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Ana Clara Castro 
Pietra Berger 
Pietra Dominiquini 
Thiago de Sá Renard Pie 
Vanessa Penha 
 
Bem estar animal e os animais de produção 
O bem estar animal refere-se a uma boa ou satisfatória qualidade de vida 
que envolve determinados aspectos referentes ao animal, seguindo e 
respeitando suas 5 liberdades: Livre de fome e de sede (acesso á água fresca 
e alimentação); Livre de desconforto (proporcionando ao animal um ambiente 
adequado, incluindo abrigo e um área confortável para descanso); Livre de dor, 
ferimentos e doenças (por prevenção ou diagnóstico e tratamento rápido); 
Livre para expressar seu comportamento natural (proporcionando espaço 
suficiente e instalações adequadas); Livre de medo e angústia (assegurando 
condições e tratamento que evitem sofrimento mental). 
Quando tratamos de animais de produção, a atenção é redobrada, já que 
o bem estar desses animais influencia diretamente na qualidade de produtos de 
origem animal que chega a nossas mesas. Quando BEA é afetado, seja por 
alterações físicas ou psicológicas, consequentemente resulta em alterações 
fisiológicas e comportamentais. Por isso a importância de conhecermos os 
parâmetros comportamentais normais de cada espécie e raça. Uma forma de 
avaliar o estresse e BEA é incidência de comportamentos anormais, a ocorrência 
e frequência dos mesmos são muitas vezes usados para avaliar a adaptação do 
animal a um ambiente de cativeiro ou sua própria avaliação em relação ao 
manejo e ambiente. 
Estresse térmico 
O estresse térmico é o conjunto das alterações que ocorrem no organismo 
animal na tentativa de reagir às condições ambientais como: altas temperaturas, 
alta umidade do ar e excesso de radiação solar. Tais condições somadas a altas 
produções de calor metabólico excedem as reservas de calor corporal, e quando 
a capacidade de eliminação de calor é menor que o ganho de calor do ambiente 
e do metabolismo, determina-se o estresse térmico. No verão a capacidade de 
perda de calor fica comprometida em função das condições climáticas, aliada a 
isso, a alta produção de calor das vacas de alta produção de leite as torna mais 
susceptíveis ao estresse térmico. 
➢ Identificando o estresse térmico: 
Com o aumento da temperatura, há o aumento da Frequência respiratória, e 
geralmente dá para perceber pois a frequência está bem acima do normal, um 
dos pontos que podem ser observados é a respiração forçada. Outro sintoma 
será a temperatura retal do animal estar maior que a temperatura normal, e em 
casos de animais em lote normalmente 70% dos animais estarão apresentando 
esse sintoma, por várias horas seguidas, sendo então necessário medir a 
temperatura várias vezes num período de tempo. 
Normalmente quando se tem o estresse térmico, os animais passam a comer 
menos do que a quantidade ingerida normalmente, então tem que observar se 
sua alimentação mudou, tendo uma redução de pelo menos 10 a 15% na 
ingestão de alimentos, Altas temperaturas reduzem a frequência de alimentação 
durante as horas mais quentes do dia, aumentando a frequência nas primeiras 
horas da manhã e no final da tarde. Outro fator que indica o estresse térmico é 
o consumo mais elevado de água, sendo maior nas horas mais quentes do dia, 
com aumentos nas primeiras horas da manhã, final da tarde e pequeno aumento 
a noite, normal, para então hidratar seu corpo e também tentar abaixar sua, 
então se perceber que os animais estão tomando muito mais agua que o normal, 
pode indicar um estresse térmico ocorrendo. Os animais irão procurar sombras 
e locais úmidos para se deitarem, sendo mais um fator, os animais irão procurar 
ter mais contato com o corpo ao solo, havendo também uma perda de pelo para 
tentar diminuir sua temperatura corporal.Com o estresse térmico, caso não 
consigam controlar sua temperatura, os animais podem apresentar alguns 
comportamentos mais violentos, sendo necessário observar se o humos do 
animal teve uma mudança brusca. 
➢ Consequências: 
Animais de leite terão um decréscimo em sua produção, uma diminuição na 
produção consideravelmente; há uma queda do desempenho reprodutivo, sendo 
nos machos a degeneração do epitélio germinativo; redução de mobilidade 
espermática e aumento do número de espermatozoides anormais; há redução 
da espermatogênese, tendo também a redução de libido; diminuição de 
testículos e degeneração dos túbulos seminíferos, sendo um sêmen de 
qualidade inferior. Em fêmeas há a redução de fertilidade e mortalidade 
embrionária, terá anormalidades morfológicas do óvulos, consequentemente 
trazendo a malformações fetais, especialmente nos primeiros dias de gestação, 
induzindo aos abortos. Ocorrera também a diminuição de peso dos neonatais. 
➢ Reduzindo o estresse térmico: 
Primeiro ponto seria a utilização de animais que sejam adaptados para o 
ambiente selecionado, assim esse animal não sofrerá com o clima presente. 
