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1 RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL – RCA EMPREENDIMENTO: DRAGAGEM DE AREIA NO LEITO DO RIO MEARIM REQUERENTE: • Artêmio Thadeu Pereira da Silva • CNPJ: 954.456.843-34 • ENDEREÇO: Rua Dr. Joel Barbosa, 234 • MUNICIPIO: Lima Campos – MA PEDREIRAS – MA 2018 2 I. APRESEINTAÇAO Os estudos de avaliação de impactos ambientais constituem-se numa exigência da Política Nacional de Meio Ambiente, para que se avaliem os impactos causados pela implantação de obras e serviços que causem alterações ambientais, bem como para a definição de medidas de controle e monitoramento dos mesmos. Para os empreendimentos de pequeno porte ou magnitude, os órgãos licenciadores aceitam estudos mais simplificados e resumidos que o Estudo de Impacto Ambiental - EIA, propriamente dito, como, por exemplo, o Plano de Controle Ambiental – PCA para fins de licenciamento junto aos órgãos competentes ou o Relatório de Controle Ambiental – RCA, para fins de renovação da Licença de Operação (L.O), que é o nosso caso O RCA é constituído pelas informações necessárias para a caracterização do empreendimento, pelo diagnóstico ambiental das áreas de influência, pela relação dos impactos ambientais potenciais causados pelo empreendimento, bem como pela definição das medidas mitigadoras e dos Programas de Controle Ambiental e Monitoramento. Estes elementos fornecem as garantias mínimas para a implantação da obra em questão, em conformidade com os parâmetros de Desenvolvimento Sustentável. Com base no exposto, apresentamos um Relatório de Controle Ambiental para a renovação da licença de extração de areia através de dragagem no município de Pedreiras - MA. Este documento apresenta as informações necessárias para a caracterização do empreendimento contendo: dados estatísticos, plantas de localização, diagnóstico ambiental das áreas passíveis de alteração nos meios físico, biótico e antrópico, avaliação de impactos ambientais dos serviços, bem como as medidas mitigadoras e os programas de monitoramento ambientais mais adequados para o empreendimento em apreço. 3 II. METODOLOGIA A elaboração dos estudos deste RCA envolveu as seguintes etapas: a) Caracterização do empreendimento: Foram levantados todos os dados para a caracterização técnica do empreendimento, apresentando-os em sua fase de pesquisa, implantação e iminente operação, contemplando também a possibilidade de riscos de acidentes em potencial, inerentes da natureza do empreendimento. b) Definição das áreas de influência: Utilizando-se critérios dados e levantamentos geoambiental, foram definidas as áreas de Influência do empreendimento, Área de Influência Direta (AID) e Área de Influência Indireta (AlI). c) Coletas de dados: Nesta etapa foram consideradas todas as informações existentes a respeito do empreendimento, constantes em bibliografias específicas e nos documentos de projetos de diversos âmbitos realizados na área, entre outros. Também foram realizados estudos de caracterização nas áreas de geologia, geomorfologia, solos, vegetação, uso do solo, fauna e meio antrópico (aspectos sócio econômicos). d) Pesquisa de Campo: Foram também realizadas pesquisas de campo, que tiveram como objetivo a obtenção de dados primários e atualização das informações existentes. Esta fase contou tanto com o reconhecimento das características gerais das áreas de influência, como também levantamento de informações captadas junto às comunidades. e) Diagnóstico ambiental: O Diagnóstico Ambiental utiliza todas as informações coletadas e analisadas e apresenta a situação atual da área de influência onde o empreendimento será inserido, em todos os seus níveis, físico, biótico e antrópico. 4 f) Análise dos impactos ambientais: Para a avaliação dos impactos ambientais levou-se em consideração que a implantação do empreendimento ocorre através de intervenções que, por sua vez, interagem com o meio ambiente (intervenções ambientais), acarretando transformações no mesmo (impactos ambientais), determinando a reorganização dos meios físico, biótico e antrópico. Nesta etapa os impactos identificados nas áreas & interesse serão descritos e analisados, e proposta suas respectivas medidas mitigadoras com base na Avaliação de Impacto Ambiental. Serão então identificadas as medidas mitigadoras que deverão ser adotados no tempo e no espaço, em relação aos impactos negativos detectados. g) Análise de cumprimento das condicionantes da L.O Para essa etapa, analisou-se minunciosamente as condicionantes impostas pela SEMA para a L.O com os programas ambientais propostos no PCA afim de mitigar os impactos ambientais causados. III. JUSTIFICATIVAS DO EMPREENDIMENTO O objetivo deste estudo é o pedido de renovação de licenciamento de operação (L.O) para uma área de extração de areia junto à Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídrico (SEMA) do Estado do Maranhão. Este empreendimento minerário tem por função primordial a extração de areia, matéria prima indispensável à atividade de construção civil. Para a viabilidade deste empreendimento se efetuou o levantamento geoambiental necessário, os estudos sobre potenciais impactos ambientais, suas respectivas medidas mitigadoras, informações gerais e outros dados exigidos na legislação ambiental vigente. 3.1 JUSTIFICATIVAS GERAIS DO EMPREENDIMENTO A mineração é um dos setores básicos da economia do país, que contribui de fato no recolhimento de tributos aos governos municipal, estadual e federal, originando um produto comercial que gera emprego com o surgimento de outras atividades de apoio, formando um conjunto de ações que leva à cadeia produtiva. Acrescentemos que o empreendimento também é importante para a geração de empregos diretos e indiretos, incrementação de impostos no município, dinamização da economia, etc. 5 Assim, embora de pequeno porte, o referido empreendimento é relevante para o município envolvido, num estado como o Maranhão, pobre e carente de oferta de empregos e de circulação de mercadorias que gerem riquezas e incentivem atividades similares. Dentro dos conceitos de viabilidade técnica, sócio econômica e ambiental, o empreendimento se justifica na medida em que a exploração sustentável é adotada. 3.2 JUSTIFICATIVAS TÉCNICAS Tecnicamente, as justificativas para um empreendimento minerário, no caso de extração de areia, estão intimamente ligadas ao condicionamento geológico da jazida. A seguir estão descritas algumas justificativas técnicas: I. A dragagem será feita na aluvião submerso do leito do Rio Mearim. II. O material extraído será empregado diretamente na construção civil; III. São bens minerais abundantes e não requer tecnologias sofisticadas para a sua produção. 3.3 JUSTIFICATIVAS SÓCIO-ECONÔMICAS A extração de areia no município de Pedreiras gerará dividendos á União, ao Estado e ao próprio município, através do pagamento de impostos como ICMS, IR, CFEM, e outros. A atividade como um todo tem grande alcance social, proporcionará a geração de empregos diretos e indiretos, além de mais tributos e circulação de riquezas, além de incentivar outros empresários minerários a investir na região. Sobre a matéria-prima e o frete incide diretamente o ICMS, na saída da jazida. A substância mineral também está sujeita a ISS e CFEM. A Constituição Federal, no seu artigo 20, parágrafo primeiro, assegura aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e a órgãos da administração direta da União, participação no resultado, pela utilização econômica de recursos minerais nos seus respectivos territórios: é a chamada Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), que foi instituída pela Lei 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Os recursos arrecadadoscom a Compensação Financeira de Exploração de Recursos Minerais são assim distribuídos, de acordo com a Lei 8.001, de 13 de março de 1990: 12% dos recursos vão para a União, e distribuídos entre o IBAMA e o DNPM e 23% é destinado ao Estado onde for explorada a substância mineral e 65% para o município produtor. Caso de mais 6 de o mineral se encontrar em mais de um município, será observada a proporcionalidade da produção ocorrida em cada um deles. O CFEM é calculado considerando-se o faturamento líquido da venda do minério, deduzindo-se os tributos que incidem na comercialização, como também as despesas com seguro e transporte. Quanto aos materiais extraídos, ou seja, a areia constituirá insumos utilizados na construção civil para a fabricação de material de enchimento, agregados para concreto, argamassa e pavimentação, assim proporcionando o desenvolvimento municipal. Além disso, cumpre destacar que a extração de areia, compatível com as necessidades da demanda do mercado é de forma legalizada. Dessa forma essa situação inibirá a lavra clandestina extremamente danosa ao meio ambiente e à economia municipal e estadual. 3.4 JUSTIFICATIVAS AMBIENTAIS O homem pouco influencia na localização de exploração mineral. A natureza através dos aspectos geoestruturais define sua localização, cabendo ao homem o dever de explorá-la, preservando o equilíbrio do meio ambiente. Apesar da exploração mineral ser uma atividade geradora de grandes impactos negativos ao meio ambiente, a extração de areia localizada no município de Pedreiras, será executada com técnicas e medidas que causarão e mitigarão os impactos negativos. Além disso, a retirada dos minérios propiciará a geração de empregos e movimentação na economia impactos estes compensatórios aos danos ambientais provocados que por sua vez serão posteriormente mitigados. Além disso, a retirada deste material do leito do Rio Mearim evitará o assoreamento contribuindo, dessa forma, para a “limpeza” do Rio. A) AREIA1 Areia é um material de origem mineral finamente dividido em grânulos, composta basicamente de dióxido de silício, com 0,063 a 2 mm. Forma-se à superfície da Terra pela fragmentação das rochas por erosão, por ação do vento ou da água. Através de processos de sedimentação pode ser transformada em arenito. 