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AÇÃO DE CANCELAMENTO DE PROTESTO

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Nome: Barbara Luiz Sales RA: 8973169 Turma:003210B 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE 
CLÁUDIO/MG. 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEÓFILO MONTES, nacionalidade, Estado Civil, portador do RG n° XXX, 
inscrito sob o CPF n° XXX, endereço eletrônico XXX, residente e domiciliado na XXX, 
devidamente representado por seu advogado (a) infra assinado, vem perante, Vossa 
Excelência face ao ANDRADAS, MONTEVADA & BOCAIÚVA representada pelo seu 
administrador, nome, nacionalidade, estado civil, portador do RG n° XXX, inscrito sob 
o CPF n° XXX, endereço eletrônico XXX, ajuizar; AÇÃO DE CANCELAMENTO DE 
PROTESTO, mediante os fatos e fundamentos que seguem: 
 
 
I) DOS FATOS 
 
O microempreendedor individual Teófilo Montes, emitiu, em caráter pro soluto, 
no dia 11 de setembro de 2013, nota promissória à ordem, no valor de R$7.000,00 
(sete mil reais), em favor de Andradas, Monlevade & Bocaiúva Ltda, pagável no 
mesmo lugar da emissão, cidade de Cláudio/MG, comarca de Vara Única e sede da 
credora. Não há endosso na cártula, nem prestação de aval à obrigação do subscritor. 
O vencimento da cártula ocorreu em 28 de fevereiro de 2014, data 
de apresentação a pagamento ao subscritor, que não o efetuou. Não 
obstante, até a presente data, não houve o ajuizamento de qualquer ação 
judicial para sua cobrança, permanecendo o débito em aberto. Sem embargo, 
a sociedade empresária beneficiária levou a nota promissória a protesto 
por falta de pagamento, tendo sido lavrado o ato notarial em 7 de março 
de 2014. Persiste o registro do protesto da nota promissória no tabelionato 
e, por conseguinte, a inadimplência e o descumprimento de obrigação do 
subscritor. 
II) DO DIREITO 
 
Em conformidade, que a pretensão do autor possui respaldo de direito 
material no artigo 26, §3°, da Lei n°9.492/97: 
Art. 26. O cancelamento do registro do protesto será 
solicitado diretamente no Tabelionato de Protesto de 
Títulos, por qualquer interessado, mediante apresentação 
do documento protestado, cuja cópia ficará arquivada. 
§ 3º O cancelamento do registro do protesto, se fundado 
em outro motivo que não no pagamento do título ou 
documento de dívida, será efetivado por determinação 
judicial, pagos os emolumentos devidos ao Tabelião. 
 
Irrelevante a discussão sobre a obrigação subjacente, uma vez que, com 
efeito de pagamento, foi emitida nota promissória em caráter pro soluto pelo 
requerente, ou seja, para quitar o valor do imóvel foi emitida nota promissória, recebida 
como pagamento de fato pela parte requerida. 
 
Outrossim, que a pretensão da cobrança da dívida consubstanciada na nota 
promissória em face do autor, através da ação de execução, está prescrita, tendo 
ocorrido o decurso do prazo correspondente a três anos a contar da data de 
vencimento da cártula, que venceu no dia 28 de fevereiro de 2014. Assim, em 
concordância com o artigo 70 do Decreto 57.663/66, no dia 28 de fevereiro de 2017, 
decorreu o prazo de três anos a partir do vencimento da cártula. 
 
Art. 70 - Todas as ações contra ao aceitante relativas a letras 
prescrevem em três anos a contar do seu vencimento. As 
ações ao portador contra os endossantes e contra o 
sacador prescrevem num ano, a contar da data do protesto 
feito em tempo útil ou da data do vencimento, se se trata de 
letra que contenha cláusula "sem despesas". As ações dos 
endossantes uns contra os outros e contra o sacador 
prescrevem em seis meses a contar do dia em que o 
endossante pagou a letra ou em que ele próprio foi 
acionado. 
 
Diante disso, o mesmo protesto por falta de pagamento interrompendo a 
prescrição não se verificou por parte do credor outro ato interruptivo, de acordo com 
o artigo 202, inciso III, do Código Cívil. 
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá 
ocorrer uma vez, dar-se-á: 
III - por protesto cambial; 
Por conseguinte, observa o decurso de mais de 5 anos para o exercício da 
pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento particular, com 
respaldo no artigo 206, §5°, inciso I, do Código Civil, bem como na Súmula 504 do 
STJ, que dispõe “O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente 
de nota promissória sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao 
vencimento do título”, isto é, dia 1° de março de 2014. 
Não obstante, mesmo com a ocorrência do protesto por falta de pagamento, 
interrompendo a prescrição, e tendo direito ao ingresso de ação monitória de acordo 
com o artigo 700, inciso I, do CPC, não se verificou o ajuizamento de ação monitória 
pelo credor. 
Sendo assim, a ausência de pagamento do título, e da impossibilidade de 
apresentação da declaração de anuência para obter o cancelamento do protesto 
diretamente no Tabelionato de Protesto de Título, não resta ao autor senão requerer 
o cancelamento do protesto por via judicial, com amparo no artigo 26, §3°, da Lei n° 
9492/97. 
 
III) DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto, requer-se: 
a) A procedência do pedido para que seja determinado o cancelamento do 
protesto; 
b) Expedição de mandado de cancelamento ao tabelionato; 
c) Citação do réu para que ofereça defesa, sob pena de revelia e confissão; 
d) Condenação do réu ao pagamento de ônus de sucumbência ao pagamento de 
custas e honorários advocatícios (artigo 82, §2° e artigo 85 caput, ambos do CPC) 
e) Protesto pela produção de provas (artigo 319, inciso VI, do CPC); 
f) Opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de 
mediação (artigo 319, inciso VII, do CPC). 
 
IV) VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se à causa o valor de R$7.000,00 (sete mil) 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
Cláudio/MG, DATA. 
 
ADV/OAB

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