Efetuar também a diminuição da temperatura do ar e do ambiente, em todos os 
pontos que sejam possível essa atitude, para assim ajudar a regulação da 
temperatura. Promover sobras quando não for um ambiente em que pode-se 
alterar, pois os animais ficarão mais confortáveis. 
Manejo 
As dificuldades de se estabelecer um maior BEA para os animais de 
produção, está diretamente relacionado com a maneira como esses animais são 
tratados. A nossa própria espécie é quem cria essas dificuldades. Elas vão desde 
os aspectos de uma determinada propriedade, o manejo/transporte até o abate 
por exemplo. 
O tempo de manejo deve ser reduzido e feito com cautela, para que o 
animal não sofra estresse e nem se machuque. A interação entre animal e 
ambiente é de extrema importância, sendo necessário o conhecimento sobre 
reações fisiológicas e sua adaptação no local. Tudo deve ser baseado no bem 
estar e no desempenho reprodutivo e produtivo, pois o temperamento do animal 
é considerado como uma característica de valor econômico. 
O estresse interfere muito no BEA, o animal deve manter sua sanidade, e 
são muitos os fatores que pode interferir como o transporte, a adaptação no 
ambiente, estresse por calor, espaço e tamanho de lote e a alimentação. O 
manejo alimentar é considerado o fator mais relevante no custo final da 
produção, pois representa muito do custo total. 
Quando há melhoria no manejo, o crescimento e reprodução também 
melhoram, e consequentemente comportamentos anormais se tornam menos 
frequentes. O manejo nos estábulos, melhoria na hora do transporte e o preparo 
de tratadores são importantes e ajudam na diminuição de fermentos e lesões e 
possíveis perdas econômicas. 
Como deve ser a propriedade 
➢ Instalações 
A infraestrutura de qualquer propriedade destinada à produção consiste 
em um conjunto de características próprias e únicas, cujos fatores a serem 
considerados devem ser avaliados de forma global e interativa, quanto a 
disponibilidade dos recursos produtivos: terra, capital e mão-de-obra. Este 
procedimento é essencial para o sucesso na atividade, quer seja ao se iniciar, 
reestruturar ou promover uma expansão no sistema de produção. 
 
Deste modo, a implementação de um sistema de produção requer uma 
caracterização apropriada da propriedade para que se possa planejar sua 
estrutura física, dimensionar o rebanho a ser explorado, estabelecer metas 
agronômicas, zootécnicas e econômicas, e preconizar a tecnologia para o 
manejo animal e a produção de alimentos, assim como, estabelecer a rotina de 
trabalho para usar no sistema de produção escolhido. 
➢ Caracterização da Propriedade 
A caracterização da propriedade é a descrição do estado da arte da 
propriedade, partindo-se deste conhecimento inicial, identificar a potencialidade 
de seus recursos naturais renováveis ou não, para implementar um plano de 
ação estratégico para implementar o melhor sistema de produção a ser 
explorado, ou seja, aquele com menor risco de insucesso para o 
empreendimento. Esta caracterizaçãoconsiste em descrever de forma 
resumida a localização da propriedade e a sua estrutura física existente para a 
partir daí, estabelecer a estratégia para a implementação do empreendimento 
pretendido, seja ele inicial, de reestruturação metas e objetivos ou expansão da 
atividade 
➢ O que precisa ter em uma propriedade para gado de corte e de leite 
1. Terras e usos 
➢ Pastagens cultivadas 
➢ Pastagens uso extensivo 
➢ Cultura forrageiras para corte 
➢ Milho 
➢ Cana de açúcar 
➢ Área com benfeitoria 
➢ Áreas inaproveitáveis 
➢ Matas 
➢ Reflorestamento 
2. Benfeitorias 
• Seringa e tronco 
• Cocho para volumosos 
• Cercas 
• Casa de colonos 
3. Maquinas, equipamentos, motores e utensílios 
• Motor elétrico 
• Picadeira estacionaria 
• Misturador de ração 
• Moinhos trituradores 
• Trator 
• Arado 
• Grade 
• Plantadeira 
• Cultivador 
• Balança 
• Pulverizador 
• Ordenhadeira 
• Resfriador/tanque de expansão 
• Latões 
Instalações de animais de produção 
Toda propriedade de animais de produção tem que ter instalações 
apropriadas dependendo do que eles estão sendo criados, como gado de leite 
e gado de corte 
1. Gado de Leite 
➢ Currais de contenção 
➢ Estábulo 
➢ Sala de ordenha 
➢ Sala de leite 
➢ Campos com cercas 
➢ Silos 
➢ Baias para touros 
➢ Brete ou tronco de contenção para vacinação 
Cada instalação dentro de uma propriedade tem seu objetivo, e todas são 
necessárias para que os animais tenham o melhor manejo e que não tenha 
estresse. 
1.1. Fatores que afetam a escolha das instalações 
• Localização 
• Tamanho ou capacidade 
• Tipo de instalação 
• Sistema de alimentação 
• Sistema de ordenha 
• Descarte de fezes e urina 
• Flexibilidade do local 
• Exigências legais 
• Se tem bezerros 
Cada fator desse acaba sendo muito importante para entender qual a 
localização é melhor para que seu animal tenha o Bea. 
