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Unidade 3

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ESTILO DE VIDA, SAÚDE E MEIO 
AMBIENTE
UNIDADE 3 - VIGILÂNCIA E POLÍTICA DE 
SAÚDE GLOBAL
Autoria: Lucianna Schmitt – Revisão técnica: Renata Bazante Rodrigues
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Introdução
O mundo e as sociedades têm mudado em uma velocidade nunca vista. De uma geração para a outra, as
telecomunicações se modificaram radicalmente. Essa rapidez na mudança também foi vista no crescimento da
população, na propagação de uma nova doença e na economia mundial. A pandemia do COVID-19 evidenciou
muitas características do mundo, que antes não dávamos atenção. Pudemos observar que existem locais com
uma alta densidade populacional e percebemos como isso pode ser um grande obstáculo na prevenção de
doenças contagiosas. Vimos países contraírem o mesmo vírus, mas com desfechos tão diferentes, por exemplo, a
Itália, que tem um grande número de idosos na população, teve uma taxa de letalidade superior a outros países
de igual condição econômica, mas de população mais jovem. Visualizamos a diferença nas medidas de prevenção
adotadas entre os países e, até mesmo, entre estados brasileiros. Diferenças entre momento de decisão para a
prevenção, formato de prevenção etc. Durante a pandemia percebemos a necessidade de termos bons sistemas
de vigilância em saúde, que atuem não apenas no controle da doença, mas também no monitoramento da
estrutura do sistema de saúde e nas medidas preventivas. Ficou claro que prevenção de doença não é apenas
uma tarefa da saúde, mas de todos. Nesta unidade você vai aprender conceitos importantes para compreender a
epidemiologia e realizar análises epidemiológicas.
Bons estudos!
3.1 Demografia
A demografia é o estudo de populações, especialmente em termos de tamanho e densidade, fertilidade,
mortalidade, crescimento, distribuição etária, migração e estatísticas sobre vidas, e da interação de todos esses
fatores com as condições sociais e econômicas (HARTGE, 2015). Hoje ela é especialmente importante para o
estudo da saúde global, pois o atual crescimento da população é algo nunca visto antes na história humana. A
população mundial era de 1 bilhão de pessoas em 1800, chegou a 2 bilhões em 1930 e, desde então, cresceu
exponencialmente e hoje é de 7,3 bilhões, número que aumenta a cada segundo.
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Figura 1 - Crescimento populacional
Fonte: Alex Oakenman, Shutterstock, 2020.
#PracegoVer: a imagem mostra um gráfico crescente sinalizando o crescimento populacional.
A maior parte desse crescimento está acontecendo nas áreas mais pobres do mundo – populações que são as
menos estruturadas para lidar com tal crescimento. A taxa de crescimento dependerá de intervenções de saúde
pública relacionadas à educação, nutrição, acesso a contraceptivos e planejamento familiar em países em
desenvolvimento (HARTGE, 2015; NASCIMENTO, 2014).
Para fazer a avaliação de dados populacionais pode-se utilizar medidas que reflitam índices importantes, como
nascimento, mortalidade, proporção de nascimentos para óbitos, densidade populacional etc. A seguir, veremos
algumas taxas frequentemente utilizadas.
3.1.1 Curva J: crescimento exponencial
A curva J é um gráfico clássico em demografia, é chamado de "curva J" devido ao forte aumento populacional que
cria uma representação em formato parecido com a letra "J". Esse gráfico foi criado para demonstrar o rápido
aumento da população, o que não é natural ou frequente, uma vez que, altas taxas de natalidade e mortalidade
mantiveram um equilíbrio ao longo da história humana. Também houve épocas, como a da peste bubônica na
Europa, na Idade Média, em que um grande número de pessoas morreu e a taxa de mortalidade pode ter sido
maior que a taxa de natalidade. Portanto, o crescimento e a diminuição da população nunca são constantes. Eles
podem variar com base em diferentes fatores. A curva J também pode ser observada em situações de pandemia
quando não há controle sobre o número de casos (GALLEGUILLOS, 2014).
A curva J mostra como a população pode crescer exponencialmente ao longo do tempo. Se, em um exemplo
hipotético, a população de um país começar em 1 milhão e crescer 3% ao ano, haverá um aumento de 30 mil
pessoas no primeiro ano, quase 31 mil no segundo ano e 40 mil no décimo ano, aproximadamente. O tempo de
duplicação – ou o número de anos para dobrar em tamanho – é de 23 anos. A população aumenta
exponencialmente conforme o tempo passa (ROTHMAN, 2011).
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Figura 2 - Curva J
Fonte: Hans RW Goksoyr, Shutterstock, 2020.
#PraCegover: a figura mostra uma curva de crescimento ao longo do tempo, que toma formato da letra jota
conforme o tempo passa.
