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Teoria da Contabilidade e Ética Profissional - atualizada-convertido

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UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
1 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
 
Teoria da 
Contabilidade e 
Ética Profissional 
5º SEMESTRE 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
2 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Créditos e Copyrights 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este curso foi concebido e produzido pela Unimes Virtual. Eventuais marcas aqui 
publicadas são pertencentes aos seus respectivos proprietários. 
A Unimes Virtual terá o direito de utilizar qualquer material publicado neste curso 
oriunda da participação dos alunos, colaboradores, tutores e convidados, em 
qualquer forma de expressão, em qualquer meio, seja ou não para fins didáticos. 
Copyright (c) Unimes Virtual 
É proibida a reprodução total ou parcial deste curso, em qualquer mídia ou formato. 
 
 
 
 
Souza, Wanderley. 
 Contabilidade Geral. Wanderley Souza. Santos: Núcleo de 
Educação a Distância da UNIMES. (Material didático. Curso de Ciências 
Contábeis). 
 Modo de acesso: www.unimes.br 
1.Ensino a distância. 2. Contabilidade. 3. Teoria da Contabilidade 
e Ética Profissional 
 
 CDD 657 
 
http://www.unimes.br/
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
3 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Sumário 
 
Aula 01_Evolução Histórica da Contabilidade............................................................. 5 
Aula 02_Novos Aspectos Abordados pela Contabilidade ........................................... 8 
Aula 03 - O Perfil do Profissional Contábil ................................................................ 11 
Aula 04_Características do Contador ....................................................................... 13 
Aula 05_Perspectivas do Contador ........................................................................... 15 
Aula 06 - Visão Atual da Profissão Contábil no Brasil ............................................... 17 
Resumo da Unidade I ............................................................................................... 19 
Aula 07_Postulado da Entidade ................................................................................ 22 
Aula 08_Postulado da Continuidade ......................................................................... 25 
Aula 09_Princípio do Denominador Comum Monetário ............................................ 26 
Aula 10_Princípio da Competência ........................................................................... 28 
Aula 11_Princípio da Realização da Receita ............................................................ 30 
Aula 12 - Princípio das Despesas & Receitas e Custos (Valor) ................................ 32 
Aula 13_Convenções Contábeis ............................................................................... 34 
Resumo da Unidade II .............................................................................................. 36 
Aula 14_Teoria Prescritiva e Descritiva .................................................................... 38 
Aula 15_Avaliação e Mensuração ............................................................................. 41 
Aula 16_Ativa e Passiva ........................................................................................... 44 
Aula 17_Receitas e Despesas .................................................................................. 47 
Aula 18_Ganhos e Perdas ........................................................................................ 50 
Aula 19_I.R.F.S - Normas Internacionais .................................................................. 52 
Aula 20_C.P.C. – Comitê de Pronunciamentos Contábeis. ...................................... 55 
Aula 21_Ética: Noções Gerais .................................................................................. 61 
Aula 22_Ética Empresarial ........................................................................................ 62 
Aula 23_Ética na Relação com Clientes ................................................................... 63 
Aula 24_Ética na Relação com Fornecedores .......................................................... 65 
Aula 25_Ética na Relação com Concorrentes ........................................................... 67 
Aula 26_Ética na Relação com Empregados ............................................................ 70 
Aula 27_Ética na Relação com Acionistas ................................................................ 72 
Aula 28_Ética na Relação ao Meio Ambiente ........................................................... 74 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
4 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 29 Liberdade e Independência .......................................................................... 77 
Aula 30_Elaboração das Demonstrações Contábeis ................................................ 79 
Aula 31_Penalidades e Atenuantes .......................................................................... 81 
Aula 32_Julgamento e Recursos .............................................................................. 82 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
5 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 01_Evolução Histórica da Contabilidade 
 
 
 
Para que possamos situar a Contabilidade nos dias atuais se faz necessário 
conhecer um pouco de sua evolução histórica. 
Segundo os Professores José Carlos Marion e Sérgio de Iudícibus, muito 
antes do aparecimento dos números, da escrita e da moeda a humanidade já tinha 
percebido a importância de se fazer contas, o que hoje chamamos de inventário. Na 
antiguidade, por exemplo, os pastores de ovelhas tinham necessidade de saber 
quanto deveriam provisionar para o sustento de seus rebanhos durante o período de 
inverno. Mas sem saber ao certo quantas ovelhas eles tinham entre um inverno e 
outro, a tarefa era praticamente impossível. Assim o pastor passou a usar pedrinhas 
para contar o número de ovelhas. No próximo período comparava com o período 
anterior e assim tinha noção do aumento ou da redução de sua riqueza. E esta, é a 
função da Contabilidade. Muitos teóricos citam que já na Bíblia (cerca de 4.000 A.C.) 
há relatos de registros e controles quantitativos. 
Mas somente em 1494 o Frade Luca Pacioli codificou a contabilidade através 
do método das partidas dobradas, mostrando a causa efeito dos débitos e créditos, 
dando origem a Escola Italiana. No entanto esse método já era utilizado no século 
XIII, época em que os números indu-arábicos (0,1,2, ...) substituíram os números 
romanos e hebraicos que se utilizavam apenas de letras e desconheciam o zero. 
 
 
 
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Núcleo de Educação a Distância 
6 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
No século XX tem início a Escola Americana, a qual coincidiu com a queda da 
Escola Italiana, e que permanece até os dias atuais. 
 
Qual é a diferença entre a Escola Italiana e a Escola Americana? 
 
A Escola Italiana era muito teórica, endeusava demais os seus autores, dava 
pouca importância à auditoria e as faculdades priorizavam mais a quantidade de 
alunos do que a qualidade. Já a Escola Americana sempre esteve mais preocupada 
com o lado prático da contabilidade e sua aplicabilidade. O grande foco são seus 
usuários e não seus autores. Ênfase na auditoria para garantir transparência aos 
investidores. As faculdades priorizam a qualidade do ensino com dedicação integral 
dos professores e o aluno em período integral (situação nas faculdades americanas, 
na época). 
Atualmente, com o aparecimento da informática, acabou a escrituração 
tradicional, porém a mesma agilizou e ampliou as possibilidades de uso da 
Contabilidade como instrumento de controle e gestão. 
Veja agora quais os principais eventos que marcarama evolução da 
Contabilidade no Brasil: 
 Em 1902 ocorreu a abertura da Escola de Comércio Álvares Penteado em 
São Paulo. Até hoje, é uma instituição muito tradicional na área contábil, embora 
forneça cursos também em outros segmentos. Em 1946 a inauguração da 
Faculdade de Economia e Administração da USP (FEA), que embora não tenha no 
seu nome, também engloba o curso de Ciências Contábeis. Em 1964 ocorre 
significativa mudança no ensino da Contabilidade Geral para os alunos dos cursos 
de Ciências Contábeis, Administração e de Ciências Econômicas. Momento em que 
é adotado o modelo americano. O primeiro livro Contabilidade Introdutória de autoria 
da equipe de professores da USP, baseado nesse conteúdo é lançado em 1971 e 
amplamente utilizado até hoje. Em 1976 a edição da Lei 6404/76 – Lei das 
Sociedades Anônimas e a Lei 6385/76 que criou a Comissão de Valores Mobiliários 
(CVM) também marcam a evolução da Contabilidade no Brasil. 
Com a redução ou eliminação das fronteiras comerciais - a formação de 
blocos econômicos regionais e alianças comerciais, passou-se a ter a necessidade 
 
 
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Núcleo de Educação a Distância 
7 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
de padronização de conceitos e procedimentos e ainda a harmonização 
internacional das normas contábeis. O aumento da regulamentação governamental 
e burocrática, o aumento da variedade de usuários dos serviços contábeis e as 
crescentes e múltiplas exigências decorrentes e novos campos de atividades 
econômicas têm exigido: 
• Técnicas contábeis sempre renovadas. 
• Rápido avanço da Tecnologia da Informação. 
• Maior competitividade entre as empresas, o que exige maior eficiência 
e produtividade, maior necessidade de precisão, atualização de informações e 
avaliação. 
 Diante da tendência de crescente fluxo de negócios entre os diversos 
países, entre sistemas econômicos diferentes, cresce também a necessidade 
de uniformizar a linguagem dos contabilistas em todo o mundo, o que 
detalharemos a partir da próxima aula. Até lá! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 02_Novos Aspectos Abordados pela Contabilidade 
 
 
A Contabilidade já não representa mais apenas o registro das alterações 
ocorridas no Patrimônio das empresas. Outros temas devem ser levados em 
consideração, como: 
Globalização 
A globalização da economia mundial e a necessidade dos Contadores se 
prepararem-se para a harmonização das normas contábeis internacionais exigirá 
melhor formação educacional, não somente no que diz respeito à cultura geral, mas 
também quanto à educação técnica especializada. 
Segundo o Professor Hilário Franco, a globalização exigirá a harmonização 
das normas contábeis no âmbito internacional, principalmente procurando conciliar 
as normas da Comunidade Européia e as da FASB (Financial Accounting Standards 
Board) - US GAAP, com as da IASC (Internacional Accouting Standards Committee), 
as quais formam os três conjuntos de normas mais importantes e mais influentes 
para as relações econômicas internacionais. 
Os países em desenvolvimento, para receberem capitais estrangeiros, terão 
de seguir normas contábeis internacionalmente aceitas. 
 A Questão Ambiental 
Nas últimas décadas, os investimentos e estratégias de crescimento de 
muitas empresas passaram a ser direcionados por critérios que envolvam a 
preservação do meio ambiente. É crescente a demanda por informações e 
exigências de regulamentação para o meio ambiente. Os Contadores devem buscar 
a forma mais consistente de informar ativos e passivos ambientais e padronizar as 
 
