Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
→ garantir o progredir fisiológico da gestação, diminuindo os riscos e a ocorrência de complicações durante esse período e no momento do parto → Promover a saúde da gestante e da criança e ao mesmo tempo fornecer assistência psicossocial e preventivas as mulheres que precisam. É o contato inicial da paciente gestante com seu obstetra, momento em que serão estabelecidas as relações de confiança e empatia, e tem como objetivos principais: • Definir a condição de saúde da mãe e do concepto • Estimar a idade gestacional • Iniciar o planejamento do acompanhamento pré-natal As consultas pré-natal abrangem: • Anamnese obstétrica • Exame físico ginecológico • Solicitação de exames complementares • Imunização • Oferta de medicamentos necessários (como sulfato ferroso e ácido fólico) • Avaliação do estado nutricional Funciona como ferramenta educativa devido a: Incentivar o parto normal, aleitamento materno e os hábitos de vida saudáveis; Identificar sinais de alarme durante a gestação e sinais do trabalho de parto; Oferecer orientações para os cuidados do recém- nascido; Alertar a importância do acompanhamento pré- natal, da consulta de puerpério e do planejamento familiar; Infirmar sobre os direitos da gestante e do pai, sobre os riscos do tabagismo e do uso de álcool e da automedicação durante a gestação. As fichas de atendimento a gestante possuem: ✓ Notar os extremos de idade ✓ Menores de 16 anos: há aumento de ocorrência de hiperêmese ✓ Maiores de 35 anos: mal formações estruturais no feto ✓ A incidência de abortamento e de pré- eclampsia é maior em ambos os casos. Se atentar a trabalhos em que: ✓ Possuem ambientes insalubres, e que exponha a gestante a intoxicações de ação lenta ✓ Que exijam que a gestante permaneça muito tempo em posição ortostática, sem parar para descanso ou para se alimentar. O baixo nível de escolaridade é frequentemente associado a: ✓ Um menor número de consultas pré-natais ✓ Prole numerosa com falta de planejamento familiar ✓ Gestação indesejada ✓ Uniões instáveis ✓ Necessidade de manter atividades de trabalho até períodos próximos ao parto. ✓ Instiga a investigação quanto a doenças da região, como malária, doença de chagas, Zika e talassemias. ✓ As características étnicas interferem na estrutura corporal, como exemplo a baixa estatura e a pelve pequena em mulheres orientais. ✓ Hipertensão arterial sistêmica (HAS): A maior prevalência de síndromes hipertensivas em gestantes que apresentam histórico familiar de 1°grau. ✓ Diabetes mellitus: Maior prevalência quando presente na linhagem materna. ✓ Gemelidade: a natureza dessa herança é desconhecida, mas se sabe que gestantes filhas de mulheres que tiveram gêmeos tem altas chances de também os gerar. ✓ Câncer: principalmente do trato genital e mamas, presentes nos parentes maternos da gravida. ✓ Malformações: essas alterações podem indicar distúrbios cromossomais, devendo-se orientar a gestante a realização de estudo genético quando presentes na família do casal. ✓ Outras: colagenoses, doenças hematológicas e antecedentes obstetrícios ruins de parentes maternos da gestante. A avaliação do risco deve ser realizada em toda consulta, pois uma gestante inicialmente de risco habitual pode virar alto risco Gesta e Para: Primigesta Mulher de1° gestação Primípara Mulher que teve 1 parto Multigesta (secundi- ; terci- ; quarti- + gesta ) Gestou mutas vezes, independente do tempo de duração da gravidez Multípara Já teve mais de um parto Paucipara Pariu até 3 vezes Nulípara Mulher que nunca deu à luz Nuligesta Mulher que nunca esteve gravida Devem ser coletados