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Seguimento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos II
2
Conceitos 3
Câncer 3
Ciclo celular 4
Classificação primária 5
Princípios da terapia antineoplásica 6
Agentes alquilantes 7
Mostardas nitrogenadas 8
Alquilsulfonas 10
Nitrosureias 10
Triazenos 11
Outros agentes alquilantes 12
Compostos de platina 12
Agentes intercaladores 15
Antraciclinas 15
Antimetabólitos 17
Análogos do ácido fólico 17
Análogos das pirimidinas 18
Análogos das purinas 20
Agentes antimicrotúbulos 21
Alcaloides da vinca 22
Taxanos 23
Inibidores da topoisomerase 24
Inibidores da topoisomerase I (análogos da camptotensina) 26
Inibidores da topoisomerase II 27
Referências bibliográficas 29
SUMÁRIO
Seguimento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos II
3
CONCEITOS
Câncer
Pode-se definir o câncer como:
[...] um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células 
(malignidade), que invadem tecidos e órgãos. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito 
agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores malignos, que podem espalhar-se para 
outras regiões do corpo (metástase). Os tumores podem ter início em diferentes tipos de células. Quando 
começam em tecidos epiteliais, como pele ou mucosas, são denominados carcinomas. Se o ponto de partida 
são os tecidos conjuntivos, como osso, músculo ou cartilagem, são chamados sarcomas (INCA, 2009).
De acordo com o Ministério da Saúde (2001), estes tumores podem ser divididos em tumores benignos e 
tumores malignos. Os tumores benignos apresentam crescimento celular lento e expansivo, formando uma 
pseudocápsula. Suas células, que reproduzem o aspecto das células do tecido que lhes deu origem, são 
denominadas bem diferenciadas. Entre suas características, podemos citar:
- Não produzem antígenos.
- Mitoses são raras (quanto mais diferenciado for o tumor, menor será o número de mitoses observadas e 
menor será a agressividade do mesmo).
- Não apresentam necrose.
- Não possuem capacidade de produzir metástases.
Nos tumores malignos, o crescimento celular geralmente é rápido, desordenado e infiltrativo, sem a 
formação da pseudocápsula. Suas células são pouco diferenciadas (menos semelhantes com as células que 
as originaram) e produzem antígenos. Estas são as razões da maior capacidade de diagnóstico precoce. 
Apresentam figuras mitóticas diversas e anormais, necrose celular devido à vasta vascularização irregular e 
capacidade de produzir metástases.
Quadro 1 - Principais características dos tumores benignos e maligno Fonte: adaptado de Ministério da Saúde (2001).
Seguimento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos II
4
Figura 1 - Diferença entre células benignas e malignas. Fonte: Silva (2003).
Ciclo celular 
Figura 2 - Ciclo celular. Fonte: O controle (2009).
 O ciclo celular é composto de quatro fases e dois pontos de checagem, basicamente. A fase G0 não 
participa do ciclo, pois é o momento em que a célula não está em divisão (fase quiescente). O ciclo se inicia 
pela fase G1 (Gap 1 = interface), onde a célula aumenta de tamanho e prepara-se para copiar seu DNA. A 
cópia ocorre na fase seguinte, chamada de S (síntese), e permite que a célula duplique precisamente seus 
cromossomos. A seguir inicia-se a fase G2 (Gap 2), que é a preparação para a fase M (mitose), na qual a 
célula-mãe finalmente divide-se ao meio para produzir duas células-filhas idênticas com igual número de 
cromossomos. Estas células-filhas entram na fase G1 e podem reiniciar o ciclo celular (RIVOIRE et al. 2001).
Seguimento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos II
5
 Anomalias no ciclo celular podem dar origem a células cancerosas. Existem alternativas fisiológicas para 
evitar, temporariamente ou definitivamente, processos anômalos que podem levar ao câncer, denominados 
“pontos de checagem”. Os pontos de checagem são proteínas inibidoras (p15, p16, CDK, ciclinas, p21, 
p53) que podem parar o avanço do ciclo celular, bloqueando os componentes essenciais para a progressão 
deste ciclo quando este for identificado como um ciclo carcinogênico. Seguindo este raciocínio, entende-se 
que o desenvolvimento das células tumorais implica em escape ao perfeito funcionamento dos pontos de 
checagem, inativando a apoptose celular e produzindo ciclos carcinogênicos infinitos (RIVOIRE et al., 2001).
A ação dos fármacos no ciclo celular pode ser agente ciclo específico ou agente ciclo não específico: 
Quadro 2 - Agente ciclo específico e agente ciclo não específico
Fonte: adaptado de CRF-SP (2014).
Figura 3 - Atividade dos agentes quimioterápicos antineoplásicos em relação à fase do ciclo celular. Fonte: Almeida et al. (2005).
Classificação primária
Carcinomas: originam-se de células que revestem o corpo (pele) ou que constituem uma série de 
revestimentos internos (boca, esôfago, estômago, intestino, bexiga, útero e ovários) ou ainda revestimentos 
de dutos (mamários, próstata e pâncreas). Este tipo é considerado o mais comum.
Seguimento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos II
6
Sarcomas: originam-se de tecidos de suporte, como ossos, tecido gorduroso, músculo e tecido fibroso de 
reforço.
Linfomas: originam-se de linfócitos. São encontradas particularmente em glândulas linfáticas e sangue. Os 
linfomas são divididos em Hodgkin e não-Hodgkin.
Leucemia: originada na medula óssea, é um conjunto de neoplasias que atinge as células sanguíneas. 
Mielomas: malignidades nas células plasmáticas da medula óssea que produzem os anticorpos.
Tumores das células germinativas: originam-se a partir de células dos testículos ou dos ovários responsáveis 
pela produção de esperma e óvulos.
Melanomas: originam-se dos melanócitos responsáveis pela produção de pigmentação da pele.
Gliomas: originam-se a partir de células do tecido de suporte cerebral ou da medula espinhal. Raramente 
ocorre metástase.
Neuroblastomas: originam-se de células malignas embrionárias advindas de células neuronais primordiais, 
desde gânglios simpáticos até a medula adrenal e outros pontos. É um tipo de tumor geralmente pediátrico 
(ALMEIDA et al. 2005; SILVA, 2003).
Princípios da terapia antineoplásica 
Terapia curativa: com intenção de controle completo do tumor, cura.
Terapia paliativa: sem intenção curativa, visa melhorar a qualidade de sobrevida do paciente.
Terapia neoadjuvante: tratamento prévio à cirurgia, visando erradicar micrometástases. Melhora o 
resultado do tratamento local, o que aumenta a chance de cura.
Terapia adjuvante: tratamento após à cirurgia curativa com o objetivo de eliminar celular cancerosas 
residuais, diminuindo a possibilidade de metástases (NICOLUSSI; SAWADA, 2011).
Quadro 3 - Agentes antineoplásicos
Fonte: adaptado de CRF-SP (2014).
Seguimento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos II
7
AGENTES ALQUILANTES
São considerados ciclo celular não específicos (CCNS) por exercerem sua ação antineoplásica nas diferentes 
fases do ciclo-celular, apesar de ter sido observado que as células são mais sensíveis nas fases G1 e S, 
apresentando bloqueio na fase G2 (ALMEIDA et al. 2005).
Seu mecanismo de ação basicamente é a formação de ligações covalentes cruzadas na dupla fita do DNA 
ou RNA, impedindo a separação dos filamentos, a replicação e a transcrição desse DNA/RNA, causando a 
morte celular (ALMEIDA et al., 2005).
Figura 4 - Tipos de ligações covalentes cruzadas que podem ocorrer entre 
agentes alquilantes e DNA/RNA. Fonte: Almeida et al. (2005).
