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Como foi a Colonização do Brasil_ [História Completa]

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20/07/2021 Como foi a Colonização do Brasil? [História Completa]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/como-foi-a-colonizacao-do-brasil/ 1/22

DE Z E M B RO 1 8 , 2 0 2 0
Como foi a colonização do Brasil? Curiosamente, a maioria da
escolas não conta desta forma
por Redação Brasil Paralelo
Ao estudar como foi a colonização do Brasil entre os séculos XVI e XIX, buscamos conhecer o início de
nossa história, nossas origens e nossa fundação. Para entender este período, é importante conhecer as
motivações de Portugal, as relações com os povos indígenas e negros, e como se deu o povoamento e a
exploração.
Os portugueses chegaram ao Brasil em 22 de abril de 1500 e até 1530 o período foi marcado pelos primeiros
contatos com os índios, defesa do território e extração de pau-brasil. Esta etapa é chamada de pré-
colonização. 
Em 1530, Martim Afonso de Souza partiu para o Brasil com 50 esquadras para formar o Brasil Colônia. Em
1534, o território foi dividido em 15 capitanias hereditárias para ser melhor povoado, desenvolvido e
explorado.
Se você está interessado na história do Brasil, assista gratuitamente à nossa série Brasil – A Última Cruzada.
Você aprenderá com vários especialistas em história, que explicam os principais períodos que vivemos. 
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20/07/2021 Como foi a Colonização do Brasil? [História Completa]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/como-foi-a-colonizacao-do-brasil/ 2/22
1. Qual foi a intenção de Portugal na colonização do Brasil?
2. Como foi o encontro dos portugueses com os índios?
3. Como outros povos vieram parar na América?
4. Quem descobriu o Brasil? Os portugueses ou os índios?
5. As capitanias hereditárias;
6. O Governo Geral;
7. O papel dos jesuítas na colonização do Brasil;
8. A escravidão no Brasil Colônia;
9. A União Ibérica e a crise no Brasil Colônia;
10. A importância dos bandeirantes;
11. A Corrida do Ouro;
12. O Marquês de Pombal;
13. O �m do Período Colonial;
14. A miscigenação e a identi�cação nacional.
Qual foi a intenção de Portugal na colonização do Brasil?
É comum ser ensinado que Portugal enviou ao Brasil os degradados da sociedade, como bandidos e
prisioneiros, o pior tipo de gente. Ensina-se que a única intenção era conseguir ouro e que desde o princípio
eles eram cruéis para os índios. Mas isto não é real! 
Para compreendê-lo, é necessário entender a história de Portugal e a cultura deste povo. Você pode estudar
mais sobre este tema em nosso artigo sobre a Reconquista Ibérica, no qual detalhamos o contexto que levou
os portugueses a se lançarem aos mares.
As Grandes Navegações fazem parte da modernidade ao mesmo tempo em que carregam uma intenção
medieval: expandir a fé católica. 
Quando pensamos em como foi a colonização do Brasil, devemos ter em mente as duas visões de mundo do
imaginário português.
1. Transmitir a fé cristã;
2. Fazer disto um empreendimento rentável.
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/reconquista-da-peninsula-iberica/
20/07/2021 Como foi a Colonização do Brasil? [História Completa]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/como-foi-a-colonizacao-do-brasil/ 3/22
Na Europa, Portugal foi o primeiro Estado moderno, sobretudo com o dinheiro de ordens religiosas, como a
Ordem de Cristo. Pedro Álvares Cabral era Grão-Mestre desta ordem, derivada dos Templários, e foi ele
quem conduziu a esquadra de 13 caravelas que chegou ao Brasil em 22 de abril de 1500.
Culturas que estavam afastadas há milênios encontraram-se depois de um longo período. Segundo o
professor de história Thomas Giulliano, nem indígenas nem portugueses seriam mais os mesmos.
Como foi o encontro dos portugueses com os índios?
“Até agora, não pudemos saber se há ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro.
Porém, o melhor fruto, que nela se pode fazer, me parece que será salvar esta gente. E esta deve
ser a principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar”. (Carta de descobrimento do Brasil,
Pero Vaz de Caminha).
Quando os portugueses pisaram pela primeira vez em terras brasileiras, pensaram que se tratava de uma ilha
e a chamaram de Vera Cruz (Cruz Verdadeira). Esta nomeação inicial evidencia, assim como o trecho da carta
acima, que eles não eram apenas mercadores, mas homens que queriam difundir sua fé por todo o mundo.
Contudo, eles não eram os únicos nas novas terras. Quando chegaram, encontraram tribos indígenas.
É interessante dizer que antes de desembarcar nas praias da Bahia, os índios subiram nas caravelas. Isto
serve-nos de metáfora, que o jornalista e escritor Leandro Narloch explica:
Os índios viveram várias descobertas. Por exemplo, quando viram galinhas pela primeira vez, fugiram, mas
bastou um mês para que já estivessem vendendo ovos para os portugueses.
Capítulo 2 - A Vila Rica | Brasil - A Última CruzadaCapítulo 2 - A Vila Rica | Brasil - A Última Cruzada
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https://www.youtube.com/watch?v=svViHH8IBVg
20/07/2021 Como foi a Colonização do Brasil? [História Completa]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/como-foi-a-colonizacao-do-brasil/ 4/22
O cachorro foi um instrumento muito útil, já que vigiavam a aldeia e encontravam animais.