informações sobre as gestações, partos e puerpérios anteriores, sobre ocorrências de abortamentos e condições do aleitamento. ✓ Partos gemelares, gravidez ectópicas; ✓ Questionar sobre óbitos na primeira semana de vida (óbito neonatal precoce) ou após a primeira semana ate 28 dias de nascido (óbito neonatal tardio). ✓ Verificar o intervalo de tempo entre a última gestação e a gestação atual. ( os riscos reprodutivos reduzem quando o intervalo interpartal é de no mínimo 2 anos.) Tempo interpartal < 2 anos: prejudicial para a mulher, devido 2 anos ser o tempo mínimo necessário para que a mesma restabeleça as suas reservas nutricionais e recuperar estados orgânicos modificados pela gestação. Tempo interpartal >10 anos: deve lidar como se a paciente nunca tivesse um parto. Questionar peso do recém- nascidos que nasceu com maior peso, se teve o puerpério normal ou patológico, se amamentou e quanto tempo, (media do tempo de amamentação: soma total de tempo q a gestante amamentou durante a vida e divide pelo o número de filhos) ✓ Como foi seu puerpério? perguntar se: ✓ Houve infecções, hemorragias, abcessos, deiscências de suturas; ✓ Período de internação hospitalar, se prolongado qual o motivo? ✓ Se houve administração de imunoglobulina anti-Rh para mães Rh – com filho RH+? (eritroblastose fetal) ✓ Se paciente teve baby blues? Ou depressão pós- parto? BABY BLUES: Alteração de humor transitória que surge logo após o nascimento do bebê ( 3° ao 5° dia) desaparecendo em poucos dias ou de forma espontânea Exame físico da 1° consulta: realizado da mesma forma que um exame físico completo de rotina., mas com ênfase especial aos sistemas cardiovascular e abdominal. As alterações que mais chamam a atenção envolvem a face, seios, abdômen, membros inferiores, aparelho genital e o cardiovascular. Inspeção geral: • Estado emocional, estado nutricional, coordenação neuromuscular. • Altura • Peso • Imc • Pressão arterial (deve ser aferida em todas as consultas) Cabeça e pescoço: → Face: • Melasma / Mascara gravídico / Cloasma: manchas hiperpigmentadas difusas ou circunscritas, mais visíveis em áreas de exposição solar (fronte, nariz, e regiões zigomáticas), podem ocorrer em pescoços mão e abdômen. Devido ao estimulo dos melanócitos → Nariz: • Inspecionar mucosas e septo nasal. • Congestão nasal e epistaxe são frequentes durante a gravidez. → Boca: • Hipertrofia gengival associada a sangramento é comum durante a gravidez. Tórax: → Pulmões: • Inspecione o tórax, observando os contornos e os padrões respiratórios. • A percussão permite detectar elevação diafragmática que pode ocorrer até mesmo no primeiro trimestre de gravidez. Coração: • Ausculte o coração para determinar se há zumbido venoso ou sopro mamário contínuo fre- quentemente encontrado durante a gestação devido ao fluxo sanguíneo aumentado por vasos normais. Mamas: • Inspecione a simetria e a coloração das mamas e dos mamilos. Alterações normais incluem padrão venoso exacerbado, mamilos e aréolas escurecidos e tubérculos de Montgomery (tubérculos areolares). • Aumento do volume das mamas; • Secreção de colostro: a partir da16° semana • Sinal de Hunter : aumento e escurecimento da aureolas, com irregularidade de seus limites, apresenta uma aureola secundaria ai redor menos pigmentada, chamada de aureola gravídica. • Tubérculos de Montgomery: as glândulas de Montgomery nas aureolas dos seios aumentam de numero e de tamanho se tornando mais salientes. • Sinal de Haller: aumento da vascularização venosa superficial da mama. Obs : PRESUNÇÃO é toda alteração de pigmentação da gestante. Genital: • Sinal de Jacquemier ou Chadwick: alteração da coloração da mucosa da vulva, meato urinário e vestíbulo vulvar. ( violáceas) • Sinal de Kluge: alteração da coloração da vagina e colo do útero • Sinal de Piskacek: assimetria uterina, decorrente de que o útero começa seu desenvolvimento na região de implementação do embrião. • Sinal de Nobile-Budin: abaulamento ou preenchimento do útero ao toque do fundo do saco uterino. • Sinal de Osiander:percepção de pulsação vaginal • Sinal de Goodell: amolecimento do colo do útero e da vagina. Abdômen: No exame físico do abdome deve ser obedecida a seguinte sequência: ✓ Inspeção ✓ Altura uterina ✓ Palpação (manobras de leopold) ✓ Ausculta fetal → Inspeção: • Verificar o formato do abdome (plano, abaulado, ovoide ou globoide) • Modificações na pele como presença de: ✓ Cicatrizes (cirurgia de cesárias anteriores) ✓ Cicatriz umbilical que se torna plana e as vezes saliente ✓ Melasma ou cloasma ✓ Estrias: alterações atróficas, sendo rupturas das fibras elásticas. Estrias recentes são violáceas com o fundo azulado (meio avermelhadas). Estrias antigas são brancas de aspecto perláceo. ✓ Linha nigra: hiperpigmentação da linha alba ✓ Edema ✓ Aumento exagerado do volume abdominal, indicativo de alterações como: polidrâmnio, gemelaridade e obesidade. ✓ Musculatura da parede abdominal: Primigestas: mantem o útero em boa posição devido a musculatura tem capacidade de conter. Multíparas: A tonicidade da aponeurose e das fibras musculares fica comprometida e geralmente ocorre diátese dos retos anteriores o que condiciona um ventre em pêndulo. Obs: O estrogênio e progesterona fazem as alterações hormonais durante a gravidez fazendo que haja variações na melanina acarretando a pigmentação da pele. → Movimentos fetais: Pode-se sentir os movimentos fetais externamente após a 24ª semana de gravidez, enquanto a gestante ge- ralmente consegue perceber esses movimentos entre as 18ª e 24ª semanas. → Altura uterina: Com a mão direita, fixar a extremidade inicial (0 cm) da fita métrica, flexível e não extensível, na borda superior da sínfise púbica, passando entre os dedos indicador e médio da mão esquerda. Proceder a leitura quando a borda cubital da mão atingir o fundo uterino. Na 12° semana: o útero enche a pelve de modo que é palpável na borda superior da sínfise púbica, útero se torna abdominal. Na 16° semana: o fundo uterino encontra-se entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical. Na 20° semana: o fundo do útero encontra-se na altura da cicatriz umbilical. A partir da 20° semana: existe relação direta entre as semanas da gestação e a medida da altura uterina. Porem torna-se menos fiel aparit da 30° semana de idade gestacional. Na 40° semana: o útero se encontra ao nível do apêndice xifoide. Consistência uterina : consistência elástico-pastosa-cistica característica do amolecimento da parte uterina da gestante em função da quantidade de liquido amniótico e sua maior tensão. → Manobras de Leopold – Zweifel: Usadas para determinar a posição do feto no abdome da gestante no início do segundo trimestre, a acurácia é maior após a 36ª semana de gestação 1° tempo Situação 2° tempo Orientação/Posição 3° tempo Apresentação 4° tempo Insinuação 1° tempo: Situação Com as duas mãos encurvadas delimita o fundo do útero permite identificar o polo fetal que ocupa o fundo uterino Relação entre o maior eixo do feto e maior eixo do útero Pode ser: Longitudinal Transversal Obliquo Polo cefálico do feto: resistente e irredutível, sendo uma superfície regular lisa e endurecida. Polo pélvico do feto: mais volumoso que a cabeça, irregulares firmes, mas são redutíveis, sem rechaço. 