1 Areia - material natural com dimensões que variam entre 0,075 e 2,0 mm, classificada como grossa se maior que 1,2 mm, média se ficar entre este valor e 0,42 mm, fina se for menor que este último valor. A norma reguladora é a ABNT - NBR 6502. 7 As areias são constituídas principalmente por quartzo, um mineral de formula geral Si02, amplamente distribuído na crosta terrestre, constituindo aproximadamente 12% dela. Dependendo da granulometria e grau de pureza, as areias têm empregos específicos. Aquelas de baixo teor de ferro são usadas na fabricação de vidros e na indústria cerâmica e refratária. As areias com alta concentração de sílica se usam na siderurgia, para confecção de ligas ferro-silício. As areias mais grosseiras e com maior impureza se utilizam na construção civil e as mais finas como abrasivos. A areia pode ser usada em concreto, argamassa de assentamento e revestimento, pavimentação asfáltica, em filtros, lastro e permeabilização de vias e pátios. As chamadas areias lavadas possuem granulometria mais grossa e por isso são usadas na elaboração de argamassas para estruturas. Os filtros normalmente são construídos com areia limpa. Tem a função de permitir a passagem da água e impedir a passagem de partículas finas do solo. Alguns possuem areia, pedrisco e brita. É também usada nos chamados filtros “sandwich”, ou seja, uma sequência de areia, pedrisco, brita, pedrisco, areia. Pelas suas funções, o filtro normalmente está na parte interna de uma obra e, portanto, fica mais protegido do intemperismo. Normalmente é extraída do fundo dos rios com dragas, chamado dragagem, que pode ocasionar graves danos ambientais. Na sequência é lavada, peneirada e posta para secar e utilizada conforme sua granulação. Entretanto, em alguns casos sua extração não resulta em danos ambientais, pois em algumas situações o processo de extração contribui sobremaneiramente para o desassoreamento dos leitos dos rios onde é realizado, quando há o devido acompanhamento por especialistas. 4.1 MÉTODO DE EXTRAÇÃO DO MINERAL DO EMPREENDIMENTO Os métodos principais de extração das areias ao redor de Pedreiras são o de lavra a céu aberto e o de dragagem. O primeiro método é manual, por meio da garimpagem, onde são usados instrumentos rudimentares, tais como pá, enxada e picareta. Também são usados os caminhões ou carroças, ambos carregados manualmente, com pás. O segundo método retira inicialmente a areia, manualmente, ou são instaladas dragas de sucção, que exigem a presença de um mergulhador ou de outro mecanismo que conduza a “maraca” para a sucção da areia no fundo do rio. 4.2.1 Caracterização da Dragagem 8 O termo dragagem é, por definição, a escavação ou remoção de solo ou rochas do fundo de rios, lagos, e outros corpos d’água através de equipamentos denominados “draga”, a qual é, geralmente, uma embarcação ou plataforma flutuante equipada com mecanismos necessários para se efetuar a remoção do solo. Os principais objetivos da dragagem são o aprofundamento e alargamento de canais em rios, portos e baías; a construção de diques e preparar fundações para pontes e outras estruturas. O processo de dragagem apresenta-se dividido em dois grupos que são: a dragagem inicial, na qual é formado o canal artificial com a retirada de material virgem, e as dragagens de manutenção, para a retirada de material sedimentar depositado recentemente, com a finalidade de manter a profundidade do rio, propiciando a navegabilidade de embarcações de pequeno porte e a liberação da vazão fluvial. As Dragas Hidráulicas (Hydraulic dredge) são representadas principalmente pelas dragas de sucção. Os tipos de draga de sucção são as aspiradoras e as cortadoras. Nas aspiradoras, a sucção é feita por meio de um grande bocal de aspiração, como o dos aspiradores de pó. Com o auxílio de jatos de água, o material é desagregado e, através de aberturas no bocal, é aspirado e levado junto com a água aos tubos de sucção. A draga opera contra a corrente, podendo fazer cortes em bancos de material sedimentado de até 10 metros de largura. Cortes mais largos podem ser conseguidos por uma série de cortes paralelos. Este tipo de bocal é utilizado quando se tratar de material fino e de fraca coesão, em cortes rasos, não cortando material coesivo e não podendo fazer cortes em bancos cujo material pode desmoronar sobre o bocal e impedir a sucção. As características específicas de uma draga dependem das bombas e da fonte de energia escolhida. As dragas de sucção cortadoras dispõem de um rotor aspirador, equipado com lâminas que desagregam o material já consolidado para que este possa ser aspirado para o interior do tubo de sucção que se insere no núcleo do rotor. O funcionamento é idêntico ao da aspiradora, porém apresentam maior eficiência, e ao invés de atuarem numa linha reta, o movimento da draga descreve a trajetória de um arco. Uma variação deste tipo de draga são as autotransportadoras, as quais são navios, com tanques (cisterna) de fundo móvel, onde o material dragado é depositado, sendo a seguir transportado para o mar ou um porto onde é descarregado, dispensando o uso de barcaças. 4.2.2 Efeitos Benéficos da Dragagem 9 Relatos e pesquisas relacionadas com dragagem e manejo do material dragado tratam apenas de impactos ambientais negativos, ignorando os benefícios proporcionados por estas operações. Estes efeitos benéficos incluem: - ressuspensão ou aumento de nutrientes benéficos permitindo umamelhora na produtividade do sistema aquático e a melhoria na dinâmica e circulação hidroviária e; melhoria no uso comercial e recreativo de corpos d’água. As atividades de dragagem podem, em alguns casos, aumentar a quantidade de oxigênio e nutrientes, os quais estavam presentes no sedimento e são liberados na coluna d’água. A eutrofização também pode ser controlada ou eliminada. Alguns tipos de dragas podem ser modificados para permitir a fixação de fosfatos no sedimento de fundo através da adição de cal, sendo esta uma forma barata e efetiva de melhorar a qualidade da água em lagos sujeitos ao aporte de fertilizantes ricos em nitratos utilizados por fazendeiros. Além destes, a dragagem gera empregos diretos e indiretos, movimentando a economia do local e regional. IV. DESCRIÇÃO GERAL DO EMPREENDIMENTO 5.2 IDENTIFICAÇÕES DO EMPREENDIMENTO 5.2.1 Local do Empreendimento • Endereço: Margem Direita do Rio Mearim • Coordenada de Localização: • Município: Pedreiras / MA. 5.2.2 Empreendedor • NOME: Artêmio Thadeu Pereira da Silva • CNPJ: 954.456.843-34 • ENDEREÇO: Rua Dr. Joel Barbosa, 234 • MUNICIPIO: Lima Campos – MA 5.2.3 Representante Legal • NOME: Artêmio Thadeu Pereira da Silva • CNPJ: 954.456.843-34 • ENDEREÇO: Rua Dr. Joel Barbosa, 234 10 • MUNICIPIO: Lima Campos – MA 5.2.4 A coordenadas em UTM da área solicitada, está no quadro abaixo: M-01 9481399,846 665922,790 M-02 9481401,450 665772,073 M-03 9481547,079 665772,368 M-04 9481540,105 666504,283 M-05 9481320,586 666503,839 M-06 9481328,342 666754,402 M-07 9481153,267 666752,485 M-08 9481156,297 667057,893 M-09 9480954,792 667063,007 M-10 9480956,020 667348,687 M-11 9480603,709 667350,085 M-12 9480346,347 667333,813 5.2 DADOS GERAIS SOBRE O EMPREENDIMENTO A finalidade do empreendimento é a retirada de areia no leito do Rio Mearim, no município de Pedreiras, observando os critérios estabelecidos na Política Nacional de Meio Ambiente. A dragagem da areia, do local onde se encontra depositado, é feito diretamente através de uma bomba potente, que sugará o material desagregado. A draga será instalada em uma pequena plataforma flutuante, construída com tubões próprios para flutuar. Sobre esta plataforma será instalado um conjunto moto-bomba, constituído de um motor como 280CV e uma bomba de rotor aberto como 8” de diâmetro, vazão de 700m³/h, e aproveitando de 20 a 30%. A exploração deverá ser feita de modo gradativo com o objetivo de atender ao mercado consumidor. Ressaltando que o minério será comercializado na forma natural da maneira como é obtido na jazida. A área requerida para o processo de exploração compreende 49 hectares, localizada no rio Mearim, no município de Pedreiras – MA, no Povoado Retiro. O acesso é feito pela margem direita do Rio Mearim, por estrada vicinal. . A área a ser revegetada compreende aproximadamente 2 hectares, localizada dentro dos limites da área requerida. 