Mas não havia unanimidade no comportamento dos índios, eles não eram todos iguais, nem tinham a mesma
cultura. Alguns aliaram-se com os portugueses contra as tribos nômades, que eram violentas. Uma das mais
conhecidas era a dos botocudos. Eles atacavam as tribos �xas. 
Por causa deste tipo de ataque, outras tribos viam os portugueses como aliados em um tempo de guerra
permanente, entre grupos que não se aceitavam de forma alguma. 
Além de entender como foi a colonização do Brasil, você tem a oportunidade de perceber como toda essa
história passada afeta nosso presente. Assista aos nossos documentários gratuitos. Eles trazem entrevistas e
análises com especialistas que fazem este paralelo com o presente.
Como outros povos vieram parar na América?
Uma das questões mais intrigantes no estudo de como foi a colonização do Brasil é em torno da presença de
índios. Como eles chegaram às Américas? 
Aparentemente, toda a espécie humana tem uma ancestralidade comum com o continente africano. Pensa-se
que pequenos grupos dispersaram-se para o Norte da África para conseguir alimento e para descobrir novas
terras. 
A hipótese mais aceita é que durante a Era do Gelo, uma enorme quantidade de água �cou congelada e presa
nas geleiras. Isto gerou uma queda no nível do mar, fazendo emergir uma ponte de terra entre os continentes,
permitindo uma conexão com a América. 
Caçadores podem ter atravessado este corredor, tendo descoberto o outro lado e �cado. Com o tempo, o
gelo derreteu e os mares separaram novamente os continentes. Como resultado, as tribos americanas
perderam o conhecimento de suas origens.
Com a chegada dos portugueses ao Brasil e seu contato com os índios, milênios de separação cultural,
linguística e fenotípica foram rompidos. Este reencontro parecia um milagre da vida e da persistência em
sobreviver.
Os nativos americanos estavam há pelo menos 10 mil anos separados pelooceano. Na Europa, África e Ásia
havia troca cultural e expansão, troca de ideias e todo tipo de compartilhamento nos avanços civilizacionais.
Era chegado o momento de partilhar todo este patrimônio com a América.
Quem descobriu o Brasil? Os portugueses ou os índios?
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20/07/2021 Como foi a Colonização do Brasil? [História Completa]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/como-foi-a-colonizacao-do-brasil/ 5/22
Há quem diga que a propriedade era dos índios e que os portugueses eram conquistadores e não
descobridores. No entanto, os índios não tinham noção de propriedade privada. A noção de posse da terra
não existia, nem individual nem coletivamente.
Eles ocupavam uma extensão ilimitada de território, que tanto mais crescia quanto mais ela era explorada. O
mesmo acontecia com outras tribos e quando se encontravam, o resultado era a guerra.
Ainda não havia Brasil, não havia noção de uma identidade nacional, cultural e territorial. Isto só será
formado posteriormente.
O contato entre estes povos não foi fácil. A corte tinha que proteger o território. Era necessário ter
navegadores dispostos aos riscos de migrar para um lugar desconhecido e de adaptar-se a uma vida simples,
ao convívio com os índios e a empreender.
Escambo
O único incentivo comercial que a Corte podia oferecer era a exploração de pau-brasil para tinturas.
Os indígenas sabiam onde havia pau-brasil, como cortá-lo e transportá-lo. Neste contexto, surgem as trocas.
Do ponto de vista indígena, a madeira não tinha valor, pois estava em toda parte. A troca era vantajosa,
porque eles entregavam um pedaço de madeira para receber objetos que eles queriam e não tinham, como o
espelho. Por um tempo, funcionou assim.
Primeiro, as expedições foram de reconhecimento e estabelecimento de locais para contatos comerciais.
Depois, houve também expedições de povoamento, porque a França queria o território e era preciso
defendê-lo, o que não aconteceria sem a ocupação das extensões de terra.  
Mas o Império Português não tinha �nanças para povoar o Brasil, e uma estratégia era necessária para tanto.
As capitanias hereditárias
20/07/2021 Como foi a Colonização do Brasil? [História Completa]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/como-foi-a-colonizacao-do-brasil/ 6/22
O território foi dividido em 15 capitanias hereditárias para uma melhor administração. Eram enormes faixas
de terra que receberiam um capitão. Sua missão era fundar vilas, distribuir terras para quem quisesse cultivar,
construir engenhos e defender o território.
Em troca, o capitão donatário (aquele que recebe a doação) exploraria comercialmente a terra e pagaria 20%
do resultado à Coroa. Suas obrigações estavam prescritas na Carta de Doação e no Foral.
A responsabilidade de criar povoados, presente no sistema de capitanias hereditárias, evidencia uma coisa.
A colonização do Brasil foi de povoamento ou de exploração?
O interesse econômico não existia apenas para extrair riquezas, mas para mantê-las. As capitanias eram
meios de manter as pessoas no Brasil e, logicamente, parte das riquezas permaneceria aqui.
A geogra�a brasileira foi determinante em nossa história. A vastidão do território e o espaço a ser defendido
in�uenciaram o povoamento. Logo, a colonização do Brasil não era exclusivamente de exploração.
