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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Mário Adelmo Varejão-Silva Versão digital 2 – Recife, 2006 37 guida, percorrendo os fusos no sentido horário (o que eqüivale a um deslocamento para oeste, em relação ao meridiano de Greenwich), vai-se anotando em cada um deles a correspondente data e hora, até alcançar o fuso oposto ao de Greenwich. A etapa seguinte consiste em, partindo, novamente, do fuso de Greenwich, na data e hora que foram anteriormente registradas, percorrer os demais fusos mas no sentido anti- horário e, também, ir anotando (em cada um) a data e a hora apropriadas. Ao atingir o fuso oposto ao de Greenwich constata-se que, embora a hora encontrada coincida com a obtida da primeira vez, a data é um dia mais tarde. Em síntese, no fuso oposto ao de Greenwich têm-se, simultaneamente, duas datas: a oeste do meridiano de 180o é um dia mais tarde do que a les- te. Para exemplificar, suponha-se que no fuso de Greenwich são 10h do dia 3. Assim, no 1º, 2º, 3º...fusos a oeste do de Greenwich tem-se 9h, 8h, 7h... do mesmo dia, encontrando-se, enfim, 22h do dia 2 ao se atingir o fuso de 180o. Partindo novamente do fuso de Greenwich mas no sentido anti-horário (deslocamento para leste), verifica-se que, no 1º, 2º, 3º... fusos a leste do de Greenwich deverão ser adotadas 11h, 12h, 13h... do mesmo dia 3. Para o fuso oposto ao de Greenwich acha-se, agora, 22 horas do dia 3. Na prática, devido aos transtornos que poderia acarretar às atividades civis, o Meridiano Internacional de Mudança de Data é substituído pela Linha Internacional de Mudança de Data (estabelecida por acordo entre os países que têm seus territórios cortados pelo meridiano de 180o). Esta linha fica inteiramente situada sobre o oceano, eliminando quaisquer problemas. 9.4 - Equação do tempo. Denomina-se de equação do tempo ( ∆t ) à diferença (positiva, negativa ou nula) entre a hora solar verdadeira (h*) e a hora solar média ( h ), numa data particular. Para o meridiano central de qualquer fuso: ∆ t = h* – h . (I.9.1) A equação do tempo tem valor variável ao longo do ano (Fig. I.17), conseqüência da velocidade de translação da Terra não ser constante (conforme estatui a Segunda Lei de Ke- ppler). Como já mencionado, o tempo solar médio é uma aproximação, resultante da adoção do sol médio, fictício, que "gira" em torno da Terra a uma velocidade angular constante. Anali- sando-a, depreende-se que ∆t é a correção a ser aplicada à hora solar média para que se ob- tenha a hora solar verdadeira, no meridiano central de qualquer fuso horário, no instante dese- jado. Isso é fácil de compreender colocando I.9.1 sob a forma: h* = h + ∆ t (I.9.2) Won (1977) menciona uma fórmula aproximada que teria sido adotada por G. W. Ro- bertson e D. A. Russelo, como perfeitamente satisfatória para propósitos práticos. Nela, F = 360 D/365 é a fração angular do ano, obtida em função do número de ordem (D) do dia do ano, contado, como já se viu, a partir de primeiro de janeiro (D = 1) e ∆t é obtido em minutos:
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