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SUMÁRIO 1 INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE ................................. 02 1.1 Introdução................................................................................................................ 02 1.2 Processo de Planejamento Governamental............................................................. 03 1.3 Plano Plurianual........................................................................................................ 04 1.4 Lei de Diretrizes Orçamentárias............................................................................... 09 1.5 Lei Orçamentária Anual............................................................................................ 09 1.6 Princípios Orçamentários.......................................................................................... 11 1.7 Etapas da Elaboração Orçamentária........................................................................ 14 2 CRÉDITOS ADICIONAIS.......................................................................................... 15 3 RECEITA PÚBLICA.................................................................................................. 17 3.1 Tipos de Receita....................................................................................................... 17 3.2 Classificação Econômica da Receita....................................................................... 18 3.3 Classificação por Destinação de Recursos.............................................................. 21 3.4 Estágios da Receita.................................................................................................. 30 4 DESPESA PÚBLICA................................................................................................. 34 4.1 Tipos de Despesa..................................................................................................... 34 4.2 Despesa Orçamentária............................................................................................. 34 4.3 Classificação Econômica da Despesa...................................................................... 37 4.4 Estágios da Despesa................................................................................................ 58 5 CICLO ORÇAMENTÁRIO......................................................................................... 60 6 EXECUÇÃO FINANCEIRA........................................................................................ 61 6.1 Exercício Financeiro.................................................................................................. 61 6.2 Restos a Pagar.......................................................................................................... 61 6.3 Serviços da Dívida Pública a Pagar.............................................................................62 6.4 Despesas de Exercícios Anteriores ..................................................................... 62 6.5 Dívida Ativa................................................................................................................ 62 6.6 Regime de Adiantamento........................................................................................... 63 7 DÍVIDA PÚBLICA OU DÍVIDA PASSIVA................................................................... 63 7.1 Dívida Flutuante.......................................................................................................... 64 7.2 Dívida Fundada ou Consolidada................................................................................. 64 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................... 66 9 ANEXOS ................................................................................................................... 66 2 1 INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE 1.1 INTRODUÇÃO O Estado é um ente extremamente complexo. Planejar o futuro de um Estado nos remete a considerações muito elaboradas. A população cresce e com ela as demandas por necessidades básicas: saúde, educação, lazer, segurança, além de energia, necessidade de crescimento econômico contínuo, adaptação das políticas macroeconômicas às realidades mundiais, a interação com outros mercados, etc. Assim, as responsabilidades da administração pública em todos os seus escalões não podem ser simples. É preciso se adaptar ao nível dinâmico do bem-estar da coletividade. Os planos traçados não podem vislumbrar apenas um horizonte limitado. É necessário um plano que guarde relação com o futuro distante, de longo prazo — 10 ou 15 anos, no mínimo, vislumbrando sempre o Estado que se pretende alcançar em termos ideais. É destacada uma diferença substancial entre a função do planejamento das instituições públicas em detrimento das privadas. É que, enquanto na Administração Pública tem-se o poder de alterar a estrutura organizacional por meio de uma legislação própria, mediante atos normativos do Poder Executivo e do Legislativo, na empresa privada não há uma imposição legal que limita, de certa forma, alguma tentativa de influenciar ou modificar o mesmo ambiente correlacionado. No entanto, assim mesmo este último atinge grandes resultados com planejamento eficaz. Pode-se conceituar a função de planejar como um processo racional para definir prioridades, objetivos e meios de atingi-los, ou seja, a formulação sistemática de um conjunto de decisões, devidamente integrado, que expressa os propósitos e condiciona os meios para alcançá-los. Um plano consiste na definição de objetivos, na ordenação de recursos materiais, humanos e institucionais, na determinação de métodos e formas de organização, no estabelecimento de medidas de tempo, recursos, na localização espacial e conduta de uma pessoa ou grupo. Desta forma, como o indivíduo pode traçar, sistematicamente, o próprio rumo de ação, pensando, antes de agir, ao invés de se deixar conduzir pelos hábitos, pelo subconsciente, pela ignorância ou por qualquer impulso irracional, assim também é facultado a uma entidade administrativa planejar o respectivo trabalho. Planejar é, logicamente, o requisito primário e mais elementar da administração. Consiste na ordenação sistemática da conduta para a consecução de determinados propósitos. Se não houver um mínimo razoável de deliberação, que as oriente, as ações não merecem o qualitativo de administrativas. O processo de programar é parte necessária da função administrativa. Atrelado aos Princípios do Processo de Planejamento, como instrumento de planejamento, a própria Constituição Federal, em seu art. 165, fixa a hierarquia dos processos de planejamento do orçamento como: Plano Plurianual: instrumento que estabelece as diretrizes, os objetivos e as metas para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada; Lei de Diretrizes Orçamentárias: compreende as metas e prioridades, além de orientar a elaboração da lei orçamentária anual; e 3 Orçamento Anual: dispõe sobre a previsão de receita e a fixação da despesa, contendo programas de ação de governo e os diversos tipos de despesas necessários a cada um desses programas, O Processo de Planejamento Governamental desenvolve esforços para identificar e ordenar objetivos, metas e prioridades, compondo um esquema integrado que busca o equilíbrio da distribuição de recursos para o atendimento das carências e anseios da população, visando garantir o desenvolvimento econômico e o bem estar de toda sociedade. Consequentemente, tal Processo de Planejamento, Programação e Controle orçamentário- financeiro, impõe-se com extrema relevância para a Administração Pública, pois a ele cabe a tarefa de formulação de programas de governo, a sua execução e respectivo controle. Cabendo ainda, a tarefa de avaliar a execução dos planos e a realização dos ajustes que se fizerem necessários. Portanto, planejamento é um processoracional para definição de objetivos e meios para atingi-los. O planejamento dever ser anterior à realização do empreendimento e obedecer as seguintes características: Diagnóstico da situação existente; Identificação das necessidades de bens e serviços; Definição clara dos objetivos para a ação; Discriminação e quantificação de metas e seus custos; Avaliação dos resultados obtidos; Trabalho integrado. O processo de planejamento precede a elaboração orçamentária e tem como objetivo a seleção racional das alternativas para a ação governamental em compatibilidade com os meios disponíveis, pois se houvesse uma quantidade ilimitada de recursos, não haveria, em princípio, necessidade de planejamento. 