 
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9 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
normas para provisionamento e avaliação. A Contabilidade deve preocupar-se com a 
mensuração dos recursos consumidos e toda a poluição resultante da fabricação de 
determinado produto, seu uso e descarte final. A responsabilidade dos contadores 
passou a ser a de prover informações sobre encargos com o meio ambiente e, a 
responsabilidade dos auditores é a de assegurar a confiabilidade das informações 
fornecidas. 
A Preocupação Social 
A sociedade passou a dar grande importância ao Balanço Social elaborado 
pelas empresas. 
Mas o que é um Balanço Social? Balanço Social são demonstrativos técnico-
gerenciais do conjunto de informações sociais de uma entidade, relacionadas: 
• Aos benefícios para os funcionários. 
• Ao relacionamento com entidades de classe como associações e 
sindicatos. 
• Ao relacionamento com o governo através da geração de tributos. 
• Aos gastos na melhoria dos padrões de saúde e educação de uma 
comunidade. 
• As ações de cidadania como patrocínio de eventos culturais e de lazer. 
• As ações relacionadas à conservação do meio ambiente. 
 O Avanço Tecnológico 
A evolução tecnológica muito poderá auxiliar o Contador no desenvolvimento 
de sua atividade, desde que ele se mantenha atualizado em relação a esses 
avanços. Graças à Tecnologia da Informação, ganharão ênfase às funções 
contábeis de planejamento, planos de contas e análises de demonstrações 
contábeis. O trabalho de registro dos fatos (escrituração) e o de elaboração das 
demonstrações contábeis poderão ser executados por não contadores com o auxílio 
de fórmulas e programas de computação. Os Contadores participarão da criação 
desses programas. Com o auxílio da informática, o profissional contábil dispõe de 
mais recursos para oferecer informações e orientações de interesse para 
administradores e tomadores de decisão, valorizando seus serviços. 
 
 
 
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10 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Diante de tantas transformações, qual deve ser o novo perfil do 
profissional contábil? 
 É o que estudaremos na próxima aula. Tudo bem? 
 
 
 
 
 
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11 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 03 - O Perfil do Profissional Contábil 
 
 
 
O profissional contábil deve ser preparado e treinado para ser capaz: 
• De elaborar e conduzir seu planejamento profissional de forma 
consistente e duradoura. 
• De atuar com foco no cliente – o usuário da informação contábil. 
 Habilidades 
Para atender as exigências de mercado o profissional contábil deve 
apresentar as seguintes habilidades: 
• Pessoais: o profissional contábil necessita ter boa cultura geral. Deve 
ter conhecimentos de outro idioma, principalmente o inglês. Comunicabilidade e 
facilidade de expressão verbal e escrita são imprescindíveis para que possa se fazer 
entender e para que possa de maneira mais clara apresentar as informações 
contábeis, bem como os relatórios que delas derivam. Responsabilidade social e 
vontade de aprender complementam as habilidades pessoais inerentes ao Contador. 
• Profissionais: suas habilidades profissionais consistem em ter bons 
conhecimentos da economia nacional e internacional e capacidade de prever 
cenários. Amplo conhecimento de tecnologia da informação e capacidade de 
acompanhar sua evolução. Domínio do processo de gestão de sua empresa e visão 
de negócio, o que lhe permitirá visualizar a evolução da entidade no mercado, 
avaliando seus riscos e oportunidades – “contador-analista”. Capacidade de avaliar 
impactos e efeitos da entidade na comunidade e no meio ambiente. Boa formação 
teórica e domínio técnico. Domínio de normas contábeis internacionais, da 
Contabilidade Governamental e conhecimento dos produtos do mercado financeiro 
 
 
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12 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
em seus aspectos contábeis e tributários complementam o perfil profissional do 
Contador. 
Para acompanhar um mundo em acelerada evolução, além de conhecimentos 
técnicos essenciais, o contador da atualidade precisa também desenvolver 
habilidadesrelacionadas à comunicação, à administração, às relações humanas. A 
Contabilidade deve ser tratada como um serviço a prestar aos clientes, para tanto 
deve adaptar-se à chamada Era do Cliente, onde o foco de todas as ações é a 
satisfação do usuário da Contabilidade. 
 O ambiente onde as empresas atuam está em constante mutação, evoluindo 
e derrubando fronteiras. A Contabilidade deve acompanhar toda essa evolução e o 
profissional contábil é um dos principais agentes desse cenário. Deve, portanto 
preparar-se para executar bem o seu papel, e ter o reconhecimento à altura de sua 
importância. Várias ações precisam ser adotadas no sentido da valorização desse 
profissional, e também no sentido de melhorar a capacitação desse profissional para 
prepará-lo, não só para atuar de forma diferenciada, como também para capacitá-lo 
a preparar as gerações futuras. 
Para atender este mundo em constantes transformações estudaremos 
na aula seguinte quais as principais características que devem ser trabalhadas 
pelo profissional contábil, bem como suas perspectivas. Até mais! 
 
 
 
 
 
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13 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 04_Características do Contador 
 
 
 
A Contabilidade é a linguagem universal de negócios e atividades econômicas 
internacionais, portanto é participante direta do processo de globalização e de 
negócios. Essa uniformidade de linguagens envolve a internacionalização de normas 
e de currículos. 
 O profissional da Contabilidade tem papel de destaque nesta nova ordem, 
pois dele depende a transparência e fidelidade das informações contábeis que 
permitem a correta avaliação das empresas e dos negócios. Essa avaliação não é 
importante só na esfera privada, como também no setor público, onde cresce a 
importância da participação de auditores e peritos no exame das contas públicas. 
 A sociedade requer, cada vez mais, transparência e clareza nas informações 
públicas, entendendo sua importância para a busca de melhor qualidade de vida e 
também como forma de inserção no contexto universal de negócios. 
Características 
Segundo o Professor José Carlos Marion, entre todos os princípios 
fundamentais que orientam o Contabilista na conduta de suas relações profissionais 
com terceiros, destacam-se: 
 A Integridade: o profissional contábil deve ser correto, honesto e sincero na 
abordagem de seu trabalho profissional. 
O Comportamento Ético: o profissional contábil deve conduzir-se de 
maneira consistente com a boa reputação de sua profissão e abster-se de qualquer 
conduta que possa trazer descrédito à profissão. 
 
 
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14 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
 Além da boa formação ética, o Contador deve conhecer o Código de Ética da 
Profissão (instituído pela Resolução 290 de 04/09/70 do Conselho Federal de 
Contabilidade), e as orientações do Comitê de Ética da IFAC – Federação 
Internacional de Contadores. 
Segundo Lázaro Lisboa, um código de ética mostra ao profissional quais 
práticas são permitidas e quais são proibidas no exercício da profissão. O contador 
tem um papel importante na prática da ética contábil. Necessita de sigilo, de 
integridade e de objetividade. E sempre que possível, propor soluções alternativas 
que preservem os interesses da empresa, à medida que esses não contrariem os 
princípios éticos. 
 O século XXI forçará os Contadores a expandir sua visão para além dos 
números, para mudar a forma como tratam os problemas e devem passar a 
considerar a forma como esses problemas são tratados além das fronteiras 
nacionais. 
 Na próxima aula abordaremos as perspectivas do profissional da 
contabilidade. Até lá! 
 
 
 
 
 
 
 
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Núcleo de Educação a Distância 
15 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 05_Perspectivas do Contador 
 
 
 
A profissão deverá estar voltada muito mais para as decisões e as previsões 
futuras do que para a história do passado. Essa nova realidade deve trazer 
alterações na forma como os Contadores são preparados e treinados. 
Perspectivas 
O Professor Sérgio de Iudícibus apresenta como excelentes as perspectivas 
da Contabilidade e da Profissão Contábil no Brasil, porém cita três circunstâncias 
para se obter um progresso constante, duradouro e equilibrado: 
 1) As entidades representativas, como por exemplo o Instituto Brasileiro de 
Contabilidade (IBRACON), devem aprofundar a pesquisa sobre princípios contábeis. 
 2) Os Técnicos de Contabilidade devem buscar formação superior em bons 
cursos de Ciências Contábeis. 
 3) As instituições de pesquisa precisam ampliar seus fundos e esforços à 
pesquisa contábil, no sentido de treinar, manter e atualizar o corpo docente. 
 Segundo Cosenza (RBC/130 2001), “o profissional contábil é percebido como 
carente de competências que ultrapassem seu domínio profissional, ou seja, os 
aspectos quantitativos da informação”. 
 É evidente que deve haver uma modificação no comportamento desses 
profissionais que, segundo o mesmo autor, apresentam as seguintes características: 
• Recusa-se, em geral, em avançar além do limite restrito da apuração 
contábil. 
• Limita-se a trabalhar os aspectos ligados a questões tributárias, fiscais 
e jurídicas. 
• Esforça-se mais em moldar o cliente, segundo as orientações do poder 
público, do que atender as necessidades do cliente. 
 
