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AULA 01 e 02 - ORIGEM DO DIREITO COMERCIAL E EMPRESARIAL (1)

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TEORIA GERAL DA EMPRESA
Professora: Raissa Nery
Sugestões de aplicações para apresentações diversas. Além dos 14 slides ao lado, clicando em “novo slide” na Página Inicial, outras opções aparecerão para inclusão e facilitar sua apresentação. 
Marque onde você deseja adicionar o slide: selecione um slide existente no painel Miniaturas, clique no botão Novo Slide e escolha um layout. 
1
DO DIREITO COMERCIAL AO DIREITO DE
EMPRESA
O estudo do direito comercial deve ser precedido de uma breve análise histórica do desenvolvimento do comércio e de seus reflexos no campo jurídico.
As primeiras manifestações do comércio surgiram nos núcleos familiares na Antiguidade. 
A economia era fundada na produção e posteriormente na troca. 
Foram expoentes desse período os fenícios e babilônios. As primeiras normas surgiram apenas para regular essas trocas, dirimindo conflitos de interesse.
2
DO DIREITO COMERCIAL AO DIREITO DE
EMPRESA
As relações de troca eram intermediadas por indivíduos que buscavam os produtos nos núcleos familiares e efetivavam o escambo. 
Surgem, assim, os comerciantes, que são os sujeitos que realizavam as trocas mediante uma compensação em dinheiro como retribuição à intermediação.
A estrutura então fechada e tribal das sociedades primitivas tornou-se autossuficiente e ultrapassou fronteiras terrestres, encontrando no comércio marítimo sua porta para expansão. 
3
DO DIREITO COMERCIAL AO DIREITO DE
EMPRESA
A fase da troca é superada na Idade Média e a venda com a divisão dos lucros entre produtor e intermediador (comerciante) é adotada como prática do comércio.
Nesse cenário, torna-se inevitável a regulamentação dessa prática econômica, denominada de comércio. 
Surgem então, na Idade Média, as Corporações de Ofício > poderosas entidades burguesas que passam a ditar as regras para a regulamentação dessas relações econômicas e das profissões em geral.
4
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Divisão didática dos períodos históricos:
Idade Média: do sé. V ao séc. XV. Seu início foi marcado pela queda do Império Romano do Ocidente, em 476, e o fim, pela tomada de Constantinopla (onde hoje é Istambul) pelos turcos em 1453.
Idade Moderna: c/grandes navegações iniciadas no século XV, as diversas partes do planeta começaram a se integrar. O início da Idade Moderna foi marcado pela tomada de Constantinopla pelos Turcos-Otomanos, em 1453, e seu fim com a queda da Bastilha durante a Revolução Francesa, em 1789.
5
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Idade Média:
Idade Média: predominou o modo de organização feudal na Europa. Relações soc. predominantes: senhor >servo;
Feudalismo: modo de organização social e político baseado nas relações servo-contratuais. Tem suas origens na decadência do Império Romano.
Os camponeses eram a base da sociedade feudal (mesmo sendo a maioria da população medieval).
6
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Idade Média:
Eram subordinados à autoridade dos grandes proprietários de terra (Senhores Feudais) pelo sistema de servidão > realizavam todo o trabalho agrícola responsável pelo sustento das ordens feudais.
Basicamente, os servos cultivavam nas terras dos senhores feudais e davam uma parte de sua produção para o pagamento das chamadas obrigações feudais.
7
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Idade Média:
Fim do feudalismo: No século XIV, a diminuição da produção agrícola e a consequente falta de alimentos estabeleceram várias revoltas camponesas, em geral, reivindicando a redução das obrigações feudais e maiores parcelas das colheitas.
Crise do Feudalismo > Renascimento comercial favorecido pelas Cruzadas, que foram expedições militares patrocinadas pela Igreja católica e organizadas pela cristandade medieval para libertar Jerusalém do domínio muçulmano.
8
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Idade Média:
Renascimento comercial: ao voltarem das batalhas em terras orientais, os cruzados traziam consigo produtos de luxo, como tapetes persas, porcelanas chinesas, tecidos finos ou especiarias (temperos como cravo, canela e pimenta), que atraíam a população europeia, que já não conhecia esses requintes.
Surgimento da burguesia > atividades econômicas como a compra e venda > início do capitalismo.