Uma população é restrita pela disponibilidade de comida, água, terra ou outros recursos. Quando os recursos se
esgotam, a população não pode continuar crescendo exponencialmente, nesse caso, ela estagnará ou até mesmo
diminuirá, como resultado de doenças ou subnutrição. Para chegar a uma estimativa razoável de como a
população mundial crescerá, os demógrafos analisam as taxas de natalidade e mortalidade. Como as taxas de
natalidade e mortalidade não são constantes entre os países e ao longo do tempo, devido a doenças ou desastres,
as taxas de mortalidade podem aumentar por determinado período. Uma economia em expansão pode levar a
maiores taxas de natalidade durante um ano (ROTHMAN, 2011).
3.1.2 Taxa de natalidade e fertilidade
As taxas são formas de vermos um dado populacional dentro de uma proporção, isso é, a gente visualiza o dado a
cada 1 mil habitantes ou 10 mil habitantes. Isso facilitar a compreensão e a programação em saúde.
A taxa bruta de natalidade é o número de nascimentos de uma determinada região, como estados ou
municípios, . Ela permite que gestores consigam enxergar como estará a suadividido pelo total de habitantes
sociedade daqui 10, 20 ou 30 anos (ROTHMAN, 2011). Essa taxa auxilia a pensar nos investimentos em
educação, ou na sustentabilidade de um regime previdenciário. Se existem cada vez menos nascimentos, como
fazer para que daqui 10 anos as escolas públicas não fiquem ociosas? Se o país terá menos jovens trabalhando
daqui 30 anos, como fazer para que o país não perca sua produtividade econômica? Podemos ver, a partir desses
questionamentos, que a natalidade é fundamental. Da mesma forma, podemos pensar que, se um país tem mais
nascimentos do que sua capacidade produtiva e desenvolvimento social conseguem gerenciar, é possível que
esse país tenha maiores índices de pobreza no futuro (ROTHMAN, 2011).
A taxa bruta de natalidade é considerada bruta porque se aplica a toda a população, não apenas a mulheres em
idade reprodutiva. No entanto, esse número não é totalmente demonstrativo do que está acontecendo com a
fertilidade.
O que significa quando há 45 nascimentos para 1000 pessoas em um país e 10 nascimentos para 1000 pessoas
em outro? Como isso nos ajuda a compreender a demografia entre diferentes países ou estados? A taxa de
natalidade é importante porque afeta a estrutura de consumo e os mercados, a demanda por moradia e outros
recursos básicos para a sobrevivência humana. Um número que pode ser mais útil é a taxa de fertilidade total,
 (HARTGE, 2015). Esse número pode sera média de filhos que uma mulher teria na taxa de natalidade atual
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 (HARTGE, 2015). Esse número pode sera média de filhos que uma mulher teria na taxa de natalidade atual
mais útil porque nos ajuda a entender com mais clareza o que está acontecendo nas famílias e com as mulheres
da população.
3.1.3 Taxa de mortalidade
A população mundial explodiu de 1,6 bilhão em 1900 d.C. para 6,1 bilhões em 2000 d.C. Isso não ocorre devido a
uma explosão da taxa de natalidade, mas devido a uma grande queda da taxa de mortalidade no mundo.
Figura 3 - Mapa das taxas de mortalidade no mundo por 1000 habitantes em 2018
Fonte: Elaborada pela autora, baseada em INDEX MUNDI, 2020.
#PraCegoVer: a figura mostra o mapa-múndi e as taxas de mortalidade dos países.
A taxa bruta de mortalidade é o número de mortes para cada 1000 habitantes. Ela pode ser calculada com a
fórmula: (número de mortes/população total) x 1000. O resultadoé o número de mortes para cada 1000
pessoas. Por exemplo, nas Filipinas, há 450.000 mortes por ano e a população total é de 94.000.000. Quando
combinamos a taxa bruta de natalidade e a taxa bruta de mortalidade, obtemos, basicamente, informações sobre
o crescimento da população (HARTGE, 2015). O Brasil, em 2018, teve uma taxa de mortalidade de 6,7 mortes
/1000 habitantes, o país do continente africano com a mais alta taxa de mortalidade foi o Lesoto com 15 mortes
/1000 habitantes.
3.1.4 Pirâmide populacional ou demográfica
Um gráfico comumente utilizado em demografia para descrever tendências atuais da população é chamado de
pirâmide populacional. Esse gráfico mostra a população de um país por idade e sexo. Cada lado do gráfico
representa um sexo – masculino ou feminino. A extensão das barras de cada lado mostra o número de cidadãos
de um sexo na faixa etária em questão. Cada barra representa um aumento de cinco anos e as idades podem ser
divididas em categorias, como idade pré-reprodutiva (abaixo dos 15 anos de idade), idade reprodutiva (de 15 a
45 anos de idade) e idade pós-reprodutiva (após os 45 anos de idade).