 
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Núcleo de Educação a Distância 
16 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
• Omite-se de intervir na área de consultoria de gestão empresarial para 
as pequenas e médias empresas. 
 A melhoria no reconhecimento da profissão pode ser obtida também através 
do incentivo para que os profissionais contábeis exerçam mais ativamente sua 
responsabilidade cívica, participando da vida social da comunidade onde atuam, 
seja individualmente, seja através de entidades de classe, em ações como: 
• Auxílio aos microempresários e pequenos empresários, que 
normalmente operam na informalidade, em questões de documentação e tributação. 
• Divulgação, através da mídia, de campanha de conscientização da 
importância da profissão e dos benefícios que se podem obter como apoio de um 
profissional contábil nas várias áreas de negócios (mostrar à sociedade a 
importância da profissão contábil). 
• Apoio à comunidade nas questões tributárias. 
 
Na próxima aula conheceremos a visão atual da profissão contábil 
no Brasil! 
 
 
 
 
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17 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 06 - Visão Atual da Profissão Contábil no Brasil 
 
 
 
O profissional do futuro deve ser preparado para ser um estrategista dentro 
da empresa, que tenha ações eficientes e eficazes, visando identificar e corrigir as 
dificuldades e adversidades que se coloquem ao longo do percurso. 
 Para isso será necessário adquirir novas qualificações e capacitações 
gerenciais. A atualização de seus conhecimentos deve ser uma constante. Na nova 
realidade empresarial que se apresenta, os Contadores deverão ser mais 
competitivos e desejosos de prestar novos serviços, preocupados com a qualidade 
oferecida e na utilidade dos serviços para usuários, com necessidades cada vez 
mais complexas. 
 Segundo o Professor Hilário Franco, para a evolução da profissão contábil no 
Brasil, há necessidade de: 
• Melhorar o ensino contábil. 
• Mudar a legislação profissional, buscando melhor seleção de 
profissionais, e por outro lado, oferecendo mais personalidade e prestígio. 
• Conscientizar as entidades da Classe Contábil de que a educação 
continuada deve ser um objetivo a ser perseguido, de forma constante e obrigatória. 
 
 
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18 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
• Lutar por melhor qualidade dos professores do ensino contábil, 
exigindo maior capacidade, mas oferecendomelhor remuneração. 
 Segundo o Professor José Carlos Marion, são excelentes as perspectivas 
para a profissão contábil, considerando que “a sociedade concentra sua atenção no 
novo recurso – a informação, e a Contabilidade, por excelência, é a ciência da 
informação”. 
“Nos dias que seguem, as empresas serão vistas como clientes (ou quem 
sabe, parceiras); os profissionais como fornecedores de serviços, exigindo-se por 
parte destes, diversas ênfases: competência, profissionalismo, inteligência 
emocional e marketing pessoal (ver o mundo como um mercado e as pessoas em 
volta como clientes)”. 
E assim terminamos a primeira unidade. Espero que você tenha 
entendido bem os conceitos desenvolvidos até o momento. E, é hora de testá-
los. Vamos lá! 
 
 
 
 
 
 
 
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19 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Resumo da Unidade I 
Para que possamos situar a Contabilidade nos dias atuais se faz necessário 
conhecer um pouco de sua evolução histórica. Muitos teóricos citam que já na Bíblia 
(cerca de 4.000 A.C.) há relatos de registros e controles quantitativos. Mas somente 
em 1494 o Frade Luca Pacioli codificou a contabilidade através do método das 
partidas dobradas, mostrando a causa efeito dos débitos e créditos, dando origem a 
Escola Italiana. No entanto esse método já era utilizado no século XIII, época em 
que os números indu-arábicos (0,1,2, ...) substituíram os números romanos e 
hebraicos que se utilizavam apenas de letras e desconheciam o zero. No século XX 
tem início a Escola Americana, a qual coincidiu com a queda da Escola Italiana, e 
que permanece até os dias atuais. Atualmente, com o aparecimento da informática, 
acabou a escrituração tradicional, porém a mesma agilizou e ampliou as 
possibilidades de uso da Contabilidade como instrumento de controle e gestão. 
 Com a redução ou eliminação das fronteiras comerciais - a formação de 
blocos econômicos regionais e alianças comerciais - passou-se a ter a necessidade 
de padronização de conceitos e procedimentos e ainda a harmonização 
internacional das normas contábeis. O aumento da regulamentação governamental 
e burocrática, o aumento da variedade de usuários dos serviços contábeis e as 
crescentes e múltiplas exigências decorrentes e novos campos de atividades 
econômicas têm exigido: técnicas contábeis sempre renovadas, rápido avanço da 
tecnologia da informação e maior competitividade entre as empresas, o que exige 
maior eficiência e produtividade, maior necessidade de precisão, atualização de 
informações e avaliação. Diante da tendência de crescente fluxo de negócios entre 
os diversos países, entre sistemas econômicos diferentes, cresce também a 
necessidade de uniformizar a linguagem dos contabilistas em todo o mundo. Os 
Contadores devem buscar a forma mais consistente de informar ativos e passivos 
ambientais e padronizar as normas para provisionamento e avaliação. A sociedade 
passou a dar grande importância ao Balanço Social elaborado pelas empresas. O 
profissional contábil deve ser preparado e treinado para ser capaz de: elaborar e 
conduzir seu planejamento profissional de forma consistente e duradoura e atuar 
com foco no cliente. Para atender as exigências de mercado o profissional contábil 
deve apresentar as seguintes habilidades: o profissional contábil necessita ter boa 
 
 
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20 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
cultura geral, conhecimentos de outro idioma, comunicabilidade e facilidade de 
expressão verbal e escrita, e ainda responsabilidade social e vontade de aprender. 
Suas habilidades profissionais consistem em ter bons conhecimentos da economia 
nacional e internacional e capacidade de prever cenários. Amplo conhecimento de 
tecnologia da informação e capacidade de acompanhar sua evolução. Domínio do 
processo de gestão de sua empresa e visão de negócio, o que lhe permitirá 
visualizar a evolução da entidade no mercado, avaliando seus riscos e 
oportunidades – “contador-analista”. 
 Capacidade de avaliar impactos e efeitos da entidade na comunidade e no 
meio ambiente. Boa formação teórica e domínio técnico. Domínio de normas 
contábeis internacionais, da Contabilidade Governamental e conhecimento dos 
produtos do mercado financeiro em seus aspectos contábeis e tributários 
complementam o perfil profissional do Contador. Para acompanhar um mundo em 
acelerada evolução, além de conhecimentos técnicos essenciais, o contador da 
atualidade precisa também desenvolver habilidades relacionadas à comunicação, à 
administração e às relações humanas. O profissional da Contabilidade tem papel de 
destaque nesta nova ordem, pois dele depende a transparência e fidelidade das 
informações contábeis que permitem a correta avaliação das empresas e dos 
negócios. Essa avaliação não é importante só na esfera privada, como também no 
setor público, onde cresce a importância da participação de auditores e peritos no 
exame das contas públicas. A sociedade requer, cada vez mais, transparência e 
clareza nas informações públicas, entendendo sua importância para a busca de 
melhor qualidade de vida e também como forma de inserção no contexto universal 
de negócios. O profissional do futuro deve ser preparado para ser um estrategista 
dentro da empresa, que tenha ações eficientes e eficazes, visando identificar e 
corrigir as dificuldades e adversidades que se coloquem ao longo do percurso. Para 
isso será necessário adquirir novas qualificações e capacitações gerenciais. A 
atualização de seus conhecimentos deve ser uma constante. 
 
 
 
 
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21 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Referências Bibliográficas 
 
COSENZA. José Paulo. “Perspectivas para a Profissão Contábil num 
Mundo Globalizado – Um Estudo a Partir da Experiência Brasileira” – Revista 
Brasileira de Contabilidade RBC, Jul/Ago 2001 – n. 130. 
 
FRANCO. Hilário. A Contabilidade na Era da Globalização. São Paulo: Ed. 
Atlas, 1999. 
______________. Temas Contábeis. São Paulo: Ed. Atlas, 1997. 
IUDÍCIBUS. Sérgio de – Teoria da Contabilidade. 6ª ed. São Paulo: Ed. 
Atlas, 2000. 
LISBOA. Lázaro Plácido. Ética Geral e Profissional em Contabilidade. São 
Paulo: Ed. Atlas, 1996. 
 