2. Gado de Corte 
Cada instalação deverá estar nos padrões certos, pois pode causar 
problemas para os animais e para quem cuida dos mesmos 
• Cercas: de preferência de arame liso com balancins 
➢ Cerca de choque para separar as pastagens 
• Curral: Colocar em uma posição central na propriedade 
➢ Dimensão deve ser com número de animis existentes 
➢ De preferência ser de madeira 
➢ Manter sempre limpo 
• Confinamento: deve ser localizado junto ao local de descanso ou o 
cocho do sal 
➢ Cercado por postes de madeira 
➢ Acesso exclusivo para entrada de bezerros 
• Cocho para a suplementação de minerais: Pode ser de madeira serrada 
➢ Devem ser cobertos 
➢ Deve estar posicionado para pelo menos uma ver no dia ser 
usado 
• Cocho para suplementação de concentrados e volumosos: devem ser 
largos 
➢ Pode ser construído de diferentes materiais 
➢ Deve ter uma camada de cascalho em volta (impedir atolar as 
patas) 
➢ Evitar o uso de bebedouros naturais 
• Reservatórios de água: Devem ser localizados em pontos altos 
➢ Podem ser de alvenaria ou chapa metálica 
➢ Capacidade depende de quantos reservatórios vão ser 
disponibilizados 
Fora as instalações de gado de corte e gado de leite, tem muitas 
fazenda no Brasil que utilizam da rotação de pastagem para a engorda dos 
bichos, onde eles plantam a pastagem escolhida em por exemplo 5 piquete 
diferente, ai vai usando 1 por um até acabar a pastagem daquele determinado 
piquete, aí quando acaba o 5º piquete, o 1º já está plantado tudo de novo e 
pode já reutilizar. Lembrando que esse método tem que ser muito bem 
calculado para o quanto de gado que se tem na propriedade. 
 
Relação homem e animal 
Quanto à aula do Professor Cabral, percebemos o quão as relações 
homem e animal estão se estreitando. Desde que o animal foi domado, 
amansado, para depois ser domesticado, sua interação com o ser humano foi 
mudando. E, naturalmente, a relação da família com seu animal também tem 
mudado. Atualmente, eles passaram a ser considerados pelas famílias que os 
adotam como um “integrante” do grupo. É notório como aumenta o número de 
lares que incorporam como co-habitantes seres de outras espécies que não a 
humana: cães, gatos, iguanas, hamstes, pássaros, peixes, serpentes, entre 
outros.Pessoas idosas são cada vez mais desejosas de possuírem animais que 
possam lhes servir de companhia. Cães e gatos são como que uma terapia para 
problemas de solidão. 
As expectativas de vida desses animais mudaram a alimentação, o 
acesso à saúde, além da rotina. Antes, sequer houvesse pessoas que ousassem 
gastar dinheiro com veterinários ou comprando comida especializadas para seus 
animais, hoje em dia, o acesso a clinicas se tornou muito mais fácil, além das 
inúmeras especializações de rações que existem no mercado. Essas e inúmeras 
portas se abriram para o bem estar e longevidade de nossos pets, mas em 
contrapartida, passamos a humaniza-los muito mais do que deveríamos para ser 
considerada uma relação saudável. Por mais desculpável que isso possa 
parecer assemelhar o cão ao pequeno ser humano é um erro biológico que pode 
revelar-se perigoso para o animal, passamos a humaniza-los, e 
consequentemente, os privamos de viverem seus instintos naturais. Os melhores 
exemplos desta realidade podem ser analisados em relação a alimentação: o 
homem a cada refeição muda sem problemas sua alimentação, se possuísse um 
tubo digestivo como o do cão, esta variação alimentar permanente causaria 
constantemente diarreias ou o homem precisa de cozimento, sal, açúcar, aromas 
gustativos e da boa aparência do seu prato para lhe dar prazer, mas, se tivesse 
os mesmos sentidos do cão, apenas os aromas que exalam seriam necessários 
para apreciar completamente. 
Quando tratamos de animais de produção, a realidade não é mesma. Em 
relação a pets, possuímos uma visão mais individualizada dos animais, já nos 
de produção nosso olhar passa a ser coletivo. Possuímos sim técnicas de um 
bom manejo e bem estar para esses animais, mas nada se compara a realidade 
que temos dentro de nossas casas com cachorros e gatos. Hoje em dia, foram 
desenvolvidas inúmeras técnicas de bem estar para animais de produção, que 
envolvem um bom manejo, boas instalações, acesso à saúde, além de técnicas 
de abate humanitário, que consiste em um abate sem dor, e com a diminuição 
de estresse ou medo. 
Por isso, é de extrema importância reconhecer e rever a relação que 
criamos com os animais, seja doméstico ou de produção, sempre priorizando 
seu bem estar e uma qualidade de vida digna, que permita que esses animais 
se desenvolvam de melhor forma possível e continuem livremente seguindo seus 
instintos naturais.

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