Os agentes alquilantes são divididos em cinco classes (CRF-SP, 2014): 
- Mostardas nitrogenadas
- Alquilsulfonas
- Nitrosureias
- Triazenos
- Outros agentes alquilantes 
Seguimento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos II
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Mostardas nitrogenadas
Dentro desta classe temos alguns fármacos considerados seus principais representantes: ciclofosfamida, 
ifosfamida, clorambucila, melfalano. Abordaremos seus principais efeitos colaterais, indicações, potencial 
emetogênico e medicações adjuvantes para o pré e pós-tratamentodesses pacientes ao utilizar esses 
fármacos.
Ciclofosfamida (Genuxal)
Potente imunossupressor indicado no tratamento de leucemias, linfomas, neuroblastoma, carcinoma de 
ovário, câncer de mama, no preparo para transplante de medula óssea (MO), entre outros.
- Principais efeitos colaterais: imunossupressão, mielossupressão, cistite hemorrágica, anorexia, estomatite, 
colite hemorrágica, cardiotoxicidade, nefrotoxicidade, alopécia, esterilidade em tratamentos longos, risco de 
neoplasias secundárias ao tratamento. Sua via de excreção é renal, podendo causar nefrotoxicidade devido 
ao metabólito urotóxico acroleína gerado. Em caso de nefrotoxicidade comprovada, é importante avaliar o 
reajuste de dose.
- Potencial emetogênico: moderado a alto, dependendo da dose.
- Medicações adjuvantes: é necessário o uso concomitante do mesna (atua inativando a acroleína) para 
a prevenção da nefrotoxicidade causada por este fármaco. Por ser emetogênico, é indicado um antiemético 
(granisetrona, ondansetrona, dimenidrato) de moderado a potente para alívio deste sintoma. Enxaguatórios 
bucais sem álcool são usados após cada refeição e, simultaneamente, aplica-se soluções antifúngicas orais 
(nistatina) para prevenção bucal deste paciente. 
Clorambucil (Leukeran)
Indicado no tratamento de leucemia linfocítica crônica, linfomas, carcinoma de ovário, tumor de mama e 
testículo.
- Principais efeitos colaterais: imunossupressão, leucopenia, plaquetopenia, anemia, náuseas e vômitos, 
hepatotoxicidade, icterícia, estomatite, febre, convulsão, agitação, irritabilidade, tremores, fraqueza muscular, 
neuropatias, erupções cutâneas e prurido, cistite, esterilidade, possível supressão irreversível da medula 
óssea e hemólise celular. É absorvido rapidamente no trato gastrintestinal e metabolizado no fígado.
- Potencial emetogênico: baixo.
- Medicações adjuvantes: o paciente deve permanecer hidratado. Uso de antieméticos. Enxaguatórios 
bucais sem álcool são usados após cada refeição e, simultaneamente, aplica-se soluções antifúngicas orais 
(nistatina) para prevenção bucal deste paciente. Uso de antigotosos devido à alta produção de ácido úrico na 
hemólise celular (alopurinol, colchicina). Uso de anti-histamínicos orais ou intravenosos antes da aplicação da 
droga (hidroxizine, prometazina, difenidramina) juntamente a corticoides como hidrocortisona intravenosa e 
antitérmicos (dipirona, paracetamol) para auxiliar nas reações cutâneas e possíveis febres. 
Seguimento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos II
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Ifosfamida (Holoxane)
Indicado no tratamento de câncer de pulmão, linfomas, sarcomas, câncer de ovário, testículo, mama, 
leucemia linfoide aguda (LLA) (PEDROSO; OLIVEIRA, 2007).
- Principais efeitos colaterais: imunossupressão, mielossupressão, plaquetopenia, neutropenia, vômitos e 
náuseas, anorexia, diarreia ou constipação, estomatite, disfunção hepática, alucinações, psicose, depressão, 
neurotoxicidade, cardiotoxicidade, dermatites, hipotassemia grave, cistite hemorrágica, nefrotoxicidade, 
hipotonia vesical (diminuição ou perda do tônus da bexiga). Sua via de excreção é renal, podendo 
causar nefrotoxicidade devido ao metabólito urotóxico acroleína gerado. Em caso de nefrotoxicidade ou 
neurotoxicidade comprovada, é importante avaliar o reajuste de dose ou suspensão temporária da droga.
- Potencial emetogênico: médio.
- Medicações adjuvantes: é necessário o uso concomitante do mesna (atua inativando a acroleína) 
para a prevenção da nefrotoxicidade causada por este fármaco. Por ser emetogênico, é indicado um 
antiemético (granisetrona, ondansetrona, dimenidrato) de moderado a potente para alívio deste sintoma. 
A escovação dentária é importante. Enxaguatórios bucais sem álcool são usados após cada refeição e, 
simultaneamente, aplica-se soluções antifúngicas orais (nistatina) para prevenção bucal deste paciente. 
É necessário acompanhamento de potássio sérico deste paciente e reposição via oral ou via endovenosa. 
Para casos de neurotoxicidade grave pode-se utilizar o azul de metileno (1 a 2mg/kg diluído em 50ml de SF 
0,9%, EV lento). Uso de anti-histamínicos orais ou intravenosos antes da aplicação da droga (hidroxizine, 
prometazina, difenidramina) juntamente a corticoides como hidrocortisona intravenosa e antitérmicos 
(dipirona, paracetamol) para auxiliar nas reações cutâneas e possíveis febres. Uso de laxantes em caso 
de constipação (Humectol-D - bisacodil + docusato, produz menos efeitos colaterais, como cólicas) ou de 
antidiarreicos em caso de diarreia intensa (loperamida). 
Melfalano (Alkeran)
Indicado no tratamento de neuroblastoma avançado, melanoma e sarcoma malignos de partes moles, 
carcinoma de ovário e testículo.
- Principais efeitos colaterais: mielossupressão intensa, náusea e vômitos, estomatite, erupção cutânea, 
urticária, hemólise celular e raros casos de alopecia.
- Potencial emetogênico: moderado (PEDROSO; OLIVEIRA, 2007).
- Medicações adjuvantes: uso de antieméticos. Enxaguatórios bucais sem álcool são usados após 
cada refeição e, simultaneamente, aplica-se soluções antifúngicas orais (nistatina) para prevenção bucal 
deste paciente. Uso de antigotosos devido à alta produção de ácido úrico na hemólise celular (alopurinol, 
colchicina). Uso de anti-histamínicos orais ou intravenosos antes da aplicação da droga (hidroxizine, 
prometazina, difenidramina) juntamente com corticoides como hidrocortisona intravenosa e antitérmicos 
(dipirona, paracetamol) para auxiliar nas reações cutâneas e possíveis febres.
Seguimento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos II
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Alquilsulfonas
Bussulfano (Myleran)
Usado em preparo para transplantes de medula óssea, leucemia mieloide crônica (LMC), leucemias e 
linfomas refratários, tumores sólidos.
Principais efeitos colaterais: imunossupressão e mielossupressão, náuseas e vômitos, diarreia, estomatite, 
pancreatite, esofagite, anorexia, derrame do pericárdio, febre, neurotoxicidade, cistite hemorrágica, 
esterilidade, fibrose pulmonar, dispneia, rash cutânea, prurido, urticária, alopecia, efeitos semelhantes aos 
da síndrome de Addison (emagrecimento, hipotensão, hiperpigmentação), hipoglicemia, hipotassemia e 
hipomagnesemia.
- Potencial emetogênico: baixo.
