caminhões novos mais 
rápida e confiável. A Ford adotou um sof-
tware aplicativo de logística de propriedade 
da UPS Logistics, uma divisão da United 
Percel Service, Inc., a maior companhia de 
entregas de pacotes do mundo. Ela subs-
tituiu um grupo de sistemas e processo 
manuais locais que não pode fornecer 
aos gerentes da Ford um relato completo 
sobre o estado de seus carros e caminhões 
enquanto estes se dirigem a concessioná-
rias locais da Ford nos Estados Unidos e 
no Canadá.
Em fevereiro de 2000, a Ford começou a tra-
balhar com a UPS Logistics num esforço que 
já reduziu quatro dos 14 ou 15 dias do ciclo 
típico necessário para deslocar um veículo 
de uma unidade industrial para uma con-
cessionária. Fazendo isso, a Ford também 
viu o valor de seu estoque de veículos enco-
lher em US$ 1 bilhão, o que, por sua vez, 
esperou-se reduzir os cursos de manuten-
ção de estoques em US$ 125 milhões, de 
acordo com os funcionários do fabricante 
de autos. A meta final das duas companhias 
é diminuir tempo de entrega em mais dois 
dias – para um total de seis – e eles estão 
quase conseguindo.
No passado, a Ford dava às suas concessio-
nárias locais datas de entrega calculadas 
que não eram precisas. Essas datas eram, 
então, passadas para os clientes que esta-
vam aguardando. Além disso, os atrasos da 
ferrovia ou dos transportes por caminhão 
alterariam mais os prazos. No final, a Ford 
não tinha um bom controle sobre o estado 
de seus veículos em trânsito. “Uma vez que 
o tivesse despachado, não poderíamos 
dar uma data precisa, apenas um número 
aproximado de dias, quanto qualquer um 
poderia vê-lo ou saber onde estava”, diz 
Taylor. “Agora podemos”.
Por exemplo, Pete Greiner, proprietário da 
concessionária Greiner da Ford em Casper, 
Wyoming, diz que começou a ver melho-
res previsões de entrega seis meses após o 
início do processo. Antigamente, ele falaria 
para os clientes em espera que seus car-
ros e caminhões chegariamdentro de um 
certo número de dias. Às vezes, isso não era 
bom o suficiente. “Tivemos consumidores 
que ficaram tão frustrados porque tinham 
férias ou viagens de caça se aproximando 
e disseram: ‘Se você não puder conseguir o 
caminhão a tempo, eu vou a outro lugar’”, 
conta Greiner. “Agora podemos dizer aos 
clientes: ‘Acreditamos firmemente que seu 
caminhão estará aqui em 25 de agosto’, e, 
caramba, ele chega mesmo”.
A maioria dos sistemas tradicionais da Ford 
para localizar a entrega de veículos era de 
soluções momentâneas locais que não 
davam para a companhia uma visão unifi-
cada dos eventos. De fato, grande parte das 
informações utilizadas para localizar veí-
culos era escrita em papel. O novo sistema 
online da Ford localiza carros e caminhões 
por meio de um número de identificação de 
veículo (NIV). Os funcionários da UPS Logis-
tics e da Ford, assim como as pessoas nas 
estradas de ferro e companhias de trans-
portes rodoviários, que levam veículos 
da Ford, utilizam computadores portáteis 
para ler o código de barras de cada NIV, 
enquanto o veículo segue de uma fábrica 
por trem ou por caminhão para uma con-
cessionária.
Executivos, tanto da UPS Logistics, sediada 
em Atlanta, e da Ford, recusaram-se a fazer 
um comentário sobre quanto o projeto cus-
tou. Contudo, 120 pessoas se envolveram: 
93 da UPS Logistics e 27 da Ford.
Paralelamente às mudanças de tecnologia, 
a reorganização dos processos pessoais de 
companhias ao longo da cadeia de distri-
buição também tem ajudado a melhorar 
o desempenho na entrega. Por exemplo, 
a Ford persuadiu algumas de suas 6.000 
concessionárias a ampliar as horas durante 
as quais recebem e descarregam novos 
veículos. Anteriormente os negociantes 
recebiam os veículos de segunda à sexta-
-feira, das 9 às 17 horas, quando a maioria 
do pessoal de seus escritórios e da manu-
tenção estava trabalhando. Agora, muitos 
negociantes locais alteraram suas jorna-
das de trabalho de forma a poder receber 
entregas à noite e nos fins de semana. A 
UPS Logistics ajudou a Ford nas ferrovias e 
nas rotas de transportadoras rodoviárias. A 
UPS Logistics monitora o trânsito em escri-
tórios ferroviários e fora deles, no campo, 
diz Andy Gonta, vice-presidente de despa-
chos de automóveis da Canadian National 
Railrod Co., em Montreal, Canadá. Antes, 
uma remessa de carros e caminhões “chega-
ria numa fábrica numa sexta-feira a pararia 
até segunda-feira, assim como os veículos 
que chegassem no sábado ou no domingo”, 
explica Gonta. “Demoraria até quarta-feira 
para que você conseguisse retirá-lo”.
