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O cíngulo do membro superior, ou cintura escapular, consiste de uma clavícula na posição anterior, e uma escápula posteriormente. O cíngulo, ou cintura, em cada lado, e seus músculos associados formam os ombros. O termo cintura justifica-se pela cinta que circunda completamente o corpo, mas essas cinturas não satisfazem totalmente a essa descrição. Ele é leve e permite que os membros superiores sejam bastante móveis. Essa mobilidade resulta de dois fatores: 1. Como só a clavícula está unida ao esqueleto axial, a escápula pode mover-se livremente em torno do tórax, permitindo que o braço se movimente com ela. 2. O soquete da articulação do ombro — a cavidade glenoidal — é rasa e por isso não restringe o movimento do úmero (osso do braço). Embora esse arranjo seja bom para a flexibilidade, é ruim para a estabilidade: luxações de ombro são bastante comuns. As clavículas (“pequenas chaves”), ou colar de ossos, são ossos delgados, em forma de S, que se estendem horizontal e superoanteriomente no tórax. A extremidade esternal, em forma de cone, articula -se ao manúbrio do osso esterno medialmente, e a extremidade acromial achatada articula-se com a escápula lateralmente. Os dois terços mediais da clavícula são convexos anteriormente — você pode sentir essa projeção anterior em si mesmo quando palpar a clavícula. O terço lateral é côncavo anteriormente. A superfície superior é quase lisa, mas a superfície inferior é estriada e sulcada para permitir a inserção dos ligamentos e músculos que fixam a clavícula à caixa torácica e à escápula. A espessa linha trapezóidea e o tubérculo conoide fornecem fixação para um ligamento que vai na direção do processo coracoide da escápula, e uma área áspera perto da extremidade do esterno é o local de inserção do ligamento costoclavicular. Ligamento que liga a clavícula à primeira costela. As clavículas executam várias funções, pois, além de fornecer fixação para os músculos, funcionam como braços que mantêm as escápulas e os braços lateralmente ao tórax. Essa função torna-se evidente quando a clavícula é fraturada: toda a região dos ombros cai medialmente. As escápulas são ossos planos, triangulares e delgados localizados na superfície dorsal da caixa torácica, entre a segunda costela (na posição superior) e a sétima costela (na posição inferior). Cada escápula tem três margens. A margem superior é a mais curta e mais forte. A margem medial, ou margem vertebral, é paralela à coluna vertebral. A margem lateral (ou axilar) espessa, margeia a axila e termina na posição superior em uma fossa rasa, a cavidade glenoidal (glenoidal = em forma de poço). Cada escápula tem três margens. A margem superior é a mais curta e mais forte. A margem medial, ou margem vertebral, é paralela à coluna vertebral. A margem lateral (ou axilar) espessa, margeia a axila e termina na posição superior em uma fossa rasa, a cavidade glenoidal (glenoidal = em forma de poço). Como todos os triângulos, a escápula tem três cantos, ou ângulos: a cavidade glenoidal situa-se no ângulo lateral da escápula; o ângulo superior é onde as margens superior e medial encontram -se; e o ângulo inferior está na junção das margens medial e lateral. A face costal da escápula (anterior) é ligeiramente côncava e com pouco detalhes. O processo coracoide projeta-se anteriormente da parte lateral da margem superior. A raiz corac significa “como um bico de corvo”, mas esse processo se parece mais com um dedo torto. É um ponto de fixação para o músculo bíceps do braço. Ligamentos fortes também vinculam o processo coracoide à clavícula. Imediatamente medial ao processo coracoide está a incisura da escápula (passagem para o nervo supraescapular), e imediatamente lateral a ele encontra-se a cavidade glenoidal. A face posterior apresenta uma espinha proeminente que é facilmente sentida através da pele. Essa espinha termina lateralmente numa projeção plana, o acrômio (“ápice do