- Medicações adjuvantes: o paciente deve permanecer hidratado. Uso de antieméticos. Enxaguatórios 
bucais sem álcool são usados após cada refeição e, simultaneamente, aplica-se soluções antifúngicas orais 
(nistatina) para prevenção bucal deste paciente. Uso de anti-histamínicos orais ou intravenosos antes da 
aplicação da droga (hidroxizine, prometazina, difenidramina) juntamente a corticoides como hidrocortisona 
intravenosa e antitérmicos (dipirona, paracetamol) para auxiliar nas reações cutâneas e possíveis febres. 
Necessário acompanhamento de eletrólitos (potássio, magnésio) séricos deste paciente e reposição via oral 
ou via endovenosa (cloreto de potássio cp ou ev, pindolato de magnésio flaconete, magnésio ev).
Nitrosureias
Carmustina (Becenun)
Indicação: tumores cerebrais, linfomas (2° linha de tratamento), melanoma, câncer de pulmão e colón.
- Principais efeitos colaterais: trombocitopenia grave, hepatotoxicidade, vasodilatação, rubor, hipotensão, 
taquicardia, dermatite, coloração acinzentada na pele, flebite (droga irritante), rinite, neurite óptica, 
nefrotoxicidade, fibrose pulmonar e tosse.
- Potencial emetogênico: alto (vômitos).
- Medicações adjuvantes: o paciente deve permanecer hidratado. É emetogênico de alta potência necessário 
à escolha de um antiemético (granisetrona, ondansetrona) para alívio deste sintoma. Uso de anti-histamínicos 
orais ou intravenosos antes da aplicação da droga (hidroxizine, prometazina, difenidramina) juntamente a 
corticoides como hidrocortisona intravenosa e antitérmicos (dipirona, paracetamol) para auxiliar nas reações 
cutâneas e efeitos da rinite. 
Lomustina (Citostal)
Indicação: tumor cerebral, linfomas (2° linha), câncer retal, de colón, de pulmão e melanoma.
Seguimento farmacoterapêuticode pacientes oncológicos II
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- Principais efeitos colaterais: imunossupressão, trombocitopenia, anemia, neurotoxicidade (confusão 
mental, desorientação), cegueira, náusea, vômitos, diarreia, anorexia, estomatite, hepatotoxicidade, alopecia, 
nefrotoxicidade e fibrose pulmonar.
- Potencial emetogênico: moderado.
- Medicações adjuvantes: o paciente deve permanecer hidratado. Uso de antieméticos. Enxaguatórios 
bucais sem álcool são usados após cada refeição e, simultaneamente, aplica-se soluções antifúngicas 
orais (nistatina) para prevenção bucal deste paciente. Uso de antidiarreicos em caso de diarreia intensa 
(loperamida). Necessário acompanhamento do acúmulo da droga devido ao risco de cegueira e fibrose 
pulmonar. Em caso de insuficiência renal ajusta-se a dose.
Triazenos
Dacarbazina (Fauldacar, Dacarb)
Indicação: melanoma metastático, sarcoma de tecidos moles, linfoma de Hodgkin.
- Principais efeitos colaterais: neurotoxicidade (parestesia, cefaleia, visão turva, fadiga, confusão mental), 
febre, anorexia, náuseas e vômitos, hepatotoxicidade, sintomas gripais, alopécia, rubor, reações cutâneas, 
urticária, mielossupressão e imunossupressão.
- Potencial emetogênico: alto.
- Medicações adjuvantes: uso de anti-histamínicos orais ou intravenosos antes da aplicação da droga 
(hidroxizine, prometazina, difenidramina) juntamente a corticoides como hidrocortisona intravenosa e 
antitérmicos (dipirona, paracetamol) para auxiliar nas reações cutâneas e possíveis febres. É emetogênico de 
alta potência necessário à escolha de um antiemético (granisetrona, ondansetrona) para alívio deste sintoma.
Temozolamida (Temodal)
Indicação: tumores cerebrais (glioblastoma, glioma maligno, astrocitoma recorrente).
- Principais efeitos colaterais: cefaleia, fadiga, hemiparestesia (paralisação de uma metade do corpo), 
tontura, convulsão, febre, distúrbios de coordenação, de memória e de sono, náusea e vômito, diarreia, 
constipação, dor abdominal, depressão medular, edema periférico, sinusite, faringite, ataxia (movimentos 
musculares involuntários), disfagia (dificuldade de deglutição).
- Potencial emetogênico: baixo.
- Medicações adjuvantes: uso de anti-histamínicos orais ou intravenosos antes da aplicação da droga 
(hidroxizine, prometazina, difenidramina) juntamente a corticoides como hidrocortisona intravenosa e 
antitérmicos (dipirona, paracetamol) para auxiliar nas reações cutâneas e possíveis febres. Uso de antieméticos 
Seguimento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos II
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quando necessário. Uso de laxantes em caso de constipação (humectol-D - bisacodil + docusato produz 
menos efeitos colaterais, como cólicas) ou de antidiarreicos em caso de diarreia intensa (loperamida). O uso 
de antiespasmódicos e anticolinérgicos aliviam as dores abdominais (escopolamina + dipirona).
Outros agentes alquilantes
Mitomicina (Mitocin)
Indicação: adenocarcinoma de estômago ou pâncreas, câncer de bexiga e câncer de colo retal.
- Principais efeitos colaterais: depressão medular e mielossupressão, nefrotoxicidade (em alguns casos 
irreversível), síndrome hemolítica urêmica (SHU), dispneia, tosse seca, febre, anorexia, náusea e vômito, 
cefaleia, confusão mental, edema, síncope, diarreia, dor. Droga vesicante.
- Potencial emetogênico: baixo.
- Medicações adjuvantes: uso de anti-histamínicos orais ou intravenosos antes da aplicação da droga 
(hidroxizine, prometazina, difenidramina) juntamente a corticoides como hidrocortisona intravenosa e 
antitérmicos (dipirona, paracetamol) para auxiliar nas reações cutâneas e possíveis febres. Os corticoides 
devem ser utilizados também nos pacientes que apresentem toxicidade pulmonar. Antidiarreicos em caso 
de diarreia intensa (loperamida) e uso de antiespasmódicos e anticolinérgicos aliviam as dores abdominais 
(escopolamina + dipirona). Uso de antieméticos. Enxaguatórios bucais sem álcool são usados após cada 
refeição e, simultaneamente, aplica-se soluções antifúngicas orais (nistatina) para prevenção bucal deste 
paciente. Uso de antidiarreicos em caso de diarreia intensa (loperamida). Necessário acompanhamento do 
acúmulo da droga devido ao risco de cegueira e fibrose pulmonar. Ajuste de dose, em caso de insuficiência 
renal.
COMPOSTOS DE PLATINA
Foi descoberta na década de 60 e possui alto potencial citotóxico para o tratamento do câncer. Seu 
mecanismo de ação está relacionado às diferentes ligações alquil da platina aos filamentos de DNA, ocorrendo 
ligação cruzada intrafita, onde a platina encontra-se ligada a duas bases nitrogenadas adjacentes da fita do 
DNA (60% na ligação guanina-guanina “g-g”, 20% na ligação adenina-guanina “A-G” – Figura 5, item b). 
Desta forma ocorre a inibição da síntese e inibição da formação de novas moléculas nucleicas de DNA, 
promovendo morte celular em todos os estágios do ciclo celular, portanto não é considerada ciclo-específico. 
Outras ligações menos frequentes podem ocorrer, como a interação entre duas fitas (Figura 5, item a), 
ligação cruzada (Figura 5, item C) e interação DNA e proteína (Figura 5, item d) (NEVES; VARGAS, 2011):
Seguimento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos II
13
Figura 5 - Ligação da platina ao DNA: em (a) interação entre duas fitas (1,2-interfitas); (b) interação 1,2-intrafita; 
(C) ligação cruzada 1,3-intrafita e (d) interação com DNA e proteína. Fonte: Neves e Vargas (2011).
