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3 TGE - Direito Comercial

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TEORIA DA EMPRESA E DIREITO SOCIETÁRIO
1) – OBJETO DO DIREITO COMERCIAL
- a atividade dos empresários pode ser vista como a de articular os fatores da produção, que no sistema capitalista são quatros: capital, mão de obra, insumo e tecnologia.
- as organizações em que se reproduzem os bens e serviços necessários ou úteis à vida humana são resultado das ações dos empresários, ou seja, nascem do aporte do capital – próprio ou alheio – compra de insumos, contratação de mão de obra e desenvolvimento ou aquisição de tecnologia que realizam.
- o Direito Comercial cuida do exercício dessa atividade econômica organizada de fornecimento de bens ou serviços, denominado empresa.
- o objeto do Direito Comercial é o estudo dos meios socialmente estruturados de superação dos conflitos de interesses envolvendo empresários ou relacionados as empresas que a exploram.
- a denominação deste ramo do direito (DIREITO COMERCIAL) explica-se por razões históricas, sendo que outras designações têm sido empregadas na identificação desta área do saber jurídico: Direito Empresário, Mercantil, dos Negócios...
2) – HISTÓRICO
- na Antiguidade, roupas e víveres eram produzidos na própria casa, para os seus moradores, apenas os excedentes eventuais eram trocados entre vizinhos ou na praça.
- na Roma antiga, a família dos romanos não era só um conjunto de pessoas unidas por laços de sangue, mas também incluía os escravos, assim como a morada não era apenas o lugar do convívio íntimo e recolhimento, mas também o de produção de vestes, alimentos, vinhos e utensílio de uso diário.
- alguns povos da Antiguidade, como os Fenícios, destacaram-se intensificando as trocas e, com isto, estimularam a produção de bens destinados especificamente à venda.
- na Idade Média, o comércio já havia deixado de ser atividade característica só de algumas culturas ou povos, difundindo-se por todo o mundo civilizado. No Renascimento Comercial, na Europa, artesões e comerciantes reuniram-se em corporações de ofício, que gozavam de significativa autonomia em face do poder real e dos senhores feudais.
- na Idade Moderna, essas normas serão chamadas Direito Comercial, sendo certo que nesta primeira fase de evolução, ele é o direito aplicável aos membros de determinada corporação de comerciantes.
- no início do Século XIX, na França, durante o Governo de Napoleão Bonaparte, editou-se dois diplomas jurídicos que teve grande influência na legislação brasileira dos períodos do 2º Império (D. Pedro II) e do início da República: o Código Civil (1804) e o Código Comercial (1808)
- classificavam-se as relações que hoje são chamadas de direito provado em civis e comerciais, sendo que para cada regime estabeleceram-se regras diferentes sobre contratos/prescrição/prerrogativas/prova judiciária/foros.
- a delimitação do campo de incidência do Direito Comercial, no sistema francês, era feita pela Teoria dos Atos de Comércio:
. assim, sempre que alguém explorava atividade econômica que o direito considerava como ato de comércio (merc6ancia), submetia-se às obrigações do Código Comercial (obrigação de escriturar seu movimento econômico) e passava a usufruir da proteção por ele liberada (utilização da escritura mercantil como prova em processos judiciais)
. alguns atos não era considerados atos mercantis, a despeito daqueles relacionados com a prestação de serviços, cuja relevância é diretamente proporcional ao processo de urbanização.
- esta é a 2ª fase da evolução do Direito Comercial: em que ele não é mais o “direito”de alguns sujeitos (comerciantes), mas a disciplina jurídica de determinados atos (os atos do comércio).
- na Alemanha, em 1897, o Código Comercial definiu os atos de comércio como todos os que os comerciantes, em sua atividade, prática, não se distinguindo mais os atos de comércio dos civis segundo os parâmetros desta teoria.
- no Direito Francês moderno qualquer atividade econômica, independentemente de sua classificação, é regida pelo Direito Comercial se explorada por uma empresa.
3) – TEORIA DA EMPRESA
- em 1942, na Itália facista, surge um novo sistema de regulação das atividades econômicas privadas, alargando o âmbito de incidência do Direito Comercial, passando as atividades de prestação de serviços e ligadas à terra a se submeterem-se às mesmas normas aplicáveis às comerciais, bancárias, securitárias e industriais.
- este sistema passou-se a chamar TEORIA DA EMRPESA, representando assim a 3ª fase evolutiva do Direito Comercial, que deixou de cuidar de determinadas atividades (as de mercancias) e passa a disciplinar uma forma específica de produzir ou circular bens e serviços, a empresarial.
- a Teoria da Empresa inspirou a reforma da legislação comercial de outros países de tradição jurídica romana, como a da Espanha, em 1989.
. NO BRASIL:
- o Código Comercial de 1850 (cuja primeira parte foi revogada pelo CCB/2002 – Art. 2.045) sofreu forte influência da Teoria dos Atos de Comércio (Regulamento 737) disciplinou os procedimentos a serem observados nos então existentes Tribunais do Comércio, apresentando a relação de atividades econômicas reputadas como de mercancia.
- as defasagens entre a TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO e a realidade disciplinada no Direito Comercial (sentidas especialmente pelo tratamento desigual dispensado à prestação de serviços, negociações de imóveis e atividades rurais) começa a ser apontada na doutrina brasileira nos anos de 1960 (Projeto do CCB de 1975)
- durante este largo tempo de discussão legislativa, várias leis de interesse do direito comercial foram editadas, inspirando-se no sistema italiano (TEORIA DA EMPRESA) e não mais no sistema francês (TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO), sendo exemplos: 
. o Código de Defesa do Consumidor de 1990; 
. a Lei de Locação de 1991; e, 
. a Lei de Registro de Empresas de 1994
- o DIREITO COMERCIAL/EMPRESARIAL é área especializada do conhecimento jurídico, sendo certo que a própria CF, no seu Artigo 22, inciso I, lista que caberá à União legislar sobre o Direito Comercial, além do Direito Civil.
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