A ideia de colônia, por exemplo, não remete exclusivamente a um processo predatório. A etimologia de
colônia não signi�ca apenas depredação, mas também povoamento, um processo que o Brasil viveu.
Até o século XIX, os brasileiros nem mesmo chamavam-se de colonos, mas se diziam portugueses nascidos
no Brasil, como explica o jornalista e escritor Percival Puggina:
20/07/2021 Como foi a Colonização do Brasil? [História Completa]
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A palavra “colono” é tardia. Ela aparece na história da Inglaterra em relação às suas colônias. Mas o mesmo
não se aplica a Portugal, que teve um processo diferente.
A primeira eleição da América
A primeira eleição que ocorreu na Américas foi na capitania de São Vicente. Em nossas terras, temos o
primeiro elemento democrático do continente americano.
O modo medieval de organização portuguesa era diferente do modelo feudal que aprendemos na escola, mais
característico da França. Portugal já era organizado em vilas com eleições, deixando que o poder central
decidisse poucas coisas. Assim, as pessoas decidiam seus problemas localmente. 
Segundo Jorge Caldeira, doutor em ciência política e escritor, toda a atividade de governo era resolvida e
decidida pelos moradores de cada vila. 
Tivemos eleições em São Vicente desde 1532, em Olinda desde 1541, em Salvador desde 1549, em São Paulo
desde 1554, no Rio de Janeiro desde 1565, etc.
Nenhum país europeu teve esta base. Somente os EUA também tiveram um governo local com esta
importância. 
Por falar em Estados Unidos, con�ra nossa trilogia gratuita chamada O FIM DAS NAÇÕES, sobre o impacto
das eleições americanas no mundo e sobretudo no Brasil. 
As capitanias que deram certo
Como a missão era difícil, apenas duas capitanias prosperaram:
Capitania de São Vicente e Piratininga, de Martim Afonso e seu irmão.
Capitania de Pernambuco, de Duarte Coelho.
Todas as outras fracassaram. O açúcar alcançava altos preços na Europa, onde era pesado em gramas para a
venda. A cana-de-açúcar foi trazida de outras ilhas e crescia bem em terras brasileiras. Logo surgiram os
primeiros engenhos de açúcar no território. Mas os índios frequentemente os destruíam.
Algumas tribos eram muito hostis e tinham hábitos diferentes, como comer carne humana acreditando
adquirir as habilidades do cadáver (antropofagia).
Que valor teria o documento do donatário para os indígenas canibais aqui estabelecidos? 
Capítulo 2 - A Vila Rica | Brasil - A Última CruzadaCapítulo 2 - A Vila Rica | Brasil - A Última Cruzada
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20/07/2021 Como foi a Colonização do Brasil? [História Completa]
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Era preciso estabelecer um vínculo. Em São Vicente, um náufrago português chamado João Ramalho já
estava estabelecido no local e tinha se casado com uma princesa tupiniquim, a índia Bartira. 
Por causa disso, os locais já tinham conhecimento sobre os portugueses. Este contato facilitou a diplomacia
para o sucesso da capitania.
Os ingleses na América não cogitavam a possibilidade de se casar com índias, muito menos as mulheres de se
casar com índios. Mas com os portugueses era diferente.
Os portugueses, que conseguiram uma boa convivência com os índios, tinham vantagem para conseguir
produzir e povoar o território. Muitas capitanias fracassaram por não criar esta relação. 
A harmonia entre indígenas e portugueses era necessária para assentar terras. Na Bahia não foi diferente, pois
temos a história de Paraguaçu com Caramuru.
O Governo Geral
A Corte de Lisboa decidiu usar o dinheiro adquirido em outras colônias para enviar uma equipe ao Brasil. O
objetivo era organizar um Governo Geral, que seria comandado por Tomé de Souza, entre 1549 e 1553.
Este governo teria três objetivos principais:
1. Defender o território;
2. Organizar a produção para viabilizar o povoamento;
3. Civilizar os índios.
Depois de Tomé de Souza, Duarte da Costa foi Governador-Geral, de 1553 a 1558, sucedido por Mem de Sá,
de 1558 a 1572.
Tomé de Souza foi substituído por Duarte da Costa, cujo �lho tentou escravizar índios e recebeu a
repreensão dos jesuítas, mas continuou.
20/07/2021 Como foi a Colonização do Brasil? [História Completa]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/como-foi-a-colonizacao-do-brasil/9/22
O governo local não atendeu às queixas e assim um padre tentou levar o problema ao rei, naufragou e foi
devorado por índios canibais.
Duarte da Costa fez um governo ruim e permitiu que a França se instalasse na região do Rio de Janeiro e
fundasse a “França Antártica”. Inconformado, o povo pediu à Coroa que o substituísse.
Em 1556, ele foi substituído por Mem de Sá. Seu sobrinho, aliado à tribo Arariboia, comandou a retomada da
região e expulsou os franceses, fundando o Rio de Janeiro.
Com a morte de Mem de Sá, seu sucessor foi Dom Luís de Vasconcelos. Durante este período, o governo
português dividiu o Brasil em dois governos, que se uni�caram novamente em 1578.
Governo do Norte, com sede em Salvador.
Governo do Sul, com sede no Rio de Janeiro.