MARION. José Carlos. Contabilidade Empresarial. 9ª ed. São Paulo: Ed. 
Atlas, 2003. 
__________________. O Ensino da Contabilidade. 2ª ed. São Paulo: Ed. 
Atlas, 2001. 
__________________. “O Contabilista, a Ética Profissional e a Bíblia” –
 RBC/58 – 1986. 
__________________. “Preparando-se para a Profissão do Futuro” –
 Revista do CRC - Paraná Ano 24, no. 120, Março 1998. 
__________________. SANTOS. Márcia Carvalho de. “Os Dois Lados de 
Uma Profissão”. Revista Acadêmica Augusto Guzzo, n. 2, Maio/2001. 
__________________. As Faculdades de Ciências Contábeis e a 
Formação do Contador. Trabalho apresentado na XVI Conferência Interamericana 
de Contabilidade, publicado na RBC n. 56- 1986. 
 NASI. Antônio Carlos. “Globalização da Economia e as Novas Tendências 
da Profissão Contábil no Século XXI”. Apresentado no Seminário Regional 
Interamericano de Contabilidade, Dez/97, publicado na RBC n.109 de Jan/Fev/98. 
 Perfil do Contabilista Brasileiro – CFC – Brasília, 1996. 
 
 
 
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22 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 07_Postulado da Entidade 
 
 
 
À medida que as necessidades de controle foram surgindo, a contabilidade foi 
criando instrumentos para o registro de todos os fatos que afetam o patrimônio de 
uma entidade. Em alguns momentos da história da contabilidade, surgiram dúvidas 
quanto ao melhor critério de registro de determinadas transações. Diante disso, os 
primeiros contadores tiveram de fazer algumas opções, que acabaram sendo 
adotadas pelos demais colegas, ficando como regras, que passaram a ser seguidase aceitas por todos. Essas regras básicas que foram adotadas denominamos 
Princípios Contábeis e hoje formam o arcabouço teórico que sustenta a 
Contabilidade. 
Princípios Fundamentais de Contabilidade significam, então, as regras em 
que se assentam toda a estrutura teórica para a escrituração e análise contábil. 
Tendo em vista a complexidade do tema, não é escopo desse trabalho o 
aprofundamento no estudo de cada princípio. Faremos uma abordagem sucinta, 
procurando evidenciar de forma prática como os princípios devem ser utilizados pelo 
contador. 
Podemos classificar os princípios fundamentais em três categorias: 
• Postulados. 
• Princípios. 
• Convenções. 
 
 
 
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23 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Inicialmente conheceremos os postulados contábeis. Deixaremos os 
princípios e as convenções para as próximas aulas. 
Postulados 
Postulados significam os elementos vitais, elementos básicos, em que se 
estruturam toda a contabilidade atual. São as condições sine qua non para o 
desenvolvimento da contabilidade. 
 O primeiro postulado que estudaremos é o da Entidade. Esse postulado diz 
que a contabilidade de uma entidade (empresa, pessoa, entidade filantrópica) não 
pode ser confundida com a contabilidade dos membros que a possuem. Em outras 
palavras, a escrituração de uma empresa tem de ser completamente dissociada da 
escrituração de seus proprietários. Preste atenção no exemplo a seguir: 
 
 
 
Em 01/02/X2 José da Silva resolveu constituir a empresa Beta, destinando 
para esse fim o terreno. 
 
 
 
 
 
 
 
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24 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Em 01/02/X2 José da Silva decidiu conceder um empréstimo de R$ 8.000 à 
Beta. Veja como ficou seu Patrimônio: 
 
 
 
 
 
Note que a Beta é considerada uma unidade em separado e que seu 
patrimônio não se confunde com o patrimônio de José da Silva (acionista). Essa é a 
essência do Postulado da “Entidade”. 
Na próxima aula estudaremos o Postulado da Continuidade. Tudo bem 
até aqui? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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25 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 08_Postulado da Continuidade 
 
 
 
O postulado da continuidade diz que a empresa deve ser avaliada e, por 
conseguinte, ser escriturada, na suposição de que a entidade nunca será extinta. Os 
ativos dessa empresa serão avaliados partindo desse pressuposto. Deste modo, se 
uma empresa estiver sendo encerrada, se estiver terminando suas atividades 
empresariais, os critérios de avaliação de seus ativos serão diferentes. 
 Este postulado existe para possibilitar também a apuração de resultados 
periódicos. 
As demonstrações financeiras são normalmente elaboradas no pressuposto 
de continuidade das operações da companhia. Nesse sentido, o ativo imobilizado, 
por exemplo, é avaliado ao custo deduzido das depreciações acumuladas. No 
entanto, na hipótese de descontinuidade das operações, ou seja, a liquidação da 
sociedade, ou seja, a liquidação da sociedade, o ativo imobilizado deveria ser 
avaliado por seu valor de saída (valor por quanto será vendido). 
 Em outras palavras significa dizer que os critérios de avaliação de ativos e 
passivos em uma empresa em continuidade são diferentes em relação a uma 
companhia em regime de liquidação. 
O principal questionamento da regra de continuidade é que os ativos na 
maioria das companhias estão registrados pelo valor de entrada (custo), e 
consequentemente não refletem seu valor de mercado ou de realização (saída), 
distorcendo, assim, o valor real do patrimônio líquido. 
Espero que tenha ficado clara a definição postulado da 
continuidade. Nas próximas aulas estudaremos os Princípios Contábeis. Até 
mais! 
 
 
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26 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 09_Princípio do Denominador Comum Monetário 
 
 
 
A contabilidade é uma ciência de caráter essencialmente prático. Ao longo 
dos anos, diversos critérios foram desenvolvidos, diversas opções foram efetuadas, 
numa tentativa de normalizar e de se chegar a uma melhor forma de controlar o 
patrimônio de uma entidade. Assim, os princípios são a exteriorização de critérios 
aceitos pela maioria dos contadores. 
Os princípios contábeis são: Denominador Comum Monetário, 
Competência de Exercícios, Realização da Receita, Confronto das Despesas 
com as Receitas e Custo como Base de Valor. 
Nesta aula estudaremos o Princípio do Denominador Comum Monetário, a 
saber: 
Denominador Comum Monetário 
Este princípio diz que a contabilidade deve ser feita numa única moeda e que 
todos os itens devem ser avaliados por essa moeda. Assim, na dívida contraída 
originariamente em dólares será controlada em dólares, mas na escrituração 
comercial será expressa em reais. Se a empresa tem uma obra de arte no seu ativo, 
recebida em doação, por exemplo, para figurar na sua contabilidade ela deverá 
avaliar essa obra em reais. 
A empresa Norte S.A. comprou dólares da instituição financeira no Brasil e 
aplicou-os em um banco em Nova Iorque com juros de 15% ao ano. Esta aplicação 
financeira no exterior deve ser registrada na contabilidade da Norte S.A. em dólares 
ou reais? 
 
 
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27 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
 A resposta é em reais. Tendo em vista que o princípio da expressão 
monetária estabelece que as operações da companhia devem ser contabilizadas 
com base na moeda em vigor no Brasil. No caso da Norte S.A., o valor da aplicação 
em dólares na data do balanço deve ser convertido para reais com base na taxa de 
câmbio em vigor nessa data. 
A substância deste princípio é que são registráveis na contabilidade os atos e 
fatos mensuráveis na moeda real. As transações em moeda estrangeira (incluindo 
aplicações financeiras, direitos e obrigações, receitas e despesas) devem ser 
traduzidas para reais com base na taxa de câmbio em vigor na data do balanço 
patrimonial (aplicações financeiras, contas a receber e dívidas), ou com base na taxa 
de câmbio em vigor na data da transação (receitas e despesas). 
 A crítica que se faz a este princípio é que a moeda (real), por si só, não é um 
bom padrão de mensuração em regime de inflação. 
Na próxima aula estudaremos o princípio da competência. Até lá! 
 
 
 
 
 
 
 
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28 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 10_Princípio da Competência 
 
 
 
Este princípio é aplicado na contabilização das receitas e despesas. Ele é, na 
realidade, a expressão conjunta dos dois princípios que normalizam o resultado, que 
são: 
a) Princípio da Realização da Receita. 
b) Princípio do Confronto das Despesas com as Receitas. 
Tendo em vista que a necessidade de sua compreensão é vital para o perfeito 
entendimento das peças contábeis, faremos uma explicação mais detalhada 
incorporando exemplos de conteúdo prático. 
 Podemos dizer que para uma despesa ou receita existem dois momentos em 
que se poderia processar a contabilização dos fatos envolvendo tais elementos 
patrimoniais, a saber: 
• O momento econômico (de sua ocorrência ou geração). 
• O momento financeiro (de sua efetivação, através do pagamento ou 
recebimento). 
 Exemplificando, vamos imaginar uma despesa de salário de dezembro/X1, 
paga em janeiro/X2. Quando devemos contabilizar a despesa de salário como 
despesa (como redutora do Patrimônio Líquido)? 
 No momento de sua geração, no momento econômico, ou seja, no mês de 
dezembro/X1? Ou no momento de seu pagamento, no momento financeiro, ou seja, 
no mês de janeiro/X2? 
 Quando da necessidade de opção por um dos dois momentos, os contadores 
decidiram que as despesas (e as receitas) devem ser contabilizadas quando 
ocorrerem, ou seja,no momento econômico de sua geração, e não quando pagas 
 
