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e- Te c Br as il – A ss oc ia ti vi sm o e Co op er at iv is m oAdriana Ventola Marra Au la 1 Adriana Ventola Marra Agronegócio brasileiro 7 Au la 1 – A gr on eg óc io b ra si le iro Meta Apresentar os conceitos básicos do agronegócio e suas principais características. Objetivos Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: 1. identificar formas de cooperação na sociedade; 2. conceituar agronegócio e identificar suas fases, diferenciando-o de cadeia produtiva; 3. reconhecer a importância do agronegócio para a economia brasileira. 7 Au la 1 – A gr on eg óc io b ra si le iro O produtor rural brasileiro A imagem que temos do produtor rural brasileiro é, provavelmente, a de uma participação fraca perante o mercado. Isso ocorre devido a situações comuns no mercado agropecuário brasileiro, em que poucas empresas detêm o controle da maior parcela de mercado – OLIGOPÓLIOS –, e por existir um número muito pequeno de compradores para essa produção – OLIGOPSÔNIOS. Sendo assim, o produtor não tem como negociar preços com grandes empresas, como, por exemplo, a New Holland, a Monsanto, a Manah e a Novartis, nem com a agroindústria (Sadia, Cargill, Perdigão, Nestlé, entre outras), ficando muitas vezes nas mãos de atravessadores (intermediários que compram os produtos a um preço bem mais baixo do que o de mercado e revendem com uma boa margem de lucro). OLIGOPÓLIOS Trata-se de um mercado em que existem muitos compradores e alguns grandes vendedores/ produtores. Exemplo: Com poucas indústrias fabricantes de máquinas agrícolas, o produtor rural tem que se submeter aos preços estabelecidos por elas. OLIGOPSÔNIOS Trata-se de um mercado em que existem muitos vendedores/produtores e alguns grandes compradores. Exemplo: numa determinada região, todos os produtores de fruta contam apenas com a indústria alimentícia dali para vender a produção. 8 e- Te c- Br as il – A ss oc ia ti vi sm o e Co op er at iv is m o 9 Au la 1 – A gr on eg óc io b ra si le iro Nesta disciplina, veremos alguns conceitos importantes para compreender o agronegócio no Brasil, começando pelo associativismo. Vamos lá! O que fazer então para mudar essa situação? Seguindo o velho ditado de que “a união faz a força”, a melhor saída para o produtor é associar-se. Nesse caso, as cooperativas agropecuárias e as associações de produtores têm o papel de fortalecer os seus associados, ao comprar os insumos mais baratos (reduzindo os custos de produção), processar os produtos (criando marcas e agregando valor) e vender coletivamente a produção (obtendo um valor maior para os produtos e conseqüente majoração da renda dos associados). Assim, conseguem eliminar parte dos atravessadores e têm maior poder de barganha com os fornecedores e a indústria. Como se dá esse processo? Como cooperar? 8 e- Te c- Br as il – A ss oc ia ti vi sm o e Co op er at iv is m o 9 Au la 1 – A gr on eg óc io b ra si le iro Multimídia Raul Marinho publicou na revista Você S/A, de 30.4.2008, um texto muito interessante sobre a cooperação entre os animais. Veja, a seguir, um trecho da reportagem. Para lê-lo na íntegra, acesse o link: http://vocesa. abril.com.br/aberto/colunistas/pgart_07_26112002_4193.shl Lições do formigueiro Tanto entre os animais quanto entre os homens, a cooperação parece ser o fator chave do sucesso. Golfinhos formam grupos para encurralar cardumes de peixes com resultados muito melhores que durante a caça individual. Chimpanzés formam bandos de mais de cem indivíduos que os protegem contra predadores e bandos rivais. A humanidade forma grupos de trabalho há milhares de anos. Formas de cooperação A todo momento, nossos comportamentos e nossas atitudes são estimulados para uma constante competição. A concorrência em diversos campos