Cisplatina (Platistine, Fauldcispla, Platiran)
Indicada para linfomas, tumores cerebrais, neuroblastomas, osteosarcomas, carcinoma de bexiga, tumor 
metastático de testículo, carcinoma de ovário, câncer de pulmão e carcinoma de células escamosas da 
cabeça e pescoço.
- Principais efeitos colaterais: trombocitopenia de leve a grave, anemia, alopecia leve, flebite, neurite óptica, 
náuseas e vômitos, anorexia, hepatotoxicidade, cardiotoxicidade, nefrotoxicidade (que pode ser agravada 
devido à interação medicamentosa com anfotericina B, furosemida e aminoglicosídeos), neurotoxicidade, 
diminuição de todos os principais eletrólitos séricos (Mg, Ca, K, P) e ototoxicidade (doses acumuladas). Droga 
irritante.
- Potencial emetogênico: depende da dose de moderada a alta.
- Medicações adjuvantes: por ser emetogênico de moderada a alta potência, é indicado um antiemético 
(metoclopramida, dimenidrato, ondansetrona, granisetrona, palonosetrona) para alívio deste sintoma. 
Introdução de eletrólitos para elevar o nível sérico, quando necessário. Pomadas como piroxican e diclofenaco 
dietilamônio podem auxiliar em caso de flebite. Colírios à base de dexametasona são extremamente 
importantes.
Carboplatina (Platamine, Fauldcarbo, Paraplatin)
Seguimento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos II
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Indicação: tumor cerebral, neuroblastoma, sarcoma, tumor de células germinativas, carcinoma de ovário, 
carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço, testículo, carcinoma de células pequenas de pulmão, bexiga, 
útero e estômago, entre outros. 
- Principais efeitos colaterais: mielossupressão e imunossupressão, neuropatia periférica, parestesia 
(sensações cutâneas subjetivas sem estímulo, como calor, frio, pressão, dor), náusea e vômito, diarreia, 
constipação, mucosite, anorexia, pneumotoxicidade, hipotensão, fraqueza, urticária, reações cutâneas, 
alopecia, hepatotoxicidade, diminuição dos eletrólitos séricos (K, Mg, Ca), hematúria e nefrotoxicidade.
- Potencial emetogênico: baixo.
- Medicações adjuvantes: uso de antieméticos. Enxaguatórios bucais sem álcool são usados após 
cada refeição e, simultaneamente, aplica-se soluções antifúngicas orais (nistatina) para prevenção bucal 
deste paciente. Uso de anti-histamínicos orais ou intravenosos antes da aplicação da droga (hidroxizine, 
prometazina, difenidramina) juntamente a corticoides como hidrocortisona intravenosa e antitérmicos 
(dipirona, paracetamol) para auxiliar nas reações cutâneas e possíveis febres. Os corticoides devem ser 
utilizados também nos pacientes que apresentem toxicidade pulmonar. Uso de laxantes em caso de constipação(humectol-D - bisacodil + docusato, produz menos efeitos colaterais, como cólicas) ou de antidiarreicos em 
caso de diarreia intensa (loperamida). Uso de antieméticos, se necessário. Introdução de eletrólitos para 
elevar o nível sérico, quando necessário.
Oxaliplatina (Eloxatin, Evoxali)
Indicação: câncer colorretal para tratamento adjuvante em pacientes que sofreram ressecção total e 
tumor primário metastático.
- Principais efeitos colaterais: fadiga, cefaleia, insônia, febre, soluços, síndrome mão-pé, vômito e náusea, 
diarreia, mucosite, refluxo, desidratação, mielossupressão e imunossupressão, edema, dor torácica, rinite e 
faringite, hipopotassemia e artralgia (dor nas articulações).
- Potencial emetogênico: baixo.
- Medicações adjuvantes: uso de cremes à base de ureia para utilizar nas mãos e pés. Uso de antieméticos, 
se necessário. Medicações para auxilio com refluxo como omeprazol ou pantoprazol. Introdução de eletrólitos 
para elevar o nível sérico, quando necessário (cloreto de potássio cp ou ev). Enxaguatórios bucais sem 
álcool são usados após cada refeição e, simultaneamente, aplica-se soluções antifúngicas orais (nistatina) 
para prevenção bucal deste paciente. Uso de anti-histamínicos orais ou intravenosos antes da aplicação da 
droga (hidroxizine, prometazina, difenidramina) juntamente a corticoides como hidrocortisona intravenosa 
e antitérmicos (dipirona, paracetamol) para auxiliar nas reações cutâneas e possíveis febres. Os corticoides 
devem ser utilizados também nos pacientes que apresentem toxicidade pulmonar. Uso de loratadina 10mg 
cp pode auxiliar nas dores de articulações causadas pela oxaliplatina (off-label) – em casos mais dolorosos 
pode-se inserir ciclobenzaprina. Uso de antidiarreicos em caso de diarreia intensa (loperamida). Necessário 
hidratação contínua deste paciente. 
Seguimento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos II
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AGENTES INTERCALADORES
Os agentes intercaladores apresentam um mecanismo de ação que não está totalmente elucidado. Suas 
propriedades citotóxicas agem sobre as células malignas através da intercalação nas bases nucleotídicas da 
hélice do DNA induzindo o seu desenrolamento. Inibem também a atividade da topoisomerase-II, que pode 
desencadear a quebra da fita simples nas cadeias de DNA, e causam danos como reações de oxidação/
redução e alterações nas características morfológicas associadas à apoptose através da formação de radicais 
livres que se ligam à membrana celular lipídica. Não é considerada ciclo-específica, mas possui ação máxima 
na fase S (BONIATTI et al., 2006; FORMAGIO et al., 2006).
Antraciclinas
Classe de antibióticos produzida através de cepas de Streptomyces peucetius.
Doxorrubicina (Adriblastina, Caelyx, Fauldoxo)
Indicada em leucemias (LLA, LMA), linfomas, Wilms, tumores de bexiga, carcinoma de ovário, carcinoma 
de mama, sarcoma de tecidos moles, neuroblastoma, osteossarcoma, câncer broncogênico, carcinoma de 
tireoide, hepatoma.
- Principais efeitos colaterais: imunossupressão e mielossupressão, náusea e vômito, estomatite, esofagite 
e mucosite, necrose do colón, cardiotoxicidade imediata e cumulativa (em casos graves deve-se interromper 
o tratamento), alopecia, hiperpigmentação de pregas cutâneas, agravamento de cistite hemorrágica química, 
hepatotoxicidade, nefrotoxicidade. Droga vesicante. É necessário atentar aos exames laboratoriais para 
ajuste de dose, se preciso. 
- Potencial emetogênico: depende da dose. Quanto maior a dose, maior os efeitos.
- Medicações adjuvantes: avaliar hidratação contínua deste paciente, principalmente se no protocolo 
contiver ciclofosfamida (manitol, SF, SG). Enxaguatórios bucais sem álcool são usados após cada refeição e, 
simultaneamente, aplica-se soluções antifúngicas orais (nistatina) para prevenção bucal deste paciente. 
Daunorrubicina (Daunoblastina, Daunocin)
Indicada para LLA e LMA, linfomas, neuroblastoma infantil e outros tumores sólidos infantis.
- Principais efeitos colaterais: mielossupressão e imunossupressão, apatia, cefaleia, hiperpigmentação da 
pele, sintomas gripais (febre, dor no corpo), alopecia, urticária e reações cutâneas, vômito e náusea, diarreia, 
mucosite, estomatie e esofagite, anorexia, lise celular, esterelidade, cardiotoxicidade. Droga vesicante.