 
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29 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
(ou recebidas, no caso das receitas). Essa decisão tornou-se o princípio da 
competência de exercícios, que diz: 
 As despesas e receitas devem ser contabilizadas como tais, 
no momento de sua ocorrência, independentemente de seu pagamento 
ou recebimento. 
Entendemos na contabilidade que um Exercício Contábil é o período de um 
ano, em que se faz a apuração do resultado. Não necessariamente o exercício 
contábil de um ano tem de coincidir com o ano civil, mas o exercício contábil tem de 
ter 12 meses. O início e o fim do exercício serão determinados pela empresa. É 
importante ressaltar que a legislação comercial e fiscal exige no mínimo um Balanço 
Patrimonial no encerramento de cada exercício contábil, acompanhado da 
Demonstração dos Resultados do último exercício. 
Assim, as despesas e as receitas devem ser contabilizadas no ano que forem 
geradas, mesmo que pagas ou recebidas em ano ou anos posteriores, ou até 
anteriormente, se for o caso. 
 A empresa Máquinas Pesadas S.A. encerra seu exercício social em 31/12 
de cada ano. Os salários são pagos normalmente no dia 5 do mês seguinte. A folha 
de pagamento desembolsada em 05/01/X2 deve ser contabilizada em janeiro X2 ou 
dezembro de X1? 
 A resposta é X1 (em contrapartida com crédito em conta do passivo 
circulante), tendo em vista que os empregados prestaram serviços à companhia em 
dezembro de X1. 
Isto significa dizer que as despesas e custos são registrados no período de 
sua ocorrência independentemente se foram pagos ou não. 
 Você compreendeu bem o que é o princípio da competência? 
Na próxima aula conheceremos o princípio da competência mensal. Até lá! 
 
 
 
 
 
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30 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 11_Princípio da Realização da Receita 
 
 
 
Realização da Receita 
Este princípio diz quando devemos considerar a receita como realizada, ou 
efetuada. Muitos teóricos admitiam que deveríamos considerar a receita de um 
produto no momento em que tivéssemos terminado de produzi-lo. Mas o consenso 
dos contadores não aceita essa teoria. Devemos considerar a receita de venda de 
um produto apenas no momento em que o produto tiver sido entregue ao cliente, já 
com um preço acordado. O momento de realização da receita poderá ser 
determinado verificando-se algumas condições básicas: 
• Avaliação de mercado objetiva para o preço do produto. 
• Realização de todos os esforços de produção. 
• Condições de avaliar as despesas relativas ao produto que está sendo 
vendido. 
Segundo Iudícibus, é importante notar que somente após dar a devida 
importância aos três itens estudados acima é que se deveria propiciar a escolha do 
melhor ponto para reconhecer a receita. O ponto de venda somente deveria ser 
escolhido quando os três itens estivessem em mais alto grau naquele ponto. Este 
posicionamento é aceito pela teoria atual, porém não é muito bem utilizado pelos 
praticantes da Contabilidade, que se fixam demasiadamente na ocorrência da venda 
como base da realização da receita, ou escolhem o ponto que mais lhe interessa 
para efeitos fiscais, sem levar em consideração os princípios contábeis. 
 Existem algumas variações no conceito tradicional de realização da receita, 
mas que acabam por se incluir dentro da regra geral. É o caso da contabilização de 
 
 
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31 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
resultados de contratos a longo prazo, em que o valor da receita é contabilizado à 
medida que o produto vai sendo fabricado, isto é, conforme o estágio de produção. 
 1- Exemplo: 
Um exemplo desse tipo de contabilização é a fabricação de navios. O fato de 
a empresa fabricadora ter um contrato formal, iniciando a fabricação somente com a 
assinatura desse contrato faz com que tenhamos um preço objetivo para essa 
produção. Também os esforços de cada fase de produção estão sendo despendidos 
e nada será perdido, podendo a construção até ser concluída por outro estaleiro. 
Igualmente, o custo de cada fase de produção é conhecido. 
 2- Exemplo: 
Outro exemplo de variação na contabilização da receita é o caso de pecuária 
de maturação longa, como a criação de bovinos. À medida que vai havendo a 
engorda do rebanho, podemos contabilizar a receita proporcional. Normalmente, a 
receita é calculada em função dos anos de vida do rebanho. A cada ano que passa 
vai-se lançando a receita incremental do ano que passou, que é engorda do ano. 
 Na próxima aula estudaremos os demais princípios. Tudo bem? 
 
 
 
 
 
 
 
 
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32 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 12 - Princípio das Despesas & Receitas e Custos (Valor) 
 
 
 
 
 
Confronto das Despesas com as Receitas 
Este princípio diz que as receitas realizadas no período devem ser 
confrontadas, no mesmo período, com as despesas que a geraram. Isto é, para a 
apuração do resultado de um período deverão ser consideradas as receitas 
realizadas, diminuídas das despesas que foram sacrificadas para a sua obtenção. 
Custo como Base de Valor 
Este princípio diz que as aquisições de ativos deverão ser contabilizadas pelo 
seu valor histórico, pelo seu valor de compra ou aquisição. Hoje, no Brasil, este 
princípio tem uma continuação, pois temos admitido o custo histórico corrigido como 
fazendo parte deste princípio. Este princípio tem uma restrição: quando, numa 
aquisição, o valor de custo for superior ao valor de venda ou mercado, então 
deveremos avaliar este ativo pelo mercado. Assim, na prática, fala-se desse 
princípio como “custo ou mercado, o menor”. 
Esse conceito é bastante importante para entendermos a conta de 
Mercadorias em Estoque. Entendemos Mercadorias em Estoque os bens que a 
empresa adquire com a finalidade básica de posterior revenda e obtenção de lucro 
com essa revenda. É a transação que dá substância a uma empresa comercial. 
 Veja um exemplo: 
O princípio de Custo como Base de Valor diz que os bens adquiridos devem 
ser registrados pelo preço de compra (preço de aquisição), que significa preço de 
 
 
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33 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
custo. Assim, quando compramos uma mercadoria por 100 reais, para posterior 
revenda, devemos lançá-la na contabilidade por esse valor de aquisição, mesmo 
sabendo que se deva vendê-la depois, por, digamos, aproximadamente 250 reais. 
 Isso significa que, apesar de se ter uma ideia de que o valor de venda é de 
250 reais, enquanto não vendida, temos de manter o seu valor na conta de 
Mercadorias a Preço de Custo. 
 Quando ocorrer a venda, e a mercadoria não estiver mais em estoque, a 
baixa da conta Mercadorias em Estoque será também dada pelo preço de custo, 
lançando a contrapartida como despesa. O valor de venda será lançado numa conta 
de Receita. A diferença entre os valores da Receita de Vendas, menos a Despesa 
de Custo da Mercadoria saída do estoque (Custo de Mercadoria Vendida), significa o 
Lucro Bruto na Venda de Mercadorias. 
Espero que você tenha entendido os conceitos até aqui 
desenvolvidos. Na próxima aula estudaremos as Convenções Contábeis. 
Até lá! 
 
 
 
 
 
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34 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 13_Convenções Contábeis 
 
 
 
As convenções são tidas como restrições aos princípios contábeis. São 
também consideradas normas de caráter prático que devem ser observadas, como 
guias, facilitando o trabalho do contador. Não são consideradas geradoras de 
definições de critérios contábeis. 
São Convenções Contábeis: 
Objetividade 
O contador deve ser objetivo. Quando efetuar uma escrituração de um fato, 
ele precisa alicerçar-sede elementos objetivos, visando tirar o máximo possível de 
subjetividade no lançamento contábil. O valor deve ter um documento hábil que 
avalize o lançamento, o objeto deve ser passível de mensuração, e o contador não 
deve imprimir marca pessoal na avaliação do objeto. 
Conservadorismo 
Proveniente de uma visão bem antiga do contador, que até acabou fazendo a 
imagem do profissional contábil, esta convenção diz que na dúvida o contador deve 
optar pela forma mais conservadora de escrituração. Uma regra prática do 
conservadorismo: na dúvida, lançar todas as despesas sempre que possível. Já com 
a receita, caso haja dúvida, não lançar. 
Materialidade 
Esta convenção está ligada basicamente à análise do custo/benefício da 
informação. O contador deve sempre buscar a exatidão numérica no lançamento, 
desde que o custo dessa exatidão não seja prejudicial a empresa. Valores grandes e 
relevantes devem ter análise muito mais acurada do que os valores pequenos, que 
podem ser tratados de forma mais simples e resumida. 
 