Analisando a pirâmide populacional de um país, é possível prever a direção do tamanho da população no futuro.
Alguns países têm crescimento da população, enquanto outros veem uma redução em suas estimativas. Quando
os cidadãos de um país vivem por mais tempo e com mais saúde, a parte superior da pirâmide, que representa o
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Alguns países têm crescimento da população, enquanto outros veem uma redução em suas estimativas. Quando
os cidadãos de um país vivem por mais tempo e com mais saúde, a parte superior da pirâmide, que representa o
grupo mais velho, aumenta. Entretanto, quando a expectativa de vida de um lugar é baixa, possivelmente devido
a doenças e ferimentos, a parte superior diminui. Da mesma forma, em países com taxas de natalidade altas, a
parte inferior da pirâmide será maior, enquanto países com taxas de natalidade menores terão uma faixa etária
de 0 a 4 anos muito menor. Também é possível definir onde essas mudanças estão ocorrendo em termos de sexo.
Figura 4 - Pirâmide etária do Brasil em 2019
Fonte: Elaborada pela autora, baseada em POPULATION PYRAMID, 2020.
#PraCegoVer: a figura mostra um gráfico em formato de pirâmide, que demonstra o percentual de homens e
mulheres em cada faixa etária no Brasil.
A demografia é o estudo de populações humanas e avalia mudanças e variações nessas populações. A análise
desses dados ajuda autoridades e cientistas a se prepararem para as futuras necessidades do país e de sua
população em constante mudança (ROCHA, 2012). Países que têm uma redução no número de nascimentos
tendem a apresentar uma pirâmide invertida, é possível visualizar essa tendência na pirâmide etária da Itália a
seguir.
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Figura 5 - Pirâmide etária da Itália em 2019
Fonte: Elaborada pela autora, baseada em POPULATION PYRAMID, 2020.
#PraCegoVer: a figura mostra um gráfico em formato de pirâmide, que demonstra o percentual de homens e
mulheres em cada faixa etária na Itália.
Nas figuras anteriores, é possível observar que existe uma grande diferença entre a Itália e o Brasil em relação à
população. O Brasil tem as faixas mais largas a partir da idade de 15 a 19 anos, enquanto a Itália entre 40 e 45
anos. Isso significa que a maior parte da população no Brasil está distribuída nas faixas etárias mais jovens,
enquanto na Itália está nas faixas mais velhas. O Brasil tem a característica populacional dos países em
desenvolvimento, enquanto a Itália evidencia as dos países desenvolvidos no geral.
3.2 Tendências demográficas
Qual é a importância da demografia para a saúde mundial? Qual é uma possível relação entre elas? Na verdade,
há diversos fatores de conexão entre a demografia e a saúde mundial. Quando a taxa de natalidade é alta demais,
por exemplo, isso pode levar à superpopulação, taxas de criminalidade mais elevadas, mais poluição e falta de
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por exemplo, isso pode levar à superpopulação, taxas de criminalidade mais elevadas, mais poluição e falta de
recursos para o povo. O que está ficando cada vez mais evidente em todo o mundo é que uma alta taxa de
natalidade e o rápido crescimento populacional levam a uma rápida urbanização. A rápida urbanização tende a
criar grandes favelas e cidades superpovoadas que não conseguem acomodar de maneira adequada o enorme
afluxo de pessoas (GALLEGUILLOS, 2014).
A demografia é utilizada para prever prováveis mudanças na população humana. Ela é útil para compreender as
atuais e futuras necessidades de saúde mundial. Por exemplo, a demografia prevê que a população mundial
continuará aumentando, especialmente, em países como a Índia. Ela também prevê que a população mundial
aumentará mais nas nações em desenvolvimento que já carecem de uma infraestrutura adequada e enfrentarão
dificuldades em razão do crescimento populacional (GALLEGUILLOS, 2014). Ela também antecipa que haverá
esses mesmos aumentos nos centros urbanos, e isso só continuará expandindo favelas urbanas improvisadas,
que carecem de saneamento básico, tornando-as foco de muitas doenças, subnutrição, pobreza, água
contaminada e condições insalubres devido à falta de infraestrutura e oportunidades de emprego (WHO, 2019).
3.2.1 Crescimento populacional
A taxa de fertilidade total é a taxa que precisa ser mantida para que não haja um rápido aumento ou diminuição
da população. Ela é calculada pelo número médio de filhos por mulher em período reprodutivo. Essa taxa é o
principal critério para se avaliar a dinâmica populacional.