5.1.2 Descrição do Método de Lavra A draga do presente empreendimento extrai areia do Rio Mearim por um processo de dragagem hidráulica do tipo sucção (item 4.4.1), utilizando um motor diesel MWM de quatro 11 cilindros que aciona uma bomba de 4x4 polegadas de diâmetro tipo garimpo, de rotor aberto, que faz a sucção da areia para fora do rio. As etapas deste processo são: Bombeamento, Canalização, Secagem, Estocagem, Carregamento e Transporte. O processo inicia-se com a instalação das estações de dragagem (dragas móveis) e captação da areia do fundo do rio (3 a 5m de profundidade) através da sucção com a presença de maraqueiro, a areia é canalizada por meio de tubos de ferro galvanizados de 4 polegadas ou de PVC (100mm), até o depósito para o material extraído (caixa de estocagem). Neste local acontece a etapa da secagem por evaporação e por escoamento, os efluentes gerados na etapa de secagem (água). Após a etapa de secagem o material fica estocado na caixa de areia, neste local é feito o carregamento dos caminhões que transportam e/ou comercializam a areia. A água proveniente do processo de dragagem é direcionada para áreas mais baixas onde acontece o processo da evaporação e infiltração ou mandadas de volta pra o rio por meio de tubos de ferro galvanizados ou de PVC, evitando-se assim, originar sulcos ou voçorocas. As etapas básicas deste processo são (Fig. 5.2.1.2). Fig.5.2.1.2 Esquema de Dragagem 5.2.2 Equipamentos destinados á extração e comercialização de areia A dragagem é feita por uma draga flutuante hidráulica de sucção de 4x4” polegadas de diâmetro, que succiona até a bomba montada sobre uma plataforma flutuante e a partir daí a areia é empurrada contra a força da gravidade para fora do Rio Mearim com um recalque de 4 DRAGAGEM DE AREIA CANALIZAÇÃO ESTOCAGEM SECAGEM NATURAL CARREGAMENTO TRANSPORTE 12 metros aproximadamente e uma extensão superior a 70,00 metros, até a caixa de areia. A draga é equipada com um compressor e uma bateria de filtros com várias finalidades cada um destes filtros afim de fornecer um ar livre de impurezas que possam prejudicar o mergulhador que utiliza este ar na sua atividade laboral. A canalização é feita através de canos de PVC de 04” polegadas a uma distância mínima de 70,00 metros, até a caixa de areia, onde inicia o processo de decantação, escoamento e secagem. A secagem é feita naturalmente pelo sol e vento acontece à evaporação e escoamento da água, após a separação da água e areia que por sua vez pode ser selecionada em areia fina e areia grossa a seco. A estocagem é feita no chão pelo material dragado e úmido. Podendo fazer uso de silos. O carregamento é feito com o auxílio de pás carregadeira mecânicas, ou manualmente e transferidos para caminhões, tipo caçamba ou carroceria. O transporte é feito através de caminhões de terceiros de carroceria de madeira ou do tipo basculante. 5.2.3 Custos Envolvidos em Operações de dragagem Os custos convencionais a serem considerados nas operações de dragagem são influenciados por algumas condições operacionais e dependem da qualidade do gerenciamento e da tripulação que operam os equipamentos de extração, podendo sofrer variações conforme a organização e o sítio de extração. Para a maioria as operações de extração, o custo total depende de dois elementos básicos: 1) o custo de mobilização e desmobilização dos equipamentos e mão-de-obra; e 2) o custo da realização do trabalho propriamente dito. Os custos operacionais são facilmente estimados, já os custos de mobilização dependem fortemente do tempo de execução do trabalho e de sua localização, e o preço pode sofrer grande influência do mercado. Desta forma, toma-se difícil, mesmo para a empreiteira, estimar os custos de mobilização muito antes da realização do trabalho, particularmente se este será realizado em locais remotos, longe dos centros onde ocorrem atividades de extração regularmente. De uma forma geral, para extração de 8.000t/ano os custos operacionais clássicos são os seguintes: (Tabela 5.2.3.1) CUSTOS OPERACIONAIS Combustível e lubrificante R$ 9.000,00; 13 Itens de consumo R$ 2.000,00 Equipe de operação R$ 15.000,00 Planejamento e supervisão R$ 3.000,00 Manutenção e reparos rotineiros R$ 6.000,00 Despesas gerais R$ 35.000,00 Tabela - 5.2.3.1 — Custos Operacionais para Extração de 8.000 T/ano de Areia Considerando a produção do empreendimento em apreço, esta apresenta grande variação, devido principalmente, à demanda do mercado que absorve o material como matéria- prima para diversas finalidades. Contudo, sua produção compreende um valor entre 100 e 130m³/dia, que é revendida no local çu para depósitos de materiais dc construção da cidade. VI ASPECTOS LEGAIS 6.1 GENERALIDADES A mineração é um dos setores básicos da economia dopaís, contribuindo de forma decisiva para o bem estar e a melhoria da qualidade de vida das presentes e futuras gerações, sendo fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade equânime, desde que seja operada com responsabilidade social, estando sempre presentes os preceitos do desenvolvimento sustentável. Na Conferência Rio + 10, realizada de 26 de maio a 29 de agosto de 2002, em Johannnesburgo, em várias partes de seu documento final, assinado por todos os países presentes, a mineração foi considerada como uma atividade fundamental para o desenvolvimento econômico e social de muitos países, tendo em vista que os minerais são essenciais para a vida moderna. A História do Brasil tem íntima relação com a busca e o aproveitamento dos seus recursos minerais, que sempre contribuíram com importantes insumos para a economia nacional, fazendo parte da ocupação territorial e da história nacional, O setor mineral representou, em 2000, 8,5% do P18 brasileiro, ou seja US$ 50,5 bilhões de dólares, gerou 500.000 empregos diretos e um saldo na balança comercial de IJS$ 7,7 bilhões de dólares, além de ter tido um crescimento médio anual de 8,2% no período 1995/2000. O subsolo brasileiro possui importantes depósitos minerais. Parte dessas reservas são consideradas expressivas quando relacionadas mundialmente, O Brasil produz cerca de 70 substâncias, sendo 21 do grupo de minerais metálicos, 45 dos não- metálicos e quatro dos 14 energéticos. Em termos de participação no mercado mundial em 2000, ressalta-se a posição do nióbio (92%), minério de ferro (20%, segundo maior produtor mundial), tantalita (22%), manganês (19%), alumínio e amianto (11%), grafita (19%), magnesita (9%), caulim (8%) e, ainda, rochas ornamentais, talco e vermiculita, com cerca de 5%. O perfil do setor mineral brasileiro é composto por 95% de pequenas e médias minerações. Segundo a Revista Minérios & Minerales, 1999, os dados obtidos nas concessões de lavra demonstram que as minas no Brasil estão distribuídas regionalmente com 4% no norte, 8% no Centro-Oeste, 13% no nordeste, 21% no sul e 54% no sudeste. Estima-se que em 1992 existiam em torno de 16.528 pequenas empresas, com produção mineral de US$ 1.98 bilhões, em geral atuando em regiões metropolitanas na extração de material para construção civil. Entretanto, o cálculo do número de empreendimentos de pequeno porte é uma empreitada complexa devido ao grande número de empresas que produzem na informalidade, aliada a paralisações frequentes das atividades, que distorcem as estatísticas. Várias atividades antrópicas vêm criando problemas ambientais, no uso do solo e subsolo, além das atividades de mineração, entre as quais se destacam: a urbanização desordenada, agricultura, pecuária, construção de barragens visando a geração de hidroeletricidade, uso não controlado de água subterrânea, dentre outras. No Brasil, a mineração, de um modo geral, está submetida a um conjunto de regulamentações, onde os três níveis de poder estatal possuem atribuições com relação à mineração e o meio ambiente. Em nível federal, os órgãos que têm a responsabilidade de definir as diretrizes e regulamentações, bem como atuar na concessão, fiscalização e cumprimento da legislação mineral e ambiental para o aproveitamento dos recursos minerais são os seguintes: — Ministério do Meio Ambiente — MMA: responsável por formular e coordenar as políticas ambientais, assim como acompanhar e superintender sua execução; — Ministério de Minas e Energia — MME: responsável por formular e coordenar as políticas dos setores mineral, elétrico e de petróleo/gás; — Secretaria de Minas e Metalurgia — SMMJMME: responsável por formular e coordenar a implementação das políticas do setor mineral; — Departamento Nacional de Produção Mineral — DNPM: responsável pelo planejamento e fomento do aproveitamento dos recursos minerais, preservação e estudo do patrimônio paleontológico. Cabendo-lhe também superintender as pesquisas geológicas e minerais, bem como conceder, controlar e fiscalizar o exercício das atividades de mineração em todo o território nacional, de acordo o Código de Mineração; 15 - Serviço Geológico do Brasil — CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais): responsável por gerar e difundir conhecimento geológico e hidrológico básico, além de disponibilizar informações e conhecimento sobre o meio físico para a gestão territorial; — Agência Nacional de Águas — ANA: Responsável pela execução da Política Nacional de Recursos Hídricos, sua principal competência é a de implementar o gerenciamento dos recursos hídricos no país. Responsável também pela outorga de água superficial e subterrânea, inclusive aquelas que são utilizadas na mineração; - Conselho Nacional do Meio Ambiente — CONAMA: responsável por formular as políticas ambientais, cujas Resoluções têm poder normativo, com força de lei, desde que, o Poder Legislativo não tenha aprovada legislação específica; — Conselho Nacional de Recursos Hídricos — CNRH: responsável por formular as políticas de recursos hídricos; promover a articulação do planejamento de recursos hídricos; estabelecer critérios gerais para a outorga de direito de uso dos recursos hídricos e para a cobrança pelo seu uso; — Instituto Brasileiro dê Meio Ambiente Recursos Naturais Renováveis — IBAMA: responsável, em nível federal, pelo licenciamento e fiscalização ambiental; - Centro de Estudos de Cavernas — CECAV (IBAMA): responsável pelo patrimônio espeleológico. A nível estadual, no caso maranhense, A SEMA, Secretaria de Estado do Meio Ambiente é responsável pelo licenciamento das atividades impactantes de mineração. Aos municípios também compete dar a autorização para a atividade empresarial. Atividade de Mineração Poder Municipal Poder Estadual Poder Federal Requerimento de Concessão ou licença Leis de Uso e Ocupação do Solo Licença Ambiental por Legislação Federal Deferimento ou Indeferimento Pesquisa Mineral Leis de Uso e Ocupação do Solo Licença Ambiental por Legislação Federal Acompanhamento Aprovação Negação Lavra Mineral Alvará de Funcionamento Análise do ElA/RlMA e Licença Ambiental por Legislação Federal Acompanhamento e Fiscalização Mineral Recuperação da área Minerada Definição do Uso Futuro do Solo Criado Licença Ambiental por Legislação Federal Fonte: SINTONI. 