- Potencial emetogênico: depende da dose.
- Medicações adjuvantes: enxaguatórios bucais sem álcool são usados após cada refeição e, simultaneamente, 
aplica-se soluções antifúngicas orais (nistatina) para prevenção bucal deste paciente. Uso de anti-histamínicos 
orais ou intravenosos antes da aplicação da droga (hidroxizine, prometazina, difenidramina) juntamente a 
Seguimento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos II
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corticoides como hidrocortisona intravenosa e antitérmicos (dipirona, paracetamol) para auxiliar nas reações 
cutâneas e possíveis febres. Uso de antigotosos devido à alta produção de ácido úrico na hemólise celular 
(alopurinol, colchicina). Por ser emetogênico de moderada a alta potência, é indicado um antiemético 
(metoclopramida, dimenidrato, ondansetrona, granisetrona, palonosetrona) para alívio deste sintoma. Uso 
de antidiarreicos em caso de diarreia intensa (loperamida). 
Epirrubicina (Rubina)
Indicada em carcinoma da mama, linfomas malignos, sarcomas de partes moles, carcinoma gástrico, 
carcinoma hepático, câncer do pâncreas, carcinoma do retossigmoide, carcinoma da região cervicofacial, 
carcinoma pulmonar, carcinoma ovariano e leucemias, carcinomas superficiais da bexiga e profilaxia das 
recidivas após ressecção transuretral.
- Principais efeitos colaterais: letargia, febre, conjuntivite, anorexia, náusea e vômito, mucosite, diarreia, 
alopecia, amenorreia (ausência de menstruação), mielossupressão e imunossupressão, cardiotoxicidade, 
leucemia secundária.
- Potencial emetogênico: alto.
- Medicações adjuvantes: enxaguatórios bucais sem álcool são usados após cada refeição e, 
simultaneamente, aplica-se soluções antifúngicas orais (nistatina) para prevenção bucal deste paciente. Por 
ser emetogênico de alta potência, é indicado um antiemético (metoclopramida, dimenidrato, ondansetrona, 
granisetrona, palonosetrona) para alívio deste sintoma. Uso de antidiarreicos em caso de diarreia intensa 
(loperamida). Colírios a base de dexametasona podem ser necessários.
Idarrubicina (Zavedos , Ida)
Indicada para LLA, LMA, LMC e câncer de mama 
- Principais efeitos colaterais: mielossupressão e imunossupressão, náusea e vômito, diarreia, estomatite, 
mucosite, anorexia, cardiopatias, urticária e reações cutâneas, hiperuricemia, coloração da urina pode ficar 
rosada ou avermelhada. Droga vesicante.
- Potencial emetogênico: médio.
- Medicações adjuvantes: enxaguatórios bucais sem álcool são usados após cada refeição e, simultaneamente, 
aplica-se soluções antifúngicas orais (nistatina) para prevenção bucal deste paciente. Por ser emetogênico 
de moderada potência, é indicado um antiemético (ondansetrona, granisetrona, palonosetrona) para alívio 
deste sintoma. Uso de antidiarreicos em caso de diarreia intensa (loperamida). Uso de anti-histamínicos 
orais ou intravenosos antes da aplicação da droga (hidroxizine, prometazina, difenidramina) juntamente a 
corticoides como hidrocortisona intravenosa e antitérmicos (dipirona, paracetamol) para auxiliar nas reações 
cutâneas e possíveis febres. Uso de antigotosos devido à alta produção de ácido úrico na hemólise celular 
(alopurinol, colchicina).
Mitoxantrona (Mitostate, Mitoxal, Misostol)
Seguimento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos II
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Indicado em tumores de mama, aparelho digestivo, órgãos sólidos, LMA, linfomas.
- Principais efeitos colaterais: mielossupressão, imunossupressão, convulsões, cefaleia, náusea e vômito, 
diarreia, estomatite, mucosite, hepatotoxicidade, descoloração da pele (cinza-azulada), reações cutâneas, 
prurido, alopecia, cardiotoxicidade (apesar de ser a menos cardiotóxica) e possível coloração das fezes, urina, 
suor e lágrimas em uma cor verde-azulada.Droga vesicante.
- Potencial emetogênico: moderado.
- Medicações adjuvantes: por ser emetogênico de moderada potência, é indicado um antiemético 
(ondansetrona, granisetrona, palonosetrona) para alívio deste sintoma. Uso de antidiarreicos em caso de diarreia 
intensa (loperamida). Enxaguatórios bucais sem álcool são usados após cada refeição e, simultaneamente, 
aplica-se soluções antifúngicas orais (nistatina) para prevenção bucal deste paciente. Uso de anti-histamínicos 
orais ou intravenosos antes da aplicação da droga (hidroxizine, prometazina, difenidramina) juntamente a 
corticoides como hidrocortisona intravenosa e antitérmicos (dipirona, paracetamol) para auxiliar nas reações 
cutâneas e possíveis febres.
ANTIMETABÓLITOS
Os agentes antimetabólitos são análogos estruturais de metabólitos, como o ácido fólico, pirimidinas 
e purinas, envolvidos na síntese dos ácidos nucleicos, realizando a substituição ou inibição de enzimas 
necessárias para regeneração do ácido fólico ou para ativação das purinas ou pirimidinas responsáveis para 
síntese de DNA ou RNA nas células neoplásicas. São mais atuantes na fase S (TRINDADE, 2007).
Análogos do ácido fólico
Metotrexato (Fauldmetro, Mehotrexate)
Indicado para leucemias, linfoma não Hodgkin, osteosarcoma, câncer de mama, coriocarcinoma 
gestacional, carcinoma de pulmão, carcinoma de bexiga, carcinoma epidermoide de cabeça e pescoço, 
sarcoma osteogênico, Burkitti, linfosarcoma avançado, tumor trofoblástico, histiocitose, artrite reumatoide 
juvenil grave, dermatomiosite e psoríase incapacitante.
- Principais efeitos colaterais: mielossupressão e imunossupressão, cefaleia, sonolência, encefalopatia, 
convulsões, fadiga, mal-estar, confusão, febre, anorexia, náusea e vômito, dor abdominal, diarreia, mucosite 
grave, enterite hemorrágica, hepatotoxicidade (podendo evoluir para cirrose), prurido, hiperpigmentação, 
osteoporose, hematúria, nefrotoxicidade. 
- Potencial emetogênico: moderado.
- Medicações adjuvantes: por ser emetogênico de moderada potência, é indicado um antiemético 
(ondansetrona, granisetrona, palonosetrona) para alívio deste sintoma. Uso de antidiarreicos em caso de diarreia 
intensa (loperamida). Enxaguatórios bucais sem álcool são usados após cada refeição e, simultaneamente, 
aplica-se soluções antifúngicas orais (nistatina) para prevenção bucal deste paciente. Uso de anti-histamínicos 
orais ou intravenosos antes da aplicação da droga (hidroxizine, prometazina, difenidramina) juntamente a 
Seguimento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos II
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corticoides como hidrocortisona intravenosa e antitérmicos (dipirona, paracetamol) para auxiliar nas reações 
cutâneas e possíveis febres. O uso de antiespasmódicos e anticolinérgicos aliviam as dores abdominais 
(escopolamina + dipirona). Para casos neurotoxicidade grave pode-se utilizar o azul de metileno (1 a 2mg/kg 
diluído em 50ml de SF 0,9%, EV lento). Necessário o uso concomitante com ácido fólico (leucovorina) para 
minimização dos efeitos colaterais. Omeprazol ou pantoprazol para proteção gástrica.