O papel dos jesuítas na colonização do Brasil
A Ordem de Cristo ajudou Portugal em suas navegações. Os jesuítas seriam os responsáveis pela paz com os
índios e pela união do território brasileiro.
Como criar aproximação com povos que não falavam a mesma língua, não tinham os mesmos hábitos e
pensavam completamente diferente?
Os jesuítas �zeram o seguinte trabalho pelos índios:
1. Fundaram escolas;
2. Ajudaram os índios a entender o que é caridade no conceito cristão;
3. Civilizaram os indígenas para abandonar o canibalismo (antropofagia);
4. Aprenderam a língua das tribos e depois ensinaram português;
5. Criaram campos agrícolas para que cultivassem.
A necessidade da educação
20/07/2021 Como foi a Colonização do Brasil? [História Completa]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/como-foi-a-colonizacao-do-brasil/ 10/22
Não era a primeira vez que o homem percebia que as pessoas não nasciam cultas e que era necessário educá-
las para uma vida melhor. Desde a Grécia Antiga, a educação era vista como o motor de um conceito que
estava se desenvolvendo e que sempre foi uma fonte de re�exão no Ocidente: a liberdade.
Para a formação de um homem livre, desde a Antiguidade, as ciências e as artes têm desempenhado um papel
fundamental. 
Os �lósofos gregos dedicaram-se a encontrar alunos interessados em aprender. Na Idade Média, os mosteiros
signi�caram um avanço na administração da educação. Por que, na modernidade, a educação do inculto seria
condenada?
O contexto de formação dos jesuítas
Os medievais perceberam que poderiam levar a educação para fora dos muros, levando os homens ao clero
(aquele que sabe ler e escrever). O acesso ao saber de todo tipo começou a se expandir pela Europa, a
população começava a aumentar e era necessário educar cada vez mais pessoas.
Foi assim que surgiram as universidades na Igreja Católica.
Temos exemplos em Salamanca, Coimbra, Colônia, Paris, Bolonha, depois Oxford, Cambridge, etc. Os
ambientes universitários começam a surgir e passam a ser o único ambiente de estudo possível.
Neste contexto, os jesuítas nascem com a vocação de ensinar. Surgiram durante o cisma causado pela
Reforma Protestante. Os novos sacerdotes foram enviados para o mundo inteiro a �m de educar diferentes
povos. 
Representavam a união de três grandes interesses:
1. Os jesuítas queriam doar-se à vocação de educar;
2. Os portugueses precisavam civilizar os índios;
3. A Igreja queria levar o catolicismo para o além-mar.
Em 1549, temos a participação ativa dos jesuítas. Eles vieram comandados por Manuel de Nóbrega, com a
missão de trazer as sementes da Civilização Ocidental para este lado do território.
Nas palavras do Professor Rafael Nogueira:
20/07/2021 Como foi a Colonização do Brasil? [História Completa]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/como-foi-a-colonizacao-do-brasil/ 11/22
“Civilização sem religião nunca existiu. Porque se você precisa usar o termo civilização para se
referir ao ciclo cultural contínuo, ou seja, a uma cultura que se mantém em um determinado
povo e local e é transmitido de geração em geração, essa tal cultura não é simplesmente um
conjunto de tipos de vasos, ou maneiras de comer, ou até de armazenar os alimentos, não é uma
maneira de guerrear. Na verdade, todas essas coisas estão vinculadas com o mito. 
“Sempre foi assim, desde a primeira civilização que era a suméria. Eles tinham o mito deles.
Quando a gente tem a primeira legislação, que é a da Babilônia, é o Código de Hamurabi. 
“Você percebe ali que ele se refere ao deus Marduque que disse as leis. 
“A religião cristã cria uma moral que tem em si alguns valores que ela soube herdar a princípio,
da cultura greco-romana e outros valores que dizem respeito à salvação da alma. Entre eles, o
amor, amor traduzido do latim caritas. E o amor caritas é o amor caridade, não o amor da fruição
sexual que seria em grego, eros. Então, é esse amor ágape ou caritas, o amor no qual você se
dedica desinteressadamente as outras pessoas.
“Você tem a �gura do perdão, o autossacrifício por um valor maior. Desde um ponto de vista
espiritual, você precisa se considerar uma alma individual.
“Se alguém vai ser salvo ou condenado, vai ser a alma individual. Se você se despersonaliza, os
seus atos já não são mais julgados como atos de uma pessoa consciente que escolhe o que vai
fazer e nesse sentido você não pode ser julgado. 
“Você despersonalizado deixa a característica principal da humanidade, que é a capacidade de
inteligência, capacidade racional”.
Isto signi�ca que não é possível dissociar como foi a colonização do Brasil dos valores cristãos, presentes em
sua fundação, que regem a noção de liberdade, direito, dever, virtudes e cultura em geral. 
Dom Bertrand, bisneto da princesa Isabel, complementa:
Ele explica que, por sermos livres e inteligentes, deduzem-se três princípios fundamentais para estabilidade
socioeconômica de uma nação:
1. Livre iniciativa;
2. Respeito à propriedade privada;
Capítulo 2 - A Vila Rica | Brasil - A Última CruzadaCapítulo 2 - A Vila Rica | Brasil - A Última Cruzada
https://www.youtube.com/watch?v=svViHH8IBVg
20/07/2021 Como foi a Colonização do Brasil? [História Completa]
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3. Princípio de subsidiariedade (autonomia dos grupos e interferência do Estado apenas no que for
necessário).