994 Modificado 16 Tabela 6.1.2 - Distribuição das Atribuições Governamentais em Relação à proteção Ambiental e Planejamento da Mineração A questão ambiental no Brasil se consolidou com a Lei 6.938, de 1981, que definiu a Política Nacional do Meio Ambiente. Para assegurar seus fins e estabelecer mecanismos na formulação e aplicação, foi constituído o SISNAMA — Sistema Nacional do Meio Ambiente, tendo como órgão superior, com a função de assessorar a Presidência da República na formação de diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente, o Conselho Nacional do Meio ambiente — CONAMA. A partir da Resolução CONAMA — Conselho Nacional de Meio Ambiente n° 00 1/86, ficou estabelecido que o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente deveria ser acompanhado de seus respectivos estudos de impacto ambiental, os quais deveriam ser submetidos à análise pelo órgão gestor estadual competente e, em caráter supletivo, pelo IBAMA. A Resolução CONAMA 2337/97 também define o Plano de Controle Ambiental, como instrumento técnico para subsidiar o Licenciamento Ambiental, sendo este um documento mais simples que o EIA e o RIMA. Portanto, para regularização destas atividades, a Política Nacional do Meio Ambiente dispõe de alguns instrumentos que visam condicionar a organização e elaboração das avaliações de impacto ambiental, dentre os quais se relacionam os dispositivos legais incidentes sobre o tipo de empreendimento em questão. 6.2 CONSTITUIÇÃOFEDERAL • Art.20 — São bens da União: ➔ IX- Os recursos minerais, inclusive os do subsolo; — Parágrafo 10 - É assegurada, nos termos da Lei, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. • Art.22 — Compete privativamente à União legislar sobre: ➔ XII — Jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; ➔ XVII — Sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais. • Art.23 — É competência comum da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios: 17 ➔ VI- Registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios. • Art.24- Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: ➔ VI: Florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição. • Art26- Incluem-se entre os bens dos estados: ➔ 1 - As águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da Lei, as decorrentes de obras da União. • Art.48- Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre: ➔ V - Limites do território Nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União. • Art.225- Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, para bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. ➔ Parágrafo 2°- Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com resolução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da Lei. 6.3 POLÍTICA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE Com as transformações e os problemas de degradação ambiental surgidos no Brasil com a industrialização, começaram a se intensificar, na década de 70, as preocupações com a qualidade de vida e com a preservação do meio ambiente. A pressão popular e os problemas sociais advindos da exploração predatória dos recursos naturais acabaram despertando as autoridades para a intensificação do processo legislativo com a finalidade de controlar os problemas ambientais. Para regular estas questões, foram elaboradas sistematicamente leis e decretos, visando nortear as ações no sentido de preservar o meio ambiente, racionalizar os recursos naturais e recuperar as áreas já degradadas. A Política Nacional do Meio Ambiente tem como objetivo principal controlar a exploração dos recursos naturais habilitando o estado e a sociedade, para 18 a prática do desenvolvimento que considere a defesa do meio ambiente e a utilização racional dos recursos naturais, como parte integrante deste mesmo desenvolvimento. As Leis, Portarias e Resoluções apresentadas a seguir, norteiam as diversas ações no sentido de preservar os recursos naturais e o meio ambiente: - Artigo 37 do Código de Pesca, Decreto Lei n° 221 de 1967, estabelece limites ao lançamento às águas de resíduos, de turma a não as tomarem poluídas, isto é, qualquer alteração das propriedades físicas, químicas ou biológicas da água, que possa constituir prejuízo, direta ou indiretamente, à fauna e a flora aquática; — Lei 5.197 de 1967, Código de Proteção à Fauna, que proibi a utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha dos animais de quaisquer espécies, em qualquer fase de seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do Cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais, reconhecidos como propriedade do Estado; — Lei n° 4.771, de 15 de setembro de 1965, alterada pela Lei n° 7.511, de 07 de julho de 1986, institui o novo Código Florestal Brasileiro; — Portaria n° 92 de 19 de julho de 1980, dispõe sobre a emissão de sons e ruídos em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas, no interesse da saúde, da segurança e do sossego público, aos padrões, critérios e diretrizes estabelecidos nesta portaria; — Lei n°6.938, de 31 de agosto de 1981, com redação dada pela Lei n°7.804, de 18 de julho de 1989, dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação e dá outras providências; — Portaria Normativa n° 348, de 14 de março de 1990, estabelece padrões de qualidade do ar e as concentrações de poluentes atmosféricos que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde, a segurança e o bem estar da população, bem como ocasionar danos à flora e a fauna, aos materiais e ao meio ambiente em geral; — Resolução CONAMA n° 001, de 23 de janeiro de 1986, estabelece os critérios básicos e diretrizes gerais para o RIMA; — Resolução CONAMA n°011, de 18 de março de 1986, altera e acrescenta incisos na resolução 001/86 que institui o RIMA; — Resolução CONAMA n° 020, de 18 de junho de 1986, estabelece a classificação das águas doces, salobras e salinas do território nacional; — Resolução CONAMA n° 026, de 03 de dezembro de 1986, cria as câmaras técnicas de recursos hídricos, poluição industrial, mineração, flora e fauna e agrotóxicos; 19 — Resolução CONAMA n° 20 de 18 de junho de 1986 estabelece a classificação dos rios do Brasil no que se refere ao controle de poluição e estabelece os limites e as condições para lançamento de efluentes; — Resolução CONAMA n° 009, de 03 de dezembro de 1987, regulamenta a questão de audiências públicas; — Resolução CONAMA n° 010, de 03 de dezembro de 1987, sobre ressarcimento de danos ambientais causados por obras de grande porte; — Resolução CONAMA n° 001, de 16 de março de 1988, regulamenta o cadastro técnico-federal de atividades e instrumentos de defesa ambiental; — Resolução CONAMA n°010, de 14 de setembro de 1989, estabelece mecanismos de controle de emissão de gases de escapamentos por veículos equipados com motor do ciclo diesel; — Resolução CONAMA n°001, de 08 de março de 1990, estabelece padrões, critérios e diretrizes para emissão de ruídos; — Resolução CONAMA n° 002, de 08 de março de 1990, institui o Programa Nacional de Educação e Controle de Poluição Sonora; — Resolução CONAMA n° 008, de 06 de dezembro de 1990, estabelece limites máximos de poluentes do ar, previstos no PRONAR; — Resolução CONAMA n° 010, de 06 de dezembro de 1990, dispõe sobre normas específicas para o licenciamento ambiental de minerais da classe 11; — Resolução CONAMA n° 009 de 31 de agosto de 1993, estabelece que todo o óleo lubrificante usado ou contaminado será obrigatoriamente, recolhido e terá uma destinação adequada, de forma a não afetar negativamente o meio ambiente; — Resolução CONAMA n° 237, de 19 de dezembro de 1997, dispõe sobre a definição de licenciamento ambiental e revoga dispositivos da Resolução CONAMA n° Oi de 23 de janeiro de 1986; — Lei a° 9.433 de 08 de janeiro de 1997, institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos, também conhecido como a Lei das Águas; — Lei n° 9.605/98, de 13 de fevereiro de 1998, dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente; — Lei n° 9.966, de 28 de abril de 2000, dispõe sobre a poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias em águas de jurisdição nacional. 