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RIMA 5 - Complexo Turistico Dunas Paracuru

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INVERSIONES TENERIA EMPREENDIMENTOS
DO BRASIL LTDA.
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA
VOLUME II 
PARACURU / CE
COMPLEXO TURÍSTICO
DUNAS DO PARACURU
 
 
 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA 
COMPLEXO TURÍSTICO 
DUNAS DO PARACURU 
PARACURU – CEARÁ 
 
INTERESSADO: INVERSIONES TENERIA EMPREENDIMENTOS DO BRASIL LTDA. 
CNPJ. N°. 08.579.828/0001-58 
 
PROCESSO: SEMACE Nº. 10217097-5 
 
ELABORAÇÃO: GEOCONSULT 
CONSULTORIA, GEOLOGIA & MEIO AMBIENTE LTDA. 
CNPJ. N°. 00.112.208/0001-00 
CREA-CE N°. 25.006/95 
CADASTRO TÉCNICO FEDERAL (IBAMA) – Válido até 30/04/2011 
CADASTRO TÉCNICO ESTADUAL (SEMACE) – Válido até 29/09/2011 
 
 
RESPONSABILIDADE TÉCNICA - 
Tadeu Dote Sá 
GEÓLOGO, CREA-CE No. 6.357-D 
CADASTRO TÉCNICO FEDERAL (IBAMA) – Válido até 30/04/2011 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA – CEARÁ 
Fevereiro – 2011
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- ii
APRESENTAÇÃO 
O presente documento apresenta o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do COMPLEXO 
TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU, empreendimento localizado no município de Paracuru – 
CE, de responsabilidade da empresa INVERSIONES TENERIA EMPREENDIMENTOS DO BRASIL 
LTDA. 
O presente documento visa atender aos condicionantes da Licença de Instalação 
N°48/2010 COPAM – NUCAM e foi elaborado de acordo com a Resolução CONAMA N°. 
001/86, e seguindo as diretrizes do Termo de Referência Nº. 654/2010 COPAM-NUCAM 
emitido pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente – SEMACE. 
De um modo geral, o projeto apresenta o macrozoneamento de uso e ocupação da área 
pleiteada para o licenciamento ambiental, propondo uma ocupação racional e planejada 
em função dos objetivos do empreendimento, das características ambientais do terreno e 
das normas ambientais. A área foi compartimentada em macrozonas em função do uso e 
ocupação do solo pretendido pelo empreendedor. 
Nos setores urbanizáveis serão instalados equipamentos como hotéis, pousadas, 
residências unifamiliares e multifamiliares, clubes, academias, lojas, etc., bem como toda 
infraestrutura básica de serviços, sendo estas zonas individualizadas ou delimitadas pelo 
sistema viário, que fará a interligação entre os diversos equipamentos, possibilitando certa 
individualidade de cada equipamento e ao mesmo tempo a integração dentro do 
complexo turístico imobiliário. 
Os estudos ambientais do projeto aqui apresentado compreendem o Estudo de Impacto 
Ambiental (EIA) - Volume I, Tomo A, Tomo B e Tomo C; Relatório de Impacto Ambiental 
(RIMA) – Volume II e os Anexos – Volume III. 
O EIA/RIMA baseia-se fundamentalmente na caracterização do projeto proposto para a 
área e na caracterização ambiental dos meios físico, biológico e socioeconômico da área 
de influência funcional do empreendimento onde são destacados os processos e 
características naturais de cada parâmetro ambiental e/ou inter-relações no ecossistema. 
A partir destes conhecimentos são prognosticadas as interferências das ações do 
empreendimento, nas suas diversas fases, sobre os componentes ambientais 
potencialmente sujeitos aos impactos, o que é retratado na identificação e descrição dos 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- iii
impactos ambientais, salientando-se que esta avaliação é indicadora dos parâmetros para 
proposição das medidas mitigadoras e dos planos de controle e monitoramento ambiental. 
Neste volume, identificado como sendo o RIMA, Volume II, é apresentada a síntese do 
Estudo de Impacto Ambiental (EIA), com a introdução, as alternativas locacionais e 
tecnológicas, a caracterização técnica do empreendimento, a síntese do diagnóstico 
ambiental da área, a avaliação e identificação dos impactos ambientais, as medidas 
mitigadoras dos impactos, os planos de controle e monitoramento ambiental, o 
prognóstico ambiental, as conclusões e recomendações do estudo, a bibliografia e a 
equipe técnica de elaboração do estudo. 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- iv
SUMÁRIO 
 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA 
 
 
VOLUME I – EIA 
 
 
VOLUME II - RIMA 
 
APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. ii 
SUMÁRIO........................................................................................................................... iv 
 
 
 
 
VOLUME III – ANEXOS 
DOCUMENTAÇÃO PERTINENTE 
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA 
DOCUMENTAÇÃO CARTOGRÁFICA 
ESTUDOS E PROJETOS BÁSICOS 
 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- v
RELAÇÃO DAS ILUSTRAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
 
 
 
 
 
INVERSIONES TENERIA EMPREENDIMENTOS DO BRASIL LTDA. 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU 
PARACURU – CE 
 
 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL – RIMA 
 
VOLUME II 
 
 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 1.1
1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 
1.1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR 
O projeto do COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO 
PARACURU é um empreendimento da iniciativa 
privada, de interesse da empresa INVERSIONES 
TENERIA EMPREENDIMENTOS DO BRASIL LTDA., CNPJ 
Nº 08.579.828/0001-58. 
1.2. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA 
CONSULTORA 
Este Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) foi 
elaborado pela empresa GEOCONSULT 
CONSULTORIA, GEOLOGIA E MEIO AMBIENTE LTDA. 
1.3. DESCRIÇÃO GERAL DO 
EMPREENDIMENTO 
De um modo geral, o projeto apresenta o 
macrozoneamento de uso e ocupação da área 
pleiteada para o licenciamento ambiental, 
propondo uma ocupação racional e planejada em 
função dos objetivos do empreendimento, das 
características ambientais do terreno e das normas 
ambientais. A área foi compartimentada em 
macrozonas em função do uso e ocupação do solo 
pretendido pelo empreendedor. 
Nos setores urbanizáveis serão instalados 
equipamentos como hotéis, pousadas, residências 
unifamiliares e multifamiliares, clubes, academias, 
lojas, etc., bem como toda infraestrutura básica de 
serviços, sendo estas zonas individualizadas ou 
delimitadas pelo sistema viário, que fará a 
interligação entre os diversos equipamentos, 
possibilitando certa individualidade de cada 
equipamento e ao mesmo tempo a integração 
dentro do complexo turístico imobiliário. 
1.4. LOCALIZAÇÃO E ACESSO 
A área do COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO 
PARACURU situa-se na zona litorânea a oeste da 
capital do estado do Ceará, na Microrregião do 
Baixo Curu, mais precisamente no município de 
Paracuru (Figura 1.1). 
A área faz parte de uma propriedade privada 
denominada Sítio “Freixeiras”, localizada entre a 
faixa de praia e a comunidade de São Pedro, na 
porção norte - nordeste do município de Paracuru. 
A área do empreendimento dista 
aproximadamente 80,0 km da capital do Estado e 
8,0 km da cidade de Paracuru. 
Partindo de Fortaleza, capital do Estado, o acesso 
à área pode ser feito pela BR-222 percorrendo-se 
60,0 km até a localidade de Croatá, de onde se 
segue pela CE-341 percorrendo-se 14,0 km até a 
localidade de Quatro Boca, no município de 
Paracuru. Daí toma-se a rodovia municipal 
conhecida como Estrada de São Pedro, à direita 
percorrendo-se 6,0 km até a área do 
empreendimento (Figura 1.2). 
1.5. ÁREA DO PROJETO 
A área do projeto corresponde a uma propriedade 
particular com área escriturada de 977,01 
hectares, cujas medidas, limites e confrontações 
são apresentados na Figura 1.3. 
O gradiente altitudinal desce de oeste para leste 
de tal forma que as águas vertem do Campo de 
Dunas até a linha de praia; a amplitude altimétrica 
vai de 4,5m próxima a faixa de praia até 25,0 a 
37,5m já na basedo campo de dunas. Constitui 
um espaço complexo em termos de relevo, 
correspondendo à zona de transição entre o 
campo de dunas móveis e a faixa de praia. 
A planta planialtimétrica do terreno é apresentada 
no Volume III – Anexos. 
A Figura 1.4 apresenta a área do projeto em 
imagem spot Google Earth do ano de 2006. 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 1.2
Figura 1.1 – Localização da Área do Empreendimento 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 1.3
Figura 1.2 – Acesso a Área do Empreendimento 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 1.4
Figura 1.3 – Área do Projeto 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 1.5
Figura 1.4 – Área do Projeto em Imagem Spot Google Earth 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
 