A propriedade privada é a garantia da liberdade. 
“Se eu não sou dono do fruto do meu trabalho, sou um escravo do Estado”.
Todas estas ideias fazem parte da cultura que alimenta nossas almas. 
Para que eu vivo?
Como devo me comportar?
Como devo me organizar?
Como deve ser meu governo?
O que é um bom governante?
Todas estas dúvidas podem ser respondidas dentro do caldo cultural de uma religião. 
Os jesuítas também foram para a Índia, China, Japão e América do Norte. Eles tinham o maior sistema de
formação do mundo na época e sua in�uência é parte da identidade brasileira.
Este tema da formação é muito importante, portanto, temos um Núcleo de Formação com dezenas de cursos
de história, �loso�a, arte, economia e muito mais. Para acessar, torne-se membro da Brasil Paralelo.
A educação dos índios
Para ensinar ao povo indígena, os jesuítas aprendiam a língua local e absorviam o que eles tinham de melhor.
Mas havia também um enorme patrimônio da Civilização Ocidental a ser ensinado.
A música dos índios tinha quatro notas, seria bom ensinar uma escala de 12 notas, por exemplo. Os jesuítas
elevaram tribos que viviam no Paleolítico ao Barroco em 20 anos.
Para entendermos esta necessidade, temos alguns relatos da época:
O Padre João de Azpilcueta Navarro escreveu:
“Haviam acabado de matar uma moça – ele está falando dos índios – e mostraram-me a casa e
entrando nela eu percebi que a estavam cozinhando para comê-la. A cabeça estava pendurada
em um pau, e depois fui a outras casas nas quais achei pés, mãos e cabeças de homens no fumo”.
Padre Manuel da Nóbrega:
“Os gentios, que parecem que punham sua bem aventurança em matar seus contrários, comer
carne humana e ter muitas mulheres se vão muito emendando e todo trabalho consiste em
apartá-los disso”.
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https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/como-foi-a-colonizacao-do-brasil/ 13/22
Uma sociedade com este costume canibal não é um exemplo de moralidade. É verdade que ao compararmos
estamos usando um parâmetro ocidental, no entanto, ele é racionalmente defensável. São 2 milênios de
tradição, argumentos e análises. A tradição indígena não tinha sequer um alfabeto.
Padre José de Anchieta
O padre José de Anchieta foi o pioneiro na catequese dos nativos e o fundador da primeira escola do Brasil, o
Pateo do Collegio.
Ele foi o responsável por possibilitar o estudo da cultura tupi, pois dedicou longos anos de sua vida
registrando o dia a dia dos índios e educando-os.
A administração de Tomé de Souza
Tomé de Souza construiu a primeira capital do Brasil: Salvador. Deu-lhe uma administração, justiça,
armazéns, casas de conselho e o esboço de como seriam os próximos períodos por aqui.
Antes de surgir o povo, surge um Estado, que além de resolver os problemas sociais, também está alinhado
aos valores religiosos. A missão de construir um Estado exigia que o governador e os padres trabalhassem
juntos para a construção de um novo Brasil. 
Para melhorar a defesa, a população foi armada. Com a prosperidade da organização e com a segurança, o
comércio realmente começou. Os engenhos de açúcar eram uma realidade, mas vieram acompanhados por
uma chaga.
A escravidão no Brasil Colônia
Para nós, é difícil pensar como foi nascer e morrer sem ser dono da própria vida. Desde sempre a
humanidade conviveu com a escravidão e não havia perspectiva de libertação.
Os antigos povos hebreus e assírios, os gregos e romanos, os europeus, astecas, incas, maias e tantos outros,
não conseguiram vencer a realidade na qual nasceram e morreram.
20/07/2021 Como foi a Colonização do Brasil? [História Completa]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/como-foi-a-colonizacao-do-brasil/ 14/22
O professor e cientista político Adriano Gianturco explica que a escravidão foi a normalidade no mundo
inteiro durante grande parte da história, ainda que imoral e indiscutivelmente uma aberração.
Os sistemas econômicos não baseados na escravidão são historicamente recentes.
Como alguém se tornava escravo?
Para ser escravo era preciso ter perdido uma guerra, perdendo assim a liberdade, ou ter nascido de uma
mulher nessa condição. Muitos hoje falam de reparação histórica por causa de raça e etnia, mas o
fundamento da escravidão não era a origem étnica.
Veja a explicação do professor Paulo Cruz:
Ele nos ensina que a escravidão se torna racial no século XIX, com as teses eugenistas. É neste contexto que
surge a associação do africano, ou descendente africano, ao escravo. Isto foi tardio.
A escravidão que ocorreu foi de oportunidade. O continente africano era altamente escravocrata e os
portugueses compravam escravos na costa, vendidos por outras tribos diferentes.
Até mesmo os próprios negros tornavam-se senhores e tinham seus escravos. A alforria era uma concessão.
Mesmo com dinheiro, sem que o senhor permitisse, não haveria liberdade. Por isso, alguns negros usavam
seu dinheiro para comprar escravos. 