Uma situação que pode prejudicar o bem-estar de uma população em um país, ou a sua infraestrutura, é quando
as taxas de natalidade diminuem abruptamente sem haver uma redução da mortalidade, levando a um aumento
populacional das pessoas mais velhas, e redução das pessoas em idade produtiva de trabalho. Essa situação
gerou mudança na estrutura de aposentadorias em muitos países, por exemplo, o Japão possui duas
aposentadorias. A pessoa se aposenta aos 65 anos, se ela trabalha e continua pagando a contribuição de
previdência, pode se aposentar novamente aos 80 anos.
O nível de reposição populacional mundial, isto é, a taxa de fertilidade total esperada, é de 2,1 filhos por mulher
(WHO, 2019). No entanto, algumas partes do mundo como a Índia e partes da África subsaariana não alcançaram
o nível de substituição populacional. Nessas partes do mundo, a taxa de natalidade é maior do que a taxa de
mortalidade, de modo que a população continua a crescer exponencialmente. A taxa de fertilidade total atual da
população mundial é de 2,6 filhos por mulher em período fértil, ou seja, maior que o valor que assegura a
VOCÊ QUER VER?
Em 1979, a China era um país com alta taxa de natalidade e uma situação econômica
desfavorável. As estimativas da época eram pessimistas, previam uma fome ainda maior e um
colapso econômico no país, que na época já continha um grande percentual da população
mundial. Inicialmente, a política previa que cada família da área urbana poderia ter apenas um
filho, as famílias da zona rural poderiam ter dois, desde que o primeiro fosse do sexo feminino.
Essa política foi pensada para ser aplicada apenas em uma geração, contudo ela durou quase
40 anos, foi extinta em 2015. Hoje o país enfrenta um novo horizonte pessimista, a
flexibilização da política do filho único, bem como a abolição dela, não está incentivando os
chineses a terem mais filhos, isso implica em uma falta de mão de obra para o país que possui o
maior crescimento econômico mundial. Muitas mudanças culturais aconteceram a partir dessa
dura política. Assista ao documentário , que retrata o que aconteciaChina – É Proibido Nascer
com as famílias que transgrediam as regras e como o governo conseguiu fazer com que a
população seguisse as normas.
https://www.youtube.com/watch?v=xkppSbv-Pu4
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mortalidade, de modo que a população continua a crescer exponencialmente. A taxa de fertilidade total atual da
população mundial é de 2,6 filhos por mulher em períodofértil, ou seja, maior que o valor que assegura a
reposição populacional. Isso significa que continuaremos tendo um crescimento exponencial no futuro se não
forem feitas mudanças nas políticas ou nas atitudes culturais em relação à reprodução (WHO, 2019).
Figura 6 - Família indiana
Fonte: TheFinalMiracle, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: a imagem mostra uma família indiana de sete pessoas comendo fruta.
Em regiões da África e Índia, as taxas de natalidade são mais altas que as de mortalidade, sobretudo nas regiões
rurais, onde as crianças representam uma garantia para a família de que terá mão de obra para o seu sustento no
campo nos anos futuros. Além disso, a vida é mais insegura e incerta nessas regiões, portanto, é mais provável
que os pais perderão seus filhos devido à fome, doenças ou guerra. Na África subsaariana, a mulher tem, em
média, cerca de 5 crianças, mais do que o dobro da taxa de substituição populacional (WHO, 2019). Nos países
desenvolvidos, a taxa de substituição populacional é de 2,1 filhos por mulher. Isso significa que cada mulher
precisa ter 2,1 filhos para manter o equilíbrio, supondo que não haja eventos significativos como fome, guerra ou
doenças (WHO, 2019).
3.2.2 Envelhecimento populacional
As pessoas em todo o mundo estão vivendo por mais tempo. Hoje, pela primeira vez na história, a maioria das
pessoas tem uma expectativa de vida de sessenta anos ou mais. Por volta de 2050, o número de pessoas com 60
anos ou mais superará o de crianças menores de 10 anos (UNITED NATIONS, 2017), e as pessoas com idade
superior a 80 anos aumentarão de 127 milhões em 2017 para 425 milhões. Isso cria um problema com a
quantidade de recursos e energia que é utilizada pela população que está envelhecendo, se comparado à
população mais jovem. Além disso, surge um problema para a mão de obra nesses países, onde há um grande
número de idosos e menos pessoas para substituir a população em idade ativa.
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Certamente, as pessoas idosas contribuem de muitas maneiras para as sociedades em que vivem, mas as
contribuições dependem, em grande parte, de um fator: a saúde. Infelizmente, há pouca evidência que indique
que as pessoas mais velhas hoje estão em melhores condições de saúde que os seus pais estavam na geração
anterior (WHO, 2011). Embora as taxas de invalidez grave tenham diminuído em países de renda alta nos
últimos 30 anos, não houve uma mudança significativa na invalidez leve a moderada durante o mesmo período
(WHO, 2015). Se as pessoas viverem esses anos extras em boa saúde — e se viverem em um ambiente favorável
—, sua capacidade de agregar valor não será muito diferente do que a de uma pessoa mais jovem. No entanto, se
os anos extras vividos forem dominados pelo declínio da aptidão física e mental, as implicações serão mais
negativas para o indivíduo e a sociedade em que vive (WHO, 2011).