da sociedade e do trabalho, principalmente, torna-se cada vez mais comum no cotidiano, o que nos causa a sensação de que o sucesso do seu negócio depende do fracasso dos outros. O associativismo é uma forma de cooperação muito antiga, utilizada desde o início da vida na Terra, tanto pela humanidade como por outros seres vivos (formigas, abelhas, golfinhos etc.), nos quais a forma individualizada se tornava difícil para a solução de problemas. Multimídia 10 e- Te c- Br as il – A ss oc ia ti vi sm o e Co op er at iv is m o 11 Au la 1 – A gr on eg óc io b ra si le iro Henry Ford revolucionou a indústria com o conceito de linha de montagem, que nada mais é do que uma nova forma de organizar a cooperação humana. Mas como convencer cada indivíduo a atuar cooperativamente como parte de um grupo? Por mais que o desempenho cooperativo de um grupo seja a opção mais interessante para a coletividade, os mecanismos do individualismo, da deserção e da trapaça tendem a trazer benefícios ainda maiores para cada indivíduo em particular. A cooperação no trabalho entre produtores rurais significa a ampliação da sobrevivência econômica. Aumentam-se a renda, a capacidade de aprendizado de formas solidárias e agroecológicas de trabalhar a terra, a possibilidade de dinamizar formas e redes de convivência social, para obter melhorias de infra-estrutura na comunidade e, conseqüentemente, tem-se melhores condições de vida. É importante notar que cooperação e cooperativa/associação são processos sociais distintos. A cooperação pode ser informal e passageira, como a ajuda para desencalhar um carro, o mutirão para construir a laje de uma casa; ou mais duradoura e organizada, como as associações, que são grupos formalmente constituídos e podem evoluir para uma sociedade, em que direitos e deveres de seus associados ficam legalmente definidos. Cite dois ou mais exemplos de formas de cooperação que você identifica em sua cidade ou bairro, relacionando-os com os conceitos apresentados nesta aula. Atenção! Atende ao Objetivo 1Atividade 1 10 e- Te c- Br as il – A ss oc ia ti vi sm o e Co op er at iv is m o 11 Au la 1 – A gr on eg óc io b ra si le iro Explicativo Resumo histórico e principais conceitos do agronegócio Durante o Ensino Fundamental, você provavelmente estudou em História que, após o descobrimento do Brasil, as primeiras atividades agrícolas que aqui se realizaram foram as culturas de exportação, como a cana-de-açúcar, seguida pela pecuária extensiva, passando pelos ciclos do ouro, para chegar à exploração do café. Pecuária extensiva Fonte: http://www.sxc.hu/photo/826169 Dentre as especificações da pecuária, existem dois tipos básicos em relação ao espaço em que ela acontece: intensiva e extensiva. Na pecuária intensiva, os animais (o gado, por exemplo) permanecem em pequenos espaços fechados e recebem alimentação com determinados tipos de ração. O produto final, a carne produzida, apresenta boa qualidade para o consumo porque foi controlado para obter esse resultado. Já no caso da pecuária extensiva, na qual os animais são criados soltos e alimentam-se basicamente de capim ou grama, o resultado final da produção é pior. A carne é mais dura, já que a musculatura dos animais ficou mais rígida. M ic ha el R in g 12 e- Te c- Br as il – A ss oc ia ti vi sm o eCo op er at iv is m o 13 Au la 1 – A gr on eg óc io b ra si le iro A lavoura canavieira instalada no Brasil sempre esteve associada a um processo manufatureiro, ou seja, a transformação da cana em açúcar se dava na própria fazenda. Essa atividade se mantinha sob o controle do proprietário (senhor feudal). Desta forma, foram constituídos os engenhos. As operações relacionadas com cultivo, processamento da produção, armazenamento e comercialização de alimentos eram função exclusiva da