Temos casos de antigos escravos que pagavam a alforria com seus próprios escravos. São casos minoritários,
mas isto nem sequer é comentado ou debatido.
A escravidão foi aceita no Brasil e era a mão de obra da cana-de-açúcar. Primeiro vieram os homens da
Guiné, depois os do Congo e os da Angola, em seguida o trá�co envolveu todo o sul do continente, até
Moçambique. 
O negócio de escravos era o mais lucrativo e amplo do planeta.
Lembre-se de assistir aos nossos �lmes, séries e documentários. Milhões de brasileiros já se informaram
através deles. 
A União Ibérica e a crise no Brasil Colônia
Capítulo 2 - A Vila Rica | Brasil - A Última CruzadaCapítulo 2 - A Vila Rica | Brasil - A Última Cruzada
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20/07/2021 Como foi a Colonização do Brasil? [História Completa]
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Uma nova crise de sucessão do trono gerou forte interferência em terras além-mar. Em 1578, o rei português
Dom Sebastião desapareceu enquanto lutava contra muçulmanos no Norte da África.
Não havia herdeiro para sucedê-lo no trono português. Assim, em 1580 o rei de Castela (Espanha) foi
declarado rei de Portugal, iniciando a União Ibérica. Para entender como foi a colonização no Brasil, é
preciso entender as consequências desta união.
A partir daquele ano, começaram as décadas em que Portugal estava dissolvido na Espanha. Isto trouxe
complicações.
A Holanda, por exemplo, tinha boas relações com os portugueses, mas estava em guerra com a Espanha.
Durante o período da União Ibérica, ela fechou os portos para as relações comerciais e atacou o nordeste
brasileiro para ter controle sobre o açúcar. 
O interesse dos holandeses era mercantil, escolheram o lugar mais rico do Brasil na época: Pernambuco.
Além dele, escolheram Recife e Olinda, porque o processo civilizatório já se havia consolidado nestes
lugares. 
Foram os portugueses que civilizaram um Brasil que tinha características bárbaras e pré-históricas, e depois
os holandeses quiseram tirar proveito. Eles roubaram e bloquearam a produção de açúcar no Brasil e os
pontos de comércio de escravos no continente africano. 
Os 60 anos que uniram Portugal e Espanha por um soberano comum não geraram apenas os prejuízos da
cobiça holandesa. O mapa demonstra que os portugueses não adentraram muito no território por quase um
século.
A importância dos bandeirantes
O Brasil só seria realmente descoberto com os bandeirantes. Elas eram os nômades dos sertões, aqueles que
buscavam prata, ouro e escravos. Eram formados por descendentes de portugueses de São Paulo, índios e
caboclos. Levaram o idioma, a religião e o começo da identidade nacional.
Eram incessantes na corrida em busca de terras virgens, falavam Tupi e nomearam muitos dos lugares por
onde passavam com esta língua, como por exemplo: Jundiaí, Piracicaba, Taubaté, Sorocaba, entre outros.
De 1580 até o �m da União Ibérica em 1640, o atual mapa do Brasil foi con�gurado pelo avanço dos
bandeirantes em terras antes castelhanas.
Portugal recuperou a independência quando a família dos nobres de Bragança reivindicou o reino. O acordo
pôs �m a uma longa guerra de separação da Espanha e inaugurou uma nova era da dinastia portuguesa.
Portugal voltou a ser independente na Europa e queria restabelecer seus domínios. Para isso, fez um acordo
com a Holanda, para que, onde eles estivessem no Brasil, ali permanecessem. 
Mas os brasileiros não aceitaram. Formaram pequenas milícias de combate chamadas terços e enfrentaram os
holandeses mesmo sem o apoio do rei de Portugal. Assim, estava prestes a nascer o primeiro exército
brasileiro. 
A Batalha dos Guararapes
20/07/2021 Como foi a Colonização do Brasil? [História Completa]
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Os portugueses tinham uma maneira de lidar com débitos, créditos e comércio. 
Os holandeses tinham práticas diferentes, de pontualidade absoluta com juros contínuos e altos. Tentaram
implementar isso no Brasil e essa foi uma das razões da revolta. Não havia relação de pensar no outro, de
entender, ou de adiar os pagamentos.
A insatisfação levou à Batalha dos Guararapes, na qual índios, negros e portugueses lutaram para reconquistar
o território perdido para os holandeses. 
A batalha signi�cava a reconstituição de Portugal como nação independente, mas também era uma luta de
católicos contra protestantes. 
Além disso, os modos de vida estavam competindo. Os holandeses defendiam a liberdade religiosa, mas eram
rígidos com os negócios; os portugueseseram tolerantes com os negócios e rígidos na religiosidade.
Em quadros desta batalha, vemos grupos bélicos de negros e índios. Felipe Camarão, por exemplo, era um
líder indígena. Na Batalha dos Guararapes, temos primeiro lugar um pré-exército e em segundo os três povos
unidos contra o elemento invasor.
Em 1654, quando Recife foi reconquistada, havia ali um único povo. A fórmula brasileira foi ali encontrada
com índios, brancos e negros carregando em si o desabrochar da brasilidade.
Havia chefes militares europeus, como Fernandes Vieira; índios, como Felipe Camarão; e negros, como
Henrique Dias.