Análogos das pirimidinas
Fluorouracil (Fauldfluor, Fluorouracil)
Indicado em tumor de colón, reto e pulmão, carcinoma primário do estômago, fígado, pâncreas, bexiga, 
útero, ovário e mama.
- Principais efeitos colaterais: cefaleia, sonolência, febre, mielossupressão e imunossupressão, vômitos 
e náusea, anorexia, diarreia, mucosite intensa, úlcera de estômago e intestino, queda de unhas, alopecia, 
reações cutâneas. Droga irritante.
- Potencial emetogênico: baixo a moderado.
- Medicações adjuvantes: por ser emetogênico, é indicado um antiemético (ondansetrona, granisetrona, 
palonosetrona) para alívio deste sintoma. Uso de antidiarreicos em caso de diarreia intensa (loperamida). 
Enxaguatórios bucais sem álcool são usados após cada refeição e, simultaneamente, aplica-se soluções 
antifúngicas orais (nistatina) para prevenção bucal deste paciente. Uso de anti-histamínicos orais ou 
intravenosos antes da aplicação da droga (hidroxizine, prometazina, difenidramina) juntamente a corticoides 
como hidrocortisona intravenosa e antitérmicos (dipirona, paracetamol) para auxiliar nas reações cutâneas 
e possíveis febres. O uso de antiespasmódicos e anticolinérgicos aliviam as dores abdominais (escopolamina 
+ dipirona). Deve-se usar simultaneamente ao ácido fólico (leucovorina) para minimização dos efeitos 
colaterais. Omeprazol ou pantoprazol para proteção gástrica.
Citarabina (Aracytin CS, Fouldcita)
- Muito conhecida como ARA-C, é indicada para leucemia linfoblástica, LMA, LMC, linfomas, eritroleucemia, 
neoplasia e infiltração das meninges.
- Principais efeitos colaterais: imunossupressão e mielossupressão, náuseas e vômito, diarreia, estomatite 
com infiltração retal, ulcerações e sangramento de mucosas (mucosite grave), disfunção hepática, icterícia, 
cardiomegalia e dor torácica, cefaleia, confusão, convulsões, coma, neuropatia, mialgia, febre, dor óssea 
e fraqueza muscular, conjuntivite, SARA (síndrome da angústia respiratória aguda), erupções cutâneas, 
meningismo (rigidez da nuca, intolerância a luz e dor de cabeça).
- Potencial emetogênico: depende da dose.
- Medicações adjuvantes: dependendo da dose, é indicado um antiemético (ondansetrona, granisetrona, 
palonosetrona) para alívio deste sintoma. Uso de antidiarreicos em caso de diarreia intensa (loperamida). 
Enxaguatórios bucais sem álcool são usados após cada refeição e, simultaneamente, aplica-se soluções 
Seguimento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos II
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antifúngicas orais (nistatina) para prevenção bucal deste paciente. Uso de anti-histamínicos orais ou 
intravenosos antes da aplicação da droga (hidroxizine, prometazina, difenidramina) juntamente a corticoides 
como hidrocortisona intravenosa e antitérmicos (dipirona, paracetamol) para auxiliar nas reações cutâneas e 
possíveis febres. Outros corticoides sistêmicos ou tópicos (aspiração: formoterol + budesonida) para SARA. 
Para casos de neurotoxicidade grave pode-se utilizar o azul de metileno (1 a 2mg/kg diluído em 50ml de SF 
0,9%, EV lento). Necessário o uso concomitante com ácido fólico (leucovorina) para minimização dos efeitos 
colaterais. Omeprazol ou pantoprazol para proteção gástrica. Colírios à base de dexametasona podem ser 
necessários.
Gencitabina (Gemzar)
- Indicação: câncer de pulmão, câncer de bexiga, adenocarcinoma pancreático, câncer de mama 
metastático, linfomas.
- Principais efeitos colaterais: náusea e vômito, diarreia, estomatite e mucosite, alterações de enzimas 
hepáticas, hipotensão, edema, arritmias, vasculite, isquemia periférica, anemia, mielossupressão e 
imunossupressão, nefrotoxicidade, hematúria, proteinúria, hemólise microangiopática, SARA, reações 
cutâneas e síndrome mão-pé.
Figura 6 - Síndrome mão-pé. Fonte: <http://www.tuasaude.com/sindrome-mao-pe-boca/>. Acesso em: 23/10/2014.
- Potencial emetogênico: moderado.
Seguimento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos II
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- Medicações adjuvantes: dependendo da dose, é indicado um antiemético (ondansetrona, granisetrona, 
palonosetrona) para alívio deste sintoma. Uso de antidiarreicos em caso de diarreia intensa (loperamida). 
Enxaguatórios bucais sem álcool são usados após cada refeição e, simultaneamente, aplica-se soluções 
antifúngicas orais (nistatina) para prevenção bucal deste paciente. Uso de anti-histamínicos orais ou 
intravenosos antes da aplicação da droga (hidroxizine, prometazina, difenidramina) juntamente a corticoides 
como hidrocortisona intravenosa e antitérmicos (dipirona, paracetamol) para auxiliar nas reações cutâneas e 
possíveis febres. Outros corticoides sistêmicos ou tópicos (aspiração: formoterol + budesonida) para SARA. 
Uso de cremes à base de ureia para utilizar nas mãos e pés.
Análogos das purinas
Mercaptopurina (Puri-nethol)
Indicada em LLA, LMA, linfoma não Hodgkin e doença de Chron. 
- Principais efeitos colaterais: mielossupressão e imunossupressão, sintomas digestivos leves, náusea e 
vômito,estomatite, anorexia, diarreia, febre, reações cutâneas, hiperpigmentação e disfunção hepática e 
renal.
- Potencial emetogênico: baixo.
- Medicações adjuvantes: uso de antidiarreicos em caso de diarreia intensa (loperamida). Enxaguatórios 
bucais sem álcool são usados após cada refeição e, simultaneamente, usa-se soluções antifúngicas orais 
(nistatina) para prevenção bucal deste paciente. Uso de anti-histamínicos orais ou intravenosos antes da 
aplicação da droga (hidroxizine, prometazina, difenidramina) juntamente com corticoides como hidrocortisona 
intravenosa e antitérmicos (dipirona, paracetamol) para auxiliar nas reações cutâneas e possíveis febres. 
Uso de antieméticos, se necessário.
Tioguanina (Lanvis)
Indicada para LLA, LMA.
- Principais efeitos colaterais: mielossupressão e imunossupressão, náusea e vômito, estomatite, 
anorexia, diarreia, hepatotoxicidade; icterícia, doença veno-oclusiva hepática (hiperbilirrubinemia, 
hepatomegalia dolorosa, ganho de peso devido à retenção de fluidos e ascite) ou com sinais de hipertensão 
portal (esplenomegalia, trombocitopenia e varizes esofagianas), edema nas pernas, disfunção renal, 
neurotoxicidade, dor de garganta, reações cutâneas, fotossensibilização (cora a pele em amarelo, mesmo 
sem icterícia). 
- Potencial emetogênico: baixo.
- Medicações adjuvantes: uso de antidiarreicos em caso de diarreia intensa (loperamida). Enxaguatórios 
bucais sem álcool são usados após cada refeição e, simultaneamente, aplica-se soluções antifúngicas orais 
(nistatina) para prevenção bucal deste paciente. Uso de anti-histamínicos orais ou intravenosos antes da 
aplicação da droga (hidroxizine, prometazina, difenidramina) juntamente a corticoides como hidrocortisona 
Seguimento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos II
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intravenosa e antitérmicos (dipirona, paracetamol) para auxiliar nas reações cutâneas e possíveis febres. Uso 
de antieméticos, se necessário. Diuréticos e controle hídrico podem ser necessários (avaliar interação com 
furosemida e hidroclorotiazida).