20 6.4 ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE - APP’SA Lei n° 4.771/65 (Código Florestal), com as alterações da Lei n° 7.803/89, estabelece em seu artigo 100 seguinte: “as florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação, reconhecidas de utilização às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes do país”, exercendo-se os direitos de propriedade com as limitações estabelecidas na Lei. No entanto, o Art. 2° do referido Código Florestal, em sua alínea “a”, estabelece o seguinte: • Art. 2° - Consideram-se de preservação permanente, pelo só efeito desta Lei, as florestas e demais formas de vegetação natural situadas: a) Ao longo dos rios ou de qualquer curso d’água, desde o seu nível mais alto em faixa marginal, cuja largura mínima seja: 1. De 30 m para os cursos d’água de menos de 10 m de largura; 2. De 50 m para os cursos d’água que tenha de 10 a 50 m de largura; 3. De 100 m para os cursos d’água que tenha de 50 a 200 m de largura; 4. De 200 m para os cursos d’água que tenha de 200 a 600 m de largura; 5. De 500 m para os cursos d’água que tenha largura superior a 600 m. b) Ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios de águas naturais e artificiais; c) Nas nascentes ainda que intermitentes, e nos chamados “olhos d’água”, qualquer que seja a sua situação topográfica um raio mínimo de 50 m de largura; d) No topo de morros, montes, montanhas e senas; e) Nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45°, equivalente a 100% na linha de maior declive; f) Nas restingas, como fixadoras e dunas ou estabilizadoras de mangues; g) Nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 m, em projeções horizontais; h) Em altitude superior a 1 .800 m, qualquer que seja a vegetação. Parágrafo único - No caso de áreas urbanas, assim entendidas as compreendidas nos perímetros urbanos definidos por Lei Municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, em todo o território abrangido, observar-se-á o disposto nos respectivos planos diretores e leis de uso do solo, respeitadas os princípios e limites a que se refere este artigo. 21 A Resolução N° 302, de 20 de março de 2002, do Conselho Nacional de Meio Ambiente, dispõe sobre os parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente de reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno. De acordo com este dispositivo legal, têm-se as seguintes definições: I. Reservatório artificial: acumulação não natural de água destinada a quaisquer de seus múltiplos usos; II. Área de Preservação Permanente: a área marginal ao redor do reservatório artificial e suas ilhas, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populações humanas; III. Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial: conjunto de diretrizes e proposições com o objetivo de disciplinar a conservação, recuperação, o uso e ocupação do entorno do reservatório artificial, respeitados os parâmetros estabelecidos nesta Resolução e em outras normas aplicáveis; IV. Nível Máximo Normal: é a cota máxima normal de operação do reservatório; V. Área Urbana Consolidada: aquela que atende aos seguintes critérios: a. Definição legal pelo poder público; b. Existência de, no mínimo, quatro dos seguintes equipamentos de infra-estrutura urbana; 1. Malha viária com canalização de águas pluviais; 2. Rede de abastecimento de água: 3. Rede de esgoto; 4. Distribuição de energia elétrica e iluminação pública; 5. Recolhimento de resíduos sólidos urbanos; 6. Tratamento de resíduos sólidos urbanos; e 7. Densidade demográfica superior a cinco mil habitantes por km². No artigo 3° da Resolução CONAMA 302/2002, é estabelecida a Área de Preservação Permanente - APP, que é constituída pela área com largura mínima, em projeção horizontal, no entorno de reservatórios artificiais, medida a partir do nível máximo normal. As possíveis alterações nas APP’s devem ocorrer conforme regulamenta tal Resolução. Portanto, apresentam-se os seguintes parâmetros: I. 30m para os reservatórios artificiais situados em áreas urbanas consolidadas e cem metros para áreas rurais; 22 II. 15m, no mínimo, para os reservatórios artificiais de geração de energia elétrica com até 10 ha., sem prejuízo da compensação ambiental. III. 15m, no mínimo, para reservatórios artificiais não utilizados em abastecimento público ou geração de energia elétrica, com até 20 há. de superfície e localizados em área rural. A Resolução N° 303, de 20 de março de 2002, do Conselho Nacional de Meio Ambiente, dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente, regulamentando, assim as disposições do artigo 2° do Código Florestal Brasileiro. Dentre as considerações estabelecidas tem-se: Art. 3º Constitui Área de Preservação Permanente a área situada: II. Ao redor de nascente ou olho d’água, ainda que intermitente, com raio mínimo de 50 m de tal forma que proteja, em cada caso, a bacia hidrográfica contribuinte; III. Ao redor de lagos e lagoas naturais, em faixa com metragem mínima de: a. 30 m, para os que estejam situados em áreas urbanas consolidadas; b. 100 m, para as que estejam em áreas rurais, exceto os corpos d’água com até 20 ha. de superfície, cuja faixa marginal será de 50 m; 23 VII DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 7.1 GENERALIDADES Atendendo aos preceitos que regem a sustentabilidade na implantação e operacionalização do empreendimento no meio natural, que se fundamenta na Política Nacional do Meio Ambiente, é de fundamental relevância a elaboração de um diagnóstico ambiental da área que será modificada para a implantação do mesmo. Considerando todos os fatores que são envolvidos na caracterização de uma área, englobando desta forma os três meios que formam o meio ambiente de um local: meio abiótico, meio biótico e meio antrópico. Sendo ainda necessário a discriminação das áreas de influência que sofrerão direta e indiretamente com a implantação e operação deste empreendimento na região. 7.1.1 - Definição de áreas de influência 1) AID - ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA: corresponde ao local de implantação e operação do empreendimento, além das áreas que estão no raio que o circundam. Sendo esta área, portanto as que sofrem de forma mais impactante as modificações sócias ambientais promovidas pelo empreendimento na área. 2) AII — ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA: compreende a área que será impactada indiretamente pelo empreendimento, ou seja, o município de Pedreiras, podendo estes impactos reais ou potenciais para o local. 24 7.2 MEIO ABIÓTICO 7.2.1 - Características Fisiográficas • SOLOS O município de Pedreiras apresenta uma variável diversidade de solos, classificados ao nível de grandes grupos. - Latossolo Vermelho-Amarelo: são os solos que ocorrem com mais frequência nos locais compreendidos pelas fazendas contempladas no presente plano, em função disso daremos maior importância na descrição do mesmo. Apresenta Horizonte B Latossólico, não hidromórficos, tendo como principais características; baixa relação molecular Si02/A12 O3 na fração argila, normalmente inferior a 2,2mm em decorrência de seu elevado grau de intemperismo; elevada relação molecular A12 O3/Fe2 O3 em virtude dos baixos teores de Fe2 O3 que ocasionam cores intermediárias entre o vermelho e o amarelo; em face do material do solo ser constituído de sesquióxidos, argilas do tipo 1:1, quartzo e outros materiais resistentes ao intemperismo; minerais primários facilmente decomponíveis ausentes, ou quando presentes pequenas quantidade e teores baixos ou inexistentes de argila natural, apresentandoconsequentemente elevado grau de floculação. Possuem dominância das frações areia e/ou argila; os teores de silte são geralmente baixos, em decorrência do avançado estágio de intemperização do solo; perfis normalmente profundos ou muito profundos, com predomínio de transição difusa e gradual entre os horizontes; são muito porosos e muito fiáveis ou fiáveis, quando úmidos, bem drenados a fortemente drenados, normalmente bastante resistentes à erosão em decorrência da baixa 25 mobilidade da fração argila, do alto grau de floculação e da grande porosidade e permeabilidade. A sua coloração varia do vermelho ao amarelo passando por todas gamas intermediárias. A vegetação que ocorre é do tipo carrasco e/ou de cerrado; material de origem geralmente arenitos cretáceo; em relevo local plano e regional plano; fortemente ou excessivamente drenados; em altitudes médias que são determinadas pelas chapadas (110 e 220 metros); de fertilidade baixa para P, K, Ca + Mg e pH = 5 a 5,9, necessitando de correção com calcário; o relevo é do tipo normal, com declive A ou B, forma horizontal, médios ou longos na extensão, uniformes; drenagem excessiva; deflúvio moderado a lento; permeabilidade moderada: capacidade de água disponível moderada; muito profundos; erosão laminar não aparente; sem pedregosidade e fertilidade aparente baixa. - Podzólico Vermelho-Amarelo Concressionário: caracterizam-se por apresentar Horizonte B Textural e Argila de Atividade Baixa (Não Hidromórficos). São característicos por apresentarem perfis profundos a muito profundos do tipo A-B-C, textura média e argilosa com diferenciação bastante nítida entre os horizontes. Fisicamente apresentam relação textural B/A superior a 2, percentual elevado de argila natural no horizonte B e ocorrência de serosidade. Incluem principalmente os chamados solos Podzólicos, com elevado número de grandes grupos. São solos profundos a muito profundo, drenagem de boa a moderada, textura média, fertilidade de baixa e alta. Ocorre em relevo de plano a montanhoso, com dominância de formas intermediárias. São solos que apresentam uma saturação de bases inferior a 50%. Nos vales, este tipo de solo ocorre associado a outros de características hidromórficas, na maioria das vezes arenosos, e com cobertura vegetal de floresta mista de babaçu