fazenda. Nessa época (final do século XIX), a fazenda tradicional não só plantava e criava, mas também produzia localmente os meios de transporte (carroças e carros de boi) e as suas ferramentas (enxada, foice), fertilizantes e outros itens necessários à fabricação de diversos produtos. Já no início do século XX, as mudanças provocadas pelo processo de desenvol- vimento econômico e a URBANIZAÇÃO das cidades, combinadas com o avanço tecnológico, estreitaram as funções da fazenda. Esta deixa de ser apenas de PRODUÇÃO DE SUBSISTÊNCIA para ser de produção com fins comerciais – os agricultores consomem cada vez menos o que produzem, dedicando-se apenas à parte da produção e criação. As demais atividades agropecuárias começaram a se industrializar e aos poucos passaram a ser entendidas como um conjunto de atividades econômicas que incluíam a terra como meio de produção, iniciando a formação de empresas voltadas para o AGRONEGÓCIO. Fonte: http://www.sxc.hu/photo/675079 PRODUÇÃO DE SUBSISTÊNCIA Modo de produção em que o produtor rural destina suas atividades produtivas para o seu sustento e o de sua família. AGRONEGÓCIO Conjunto de atividades relacionadas a um produto de origem agropecuária. O agronegócio abrange desde a produção de insumos, a produção agrícola, pecuária e o processamento, até a distribuição e o consumo. URBANIZAÇÃO “Conjunto de técnicas e obras que permitem dotar uma cidade ou área de cidade de condições de infra- estrutura, planejamento, organização administrativa (...).” (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa) 12 e- Te c- Br as il – A ss oc ia ti vi sm o e Co op er at iv is m o 13 Au la 1 – A gr on eg óc io b ra si le iro Em meados da década de 1980, os produtores brasileiros começaram a perceber a existência de indústrias de grande porte na área agropecuária, multinacionais, milhares de pequenas empresas de serviços e pequenas indústrias que produzem de tudo, voltadas para o setor rural. Isso passa a se chamar agrobusiness, agribusiness ou complexo agroindustrial (CAI). No Brasil, o termo é traduzido para agronegócio. É importante ressaltar que o agronegócio “não está associado a nenhuma matéria- prima agropecuária ou produto final específico” (BATALHA: 1997, p.30). Trata-se de um “conjunto de atividades que concorrem para a produção de produtos agroindustriais, desde a produção de insumos até a chegada do produto final ao consumidor” (Idem, ibidem). Outro conceito importante que devemos destacar para a compreensão do agronegócio é a cadeia produtiva. Ela refere-se à integração entre os diversos elos entre produtores e instituições que participam do processo produtivo, do processamento e da comercialização de determinado produto. Lembre-se de que o produto passa por várias operações até chegar às mãos de seu usuário (consumidor). Uma cadeia produtiva pode ser segmentada da seguinte forma: a) Produção de matérias-primas Reúne as firmas que fornecem as matérias-primas iniciais para que outras empresas avancem no processo de produção do produto final (agricultura, pecuária, pesca, piscicultura etc.). b) Industrialização Representa as firmas responsáveis pela transformação das matérias-primas em produtos finais destinados ao consumidor. Este pode ser uma unidade familiar ou outra agroindústria. c) Comercialização Representa as empresas que estão em contato com o cliente final da cadeia de produção e que viabilizam o consumo e o comércio dos produtos finais (supermercados, mercearias, restaurantes, cantinas etc.). Contudo, cabe destacar que, na prática, o agronegócio e suas fases (agregados) têm o mesmo significado, sendo que essas fases são distintas: 14 e- Te c- Br as il – A ss oc ia ti vi sm o e Co op er at iv is m o 15 Au la 1 – A gr on eg óc io b ra si le iro Curiosidade • Fase 1, “antes da