 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 1.6
1.6. OBJETIVO DO EMPREENDIMENTO 
O empreendimento tem como objetivo geral à 
exploração da atividade imobiliária, nos moldes do 
desenvolvimento sustentável, onde a exploração 
do ambiente com equipamentos residenciais e de 
lazer será feita de forma integrada e harmoniosa 
com a realidade ambiental e sociocultural local. 
O objetivo específico do empreendimento é a 
ampliação dos investimentos da empresa 
requerente no setor turístico imobiliário do 
município de Paracuru, tendo por fim os retornos 
econômicos financeiros satisfatórios para a 
empresa e ao mesmo tempo gerar maior 
circulação de moeda no município, o que 
certamente irá contribuir para o crescimento 
econômico e a melhoria dos índices sociais do 
município. 
O empreendimento tem ainda como objetivos: 
 Promover o desenvolvimento econômico da 
região, tendo por base as aptidões naturais 
da área, que é a atividade turística; 
 Instalar um empreendimento turístico-
residencial dentro dos preceitos do 
desenvolvimento sustentável; 
 Gerar empregos diretos e indiretos, 
contribuindo para a solução de questões 
econômicas e sociais do município de 
Paracuru; e, 
 Promover a circulação de moeda na região 
litorânea do estado do Ceará, o que refletirá 
em maior arrecadação tributária para os 
cofres públicos. 
1.7. JUSTIFICATIVAS DO 
EMPREENDIMENTO 
O empreendimento se justifica pela necessidade 
que o estado do Ceará tem de explorar o seu 
litoral através de uma atividade que gere 
crescimento econômico para o município e para o 
estado e que reflita positivamente sobre os índices 
econômicos e sociais da população da sua área de 
influência, destacando que a política das 
instituições públicas voltadas para o 
desenvolvimento econômico, tem colocado o setor 
de turismo, dentre as perspectivas mais favoráveis 
para a geração de emprego e renda. 
O projeto proposto mostra-se como mais uma 
oportunidade de investimento no setor turístico do 
estado do Ceará, uma vez que tem bom potencial, 
não só por favorecer significativo e atraente 
retorno sobre os investimentos, mas também, por 
servir como um modelo de planejamento a ser 
seguido, especialmente no litoral do estado. 
A posição privilegiada da área foi um importante 
fator que condicionou a escolha do local, pois a 
área apresenta grande potencialidade turística 
pela beleza do ambiente natural. Outro fator 
relevante é a existência de equipamentos de 
infraestrutura na região de entorno, destacando-se 
dentre outros as rodovias estaduais. 
De acordo com as pesquisas de mercado, o local 
tem potencialidade e apresenta demanda para o 
modelo de empreendimento proposto, o que em 
termos econômicos justifica a implantação e 
operação do empreendimento na área escolhida. 
O empreendimento justifica-se ainda pela 
necessidade que o município do Ceará tem de 
oferecer infraestrutura de boa qualidade, com 
conforto e segurança e que seja atrativa com a 
oferta de residências de veraneio e equipamentos 
de diversão e entretenimento, para a permanência 
duradoura do visitante. 
1.8. INFRAESTRUTURA BÁSICA EXISTENTE 
A área do empreendimento é servida por energia 
elétrica, telefonia móvel e via de acesso. 
É desprovida de equipamentos de infraestrutura 
básica como abastecimento d’água, 
rede de esgoto e drenagem, os quais serão objeto 
de sistemas autônomos a serem implantados pelo 
empreendedor, conforme previsto no Master Plan. 
O quadro geral de infraestrutura disponível 
atualmente na área do empreendimento pode ser 
definido da seguinte maneira: 
 A rede de energia elétrica compreende um 
ramal de eletrificação rural com potência de 
13,8 kV e extensão de 4,5 km 
aproximadamente, pertencente à 
concessionária local que alimenta o Píer da 
Petrobrás entre outros. Esta linha deverá ser 
substituída quando da implantação das 
novas redes de alimentação elétrica do 
empreendimento; 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 1.7
 A área não é beneficiada com sistema de 
telefonia convencional, entretanto está 
inserida na área de cobertura da telefonia 
móvel; e, 
 A área do empreendimento é cortada por 
uma rodovia municipal, que liga a CE-341 a 
cidade de Paracuru, partindo da bifurcação 
denominada Quatro Bocas, passando pelo 
povoado de São Pedro, atravessando a área 
do empreendimento com aproximadamente 
4.766,0 m com largura de 8,0 m construída 
com revestimento em CBUQ (Concreto 
Betuminoso Usinado a Quente) indo até as 
instalações da Petrobrás antes de chegar à 
cidade de Paracuru. 
Quanto ao suprimento de energia elétrica e de 
telecomunicações, o empreendedor 
já dispõe: 
 Do Atestado de Viabilidade Técnica de 
Fornecimento de Energia Elétrica da 
Companhia Energética do Ceará – COELCE, 
N°. 303/2008; e, 
 Da Declaração de Viabilidade Técnica para 
atendimento dos serviços de telefonia fixa, 
móvel e sistema Velox, da empresa OI 
Telecomunicações, conforme expediente 
CT/CE/8000/6930/10-2008. 
Estas declarações estão sendo renovadas junto 
aos órgãos competentes e tão logo o 
empreendedor esteja de posse das mesmas, elas 
serão anexadas ao processo de licenciamento 
ambiental junto a SEMACE. 
1.9. ASPECTOS LEGAIS 
 Em 23 de julho de 2010 a SEMACE concedeu 
a renovação da Licença de Instalação (LI Nº 
48/2010 COPAM/NUCAM) embasada no 
Parecer Técnico Nº 2701/2010 
COPAM/NUCAM, condicionando o início das 
obras à análise do EIA/RIMA, com a devida 
apresentação e aprovação do COEMA. Desta 
forma o presente documento visa atender 
aos condicionantes da Licença de Instalação 
N°48/2010 COPAM – NUCAM e foi elaborado 
de acordo com a Resolução CONAMA N°. 
001/86, e seguindo as diretrizes do Termo 
de Referência Nº. 654/2010 COPAM-NUCAM 
emitido pela Superintendência Estadual do 
Meio Ambiente – SEMACE. 
 A área de implantação do empreendimento 
refere-se a Matrícula N°. 2.304 de 
04.05.1993 (atualizada em 27.10.2008) do 
Cartório Facundo – 2º Ofício de Paracuru, de 
propriedade da Inversiones Teneria 
Empreendimentos do Brasil Ltda. 
 Com relação aos Terrenos de Marinha, 
especificamente para a área do 
empreendimento em estudo, existe a 
Certidão Nº 027/99-DEN/DPU/CE de 02 de 
setembro de 1999, atestando a 
compatibilidade das cotas altimétricas, da 
linha de preamar e da linha limite dos 
terrenos de marinha da planta 
planialtimétrica apresentada pelo 
Empreendedor, com as constantes na planta 
de demarcação dos limites dos terrenos de 
marinha e acrescidos existentes naquela 
Delegacia. 
 A Prefeitura Municipalde Paracuru concedeu 
certidão de anuência atualizada ao 
empreendimento, datada de 17 de 
dezembro de 2010. Nesta certidão é citado 
que o projeto está de acordo com a Lei de 
Uso e Ocupação do Solo do Plano Diretor 
Participativo, Lei Nº 1.220/2009. 
 Para utilização dos recursos hídricos 
existentes na área do projeto com vistas a 
abastecimento humano e uso em geral na 
fase de implantação do Empreendimento 
Turístico, a Secretaria dos Recursos Hídricos 
(SRH) concedeu a Outorga de Direito de Uso 
da Água para 03 poços tubulares rasos. Tais 
outorgas estão em processo de renovação 
junto a SRH e serão posteriormente 
reapresentadas a SEMACE. 
 Em 18 de outubro de 2010 foi firmado o 
Protocolo de Intenções entre o Estado do 
Ceará com a interveniência das Secretarias 
de Estado de Turismo, da Casa Civil, da 
Fazenda, de Planejamento e Gestão, da 
Infra-estrutura, das Cidades, de Trabalho e 
Desenvolvimento Social e o Conselho de 
Desenvolvimento Econômico; o Município de 
Paracuru e a empresa Inversiones Teneria 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 1.8
Empreendimentos do Brasil Ltda. para a 
construção do Complexo Turístico Dunas do 
Paracuru. Constitui objeto do protocolo 
estabelecer as obrigações e compromissos 
do empreendedor privado e determinar a 
concretização de ajudas públicas para o 
desenvolvimento do complexo turístico. 
 Com base nos levantamentos realizados em 
campo e de acordo com os conceitos e 
definições sobre áreas de preservação 
permanente constantes na Lei N°. 4.771, de 
15 de setembro de 1965, que institui o 
Código Florestal, na Lei N°. 7.803, de 18 de 
julho de 1989, na Resolução CONAMA N°. 
303/02, na Resolução COEMA Nº 01/05 e na 
Lei Estadual N°. 13.796/06, no terreno do 
Complexo Turístico Dunas do Paracuru 
existem as seguintes Áreas de Preservação 
Permanente (APP`s): 
- Faixa de 30,0 metros, medidos a 
partir da cota de cheia das lagoas 
situadas no interior da área do estudo; 
- Faixa de 30,0 metros, medidos a 
partir do maior leito sazonal dos cursos 
de água situados no interior da área do 
estudo; 
- Raio de 50,0 metros ao redor da 
nascente; 
- Dunas móveis; 
- Dunas fixas; e, 
- Eolianitos. 
 Para construção do sistema viário principal 
serão necessárias intervenções em alguns 
trechos de APP`s de cursos d`água, lagoas, 
dunas móveis e dunas fixas. Analisando a 
área total de APP`s existentes na área de 
estudo (488,27 ha), as intervenções 
atingem 2,94 ha, o que representa tão 
somente 0,6% deste total. Destaca-se que 
desses 2,94 ha, 0,59 ha se refere a 
superfície já pavimentada e que será 
melhorada, perfazendo portanto, 2,35 ha de 
novas intervenções. 
 Assim, tendo em vista que a instalação do 
empreendimento, especificamente o projeto 
viário, afetará APP, o empreendedor 
apresentará a SEMACE o pedido de 
intervenção, a fim de que este órgão 
ambiental instaure procedimento autônomo 
para obtenção da autorização de 
intervenção de APP. 
 No município de Paracuru existem 02 (duas) 
Unidades de Conservação de Uso 
Sustentável, a Área de Proteção Ambiental 
(APA) do Estuário do Rio Curu e a Área de 
Proteção Ambiental (APA) das Dunas do 
Paracuru, nesta segunda insere-se 
integralmente a área do empreendimento. 
 Segundo a Resolução CONAMA Nº 428 de 17 
de dezembro de 2010, que dispõe, no 
âmbito do licenciamento ambiental, sobre a 
autorização do órgão responsável pela 
administração da Unidade de Conservação 
(UC), o licenciamento de empreendimentos 
de significativo impacto ambiental, 
localizados numa faixa de 3 mil metros a 
partir do limite de Áreas de Proteção 
Ambiental (APA`s), não necessitam de 
autorização do órgão gestor. 
 Visando atender as recomendações da 
Resolução CONAMA N°. 01/86, foi elaborado 
o Diagnóstico, Avaliação de Impactos e 
Prognóstico Arqueológico, bem como o 
Programa de Resgate Arqueológico na área 
do complexo turístico. Foram localizadas 
quatorze ocorrências de material 
arqueológico na área de influência direta do 
empreendimento, e uma ocorrência na área 
de influência indireta. As ocorrências de 
material arqueológico estão distribuídas 
sobre as paleodunas (eolianitos), a planície 
de deflação e ainda nas dunas móveis. 
Portanto deverá ser realizado um programa 
que inclua o Resgate dos Sítios 
Arqueológicos localizados, o Monitoramento 
Arqueológico das obras de movimentação de 
terra, além de atividades de educação 
patrimonial. 
 Na área do empreendimento e seu entorno 
não foram identificadas populações 
tradicionais conforme critérios previstos no 
Decreto Federal N°. 6.040 de 07 de 
fevereiro de 2007. No tocante as 
comunidades indígenas, a área do 
empreendimento não localiza-se em terras 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 1.9
indígenas, estando as mais próximas a 18 
km (Terra Indígena Anacé, localizada nos 
municípios de São Gonçalo do Amarante e 
Caucaia, que encontra-se em fase de 
estudo) e a 40 km da área (Terra Indígena 
Tapeba, no município de Caucaia, que 
encontra-se com relatório antropológico e 
limite aprovados pela FUNAI). Sobre as 
comunidades quilombolas, segundo dados 
disponibilizados pelo INCRA não constam 
títulos expedidos a comunidades 
quilombolas no município do Paracuru. 
1.10. PLANOS E PROJETOS CO-
LOCALIZADOS 
O empreendimento se encontra compatibilizado 
com os projetos governamentais instalados e/ou 
projetados no município de Paracuru (PRODETUR 
II, Programa de Desenvolvimento de Destinos e 
Produtos Turísticos, Programa de Educação e 
Capacitação para o Turismo, Programa de 
Rodovias de Integração Municipal; Programa de 
Gerenciamento Costeiro do Estado do Ceará – 
GERCO, entre outros). 
Quanto aos projetos privados, o município conta 
com pequenos hotéis e pousadas que atendem aos 
turistas que aportam no local, não possuindo 
equipamentos hoteleiros de médio a grande porte. 
Existe também uma usina geradora eólica da 
empresa Eólica Paracuru Geração e 
Comercialização de Energia S/A., com potência 
instalada de 23,4 MW através de 12 torres 
aerogeradores, localizada em terreno vizinho a 
leste da área do empreendimento. 
 