3.2.3 Transição demográfica e urbanização
Há uma grande mudança no sentido de uma maior urbanização e um maior número de pessoas nas cidades e em
ambientes urbanos do que antes. As populações estão migrando das zonas rurais para as zonas urbanas. Uma
parte importante dessa mudança é a promessa de empregos e oportunidades nas cidades. No entanto, um
enorme afluxo de pessoas cria tensão no ambiente, levando a uma variedade de fatores, como falta de emprego
ou de recursos. Como resultado, as favelas surgem, e não há alimentos suficientes, água potável, descarte de
resíduos ou outras necessidades da vida para sustentar a população. Além disso, há uma maior quantidade de
crimes.
Figura 7 - Urbano e rural
Fonte: Moomusician, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: a figura mostra um desenho à mão retratando um cenário rural e outro urbano.
No entanto, em ambientes urbanos, pode ser mais fácil para as mulheres terem acesso a contraceptivos do que
VOCÊ O CONHECE?
O Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia, IBGE, é responsável por pesquisas sociais,
econômicas e de saúde no nosso país. Foi criado em 1936, e tem como uma de suas funções a
produção e análise de informações estatísticas e geográficas. Você pode acessar o site Cidades
 que apresenta os principais dados sociais e econômicos de qualquer cidade do nossoIBGE
país.
https://cidades.ibge.gov.br/
https://cidades.ibge.gov.br/
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No entanto, em ambientes urbanos, pode ser mais fácil para as mulheres terem acesso a contraceptivos do que
em ambientes rurais, e também pode ser mais fácil para elas e seus filhos terem acesso à educação, o que pode
ser muito mais difícil em ambientes rurais (LIDDLE, 2017).
3.3 Impacto da educação na saúde
No ano 2000, a ONU lançou o plano de desenvolvimento Educação para Todos, em que os países se
comprometeram a alcançar seis metas. Em 2015, um relatório reportou que apenas um terço dos países
conseguiu alcançar a meta. Ainda assim, muitos avanços foram realizados e milhares de crianças passaram a ter
mais acesso à educação. A seguir você pode conhecer algumas metas.
3.3.1 Expandir a educação primária e cuidados das crianças na primeira 
infância, especialmente para as crianças mais vulneráveis
No mundo, 47% dos países alcançaram essa meta. No período de 2000 a 2015, o Brasil reduziu em 9% o total de
crianças de 0 a 6 anos de idade em situação de extrema pobreza (UNESCO, 2015). Uma das estratégias adotadas
pelo nosso país para garantir os cuidados dessas crianças e o acesso à educação foi o Programa Bolsa Família,
que vincula os beneficiários a serviços de saúde e educação. O aumento de crianças matriculadas na educação
infantil foi de 11,2% para as menores de três anos e 23% para as crianças de idade entre 4 e 5 anos. No total, o
número de matrículas na educação infantil aumentou 42% (UNESCO, 2015; BRASIL 2015).
3.3.2 Alcançar a educação básica universal, especialmente para meninas, 
minorias étnicas e crianças marginalizadas
Cerca de 52% dos países alcançaram essa meta. O percentual de crianças brasileiras matriculadas na escola
aumentou de 95,8% para 98,2%. O relatório aponta que o número de crianças no Brasil diminuiu ao longo dos
anos, pois houve redução nas taxas de natalidade. O percentual de crianças pobres frequentando a escola
regularmente também aumentou de 93,9% em 2004 para 97,5% em 2012 (UNESCO 2015; BRASIL, 2015).
3.3.3 Alcançar a igualdade de gênero
Essa meta foi alcançada por 69% dos países. O Brasil apresenta diferença de gênero na educação a partir do
quarto ano de educação da criança, quando é possível ver que as meninas menores de 12 são 10% a mais que os
meninos da mesma idade. Na medida em que os adolescentes crescem, a diferença aumenta e chega a ser 30%
maior na participação de meninas de 16 anos matriculadas do que meninos da mesma faixa etária, conforme
dados do período entre 2004 a 2011. Essa diferença se prorroga no acesso ao ensino superior, onde as mulheres
representam 57% dos estudantes (UNESCO 2015; BRASIL, 2015; INEP, 2019).
VOCÊ SABIA?