1.2 PROCESSO DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL O processo de planejamento governamental pode ser definido como um processo contínuo, dinâmico e flexível, através do qual se elabora, aprova, executa, controla e avalia os programas de governo nos aspectos físico e financeiro. Corresponde, portanto, ao período de tempo em que se processam as atividades típicas do Orçamento Público. O esquema gráfico abaixo demonstra as principais etapas do processo de planejamento governamental: Elaboração/Revisão do PPA Elaboração/Aprovação da LDO Elaboração da LOA Controle e Avaliação da Execução Orçamentária Execução Orçamentária Discussão/Votação /Aprovação da LOA 4 1.3 PLANO PLURIANUAL Plano Plurianual é um instrumento de planejamento com características orçamentárias pautado em programas de trabalho para ser executado no período correspondente a um mandato político, a ser contado a partir do exercício financeiro seguinte ao de sua posse, atingindo o primeiro exercício financeiro do próximo mandato; objetivando assim, garantir a continuidade dos planos e programas instituídos pelo governo anterior. O PPA é instituído por Lei, sendo que a iniciativa do Projeto de Lei é do Poder Executivo, mas todos os órgãos que compõem a Administração têm grande responsabilidade pelo planejamento plurianual, devendo o mesmo conter de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública para as despesas de capital e para as relativas aos programas de duração continuada, conforme o § 1°, do art. 165 da Constituição Federal. O envio do Projeto de Lei do PPA ao Poder Legislativo deverá ser feito até 31 de agosto do primeiro ano de mandato (no caso do governo federal e estadual), e devolvido para sanção do Poder Executivo até o final da segunda sessão legislativa, ou seja, 15 de dezembro. Os principais objetivos do PPA são: Definir, com clareza, as metas e prioridades da administração, bem como os resultados esperados; Organizar, em Programas, as ações de que resulte oferta de bens ou serviços que atendam demandas da sociedade; Estabelecer a necessária relação entre os Programas a serem desenvolvidos e a orientação estratégica de governo; Nortear a alocação de recursos nos Orçamentos anuais, compatível com as metas e recursos do Plano de Governo; Facilitar o gerenciamento das ações do governo, atribuindo responsabilidade pelo monitoramento destas ações e pelos resultados obtidos; Integrar ações desenvolvidas pela União, Estados e Municípios; Estimular parcerias com entidades privadas, na busca de fontes alternativas para o financiamento dos programas; Explicitar, quando, couber, a distribuição regional das metas e gastos do governo; Dar transparência à aplicação de recursos e aos resultados obtidos. 1.3.1 DIRETRIZES DE GOVERNO Apontam ou traçam as direções, regulam os planos de governo, estabelecem critérios para o planejamento. São "bússolas” que dão rumo ao planejamento e são os resultados principais ou maiores, em longo prazo, que necessitarão ser desenvolvidos e que se pretendem alcançar. São, pois, o conjunto de programas, ações e de decisões orientadoras dos aspectos envolvidos no planejamento, sendo ainda o nível mais abstrato para formulação geral do plano de governo, As diretrizes de governo orientam as ações estabelecendo critérios que definem as estratégias de governo. São detalhadas em objetivos por meio dos programas. 1.3.2 ESTRUTURA PROGRAMÁTICA Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos objetivos estratégicos definidos no Plano Plurianual PPA para o período de quatro anos. 5 Conforme estabelecido no artigo 3° da Portaria MOG n.º 42/1999, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabelecerão, em atos próprios, suas estruturas de programas, códigos e identificação, respeitados os conceitos e determinações nela contidos. Ou seja, todos os entes devem ter seus trabalhos organizados por programas. Mas cada um estabelecerá sua estrutura própria de acordo com a referida Portaria. Um Programa deverá conter, no mínimo, objetivo, indicador que quantifique a situação que o programa tenha por fim modificar e os produtos (bens e serviços) necessários para atingir o objetivo. Os produtos dos programas darão origem aos projetos e atividades. Cada projeto ou atividade só poderá estar associado a um produto, que, quantificado por sua unidade de medida, dará origem á meta. Os programas serão compostos por atividades, projetos e operações especiais. Essas últimas poderão fazer parte dos programas quando entendido que efetivamente contribuem para a consecução de seus objetivos. Quando não, as operações especiais não se vincularão a programas. 1.3.2.1 PROGRAMAS O programa é o instrumento de organização da atuação governamental. Articula um conjunto de ações que concorrem para um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores estabelecidos no Plano Plurianual, visando à solução de um problema ou atendimento de uma necessidade ou demanda da sociedade. Os programas de governo são os instrumentos das diretrizes e devem estabelecer os objetivos (resultados esperados dos programas). São executados pelas ações (mensuráveis em metas). Esses programas integram o PPA e o Orçamento, e são, portanto, o elo de integração entre esses dois instrumentos de planejamento. O programa é o módulo comum integrador entre o plano e o orçamento. O plano termina no programa e o orçamento começa no programa, o que confere a esses instrumentos uma integração desde a origem. O programa, corno módulo integrador, e as ações, como instrumentos de realização dos programas. A organização das ações do governo sob a forma de programas visa proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, bem como elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos. Cada programa deve conter objetivo, indicador que quantifica a situação que o programa tenha como finalidade modificar e os produtos (bens e serviços) necessários para atingir o objetivo. A partir do programa são identificadas as ações sob a forma de atividades, projetos ou operações especiais, especificando os respectivos valores e metas e as unidades orçamentárias responsáveis pela realização da ação. A cada projeto ou atividade, só poderá estar associado um produto, que, quantificado por sua unidade de medida, dará origem à meta. Tipos de programa: Os programas são classificados em dois tipos: Programas Finalísticos: Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais. 6 1.3.2.1.1 Programas Finalísticos Toda a ação finalística de governo deverá ser estruturada em programas, orientados para consecução dos objetivos estratégicos definidos para o período no PPA. A ação finalística é a que proporciona bem ou serviço para atendimento direto às demandas da sociedade. São programas que resultam em bens e serviços ofertados diretamente à sociedade, cujos resultados sejam passíveis de mensuração. Seus atributos básicos são: denominação, objetivo, público—alvo,indicador(es), fórmulas de cálculo do índice, órgão(s), unidades orçamentárias e unidade responsável pelo programa. 1.3.2.1.2 Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais São programas voltados aos serviços típicos de Estado, ao planejamento, à formulação de políticas setoriais, à coordenação, à avaliação ou ao controle dos programas finalísticos, resultando em bens ou serviços ofertados ao próprio Estado, podendo ser composto inclusive por despesas de natureza tipicamente administrativas. 1.3.3 OBJETIVOS Representam o detalhamento ou decomposição dos programas, que deverão ser atendidos, de forma a concretizar as diretrizes e, consequentemente, os objetivos. Indicam os resultados pretendidos pela Administração a serem realizados pelas ações 1.3.4 AÇÕES Nas leis orçamentárias e nos balanços, as ações serão identificadas em termos de funções, subfunções, programas, atividades, projetos e operações especiais. São de três naturezas diferentes as ações de governo que podem ser classificadas como categorias de programação orçamentária: atividade, projeto e operação especial. Os projetos e atividades são os instrumentos orçamentários de viabilização dos programas. Estão assim conceituados. Atividade: é um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo continuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo. As atividades são identificadas pelos números pares 2, 4, 6, ou 8. Ex: 2.xxx, 4.xxx, 6.xxx, 8.xxx. Exemplo: Órgão: 44.000 — Secretaria de Estado da Saúde — Fundo Estadual de Saúde Unidade Orçamentária: 44.201 — Instituto Estadual de Saúde Pública Função: 10 – Saúde Subfunção: 302 — Assistência Hospitalar e Ambulatorial Programa: 0013 — Assistência a Saúde Atividade: 2.730 — Manutenção do Hospital São Lucas 7 Projeto: é um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, que se realizam num período limitado de tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo. Os projetos são identificados pelos números ímpares 1, 3, 5, ou 7. Ex: 1.xxx, 3.xxx, 5.xxx, 7.xxx. Exemplo: Órgão 44.000 - Secretaria de Estado da Saúde - Fundo Estadual de Saúde Unidade Orçamentária: 44.201 — Instituto Estadual de Saúde Pública Função: 10 — Saúde Subfunção: 302 — Assistência Hospitalar e Ambulatorial Programa: 0013 — Assistência a Saúde Projeto: 1.730 — Criação da Unidade integrada de Serviço Social e Psicológico Tanto a atividade como o projeto envolvem um conjunto de operações que têm como resultado um produto. No caso da atividade, um produto necessário à manutenção do governo, no caso do projeto, um produto que concorre para a expansão ou aperfeiçoamento da ação do governo. Operação Especial: são despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. Representam, basicamente, o detalhamento da função "Encargos Especiais". São despesas passíveis de enquadramento nesta ação: amortizações e encargos, aquisição de títulos, pagamento de sentenças judiciais, transferências a qualquer titulo (não confundir com descentralização), fundos de participação, operações de financiamento (concessão de empréstimo), ressarcimentos de toda a ordem, indenizações, pagamento de inativos, participações acionárias, contribuição a organismos nacionais e internacionais, compensações financeiras. Com exceção do pagamento de inativos, que integra uma função especifica, as demais operações serão classificadas na função "encargos especiais". Ou seja, as operações especiais não vinculadas a programas constantes do Plano Plurianual, comporão em função específica, denominada "encargos especiais", sem identificação de programas. As operações especiais serão identificadas pelos numero "0". Ex: 0.xxx. Exemplo 01: Órgão: 80,000 — Encargos Gerais do Estado Unidade Orçamentária; 80.102 - Administração Geral da Secretaria de Estado da Fazenda Função: 28 - Encargos Especiais Subfunção: 843 — Serviço da Divida interna Programa: 0904 — Operações Especiais: Divida Interna Operação Especial: 0.940 — Amortização e Encargos s/o Refinanciamento da Dívida Pública Interna. 