AGENTES ANTIMICROTÚBULOS
São agentes derivados de plantas, como os alcaloides da vinca, que provêm da Vinca rósea, e os taxanos, 
que provêm do teixo ocidental (Taxus brevifolia) e teixo europeu (Taxus baccata). 
Figura 7 - (A) Mecanismo de ação de mitose tradicional. (B) Mecanismo de ação de mitose 
em células que utilizaram agentes antimicrotúbulos. Fonte: Rego (2008).
Seguimento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos II
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Os agentes antimicrotúbulos ligam-se às tubulinas moleculares na fase S, impedindo sua polimerização 
em microtubulina e a formação do fuso mitótico, bloqueando as células nesta fase do ciclo celular (REGO, 
2008).
Alcaloides da vinca
Vincristina (Faudvinc, Oncovin)
Indicacada em leucemias, linfomas Hodgkin e não Hodgkin, neuroblastoma, tumor de Wilms, 
rabdomiossarcoma e sarcoma linfático. 
- Principais efeitos colaterais: mielossupressão e imunossupressão, náusea e vômito, estomatite, 
constipação, ílio paralítico, enterocolite hemorrágica, neurotoxicidade (pode ser permanente), parestesia, 
perda de sensibilidade, nevralgia, dor na mandíbula e pernas, paralisia de nervos cranianos (ptose, diplopia, 
estrabismo, afonia, entre outros), paralisia e atrofia muscular, alopecia, erupções cutâneas, broncoespasmos, 
nefrotoxicidade, hemólise celular, hematúria, hiponatremia (secreção inapropriada de hormônios antidiuréticos) 
e edema. Droga vesicante. Advertência: a administração intratecal é fatal. 
- Potencial emetogênico: muito baixo.
- Medicações adjuvantes: enxaguatórios bucais sem álcool são usados após cada refeição e, 
simultaneamente, aplica-se soluções antifúngicas orais (nistatina) para prevenção bucal deste paciente. 
Necessário acompanhamento de potássio sérico deste paciente e reposição via oral ou via endovenosa. Uso de 
anti-histamínicos orais ou intravenosos antes da aplicação da droga (hidroxizine, prometazina, difenidramina) 
juntamente a corticoides como hidrocortisona intravenosa e antitérmicos (dipirona, paracetamol) para auxiliar 
nas reações cutâneas e possíveis febres. Uso de laxantes em caso de constipação (humectol-D - bisacodil 
+ docusato), produz menos efeitos colaterais, como cólicas). Uso de antigotosos devido à alta produção de 
ácido úrico na hemólise celular (alopurinol, colchicina). Antieméticos, se necessário. Avaliar necessidade de 
reposição de eletrólitos séricos.
Vimblastina (Velban, Faulblastina)
Indicada em linfoma de Hodgkin (estágio III e IV), linfoma não Hodgkin, linfoma linfocítico, linfoma 
histiocístico, carcinoma de testículo, sarcoma de Kaposi, doença de Letterer-Swiwe e micose fungoide.
- Principais efeitos colaterais: cefaleia, neurite periférica (inflamação de nervos dos pés e mãos), convulsão, 
depressão, mal-estar, tontura, constipação, anorexia, náuseas e vômito, dor abdominal, íleo paralítico, 
mucosite, diarreia, hipertensão, faringite, dor no local do tumor, mielossupressão e imunossupressão erupções 
da pele, dor óssea, dispneia, tosse e derrame pleural. Advertência: a administração intratecal é fatal. 
- Potencial emetogênico: moderado.
- Medicações adjuvantes: enxaguatórios bucais sem álcool são usados após cada refeição e, 
simultaneamente, aplica-se soluções antifúngicas orais (nistatina) para prevenção bucal deste paciente. 
Necessário acompanhamento de potássio sérico deste paciente e reposição via oral ou via endovenosa. Uso de 
Seguimento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos II
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anti-histamínicos orais ou intravenosos antes da aplicação da droga (hidroxizine, prometazina, difenidramina) 
juntamente a corticoides como hidrocortisona intravenosa e antitérmicos (dipirona, paracetamol) para auxiliar 
nas reações cutâneas e possíveis febres. Outros corticoides sistêmicos ou tópicos (aspiração: formoterol + 
budesonida) para dispneia podem ser necessários. Uso de laxantes em caso de constipação (humectol-D 
- bisacodil + docusato) produz menos efeitos colaterais, como cólicas, ou de antidiarreicos em caso de 
diarreia intensa (loperamida). O uso de antiespasmódicos e anticolinérgicos aliviam as dores abdominais 
(escopolamina + dipirona). Por ser emetogênico, é indicado um antiemético (granisetrona, ondansetrona, 
dimenidrato) de moderada potência para alívio deste sintoma. Dores musculares podem ser tratadas 
inicialmente com relaxantes musculares (ciclobenzaprina).
Taxanos
Paclitaxel (Taxol, Ontax)
Indicado em tumores metastáticos ou resistentes de ovário e mama, sarcoma de Kaposi, leucemia 
refratária, tumor de Wilms recidivado.
- Principais efeitos colaterais: depressão medular, imunossupressão, náuseas e vômitos, diarreia, mucosite, 
estomatite, colite, ataxia, fadiga, cefaleia, confusão, febre, neuropatia periférica, broncoespasmos, tosse, 
dispneia, urticaria, rubor, dor no peito, taquicardia, cardiotoxicidade, artralgia, mialgia, alopecia e disfunção 
renal.
- Potencial emetogênico: moderado.
- Medicações adjuvantes: escovação dentária e enxaguatórios bucais sem álcool são usados após 
cada refeição e, simultaneamente, aplica-se soluções antifúngicas orais (nistatina) para prevenção bucal 
deste paciente. Uso de anti-histamínicos orais ou intravenosos antes da aplicação da droga (hidroxizine, 
prometazina, difenidramina) juntamente a corticoides como hidrocortisona intravenosa e antitérmicos 
(dipirona, paracetamol) para auxiliar nas reações cutâneas e possíveis febres. Outros corticoides sistêmicos 
ou tópicos (aspiração: formoterol + budesonida) para dispneia podem ser necessários. Uso de antidiarreicos 
em caso de diarreia intensa (loperamida). Por ser emetogênico, é indicado um antiemético (granisetrona, 
ondansetrona, dimenidrato) de moderada potência para alívio deste sintoma. Dores musculares podem ser 
tratadas inicialmente com relaxantes musculares (ciclobenzaprina). Pode ser necessário ajuste de dose, 
devido à toxicidade hepática.
Docetaxel (Taxotere, Trixotene)
Indicado para câncer de mama e câncer de mama metastático, câncerde pulmão de não pequenas 
células, câncer de ovário, adenocarcinoma gástrico, câncer de próstata, cabeça e pescoço.
- Principais efeitos colaterais: parestesia, mialgia, dores neuropáticas, erupções cutâneas, edema, 
retenção hídrica, ascite, derrame pleural, alopecia, distrofia de unhas, mucosite, estomatite, náusea e vômito, 
mielossupressão e imunossupressão. 
- Potencial emetogênico: leve.