O Fundo das Nações Unidas para a Educação (UNICEF) fez uma análise sobre a mortalidade
infantil e aumento da escolaridade das crianças. Nas últimas décadas, o Brasil teve grande
redução da mortalidade infantil. Além disso, muitas crianças passaram a estudar, o que
contribuiu para a melhoria das condições de vida da população.
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De acordo com a UNESCO (2015), a educação dos pais e crianças se relaciona com a melhora da condição
nutricional dos filhos, prevenção de mortes prematuras infantis, redução da mortalidade materna e redução da
prevalência de HIV. Isso se deve, possivelmente, ao fato de a educação facilitar o acesso a informações sobre o
HIV e possibilitar melhoria nas habilidades para a vida. A educação faz parte do que constitui o bem-estar e, por
isso, exerce grande influência na saúde.
3.4 Vigilância em Saúde
Dentro das funções essenciais da saúde pública, encontramos a vigilância. Conforme o conceito de saúde foi
mudando na trajetória da humanidade, as formas de observar a doença também mudaram. Durante a Idade
Média, a quarentena foi uma das práticas adotadas como forma de impedir que pessoas vindas defora de
determinada região, ou recém-chegadas de alguma viagem, trouxessem doenças consigo. Na época das
descobertas da bacteriologia, somado ao conhecimento das vacinas, a Vigilância em Saúde se detinha em
monitorar números de casos e pessoas acometidas por determinada doença, a partir de um conceito introduzido
por John Graunt de que era necessário observar padrões numéricos e de doença de uma população (ROTHMAN,
1996; NETTO 2017). Na medida em que o conceito de saúde muda e se conhece melhor o processo saúde-
doença, a era moderna utiliza a Vigilância em Saúde para normatizar e legislar os sistemas de saúde, um dos
marcos é a sistematização de coleta e análise de dados que permitem verificar comportamento de doenças na
população (NETTO, 2017).
Figura 8 - Aumento exponencial
Fonte: Peter Hermes Furian, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: a figura mostra que uma pessoa pode contaminar outras três e, cada uma delas, mais três.
Demonstrando um crescimento exponencial de contaminação.
Na 21ª Assembleia Mundial da Saúde foi proposto o conceito de vigilância populacional, que envolve coletar
sistematicamente informações epidemiológicas para serem usadas no planejamento, implementação e avaliação
do controle de doenças (NETTO, 2017).
No Brasil, a Vigilância em Saúde é definida como:
A Vigilância em Saúde constitui um processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise e
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A Vigilância em Saúde constitui um processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise e
disseminação de dados sobre eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a
implementação de medidas de saúde pública para a proteção da saúde da população, a prevenção e
controle de riscos, agravos e doenças, bem como para a promoção da saúde (BRASIL, 2018a).
É importante ressaltar que uma vigilância depende da outra, posto que a Vigilância Sanitária necessita de
fundamentação epidemiológica para poder regulamentar questões de saúde, serviços e bens de consumo.
3.4.1 Vigilância epidemiológica
A vigilância epidemiológica consiste na seguinte definição, conforme a Lei 8.080 de 1990 escreveu:
Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento,
a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde
individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle
das doenças ou agravos (BRASIL, 1990).
Podemos observar, portanto, que a vigilância epidemiológica não é focada somente na doença, mas também nas
condições de vida, isto é, nos determinantes sociais da saúde. Existem doenças que são de notificação
compulsória, ou seja, quando um serviço de saúde diagnostica um caso de uma dessas doenças, o órgão de saúde
deve ser notificado da ocorrência (WALDMAN, 2012).
Em 1976, foi criado o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica com o objetivo de reunir informações sobre
doenças e agravos à saúde para embasar as políticas. A portaria do Ministério da Saúde, nº 1061 de 2020, lista as
seguintes doenças: botulismo, cólera, dengue, meningites, febre Chikungunya, leishmaniose, leptospirose, raiva
humana, tuberculose, varicela etc. Além disso, a vigilância epidemiológica realiza o monitoramento de doenças
crônicas não transmissíveis, causas de internação hospitalar, dentre outras (NETTO, 2017).
3.4.2 Vigilância Sanitária
De acordo com a Lei 8.080, de 1990, a Vigilância Sanitária é:
conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas
CASO
O município gaúcho Santa Maria teve um surto de toxoplasmose no ano de 2018. A cidade teve
1116 casos notificados e 766 casos suspeitos. Essa doença provoca febre, cansaço e mal-estar,
podendo ser especialmente grave para gestantes e fetos. Ela se origina a partir de fezes de
gatos contaminadas pelo contato com roedores. O surto chamou a atenção por ter levado
tempo para detectarem a causa e o foco dele, diferentes bairros do município apresentaram
casos, o que não permitia um mapeamento geográfico preciso. Após algum tempo, concluiu-se
que a contaminação vinha do lençol freático que a empresa de água que abastecia o município
utilizava. Nesse exemplo, podemos ver a aplicação da vigilância sanitária no controle da
qualidade da água, a vigilância epidemiológica no monitoramento das notificações e evolução
do quadro e da saúde ambiental a partir do monitoramento das fontes de água do município.