 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 2.1
2. ALTERNATIVAS LOCACIONAIS E TECNOLÓGICAS 
2.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS 
Para atender as diretrizes do Estudo de Impacto 
Ambiental, conforme o item I do artigo 5º da 
Resolução CONAMA Nº 001/86, serão 
contempladas as alternativas tecnológicas e de 
localização de projeto, confrontando-as com a 
hipótese de não execução do projeto. 
2.2. ALTERNATIVAS LOCACIONAIS 
O estudo de alternativas locacionais teve como 
universo inicial o litoral do Estado do Ceará, para 
seleção de regiões prioritárias, em função dos 
atrativos naturais, infraestrutura existente, 
distância aos principais centros econômicos e co-
localização com empreendimentos polarizadores. 
Dessa análise preliminar, o empreendedor iniciou a 
procura de áreas fora do eixo Caucaia – Fortaleza 
– Aquiraz, uma vez que nestes municípios já 
existem complexos turístico implantados e em 
implantação, e desta forma a procura por locais 
ainda não onerados pelo processo de ocupação 
turística, seria importante para se ter um 
empreendimento atrativo, diferenciado e 
competitivo. 
Como critérios norteadores para busca do local 
cita-se ainda a localização geográfica, 
compatibilidade com programas governamentais, 
oferta de mão-de-obra e belezas naturais, 
ressaltando-se a importância do fator distância, 
como vetor de diminuição de tempo de viagem à 
capital do Estado, onde está situado um aeroporto 
internacional, através do qual deverá chegar a 
maioria do público esperado para o 
empreendimento. 
Nessa concepção do processo de seleção, o 
municípiode Paracuru enquadrou-se 
perfeitamente, considerando-se além dos fatores 
já citados, o fato de neste município não existirem 
equipamentos turísticos de grande porte que 
façam frente ao projeto proposto. 
Assim, o empreendedor passou a se concentrar na 
busca de áreas na faixa litorânea de Paracuru, 
priorizando locais, com existência no seu entorno, 
de boas condições de infraestrutura e de múltiplas 
ofertas de atrativos que oferecessem ao público do 
empreendimento diversidades de entretenimento e 
lazer, com facilidade de acesso a praia, lagoas, 
dunas, etc., tendo-se bastante oferta destes 
atrativos ao longo da faixa costeiro do município. 
De um modo geral a seleção de área para locação 
do empreendimento teve como premissas os 
seguintes fatores: 
 Potencialidade turística local; 
 Disponibilidade de terreno; 
 Situação legal da propriedade; 
 Situação geográfica local; 
 Aspectos ambientais e paisagísticos local; 
 Disponibilidade de infraestrutura; 
 Facilidade de instalação de infraestrutura; e, 
 Disponibilidade de mão-de-obra. 
Nestas condições a disponibilidade de áreas ainda 
não oneradas com processo de licenciamento 
ambiental ainda permite um processo de seleção 
utilizando-se atrativos que comercialmente 
agregam valores ao local ou mesmo ao 
empreendimento. Particularmente, na área em 
apreço, soma-se a vantagem do local estar 
localizado em uma das melhores praias do Ceará 
para a prática de kite surf, atraindo turistas de 
diversos países da Europa. 
A área selecionada encontra-se estrategicamente 
situada em um local muito favorável a implantação 
de um empreendimento turístico, posto que possui 
vasta reserva hídrica, tem disponibilidade para 
instalação dos sistemas de eletrificação e de 
comunicação (telefonia e dados) nas 
proximidades, o que facilitaria a instalação destas 
infraestruturas, e tem facilidade de acesso 
rodoviário em boas condições de tráfego até as 
proximidades do local, ressaltando-se ainda o 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 2.2
potencial natural e paisagístico da área, locada 
defronte ao mar, pela relação direta com os 
elementos da natureza, paisagem e clima. 
A posição privilegiada da área foi um importante 
fator que condicionou a escolha do local, visto que 
o conjunto arquitetônico será realçado pelas 
condições naturais do meio, somando-se também 
a possibilidade de conservar diversos ambientes 
como áreas livres e áreas de preservação 
permanente, o que agregará valores para o 
empreendimento, como oferta de boas condições 
ecológicas dentro do empreendimento turístico e 
imobiliário. 
A área apresenta grande potencialidade turística, 
permitindo o aproveitamento do terreno com uma 
variedade de atividades integradas com os 
ambientes protegidos. 
Considerando-se que a localização da área foi 
condicionante para o projeto, se torna mais 
plausível justificar a escolha da área como se 
segue. 
 A posição privilegiada da área em relação à 
cidade de Fortaleza foi um dos fatores 
favoráveis que condicionou a escolha do 
local, pois Fortaleza conta com um 
aeroporto internacional moderno, o qual 
será o principal elo entre os mercados 
emissores regionais, nacionais e 
internacionais e o empreendimento, 
ressaltando que os proprietários ou 
visitantes poderão desfrutar de um 
ambiente natural, ao mesmo tempo em que 
a curta distância de um centro de negócios. 
A área do empreendimento encontra-se a 
cerca de 1 hora do aeroporto de Fortaleza. 
 O município de Paracuru encontrando-se na 
Rota Turística Sol Poente, onde o turismo 
desponta atualmente como a base do 
desenvolvimento econômico, tendo a região 
bom potencial para o desenvolvimento do 
turismo, demandando, entretanto, de 
equipamentos de hospedagem, 
entretenimento e lazer de porte e padrão 
que possa manter um constante fluxo de 
pessoas para a região. 
 O empreendimento pretende atrair um 
público diferenciado, com oferta de segunda 
residência ou residência de temporada, além 
de equipamentos de hospedagens e de 
práticas desportivas de forma que o local 
deve oferecer boas condições de diversão e 
lazer ao mesmo tempo em que em que 
facilidades de comunicação e de acesso. 
 A disponibilidade de terreno, com 
legitimidade e em boas condições 
ambientais sob o aspecto legal e ecológico 
se mostra como um fator de grande 
relevância na escolha da área. 
 Relativamente à área de influência direta, as 
condições naturais do meio, oferecem 
diversas possibilidades de explorar o 
ambiente com a implantação do 
empreendimento turístico de forma 
planejada. O tamanho e morfologia da 
propriedade oferecem alternativas diversas 
quanto à distribuição espacial dos 
equipamentos a serem implantados, ao 
mesmo tempo em que cria possibilidade de 
conservar um percentual significativo de 
áreas verdes e livres, de modo a permitir a 
infiltração das águas pluviais para recarga 
dos aquíferos. 
 O município de Paracuru conta com uma 
população em idade economicamente ativa 
capaz de atender a demanda do 
empreendimento, em termos quantitativos. 
Dada a proximidade da área do 
empreendimento à sede do município e a 
localidade de São Pedro, a facilidade de 
mão-de-obra será resolvida apenas com 
programas de capacitação profissional, que 
o próprio empreendimento poderá fomentar 
junto às instituições de formação 
profissional atuantes no Estado. 
Quanto as alternativas locacionais relacionadas ao 
Master Plan, ou seja, as possibilidades de desenho 
urbanístico, o projeto traçado para a área do 
empreendimento tomou como diretrizes básicas as 
condições morfológicas, hidrológicas, 
hidrogeológicas, geológicas, geotécnicas e 
paisagísticas da área. 
O sistema viário projetado corresponde a estrutura 
proposta no planejamento urbano, que objetiva 
permitir o acesso e prestar um serviço aos 
equipamentos projetados. O projeto do sistema 
viário, desde o Master Plan aprovado no ano de 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 2.3
2000, sempre esteve condicionado por critérios de 
proteção das áreas naturais e buscando sempre 
um delineamento que se integrasse 
paisagisticamente com o meio ambiente. 
Do Master Plan aprovado em 2000 até o atual 
houve uma evolução muito grande no sentido de 
minimizar as intervenções nas Áreas de 
Preservação Permanente – APP existentes no 
terreno, como pode ser visualizado nas Figuras 2.1 
a 2.4. 
Na Figura 2.1, relativa ao Master de Plan 
aprovado, vê-se que na intenção de dotar o 
empreendimento de vias que possibilitassem o 
trajeto de veículos por todos os setores do 
terreno, acabou-se por criar pontos de 
interceptação das APP`s dos riachos (ver círculos 
destacados em vermelho na citada figura) 
notadamente no setor leste do terreno, setor este 
localizado entre a Estrada da Petrobrás e o 
Oceano, onde existem diversos riachos que 
drenam em direção a praia. 
É pertinente ressaltar também que quando da 
elaboração deste Master Plan, as dunas móveis 
ainda não eram consideradas APP1. De toda forma 
os empreendedores decidiram pela conservação do 
campo de dunas localizado no setor oeste do 
terreno, ocupando porém, pequenos corpos eólicos 
móveis localizados no setor centro-oeste. 
Nos estudos urbanísticos desenvolvidos desde 
então (Figuras 2.2 e 2.3), nota-se a preocupação 
em se reduzir as intervenções nas APP`s dos 
riachos pelo sistema viário, e conferiu-se o caráter 
de APP as células de dunas móveis existentes no 
terreno (ver círculos destacados em amarelo nas 
Figuras 2.2 e 2.3). 
No ano de 2010 buscando diminuir ainda mais a 
necessidade de interceptação das APP`s pelo 
sistema viário e buscando ainda atender as 
restrições de uso impostas pelo novo Zoneamento 
Geoambiental e pelas orientações da SEMACE, 
houve um novo modelamentourbanístico, onde se 
assumiu que as dunas semi-fixas seriam 
consideradas dunas fixas e portanto, juntamente 
 