e floresta estacional perenifólia densa. No vale do rio Mearim, ao sul da cidade de Pedreiras ele ocorre apresentando uma fase textural, sobre relevo suave ondulado e recoberto pela floresta estacional perenifólia aberta. O solo Podzólico ocorre associado a outros tipos de solos, entre os quais podem ser destacados o Latossolo Vermelho-Amarelo, o Litólico, o Cambissolo, bem como os Concrecionários Lateríticos. Suas características são: ácidos, bem desenvolvidos, apresentando um horizonte A fraco (ócrico) e um horizonte B argílico, fertilidade baixa e textura argilosa. Mesmo quando desenvolvidos de materiais ricos, podem ser distróficos devido, principalmente ao excesso de umidade que contribui para lavagem das bases, empobrecendo o solo. • CLIMA 26 A característica climática predominante no Maranhão é configurada como tropical. As temperaturas médias anuais são superiores a 24°C, enquanto os índices pluviométricos variam entre 1500 e 2500mm anuais. As chuvas no território do Maranhão caracterizam duas áreas distintas: no litoral as chuvas são mais abundantes, enquanto no interior são mais escassas. Outro fator condicionante do clima no Estado é sua posição geográfica, dividida entre a área situada no complexo amazônico, ao noroeste, onde o clima tende à caracterização como equatorial, e a área situada na região semi árida do Nordeste brasileiro. Devido seu posicionamento entre Nordeste Semi- árido e Meio Norte, Pedreiras possui um clima equatorial quente úmido. O município tem duas estações bem definidas, verão e inverno. O clima da cidade é muito quente no verão, principalmente, próximo aos meses que antecedem o inverno. A temperatura é amenizada na região de mata, devido ao falo de ser banhada por vários córregos e riachos. A estação chuvosa que é abundante varia anualmente, entre outubro e abril. O clima é um dos mais importantes fatores condicionantes da distribuição das espécies no globo terrestre, determinando as culturas básicas de uma região, assim como as variedades que podem ser economicamente cultivadas, norteando a época do ano em que se pode programar a execução das atividades do sistema de exploração, bem como do Sistema silvicultural; as quais antecedem e precedem o uso dos recursos madeireiros e não madeireiros existentes no município. Num sentido geral, clima engloba, entre outros elementos, temperatura do ar, insolação, precipitação, umidade e movimento do ar. As condições climáticas do município de Pedreiras, assim como a do Estado do Maranhão como um todo, ainda não são conhecidas profundamente. A falta de pesquisas meteorológicas, tanto por parte do Estado como por parte das instituições responsáveis, regionais e/ou nacionais, não permite fazer um estudo mais acurado. Sabe-se, porém, que em termos de precipitação pluviométrica, o município de Pedreiras, possui médios índices, considerado, assim, dentro do contexto nordestino, um Município privilegiado neste aspecto. A distribuição espacial de sua pluviosidade é bastante diversificada e seus valores predominantes se situam entre 1.100 e 1.500 mm anuais, com precipitação média para uma série de dez anos de 1 .292 mm A característica mais marcante desta distribuição. O Município de Pedreiras por ocupar uma posição bem próxima à faixa equatorial e por sua baixa altitude é influenciado, principalmente, pelas massas equatorial continental (mEc), quente e úmida e de maior poder de atuação no território brasileiro, principalmente no verão (dezembro a março). De acordo com a classificação de Koeppen, baseado no tempo e nas precipitações atmosféricas, pelo Clima Tropical Úmido (Aw’) na porção oeste, caracterizado 27 por chuvas no verão e outono e pelo Clima Tropical Semimido (Aw), com chuva no verão, onde o período chuvoso ocorre de dezembro a maio. O município apresenta características megatérmicas, ou seja, as médias do mês mais frio são superiores a 18°C. Na sede do Município umas das características marcantes é o calor o ano todo, pois além das características climáticas, a baixa altitude - grande parte da cidade situa- se nas vertentes de morros testemunhos como o do Alecrim, com66 m de altitude- situados nas circunvizinhanças do rio Itapecuru, os mesmos impedem a circulação dos ventos gerais, sendo bastante salubre nas áreas “altas” da cidade. Além disso, como em outras cidades, observa-se constantemente o aumento da temperatura denominados de “ilhas de calor”, devido à densidade e ao aumento de construções, pavimentação das ruas a insuficiência de vegetação, ao uso de energia elétrica e descarga de veículos automotores. As elevadas temperaturas e pequena circulação dos ventos provocam o aumento do consumo de energia elétrica, desconforto térmico e até mesmo o estresse. As características climáticas do município são favoráveis ao desenvolvimento agrícola, desde que sejam observados alguns aspectos, tais como: a melhor época para o preparo do solo, plantio e colheita. • RELEVO No Estado do Maranhão foram identificadas cinco regiões definidas pelas similaridades dos condicionantes regionais: bioclimáticos, geológicos e geomorfológicos. Essas regiões englobam 28 sistemas naturais identificados pela convergência das semelhanças dos seus componentes físicos e bióticos e de suas dinâmicas. Com altitudes reduzidas e topografia regular, apresenta um relevo modesto, com cerca de 100% da superfície abaixo dos 100 metros. Apresenta duas regiões distintas: a planície litorânea e o planalto tabular. O município de Pedreiras apresenta um relevo bastantesimples, sem grandes elevações, predominando chapadas interligadas por amplos vales. O município caracteriza-se por áreas planas rampeadas em relação à drenagem, com Plintossolos e Áreas Quartzosas resultantes da cobertura arenso argilosa descontinua sobre os arenitos argilosos de Formação Corda. Destacam-se na paisagem, relevos residuais em colinas, cristais, pontões e morros talhados nos arenitos argilosos de Formação Motuca com solos Podzólicos vermelhos Concrecionários. Essas características fazem dessa área um ambiente instável com predomínio de vulnerabilidade alta. 28 • HIDROLOGIA DE SUPERFÍCIE A rede hidrográfica do estado do Maranhão está agrupada nas seguintes bacias: • Bacia do Alto Parnaíba • Bacia do Litoral Leste • Bacia do Médio e Baixo Parnaíba • Bacia do Rio Grajaú • Bacia do Rio Gurupi • Bacia do Rio Itapecuru • Bacia do Rio Maracaçumé • Bacia do Rio Mearim • Bacia do Rio Munim • Bacia do Rio Pericumã • Bacia do Rio Pindaré • Bacia do Rio Turiaçu • Bacia do Tocantins Neste estudo serão caracterizadas somente as bacias hidrográficas do Médio e Baixo Parnaíba, Bacia do Rio Mearim, com 1 10.936 Km³, a Bacia do Rio Itapecuru, com 52.972 Km² e a Bacia do Rio Munim. A Bacia do Rio Itapecuru, do Médio Parnaíba e do Rio Munim estão na Área de Influência (AI)b do Projeto Florestal. ✓ HIDROLOGIA DO RIO MEARIM E DOS PRINCIPAIS AFLUENTES A bacia hidrográfica do rio Mearim é a maior do Maranhão e ocupa 29,84% da área total do estado – aproximadamente 99.058 quilômetros quadrados – em 83 municípios, que juntos somam 1.681.307 habitantes – o que representa 25,6% da população maranhense, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O rio Mearim, com 930 quilômetros de extensão, nasce na serra da Menina, entre os municípios de Formosa da Serra Negra, Fortaleza dos Nogueiras e São Pedro dos Crentes – em altitude entre 400 e 500 metros aproximadamente – e deságua na baía de São Marcos, entre a capital São Luís e o município de Alcântara. Na foz do Mearim encontra-se a maior área contínua de mangues do país – uma área de aproximadamente 30 mil hectares, conhecida como ilha dos Caranguejos. Assim como o rio Itapecuru, outro genuinamente maranhense, o Mearim é considerado um dos mais importantes do estado. O rio está dividido em três trechos 29 principais: Alto, Médio e Baixo Mearim. O Alto Mearim, com cerca de 400 quilômetros de extensão, compreende o trecho entre as cabeceiras e a barra do rio das Flores. O Médio Mearim alcança o trecho entre a barra do rio das Flores e o Seco das Almas, com aproximadamente 180 quilômetros de extensão. Já o Baixo Mearim estende-se do trecho entre o Seco das Almas e a foz na baía de São Marcos – em cerca de 170 quilômetros de extensão. Os principais afluentes do rio Mearim são os rios Pindaré e Grajaú. O primeiro deságua a cerca de 20 quilômetros da foz do Mearim, enquanto o segundo flui por meio do canal do Rigô encontrando o rio Mearim na área do Golfão Maranhense. Dos 83 municípios que integram a bacia do Mearim, 65 possuem sedes localizadas dentro dela, onde 50 municípios estão totalmente inseridos na bacia. De acordo com o IBGE, a população urbana da bacia hidrográfica do rio Mearim é formada por 872.660 pessoas, enquanto a população rural é de 808.647 habitantes, ou seja, 48,1% da população da bacia. Os municípios mais populosos são Bacabal, Barra do Corda, Grajaú, Lago da Pedra, Presidente Dutra, Viana e Zé Doca. HIDROLOGIA SUBTERRÂNEA ✓ GENERALIDADES Segundo o Zoneamento Geoambiental do Estado do Maranhão, 1 997, podem ser individualizadas, com base na espessura dos pacotes sedimentares, três principais zonas de captação de águas subterrâneas. Zona 1: Captação em profundidades superiores a 1000 metros. Zonas de exploração dos aquíferos Sambaíba e Poti/Piauí. Amplas áreas de realimentação em suas zonas de 30 afloramentos. Previsões de vazão acima de 100 m3/h. Exploração só recomendável para empreendimentos de maior vulto populacional ou industrial. Zona 