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conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas
sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de
serviços de interesse da saúde, abrangendo:
I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde,
compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e
II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde
(BRASIL, 1990).
Podemos observar quatro eixos na Vigilância Sanitária: político, ideológico, tecnológico e jurídico.
Eixo político
Pode ser compreendido com a defesa das pessoas, procura prevenir e eliminar riscos à saúde das pessoas.
Considera-se político esse eixo, pois envolve colocar o bem-estar da população acima dos interesses de setores e
mercados (BRASIL, 2011).
Eixo ideológico
Diz respeito à vigilância epidemiológica precisar responder às necessidades de saúde da população, ainda que
isso possa interferir em questões ideológicas.
Eixo tecnológico
Cada vez mais em alta, diz respeito a constante atualização científica e técnica para poder realizar o
monitoramento e avaliação dos agravos à saúde.
Eixo jurídico
Diz respeito ao poder legislativo que a Vigilância Sanitária possui, de proteção à população.
De acordo com o Ministério da Saúde (1994), as bases que regem a atuação da Vigilância Sanitária são:
I - identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde, em territórios
definidos;
II - formulação de política de saúde que leve em conta os fatores econômicos e sociais, determinantes
de doenças e outros agravos à saúde;
III - promoção e proteção da saúde mediante a realização integrada de ações educativas e de
informação, da prevenção de danos e agravos à saúde individual e coletiva, do diagnóstico e da
terapêutica;
IV - a coleta sistemática, consolidação, análise e interpretação de dados e Informações sobre
produção, armazenagem, distribuição e consumo de produtos e serviços, condições de vida e de
ambiente de trabalho com vistas a formulação de políticas, planos e programas;
V - estímulo e fortalecimento da participação da comunidade nas ações preventivas e corretivas de
iniciativa do Poder Público, que dizem respeito à saúde coletiva;
VI - garantia de condições adequadas para o exercido de profissões relacionadas diretamente com a
saúde, apara a prestação dos serviços de saúde de qualidade com acesso universalizado; e
VII - avaliação da tecnologia em saúde, com ênfase na identificação de inadequações na produção e
no uso de equipamentos, medicamentos, imunobiológicos e outros insumos paras saúde.
Os campos de atuação da Vigilância Sanitária são, entre outros:
I - Proteção do ambiente e defesa do desenvolvimento sustentado;
II - Saneamento básico;
III - Alimentos, água e bebidas para consumo humano;
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II - Saneamento básico;
III - Alimentos, água e bebidas para consumo humano;
IV - Medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse pata a saúde;
V - Ambiente e processos de trabalho, e saúde do trabalhador;
VI - Serviços de assistência à saúde;
VII - Produção, transporte, guarda e utilização de outros bens, substâncias e produtos psicoativos,
tóxicos e radiativos;
VIII - Sangue e hemoderivados;
IX - Radiações de qualquer natureza; e
X - Portos, aeroportos e fronteiras (BRASIL, 1994).
Podemos perceber que a Vigilância Sanitária está no nosso dia a dia e em tudo que acontece no nosso país. O
controle de fronteiras, por exemplo, é fundamental paraevitar o alastramento de doenças contagiosas. Essa
medida foi adotada por muitos países para enfrentar a pandemia do COVID-19, por exemplo. 
3.4.3 Prioridades em saúde pública
As prioridades da saúde pública são estabelecidas para proteger a saúde da nação. Nos Estados Unidos, os
Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDCs) estabeleceram prioridades abordando problemas de saúde
que exercem impacto na saúde global. É importante para profissionais da saúde pública focarem em prioridades
da saúde global para poder responder aos desafios apresentados em países de média e alta renda que podem
impor uma ameaça ao interesse dos países desenvolvidos, bem como lidarem com problemas de saúde em países
de baixa renda. As prioridades de saúde global tendem a se encaixar sob o domínio de doenças infecciosas e não
infecciosas (CDC). Globalmente, doenças infecciosas ainda abrangem o maior peso de doenças para a maior parte
da população.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) refletem as principais prioridades na saúde global, bem
como as principais preocupações. Uma similaridade nas prioridades de saúde global e nos ODS é a prevenção e a
erradicação de doenças infecciosas, juntamente com nutrição adequada, sobrevivência infantil e água limpa. As
prioridades de saúde global em países em desenvolvimento tendem a se concentrar na redução de taxas de
doenças infecciosas e no aumento de sobrevivência infantil, além de também dedicar atenção às doenças não
infecciosas como câncer, doenças cardiovasculares e circulatórias, diabetes e asma (WHO, 2019).