2° tempo: orientação/ posição: Analise do dorso do feto em relação á mãe Direito ou esquerdo A superfície é resistente, continua e plana no sentido longitudinal. E se torna convexa no sentido transversal. 3° tempo: Apresentação Região do feto que se encontra voltada para o estreito superior (linha entre o promontório e margem superior da sínfise publica) Identifica o polo fetal que apresenta a pelve materna, avalia também o grau de mobilidade Pode ser: Cefálico Pélvico: pelve ou membros inferiores (completo ou incompleto) Córmico (ombro): sempre apresentação da situação transversa. Quando insinuado o polo se encontra fixo e quando móvel o polo se encontra alto. 4° tempo: Insinuação Avaliar grau de penetração da apresentação no estreito superior da bacia. Cefálico: menor, liso, irredutível e consistente Pélvico: maior, irregular, amolecido e deprimivel. Transverso/Cormico: escava está vazia Situação Apresentação Longitudinal Pélvica ou cefálica Transversal Córmica → Ausculta fetal: Os batimentos cardíacos fetais (BCF) podem ser percebidos pela a ultrassonografia a partir da 7° e 8° semana de gestação (na ultrassonografia transvaginal pode-se verificar até com 6 semanas) • Pelo sonar- Doppler: a partir de 12 semanas., (para utilizar o sonar após semanas deve primeiramente executar a manobra de Leopold com destaque no segundo tempo para identificar o dorso fetal.) • Pelo estetoscópio de Pinard: por volta da 20° semana A frequência cardíaca fetal normal oscila entre 120 e 160 bpm, sendo a media 140 bpm → Toque obstétrico: É mais utilizado e difundido, sendo relevante para o diagnostico da gestação no primeiro trimestre, para determinar a vigência do trabalho de parto e a amplitude da pelve. A partir do toque é possível identificar: ✓ Apagamento e dilatação cervical ✓ Presença ou não de bolsa amniótica ✓ Altura da apresentação ✓ Exame de pelve óssea com a determinação dos diâmetros conjugados. ✓ A confirmação da apresentação ✓ Diagnostico da variedade de posição Calculo da idade gestacional (IG): Data da consulta – dia da última menstruação (DUM) = IDADE GESTACIONAL. Obs : A ultrassom feita até a 12° semana é confiável para a idade gestacional, a dum é pela a última menstruação sendo que nas duas só pode ter uma diferença de 1 semana ( ai escolho o dum), se mais utiliza a ultrassom da 12° Calculo da data provável do parto (DPP) : REGRA DE NAGELE: Dia da última menstruação (DUM) + 9 MESES + 7 DIAS Diagnostico clinico de gravidez: O diagnóstico clínico da gravidez se baseia na presença de alguns sintomas como: ✓ amenorréia (atraso menstrual maior que 10 dias) ✓ alterações cutâneas pigmentares (cloasma gravídico, linha negra, sinal de Halban) ✓ alterações cutâneas de pilificação (hipertricose) ✓ alterações cutâneas atróficas (estrias gravídicas) ✓ sinais semiológicos ✓ e alterações mamárias. 1 mês na gestação corresponde a 4 semanas e meia A gestação pode ir de 28 a 42 semanas, mas devido ao perigo de óbito fetal com 41 semanas se inicia a indução do parto. E em pacientes diabéticas o parto pode ser feito na 37° semana ( a termo) O Ministério da saúde (MS) preconiza no mínimo 6 consultas de pré- natal sendo: ✓ 1 consulta, no 1° trimestre ✓ 2 consultas, no 2° trimestre ✓ 3 consultas, no 3° trimestre G : NUMERO DE GRAVIDEZ P: QUANTOS PARTOS E QUAL TIPO ( C : N : ) A: ABORTOS E: GESTAÇÃO ECTOPICA → No primeiro trimestre faz a morfologia nas 12 semanas → No segundo trimestre faz a ultrassonografia morfológica 21 a 23 semanas e 6 dias → Ecocardiograma é feito da 28° a 32 semanas O limite glicêmico da gestante é de 92 Entre a 24° e 28° semana se faz o exame de glicemia oral em jejum
Compartilhar