1 A Lei Nº 4.771/65, em seus artigos 2º e 3º não previa as 
dunas como APP, mas tão-somente a vegetação fixadora 
de dunas. Somente em 2002, a Resolução CONAMA Nº 
303 considerou como área de preservação permanente as 
dunas. 
com as dunas móveis, seriam áreas de 
preservação permanente, e primou-se para que as 
intervenções nas APP`s dos riachos só ocorreriam 
nos trechos onde não houvesse alternativa 
locacional para passagem das vias. 
Isto forçou um desenho sinuoso do sistema viário, 
a fim de não interferir ao máximo com as áreas 
protegidas, como pode ser observado na Figura 
2.4, melhorando a integração dos recursos 
naturais da área e com isso obtendo mais 
qualidade do empreendimento. 
Desta forma, subtraindo da área total do terreno 
de 977,01 hectares, os terrenos de Marinha, a APP 
do campo de dunas móveis, as demais APP`s 
existentes no terreno (dunas fixas, dunas móveis, 
eolianitos, lagoas, cursos de água e nascente), as 
alterações do Plano Diretor/Master Plan 
consideraram 481,48 ha de superfície total a ser 
parcelada, dos quais 312,52 ha referem-se ao 
território de glebas e o restante às áreas livres de 
uso comum - área verdes (123,88 ha) e ao 
sistema viário (45,02 ha). 
Na adequação proposta se ampliaram e 
integraram uma maior superfície de Áreas de 
Preservação Permanente conforme a topografia e 
o zoneamento geoambiental atualizados. Além 
disso, as adequações, não obstante a redução da 
área do terreno apresenta expressivos resultados 
como: incremento das áreas livres e verdes e de 
Áreas de Preservação Permanente em 27,30 % e 
21,86%, respectivamente; e, redução da área de 
construção em m² de 23,69%. 
A adequação proposta equivale a uma melhoria no 
projeto, desde a ótica ambiental e socioeconômica, 
até uma melhor integração na paisagem. 
Respeitam-se ainda todos os índices urbanísticos 
fixados e aprovados anteriormente na SEMACE, 
reduzindo a superfície construída máxima nas 
áreas residenciais e hoteleiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 2.4 
Figura 2.1 – Master Plan Aprovado 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
 
Figura 2.2 - Estudo Urbanístico 1 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 2.5 
Figura 2.3 - Estudo Urbanístico 2 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
 
Figura 2.4 – Estudo Urbanístico 3 - Master Plan Atual 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 2.6
2.3. ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS 
2.3.1. Alternativas - Sistema de 
Abastecimento de Água 
A possibilidade comprovada de se abastecer o 
empreendimento COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO 
PARACURU em todas as suas etapas com água 
subterrânea é sem dúvida um grande facilitador de 
sua concretização, tendo em vista que no atual 
momento ou em médio prazo inexistem outras 
alternativas mais viáveis para tal. 
A viabilidade de usar outra fonte hídrica está 
associada ao estudo técnico-econômico do 
potencial superficial do rio Curu que deságua a 
cerca de 8 km a oeste da área do 
empreendimento. 
Esta fonte deve ser considerada importante em 
função da distância, relativamente pequena até a 
área. Porém os aspectos técnicos devem ser 
avaliados a médio prazo, contemplando a 
construção de uma grande estação de captação e 
tratamento da água superficial e uma adutora até 
a área. 
Outra expectativa, caso procure-se alternativas 
fora do município, são os sistemas hídricos dos 
açudes Frios e Sítios Novos, estes sendo 
estratégicos para o abastecimento desta região do 
território cearense, inclusive para o Complexo 
Industrial e Portuário do Pecém. Porém suas 
capacidades não poderiam suprir totalmente o 
empreendimento, frente a seus objetivos iniciais 
de abastecimento da população rural e das sedes 
municipais e distritos (demandas residencial, 
comercial e industrial). 
Não se pode descartar também o manancial 
subterrâneo do Aquífero Barreiras, o qual precisa 
ser melhor estudado na região do 
empreendimento. É provável que poços profundos 
neste aquífero permitam grandes vazões, o que 
poderia, a médio prazo, aliviar a exploração do 
Aquífero Dunas na área estudada, a despeito do 
que ocorre em Lagoinha, município de 
Paraipaba/CE, onde poços profundos da CAGECE 
podem produzir até 150 m³/h. 
 
 
 