A próxima inovação no programa de tra-
balho da Ford: um aplicativo de rede 
projetado para possibilitar às concessio-
nárias locais localizarem, em tempo real, 
veículos específicos em trânsito. O sistema 
permite aos concessionários obter dados 
de muitos sistemas industriais finais dife-
rentes da Ford, juntá-los com informações 
de transportadoras por ferrovias e estradas 
de rodagem e selecioná-los num sistema 
de middleware* que organiza a informa-
ção e a torna disponível na web, acessível 
online. Finalmente, diz Taylor que o sis-
tema é “muito semelhante” ao aplicativo 
de acompanhamento de pacotes da UPS, 
existente na Internet.
*Middleware é uma camada de software entre a rede e os aplicativos. Este software fornece 
serviços como identificação, autenticação, autorização, diretórios e segurança. Na Internet 
atual, os aplicativos geralmente precisam eles mesmos fornecer esses serviços o que os 
levam a competir gerando padrões incompatíveis. Os middlewares promovem a padroni-
zação e a operacionalidade tornando os aplicativos de rede muito mais fácil de usar.
Fonte: O’Brien (2004, p. 36)
Considerações Finais
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesse momento você pode estar pensando: “Nossa! Quanto informação!”. Veja 
que, com essa simples frase, já podemos resumir a importância de termos a infor-
mação e, consequentemente, organizá-la em nossa cabeça. De maneira muito 
sucinta e simplista, esse é o objetivo de um Sistema de Informação.
Foi possível perceber no estudo desta unidade que a informação é vital para 
o funcionamento de uma empresa inserida no mercado da atualidade em que 
vivemos. Porém, não basta reter informações. É necessário filtrá-las, organizá-
-las, analisá-las, processá-las e, principalmente, utilizá-las de maneira estratégica, 
obtendo vantagem competitiva. Assim, uma empresa precisa investir na organi-
zação deste patrimônio chamado informação, que é a força motriz que permite 
que a empresa viva de verdade.
Em nosso estudo foi pontuado que um sistema é um conjunto de pequenas 
partes que interagem entre si em um todo organizado, em que os insumos che-
gam pela fase da Entrada, passam por uma etapa de transformação, chamada 
Processamento até que, por fim, são finalizados com a fase da Saída. Para um 
Sistema de Informação, o funcionamento é exatamente o mesmo, mas além de 
ser um bem físico, se trata de algo intangível.
Voltando o nosso olhar para um Sistema de Informação, vimos que os recursos 
envolvidos não ficam limitados a apenas um Software, mas envolvem comuni-
cação, redes, hardware, dados e especialmente os Recursos Humanos, que são 
os especialistas e usuários finais desse sistema.
É importante reforçarmos que cada organização possuirá uma necessidade 
distinta. É preciso, então, que essa empresa se atente à sua necessidade e decida 
que tipo de sistema de informação é mais adequado para satisfazer suas neces-
sidades de trabalho, sejam elas operacionais, táticas ou até mesmo estratégicas. 
Os sistemas de informação devem dar apoio a essas necessidades, como forma 
de auxiliar as operações e também contribuir para a tomada de decisão geren-
cial, por parte dos gestores e administradores.
Com toda essa quantidade de novos conhecimentos, nós finalizamos esta 
primeira unidade. Temos certeza de que todas as informações aqui transmitidas 
serão úteis para a continuidade do seu estudo sobre Negócios Eletrônicos. Você 
CONCEITOS E FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
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rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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perceberá que o conteúdo começará a ficar mais encorpado a partir de agora e 
isso, caro(a) leitor(a), é ótimo para o seu crescimento intelectual. Procure linkar 
as ideias que serão expostas nas próximas unidades para que você possa cons-
truir novos conhecimentos por meio dessa ligação de conceitos, teorias e práticas.
Na próxima unidade, faremos uma abordagem mais específica sobre o 
Comércio Eletrônico, em que falaremos sobre o conceito, seu funcionamento, 
tipos diferentes de lojas virtuais e outros assuntos. Temos certeza de que você 
irá gostar!
47 
1. Pesquise na internet casos de empresas que não utilizavam sistemas de informa-
ção em seu cotidiano e passaram a utilizar. Faça uma pequena análise sobre o 
resultado dessa mudança.
2. Fazendo uma leitura sobre a realidade tecnológica em que vivemos atualmen-
te, é possível perceber a velocidade com que as coisas acontecem e também as 
transformações ocorridas em todos os setores da sociedade. Você acredita que 
as empresas estão acompanhando essas transformações? Reflita sobre o assun-
to.
3. Nesta unidade apresentamos um Estudo de Caso sobre a Ford e a UPS Logistics. 
Sobre esse case, reflita sobre os seguintes questionamentos.
a. Quais benefícios foram alcançados por meio da parceria entre as duas em-
presas?
b. De que maneira os aplicativos utilizados via Internet podem contribuir com 
as concessionárias da Ford?
c. Você, como consumidor(a), daria quais sugestões de ferramentas para a em-
presa implantar como forma de lhe satisfazer como cliente?
U
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ID
A
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E II
Professor Me. Danillo Xavier Saes
COMÉRCIO ELETRÔNICO
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Expor o conceito de Comércio Eletrônico.
 ■ Mostrar o funcionamento de um sistema

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