8 Exemplo 02: Órgão: 35.000 — Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Infra-Estrutura e dos Transportes Unidade Orçamentária: 35.201 — Departamento de Edificações, Rodovias e Transportes do ES Função: 09 - Previdência Social Subfunção: 274 - Previdência Especial Programa: 0064 - Complementação de Aposentadoria e Pensões Especiais Operação Especial: 0.540 - Complementação de Aposentadorias e Pensões 1.3.4.1 METAS São a mensuração das ações de governo para definir quantitativa e qualitativamente o que se propõe ser atendido e qual parcela da população se beneficiará com a referida ação. Também, podem-se entender as ações com um marco ou ponto que se pretende alcançar em curto prazo e que, em conjunto, concretizam os programas. Devem ser estabelecidas como alvos a serem atingidos, quantificados no tempo, de tal forma que sejam de fácil aferição em sua realização. Resumem-se em especificação e quantificação físicas dos detalhamentos definidos. Os projetos e atividades são instrumentos de realização dos programas em nível orçamentário e das ações selecionadas para o exercício, detalhados em dotações orçamentárias. Meta física é a quantidade de produto a ser ofertado por ação, de forma regionalizada, se for o caso, num determinado período e instituída para cada ano. As metas físicas são indicadas em nível de subtítulo e agregadas segundo os respectivos projetos, atividades ou operações especiais. Vale ressaltar que o critério para regionalização de metas é o da localização dos beneficiados pela ação. Exemplo: No caso da vacinação de crianças, a meta será regionalizada pela quantidade de crianças a serem vacinadas ou de vacinas empregadas em cada Estado, ainda que a campanha seja de âmbito nacional e a despesa paga de forma centralizada. O mesmo ocorre com a distribuição de livros didáticos. 1.3.5 CICLO DE GESTÃO DO PLANO PLURIANUAL A atividade de planejamento se desenvolve de forma contínua, cada fase se constituindo em fonte de orientação para os passos seguintes. O ciclo de gestão do PPA compreende, além da elaboração do Plano, a implantação dos Programas que o constituem e seu monitoramento, bem como a avaliação e revisão do plano. Elaboração - processo de construção da base estratégica e de definição dos Programas e ações, através dos quais se materializará a ação do governo. O PPA elaborado será apresentado sob a forma de Projeto de Lei, para discussão com o Legislativo; Implantação - é a operacionalização do Plano aprovado, através de seus Programas, onde a disponibilização de recursos, através dos orçamentos anuais, tem caráter fundamental; 9 Monitoramento - processo de acompanhamento da execução das ações do Programa, visando à obtenção de informações para subsidiar decisões, bem como a identificação e a correção de problemas; Avaliação - é o acompanhamento dos resultados pretendidos com o PPA e do processo utilizado para alcançá-los. A avaliação do Plano buscará aferir até que ponto as estratégias adotadas e as políticas públicas desenvolvidas atendem as demandas da sociedade, que nortearam a elaboração dos programas integrantes do PPA; Revisão - processo de adequação do Plano às mudanças internas e externas da conjuntura política, social e econômica, por meio da alteração, exclusão ou inclusão de Programas. A revisão do PPA resulta dos processos de monitoramento e avaliação. 1.4 LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS A implantação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) pela Constituiçãode 1988 representa um importante marco na reforma do orçamento brasileiro, pois a mesma permite que a administração defina, no ano anterior, as prioridades das metas presentes no Plano Plurianual, possibilitando ao Legislativo, antes da aprovação da Lei Orçamentária Anual, uma discussão prévia sobre a definição a respeito das metas e objetivos que se pretende alcançar. A Constituição estabelece, no § 20 de seu art. 165, que a LDO conterá: as metas e prioridades da administração pública, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente; as orientações para a elaboração da lei orçamentária anual: as alterações na legislação tributária local; a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. Com o advento da Lei de Responsabilidade Fiscal a LDO passou ainda a exaltar: o equilíbrio entre receitas e despesas; os critérios e formas de limitação de empenho, visando ao cumprimento de metas fiscais e do resultado primário e nominal, além de direcionar formas de limites de gastos com pessoal, limites de dívidas, uso da reserva de contingência, avaliação dos passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, e a inclusão do Anexo de Metas Fiscais e do Anexo de Riscos Fiscais. A LDO deverá ser encaminhada pelo Executivo, no âmbito da União até 15 de abril de cada ano, devendo ser aprovada pelo Legislativo até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa. A LDO tem o objetivo de estabelecer um elo de ligação entre o Plano Plurianual e os Orçamentos Anuais, compatibilizando as metas do Plano à estimativa das disponibilidades financeiras para determinado exercício. O seu papel consiste em ajustar as ações de governo, previstas no PPA, às reais possibilidades de caixa. A Lei de Responsabilidade Fiscal imputou a LDO um elemento de planejamento para a realização de receitas e o controle das despesas públicas, como o objetivo de alcançar e manter o equilíbrio fiscal. 1.5 LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL A Lei Orçamentária Anual é o instrumento de planejamento utilizado pelo governo para gerenciar as receitas e despesas públicas em cada exercício financeiro. A LOA é também chamada Lei de Meios, pois é uma lei especial que contém a discriminação da receita e da 10 despesa pública, de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do governo. É o instrumento legal que deve conter o orçamento fiscal dos Poderes do Estado, de seus fundos, órgãos e entidades da administração pública direta e indireta, o orçamento de investimento das empresas em que o Poder Público, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital com direito a voto e o orçamento da seguridade social, incluindo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, conforme estabelece o art. 165, § 5° da Constituição Federal. Assim, temos as seguintes categorias, em termos de orçamento: Categorias Observações Orçamento Fiscal Detalhamento dos montantes das receitas que deverão ser captadas pelo Poder Público através do poder fiscal a ele delegado, bem como dos gastos e das programações que serão financiados por seu intermédio. Referente aos Poderes do Município, seus fundos, órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. Orçamento de Investimento das Empresas Ressente-se da insuficiência de normas sobre sua elaboração, execução e prestação de contas, devido à inexistência de normas próprias na lei nº 4.320/1964 e a não ter sido ainda produzida a lei complementar sobre a matéria, prevista no art. 165, § 9º, da CF/1988. Orçamento de investimento das empresas em que o Município, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto. Tem sido caracterizado nas LDO’s da União dos últimos exercícios, como referente às despesas com a aquisição do ativo imobilizado, excetuadas as relativas à aquisição de bens para arrendamento mercantil. Orçamento da Seguridade Social Receitas vinculadas aos gastos da seguridade social - especialmente as contribuições nominadas no art. 195 da CF/1988 - que deverão ser captadas pelo Poder Público e outras que lhe sejam asseguradas ou transferidas pelo orçamento fiscal e pelas programações relativas à saúde, à previdência e à assistência social que serão financiadas por tais receitas. Abrange todas as entidades e órgãos da Administração Direta ou Indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. Orçamento público é, pois, o elo entre o planejamento e as funções executivas da organização, em que a locação de recursos visa consecução de objetivos e metas. Orçamento de hoje é denominado de orçamento-programa, pois em sua elaboração consideram-se todos os custos dos programas e ações, sem perder de vista sua estrutura 11 voltada para os aspectos administrativos e de planejamento. Ressalte-se que o orçamento- programa discrimina as despesas, demonstrando em quê e para quê serão despendidos os recursos e quem será o responsável pela execução de seus programas. Deve-se salientar ainda que, se de uni lado o planejamento de inicia pelo programa plurianual, o orçamento-programa detalha cada uma de suas etapas dentro de um período de tempo, no caso do Brasil o ano civil ou financeiro, que vai de 10 de janeiro a 31 de dezembro de cada ano. Ressalta-se ainda, que a Lei Orçamentária Anual deve guardar, na sua elaboração e aprovação, compatibilidade com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e, para isso, a Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que a LOA deverá conter: Demonstrativo de compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e metas constantes da Lei de Diretrizes Orçamentárias; Demonstrativo do Impacto Orçamentário-Financeiro referente ás renúncias de receita e ás despesas obrigatórias de caráter continuado; Reserva de Contingência definida com base na receita corrente liquida que será utilizada no pagamento dos passivos contingentes; Despesas relativas á dívida pública, mobiliária ou contratual e as receitas que as atenderão; O refinanciamento da dívida mobiliária. A iniciativa do projeto de lei é do Poder Executivo, no âmbito da União até 31 de agosto de cada ano, devendo ser aprovada pelo Legislativo e devolvida para sanção até o encerramento do segundo período da sessão legislativa. Modernamente, o Orçamento pode ser entendido como "o processo pelo qual se elabora, expressa, executa e avalia o nível de cumprimento da quase totalidade do programa de governo, para cada período orçamentário. É um instrumento de governo, de administração e de efetivação e execução dos planos gerais de desenvolvimento socioeconômico" - II Curso Intensivo de Programação Orçamentária, prof. Jorge Estupiñán FGV, 1970, unia vez que integra o Sistema de Planejamento. Não se espera, portanto, que o orçamento apenas fixe despesas e preveja receitas para um período, ele avança no tempo e dá forma a um direcionamento macroeconômico e social que expressará os planos do governo para que o Estado evolua e, priorizando suas ações, conduza a sociedade a uma evolução contínua. 