9
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Idade Moderna:
As principais rotas de comércio eram feitas pelo mar Mediterrâneo e estavam sob o controle de cidades como Gênova, Veneza, Pisa, Constantinopla, Barcelona e Marselha. No mar Báltico e no mar do Norte, o domínio ficava por conta de cidades como Hamburgo, Bremen e pela região de Flandres (Países Baixos).
Surgimento do Estado Moderno: unificação dos territórios feudais e criação de legislações.
10
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Idade Moderna:
Retomada do comércio > muitos europeus deixaram o campo e foram viver dentro dos burgos (vilas fortificadas com muralhas) > posteriormente se expandiram para fora dos burgos.
Com o crescimento e desenvolvimento dos Estados, despontaram as grandes expedições marítimas, com acentuada mercancia de produtos entre povos. Ganharam destaque na sociedade os comerciantes e artesãos.
Essa população (formada princ. p/artesãos, operários e comerciantes) acabou dando origem a novos burgos em vários pontos da Europa.
11
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Idade Moderna:
Com o tempo, os centros urbanos tomaram-se mais importantes que as regiões rurais > negócios aumentaram > artesãos (oficinas), comerciantes (feiras).
Uso de moedas > substituição do escambo > aparecimento das primeiras casas bancárias > operações de câmbio e empréstimos a juros. 
Toda essa dinâmica > dinheiro passou a ter mais importância > a terra e a produção agropecuária deixaram de ser a base da riqueza na Europa.
12
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Idade Moderna:
Mercadores e banqueiros > riqueza e status social > anseio por poder político > burguesia ganhava prestígio e se aproximava dos reis, emprestando-lhes dinheiro em troca de medidas políticas favoráveis ao comércio. 
Humanismo> surgimento de novas universidades > com a expansão comercial tomou-se necessário que as pessoas entendessem de direito e comércio. 
Difusão do conhecimento deixou de ser exclusivo da Igreja católica - voltado para assuntos teológicos.
13
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Idade Moderna:
Como vimos, durante a Idade Média os reis existiram, porém o poder político estava fragmentado nas mão de senhores feudais.
Então, do séc. XIII ao XV, gradativamente, vai ocorrendo a centralização do poder político nas mãos dos monarcas (da burguesia + crise do feudalismo).
14
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Idade Moderna:
Ascensão da burguesia, a expansão do comércio, o aparecimento da mão-de-obra assalariada + fortalecimento do poder real = formação dos Estados nacionais >>> fatores que abalaram de vez a estrutura feudal da Europa e provocaram o fim desse sistema no continente. 
No século XV, os europeus já viviam sob uma nova ordem socioeconômica: o capitalismo comercial.
Contudo, ainda na Idade Média surge o direito das corporações de ofícios (ou de mercadores), que se desenvolve ao longo da Idade Moderna.
15
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Direito das Corporações de Ofícios
O primeiro período ou fase do direito comercial eclodiu, justamente, no estágio de ascensão das grandes cidades e do comércio.
Comércio florescente: exigia flexibilidade jurídica (sem o formalismo do direito romano e sem o tradicionalismo do direito consuetudinário germânico).
Nasceu das feiras livres, dos mercadores, para solucionar litígios entre os mercadores e suas clientelas.
16
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Direito das Corporações de Ofícios
Artesãos e comerciantes uniram-se em corporações, as famosas “corporações de ofício”, buscando uma tutela jurídica para suas atividades.
Era um direito flexível, sem formalismos.
Os mercadores (burguesia), por serem discriminados pela sociedade e legislação comum da época, associaram-se nessas corporações e estabeleceram regras para a regência do comércio. 
Despontou, assim, o direito comercial.
17
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Direito das Corporações deOfícios
Foi compilado em 1506 em Gênova, depois em Pisa e Milão.
Criaram-se cortes para aplicar esse direito (courts of piepowders = tribunais dos pés poeirentos).
Cada Corporação tinha suas regras próprias destinadas a disciplinar as relações entre seus membros. 
Surgiu, assim, um direito comercial consuetudinário, fundado nos usos e costumes de cada corporação.
18
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Direito das Corporações de Ofícios
Essa jurisdição particular dos mercadores vinculava em princípio apenas os membros das corporações. 
O aumento do poder econômico das corporações nos séculos XIII e XIV levou à extensão de seu poder, passando a abranger todos que praticavam atos ligados a “matéria do comércio”, pois na época ainda não estava bem clara a noção de “ato de comércio”, que se consolidaria muito depois. 
Esse período é chamado de subjetivo, porque a tutela do direito comercial é determinada a partir do sujeito.