2: Captação dos aquíferos Corda, Grajaú e Itapecuru que ocupam mais de 50% do estado. Constituem aquíferos livres, semi confinados e confinados, São aquíferos para atender empreendimentos de pequeno porte com poços de 250 metros de profundidade e vazões entre 5 e 20 m3/h. Zona 3: Captação dos aquíferos Barreiras e Aluvionais/dunas. No aquífero Barreiras poços com profundidades médias de 80 metros chegam a produzir 100 m3/h. O aquífero aluvionar é bastante poroso e permeáveis, próprios para captações rasas. Recomendáveis para empreendimentos de baixo e médio porte. CARACTERIZAÇÃO DOS AQUÍFEROS ✓ Aquífero Aluvial/Dunas (Quaternário) São aquíferos livres, bastante porosos, com excelentes condições de recarga. Constituídos por siltes, areias e cascalhos. Seu aproveitamento ocorre a partir de poços rasos (amazonas ou tubulares), visando atender demandas pequenas. As aluviões ocupam, principalmente a calha de drenagem dos grandes rios do estado como o Mearim, Itapecuru, Grajau e Pindaré. ✓ Aquífero Barreiras (Terciário) O aquífero Barreiras é constituído por clásticos finos a grosseiros, heterogêneos, mal consolidados e reúne arenitos médios a conglomeráticos siltitos e argilas de cores variegadas. Constitui um sistema aquífero livre, descontínuo, heterogêneo e de boa poro-permeabilidade. Tem um potencial de médio a alto e tem sua posição hidro estratigráfica sobre o aquífero Itapecuru. ✓ Aquífero Itapecurú (Cretáceo) Este aquífero é constituído litologicamente por arenitos finos a muito finos, argilosos, esbranquiçados, avermelhados e cremes, com níveis sílticos e argilosos da formação geológica homônima, com idade no Cretáceo Albiano. É, pois, um aquífero do tipo livre de limitadas potencialidades hidrogeológicas, com uma zona de recarga de 204.979 Km2, ANA (2005), obstaculizada pelo caráter político da formação. 31 Este aquífero é utilizado na pecuária e no abastecimento humano no interior do Maranhão e para abastecimento doméstico na cidade de São Luiz. Tem águas nesta cidade, classificadas como carbonatadas-cloretadas, com predominância do tipo sádica, Souza (2000). Os poços existentes em Peritoró, fora da área de interesse, até uma profundidade de 90 metros, têm uma vazão abaixo de 10,0 m³/h, com elevado teor em Ferro. Este exemplo é importante porque este aquífero também alcança a área de interesse deste projeto. ✓ Aquitardo Codó (Cretáceo) De idade Cretácea esta formação geológica é constituída por folhelhos betuminosos, calcários, anidrida e arenito muito fino, formados em ambientes lacustres e marinhos marginais, Mesner e Wooldridge (1964). Este aquitardo confina pelo topo o aquífero Corda. Por esta razão os arenitos, calcários e anidrida deste aquitardo devem ser isolados para evitar a contaminação do aquífero Corda que está sotoposto. ✓ Aquífero Corda (Jurássico) Este aquífero está na formação geológica denominada de Corda, de idade Jurássica, sendo constituída por arenitos finos a médios, amarronzados, arroxeados e avermelhados (Foto 01), ocorrendo em condições livre (freático), semi confinado e confinado. Aflora nos estados do Maranhão. Tocantins e Piauí, com uma área total de 35.266 Km2. O principal uso deste aquífero é para o abastecimento doméstico. Segundo Costa (1994) o resíduo seco é, em geral, inferior a 400 mg/l sendo a água de boa qualidade química. Segundo informações verbais o poço da Faz. Santa Rita, localizada a 20 Km de Peritoró, produz 190m³/h, com a bomba posicionada em 150 metros de profundidade. Este dado serve para caracterizar este aquífero dentro da área de interesse porque o município de Peritoró está próximo à área de estudo deste projeto. Este é o amilífero de menor profundidade para um elevado potencial hidro geológico, considerando esta área deinteresse. Poços com 200 a 350 metros de profundidade, dependendo da localidade, alcançarão este aquífero. 0,0m — 4,0m Arenito muito fino, marrom. 4,0m — 48,0m Siltitos de coloração amarronzada 48,0m — 680m Siltitos. 68,0m — 78,0m Argila cinza calcífera, às vezes esverdeada. 78,0m — 160,0m Calcário de coloração cinza a esverdeado. 160,0m — 2080m Folhelho cinza/preto com intercalações de gipsita. 2080m — 254,0m Arenito fino/médio, regular seleção. Coloração branca. 254,0m — 276,0m Arenito fino/médio, marrom regular seleção. 2760m — 290,0m Folhelho preto/cinza. Tabela 7.2.1.3 - Descrição Litológica do Poço da Faz. Santa Rita em Peritoró — Aquífero Corda. 0 = 190 m³/h. 32 Fonte: CAEMA ✓ Aquífero Pastos Bons (Triássico) Esta formação aflora nos vales dos rios Itapecuru (entre Várzea do Cerco e Fortuna) e Balseiros (entre Paraibano e a Barra do rio Corrente). É constituída por arenitos finos, argilosos e siltosos, com intercalações de folhelhos. Tem, portanto, baixa poro-permeabilidade e um sistema de recarga deficiente. ✓ Basalto (Triássico) Esta rocha básica dificulta a circulação da água. Tem uma permeabilidade ocasional de fraturas, não sendo recomendado para captação de água subterrânea. Quando maciço e contínuo funciona como um aquitardo para o aquífero Sambaíba. Nos casos de intenso fraturamento esta rocha desenvolve uma boa permeabilidade e, assim, funciona como um aquífero. ✓ Aquífero Sambaíba (Triássico) É constituído litologicamente por arenitos médios a finos, porosos, homogêneos e limpos. Este aquífero apresenta excelentes características hidrogeológicas. Além da porosidade primária este aquífero apresenta-se, também, fraturado ocasionando, com isto, um incremento na transmissividade. Os basaltos posicionados sobre os sedimentos deste aquífero provocaram seu “cozimento” dando origem aos hornfels, que fraturados, desenvolvem excelente permeabilidade. Segundo Lima & Leite (1978) a espessura da formação Sambaíba é de aproximadamente 200 metros. ✓ Aquífero Motuca (Permiano) Plummer (1948) propôs a denominação de formação Motuca para designar os folhelhos de cor vermelho-tijolo, com lentes delgadas de cálcário e anidrida. Com base no poço 2 — PC-1 -MÁ de coordenadas geográficas 40 45’ 50,5” e 44° 17’ 45” W é constituído litologicamente por siltito, arenito e anidrida. A seqüência síltica é dominante fazendo com que este aquífero não apresente boas condições hidrogeológicas. No Piauí apresenta-se como aquífero livre, tendo fracas possibilidades nos municípios de Várzea Grande e Barro Duro, devido à dominância de fáceis arenosíltica. Em Agricolândia-PI, já mais próxima do Maranhão, dominam fáceis arenosas deste aquífero tendo os poços boas vazões. Aí está a zona de recarga deste aquífero. ✓ Aquífero Pedra de Fogo (Permiano) 33 Este aquífero aflora na área de interesse seguindo o rio Parnaíba. Sua constituição litológica é composta por clásticos finos e siltica argilosa. Estas características reduzem a permeabilidade deste aquífero. Em várias áreas do Piauí, como em Teresina, afloram através do silexitos e calcário. Apresenta madeira fossilizada. ✓ Aquífero Cabeças (Devoniano) Ocorre em sub superfície sendo um aquífero de permeabilidade elevada e alta potencialidade hídrica para armazenamento de água subterrânea, É, portanto, um aquífero do tipo artesiano caracterizando-se como o mais importante da bacia, tanto pelas suas potencialidades hidrogeológicas, como pela excelente qualidade da água. No estado do Maranhão este aquífero está em profundidades superiores a 1500 metros de profundidade, com as principais zonas de recarga no estado do Piauí. Nas zonas de recarga, onde evidentemente é livre tem, também, características fissurais. Poços que não interceptam boas fraturas são, quase sempre, secos ou com reduzida vazão. Estas zonas de recargas acham-se no estado do Piauí. Ocorrem três seções distintas: a seção superior constituída de arenitos finos até grosseiros, pouco argilosos, com excelente capacidade produtiva; a seção média é constituída de uma sequência de siltitos com fraca produtividade; a seção inferior com arenitos fino a grosseiro, matriz argilosa. 7.3 MEIO BIÓTICO VEGETAÇÃO O fator condicionante do clima do Maranhão é responsável pela distinção entre algumas áreas de vegetação: ao noroeste há a presença da Floresta Amazônica ou Hiléia Brasileira, sendo esta região também conhecida como Amazônia Maranhense; nas regiões de clima caracterizado como tropical predomina o ceifado, ao sul do território estadual; no litoral, há a presença do mangue; ao leste, numa zona de transição entre o cerrado e a floresta equatorial, há a Mata dos Cocais, de vegetação relativamente homogênea, onde predomina o habaçu (Orhignya martiana), de grande importância econômica para o Estado. A vegetação do município de Pedreiras é diversa, apresentando características do bioma cerrado com diversas fitofisionomias, entremeadas por babaçuais. Esta região devida sua geomorfologia característica, propicia o desenvolvimento da flora cyperiana. O Município de Pedreiras abriga uma diversidade de biomas e formações vegetacionais que inclui, regiões de cerrado, região de cerradões, mata de galerias ou ciliares, carrasco ou matas secas, vegetação higrófila, vegetação de pequeno porte e áreas de transição entre esses ecótonos. 