1.6 PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS Na elaboração do orçamento, além de procedimentos recomendados por entidades nacionais, ou mesmo internacionais; há também alguns específicos regulamentados por legislação própria, contemplando toda a sua trajetória elaboração, discussão, aprovação, execução e controle, denominados de princípios orçamentários. A matéria está disciplinada na Constituição Federal, Seção ll (dos Orçamentos), artigos 165 e 169; e na Lei 4320/1964. 1.6.1 UNIDADE O orçamento deve ser uno, isto é, cada unidade governamental deve possuir apenas um orçamento. Os orçamentos de todos os órgãos autônomos que constituem o setor público devem-se fundamentar em uma únicapolítica orçamentária estruturada uniformemente e que se ajuste a um método único. 12 Todas as receitas e despesas devem estar contidas numa só Lei Orçamentária. Os orçamentos devem, por conseguinte, estar integrados num só ato político do Poder Legislativo, sempre com o objetivo maior de satisfazer às necessidades coletivas. É necessário, portanto, que cada orçamento se ajuste ao principio da unidade em seu conteúdo, metodologia e expressão, e com isto contribuirá para evitar a duplicação de funções ou superposição de entidades na realização de atividades correlatas, colaborando de maneira valiosa para racionalização na utilização dos recursos. 1.6.2 UNIVERSALIDADE O orçamento deve conter todas as receitas e todas as despesas do Estado, dos poderes, fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta. Ao elaborar o orçamento, deve-se ter o cuidado de prever todos os gastos, bem como, todas as prováveis fontes autorizadas que constituirão o Tesouro Público. Deverão ser incluídos no orçamento todos os aspectos do programa de cada órgão, principalmente aqueles que envolvam qualquer transação financeira ou econômica. 1.6.3 ORÇAMENTO BRUTO Por este principio, todas as receitas e despesas devem constar no Orçamento pelos seus valores brutos, sem quaisquer tipos de deduções. Busca-se com esta regra impedir a inclusão de importâncias liquidas, isto é, a inclusão apenas do saldo positivo ou negativo resultante do confronto entre as receitas e despesas de determinado serviço público. No mecanismo das transferências de recursos entre unidades de governo cabe, com maior clareza, a aplicação do princípio. O § 1° do art. 6° da Lei 4.320/1964 deixa clara essa questão: "As cotas de receita que uma entidade pública deva transferi a outra incluir- se-ão, como despesa, no orçamento de entidade obrigada à transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber" O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e sobre a Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal, e de Comunicação (ICMS) pode ser tomado como exemplo para o presente caso. Segundo o art. 158, IV da Constituição Federal, do total arrecadado pelo governo estadual, 25 % cabe aos Municípios. Assim, na receita do orçamento estadual deve constar a estimativa da arrecadação integral do tributo e, na despesa, o correspondente aos 25% como transferências aos Municípios. Já no orçamento de receita de cada Município deve aparecer a previsão dos recursos que lhe serão transferidos. 1.6.4 ANUALIDADE A aplicação deste princípio estabelece que o orçamento público deve ter vigência limitada a um período anual, conforme o art. 2° da Lei 4.320/1964. Por certo a Anualidade é fruto de duas premissas: quanto mais longa a previsão, maior a possibilidade de erros; e, o orçamento se materializa num ato tão completo que seria impossível fazê-lo num prazo reduzido de tempo. 1.6.5 EXCLUSIVIDADE 13 Deverão ser incluídos no orçamento, exclusivamente, assuntos que lhe sejam pertinentes; ou seja, deve-se evitar que só incluem na lei de orçamento, normas relativas a outros campos jurídicos e que são estranhos à previsão da receita e da fixação da despesa para o próximo exercício. Segundo este princípio, a Lei Orçamentária não poderá conter matéria adversa ou estranha à previsão da receita e à fixação da despesa. Este princípio visa impedir que a lei orçamentária seja utilizada com o meio legislativo rápido para se aprovar, com facilidades, medidas que talvez não lograssem êxito pelo trâmite regular. Tal princípio está consignado no art. 165, § 8° da Constituição Federal e no art. 7° da Lei 4.320/1964. 1.6.6 NÃO AFETAÇÃO DAS RECEITAS A Constituição Federal de 1988 estabelece: "Art. 167 — São vedados: I - (...} IV - a vinculação de receita de impostos a órgãos, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde e para manutenção e desenvolvimento do ensino, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2°. e 212, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8°, bem como o disposto no § 4 0 deste artigo; " Com essa disposição, fica consolidada a orientação de impedir que as receitas de impostos sofram vinculações e comprometimentos com organismos e programas. As exceções mencionadas nos artigos 158 e 159 são as participações que Estados, Municípios e Distrito Federal têm no produto da arrecadação dos impostos sobre a renda e proventos de qualquer natureza, sobre produtos industrializados, sobre a propriedade territorial rural, sobre a propriedade de veículos automotores, sobre as operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. Outra exceção caracterizada no dispositivo é a vinculação prevista no artigo 212, em que a União não poderá deixar de aplicar, anualmente, menos de 18% e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, menos de 25% da receita resultante de impostos, na manutenção e desenvolvimento do ensino. O constituinte foi ainda mais longe na preocupação de liberar a receita de impostos de amarrações, impedindo, ainda, que tais receitas fossem dadas como garantia às operações de crédito, com exceção daquelas de antecipação da receita. A Emenda Constitucional n° 29 criou outra exceção, ao estabelecer a vinculação mínima de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, sendo para os Estados o montante de 12% e para os Municípios de 15%, do produto da arrecadação dos impostos, deduzidas as respectivas transferências legais. 14 1.6.7 ESPECIFICAÇÃO Trata-se da discriminação, tem o fim de vedar autorizações globais, tanto para arrecadar como para aplicar recursos financeiros. Exige que o plano de cobrança dos tributos e o programa de custeio e investimentos sejam expostos pormenorizadamente. Esta regra reforça a ação fiscalizadora do Poder Legislativo. 1.6.8 EQUILÍBRIO O orçamento deverá manter equilíbrio, do ponto de vista financeiro, entre os valores de receita e da despesa. Procura-se consolidar uma salutar política econômico-financeira que produza a igualdade entre valores de receita e despesa, evitando desta forma déficit, que causam endividamento congênito, isto é, déficit que obriga a constituição de divida, que por sua vez, causa o déficit. 1.6.9 PUBLICIDADE O orçamento público deve merecer ampla publicidade, por sua importância e significação, para conhecimento público e para eficácia de sua validade enquanto ato oficial de autorização de arrecadação de receitas e a execução de despesas. Entretanto, devemos considerar que o atendimento a tal princípio configura-se apenas como um atenuante para a falta de conhecimento deste valioso instrumento que é o orçamento público. Deve-se dar maior ênfase ao processo orçamentário nos meios de comunicação, através de uma linguagem acessível ao cidadão comum, para que atinja, efetivamente, a publicidade da programação e aplicação dos recursos públicos. 1.6.10 PROGRAMAÇÃO O orçamento deve ter o conteúdo e a forma de programação. Isto ocorre da própria natureza do orçamento, que é a expressão dos programas de cada um dos órgãos do setor público. Programar é selecionar objetivos que se procuram alcançar, assim como determinar as ações que permitam atingir tais fins e calcular e consignar os recursos humanos, materiais e financeiros, para a efetivação dessas ações. 