porteira”: setor de INSUMOS e bens de produção, que equivalem ao conjunto de atividades econômicas que ofertam produtos e serviços para a agricultura. Exemplos: adubos, vacinas, tratores, sementes, entre outros. • Fase 2, “dentro da porteira”: agricultura, setor rural, agropecuária, setor agrícola, produção agropecuária e produção agrícola, sendo responsáveis pela produção vegetal e animal. Nesse segmento, o agricultor toma as suas decisões de alocação de recursos levando em consideração, principalmente, os aspectos de “dentro da porteira”, ligados à auto-suficiência e não ao mercado e à renda. INSUMOS “Todas as despesas e investimentos que contribuem para formação de determinado resultado, mercadoria ou produto até o acabamento ou consumo final.” (Dicionário do Agrônomo, Editora Rígel, 1999) Segundo o Censo Agropecuário (2003) e a Associação Brasileira de Agribusiness (ABAG), no Brasil, cerca de 75% dos estabelecimentos rurais estão no segmento da agricultura tradicional, em que a produção centraliza-se na terra e no trabalho. • Fase 3, “depois da porteira”: processamento e distribuição, que envolvem as atividades na AGROINDÚSTRIA e nos serviços para o beneficiamento e a comercialização dos bens de consumo feitos com produtos de origem agropecuária. Fazem parte deste grupo os setores de madeira e mobiliário; indústria têxtil; artigos de vestuário; produtos de couro e calçados; produtos do café; beneficiamento de produtos vegetais; abate de animais; indústria de laticínios; fabricação de açúcar; fabricação de óleos vegetais, tortas e farelos; fabricação de produtos alimentares e bebidas. AGROINDÚSTRIA Indústria que processa alimentos de origem animal e vegetal, obtendo produtos que seguem normas de qualidade e produção. 14 e- Te c- Br as il – A ss oc ia ti vi sm o e Co op er at iv is m o 15 Au la 1 – A gr on eg óc io b ra si le iro Consumidores Industrial Varejista Institucional Processador Produtor rural Fornecedor (distribuidor) Fatores de produção Figura 1.1: Dinâmica do agronegócio. FATORES DE PRODUÇÃO O trabalho, o capital (máquinas, equipamentos, ferramentas etc.), os recursos naturais e a tecnologia utilizados na produção de um bem ou serviço. FORNECEDORES Empresas que fornecem os insumos necessários para a produção agropecuária: sementes, calcário, fertilizantes, rações, defensivos, produtos veterinários, máquinas e implementos, combustível, energia, entre outros. As atividades no agronegócio se iniciam com a organização dos FATORES DE PRODUÇÃO que são trabalhados pelos fornecedores de insumos. Os FORNE- CEDORES distribuem os insumos necessários à produção agropecuária. Esta é processada pela agroindústria (processador). Dos processadores, essas mercadorias são repassadas a outras indústrias (como matérias-primas) ou a empresas varejistas (aquelas que vendem pequenas quantidades diretamente aos consumidores finais) ousetores institucionais (empresas governamentais, hospitais e outras instituições). Visualizaremos melhor como funciona a dinâmica do agronegócio por meio do esquema da Figura 1.1: 16 e- Te c- Br as il – A ss oc ia ti vi sm o e Co op er at iv is m o 17 Au la 1 – A gr on eg óc io b ra si le iro Atende ao Objetivo 2Atividade 3 Atende ao Objetivo 2Atividade 2 Sendo assim, podemos perceber que os agentes fornecedores de insumos e fatores de produção, os produtores, os armazenadores, os processadores e os distribuidores, além dos prestadores de serviço, têm a função de gerar alimentos e conduzi-los ao consumidor final. Correlacione as colunas identificando as fases do agronegócio: a. “Antes da porteira” ( ) fabricante de máquinas agrícolas b. “Dentro da porteira” ( ) fábrica de laticínios c. “Depois da porteira” ( ) produtor de leite ( ) supermercado ( ) fabricante de medicamentos veterinários ( ) produtor de milho Pesquise na Secretaria Municipal de Agricultura da sua cidade ou no sindicato dos produtores rurais qual é a atividade agrícola mais importante de sua região. Depois identifique três empresas (ou mais) que façam parte da cadeia produtiva dessa atividade. 