34 O cerrado, que se estende por cerca de 44 mil km² do Estado do Maranhão, é encontrado aproximadamente na área compreendida à oeste do meridiano (-44° W), seguindo à margem esquerda do Rio Parnaíba, e o paralelo -6° 8 (IBGE, 1977). O ceifado apresenta-se nos altos platôs da bacia do Piaui-Maranhão e nas áreas dissecadas. As espécies dominantes são: Pau- terra, Sambaíba, Murici, Faveiro de bolota, Pequi, Bacuri etc. Nas florestas de galeria, aparecem o Buriti o Babaçu. Nos baixos platôs e áreas dissecadas da região aparece a floresta decidual onde as espécies dominantes são: a Caneleira, a Craíbas, o pau d’arco, a imbaúba, a copaíba, a faveira e o babaçu. A palmeira babaçu apresenta a sua principal área de ocorrência nas faixas de transição limítrofes da floresta latifoliada equatorial. FAUNA LOCAL Os principais representantes da fauna local da área do empreendimento são: 1) Répteis: camaleão, calango, teiú e cobra verde; 2) Aves: Bem-te-vi, anum, rolinhas, casaca de couro, bigode e papa sebo; 3) Insetos: Abelhas, Morimbondos, Carapanã e Muruin (Tabela 7.3.4) NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO Abelha Apis meilifera Anum Guira guira Bem-te-vi Pitangus sulphuratus Bigode Melocichla mentalis Calango Tropidurus itambere Camaleão Marvel comics Carapanã Anopheles sp. Cobra verde Philodryas olfersii. Muruin Culicoides paraensis. Papa sebo Mimus satarninus Rolinhas Columbina talpacoti Teiú Tupinambisteguixin Tabela 7.3.4 - Espécies Representantes da Fauna Local - FONTE: Pesquisa de campo 7.4 - MEIO ANTRÓPICO LOCALIZAÇÃO O Estado do Maranhão situa-se na Região Nordeste do Brasil entre as coordenadas de 01°01’ a 10º21 lat. S e 41°48’ a 48°40’ long. W. Abrange uma área de 329.555,8 km2, limitando-se a norte com o Oceano Atlântico, a leste com o Piauí, a sul e sudoeste com o Tocantins e a noroeste com o Pará. 35 O Estado do Maranhão abrange cinco Mesorregiões Geográficas: Norte Maranhense, Oeste Maranhense, Centro Maranhense, Leste Maranhense e Sul Maranhense que se encontram subdivididas em 21 Microrregiões Geográficas (Fig.7.4.3). Fig. 7.4.3 Posição Geográfica de Pedreiras – MA / IBGE@CIDADES Localizada na Micro Região do Médio Mearim no estado do Maranhão, conforme mapa abaixo: 36 A microrregião do Médio Mearim é uma das microrregiões do estado brasileiro do Maranhão pertencente à mesorregião Centro Maranhense. Sua população foi estimada em 2010 pelo IBGE em 679.988 habitantes e está dividida em vinte municípiossendo Bacabal (capital do médio Mearim) a maior cidade dessa região. Possui uma área total de 10.705,261 km². São os seguintes Municípios que compõe a Microrregião do Médio Mearim: • Bacabal • Bernardo do Mearim • Bom Lugar • Esperantinópolis • Igarapé Grande • Lago do Junco • Lago dos Rodrigues • Lago Verde • Lima Campos • Olho d'Água das Cunhãs • Pedreiras • Pio XII • Poção de Pedras • Santo Antônio dos Lopes • São Luís Gonzaga do Maranhão • São Mateus do Maranhão http://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil http://pt.wikipedia.org/wiki/Maranh%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Mesorregi%C3%A3o_do_Centro_Maranhense http://pt.wikipedia.org/wiki/2010 http://pt.wikipedia.org/wiki/IBGE http://pt.wikipedia.org/wiki/Munic%C3%ADpio http://pt.wikipedia.org/wiki/Bacabal http://pt.wikipedia.org/wiki/Km%C2%B2 http://pt.wikipedia.org/wiki/Bacabal http://pt.wikipedia.org/wiki/Bernardo_do_Mearim http://pt.wikipedia.org/wiki/Bom_Lugar http://pt.wikipedia.org/wiki/Esperantin%C3%B3polis http://pt.wikipedia.org/wiki/Igarap%C3%A9_Grande http://pt.wikipedia.org/wiki/Lago_do_Junco http://pt.wikipedia.org/wiki/Lago_dos_Rodrigues http://pt.wikipedia.org/wiki/Lago_Verde http://pt.wikipedia.org/wiki/Lima_Campos http://pt.wikipedia.org/wiki/Olho_d'%C3%81gua_das_Cunh%C3%A3s http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedreiras_(Maranh%C3%A3o) http://pt.wikipedia.org/wiki/Pio_XII_(Maranh%C3%A3o) http://pt.wikipedia.org/wiki/Po%C3%A7%C3%A3o_de_Pedras http://pt.wikipedia.org/wiki/Santo_Ant%C3%B4nio_dos_Lopes http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Lu%C3%ADs_Gonzaga_do_Maranh%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Mateus_do_Maranh%C3%A3o 37 • São Raimundo do Doca Bezerra • São Roberto • Satubinha • Trizidela do Vale Histórico de Pedreira O território de Pedreiras já era habitado pelos cidadãos Cel. Joaquim Pinto Saldanha, João Emiliano da Luz e José Carlos de Almeida Saldanha, no local onde hoje está situada a cidade, fixaram suas residências. Fizeram-se acompanhar por nacionais e escravos e exerciam suas atividades comerciais e industriais-agrícola. Atendendo ao desenvolvimento em geral, passou a localidade a denominar-se “Povoação”. Atribui-se que o nome de Pedreiras é oriúndo do grande bloco de pedras existentes na margem esquerda do Rio Mearim, distante da cidade aproximadamente três quilômetros. O aludido bloco é tido como objeto de turismo, pois a ele ocorrem muitas pessoas, especialmente estudantes, na época das férias, onde costumam realizar pequeniques e folguedos. Formação Administrativa Elevado à categoria de vila e distrito com a denominação de Pedreiras, pela lei provincial nº 1453, de 04-03-1889, desmembrado de São Luiz Gonzaga. Sede na atual vila de Pedreiras. Instalado em 19-04-1890. Pela lei municipal nº 15, de 06-01-1896, é criado o distrito de Pau d`Arco e anexado a vila de Pedreiras. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 2 distritos: Pedreira e Pau d`Arco. Elevado à condição de cidade com a denominação de Pedreiras, pela lei estadual nº 947, de 27-04-1920. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município aparece constituído do distrito sede. Não figurando o distrito de Pau d`Arco, por ter sido criado e não instalado. Assim permanecendo em divisões territoriais datada de 31-XII-1936 e 31-XII-1937. Pela lei estadual nº 269, de 31-12-1948, foram criados os distritos de Igarapé Grande, Marianópolis e Ôlho d`Água Grande e anexados ao município de Pedreiras. Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 4 distritos: Pedreiras, Igarapé Grande, Marianópolis e Olho d`Água Grande. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960. http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Raimundo_do_Doca_Bezerra http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Roberto http://pt.wikipedia.org/wiki/Satubinha http://pt.wikipedia.org/wiki/Trizidela_do_Vale 38 Pela lei estadual nº 2179, de 30-12-1961, desmembra do município de Pedreiras o distrito de Ôlho d`Água, para constituir o novo município de Santo Antônio dos Lopes. Pela lei estadual nº 2184, de 30-12-1961, desmembra do município de Pedreiras o distrito de Igarapé Grande. Elevado à categoria de município. Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 2 distritos: Pedreira e Marianópolis. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007. Fotos 7.4.1 - Prefeitura Municipal da Cidade de Pedreiras – MA Fotos 7.4.2 – Ponte sobre o Rio Mearim na Cidade de Pedreiras – MA 39 Fotos 7.4.3 – Igreja \Matriz da Cidade de Pedreiras – MA 40 Fotos 7.4.3 – Busto em homenagem ao Grande Cantor e Poeta JOÃO DO VALE na praça na Cidade de Pedreiras – MA POPULAÇÃO O Maranhão possui 217 municípios distribuídos em uma área de 331.983,293 km²,[³] sendo o oitavo maior estado do Brasil, um pouco menor que a Alemanha. Sua população estimada em 2007 é de 6.118.995 habitantes,[³] sendo o décimo estado mais populoso do país, com população superior à da Jordânia. Cerca de 70% dos maranhenses vivem em áreas urbanas[4]. O Maranhão possui 18,43 habitantes por km², sendo o décimo sexto na lista de estados brasileiros por densidade demográfica (Tabela 7.4.2). Cidades mais populosas do Maranhão: CIDADES MAIS POPULOSAS DO MARANHÃO Posição Cidade Microrregião População Posição Cidade Microrregião População 01 São Luís São Luís 997.098 11 Balsas Balsas 83.617 02 Imperatriz Imperatriz 236.691 12 Barra do Corda Alto Mearim 81.329 03 Timon Caxias 150.635 13 Pinheiro Baixada Maranhense 77.182 04 Caxias Caxias 148.072 14 Santa Luzia Pindaré 71.455 05 São José de Ribamar São Luís 139.473 15 Chapadinha Chapadinha 70.537 06 Codó Codó 121.937 16 Buriticupu Pindaré 64.685 07 Paço do Lumiar São Luís 103.958 17 Coroatá Codó 63.081 08 Açailândia Imperatriz 101.130 18 Itapecuru- mirim Itapecuru- mirim 56.810 41 09 Bacabal Médio Mearim 98.489 19 Grajaú Alto Médio Grajaú 56.633 10 Santa Inez Pindaré 85.701 20 Barreirinhas Lenções Maranhenses 50.354 Tabela 7.4.2 Cidades mais Populosas do maranhão Fonte: IBGE, estimativa populacional 2009[²] Observando a tendência da População Economicamente Ativa (PEA) dos últimos 10 anos medidos pelos indicadores de renda, pobreza e desigualdade econômica do Município de Pedreiras de 1991 a 2000, a renda per capita média cresceu 44,14%, passando de R$ 72,15 em 1991 para R$ 104,00 em 2000. A pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a RS 75,50, equivalente à metade do salário mínimo vigente em agosto de 2000) diminuiu 11,74%, passando de 75,8% em 1991 para 66,9% em 2000. A desigualdade cresceu passando de 0,53 em 1991 para 0,62 em 2000, dados observados pelo Índice de Gini, que mede o grau de distribuição da renda entre os indivíduos em uma economia. Seu valor que varia de O, quando não há desigualdade a 1, quando a desigualdade é máxima. 8.1 – GENERALIDADES Segundo a Resolução 001/86 — CONAMA impacto ambiental é considerado como qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos recursos ambientais. Para que estes impactos sejam identificados e para tanto amenizados ou potencializados se faz necessário um Avaliação de Impacto Ambiental (AIA). Segundo MOREIRA (1990) o AIA é um instrumento de política ambiental, formada por um conjunto de procedimentos capaz de assegurar, desde o início do processo, que se faça um exame sistemático dos impactos ambientais de uma ação proposta
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