19
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Direito das Corporações de Ofícios
O direito comercial, nesse primeiro momento, foi marcado portanto por um extremo subjetivismo. 
Tratava-se de um direito classista, corporativo, que amparava apenas a classe dos comerciantes e artesãos vinculados às corporações e submetidos a regras comerciais por eles próprios estabelecidas. 
As relações jurídicas mercantis eram definidas, portanto, pela qualidade do sujeito.
20
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Liberalismo.
Aflorou, então, o liberalismo, e com ele as grandes revoluções, como a Inglesa de 1688, a Norte-Americana de 1776 e a Francesa de 1789. 
A sociedade liberal, liderada pela burguesia, pregava a igualdade política, social e jurídica. 
Foi um período marcado por profundas transformações políticas, sociais e econômicas. 
As normas subjetivistas do primeiro estágio do direito comercial não mais se sustentavam.
21
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Código Comercial Francês, 1808.
Surge, então, a segunda etapa do direito comercial, que teve como expoente o Code de Commerce, elaborado em 1808 pelos juristas de Napoleão Bonaparte.
Houve o abandono do subjetivismo e do corporativismo da primeira fase, que foram substituídos pela objetividade dos atos legais de comércio.
Esse novo sistema classificou as relações de direito privado em civis e comerciais, estabelecendo regras próprias para cada regime. 
22
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Código Comercial Francês, 1808.
As relações jurídicas mercantis não seriam mais definidas pela natureza do sujeito que as integravam, mas sim pelos atos por ele praticados. 
Essa nova fase do direito comercial baseou-se na “Teoria dos Atos de Comércio”, e o direito comercial passou a definir quais atos deveriam ser considerados comerciais e, portanto, regidos pelas normas mercantis.
23
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Código Comercial Brasileiro, 1850.
O diploma francês tornou-se modelo para codificações em todo o mundo. No Brasil, em 1850, foi editado o Código Comercial, inspirado nessa “Teoria dos Atos de Comércio”.
Nessa fase, portanto, a qualificação de comerciante não tinha mais sua importância como sujeito da ação, mas na prática de atos denominados comerciais. 
Assim, qualquer pessoa capaz que praticasse atos do comércio de forma habitual e profissional poderia ser qualificada como comerciante.
24
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Código Comercial Brasileiro, 1850.
Código Comercial (Lei n. 556, de 25-6-1850) descrevia comerciante como aquele que praticava mercancia (art. 4º), sem, no entanto, defini-la. 
Foi o Regulamento n. 737, também de 1850, responsável pela regulamentação dos Tribunais de Comércio da época (extintos em 1875), que definiu os atos considerados de comércio ou mercancia (art. 19):
25
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Código Comercial Brasileiro, 1850.
(a) compra e venda de bens móveis e semoventes no atacado ou varejo, para revenda ou aluguel; 
(b) indústria; 
(c) bancos; 
(d) logística; 
(e) espetáculos públicos; 
(f) seguros; 
(g) armação e expedição de navios.
26
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Insuficiência da Teoria dos Atos de Comércio.
“Teoria dos Atos de Comércio” foi, então, adotada por longo período, em que se identificavam esses atos, dando-se a eles a devida proteção. 
Todavia, essa teoria não acompanhou a evolução da sociedade: a complexidade da economia capitalista, marcada pelo progresso da técnica, dos monopólios, da concorrência e da produção em massa, confrontava-se com a insuficiência e insubsistência tanto do direito subjetivista dos comerciantes quanto dos atos objetivamente comerciais.
27
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Insuficiência da Teoria dos Atos de Comércio.
Na lista dos atos de comércio não estavam atividades importantes como a prestação de serviços em massa e as atividades agrícolas (as quais, por essa razão, eram regidas pela legislação comum, não desfrutando da mesma proteção dispensada àqueles que praticavam os enumerados atos de comércio).
Por essa razão, progressivamente, foi sendo alargado o campo de incidência normativo comercial, passando a abranger novas atividades mercantis e agentes econômicos.
28
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Insuficiência da Teoria dos Atos de Comércio.
Seguidas leis foram promulgadas com esse escopo, como, por exemplo, a Lei de Sociedades Anônimas (Lei n. 6.404/76), que determina que toda sociedade anônima é mercantil, independentemente de seu objeto; as leis relacionadas aos títulos de crédito (Lei n. 5.474/68, Lei n. 7.357/85, dentre outras); as novas figuras contratuais como a franquia (Lei n. 8.955/94), o arrendamento mercantil (Lei n. 6.099/74), além da promulgação do Código de Defesa do Consumidor (Lei n. 8.078, de 21-6-1990).