No Brasil, o plano anual de saúde de 2019 continha 13 objetivos, destacamos os seguintes:
Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase na humanização, equidade e
no atendimento das necessidades de saúde, aprimorando a política de atenção básica e especializada,
ambulatorial e hospitalar (BRASIL, 2018b).
Aprimorar e implantar as Redes de Atenção à Saúde nas regiões de saúde, com ênfase na articulação da Rede de
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O Plano Nacional de Saúde é elaborado a cada quatro anos com base nos indicadores de saúde
do Brasil e suas regiões. É um documento muito importante que norteia a alocação dos
recursos em saúde. O plano de 2020 a 2023 destaca que está alinhado com o ODS 5: “Promover
ações que garantam e ampliem o acesso da população a medicamentos e insumos estratégicos,
com qualidade, segurança, eficácia, em tempo oportuno, promovendo seu uso racional”. Você
pode acessar os no site do Ministério da Saúde.Planos Nacionais de saúde
file:///C:/Users/leobi/Desktop/SAUESVIME/U03/Voc%C3%AA%20pode%20acessar%20os%20planos%20nacionais%20de%20sa%C3%BAde%20no%20site%20do%20Minist%C3%A9rio%20da%20Sa%C3%BAde:
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Aprimorar e implantar as Redes de Atenção à Saúde nas regiões de saúde, com ênfase na articulação da Rede de
Urgência e Emergência, Rede Cegonha, Rede de Atenção Psicossocial, Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência,
e da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas (BRASIL, 2018b).
Ampliar o acesso da população a medicamentos, promover o uso racional e qualificar a assistência farmacêutica
no âmbito do SUS (BRASIL, 2018b).
Aprimorar o marco regulatório e as ações de vigilância sanitária, para assegurar a proteção à saúde e o
desenvolvimento sustentável do setor (BRASIL, 2018b).
A partir desses objetivos podemos verificar que o nosso país ainda tem demandas relacionadas à vigilância
sanitária, além do acesso a medicamentos, que não são disponíveis para toda a população.
3.4.5 Organizações de Saúde Pública
Cada país tem na sua organização de governo o seu órgão competente pelo planejamento e execução da saúde.
No Brasil, temos o Ministério da Saúde. Nos Estados Unidos esse papel é exercido pelo CDC. Em nível mundial,
temos a OMS que faz o papel de direção e coordenação de atividades em saúde internacionais e presta suporte
técnico aos países. Além disso, ela elabora normas, padrões, diretrizes e pesquisas, bem como disponibiliza
análise e painéis de monitoramento de índices de saúde e doença.
Outra instituição importante é a Organização Pan Americana de Saúde (PAHO), que é o escritório regional da
OMS focado somente nas américas. A OMS é financiada pelos governos dos países e por doadores independentes,
como o Banco Mundial. Além dessas, de acordo com a International Medical Volunteer Association (IMVA),
existem as Organizações Não Governamentais (ONGs) que fazem ações de saúde e proteção em locais críticos ou
de pouca estrutura de saúde, são elas: Comitê Internacional da Cruz vermelha (CICV), organização humanitária
internacional Médicos Sem fronteiras (MSF) e Care International. 
Conclusão
Nesta unidade você pode aprender sobre o uso da demografia para questões de saúde dos países e como ela
pode impactar nas sociedades. Aprendemos sobre os tipos de Vigilância em Saúde, essenciais para o
acompanhamento das condições de saúde da população e fatores de risco que devem ser controlados.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• compreender a demografia e sua utilização na saúde global;
• compreender o funcionamento da taxa de reposição populacional;
• compreender os fatores que impactam a demografia no mundo;
• compreender a vigilância em saúde sanitária e epidemiológica.
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	Introdução
	3.1 Demografia
	3.1.1 Curva J: crescimento exponencial
	3.1.2 Taxa de natalidade e fertilidade
	3.1.3 Taxa de mortalidade
	3.1.4 Pirâmide populacional ou demográfica
	3.2 Tendências demográficas
	3.2.1 Crescimento populacional
	3.2.2 Envelhecimento populacional
	3.2.3 Transição demográfica e urbanização
	3.3 Impacto da educação na saúde
	3.3.1 Expandir a educação primária e cuidados das crianças na primeira infância, especialmente para as crianças mais vulneráveis
	3.3.2 Alcançar a educação básica universal, especialmente para meninas, minorias étnicas e crianças marginalizadas
	3.3.3 Alcançar a igualdade de gênero
	3.4 Vigilância em Saúde
	3.4.1 Vigilância epidemiológica
	3.4.2 Vigilância Sanitária
	3.4.3 Prioridades em saúde pública
	3.4.5 Organizações de Saúde Pública
	Conclusão
	Bibliografia

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