 
 
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35 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Consistência ou Uniformidade 
Esta convenção é tão importante que poderia ser considerada um princípio. 
Ela diz que, depois que o contador adotou determinado critério de avaliação de um 
ativo ou passivo, ele deverá adotar esse critério consistentemente ao longo dos 
anos. Deve aplicar esse critério uniformemente no tempo. A possibilidade de 
mudança de critério adotado é possível, desde que seja evidenciado em nota 
explicativa e que as mudanças efetuadas não sejam de forma nitidamente repetitiva. 
Evidenciação 
Um dos requisitos da contabilidade atual é o perfeito entendimento da peças 
contábeis. Ao expormos o patrimônio e os ganhos do último período nas 
demonstrações contábeis, é possível que um item ou outro não esteja claro só com 
a exposição do número. Faz-se necessário então uma explicação adicional. Essa 
explicação deverá ser dada, ainda que de outra forma. Basicamente, o processo de 
evidenciação se consubstancia numa peça contábil denominada Notas Explicativas. 
Nessa peça, todos os itens que necessitam de informação adicional para sua 
compreensão devem ser evidenciados. Uma utilização muito comum é a de 
descrever os critérios de avaliação adotados para os principais ativos e passivos, 
bem como as principais mudanças dos critérios adotados. 
 Outras informações necessárias para a compreensão dos relatórios devem 
fazer parte das Notas Explicativas, seja em nível de detalhamento dos números dos 
relatórios, seja para adicionar qualidade às informações numéricas. Além das notas 
explicativas, a empresa deve valer-se de outro relatório para promover a 
evidenciação. Normalmente, esse relatório é denominado Relatório da Diretoria. 
Nele devem constar todos os fatos relevantes que influenciaram nos números 
apresentados, bem como as condições ambientais em que atuou a empresa no 
último período. Caso haja fatos relevantes e concretos que decididamente influirão 
no resultado do ano em curso ou nos próximos anos, estes também deverão ser 
evidenciados. 
 Então? 
Você já consegue distinguir postulados, princípios e convenções? 
Que tal exercitarmos o entendimento do conteúdo abordado nesta 
unidade? 
 
 
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36 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Resumo da Unidade II 
À medida que as necessidades de controle foram surgindo, a contabilidade foi 
criando instrumentos para o registro de todos os fatos que afetam o patrimônio de 
uma entidade. Essas regras básicas que foram adotadas denominamos Princípios 
Contábeis e hoje formam o arcabouço teórico que sustenta a Contabilidade. 
Podemos classificar os princípios fundamentais em três categorias: postulados, 
princípios e convenções. 
 Os postulados significam os elementos vitais, elementos básicos, em que se 
estruturam toda a contabilidade atual. O postulado da entidade diz que a 
contabilidade de uma entidade (empresa, pessoa, entidade filantrópica) não pode 
ser confundida com a contabilidade dos membros que a possuem. Já o postulado da 
continuidade a empresa deve ser avaliada e, por conseguinte, ser escriturada, na 
suposição de que a entidade nunca será extinta. No entanto os critérios de avaliação 
de ativos e passivos de uma empresa em continuidade são diferentes em relação a 
uma companhia em regime de liquidação. 
 O princípio do denominador comum diz que a contabilidade deve ser feita 
numa única moeda e que todos os itens devem ser avaliados por essa moeda. O 
princípio da competência é aplicado na contabilização das receitas e despesas. Ele 
é, na realidade, a expressão conjunta dos dois princípios que normalizam o 
resultado, que são: princípio da realização da receita e princípio do confronto das 
despesas com as receitas. O princípio da realização da receita diz quando devemos 
considerar a receita como realizada, ou efetuada. Devemos considerar a receita de 
venda de um produto apenas no momento em que o produto tiver sido entregue ao 
cliente, já com um preço acordado. O princípio do confronto das despesas com as 
receitas diz que as receitas realizadas no período devem ser confrontadas, no 
mesmo período, com as despesas que a geraram. Isto é, para a apuração do 
resultado de um período deverão ser consideradas as receitas realizadas, 
diminuídas das despesas que foram sacrificadas para a sua obtenção. Já o princípio 
do custo como base de valor diz que as aquisições de ativos deverão ser 
contabilizadas pelo seu valor histórico, pelo seu valor de compra ou aquisição. Hoje, 
no Brasil, este princípio tem uma continuação, pois temos admitido o custo histórico 
corrigido como fazendo parte deste princípio. 
 
 
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37 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
 As convenções são tidas como restrições aos princípios contábeis. A 
convenção da objetividade diz que o contador deve ser objetivo. Quando efetuar 
uma escrituração de um fato, ele precisa alicerçar-se de elementos objetivos, 
visando tirar o máximo possível de subjetividade no lançamento contábil. A 
convenção do conservadorismo diz que na dúvida o contador deve optar pela forma 
mais conservadora de escrituração. Uma regra prática do conservadorismo: na 
dúvida, lançar todas as despesas sempre que possível. Já com a receita, caso haja 
dúvida, não lançar. A convenção da materialidade está ligada basicamente à análise 
do custo/benefício da informação. O contador deve sempre buscar a exatidão 
numérica no lançamento, desde que o custo dessa exatidão não seja prejudicial à 
empresa. A convenção da uniformidade diz que, depois que o contador adotou 
determinado critério de avaliação de um ativo ou passivo, ele deverá adotar esse 
critério consistentemente ao longo dos anos. Deve aplicar esse critério 
uniformemente no tempo. A convenção da evidenciação diz que ao expormos o 
patrimônio e os ganhos do último período nas demonstrações contábeis, é possível 
que um item ou outro não esteja claro só com a exposição do número. Faz-se 
necessário então uma explicação adicional em notas explicativas ou no relatório da 
diretoria. 
Referências Bibliográficas 
 HENDRIKSEN. S. E; BREDA, F.M. Teoria da Contabilidade. 5ª ed. São 
Paulo: Ed. Atlas,1999. 
IUDÍCIBUS. Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 6ª ed. São Paulo: Ed. Atlas, 
2000. 
 _______________; MARION. José Carlos. Introdução à Teoria da 
Contabilidade Para o Nível de Graduação. 3ª ed. São Paulo: ED. Atlas, 2002. 
 MARION. José Carlos. Contabilidade Empresarial. 9ª ed. São Paulo: Ed. 
Atlas, 2003. 
PINHO, O. Moraes. Dicionário de Termos de Negócios. 2ª ed. São Paulo: 
Ed. Atlas,1999. 
 
 
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38 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 14_Teoria Prescritiva e Descritiva 
 
Olá! Hoje faremos uma introdução ao tema deduas teorias 
relevantes para a contabilidade. Espero que gostem. 
Para começar é bom fazer uma breve abordagem, qualquer outra disciplina, é 
formada por conceitos que recaem em três categorias: conceitos descritivos, 
explicativos e prescritivos. 
Os conceitos descritivos são os mais comuns em qualquer teoria ou 
abordagem: são aqueles que apenas identificam ou nomeiam um dado fato ou 
situação. Já os conceitos explicativos vão além disso: não só denominam objetos ou 
situações, mas igualmente ajudam a entender o porquê de serem como são tais 
objetos ou situações. 
Enquanto que os conceitos prescritivos são aqueles que têm a propriedade de 
descrever e explicar um objeto ou situação e, além disso, também de informar ou 
orientar sobre o que devemos fazer a respeito. 
Toda ciência busca a sistematização do conhecimento, normalmente calcada 
em fenômenos naturais, sobre os quais as mais variadas teorias científicas válidas 
se assentam. Em regra, qualquer teoria científica relaciona-se à descrição, com 
embasamento lógico e racional, da observação dos fenômenos naturais. 
Para a Ciência Contábil o principal papel da teoria é embasar a descrição e a 
compreensão dos fenômenos patrimoniais em bases científicas. 
No decorrer da evolução contábil, diversos enfoques têm sido adotados de 
forma a solucionar problemas em contabilidade: 
➢ Fiscal 
➢ Legal 
➢ Ético 
➢ Econômicos - Macro/micro e social-empresarial 
➢ Enfoque Comportamental 
➢ Enfoque Estrutural 
 
 
 
 
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39 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Enfoque Fiscal 
Consiste em relacionar a teoria ao que a legislação fiscal diz sobre 
determinado assunto. Não obstante, a legislação fiscal não tem sido uma pioneira do 
pensamento contábil. Embora as leis fiscais tenham acelerado a adoção de boas 
práticas contábeis e, portanto, provocado uma análise mais crítica de procedimentos 
e conceitos contábeis aceitos, também tem representado obstáculos à aceitação da 
boa teoria contábil. 
Enfoque Legal 
É baseado nos aspectos legais sobre determinado tema. Embora a lei 
proporcione numerosos exemplos que podem estimular o pensamento em questões 
da teoria contábil, raramente é o fator decisivo, embora hoje haja um alto grau de 
convergência entre as Leis Civis, Comerciais e Societárias, com as Normas 
Brasileiras harmonizadas com as IFRS. 
Enfoque Ético 
Este enfoque enfatiza os aspectos éticos para a solução determinado tema, 
com base em conceitos relacionados a justiça, verdade e equidade, que permeiam 
toda as modernas teorias contábeis atuais. “Será que não seria o caso de fazer 
mais do que simplesmente obedecer a legislação vigente?” A moderna 
contabilidade admite nos seus pilares a subjetividade responsável do contador 
(aspectos éticos). 
Enfoque Econômico 
Sempre houve uma forte vinculação entre os fenômenos Econômicos e seus 
impactos sobre a Contabilidade, mas nos últimos anos, temos observado um grande 
esforço no sentido de relacionar a análise e interpretações econômicas das 
informações contábeis, impactando de forma preponderante a teoria contábil. 
-Macroeconomia – Trata os efeitos dos procedimentos de divulgação de 
informações e indicadores em nível mais amplo das relações econômicas 
(agregados), setoriais, país e unidades federadas, blocos macroeconômicos, etc. 
-Microeconomia – Trata o efeito dos procedimentos contábeis de divulgação 
de informações e indicadores no nível da empresa. 
 