2.3.2. Alternativas - Sistema de 
Esgotamento Sanitário 
O estudo de alternativas do sistema de 
esgotamento sanitário teve o objetivo de avaliar 
as opções possíveis para a configuração do 
sistema de esgotos do COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS 
DO PARACURU, considerando-se os aspectos 
tecnológicos, ambientais e financeiros. 
No tocante à coleta dos esgotos foi estudada a 
melhor alternativa para o caminhamento do 
esgoto e dimensionamento da rede, considerando 
um sistema do tipo separador absoluto. Também 
foi descartado o emprego de soluções individuais 
para tratamento de esgoto com uso de fossa e 
sumidouro, que não é recomendável para 
aglomerado urbano de considerável densidade 
demográfica. 
Assim, o estudo resumiu-se à avaliação das 
opções possíveis para o tratamento e o recalque 
dos esgotos. Foram estudadas três alternativas. 
a) Alternativa 1 
Contempla o tratamento com uso de um sistema 
de lagoas de estabilização. O conjunto seria 
composto por uma lagoa facultativa e duas lagoas 
de maturação, em série. 
O sistema de lagoa facultativa proporciona uma 
redução da matéria orgânica através de ações de 
bactérias aeróbia no período diurno e anaeróbio no 
decorrer da noite. Após um período de detenção 
de no mínimo 15 dias o efluente direcionado para 
a primeira e posteriormente para segunda lagoa 
de maturação recebe por incidência de raios 
solares o tratamento predominante na 
desinfecção. 
Vantagens: 
 A construção e a operação desse sistema 
são consideradas relativamente simples. 
 Eficiência no tratamento, remoção de 
matéria orgânica e organismos patogênicos. 
 Há uma reduzida produção de lodo. 
 Não há necessidade do uso de produto 
químico. 
Desvantagens: 
 Elevados requisitos de área para 
implantação do sistema. 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 2.7
 Elevados custos de implantação dependendo 
da topografia da área. 
 Possibilidade do descaso na manutenção 
devido à aparente simplicidade operacional. 
 Possibilidade da proliferação de insetos. 
b) Alternativa 2 
Consiste na implantação de uma ETE com 
tratamento biológico, através de reatores UASB 
(upflow anaerobic sludge blanket), filtros 
submersos aerados (FSA) e decantadores 
lamelares de alta taxa, com posterior desinfecção 
do efluente em tanque de contato. 
No reator UASB, é realizado o tratamento por 
processo anaeróbio, conseguindo-se uma redução 
de grande parte da matéria orgânica 
biodegradável. O pós-tratamento do efluente do 
reator UASB é feito no FSA por processo aeróbio, 
obtendo-se uma qualidade em nível secundário. O 
efluente do FSA passa por um decantador lamelar 
de alta taxa para a remoção de sólidos. Antes de 
ser encaminhado ao emissário final, o efluente é 
ainda desinfectado no tanque de contato, com a 
aplicação de cloro. 
Vantagens: 
 Requisitos de área bastante inferiores em 
comparação aos das lagoas de estabilização. 
 Maior praticidade de modulação, 
simplificando o planejamento e 
possibilitando a implantação por etapas. 
 Instalação compacta da ETE. 
 Eficiência na remoção de DBO e DQO. 
 Os reatores UASB têm tolerânciaa elevadas 
cargas orgânicas. 
Desvantagens: 
 Necessidade de processamento do lodo 
descartado com mais frequência. 
 Necessidade de maior controle na operação 
que o sistema de lagoas de estabilização. 
 Possibilidade de geração de maus odores no 
reator UASB (porém controláveis). 
c) Alternativa 03 
Consiste na implantação de uma ETE com 
tratamento biológico, através de reator UASB, 
tanque de aeração e decantador secundário, com 
posterior desinfecção do efluente em tanque de 
contato. 
No reator UASB, é realizado o tratamento por 
processo anaeróbio, conseguindo-se uma redução 
de grande parte da matéria orgânica 
biodegradável. O pós-tratamento do efluente do 
reator UASB é feito no tanque de aeração e no 
decantador secundário, que constituem o sistema 
de lodos ativados, obtendo-se uma qualidade em 
nível secundário. Antes de ser encaminhado ao 
emissário final, o efluente é ainda desinfectado no 
tanque de contato, com a aplicação de cloro. 
Vantagens: 
 Requisitos de área bastante inferiores em 
comparação aos das lagoas de estabilização. 
 Elevada eficiência na remoção de matéria 
orgânica (DBO e DQO). 
 Melhor controle operacional. 
 Elevada resistência à variação de carga 
orgânica. 
 Baixa demanda de área (média = 0,10m² 
por habitante). 
 Instalação compacta. 
 Satisfatória independência das condições 
atmosféricas. 
 Reduzidas possibilidades de maus odores, 
insetos e vermes. 
Desvantagens: 
 Elevado índice de mecanização. 
 Elevado consumo de energia elétrica (7 
kwh/habitante.ano). 
 Baixa eficiência na remoção de patogênicos 
(90%), por isso da necessidade de 
desinfecção; e, 
 Menor capacitação para remoção biológica 
de nutrientes (N e P). 
Quanto à Alternativa 1, apresentou como principal 
obstáculo à aquisição de terreno amplo em local 
adequado, distante dos imóveis, pois o 
empreendimento prevê a ETE dentro da própria 
área do complexo. 
A Alternativa 3 foi descartada tendo em vista a 
sua complexidade operacional e o consumo 
superior de energia elétrica. 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 2.8
Assim, baseando-se no critério técnico-operacional 
e ambiental, considerando a eficiência na remoção 
de DBO e DQO, a possibilidade de uma instalação 
compacta e modulada, foi escolhida a Alternativa 2 
para o sistema projetado. 
2.3.3. Alternativas - Pavimentação 
Para o caso empreendimento foram projetados 
dois tipos de pavimentos: os pavimentos flexíveis 
com revestimento em CBUQ para a via arterial, 
pois esta se trata de uma via por onde trafegam 
veículos pesados que se destinam a Base da 
Petrobras, e outro para as ruas coletoras, locais e 
estacionamentos, tendo em vista tratar-se de vias 
exclusivamente urbanas. 
Para as vias coletoras, locais e estacionamentos 
será utilizado um pavimento semiflexível em 
blocos de concreto intertravado, conforme 
justificativa abaixo transcrita. 
• Fácil execução, não necessitando de muitos 
maquinários pesados. 
• Fácil manutenção, cujos consertos em áreas 
localizadas demandam, normalmente, a 
substituição das peças danificadas 
localizadas. 
• Boas condições de luminosidade. 
• Condições favoráveis de temperatura, 
principalmente durante a noite. 
• Boas condições de resistência, tanto a 
compressão como a frenagem. 
2.4. CONSIDERAÇÕES QUANTO A NÃO 
IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 
Quanto a não implantação do empreendimento na 
área pleiteada para o licenciamento ambiental 
podem ser feitas as considerações a seguir: 
 Os meios físico e biótico, sem a realização 
do empreendimento, preservarão a sua 
dinâmica de desenvolvimento atual. No 
tocante a vegetação e sua fauna associada 
terão continuidade os processos de 
interação, fluxo gênico, utilização da área 
como passagem e habitat de espécimes. 
 A paisagem natural não será afetada, 
mantendo-se o valor cênico local. 
 A recarga do aquífero continuará ocorrendo 
de forma máxima, pois não haverá 
impermeabilização do solo. 
 A não implantação do empreendimento 
deixará de alavancar o crescimento turístico 
do município de Paracuru, ressaltando-se 
que os benefícios advindos com o projeto 
superam os prejuízos e que, o 
desenvolvimento tecnológico atual e a 
consciência ambiental permitem a 
reparação, atenuação ou mesmo anulação 
de efeitos adversos que possam ser gerados 
com o empreendimento no decorrer da sua 
implantação e operação na área em 
questão. 
 Caso o empreendimento em apreciação 
neste Estudo de Impacto Ambiental – EIA, 
não venha a ser implantado, são previsíveis 
perdas para o componente econômico, pois 
sem este a região deixa de lograr a oferta 
de empregos, o que gera circulação de 
capital, crescimento do comércio nos 
núcleos urbanos mais próximos e na sede 
municipal, e consequentemente melhoria do 
nível de vida da população, pelo poder de 
compra de produtos e serviços, inclusive de 
educação e saúde. 
 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 4.1
4. SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 
4.1. ÁREA DE INFLUÊNCIA DO PROJETO 
A área de influência ambiental de um projeto ou 
empreendimento é definida como o espaço físico, 
biótico e socioeconômico susceptível de alterações 
como consequência da sua implantação, operação 
e manutenção. Nesse contexto a área de influência 
do empreendimento compreende uma área de 
influência direta (AID) e uma área de influência 
indireta (AII), onde o conjunto das duas compõe a 
área de influência funcional. 
A AID do estudo compreende a área de 
interferência física do empreendimento, 
envolvendo a propriedade, numa área de 977,01 
ha, ou seja, é o espaço físico das intervenções, 
onde os efeitos são produzidos por uma ou várias 
ações do empreendimento. A AII tem uma 
abrangência mais ampla, se estendendo a todo o 
território municipal. 
Seguindo esta definição, as áreas de influências 
específicas foram definidas conforme as seguintes 
diretrizes: 
 Meio Físico: a área de influência foi definida 
em atendimento aos aspectos de 
caracterização dos parâmetros atmosféricos, 
caracterização geológica, geomorfológica, 
pedológica e hidrológica. A caracterização de 
cada componente do meio físico parte dos 
aspectos regionais, utilizando-se definições 
já consagradas na literatura científica, em 
nível de área de influência indireta, até um 
detalhamento destes componentes na área 
de influência direta; 
 Meio Biótico: a área de influência está 
relacionada com os diversos ecossistemas 
encontrados regionalmente e dentro da área 
de influência física do empreendimento e 
entorno mais próximo; e, 
 Meio Antrópico: os aspectos de população, 
infra-estrutura física e social e economia são 
relativas ao município de Paracuru. Será 
feita uma caracterização da socioeconomia 
das comunidades de São Pedro de Cima e 
de São Pedro de Baixo, situadas próximo ao 
local do empreendimento. 
A Figura 4.1 ilustra as áreas de influência, direta e 
indireta, consideradas no estudo ambiental. 
4.2. MEIO FÍSICO 
O meio físico compreende os componentes 
abióticos do ecossistema de maior interesse para o 
estudo ambiental, envolvendo o levantamento dos 
aspectos atmosféricos, geologia, geomorfologia e 
pedologia, regional e local, bem como aos 
elementos do sistema das águas, caracterizado em 
função de sua distribuição superficial e 
subterrânea. 
4.2.1. Metodologia 
O mapeamento dos aspectos físico-ambientais da 
Área de Influência Direta (AID) parte do princípio 
do conhecimento total da área, das suas 
particularidades geoambientais identificadas no 
interior da poligonal que delimita o terreno. Os 
dados de referência foram adquiridos a partir de 
referências bibliográficas, a partir dos quais novos 
dados foram levantados diretamente em campo, 
onde foi feito o levantamento detalhado dos 
componentes do meio físico, com auxíliode 
instrumentos auxiliares. 
Além da pesquisa bibliográfica e dos dados obtidos 
a partir da expedição técnica, foram considerados 
os trabalhos já realizados no espaço geográfico da 
AID, destacando-se o levantamento 
planialtimétrico e os estudos de sondagem e 
hidrogeológico. 
No tocante aos aspectos climáticos e condições 
meteorológicas, foram utilizadas referências 
bibliográficas, ilustrações e detalhamento dos 
sistemas atmosféricos atuantes na região nordeste 
do Brasil, inclusive do Ceará, com ênfase na sua 
zona costeira. 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 4.2
Figura 4.1 – Áreas de Influência do Estudo Ambiental 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
 