16 e- Te c- Br as il – A ss oc ia ti vi sm o e Co op er at iv is m o 17 Au la 1 – A gr on eg óc io b ra si le iro Multimídia Importância do agronegócio no Brasil Segundo dados de pesquisas do Ministério da Agricultura (2007), disponíveis no site oficial na seção “Estatísticas”, o agronegócio brasileiro é responsável por 33% do PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), 42% das exportações totais e 37% dos empregos brasileiros. Em 2003, as vendas externas de produtos agropecuários renderam ao Brasil US$ 36 bilhões, com SUPERÁVIT de US$ 25,8 bilhões, empregando mais de 17,7 milhões de trabalhadores no meio rural. PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) Medida de tudo aquilo que é produzido em um país durante um determinado período. No Brasil, o cálculo é feito em reais, pois essa é a única forma de somar bens (carros, toneladas de trigo etc.) e serviços (o produto gerado em escolas, bancos, comércio, hospitais etc.). SUPERÁVIT É o excedente que resulta da previsão orçamentária que obteve mais ganhos do que gastos. O orçamento, nesse caso, é chamado de superavitário. Se você quiser aprofundar este e outros assuntos relacionados à agricultura no Brasil, acesse o site www.agricultura.gov.br/internacional, no link “Publicações”. Entre 2000 e 2006, as exportações no Brasil do agronegócio apresentaram um crescimento acumulado de 140% e passaram de US$ 20,6 bilhões para US$ 49,4 bilhões, desempenho que contrasta com o verificado entre 1990 e 2000, quando o crescimento acumulado foi de 60%. No período de 2001 a 2005, enquanto a média anual de crescimento das exportações brasileiras de produtos do agronegócio foi de 17,8%, a média anual de expansão do comércio mundial foi de 9,9%. Em 2005, a participação brasileira nas importações mundiais de produtos do agronegócio chegou a 5,7%. No cenário mundial, o Brasil ocupa posição de destaque com diversos itens, sendo o primeiro produtor e exportador de café, açúcar, álcool e sucos de frutas. Além disso, lidera o ranking das vendas externas de soja, carne bovina, carne de frango, tabaco, couro e calçados de couro. Os principais destinos dos produtos brasileiros do agronegócio são União Européia, Estados Unidos, China, Rússia, Japão, Irã, Argentina, Hong Kong, Arábia, Egito, Emirados Árabes, Venezuela, Coréia do Sul, Canadá, Tailândia, Malásia, África do Sul, Nigéria, Argélia, Chile, Suíça, Indonésia, Angola, Iêmen, Marrocos, México, Romênia, Bangladesh, Taiwan e Uruguai. 18 e- Te c- Br as il – A ss oc ia ti vi sm o e Co op er at iv is m o 19 Au la 1 – A gr on eg óc io b ra si le iro Multimídia A Figura 1.2 mostra a situação do PIB do agronegócio brasileiro de acordo com as suas fases: Fonte: ABAG (2003)Figura 1.2: PIB do agronegócio brasileiro (participação por segmentos). Como mostra a Figura 1.2, praticamente 64% do PIB do agronegócio brasileiro são gerados a partir de atividades da Fase 3 (“depois da porteira”), envolvendo a distribuição e o processamento da produção. Exemplo: transformação da soja em óleo de soja. Acesse o site http://www.abag.com.br/, da Associação Brasileira de Agribusiness. Lá, você encontrará muitas informações interessantes sobre agronegócio. Insumos agropecuários 6,42% Agropecuária 30,35% Indústria 30,80% Distribuição 32,44% 18 e- Te c- Br as il – A ss oc ia ti vi sm o e Co op er at iv is m o 19 Au la 1 – A gr on eg óc io b ra si le iroAtende ao Objetivo 3Atividade 4 Você deve estar se perguntando: Onde o agronegócio brasileiro é mais atuante? Escreva um pequeno