 
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40 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
-Contabilidade social-empresarial – Uma visão amplificada macro e micro da 
empresa sobre aspectos como poluição e degradação ambiental, desemprego, 
insalubridade, entre outros. 
Enfoque Comportamental 
Uma alternativa ao enfoque econômico, que consiste em associar as versões 
da psicologia e da sociologia no desenvolvimento das teorias da contabilidade. 
Neste enfoque a preocupação reside na relevância da informação contábil e no 
comportamento dos usuários em consequência da apresentação das informações 
contábeis. 
Enfoque Estrutural 
Enfoque clássico da contabilidade. Visa a solução de problemas relacionados 
à estrutura do sistema contábil, procurando tratar as transações por analogia, de 
forma a uniformizar o registro e a divulgação. Somente quando há desconformidade 
com modelos pré-definidos é que se recorre às características qualitativas da 
transação, com base nos princípios contábeis. Hoje há uma maior amplitude 
conceitual nas abordagens contábeis, mas os processos de reconhecimento, 
mensuração, registro e divulgação são o núcleo e o cerne da contabilidade. 
 
 Terminamos aqui e nos encontramos na próxima aula. Mas deixo 
uma dica de leitura, que tal conhecermos a NBC T 4 ? 
Essa leitura vai ser, muito útil no seu desenvolvimento profissional e qualquer 
dúvida estaremos no AVA. Até lá !!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
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41 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 15_Avaliação e Mensuração 
 
Olá! Hoje faremos uma introdução ao tema de Avaliação e 
mensuração dos componentes do Patrimônio. Espero que gostem. 
Para começar e bom fazer uma breve abordagem da NBC T 4 que estabelece 
as regras de avaliação dos componentes do patrimônio de uma entidade com 
continuidade prevista nas suas atividades. Os componentes do patrimônio são 
avaliados em moeda corrente nacional e os componentes do patrimônio em moeda 
estrangeira são convertidos ao valor da moeda corrente nacional, à taxa de câmbio 
da data da avaliação. 
Para se ter uma visão global da riqueza do patrimônio, deve-se realizar uma 
análise substancial de seus componentes. 
Tal analise não pode se ater apenas aos valores descritos na escrituração 
contábil, ou na aparência de seus componentes. 
Para isso, o estudo do patrimônio, o estudo do patrimônio, sob o ponto de 
vista econômico-financeiro, deve se preocupar com os aspectos patrimoniais, 
classificando seus componentes quanto a sua espécie e ao seu valor. Analisando os 
aspectos quantitativos e qualitativos do patrimônio. 
Aspectos qualitativos 
Considera-se a espécie e a qualidade dos elementos que compõem o 
patrimônio, ex.: Dinheiro, imóveis, veículos, maquinários matérias-primas, etc. 
Na análise dos componentes do patrimônio, o aspecto qualitativo torna-se 
fundamental. Uma máquina que não possua valor de mercado, ou que seja obsoleta, 
possuirá pouco valor na avaliação real do patrimônio, mesmo que os registro 
contábeis atribuam valores consideráveis. Um crédito que cujo o devedor não 
possua condições de paga-lo, deverá ser deverá ser desconsiderado no valor real 
do patrimônio. 
O aspecto qualitativo considera a liquidez do bem, ou do direito, ou seja, o 
valor que o mercado está disposto a pagar em dinheiro por aquele bem no momento 
 
 
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42 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
da avaliação patrimonial. Deve-se portanto analisar, além da espécie do bem a sua 
utilidade. 
O aspecto quantitativo é revelado pelas distorções que o mercado pode trazer 
ao valor de determinados bens. 
Pode-se ter como exemplo um prédio adquirido há cindo anos por R$ 
500.000,00. Após, agregarem-se valores de reformas e conservação e deduzirem-se 
os valores de depreciação nesse período, a contabilidade o tem registrado por R$ 
450.000,00, no entanto o seu valor de mercado é de R$ 600.000,00. 
Constata-se que o patrimônio sofreu uma valorização, originada pelas leis de 
mercado. Tal valorização não fica evidenciada pelo aspecto quantitativo, que se 
refere apenas ao valor do bem registrado na contabilidade, sem levar em conta seu 
valor de mercado. 
Mensuração dos Elementos das Demonstrações Contábeis 
Mensuração é o processo que consiste em determinar os valores pelos quais 
os elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidose 
apresentados no balanço patrimonial e na demonstração do resultado. Esse 
processo envolve a seleção de uma base específica de mensuração. 
Diversas bases de mensuração são empregadas em diferentes graus e em 
variadas combinações nas demonstrações contábeis. Essas bases incluem o 
seguinte: 
(a) Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem 
pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são 
entregues para adquiri-los na data da aquisição, podendo ou não ser atualizados 
pela variação na capacidade geral de compra da moeda. Os passivos são 
registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação 
ou, em algumas circunstâncias (por exemplo, imposto de renda), pelos valores em 
caixa ou equivalentes de caixa que serão necessários para liquidar o passivo no 
curso normal das operações, podendo também, em certas circunstâncias, ser 
atualizados monetariamente. 
(b) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou 
equivalentes de caixa que teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos 
equivalentes fossem adquiridos na data do balanço. Os passivos são reconhecidos 
 
 
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43 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam 
necessários para liquidar a obrigação na data do balanço. 
(c) Valor realizável (valor de realização ou de liquidação). Os ativos são 
mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa que poderiam ser obtidos 
pela venda numa forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos seus valores de 
liquidação, isto é, pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, 
que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso 
normal das operações da entidade. 
(d) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado 
do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no 
curso normal das operações da entidade. Os passivos são mantidos pelo valor 
presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja 
necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da entidade. 
A base de mensuração mais comumente adotada pelas entidades na 
preparação de suas demonstrações contábeis é o custo histórico. Ele é normalmente 
combinado com outras bases de avaliação. Por exemplo, os estoques são 
geralmente mantidos pelo menor valor entre o custo e o valor líquido de realização, 
os títulos e ações negociáveis podem, em determinadas circunstâncias, ser 
mantidos a valor de mercado e os passivos decorrentes de pensões são mantidos 
pelo valor presente de tais benefícios no futuro. Além disso, em algumas 
circunstâncias, entidades usam a base de custo corrente como resposta à 
incapacidade do modelo contábil de custo histórico enfrentar os efeitos das 
mudanças de preços dos ativos não-monetários. 
 Terminamos aqui e nos encontramos na próxima aula. Mas deixo 
uma dica de leitura, que tal conhecermos a NBC T 4 ? 
Essa leitura vai ser, muito útil no seu desenvolvimento profissional e qualquer 
dúvida estaremos no AVA. Até lá !!!! 
 
 
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Aula 16_Ativa e Passiva 
 
Olá pessoal!!! 
Vamos conceituar o que é Ativo e Passivo na contabilidade? 
Ativo: que exerce ação, que age, funciona, trabalha, se move, pronto para 
agir. 
Os bens e direitos se constituem em elementos ativos do patrimônio, porque 
agem ou estão para agir na produção de produtos e/ou serviços que proporcionarão 
renda e representam os bens e direitos. 
Pela ação exercida pela mão de obra humana, sobre os insumos, sobre as 
mercadorias para revenda, sobre as maquinas, sobre os veículos, sobre as 
instalações e sobre os valores numerários, resultará um produto ou um serviço. 
Passivo: Que sofre ou recebe a ação. 
Esse grupo e composto pelas obrigações e se caracterizam em elementos 
passivos do patrimônio, pois se constituem na origem dos bens patrimoniais. 
Também se encontram junto com as contas de obrigações do passivo os 
valores que originaram o capital da empresa e os valores decorrentes dos lucros ou 
prejuízos verificados pelas suas atividades. 
Esses valores são registrados no Patrimônio Líquido que é formado pelo 
grupo de contas que registra o valor contábil pertencente aos acionistas ou 
quotistas. 
 O ingresso dos elementos patrimoniais são contabilizados no passivo e 
representados pelas contas do ativo. 
De acordo com a Leis 11.638/07, MP N. 449/08 e Resolução CFC. N. 
1.121/08 as Contas do Ativo e do Passivo devem ser divididas da seguinte forma: 
Ativo Circulante: São as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do 
exercício social subsequente, e 
Ativo Não Circulante: São os direitos realizáveis após o curso do exercício 
social subsequente, e é dividido em: 
 
 
 
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- Ativo realizável a longo prazo: após o termino do exercício seguinte. 
- Investimentos: participações em sociedades e os direitos de qualquer 
natureza não enquadrados como circulante. 
- Ativo Imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos 
destinados à manutenção das atividades da empresa. 
- Intangível: direitos que tenham por objeto bens não corpóreos destinados a 
manutenção das atividades da empresa. 
No passivo a divisão também se faz como: 
Passivo Circulante: São as obrigações realizáveis no curso do exercício social 
subsequente, e 
Passivo Não Circulante: São as obrigações realizáveis após o curso do 
exercício social subsequente. 
O saldo das contas do passivo e do passivo, ajustadas pelas contas do 
Patrimônio Líquido comporão o Balanço Patrimonial da empresa que é uma das 
demonstrações financeiras mais importantes a nível gerencial onde do lado 
esquerdo está o Ativo ( bens e direitos ) e do lado direito ( obrigações e patrimônio 
líquido). 
A mesma lei também definiu a divisão do patrimônio líquido que será 
realizada da seguinte maneira: 
 a) Capital Social - Valor investido pelos proprietários ou acionistas na 
empresa. 
b) Reservas de Capital - São constituídas com valores recebidos pela 
empresa e que não transitam pelo resultado, por não se referirem à entrega de bens 
ou serviços pela empresa. 
c) Ajustes de Avaliação Patrimonial – Formadas com a função de receber os 
valores que pertencem ao patrimônio da entidade e que tiveram seus valores 
revistos. 
d) Reservas de Lucros – Contas de reservas constituídas pela apropriação de 
lucros da companhia, conforme previsto no § 4º do art. 182 da Lei 6.404/76, para 
atender a várias finalidades, sendo sua constituição efetivada por disposição da lei 
ou por proposta dos órgãos da administração. 
e) Ações em Tesouraria – São aquelas adquiridas pela própria companhia. 
 