 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 4.3
A área de influência do empreendimento não 
dispõe de Estação Meteorológica, contando apenas 
com uma Estação Pluviométrica, cujos dados são 
relevantes para a caracterização do parâmetro 
climático considerado para o período de 1977 - 
2009. Os registros meteorológicos analisados 
foram adquiridos junto a Estação Meteorológica da 
Universidade Federal do Ceará – UFC (1966-
2007), distante linearmente 54,0 km do centro da 
AID, considerando que os dados de uma estação 
são representativos para uma área no raio de até 
150,0 km (INMET). 
A Figura 4.2 apresenta a localização das estações 
meteorológicas, plataforma de coleta de dados e 
do posto pluviométrico citado. 
Com relação à qualidade do ar, foram realizadas 
medições do nível de ruídos no contexto da AID e 
entorno próximo. Foram realizadas medições em 
02 pontos diferentes. As medições seguiram as 
normas técnicas da CETESB – Companhia de 
Tecnologia de Saneamento Ambiental, L11.032 e 
L11.033, que normatizam a determinação do nível 
de ruídos em ambientes internos e externos. 
O levantamento das classes de solos ocorrentes no 
contexto da ADA ocorreu com base na análise de 
perfis existentes na área, tais como: cavas para 
retirada de material arenoso, buracos feitos pelos 
moradores locais para enterro de lixo, além de 
trechos de cortes de estradas. Os perfis foram 
limpos para retirada da camada superficial dos 
perfis, comumente alterada pelos processos de 
intemperismo, sobretudo químico, os quais 
escamoteam as características originais dos solos, 
principalmente a coloração. 
4.2.2. Climatologia 
4.2.2.1. Descrição dos Principais Registros 
Meteorológicos e Fontes de Dados 
O Quadro 4.1 apresenta as médias dos principais 
parâmetros meteorológicos, dentro da série 
histórica da Estação Meteorológica do Campus do 
Pici, utilizada neste trabalho como representativa 
para a área do empreendimento. Destaca-se, 
entretanto, que os registros de radiação solar 
referem-se ao período de 1966 a 2000 e os índices 
de evaporação compreendem um período de 1976 
a 2007, disponibilizados também pelo Banco de 
Dados da FUNCEME. 
4.2.2.1.1. Precipitação 
Em fevereiro de cada ano inicia-se a chamada 
quadra chuvosa do Estado do Ceará, que se 
estende até maio. As chuvas nesse período são 
influenciadas pela presença da ZCIT. 
No período de fevereiro a maio outros sistemas 
atmosféricos atuam no sentido de contribuir ou 
inibir as chuvas, tais como: Vórtices Ciclônicos de 
Ar Superior - VCAS; Frentes Frias - FF; Linhas de 
Instabilidade-LI; Sistemas Convectivos de 
Mesoescala-CCM e Oscilação 30 - 60 dias (OMJ). O 
Estado do Ceará também recebe chuvas de junho 
a agosto, ocasionadas por um sistema atmosférico 
denominado Ondas de Leste (OL). 
Segundo os dados do Posto Pluviométrico da 
FUNCEME no município de Paracuru, a média 
pluviométrica anual é de aproximadamente 
1.300,00 mm, valor menor do que média 
pluviométrica registrada nas estações 
meteorológicas de Fortaleza que chega a 1.600 
mm. No primeiro semestre, a taxa de 
concentração atinge um índice de 93,0%. 
O Gráfico 4.1 apresenta a distribuição da 
pluviometria no município de Paracuru 
considerando as mínimas e as máximas 
registradas no período de 1974 a 2010, e as 
médias mensais referente ao período estudado. 
Os valores dos índices de precipitação anual 
apresentam uma intensa variação das médias, no 
ano de 1985 registrou-se um índice pluviométrico 
de 2.357,00 mm, e no ano de 1979 apenas 748,00 
mm. Observa-se, no entanto, que a distribuição 
mensal segue um padrão geral, com maior 
concentração nos meses de fevereiro a maio, 
ratificando a importância da ZCIT na definição do 
clima na região. 
O Gráfico 4.2 apresenta o ietograma das médias, 
máxima e mínimas das precipitações mensais, 
segundo os registros da série histórica de 1974 a 
2010 do posto pluviométrico de Paracuru. 
 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 4.4 
Figura 4.2 – Localização das Estações Meteorológicas e dos Postos de Coleta de Dados Considerados na Caracterização Climática 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 4.5 
Quadro 4.1 – Principais Registros da Estação Meteorológica do Campus do Pici (UFC) 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
Meses 
Precipitação 
(mm) 
Umidade 
Relativa 
do Ar 
(%) 
Temperatura 
do Ar (º C) 
Pressão 
Atmosférica 
(mb) 
Nebulosidade 
(0/10) 
Insolação 
(h/mês) 
Evaporação 
(mm)* 
Evapotranspiração 
(mm) 
Velocidade 
do Vento 
(m/s) 
Radiação Solar 
(cal/cm2/mês)** 
Jan. 123,0 77,8 27,4 1008,1 5,8 229,2 212,9 161,9 3,7 12.655 
Fev. 191,8 80,2 27,1 1008,3 6,2 183,6 169,1 153,2 3,4 11.236 
Mar. 335,8 83,5 26,7 1008,2 6,6 163,0 147,8 143,1 2,7 10.818 
Abr. 351,7 84,2 26,6 1008,3 6,3 158,0 134,2 142,4 2,6 10.423 
Mai. 235,6 82,4 26,5 1009,0 5,6 211,8 157,9 124,5 3,2 10.889 
Jun. 164,6 80,4 26,1 1010,5 4,9 233,4 149,5 130,2 3,4 11.276 
Jul. 90,8 78,3 26,0 1011,2 4,5 265,6 197,9 127,4 3,8 11.990 
Ago. 31,7 74,1 26,4 1011,0 3,8 294,0 239,6 135,0 4,5 13.250 
Set. 23,5 72,3 26,8 1010,4 3,9 281,1 254,5 146,2 5,0 13.797 
Out. 12,7 72,7 27,2 1009,4 4,2 291,5 270,5 158,8 4,8 14.130 
Nov. 12,0 73,2 27,5 1008,4 4,6 285,4 259,5 164,5 4,7 13.829 
Dez. 35,9 74,9 27,6 1008,2 4,9 271,4 251,7 168,5 4,3 13.413 
 Fonte: Estação Meteorológica do Pici/UFC (1966-2007), relatório interno. Exceto * (1976-2007), ** (1966-2000). 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 4.6
Gráfico 4.1 – Distribuição Pluviométrica (Média 
Mensal) no Município de Paracuru 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DE PARACURU – 
PARACURU / CE 
0,0
50,0
100,0
150,0
200,0
250,0
300,0
350,0
P
re
ci
pi
ta
çã
o 
(m
m
)
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses
 
Fonte: baseado em 
http://www3.funceme.br/plone/monitoramento/downloa
dHistoricos/postos/109.txt, acessado em 28/09/2010 
Gráfico 4.2 – Ietograma das Médias Mensais no 
Posto de Paracuru 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – 
PARACURU / CE 
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses
P
re
ci
pi
ta
çã
o 
(m
m
)
Máxima Média Mínima
 
Fonte: baseado em 
http://www3.funceme.br/plone/monitoramento/downloa
dHistoricos/postos/109.txt, acessado em 28/09/2010 
4.2.2.1.2. Evaporação / Evapotranspiração 
As taxas de evaporação anual da região de estudo 
mostraram-se bastante elevadas, entorno de 
2.500 mm, com uma média mensal de 203,76 
mm. Esses índices são basicamente explicados 
pelas elevadas temperaturas e pela intensa 
radiação solar, além dos constantes ventos que 
sopram por toda a região. 
Com relação à distribuição mensal dos índices de 
evaporação, os maiores índices ocorrem a partir 
de agosto (239,6 mm), com valores crescentes em 
setembro (254,5mm) e máximos em outubro 
(270,5 mm). A partir de então, os valores 
decrescem até alcançar os menores índices (134,2 
mm) durante o mês de abril. Gráfico 4.3 
Gráfico 4.3 – Distribuição Média Anual de 
Evaporação (1976/2007) 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – 
PARACURU / CE 
0
50
100
150
200
250
300
Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Meses
E
va
po
ra
çã
o 
(m
m
)
 
Fonte: Baseado em dados da Estação Meteorológica do 
Campus do Pici (Fortaleza), FUNCEME. 
Evapotranspiração é a perda de água do solo por 
evaporação e a perda de água da planta por 
transpiração. Esses dois processos ocorrem 
concomitantemente e, devido à sua necessidade 
de mensuração (ou estimação), denominou-se 
evapotranspiração. 
A taxa de evapotranspiração anual média é de 
1.755,1mm. Os maiores índices (>150,0 mm) são 
registrados nos meses de outubro a fevereiro e os 
menores (<130,0 mm) ocorrem nos meses de 
maio e junho. O Gráfico 4.4 apresenta a 
distribuição mensal dos índices de 
evapotranspiração, onde se percebe, de forma 
geral, que os maiores índices ocorrem no segundo 
semestre do ano, onde se tem de forma 
concomitante, as menores taxas de precipitação, e 
as maiores médias térmicas e de insolação. 
4.2.2.1.3. Temperatura 
De maneira geral, a temperatura média na zona 
costeira é elevada, com valores em torno de 26 a 
27 °C, raramente atingindo uma temperatura 
inferior a 21 °C. De acordo com os dados da 
FUNCEME, a temperatura média mensal mais 
elevada é de 27,6 °C (dezembro), decaindo até 
alcançar a média de 26,0 °C no mês de julho. 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 4.7
Gráfico 4.4 – Distribuição Média Mensal da 
Evapotranspiração (1966/2007) 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – 
PARACURU / CE 
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Meses
E
va
po
tra
ns
pi
ra
çã
o 
(m
m
)
 
Fonte: Baseado em dados da Estação Meteorológica do 
Pici (Fortaleza), FUNCEME. 
No PCD de São Gonçalo, localizado mais distante 
da costa e com registros de 2003 a 2007, a média 
anual da temperatura é de 27,2 °C, com a média 
mensal mais elevada também registrada no mês 
de dezembro (28,24°C) e a menor no mês de 
junho (25,89 °C). O Gráfico 4.5 mostra a 
distribuição dos valores médios mensais de 
temperatura na Estação Meteorológica do Pici e do 
PCD de São Gonçalo do Amarante. 
Gráfico 4.5 – Distribuição dos Valores de 
Temperatura Média Mensal (Estação 
Meteorológica do Pici, 1966 – 2007 x PCD São 
Gonçalo do Amarante, 2003 - 2007) 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – 
PARACURU / CE 
24,5
25
25,5
26
26,5
27
27,5
28
28,5
Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Meses
Te
m
pe
ra
tu
ra
 M
éd
ia
 (°
C
)
EM Pici PCD São Gonçalo do Amarante
 
Fonte: Baseado em dados da Fundação Cearense de 
Meteorologia – FUNCEME, relatório interno. 
 
4.2.2.1.4. Umidade Relativa do Ar 
Como resultante da influência marinha e da alta 
taxa de evaporação, a região do estudo alcança 
uma média mensal de 77,8% de umidade relativa 
do ar, com mínima mensal de 72,3% em 
setembro, e máxima de 84,2% em abril, 
apresentando oscilações segundo o regime 
pluviométrico. Com relação aos dados de São 
Gonçalo, estes apresentam um comportamento ao 
longo do ano semelhante aos verificados na 
Estação de Fortaleza. 
O Gráfico 4.6 apresenta a variação dos índices 
mensais de umidade relativa do ar nos dois pontos 
de observação meteorológica. 
4.2.2.1.5. Insolação 
A insolação corresponde ao período de tempo no 
qual o sol ilumina determinado lugar. Este 
parâmetro climático tem uma relação inversa com 
a precipitação e a nebulosidade. 
Gráfico 4.6 – Variação Media Mensal da Umidade 
Relativa do Ar - % (1974-2004) 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – 
PARACURU / CE 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Meses
U
m
id
ad
e 
R
el
at
iv
a 
do
 A
r (
%
)
EM Pici PCD São Gonçalo do Amarante
 