A luta gerou um sentimento de unidade com a própria terra e deu origem ao primeiro exército brasileiro. Os
holandeses saíram, mas o espírito do regionalismo não mais se perdeu.
Contudo, o sentimento de nacionalidade não surge de uma só vez. Quando se fala em nacionalidade no
período colonial, não se trata da união entre identidade nacional e Estado.
Isto era impossível, porque nem havia um Estado independente. Tratava-se de uma nação como uma cultura
própria.
E se o Brasil tivesse sido colonizado por outros povos? O que teria acontecido? Veja abaixo com o professor
Rafael Nogueira:
Durante a uni�cação de Portugal e Espanha, o comércio português também foi arruinado. Os negócios com a
índia entraram em completa decadência e a marinha mercante foi praticamente destruída. 
Capítulo 2 - A Vila Rica | Brasil - A Última CruzadaCapítulo 2 - A Vila Rica | Brasil - A Última Cruzada
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A Corrida do Ouro
Os bandeirantes já haviam trilhado os caminhos do sertão em busca de pedras preciosas e de lugares para o
gado. O Brasil era o principal fornecedor de couro para a Europa. Havia também plantações de algodão. Na
Bahia, Salvador de Sá conseguiu construir o maior navio do mundo para a época.
Com a queda no valor do açúcar, a Coroa Portuguesa implementou estímulos para desbravar terras
desconhecidas em busca de ouro.
O maior incentivo foi um decreto que dava direito de posse ao ouro descoberto. As notícias chegaram em
São Paulo e convulsionaram a pequena vila. 
Começava a corrida do ouro e os que tinham condições foram atrás da riqueza. Colonos de outros estados
também cruzaram o sertão até Minas Gerais. Em 3 anos, 6 acampamentos mineiros tornavam-se vilarejos.
Eram precários e carentes de tudo menos ouro. Meio século foi su�ciente e a população mineira tornou-se
maior que a de Nova York, ultrapassando 600 mil habitantes na época, enquanto a população total do Brasil e
de Portugal não passava de 4 milhões.
As cidades ganharam importância e nobres portugueses vieram para o Brasil. O símbolo da riqueza era a
principal cidade mineira do século XVIII, Vila Rica, que hoje leva o nome de Ouro Preto. 
Mineradores, comerciantes, artesãos e funcionários �caram ricos. A arte acompanhou a prosperidade e fez
nascer o esplendor do barroco mineiro, marcado pela riqueza dos elementos decorativos. 
Mesmo com in�uência europeia, o barroco mineiro pode ser considerado, desde 1500, a primeira
manifestação artística de uma cultura local e não mais a reprodução dos padrões europeus. 
Entre os grandes artistas do período, os mais conhecidos são o pintor Manuel da Costa Ataíde e o escultor e
arquiteto Aleijadinho.
Até então, o único estudo brasileiro era o dos colégios jesuítas. Com o enriquecimento, o hábito de mandar
pelo menos um dos �lhos para estudar na Universidade de Coimbra, em Portugal, tornou-se regra entre os
mais abastados. 
Com a nobreza rica e seus �lhos letrados, Vila Rica ganhou teatros, orquestras e círculos literários. Era o
nascimento de uma aristocracia brasileira. 
O Marquês de Pombal
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Mais uma vez, um acontecimento na Europa mudou a estrutura de como era a colonização no Brasil. Em 1º
de novembro de 1755, Lisboa sofreu um terremoto que destruiu milhares de casas e edifícios. 
15.000 homens morreram e houve desespero generalizado. Coube a um homem da Secretaria de Estado do
reino, ambicioso e com planos de reformular Portugal, a reorganização de Lisboa. 
Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal.
Para a recuperação de Portugal, ele contava com o contínuo aumento da produção do ouro brasileiro, mas a
produção estava em queda. Ele não adaptou o ritmo de suas intenções à realidade, mas recorreu à violência
para acelerá-las.
Ele se fundamentava nos ideais iluministas franceses e pensava que a Igreja era uma ameaça. Para inserir o
iluminismo francês em Portugal, ele perseguiu os jesuítas. 
Pombal salientou e personi�cou o poder da inquisição, mesmo sendo iluminista. Ele nomeou inquisidores e
deu força aos tribunais inquisitoriais.
A conspiração contra os jesuítas
Uma noite, o rei Dom José retornava ao palácio quando um tiro o atingiu no braço e no peito. Os ferimentos
o deixaram em repouso por meses. Naquela época, Pombal o fez pensar que havia uma conspiração contra
ele.
O marquês sabia que a Ordem dos Jesuítas podia pagar por seus projetos e convenceu o rei de que eles
tinham organizado um complô para matá-lo. 
Em dezembro de 1758, mais de 1.000 pessoas foram ao cárcere em menos de 30 dias. Os conventos jesuítas
em Portugal foram cercados por tropas e os prisioneiros foram interrogados e torturados.
Pombal a�rmava que tinha provas para con�rmar as alegações de que os padres jesuítas haviam convencido
membros da nobreza a planejar o atentado. O julgamento levou à morte de 11 nobres, à prisão de padres
jesuítas, ao con�sco de bens da Ordem e a sua expulsão de todos os domínios de Portugal, incluindo o Brasil. 