 
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46 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
f) Prejuízos Acumulados. 
 
Como vimos às contas do ativo e passivo compõem o Balanço 
Patrimonial que é um relatório de extrema importância para o gerenciamento do 
patrimônio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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47 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 17_Receitas e Despesas 
 
Olá meu caros. Hoje falaremos sobre contas de resultado. Vamos 
começar? 
O CPC 00, que apresenta a estrutura atual da contabilidade brasileira e dos 
países que adotam as normas internacionais, conceituou as receitas e despesas que 
firam aceitas e depois editadas nas Normas Brasileiras de Contabilidade NBC, como 
segue abaixo. 
Receitas: 
Segundo definição da NBC T1, item 70, Receitas são aumentos nos 
benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de entrada de 
recursos,aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultem em aumento 
do Patrimônio Líquido e que não sejam provenientes de aporte dos proprietários da 
entidade. 
Segundo o CPC 30 – Comitê dos Procedimentos Contábeis o conceito de 
RECEITA deve ser utilizado na contabilização de: 
- Venda de Bens 
- Prestação de Serviços 
- Utilização por parte de terceiros, de outros ativos da entidade que geram 
juros, royalties e dividendos. 
Despesas: 
Segundo definição da NBC T1, item 70b, Despesas são decréscimos nos 
benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de saida de recursos, 
redução de ativos ou assunção de passivos, que resultem em decréscimo do 
Patrimônio Líquido e que não sejam relacionados com distribuições aos detentores 
dos instrumentos patrimoniais ( distribuição de resultados, devolução de capital aos 
proprietários, etc.) 
 
 
 
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48 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
 
O Pronunciamento Técnico CPC 26 determina que a empresa deve 
apresentar todos os itens das receitas e das despesas realizadas no período e a 
DRE é a representação, em forma resumida, das operações realizadas pela 
empresa, durante o exercício social, durante o exercício social demonstradas de 
forma a destacar o resultado líquido da empresa. 
Também podemos afirmar que as despesas e receitas podem ser: 
RECEITA/DESPESA OPERACIONAL 
A receita/despesa operacional são todas aquelas que provém diretamente da 
atividade principal da empresa, ou seja, são provenientes da atividade econômica 
ela qual a empresa foi registrada nos órgãos públicos devidamente enquadra no 
Cadastro Nacional de Atividades Econômicas – CNAE. 
OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS 
As outras receitas/despesas são todas aquelas que provém da atividade 
secundária ou derivada da empresa que não compõem a atividade fim da empresa 
mas tem relação com a operação da mesma como por exemplo o aluguel de 
Imóveis. 
RECEITA/DESPESA NÃO OPERACIONAL 
Qualquer rendimento que não tenha nenhuma relação com a parte 
operacional da empresa e podemos citar como exemplo o receita ou despesas com 
a venda de um imóvel de propriedade da empresa. 
 
 
 
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49 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
 Na aula de hoje identificamos as características das receitas e 
despesas que compõem outra importante demonstração financeira a DRE. 
Encontro vocês na próxima aula. Ate Lá!!! 
 
 
 
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50 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 18_Ganhos e Perdas 
 
Na aula passada tivemos uma abordagem técnica que conceituou 
receitas e despesas e hoje veremos Ganhos e Perdas. Boa aula! 
A definição de receita abrange tanto receitas propriamente ditas como 
ganhos. A receita surge no curso das atividades ordinárias de uma entidade e é 
designada por uma variedade de nomes, tais como vendas, honorários, juros, 
dividendos, royalties e aluguéis. 
Ganhos representam outros itens que se enquadram na definição de receita e 
podem ou não surgir no curso das atividades ordinárias da entidade, representando 
aumentos nos benefícios econômicos e, como tal, não diferem, em natureza, das 
receitas. Consequentemente, não são considerados como um elemento separado na 
Estrutura Conceitual. 
Ganhos incluem, por exemplo, aqueles que resultam da venda de ativos não 
correntes. A definição de receita também inclui ganhos não realizados; por exemplo, 
os que resultam da reavaliação de títulos negociáveis e os que resultam de 
aumentos no valor de ativos a longo prazo. Quando esses ganhos são reconhecidos 
na demonstração do resultado, eles são usualmente apresentados separadamente, 
porque sua divulgação é útil para fins de tomada de decisões econômicas. Esses 
ganhos são, na maioria das vezes, mostrados líquidos das respectivas despesas. 
Vários tipos de ativos podem ser recebidos ou aumentados por meio da 
receita; exemplos incluem caixa, contas a receber, mercadorias e serviços recebidos 
em troca de mercadorias e serviços fornecidos. A receita também pode resultar da 
liquidação de passivos. Por exemplo, a entidade pode fornecer mercadorias e 
serviços a um credor em liquidação da obrigação de pagar um empréstimo. 
Já a definição de despesas abrange perdas assim como as despesas que 
surgem no curso das atividades ordinárias da entidade. As despesas que surgem no 
curso das atividades ordinárias da entidade incluem, por exemplo, o custo das 
vendas, salários e depreciação. Geralmente, tomam a forma de um desembolso ou 
redução de ativos como caixa e equivalentes de caixa, estoques e ativo imobilizado. 
 
 
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Perdas representam outros itens que se enquadram na definição de despesas 
e podem ou não surgir no curso das atividades ordinárias da entidade, 
representando decréscimos nos benefícios econômicos e, como tal, não são de 
natureza diferente das demais despesas. Assim, não são consideradas como um 
elemento à parte na Estrutura Conceitual. 
Perdas incluem, por exemplo, as que resultam de sinistros como incêndio e 
inundações, assim como as que decorrem da venda de ativos não-correntes. A 
definição de despesas também inclui as perdas não realizadas, por exemplo, as que 
surgem dos efeitos dos aumentos na taxa de câmbio de uma moeda estrangeira 
com relação aos empréstimos a pagar em tal moeda. Quando as perdas são 
reconhecidas na demonstração do resultado, elas são geralmente demonstradas 
separadamente, pois sua divulgação é útil para fins de tomada de decisões 
econômicas. As perdas são geralmente demonstradas líquidas das respectivas 
receitas. 
 Espero que tenham gostado e qualquer duvida podem ser tiradas no 
AVA. 
 
Espero vocês!! 
 
 
 
 
 
 
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52 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 19_I.R.F.S - Normas Internacionais 
 
Olá. Na aula de hoje conheceremos um pouco sobre as Normais 
Internacionais de Contabilidade. Boa aula! 
A Globalização das Economias é um conjunto de modificações na ordem 
política e econômica que que se tornou mais visível no final do século XX. Tal 
fenômeno criou situações que provocaram mudanças na economia e na política, e 
fez com que o mundo se tornasse cada vez mais interligado através dos negócios, 
facilitado pelo crescente uso de recursos tecnológicos. A globalização provocou que 
diversos mercados de diferentes países interagissem e se aproximassem através do 
rompimento das fronteiras. 
Esse fato precipitou a necessidade de os agentes de negócios 
providenciassem maneiras para tornar a linguagem dos negócios mais uniforme, de 
modo a tornar possível uma comunicação mais comum e aceita entre os membros 
de diversos Países. Pensando nisso, fez-se necessário a criação das IFRS, cuja 
sigla em inglês significa International Financial Reporting Standards, que traduzido 
para a nossa língua quer dizer: “Normas e Padrões Internacionais de Contabilidade”. 
IFRS são um conjunto de normas internacionais de contabilidade, emitidas e 
revisadas pelo IASB - International Accounting Standards Board (Conselho de 
Normas Internacionais de Contabilidade), que visam uniformizar os procedimentos 
contábeis e as políticas existentes entre os países, melhorando a estrutura 
conceitual e proporcionando a mesma interpretação das demonstrações financeiras. 
Para que a análise dos relatórios financeiros sejam interpretados da mesma 
forma pelos seus usuários (os gestores, os investidores, os analistas e as 
instituições) é preciso que as características qualitativas como, clareza, 
confiabilidade, relevância, e o equilíbrio entre custo e benefício na preparação das 
demonstrações financeiras, tenham os mesmos critérios. 
A origem do IASB remonta a crianção do International Accounting Standards 
Committee

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