Fonte: baseado nos dados da Estação Meteorológica do 
Pici (1966 – 2007) e do Posto de Coleta de Dados de 
São Gonçalo do Amarante (2003 – 2007). 
A insolação total média anual é de 2.868 horas, 
com uma média mensal de 239,0 horas. De acordo 
com a FUNCEME, a variação mensal da insolação 
apresentou um mínimo de 158 horas, em abril, e 
máximo de 294,0 horas, em agosto. O valor médio 
é de 8 h/d, atingindo seu máximo de setembro a 
novembro, quando ultrapassa as 9 h/d. O valor 
mínimo da insolação é de 6 a 7 horas diárias e 
ocorre geralmente no mês de março. O Gráfico 4.7 
exibe a distribuição média mensal da insolação. 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 4.8
Gráfico 4.7 - Insolação X Precipitação (1974-2004) 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU– 
PARACURU / CE 
0
50
100
150
200
250
300
350
Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Meses
In
so
la
çã
o 
(h
/m
ês
)
 
Fonte: Baseado em dados da Fundação Cearense de 
Meteorologia – FUNCEME, relatório interno 
Para ver a representatividade desta taxa de 
incidência direta dos raios solares, deve-se fazer 
um comparativo entre as médias mensais da 
insolação e da pluviosidade e assim ver-se-á que 
as taxas apresentam variações opostas, conforme 
mostra o Gráfico 4.8. 
Gráfico 4.8 – Comparativo entre as Taxas de 
Insolação e Pluviosidade 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU– 
PARACURU / CE 
0
50
100
150
200
250
300
350
400
Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Meses
U
m
id
ad
e 
R
el
at
iv
a 
do
 A
r (
%
)
Precipitação (mm) Insolação (h/mês)
 
Fonte: Baseado em dados da Fundação Cearense de 
Meteorologia – FUNCEME, relatório interno. 
4.2.2.1.6. Pressão Atmosférica 
A pressão atmosférica na região apresenta uma 
média mensal de 1009,25 mb ou hPa, com valores 
máximos de 1011,2 mb em julho e mínimo de 
1008,1 mb, em janeiro. De acordo com os dados 
obtidos no período de 1966 a 2007, observa-se 
que a pressão atmosférica apresenta um 
comportamento de destaque nos meses de junho 
a outubro quando são registrados índices acima da 
média mensal, sendo ainda mais elevados no 
bimestre julho-agosto. 
O Gráfico 4.9 exibe a variação mensal da pressão 
atmosférica nos pontos de estudo dos parâmetros 
meteorológicos. 
Gráfico 4.9 – Distribuição Média Mensal da 
Pressão Atmosférica 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU– 
PARACURU / CE 
1005
1006
1007
1008
1009
1010
1011
1012
1013
Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Meses
P
re
ss
ão
 A
tm
os
fé
ric
a 
do
 A
r (
m
b)
EM Pici PCD São Gonçalo do Amarante
 
Fonte: Baseado em dados da Fundação Cearense de 
Meteorologia - FUNCEME, relatório interno. 
4.2.2.1.7. Ventos 
No primeiro semestre do ano, quando se tem a 
concentração pluviométrica e a queda das médias 
térmicas, os ventos apresentam uma velocidade 
média de 3,2 m/s, onde em abril (mês de maior 
pluviosidade) apresenta uma velocidade média de 
apenas 2,6 m/s, e ao longo do segundo semestre 
do ano, com a redução dos índices de pluviosidade 
e o aumento das médias de temperatura, os 
ventos apresentam uma média de 4,5 m/s, sendo 
que no mês de setembro, a velocidade alcança 5,0 
m/s, segundo dados da Estação Meteorológica do 
Campus do Pici, cujas medições são feitas por uma 
torre situada a 10,0 metros de altura, 
Em relação à direção dos ventos, observa-se um 
amplo predomínio da direção E, resultante, 
inclusive, da conjunção dos ventos alísios de NE e 
SE, que se caracterizam como ventos de direção 
secundária (Gráfico 4.10). 
 
 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU/ CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 4.9
Gráfico 4.10 – Direção Predominante dos Ventos 
(1966-2007) 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU– 
PARACURU / CE 
DIREÇÃO PREDOMINANTE DOS VENTOS
(1966 - 2007)
17,26%
0,40%
0,20%
2,38%
79,96%
E
NE
S
SE
E/SE
 
Fonte: Baseado em dados da Estação Meteorológica do 
Campus do Pici (Fortaleza), FUNCEME. 
Como se pode observar quase 80% da incidência 
dos ventos se dá na direção E, derivada, em 
suma, da confluência dos alísios NE (2,38%) e SE 
(17,26%), além da própria direção de E. 
De acordo com a análise dos dados fornecidos, o 
regime eólico na região do Pecém apresenta dois 
padrões distintos. Conforme mostram os Quadros 
4.2 e 4.3, além do Gráfico 4.11, no primeiro 
semestre do ano a média das velocidades dos 
ventos é mais baixa, com valores entre 4,0 e 7,0 
m/s com as rajadas de menor velocidade 
ocorrendo entre março e abril. Vale frisar que os 
dados concernentes aos Quadros e ao Gráfico são 
relativos às medições realizadas numa altura de 
40,0 metros na torre anemométrica. 
Quadro 4.2 - Variação da Velocidade Média Mensal dos Ventos (em m/s) 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU - PARACURU / CE 
Índices Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. 
Ano 2002 6,14 7,62 6,04 5,81 6,54 7,21 8,19 9,66 10,17 10,33 8,91* 8,32 
Ano 2003 6,57 6,03 5,39 5,69 6,67 7,27 8,63 9,63 10,21 10,62 9,58 9,00 
Máxima 7,40 9,10 8,03 7,40 8,60 9,17 10,04 11,12 11,64 11,85 10,46 9,61 
Mínima 4,58 4,94 4,43 4,04 5,01 5,94 6,46 7,41 7,80 8,66 8,27 7,50 
Fonte: Baseado em dados fornecidos pela empresa BRASELCO (2004). Relatório Interno. * Média de 1º a 12/11/2002; 
e de 26 a 30/11/2002. 
Quadro 4.3 - Variação da Velocidade Média Mensal dos Ventos (em m/s) 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU - PARACURU 
Índices Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. 
Ano 2007 - - - - - - - - - 9,861 9,63 8,84
Ano 2008 7,33 7,00 4,12 4,68 5,26 6,022 7,663 8,644 - - - - 
Fonte: Baseado em dados fornecidos pela empresa BRASELCO (2008). Relatório Interno. 1 Média de 19 a 
31/10/2007.2 Média de 1º a 11/06/2008. 3 Média de 11 a 30/07/2008. 4 Média de 1º a 07/08/2008. 
O Gráfico 4.11 mostra ainda que em relação aos 
anos monitorados não houve uma variação muito 
significativa em relação às médias mensais, a 
exceção do mês de fevereiro. Até mesmo as linhas 
de evolução das velocidades máximas e mínimas 
acompanham o padrão das médias. 
Com relação ao fluxo eólico, ao longo do dia se 
observa, de acordo com os dados analisados, que 
os ventos apresentam uma oscilação não 
harmônica com duas subidas e duas descidas da 
velocidade, ver Gráfico 4.12. 
A velocidade média dos ventos ao longo do 
primeiro semestre para o período é de 6,42 m/s, 
aumentando ao longo do segundo semestre do 
ano, cuja média verificada é de 9,45 m/s. A média 
anual é de 7,93 m/s. Em termos de direção de 
incidência dos ventos, tem-se que os ventos 
observados são provenientes da faixa 
compreendida entre NEE e S com maior 
concentração na faixa de E a ESE. 
 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 4.10
Gráfico 4.11 – Variação da Velocidade Média 
Mensal dos Ventos 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU - 
PARACURU / CE 
2
4
6
8
10
12
14
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses
Ve
lo
ci
da
de
 d
os
 V
en
to
s 
(m
/s
)
Ano 2002 Ano 2003 Máximo Mínimo
 
Fonte: Baseado em dados fornecidos pela empresa 
BRASELCO (2004). Relatório Interno. 
De acordo com os dados analisados, observou-se 
uma maior variação entre a média dos registros 
dos anos de 2002 e 2003 no primeiro semestre do 
ano, ver Quadro 4.4. O Gráfico 4.13 apresenta 
esta variação em termos do direcionamento dos 
ventos. 
Gráfico 4.12 – Variação Média da Velocidade dos 
Ventos ao Longo do Dia no Pecém 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU - 
PARACURU / CE 
5,00
5,50
6,00
6,50
7,00
7,50
8,00
8,50
9,00
9,50
0 500 1000 1500 2000
Horas (500 = 5:00)
Ve
lo
ci
da
de
 (m
/s
)
 
Fonte: Baseado em dados fornecidos pela empresa 
BRASELCO (2004). Relatório Interno. 
Quadro 4.4 - Direção Preferencial dos Ventos (Azimute) 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU - PARACURU / CE 
Descrição Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. 
Ano 2002 108 110 119 127 126 128 116 114 104 105 98 92 
Ano 2003 98 95 121 143 123 117 105 114 101 100 96 94 
Máximo 148 143 167 170 164 159 155 151 141 132 124 111 
Mínima 77 76 84 88 100 96 92 92 93 90 87 81 
Fonte: Baseado em dados fornecidos pela empresa BRASELCO (2004). Relatório Interno. 
Gráfico 4.13 – Variação da Concentração do 
Direcionamento dos Ventos (em Azimute) 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU - 
PARACURU / CE 
90 - 100
29%
100 - 110
25%
110 - 120
21%
120 - 130
21%
130 - 140
0%
> 140
4%
90 - 100 100 - 110 110 - 120 120 - 130 130 - 140 > 140
 
Fonte: Baseado em dados fornecidos pela empresa 
BRASELCO (2004). Relatório Interno. 
O Gráfico 4.14 apresenta esta predominância, bem 
como as demais direções de ventos verificadas 
entre os anos de 2002 e 2003. 
A direção preferencial dos ventos se concentra 
entre 90°Az e 110° Az, com uma pequena 
preponderância dos ventos vindos de 90° a 
100°Az. Já em termos de distribuição, ao longo do 
dia, se observou que durante o período de 24 
horas a direção de incidência apresenta três 
comportamentos distintos conforme mostra o 
Gráfico 4.15. 
 