texto, descrevendo a fase mais importante do agronegócio brasileiro, apontando os principais motivos da sua escolha. Nesta aula, vimos os conceitos básicos do agronegócio e a sua importância para a economia brasileira e mundial. Destacamos que o pequeno produtor rural só fará parte desse quadro, caso se una com outros produtores por meio de cooperativas ou associações. Vimos também que: • O associativismo é uma forma de cooperação muito antiga, utilizada desde o início da vida na Terra, tanto pela humanidade como por outros seres vivos em momentos nos quais a forma individualizada se tornava difícil para a solução de problemas. • O agronegócio é a reunião de todas as atividades produtivas ligadas ao setor rural. É dividido em três fases: “antes da porteira”, “dentro da porteira” e “depois da porteira”. • O ponto forte do agronegócio brasileiro está na agroindústria e no setor de distribuição, pois são setores mais organizados e agregam maior valor ao produto. Resumindo... 20 e- Te c- Br as il – A ss oc ia ti vi sm o e Co op er at iv is m o 21 Au la 1 – A gr on eg óc io b ra si le iro Respostas das Atividades Informações sobre a próxima aula Na próxima aula, você verá como surgiu o cooperativismo no Brasil e no mundo, seus principais pensadores e os fatos mais importantes dessa história. Atividade 1 Você poderia ter indicado diversos tipos de atividades em que as pessoas utilizam a cooperação para atingir seus objetivos. São elas: exigir seus direitos por meio de uma associação de moradores e de sindicatos ou simplesmente se unir para ir ao trabalho, fazer um mutirão para reformar uma casa. Se essas pessoas agissem de forma individual, dificilmente conseguiriam atingir seus objetivos. Atividade 2 Todas as empresas que estão fornecendo insumos para a agropecuária fazem parte do segmento “antes da porteira”. A produção de leite e milho inclui-se no segmento “dentro da porteira”, pois refere-se à produção agropecuária em si. O supermercado e a fábrica de laticínios desenvolvem atividades de comercialização e processamento; por esse motivo pertencem à categoria “depois da porteira”. Atividade 3 Você poderia ter indicado uma variedade grande de produtos. Se identificou como produto mais importante o leite, por exemplo, você poderia ter constatado que as empresas que fazem parte da cadeia produtiva podem se constituir de fornecedores de ração para o gado, ser a agroindústria que transforma o produto,o produtor de milho que vende o produto para a fábrica de ração, a loja de produtos agropecuários que vende os medicamentos para o gado, entre outros. Atividade 4 Podemos concluir que o ponto forte do agronegócio brasileiro está na agroindústria e no setor de distribuição, pois são setores mais organizados e agregam maior valor ao produto. Se, de um lado, a lavoura e a pecuária aumentaram quantitativamente sua produção, de outro os preços dos produtos agropecuários vêm caindo ao longo dos anos. Entre outros aspectos da sua importância para o país, o agronegócio brasileiro, como já dissemos, é responsável por 33% do Produto Interno Bruto (PIB), 42% das exportações totais e 37% dos empregos brasileiros. 20 e- Te c- Br as il – A ss oc ia ti vi sm o e Co op er at iv is m o 21 Au la 1 – A gr on eg óc io b ra si le iro Referências bibliográficas ANDRADE, José Geraldo de. Introdução à administração rural – textos acadêmicos. Lavras: UFLA/FAEPE, 2001. ARAÚJO, Massilon J. Fundamentos de agronegócios. São Paulo: Atlas, 2005. pp. 13-30 e pp. 113-221. Gestão agroindustrial: GEPAI: Grupo de Estudos e Pesquisas Agroindustriais/ Coordenador Mário Otávio Batalha. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001. v. 1. HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, Ed. Objetiva, 2001.
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