1.7 ETAPAS DA ELABORAÇÃO ORÇAMENTÁRIA Elaborar um orçamento deve ser entendido como um processo. As principais etapas da elaboração dos instrumentos orçamentários são as seguintes: ETAPA DESCRIÇÃO Preliminar Fixação das diretrizes; Projeções e Prognósticos. Inicial Preparo das normas e instruções; Encaminhamentoàs unidades operacionais. Intermediária Indicação, pelas unidades operacionais, dos programas de trabalho a serem desenvolvidos, discriminando: funções e atividades, códigos de despesa e fonte de recursos; Consolidação das propostas parciais do orçamento ao nível ministerial. 15 Final Consolidação das propostas setoriais; Formulação da proposta geral de orçamento; Aprovação da proposta geral pelo chefe do Poder Executivo; Encaminhamento ao legislativo. 2 CRÉDITOS ADICIONAIS São valores que se adicionam ou acrescem ao orçamento, quer corno reforço de dotações existentes, quer como dotações destinadas à cobertura de encargos provenientes da criação de novos serviços, ou, ainda, para atender a despesas imprevisíveis e urgentes. Seu uso tende a ser mínimo ou talvez excepcional, dado ao maior empenho dos administradores à elaboração orçamentária. O art. 40, da Lei Federal n° 4.320/1964 define créditos adicionais como autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei do Orçamento e, em seu art. 7° dispõe que A Lei do Orçamento poderá conter autorização ao executivo para: I — abrir créditos suplementares até determinada importância. 2.1 CLASSIFICAÇÃO I - Suplementares - destinam-se ao reforço de dotações orçamentárias. Uma ilação óbvia é a de que, para haver um reforço, é necessário que haja a dotação orçamentária. Portanto, são autorizações para reforço de dotações orçamentárias que, por qualquer motivo, tornaram-se insuficientes; II - Especiais - Para obtenção desses recursos, o Poder Executivo deve enviar um projeto de lei ao Legislativo, solicitando uma autorização para abertura de crédito especial, que deve se destinar à cobertura de despesas eventuais ou essenciais, para a criação de serviços novos, não considerados na Lei do Orçamento. Se o serviço se prolongar para o exercício seguinte, devem ser tomadas providências para que sejam adotadas as dotações necessárias na Lei Orçamentária; III - Extraordinário - São destinados a despesas urgentes e imprevisíveis, em caso de guerra, comoção intestina (ou subversão interna — fatos que identificam uma revolta) ou calamidade pública. Caracteriza-se peia imprevisibilidade e urgência na despesa. 2.2 VIGÊNCIA 2.2.1 CRÉDITOS SUPLEMENTARES Sua vigência é restrita ao exercício, isto é, o Poder Legislativo concede a autorização através da própria Lei do Orçamento, ou através de leis próprias ou especificas, e possuem vigência restrita ao exercício em que foram concedidos. 2.2.2 CRÉDITOS ESPECIAIS E EXTRAORDINÁRIOS Segundo a Constituição Federal, artigo 167, § 20, os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de 16 autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente. Duas situações podem ocorrer: Se ocorridas até o final de agosto - a vigência é adstrita ao exercício financeiro em que forem autorizadas; De 01 de setembro a 31 de dezembro - sua vigência é plurianual, isto é, pode ser estendida até o término do exercício financeiro subsequente. 2.3 FONTES DE RECURSOS São recursos que permitem a abertura de créditos suplementares e especiais, desde que não comprometidos: I) Superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior — diferença positiva entre ativo financeiro e passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculados; II) Provenientes de excesso de arrecadação — saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre as arrecadações previstas e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício; III) Resultantes da anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos autorizados em lei — diz respeito à redução de parte, ou integral de dotações consignadas na Lei do Orçamento ou em créditos adicionais, pois, ¡á autorizadas, já possuíam recursos financeiros de cobertura; IV) Produto de operações de crédito autorizadas, de forma que, juridicamente, possibilite ao Poder Executivo realizá-las. 17 3 RECEITA PÚBLICA Entende-se, genericamente, por Receita Pública todo e qualquer recolhimento feito aos cofres públicos, quer seja efetivado através de numerário ou outros bens representativos de valores — que o Governo tem direito de arrecadar em virtude de leis, contratos ou quaisquer outros títulos de que derivem direitos a favor do Estado -, quer seja oriundo de alguma finalidade especifica, cuja arrecadação lhe pertença ou caso figure como depositário dos valores que não lhe pertencerem Ao analisarmos o art. 30 da Lei 4.320/64 verificamos o seguinte: "art. 3° - A Lei de Orçamento compreenderá todas as receitas, inclusive as operações de crédito autorizadas em lei. Parágrafo Único — não se consideram para os fins deste artigo as operações de crédito por antecipação de receita, as emissões de papel- moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiro." Pela simples leitura do texto referido na observação que existem dois tipos de receitas, as que devem estar compreendidas na Lei de Orçamento e dela fazer parte e as que, ao serem recolhidas, verificamos não pertencerem ao poder público, que as arrecada para atender a normas, regulamentos ou contratos, sendo simplesmente depositário do valor, constituindo- se em simples entradas compensatórias financeiras e que não devem ser consideradas na Lei de Orçamento. Portanto, a Receita Pública desdobra-se em dois grupos: Receita Orçamentária; e Receita Extra-Orçamentária. 3.1 TIPOS DE RECEITA 3.1.1 RECEITA ORÇAMENTÁRIA A Receita Orçamentária é a consubstanciada no Orçamento público, constantes na Lei Orçamentária, tais como tributos, transferências, alienações, amortizações de empréstimos concedidos, operações de crédito por prazos superiores a doze meses e outros. 3.1.2 RECEITA EXTRA-ORÇAMENTÁRIA OBSERVAÇÃO: RECEITAS ORIGINÁRIAS E RECEITAS DERIVADAS A doutrina classifica as receitas públicas, quanto à procedência, em originárias e derivadas. Essa classificação possui uso acadêmico e não é normatizada; portanto, não é utilizada como classificador oficial da receita pelo poder público. Receitas públicas originárias, segundo a doutrina, são as arrecadadas por meio da exploração de atividades econômicas pela Administração Pública. Resultam, principalmente, de rendas do patrimônio mobiliário e imobiliário do Estado (receita de aluguel), de preços públicos5, de prestação de serviços comerciais e de venda de produtos industriais ou agropecuários. Receitas públicas derivadas, segundo a doutrina, são as obtidas pelo poder público por meio da soberania estatal. Decorrem de norma constitucional ou legal (princípio da legalidade) e, por isso, são auferidas de forma impositiva, como, por exemplo, as receitas tributárias e as de contribuições especiais. 18 A Receita Extra-Orçamentária engloba os valores provenientes de toda e qualquer arrecadação que não figure no orçamento do Estado e, conseqüentemente, todo recolhimento que não constitui sua renda. Portanto, não pertence ao Estado. Possui caráter de extemporaneidade ou de transitoriedade pelo patrimônio público. Representa o recebimento de recursos que constituirão compromissos exigíveis, cujos pagamentos independem de autorização do Poder Legislativo. Na verdade, as receitas extra-orçamentárias representam apenas valores recebidos pelo Estado, mas que não são de sua propriedade e, evidentemente, terão de ser devolvidos ou transferidos para terceiros. O Estado figura apenas como depositário dos valores que ingressam a esse titulo, como por exemplo: as cauções, as fianças, as consignações eoutras. Portanto, não deveriam ser denominadas receitas, mas disponibilidade transitória. 3.2 CLASSIFICAÇÃO ECONÓMICA DA RECEITA A receita orçamentária, segundo a Lei 4.320/1964, é classificada em categorias econômicas, ou seja, Receitas Correntes e Receitas de Capital. A Portaria Interministerial STN/SOF nº 338, de 26 de abril de 2006, estabelece, ainda, a necessidade de identificação das receitas correntes intra-orçamentárias e receitas de capital intra-orçamentárias. As receitas intra-orçamentárias constituem contrapartida das despesas realizadas na Modalidade de Aplicação "91 — Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social", incluída na Portaria Interministerial STN/SOF n° 163/2001 pela Portaria Interministerial STN/SOF n° 688, de 14 de outubro de 2005. Dessa forma, na consolidação das contas públicas, conforme determina o art. 51 da Lei de Responsabilidade Fiscal, essas despesas e receitas poderão ser identificadas, de modo que se anulem os efeitos das duplas contagens decorrentes de sua inclusão no orçamento. 19 As subcategorias econômicas das receitas intra-orçamentárias correntes e de capital são as mesmas das receitas correntes e de capital, constantes dos itens 4.1 e 4.2, respectivamente. No entanto, atendem à especificidade de se referirem a operações entre órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social da mesma esfera governamental. As rubricas das receitas intra-orçamentárias deverão ser identificadas a partir dos códigos: 7000.00.00 — Receitas Intra-Orçamentárias Correntes 8000.00.00 — Receitas intra-Orçamentárias de Capital O mecanismo de formação do código dessas receitas consiste em substituir a categoria econômica da natureza pelos dígitos 7, se receita intra-orçamentária corrente, e 8, se receita intra-orçamentária de capital. Os demais níveis deverão ser mantidos, conforme a conta original. As classificações intra-orçamentárias não constituem novas categorias econômicas de receita. Essas têm a mesma função da receita original, diferenciando-se apenas pelo fato de destinarem-se ao registro de receitas provenientes de órgãos pertencentes ao mesmo orçamento. Por isso, não há necessidade de atualização dos códigos das naturezas de receita intra-orçamentárias. 