ombro”), que se articula com a extremidade acromial da clavícula. Três grandes fossas ocorrem em ambas as superfícies da escápula e são nomeadas de acordo com sua localização. As fossas infraespinal (“abaixo da espinha”) e supraespinal (“acima da espinha”) encontram-se na posição inferior e superior à espinha escapular, respectivamente. A fossa subescapular (“sob a escápula”) é a concavidade rasa formada por toda a superfície anterior da escápula. Preenchendo essas fossas estão músculos de mesmos nomes: infraespinal, supraespinal e subescapular. Trinta ossos formam o esqueleto do membro superior e estão agrupados em ossos do braço, do antebraço e da mão. Anatomistas usam o termo braço ou braquial para designar a parte do membro superior entre o ombro e o cotovelo apenas. O úmero é o único osso do braço. Sendo o maior e mais longo osso no membro superior, articula-se com a escápula no ombro e com o rádio e a ulna (ossos do antebraço) no cotovelo. Na extremidade proximal do úmero está a cabeça hemisférica, que se encaixa na cavidade glenoidda escápula. Logo abaixo da cabeça há uma ligeira constrição, o colo anatômico. Inferior a este, o tubérculo maior lateral e o tubérculo menor, medial, são separados pelo sulco intertubercular (“entre os tubérculos”), ou sulco bicipital. Os tubérculos são locais de fixação para os músculos do manguito rotador. O sulco intertubercular guia um tendão do músculo bíceps para o seu ponto de fixação na margem da cavidade glenoidal (o tubérculo supraglenoidal). O colo cirúrgico do úmero, assim chamado porque é a parte mais frequentemente fraturada do úmero, está na posição inferior aos tubérculos. Aproximadamente da metade para baixo da diáfise, na face lateral, está a tuberosidade para o músculo deltoide, próximo à qual, ao longo da superfície posterior da diáfise, o sulco do nervo radial desce obliquamente. Ele marca o curso do nervo radial, um nervo importante do membro superior. Na extremidade distal do úmero há dois côndilos, uma tróclea (“polia”) medial, que se articula com a ulna, e um capítulo (“pequena cabeça”) lateral, que se articula com o rádio. A tróclea parece uma ampulheta virada de lado e o capítulo tem a forma de meia esfera. Eles estão flanqueados pelos epicôndilos (“ao lado dos côndilos”) medial e lateral, que são pontos de fixação (origem) para os músculos do antebraço. Diretamente acima desses epicôndilos estão as cristas supraepicondilares medial e lateral. Na face posterior do úmero, imediatamente proximal à tróclea, está a profunda fossa do olécrano. Na posição correspondente, sobre a face anterior, estão as rasas fossas coronoides, medialmente, e radial, lateralmente. Essas fossas recebem projeções de mesmos nomes dos ossos do antebraço durante os movimentos do cotovelo. Formando o esqueleto do antebraço, há dois ossos longos paralelos, rádio e ulna, que se articulam com o úmero (proximalmente) e com os ossos do carpo (distalmente). O rádio e a ulna também articulam-se entre si, tanto proximal como distalmente, nas pequenas articulações radiulnares. Além disso, eles estão interligados ao longo de todo o seu comprimento por um ligamento plano chamado membrana interóssea (“entre os ossos”). Na posição anatômica, o rádio encontra-se lateralmente (do lado do polegar) e a ulna, medialmente. A ulna (cotovelo), que é ligeiramente mais longa do que o rádio, é o osso principal que forma a articulação do cotovelo com o úmero. Ela se parece muito com uma chave-inglesa. Na sua extremidade proximal, estão duas projeções proeminentes, o olécrano (cotovelo) e coronoide (“em forma de coroa”), separados por uma profunda concavidade, a incisura troclear. Juntos, esses dois processos articulam com a tróclea do úmero formando uma articulação em dobradiça que permite ao antebraço curvar-se sobre o braço (flexão) e então estender-se novamente. Quandoo antebraço é totalmente estendido, o olécrano “trava” dentro da fossa do olécrano do úmero. No lado lateral do