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51_METEOROLOGIA_E_CLIMATOLOGIA_VD2_Mar_2006

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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA
Mário Adelmo Varejão-Silva
Versão digital 2 – Recife, 2006
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guida, percorrendo os fusos no sentido horário (o que eqüivale a um deslocamento para oeste,
em relação ao meridiano de Greenwich), vai-se anotando em cada um deles a correspondente
data e hora, até alcançar o fuso oposto ao de Greenwich.
A etapa seguinte consiste em, partindo, novamente, do fuso de Greenwich, na data e
hora que foram anteriormente registradas, percorrer os demais fusos mas no sentido anti-
horário e, também, ir anotando (em cada um) a data e a hora apropriadas. Ao atingir o fuso
oposto ao de Greenwich constata-se que, embora a hora encontrada coincida com a obtida da
primeira vez, a data é um dia mais tarde. Em síntese, no fuso oposto ao de Greenwich têm-se,
simultaneamente, duas datas: a oeste do meridiano de 180o é um dia mais tarde do que a les-
te.
Para exemplificar, suponha-se que no fuso de Greenwich são 10h do dia 3. Assim, no
1º, 2º, 3º...fusos a oeste do de Greenwich tem-se 9h, 8h, 7h... do mesmo dia, encontrando-se,
enfim, 22h do dia 2 ao se atingir o fuso de 180o. Partindo novamente do fuso de Greenwich
mas no sentido anti-horário (deslocamento para leste), verifica-se que, no 1º, 2º, 3º... fusos a
leste do de Greenwich deverão ser adotadas 11h, 12h, 13h... do mesmo dia 3. Para o fuso
oposto ao de Greenwich acha-se, agora, 22 horas do dia 3.
Na prática, devido aos transtornos que poderia acarretar às atividades civis, o Meridiano
Internacional de Mudança de Data é substituído pela Linha Internacional de Mudança de Data
(estabelecida por acordo entre os países que têm seus territórios cortados pelo meridiano de
180o). Esta linha fica inteiramente situada sobre o oceano, eliminando quaisquer problemas.
9.4 - Equação do tempo.
Denomina-se de equação do tempo ( ∆t ) à diferença (positiva, negativa ou nula) entre a
hora solar verdadeira (h*) e a hora solar média ( h ), numa data particular. Para o meridiano
central de qualquer fuso:
∆ t = h* – h . (I.9.1)
A equação do tempo tem valor variável ao longo do ano (Fig. I.17), conseqüência da
velocidade de translação da Terra não ser constante (conforme estatui a Segunda Lei de Ke-
ppler). Como já mencionado, o tempo solar médio é uma aproximação, resultante da adoção
do sol médio, fictício, que "gira" em torno da Terra a uma velocidade angular constante. Anali-
sando-a, depreende-se que ∆t é a correção a ser aplicada à hora solar média para que se ob-
tenha a hora solar verdadeira, no meridiano central de qualquer fuso horário, no instante dese-
jado. Isso é fácil de compreender colocando I.9.1 sob a forma:
h* = h + ∆ t (I.9.2)
Won (1977) menciona uma fórmula aproximada que teria sido adotada por G. W. Ro-
bertson e D. A. Russelo, como perfeitamente satisfatória para propósitos práticos. Nela, F =
360 D/365 é a fração angular do ano, obtida em função do número de ordem (D) do dia do ano,
contado, como já se viu, a partir de primeiro de janeiro (D = 1) e ∆t é obtido em minutos:

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