3.2.1 RECEITAS CORRENTES São as que se destinam aos gastos correntes e decorrem de transações efetivadas pelas entidades da Administração Pública que não resultem em constituição ou majoração de seu patrimônio, ou que estejam assim definidas em lei. A classificação da receita corrente obedecerá ao seguinte esquema: I — Receitas Correntes: Receita Tributária Receita de Contribuições Receita Patrimonial Receita Agropecuária Receita Industrial Receita de Serviços Transferências Correntes Outras Receitas Correntes Receitas Correntes Intra-Orçamentárias Receitas Tributárias — são as receitas derivadas de tributos em geral, ou seja, dos impostos, taxas e contribuição de melhoria. Receitas de Contribuições - são arrecadações de receitas destinadas á manutenção dos programas e serviços sociais e de interesse público contribuição social e econômica. São comumente utilizadas para a contabilização das receitas das autarquias das instituições previdenciárias. Receitas Patrimoniais — são receitas provenientes da arrecadação, pelo Poder Público, de valores provenientes de recebimentos advindos de seu patrimônio mobiliário (títulos), imobiliário (aluguéis e arrendamentos) e participação societária. 20 Receitas Agropecuárias — são os ingressos provenientes da atividade ou da exploração agropecuária de origem vegetal ou animal. Incluem-se nessa classificação as receitas advindas da exploração da agricultura (cultivo do solo), da pecuária (criação, recriação ou engorda de gado e de animais de pequeno porte) e das atividades de beneficiamento ou transformação de produtos agropecuários em instalações existentes nos próprios estabelecimentos. Receitas Industriais - entende-se por industrial a receita proveniente de exploração direta de atividades tipicamente industriais, tais como: indústria extrativa mineral, indústria de transformação, indústria de construção e receita de serviços industriais de utilidade pública (produção e distribuição de energia elétrica, água, saneamento, etc.) Receitas de Serviços — é o ingresso proveniente da prestação de serviços de transporte, saúde, comunicação, portuário, armazenagem, de inspeção e fiscalização, judiciário, processamento de dados, vendas de mercadorias e produtos inerentes à atividade da entidade e outros serviços. Transferências Correntes — são os ingressos provenientes de outros entes/entidades, referente a recursos pertencentes ao ente/entidade recebedora ou ao ente/entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas correntes. Outras Receitas Correntes — são as receitas correntes originárias da cobrança de multas e juros de mora, indenizações e restituições, receitas de dívida ativa, entre outras, destinadas a despesas correntes que não possam ser enquadradas nas demais classificações anteriores. Receitas Correntes Intra-Orçamentárias - são receitas correntes de órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e de outras entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social decorrentes do fornecimento de materiais, bens e serviços, recebimentos de impostos, taxas e contribuições, além de outras operações, quando o fato que originar a receita decorrer de despesa de órgão, fundo, autarquia, fundação, empresa estatal dependente ou de outra entidade constante desses orçamentos, no âmbito da mesma esfera de governo. 3.2.2 RECEITAS DE CAPITAL São as receitas que se destinam à cobertura de despesas de capital a título de investimentos, com intitulação legal, ou seja, que provoca acréscimo ao patrimônio público. A classificação da receita de capital obedecerá ao seguinte esquema: I — Receitas de Capital: Operações de Crédito Alienação de Bens Amortização de Empréstimos Transferências de Capital Outras Receitas de Capital Receitas de Capital Intra-Orçamentárias Operações de Crédito — são os recursos oriundos de contratos de constituição de dívidas, para captação de recursos monetários, de bens ou serviços, por meio de empréstimos e 21 financiamentos internos ou externos, para acobertar a realização de projetos e atividades das entidades públicas. Alienação de Bens — corno o próprio nome já diz, são os recursos obtidos de alienação ou venda de bens patrimoniais móveis ou imóveis, ou seja, sua conversão em moeda corrente. Amortização de Empréstimos — refere-se aos valores recebidos como pagamento por empréstimos concedidos a outras entidades de direito público ou privado. Transferências de Capital — são recursos financeiros recebidos de outras entidades de direito publico ou privado, destinados a atender a gastos classificados em despesas de capital. Outras Receitas de Capital — são as receitas de capital que constituirão uma classificação genérica que não se enquadram em nenhuma das fontes anteriores ou que não estejam especificadas em lei. Receitas de Capital Intra-Orçamentárias — são receitas de capital de órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social derivadas da obtenção de recursos mediante a constituição de dívidas, amortização de empréstimos e financiamentos ou alienação de componentes do ativo permanente, quando o fato que originar a receita decorrer de despesa de órgão, fundo, autarquia, fundação, empresa estatal dependente ou outra entidadeconstante desses orçamentos, no âmbito da mesma esfera de governo. 3.3 CLASSIFICAÇÃO POR DESTINAÇÃO DE RECURSOS 3.3.1 CONCEITO A natureza da receita busca identificar a origem do recurso segundo seu fato gerador. Existe, ainda, a necessidade de identificar a destinação dos recursos arrecadados. Para tanto, foi instituído o mecanismo denominado Destinação de Recursos ou Fonte de Recursos. Destinação de Recursos é o processo pelo qual os recursos públicos são correlacionados a uma aplicação, desde a previsão da receita até a efetiva utilização dos recursos. A destinação pode ser classificada em: Destinação Vinculada — é o processo de vinculação entre a origem e a aplicação de recursos, em atendimento ás finalidades específicas estabelecidas pela norma; Destinação Ordinária — é o processo de alocação livre entre a origem e a aplicação de recursos, para atender a quaisquer finalidades, A criação de vinculações para as receitas deve ser pautada em mandamentos legais que regulamentam a aplicação de recursos, seja para funções essenciais, seja para entes, órgãos, entidades e fundos. Outro tipo de vinculação é aquela derivada de convênios e contratos de empréstimos e financiamentos, cujos recursos são obtidos com finalidade específica. O mecanismo utilizado para controle dessas destinações é a codificação denominada DESTINAÇÃO DE RECURSOS (DR) ou FONTE DE RECURSOS (FR). Ela identifica se os recursos são vinculados ou não e, no caso dos vinculados, indica a sua finalidade. 22 3.3.2 MECANISMO DE UTILIZAÇÃO DAS DESTINAÇÕES DE RECURSOS Destinar é reservar para determinado fim ou emprego. A metodologia de destinação da receita constitui instrumento que interliga todo o processo orçamentário financeiro, desde a previsão da receita até a execução da despesa. Esse mecanismo possibilita o atendimento da necessidade de transparência no gasto público e de controle das fontes de financiamento das despesas, por motivos estratégicos e pela existência de dispositivos legais que estabelecem vinculações para as receitas. Um desses dispositivos é o parágrafo único do art. 8° e o art. 50, da Lei Complementar n° 101/2000 — Lei de Responsabilidade Fiscal, transcritos abaixo: “Art. 8 0 — Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade especifica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso." "Art. 50 — Além de obedecer ás demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as seguintes: I — a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada;'' Na fixação da despesa deve-se incluir, na estrutura orçamentária, a Fonte de Recursos que irá financiá-la, juntamente com a Natureza da Despesa, Programa de Trabalho e outras classificações. Tratamento correspondente é dado ás Receitas, cuja estrutura orçamentária é determinada pela combinação entre a classificação por Natureza da Receita e o código indicativo da Destinação de Recursos. Na execução orçamentária, a codificação da destinação da receita indica a vinculação, evidenciando, a partir do ingresso, as destinações dos valores. Quando da realização da despesa, deve estar demonstrada qual a fonte de financiamento (Fonte de Recursos) da mesma, estabelecendo-se a interligação entre a receita e a despesa. Assim, rio momento do recolhimento/recebimento dos valores, é feita a classificação por Natureza de Receita e Destinação de Recursos, sendo possível determinar a disponibilidade para alocação discricionária pelo gestor público, e aquela reservada para finalidades especificas, conforme vinculações estabelecidas. Portanto, o controle das disponibilidades financeiras por destinação/fonte de recursos deve ser feito desde a elaboração do orçamento, até a sua execução, incluindo ingresso, comprometimento e saída dos recursos financeiros. 3.3.3 CODIFICAÇÃO DAS DESTINAÇÕES DE RECURSOS O código é composto no mínimo por 4 dígitos, podendo-se utilizar a partir do 5° digito para atender peculiaridades internas: 1° dígito: IDUSO - IDENTIFICADOR DE USO 2° dígito: GRUPO DE DESTINAÇÃO DE RECURSOS 3° e 4° dígitos: ESPECIFICAÇÃO DAS DESTINAÇÕES DE RECURSOS 5° ao "n°” dígitos: DETALHAMENTO DAS DESTINAÇÕES DE RECURSOS 23 3.3.3.1 Identificador de Uso (IDUSO) Código utilizado para indicar se os recursos se destinam a contrapartida nacional e, nesse caso, indicar a que tipo de operações — empréstimos, doações ou outras aplicações — os recursos compõem contrapartida. 