29
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Insuficiência da Teoria dos Atos de Comércio.
Mesmo com a crescente alteração da legislação nacional, o direito comercial positivo permaneceu por longo período vinculado à teoria obsoleta dos atos de comércio, não acompanhando as alterações normativas mundiais.
Na Itália, já na década de 40, havia sido consagrada a “Teoria da Empresa” com a promulgação do Codice Civile em 1942.
Essa teoria marca a terceira e última fase do direito comercial, que se estende até os dias atuais. O direito comercial de hoje é o direito de empresa.
30
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Terceira fase do Direito Comercial: Teoria da Empresa.
De acordo com essa teoria, o amparo do direito comercial recai sobre a atividade empresarial. 
Considera-se atividade empresarial aquela desenvolvida profissionalmente e com habitualidade, seja por um empresário individual, seja por uma sociedade empresária, de forma economicamente organizada, voltada à produção ou circulação de mercadorias ou serviços. 
O empresário é identificado levando-se em conta a atividade por ele desempenhada.
31
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Terceira fase do Direito Comercial: Teoria da Empresa.
Portanto, o foco do direito comercial atual é a empresa, entendida esta como uma atividade profissional, econômica e organizada, voltada à obtenção de lucros. 
Para tanto, o empresário ou sociedade que a desenvolvem assumem riscos e colocam à disposição do consumidor produtos ou serviços.
A “Teoria da Empresa”, que inspirou a reforma legislativa comercial de diversos países, teve sua efetiva inserção no Brasil com o Código Civil de 2002 (Lei n. 10.406/2002). 
32
BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Terceira fase do Direito Comercial: Teoria da Empresa.
A Primeira Parte do Código Comercial de 1850 foi expressamente derrogada pelo Código Civil (art. 2.045), que em seu Livro II tratou do “direito de empresa” (arts. 966 a 1.195). 
Atualmente, somente a parte referente ao comércio marítimo (arts. 457 a 796) continua vigente no Código Comercial.
33
DIREITO EMPRESARIAL
Código Civil 2002.
O Código Civil de 2002, então, revogando parcialmente o Código Comercial, consagrou o regime jurídico do empresário individual e da sociedade empresária. Cuidou também dos títulos de crédito e dos contratos mercantis.
Em suas disposições finais e transitórias, preocupou-se em disciplinar o âmbito de aplicação das leiscomerciais até então existentes, determinando que todas aquelas que se aplicavam aos comerciantes, se não foram revogadas pelo Código, devem ser aplicadas aos empresários. 
34
DIREITO EMPRESARIAL
Código Civil 2002.
Nesse sentido, determina o art. 2.037 que, “salvo disposição em contrário, aplicam-se aos empresários e sociedades empresárias as disposições de lei não revogadas por este Código, referentes a comerciantes, ou a sociedades comerciais, bem como a atividades mercantis”.
Em suma, o direito comercial atual tem como foco principal a empresa, cujo conceito pode ser extraído do art. 966 do Código Civil:
35
DIRETO EMPRESARIAL
Código Civil 2002.
LIVRO II
Do Direito de Empresa
 TÍTULO I
Do Empresário
 CAPÍTULO I
Da Caracterização e da Inscrição
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
36
DIREITO EMPRESARIAL
Código Civil 2002.
Empresa é a atividade desenvolvida pelo empresário ou sociedade empresária, e é toda aquela exercida profissionalmente, e de forma economicamente organizada, para a produção ou circulação de bens ou serviços. 
A empresa, como dito, visa à obtenção de lucros por parte daqueles que a exploram, os quais, em contrapartida, devem assumir uma série de riscos.
37
DIREITO EMPRESARIAL
Código Civil 2002.
São riscos, por exemplo, a não aceitação do produto no mercado, taxas de juros eventualmente elevadas para obtenção de empréstimos visando à aquisição de matéria-prima ou confecção dos produtos, a concorrência com empresas sólidas no mercado etc.
O direito comercial, portanto, disciplina, primordialmente, as relações e conflitos que giram ao redor da atividade empresarial. 
38
DIREITO EMPRESARIAL
Código Civil 2002.
A empresa é, enfim, o polo responsável pela colocação de produtos e serviços no mercado, movimentando o consumo e a economia, e será o principal objeto da nossa disciplina.
Fim da 1ª aula
39

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