Seguimento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos II
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- Medicações adjuvantes: escovação dentária e enxaguatórios bucais sem álcool são usados após 
cada refeição e, simultaneamente, aplica-se soluções antifúngicas orais (nistatina) para prevenção bucal 
deste paciente. Uso de anti-histamínicos orais ou intravenosos antes da aplicação da droga (hidroxizine, 
prometazina, difenidramina) juntamente a corticoides como hidrocortisona intravenosa e antitérmicos 
(dipirona, paracetamol) para auxiliar nas reações cutâneas e possíveis febres. Outros corticoides sistêmicos ou 
tópicos (aspiração: formoterol + budesonida) para dispneia podem ser necessários. Uso de antidiarreicos em 
caso de diarreia intensa (loperamida). Necessário à escolha de um antiemético (granisetrona, ondansetrona, 
dimenidrato) para alívio deste sintoma. Dores musculares podem ser tratadas inicialmente com relaxantes 
musculares (ciclobenzaprina). Diuréticos e controle hídrico podem ser necessários (é necessário avaliar 
interação com furosemida e hidroclorotiazida).
INIBIDORES DA TOPOISOMERASE
As topoisomerases são enzimas assim chamadas pela sua capacidade de mudar a geometria tridimensional 
das moléculas de DNA sem mudar a estrutura sua química, transformando o DNA superenrolado em uma 
molécula “relaxada”.
Figura 8 - Reações catalisadas pelas topoisomerases. Fonte: <http://bdtd.biblioteca.ufpb.
br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=631>. Acesso em 22/10/2014.
Seguimento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos II
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As topoisomerases humanas são divididas em dois grupos: tipo I e tipo II. A topoisomerase I ou topo I 
realiza um corte em apenas uma das duas fitas do DNA, já a topoisomerase II (topo II) realiza cortes nas 
duas fitas do DNA, ambas se ligam covalentemente à fita do DNA.
Figura 9 - Corte de uma fita de DNA pela topo I e corte de ambas as fitas pela topo II. Fonte: <http://
bdtd.biblioteca.ufpb.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=631>. Acesso em 22/10/2014.
Os agentes inibidores das topoisomerases agem através de dois mecanismos: inibidores da topo I e 
inibidores da topo II. Os inibidores da topo I estabilizam o complexo covalente “enzima-DNA” forçando a 
morte celular. Estes agentes são conhecidos como “venenos”. Já os inibidores da topo II, também conhecidos 
como inibidores catalíticos, impedem a ligação covalente “enzima-DNA”, pois interagem com a enzima 
topoisomerase levando à morte celular.
Seguimento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos II
26
Figura 10 - Ação das drogas sobre as enzimas topoisomerases levando a morte celular. Fonte: <http://
bdtd.biblioteca.ufpb.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=631>. Acesso em 22/10/2014.
Inibidores da topoisomerase I (análogos da camptotensina)
Irinotecano (Glivec, Irenax)
Indicado para carcinoma metastático do cólon ou reto não tratado previamente, carcinoma metastático 
do cólon ou reto recorrente, neoplasia pulmonar de células pequenas e não-pequenas, neoplasia de colo de 
útero, neoplasia de ovário, neoplasia gástrica recorrente ou inoperável. 
Seguimento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos II
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- Principais efeitos colaterais: febre (45%), insônia, tontura, dor abdominal, diarreia (pode ser intensa), 
mucosite, sialorreia (salivação excessiva), anorexia, constipação, flatulência, estomatite, pirose (azia), 
confusão mental, alteração da marcha, dor no corpo, sudorese, síndrome mão-pé, rinite, reações cutâneas, 
anafilaxia (reação alérgica grave), alopecia, cardiopatias, hepatopatias, mielossupressão e imunossupressão 
- Potencial emetogênico: alto.
- Medicações adjuvantes: importante uso de enxaguatórios bucais sem álcool após cada refeição e 
escovação dentária e, concomitante, o uso de soluções antifúngicas orais (nistatina) para prevenção bucal 
deste paciente. No tratamento da sialorreia, pode ser usado propantelina cápsulas (VO) ou gotas (sublingual), 
ou ainda colírios à base de atropina (sublingual). Uso de anti-histamínicos orais ou intravenosos antes da 
aplicação da droga (hidroxizine, prometazina, difenidramina) juntamente a corticoides como hidrocortisona 
intravenosa e antitérmicos (dipirona, paracetamol) para auxiliar nas reações cutâneas e possíveis febres. São 
utilizados laxantes, em caso de constipação (humectol-D - bisacodil + docusato) ou de antidiarreicos em caso 
de diarreia intensa (loperamida). O uso de antiespasmódicos e anticolinérgicos alivia as dores abdominais 
(escopolamina + dipirona). Uso de antifiséticos, quando necessário, para auxiliar com flatulências (dimeticona/
simeticona). Por ser emetogênico, é indicado um antiemético (granisetrona, ondansetrona, dimenidrato) 
para alívio deste sintoma. Dores musculares podem ser tratadas inicialmente com relaxantes musculares 
(ciclobenzaprina). Diuréticos e controle hídrico podem ser necessários (avaliar interação com furosemida e 
hidroclorotiazida). Uso de cremes à base de ureia para utilizar nas mãos e pés. Pode ser necessário ajuste de 
dose devido à toxicidade hepática e à diarreia intensa.
Inibidores da topoisomerase II
Etoposido (Etoposido, Vepesid)
Muito conhecido como VP-16, é indicado para LMA, linfomas, neuroblastoma, tumores cerebrais, tumor de 
Wilms, carcinoma testicular refratário, carcinoma de pulmão, sarcoma e tumor de Edwing, rabdomiosarcoma 
e osteosarcoma.
- Principais efeitos colaterais: imunossupressão e mielossupressão, reações anafilactoides, broncoespasmos, 
hipotensão, reações cutâneas, alopecia, tromboflebite, náuseas e vômito, diarreia, mucosite, bradicardia, 
sonolência, fadiga, calafrios, cefaleia, febre, neuropatia periférica e hepatotoxicidade. Droga irritante. 
- Potencial emetogênico: muito baixo.
- Medicações adjuvantes: enxaguatórios bucais sem álcool após cada refeição e escovação dentária e, 
simultaneamente, o uso de soluções antifúngicas orais (nistatina) para prevenção bucal deste paciente. 
Uso de anti-histamínicos orais ou intravenosos antes da aplicação da droga (hidroxizine, prometazina, 
difenidramina) juntamente com corticoides como hidrocortisona intravenosa e antitérmicos (dipirona, 
paracetamol) para auxiliar nas reações cutâneas e possíveis febres. Uso de antidiarreicos em caso de diarreia 
intensa (loperamida). Uso de antieméticos, se necessário.
- Em tratamentos que utilizam drogas que causam imunossupressão, é importante o uso de medicações 
preventivas para não ocorrerem infecções oportunistas, observando sempre possíveis interações 
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medicamentosas e performance deste paciente. O esquema fluconazol 150mg 1 vez ao dia, aciclovir 200mg 
1 vez ao dia e sulfametoxazol + trimetoprima 80+160mg 3 vezes na semana restringe o aparecimento 
de infecções fúngicas, virais e bacterianas, essencial para pacientes tão imunodeprimidos. Drogas mais 
potentes como o voriconazol (antifúngico), valaciclovir (antiviral) e antibióticos mais específicos podem ser 
encontrados na prescrição de pacientes onde a infecção já se instalou e, em muitos casos, não há tempo para 
descobrir qual o agente causador, daí a introdução das três drogas.
Pacientes oncológicos já sentem muitos efeitos colaterais devido a drogas tão tóxicas quanto os 
quimioterápicos. Estes efeitos são esperados para avaliarmos se o quimioterápico introduzido é de “boa 
qualidade”. Neste contexto, vê-se a necessidade de diminuirmos ao máximo o desconforto e outros efeitos 
colaterais indesejados causados por drogas adjuvantes ao tratamento.
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