3.3.3.2 - Grupo de Destinação de Recursos Divide os recursos em originários do Tesouro ou de Outras Fontes e fornece a indicação sobre o exercício em que foram arrecadadas, se corrente ou anterior. Os chamados "Recursos do Tesouro" são aqueles geridos de forma centralizada pelo Poder Executivo do ente, que detém a responsabilidade e controle sobre as disponibilidades financeiras. Essa gestão centralizada se dá, normalmente, por meio do órgão Central de Programação Financeira, que administra o fluxo de caixa, fazendo liberações aos órgãos e entidades, de acordo com a programação financeira e com base nas disponibilidades e nos objetivos estratégicos do governo. Por sua vez, os "Recursos de Outras Fontes" são aqueles arrecadados e controlados de forma descentralizada e cuja disponibilidade está sob responsabilidade desses órgãos e entidades, mesmo nos casos em que dependam de autorização do Órgão Central de Programação Financeira para dispor desses valores. De forma geral esses recursos têm origem no esforço próprio das entidades, seja pelo fornecimento de bens, prestação de serviços ou exploração econômica do patrimônio próprio. Nessa classificação, também são segregados os recursos arrecadados no exercício corrente daqueles de exercícios anteriores, informação importante já que os recursos vinculados deverão ser aplicados no objeto para o qual foram reservados, ainda que em exercício subsequente ao ingresso, conforme disposto no parágrafo único do artigo 8° da Lei de Responsabilidade Fiscal, Nessa tabela existe, ainda, um código especial destinado aos Recursos Condicionados, que são aqueles incluídos na previsão da receita orçamentária, mas que dependem da aprovação de alterações na legislação para integralização dos recursos. Quando confirmadas tais proposições, os recursos são remanejados para as destinações adequadas e definitivas. 3.3.3.3 Especificação das Destinações de Recursos É o código que individualiza cada destinação. Possui a parte mais significativa da classificação sendo complementado pela informação do IDUSO e Grupo Fonte. Sua apresentação segrega as destinações em dois grupos: Destinações Primárias e Não- primárias. As Destinações Primárias são aquelas não-financeiras, também chamadas de "destinações boas", já que em grande parte são receitas efetivas. As Destinações Não- Primárias, também chamadas financeiras, são representadas deforma geral por operações de crédito, amortizações de empréstimos e alienação de ativos. A tabela de especificações das fontes de recursos deve ser criada em função das particularidades de cada ente da federação e adaptada de acordo com as necessidades informativas ou de inovações na legislação. Na elaboração dessas especificações, deve-se observar o seguinte: 24 Os códigos podem ser utilizados tanto para destinação primária quanto para não- primária, devendo-se atentar, no momento da criação, para a classificação no agrupamento adequado; Os códigos não podem se repetir nas destinações primária e não-primária; Utilizar título que indique com clareza sua finalidade; Na composição do código da Destinação de Recursos, deverá ser observada a compatibilidade entre a especificação e o respectivo Grupo. 3.3.3.4Detalhamento das Destinações de Recursos É o maior nível de particularização da Destinação de Recursos, não utilizado na elaboração do orçamento e de uso facultativo na execução orçamentária. Nele a Destinação é detalhada, a título de exemplo, por obrigação, convênio ou cadastro, sendo este último um código genérico para diversas situações. Sempre que não se utilizar a Destinação Detalhada, deverão ser preenchidos com zeros os "n" últimos dígitos referentes ao detalhamento, exceto na elaboração da proposta orçamentária, em que são utilizados apenas 4 dígitos para indicar a Destinação de Recursos. 3.3.3.5 TABELAS Tabela 01 IDUSO Recursos não destinados à contrapartida; Contrapartida – Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BIRD); Contrapartida – Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID; Contrapartida de empréstimos com enfoque setorial amplo; Contrapartida de outros empréstimos; Contrapartida de doações. Tabela 02 GRUPO DE DESTINAÇÃO DE RECURSOS Recursos do Tesouro – Exercício Corrente; Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente; Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores; Recursos de Outras Fontes – Exercícios Anteriores; Recursos Condicionados. Tabela 03 I – PRIMÁRIAS ESPECIFICAÇÃO DAS DESTINAÇÕES DE RECURSOS O X Recursos Ordinários; A ser especificado pelo Ente. 25 II – NÃO PRIMÁRIAS ESPECIFICAÇÃO DAS DESTINAÇÕES DE RECURSOS X A ser especificado pelo Ente. Tabela 04 DETALHAMENTO ESPECIFICAÇÃO DAS DESTINAÇÕES DE RECURSOS XXXXXX A ser especificado pelo Ente. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA No âmbito do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, são adotados os seguintes códigos relativos às fontes de recursos: FONTE DE RECURSOS (Anexo B da Resolução TCEES 247/2012) CÓDIGO FONTE ESPECIFICAÇÃO Fixo Variável 000 0000 RECURSOS ORDINÁRIOS Recursos da entidade de livre aplicação. ORIGEM DE RECURSOS (RECEITA) DESTINAÇÃO DE RECURSOS APLICAÇÃO DE RECURSOS (DESPESA) Classificação Orçamentária Classificação Orçamentária Classificação Orçamentária Natureza da Receita Código da Destinação Natureza da Despesa 26 CÓDIGO FONTE ESPECIFICAÇÃO Fixo Variável 000 XXXX RECURSOS ORDINÁRIOS (Destinados à Contrapartida) Recursos destinados à contrapartida de convênios e outros instrumentos congêneres firmados. 101 0000 MDE Fonte de recursos destinada a controlar o cumprimento ao artigo 212 da CF/88 combinado com o artigo 11, inciso V da Lei Federal nº. 9.394/96. 101 XXXX MDE (Destinados à Contrapartida) Recursos destinados à contrapartida de convênios e outros instrumentos congêneres firmados. 102 0000 FUNDEB – OUTRAS DESPESAS (40%) Fonte destinada a controlar o cumprimento do inciso IV do art. 60 do ADCT da CF/88 com o art. 21 da Lei Federal nº. 11. 494, de 20 de junho de 2007. 102 XXXX FUNDEB – OUTRAS DESPESAS (40%) (Destinados à Contrapartida) Recursos destinados à contrapartida de convênios e outros instrumentos congêneres firmados. 103 0000 FUNDEB – PAGAMENTO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO (60%) Fonte destinada a controlar o cumprimento do inciso XII do art. 60 do ADCT da CF/88 combinado com o art. 22 da Lei Federal nº. 11. 494, de 20 de junho de 2007. 103 XXXX FUNDEB – PAGAMENTO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO (60%) (Destinados à Contrapartida) Recursos destinados à contrapartida de convênios e outros instrumentos congêneres firmados. 104 0000 MDE - REMUNERAÇÃO DE DEPÓSITOS BANCÁRIOS Recursos provenientes da arrecadação de receita de remuneração de depósitos bancários de recursos vinculados a MDE destinados a controlar o cumprimento ao artigo 212 da CF/88 combinado com o artigo 11, inciso V da Lei Federal nº. 9.394/96. 105 0000 FUNDEB - REMUNERAÇÃO DE DEPÓSITOS BANCÁRIOS (OUTRAS DESPESAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA – 40%) Recursos provenientes da arrecadação de receita de remuneração de depósitos bancários de recursos vinculados do FUNDEB destinados a custear despesas com a educação básica que não estejam relacionadas na fonte de código 106. 106 0000 FUNDEB - REMUNERAÇÃO DE DEPÓSITOS BANCÁRIOS (PAGAMENTO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO - 60%) Recursos provenientes da arrecadação de receita de remuneração de depósitos bancários de recursos vinculados do FUNDEB destinados a custear despesas com a remuneração dos profissionais do magistério em efetivo exercício na educação básica. 107 0000 RECURSOS DO FNDE Fonte de recursos destinada a controlar os recursos vinculados originários de transferências recebidas pelo Município, relativos ao Fundo Nacional do 27 CÓDIGO FONTE ESPECIFICAÇÃO Fixo Variável Desenvolvimento da Educação – FNDE, compreendendo os repasses referentes ao salário- educação e demais programas do FNDE. 108 XXXX RECURSOS DE CONVÊNIOS DESTINADOS A PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO Fonte de recursos destinada a controlar os recursos originários de transferências em virtude de assinatura de convênios ou legislações específicas, cuja destinação encontra-se vinculada a programas da educação. 109 AAAA EDUCAÇÃO FUNDEB - MAGISTÉRIO (60%) – Ano Anterior Recursos vinculados ao FUNDEB para aplicação no pagamento de profissionais do magistério em efetivo exercício, advindos de exercícios anteriores. Identificado pelo ano de ingresso dos recursos. 110 AAAA EDUCAÇÃO FUNDEB - OUTROS (40%) - Ano Anterior Recursos vinculados ao FUNDEB para aplicação em outras despesas, advindos de exercícios anteriores. Identificado pelo ano de ingresso dos recursos. 111 0000 RECURSOS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO DESTINADAS A EDUCAÇÃO Fonte de recursos destinada a controlar os recursos originários de operações de crédito, cuja destinação encontra-se vinculada a programas da educação. 199 0000 DEMAIS RECURSOS CUJA APLICAÇÃO ESTEJA VINCULADA A FUNÇÃO EDUCAÇÃO Fonte de recursos destinada a controlar os recursos vinculados não enquadrados em especificações próprias, cuja aplicação encontra-se destinada a programas da educação. 201 0000 RECURSOS PRÓPRIOS - SAÚDE Fonte de recursos destinada a controlar o cumprimento do inciso III do artigo 77 do ADCT da CF/88. 