processo coronoide há uma depressão, a incisura radial, onde a cabeça do rádio articula-se com a ulna. Distalmente, a diáfise da ulna estreita-se e termina em uma cabeça em forma de botão que se articula com o rádio lateralmente. Medialmente neste, está o processo estiloide da ulna (em forma de estaca), a partir do qual corre um ligamento para o carpo. A cabeça da ulna é separada dos ossos do carpo por um disco de fibrocartilagem e desempenha pouco ou nenhum papel no movimento das mãos. O rádio (ou “raio de roda”) é relativamente delgado na sua extremidade proximal e alargado na sua extremidade distal, ao contrário da ulna. Sua parte proximal, a cabeça, tem o formato de uma extremidade de um carretel de linha. Sua face superior é côncava e articula-se com o capítulo do úmero. Medialmente, a cabeça do rádio articula-se com a incisura radial da ulna, formando a articulação radiulnar proximal. Imediatamente distal à cabeça, na superfície anterior em posição anatômica, há uma elevação áspera, a tuberosidade do rádio, o local de inserção do músculo bíceps braquial. Na extremidade distal do rádio, a incisura ulnar, medial, articula-se com a cabeça da ulna, formando a articulação radiulnar distal, e o processo estiloide do rádio, lateral, ancora um ligamento que se estende até o carpo. A superfície articular distal (inferior) é côncava e articula -se com ossos carpais. Considerando-se que a ulna contribui fortemente para a articulação do cotovelo, o rádio é o principal osso do antebraço que contribui para a articulação com a mão. Quando o rádio gira, está se move com ele. Os processos estiloides do rádio e da ulna podem ser palpados distalmente, segurando-se o lado dorsal do antebraço adjacente ao carpo com o polegar e o indicador da mão oposta. Nessa posição, o polegar apalpa o processo estiloide do rádio e o dedo indicador apalpa o processo estiloide da ulna. O esqueleto da mão inclui os ossos carpais, ou pulso; os ossos metacarpais, ou palma; e as falanges, ou ossos dos dedos. Podemos dizer que um relógio de pulso é realmente utilizado no antebraço distal, mas de forma alguma no punho. O verdadeiro punho, ou carpo, é a região proximal da mão, imediatamente distal à articulação do pulso. O carpo contém oito ossos curtos, ou carpais, estreitamente unidos por ligamentos. Movimentos de deslizamento ocorrem entre eles em duas fileiras irregulares de quatro ossos cada. Na fileira proximal, a partir da lateral (lado do polegar) para a medial, estão os ossos escafoide (“em forma de barco”), semilunar (“forma de meia -lua”), piramidal (“triangular”) e pisiforme (“forma de ervilha”). Apenas os ossos escafoide e semilunar articulam-se com o rádio para formar a articulação radiocarpal. Os ossos da fileira distal, novamente da lateral para a medial, são os ossos trapézio, trapezoide (“quatro lados”), capitato (“forma de cabeça”) e hamato (possui um “hâmulo”, pequeno gancho, em latim). Cinco ossos metacarpais irradiam-se distalmente a partir do carpo para formar o metacarpo, ou palma/ dorso da mão (meta = além de). Esses pequenos ossos alongados não são nomeados individualmente; são numerados de I a V, a partir do dedo polegar para o dedo mínimo. As bases dos metacarpais articulam-se com os ossos da fileira distal do carpo proximalmente e umas com as outras nos seus lados medial e lateral. Distalmente, as cabeças bulbosas dos metacarpais articulam-se com as falanges proximais dos dedos para formar as articulações metacarpofalângicas. O metacarpal I, associado ao polegar, é o mais curto e o que tem mais movimento articular. Os dedos são numerados de I a V, começando com o polegar, e contêm ossos longos em miniatura chamados falanges. O singular desse termo é falange (“uma linha unida de soldados”). Na maioria das pessoas, o terceiro dedo é o mais longo. Com a exceção do polegar, cada dedo tem três falanges: proximal, média e distal. O polegar não tem falange média.
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