20/07/2021 Como foi a Colonização do Brasil? [História Completa]
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Em 200 anos, os jesuítas tinham sido os responsáveis na política de tratamento dos índios e pela educação
dos brasileiros. Quando foram expulsos, os colégios foram fechados, os índios perderam a proteção e regiões
inteiras estagnaram.
Com isso, Pombal iniciou um processo de estatização de várias dimensões da vida civil em Portugal e nas
colônias. Quando estatizou o ensino, ele não mais formava com a educação jesuítica, mas pensava em formar
cidadãos para o Estado. 
A in�uência foi catastró�ca, porque foi destruída uma obra de cultura em andamento, já que havia escolas
com nível superior ensinando ciência, medicina, forti�cações, geometria, etc.
Pombal foi senhor absoluto de Portugal naquele período e concentrou a riquezas nas mãos de amigos. Ele
distribuiu monopólios de regiões e setores da economia portuguesa e brasileira, fazendo investimento estatal,
doações de terrenos e aplicando privilégios �scais, além de conceder auxílio do Estado para prejudicar os
concorrentes.
As companhias consumiram muito dinheiro e não entregaram nenhum progresso. Pombal continuou com seu
plano e tentou extrair mais dinheiro do Brasil.
Criou novos impostos e proibiu diversas atividades econômicas para favorecer a economia portuguesa e
enfraquecer a brasileira. Acabou com as capitanias, mudou a capital de Salvador para o Rio de Janeiro e
estatizou a educação para um Estado que não tinha professores. 
Você está interessado no tema da educação? Então assista à trilogia PÁTRIA EDUCADORA, sobre a
educação no Brasil.
Portugal mergulhou em uma grave crise econômica devido à intervenção do Estado e à intervenção na
economia. Como resultado, os brasileiros começaram a demonstrar uma série de revoltas contra as medidas
portuguesas.
Com o esgotamento das jazidas, a Coroa continuava a cobrar quantidades �xas de ouro. Isto causou diversas
revoltas, entre as quais se destaca a Incon�dência Mineira de 1789 e a Conjuração Baiana de 1798. O imposto
quefoi o estopim chamava-se derrama.
Mesmo quem não tinha, deveria pagar o mínimo.
Embora na Incon�dência vemos os líderes perseguidos e Tiradentes esquartejado, podemos notar que o
povo brasileiro estava se revoltando contra quem organizava as coisas apenas para o bem de Portugal.
Outras revoltas importantes que marcaram o descontentamento com a política econômica de Portugal foram:
1. Revolta de Beckman (1684), no Maranhão;
2. Guerra dos Emboabas (1708-1709), em Minas Gerais;
3. Guerra dos Mascates (1710), em Pernambuco.
Fim do Período Colonial
O Brasil Colônia termina o�cialmente em 7 de setembro de 1822 com a Declaração de Independência.
Contudo, este processo já havia começado desde a chegada da Família Real Portuguesa, em 1808.
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20/07/2021 Como foi a Colonização do Brasil? [História Completa]
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Quem foi Ludwig van Beethoven? A história e o
exemplo do compositor surdo
O discurso de Martin Luther King! “Eu Tenho um
Sonho” na íntegra e com análise
Vale ressaltar também que desde 1815 o Brasil já havia sido elevado de colônia a Reino Unido a Portugal e
Algarves por Dom João VI, príncipe regente de Portugal.
Continue aprendendo sobre o desenvolvimento desta história assistindo à série Brasil – A Última Cruzada.
A miscigenação e a identidade nacional
Para o professor Thomas Giulliano:
“A miscigenação muito mais do que um enquadramento à luz de uma opressão, eu a entendo
como uma virtude brasileira”. 
Em nosso sangue corre cada embarcação portuguesa que disse adeus ao velho mundo, cada tribo indígena
que nos ensinou a ser livre nesta terra, cada gota de suor escravo derrubado neste chão, cada imigrante que
um dia prometeu uma vida melhor para sua família.
Diferentes vidas se fundiram e forjaram o painel de nossa história. Assim, ao procurarmos a identidade do
brasileiro e do Brasil, não a encontramos em um único continente ou em um único povo.
Nós somos o resultado de uma miscigenação de culturas e nenhuma pode ser descartada, ou não
entenderemos nossa história.
Conheça a Brasil Paralelo, pois também é nossa missão levar a todos os brasileiros o conhecimento de nossas
origens.
Tagged Colonização, História, História do Brasil
3 comentários
DEZEMBRO 19, 2020 AT 8:47 AM
Adalberto Cardoso
Tenho 63 anos de vida e labuta, nesse período de vivência, desde os primeiros contatos com a
educação, aprendi de maneira errada a História do Brasil. Por isso parabenizo a criação de
uma plataforma de ensino como a Brasil Paralelo, que traz a luz o que as gerações vindouras
precisam conhecer sobre nossa Nação.
RESPONDER
DEZEMBRO 20, 2020 AT 11:06 PM
ronaldo borges de abreu
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músico, arrimo de família, um marco na arte musical.
RESPONDER
JANEIRO 11, 2021 AT 5:48 PM
Luís Eduardo
Muito esclarecedor o artigo. Parabéns!
RESPONDER
20/07/2021 Como foi a Colonização do Brasil? [História Completa]
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