 
 
 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 4.11
Gráfico 4.14 – Variação da Concentração do 
Direcionamento dos Ventos 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU - 
PARACURU / CE 
5,64%
38,05%
25,13%
13,03%
9,87%
0,08%
0,09%
0,13%
0,33%
0,08%
1,12%
0,78%
1,18%
1,92% 0,26%
0,51%
1,81%
N
NNE
NE
NEE
E
ESE 
SE
SSE
S
SSW
SW
WSW
W
WNW
NW
NNW
NaN
 
Fonte: Baseado em dados fornecidos pela empresa 
BRASELCO (2004). Relatório Interno. 
Gráfico 4.15 – Variação da Direção de Incidência 
dos Ventos ao Longo do Dia 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU - 
PARACURU / CE 
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
150
0 500 1000 1500 2000
Horas (500 = 05h:00min)
D
ire
çã
o 
(A
zi
m
ut
e)
 
Fonte: Baseado em dados fornecidos pela empresa 
BRASELCO (2004). Relatório Interno. 
4.2.2.2. Classificação Climática 
Segundo a classificação de Köppen, toda a região 
em estudo está inserida na faixa de dominância do 
tipo climático Aw’, que se caracteriza por um tipo 
climático tropical, chuvoso, quente e úmido. A 
Zona de Convergência Inter-Tropical (ZCIT) 
representa o principal sistema sinóptico 
responsável pelas condições climáticas, em 
particular pelo estabelecimento da estação 
chuvosa. 
 
4.2.2.3. Sinopse Climática 
Em resumo, o painel climático da região tem como 
característica os indicadores a seguir: 
Pluviosidade média anualz...............1.304,1 mm 
Período mais chuvoso..........................Mar./Mai. 
Mês de maior pluviometria..........................Abr. 
Período mais seco..............................Ago./Dez. 
Evaporação média anual..................2.445,1 mm 
Período de maior evaporação...............Set./Dez. 
Período de menor evaporação..............Mar./Abr. 
Evapotranspiração média anual...........755,1 mm 
Período de maior 
evapotranspiração..............................Out./Jan. 
Período de menor 
evapotranspiração.............................Mai. e Jul. 
Temperatura média mensal....................26,8º C 
Umidade relativa média mensal................77,1% 
Período de maior umidade 
relativa..............................................Fev./Jun. 
Período de menor umidade 
relativa.............................................Ago./Dez. 
Insolação anual...............................2.868,00 hsPeríodo de maior insolação..................Ago./Nov. 
Período de menor insolação..................Fev./Abr. 
Pressão atmosférica média 
mensal.........................................1009,25 hPa 
Velocidade média dos ventos 
(Fortaleza)...........................................3,8 m/s 
Velocidade média dos ventos 
(São Gonçalo)......................................3,7 m/s 
Velocidade média dos ventos 
(Pecém)...............................................7,9 m/s 
Período de maior ventania...................Ago./Dez. 
Período de menor ventania..................Mar./Jun. 
Direção predominante dos 
ventos.........................................................E 
 
 
 
 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 4.12
4.2.2.4. Nível de Ruídos 
4.2.2.4.1. Premissas Naturais e de Uso e 
Ocupação do Solo 
A Área de Influência Direta (AID), bem como sua 
região de entorno caracteriza-se pela baixa 
densidade ocupacional. No entorno da área, a 
oeste, verifica-se a existência de uma barraca de 
praia, muito freqüentada por praticantes de kite 
surf e turistas, e uma base de operações da 
Petrobras, cujo acesso se dá pela estrada que 
recorta a área estudada. Esta estrada também é 
utilizada por moradores da comunidade de São 
Pedro quando os mesmos destinam-se ou 
retornam da sede do município. Citam-se ainda o 
imóvel residencial situado no interior da área que 
é ocupado pelo zelador da propriedade. Na área, 
registra-se a convivência de rebanhos, bovinos e 
assininos, além da presença constante da 
avifauna, em número bastante representativo. 
Devido as potencialidade turísticas e de 
balneabilidade das praias no entorno NW, por 
ocasião dos feriados prolongados, férias, 
campeonatos de esporte a vela e náuticos, e de 
outras atividades marítimas, eventualmente se 
tem um aumento no nível de ruídos na região, 
elevação esta minimizada pelo fluxo eólico. 
O quadro sumariamente descrito acima, em suma, 
proporciona no campo teórico um pequena 
diversidade de níveis de ruídos no contexto 
espacial da AID, o qual serviu como parâmetro 
básico para a seleção dos setores onde foram 
realizadas medições para a determinação do nível 
de ruídos em ambientes externos. 
4.2.2.4.2. Medições Realizadas 
No entorno da Área de Influência Direta (AID) 
foram realizadas medições em 02 (dois) pontos 
diferentes, abrangendo a proximidade de setores 
habitados e de uso mais frequente na região. A 
Figura 4.3 apresenta a localização destes pontos. 
Os resultados das medições dos níveis de ruídos 
realizadas na área apresentam uma relação 
associável às atuais características naturais e de 
uso e ocupação da área, descritas anteriormente 
(Quadro 4.5). 
Os pontos de medições que apresentaram níveis 
de ruídos com uma diferença de 3,3 dB. A primeira 
medição foi realizada em um ponto aberto, 
próximo ao mar, captando-se o som do vento e do 
mar, já a segunda medição foi realizada mais no 
interior da área e captou-se, além do som do 
vento, os ruídos emitidos pela passagem de carros 
e caminhões. 
Quadro 4.5 – Resultado das Medições 
do Nível de Ruídos 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – 
PARACURU / CE 
Pontos 01 02 
Valor (dB) 65,8 69,1 
Fonte: Geoconsult, relatório interno. 
Desta forma, em função, sobretudo, do fluxo de 
veículos automotores este ponto apresentou o 
maior nível de ruídos no contexto da área 
analisada. Por conseguinte, é previsível que as 
vias a serem utilizadas para acesso à Área de 
Influência Direta apresentem, principalmente 
durante a instalação do empreendimento, níveis 
significativos de ruídos. 
4.2.3. Geologia 
4.2.3.1. Geologia Regional 
Na geologia regional são destacáveis as unidades 
geológicas: Grupo (Formação) Barreiras Indiviso - 
ENb; Depósitos Eólicos Litorâneos 1 – Q2e; 
Depósitos Eólicos Litorâneos 2 – Qd; e Depósitos 
Aluviais – Q2a, segundo CPRM (2003). 
A Figura 4.4 apresenta o mapa geológico de 
Paracuru no qual se pode observar a dominância 
espacial de cada unidade geológica, inclusive com 
a situação da área do empreendimento em relação 
a este zoneamento. Deve-se ser ressaltado que 
este mapeamento é feito em escala regional de tal 
modo que outras unidades geológicas podem 
ocorrer em escala mais ampliada, não 
representável em um mapa regional. 
Todas as unidades geológicas aflorantes no 
município de Paracuru se depositaram na Era 
Cenozóica sendo a mais antiga a Formação 
Barreiras, depositada no período Paleo-Neogeno, e 
as mais novas no período Quaternário. 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 4.13
Figura 4.3 – Localização dos Pontos de Medição de Ruídos 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 4.14
Figura 4.4 – Mapa Geológico do Município de Paracuru 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
 
 
 
COMPLEXO TURÍSTICO DUNAS DO PARACURU – PARACURU / CE 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – VOL. II 
 
- 4.15
4.2.3.1.1. Grupo (Formação) Barreiras Indiviso 
(ENb) 
Em termos de domínio espacial, a unidade 
geológica Formação Barreiras indiviso é a que 
apresenta maior representatividade (75% do 
município), sendo composta por sedimentos 
inconsolidados e afossilíferos areno-argilosos, de 
colorações esbranquiçadas, avermelhadas e 
acinzentadas, muitas vezes de aspecto 
mosqueado, com granulação variando de finos a 
médios e níveis conglomeráticos, e com um 
acamamento indistinto. 
4.2.3.1.2. Depósitos Eólicos Litorâneos 1 (Qd) 
Nesta Unidade, estão agrupados os corpos de 
dunas fixadas pela vegetação. Esta subunidade 
eólica ocorre com maior representatividade na 
porção leste do município, às margens do rio São 
Gonçalo. 
As dunas fixas têm em geral uma conformação 
parabólica, com a concavidade voltada para o lado 
da incidência eólica. Devido à pedogênese gerada 
pela cobertura vegetal, os sedimentos areno-
quartzosos apresentam uma coloração mais escura 
e/ou amarelada. Este depósito eólico se destaca 
pela uniformidade sedimentar, apresentando 
essencialmente grãos de quartzo, de 
granulometria fina e textura arenosa. O brilho dos 
sedimentos desta unidade é bastante fosco e a 
presença de matéria orgânica é comum. 
4.2.3.1.3. Depósitos Eólicos Litorâneos 2 (Q2e) 
Os Depósitos Eólicos Litorâneos 2 compreendem 
os depósitos sedimentares localizados na zona 
costeira e que ainda encontram-se em evolução. 
Ressalva-se que apesar da nomenclatura 
identificar estes depósitos como eólicos, estes 
englobam sedimentos dos ambientes deposicionais 
eólico e marinho. Nestes grupos são identificados: 
sedimentos de praia; beach rocks; depósitos 
fluvio-marinhos; depósitos de planície de deflação; 
dunas móveis e eolianitos. Ocupa 
aproximadamente 30% de Paracuru. Por uma 
questão organizacional, neste estudo ambiental o 
detalhamento dos sedimentos que compõem esta 
unidade será apresentado por ambiente de 
sedimentação. 
 
- Ambiente Eólico 
Eolianitos 
Na base do grupo sedimentar eólico encontram-se 
os corpos arenosos fixos, e mais antigos, os 
eolianitos. Este litotipo caracteriza-se por 
apresentar sedimentos arenosos coesivos, 
formados a partir de uma matriz quartzosa 
cimentada pela precipitação de carbonatos. Estes 
corpos eólicos ocorrem próximo a faixa de praia 
leste do município. Os eolianitos são facilmente 
identificáveis pela preservação das estruturas 
deposicionais, camadas plano-paralelas com 
mergulho para a direção do suprimento de 
sedimentos. A coloração escura da superfície deste 
pacote sedimentar é outra característica marcante. 
Dunas Móveis 
As dunas móveis ocorrem na faixa litorânea 
situada a leste da sede do município. Geralmente

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