201 XXXX RECURSOS PRÓPRIOS – SAÚDE (Destinados à Contrapartida) Recursos destinados à contrapartida de convênios e outros instrumentos congêneres firmados. 202 0000 REMUNERAÇÃO DE DEPÓSITOS BANCÁRIOS (RECURSOS PRÓPRIOS – SAÚDE) Recursos provenientes da arrecadação de receita de remuneração de depósitos bancários de recursos próprios da saúde destinados a controlar o cumprimento do inciso III do artigo 77 do ADCT da CF/88. 203 0000 RECURSOS DO SUS Fonte de recursos destinada a controlar os recursos originários de transferências do Fundo Nacional de Saúde recebido pelo Fundo de Saúde do Município, referentes ao Sistema único de Saúde (SUS). 204 XXXX RECURSOS DE CONVÊNIOS DESTINADOS A PROGRAMAS DE SAÚDE Fonte de recursos destinada a controlar os recursos originários de transferências em virtude de assinatura de convênios ou legislações específicas, cuja 28 CÓDIGO FONTE ESPECIFICAÇÃO Fixo Variável destinação encontra-se vinculada a programas da saúde. 205 0000 RECURSOS DE OPERAÇÃO DE CRÉDITO DESTINADA A AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE Fonte de recursos destinada a controlar os recursos originários de operações de crédito, cuja destinação encontra-se vinculada a programas da saúde. 299 0000 DEMAIS RECURSOS VINCULADOS A SAÚDE Fonte de recursos destinada a controlar os recursos não enquadrados em especificações próprias, cuja destinação encontra- se vinculada a programas da saúde. 301 0000 RECURSOS DO FNAS (Lei Federal Nº. 8.742, 07/12/1993) 302 XXXX RECURSOS DE CONVÊNIOS DESTINADOS A PROGRAMAS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Fonte de recursos destinada a controlar os recursos originários de transferências em virtude de assinatura de convêniosou legislações específicas, cuja destinação encontra-se vinculada a programas da assistência social. 399 0000 DEMAIS RECURSOS DESTINADOS A ASSISTÊNCIA SOCIAL Recursos não enquadrados em especificações próprias, cuja destinação encontra-se vinculada a programas da assistência social. 401 0000 RECURSOS DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA (RPPS) Fonte destinada a controlar os recursos do RPPS, quando não houver segregação de massa. 402 0000 RECURSOS DO FUNDO FINANCEIRO Fonte destinada a controlar os recursos previdenciários quando da segregação de massa. 403 0000 RECURSOS DO FUNDO PREVIDENCIÁRIO Fonte destinada a controlar os recursos previdenciários quando da segregação de massa. 404 0000 RECURSOS DA TAXA DE ADMINISTRAÇÃO Fonte destinada a controlar os recursos da Taxa de Administração. 405 0000 RECURSOS DO SUPERÁVIT DA TAXA DE ADMINISTRAÇÃO Fonte destinada a controlar os recursos excedentes da taxa de administração, nos termos dos incisos III e IV da Portaria MPS nº. 402/2008. Esta fonte será ativada pela transferência das sobras na fonte 530 no encerramento do exercício, caso a municipalidade tenha criado por lei, fundo específico para esta finalidade. 501 XXXX CONVÊNIOS DO ESTADO Recursos originários de transferências estaduais em virtude de assinatura de convênios ou legislações específicas, cuja destinação encontra-se vinculada aos seus objetos. Não serão controlados por esta fonte os recursos de convênios vinculados a programas da educação, da saúde e da assistência social, cujo controle será realizado através das 29 CÓDIGO FONTE ESPECIFICAÇÃO Fixo Variável fontes 108, 204 e 302, respectivamente. 502 XXXX CONVÊNIOS DA UNIÃO Recursos originários de transferências federais em virtude de assinatura de convênios ou legislações específicas, cuja destinação encontra-se vinculada aos seus objetos. Não serão controlados por esta fonte os recursos de convênios vinculados a programas da educação, da saúde e da assistência social, cujo controle será realizado através das fontes 108, 204 e 302, respectivamente. 601 0000 CIDE Fonte destinada a controlar os recursos da CIDE, nos termos do artigo nº. 159, inciso III, § 4º da Constituição Federal da República. 602 0000 COSIP Fonte destinada a controlar os recursos da COSIP, nos termos do artigo 149, “a” da Constituição Federal da República. 603 0000 RECURSOS VINCULADOS AO TRANSITO Fonte destina a controlar os recursos do trânsito nos termos do artigo nº. 320 do Código de Trânsito Brasileiro. 604 0000 ROYALTIES DO PETROLEO Fonte destinada a controlar os recursos originários da arrecadação da cota-parte royalties. 605 0000 ROYALTIES DO PETROLEO ESTADUAL Fonte destinada a controlar os recursos da Lei Estadual nº. 8.308/2006 (art. 2º). 901 0000 OPERAÇÕES DE CREDITO INTERNA Fonte destinada a controlar os recursos originários de operações de crédito internas, exceto as operações cuja aplicação esteja destinada a programas de educação e saúde que serão controladas nas fontes 111 e 205, respectivamente. 902 0000 OPERAÇÕES DE CREDITO EXTERNA Fonte destinada a controlar os recursos originários de operações de crédito externas, exceto as operações cuja aplicação esteja destinada a programas de educação e saúde que serão controladas nas fontes 111 e 205, respectivamente. 903 0000 ALIENAÇOES DE BENS E DIREITOS Fonte destinada a controlar os recursos advindos da alienação de bens nos termos do art. 44 da LRF. 999 0000 OUTROS DE RECURSOS DE APLICAÇÃO VINCULADA Fonte destinada a controlar recursos cuja aplicação seja vinculada e não tenha sido enquadrado em outras especificações. 30 3.4 ESTÁGIOS DA RECEITA Os chamados estágios da Receita Pública são as etapas consubstanciadas nas ações desenvolvidas e percorridas pelos órgãos e repartições encarregados de executá-las. Os estágios são os seguintes: previsão; lançamento; arrecadação; e recolhimento. Como evidenciado, somente a receita orçamentária reúne condições de percorrer esses três estágios, porquanto a receita extra-orçamentária não terá necessidade de percorrê-los, isto porque os requisitos de que são revestidos, como no caso da previsão, por exemplo, são dispensados. 3.4.1 PREVISÃO OU PLANEJAMENTO A previsão indica a expectativa da receita por parte da Fazenda Pública e configura o que se pretende arrecadar no exercício financeiro com o objetivo de custear os serviços públicos programados para o mesmo período. Compreende a previsão de arrecadação da receita orçamentária constante da Lei Orçamentária Anual — LOA, resultante de metodologias de projeção usualmente adotadas, observada as disposições constantes na Lei de Responsabilidade Fiscal — LRF. 3.4.1.1 METODOLOGIA DE PROJEÇÃO DAS RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS No âmbito federal, a metodologia de projeção de receitas orçamentárias adotada está baseada na série histórica de arrecadação das mesmas ao longo dos anos ou meses anteriores (base de cálculo), corrigida por parâmetros de preço (efeito preço), de quantidade (efeito quantidade) e de alguma mudança de aplicação de alíquota em sua base de cálculo (efeito legislação). Esta metodologia busca traduzir matematicamente o comportamento da arrecadação de uma determinada receita ao longo dos meses e anos anteriores e refleti-la para os meses ou anos seguintes, utilizando-se de modelos matemáticos. A busca deste modelo dependerá em grande parte da série histórica de arrecadação e de informações dos Órgãos ou Unidades Arrecadadoras, que estão diretamente envolvidas com a receita que se pretende projetar De modo geral, a metodologia utilizada varia de acordo com a espécie de receita orçamentária que se quer projetar. Assim, para cada receita deve ser avaliado o modelo matemático mais adequado para projeção, de acordo com a série histórica da sua arrecadação. Se necessário, podem ser desenvolvidos novos modelos. A projeção das receitas é fundamental na determinação das despesas, pois é a base para a fixação destas na Lei Orçamentária Anual, na execução do orçamento e para a determinação das necessidades de financiamento do Governo. Além disso, é primordial sua análise na concessão de créditos suplementares e especiais por excesso de arrecadação. 31 Uma das formas de projetar valores de arrecadação é a utilização de modelos incrementais na estimativa das receitas orçamentárias. Esta metodologia corrige os valores arrecadados pelos índices de preço, quantidade e legislação, da seguinte forma: Projeção = Base de Cálculo x (índice de preço) x (índice de quantidade) x (efeito legislação), onde: Projeção - é o valor a ser projetado para uma determinada receita, de forma mensal para atender à execução orçamentária, cuja programação é feita mensalmente. Base de cálculo - É obtida por meio da série histórica de arrecadação da receita e dependerá do seu comportamento mensal. A base de cálculo pode ser: • a arrecadação de cada mês (arrecadação mensal) do ano anterior; • a média de arrecadação mensal do ano anterior (arrecadação anual do ano anterior dividido por doze); • a média de arrecadação mensal dos últimos doze meses ou média móvel dos últimos doze meses (arrecadação total dos últimos doze meses dividido por doze); • a média trimestral de arrecadação ao longo de cada trimestre do ano anterior; • a média de arrecadação dos últimos meses do exercício; A escolha dos modelos de projeção dependerá fortemente do comportamento da arrecadação ao longo dos meses, isto é, dependerá da série histórica de arrecadação. Por exemplo: uma série histórica sazonal perderá os efeitos de sazonalidades se for utilizada como base de cálculo a média de arrecadação, já que esta última igualará todos os valores mensais projetados da receita, não refletindo adequadamente o comportamento da sua série histórica. Neste caso, é preferível usar como base de cálculo a arrecadação individualizada mês
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