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Unidade 1 - PROJETO INTEGRADOR EDUCAÇÃO E SOCIEDADE

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PROJETO INTEGRADOR: EDUCAÇÃO E 
SOCIEDADE
CAPÍTULO 1 - EDUCAÇÃO, DEMOCRACIA E 
CIDADANIA
Ana Celeste da Cruz David
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Introdução
Neste capítulo, vamos estabelecer uma relação entre três aspectos da vida social contemporânea: educação,
democracia e cidadania. Para isso, temos que refletir o seguinte: como diferentes paradigmas contribuíram na
elaboração do conceito de cidadania? Que temas fundamentais podem contribuir para compreendermos a
democracia? De que forma a educação se relaciona com a democracia e a cidadania? Fala-se em educação para a
democracia, então, é possível supor que nem sempre ela trabalha em prol da democracia?
Quando a educação atua a favor, os valores de igualdade e equidade se manifestam como paradigmas na
constituição das identidades culturais e na preservação dos Direitos Humanos. Como pode, portanto, trabalhar a
educação na consolidação da participação cidadã? Como construir identidades culturais baseadas nos valores de
igualdade e equidade?
Tendo como norte esses questionamentos, vamos acompanhar, a partir de agora, uma visão conceitual dos
termos “educação”, “democracia” e “cidadania”, mediante análise e reflexão dos paradigmas que fundamentam
essas construções sociais e seus arcabouços teóricos. Nossos estudos serão guiados pela abordagem sócio-
histórica na perspectiva crítica e reflexiva dos fatos e fenômenos aqui mencionados.
A contextualização das práticas sociais e políticas envolvidas na elaboração do campo da educação e sociedade
serviu de fundamentação e compreensão dos temas estudados, conferindo a eles a historicidade e a práxis
necessária ao entendimento profundo das questões levantadas, ainda que o conhecimento produzido seja
provisório e incerto, como a modernidade.
Vamos começar nossos estudos? Acompanhe o conteúdo!
1.1 Diferentes paradigmas da cidadania
Ao conceito de “cidadania” são atribuídos significados em razão dos diferentes paradigmas que a ele dá suporte.
Desse modo, para compreender os significados distintos, é indicado refletir: o que são paradigmas? Quais
diferenças existem entre esses paradigmas que orientam o conceito de “cidadania”?
Para início de nosso entendimento, é necessário falar que paradigmas são dispositivos que orientam
procedimentos a serem seguidos em determinada situação, podendo significar modelo, padrão ou exemplo que
estabelecem parâmetros ou limites acerca de crenças, comportamentos, ideias e pressupostos. O conhecimento e
as formas de conhecer seguem modelos e padrões de paradigma (CHAUI, 2010).
Desde a antiguidade até os dias de hoje, diferentes paradigmas têm orientado modelos de estrutura, organização
e funcionamento da vida social e da pólis (cidade/Estado na Grécia Antiga). As leis, os códigos de conduta, a
posse da terra, o trabalho, os direitos e deveres dos seres humanos têm sido orientados segundo diferentes
paradigmas.
Vamos compreender melhor essa temática? Leia os próximos itens!
1.1.1 Visão de paradigma da cidadania na Filosofia Clássica
Na Filosofia Clássica, de acordo com o pensamento de Platão, o modelo explicativo da realidade funcionaria entre
o mundo sensível, das aparências e dos sentidos; e o mundo inteligível, da verdade e da essência verdadeira,
possível de conhecer pela ação do intelecto. O mito da caverna, conhecida alegoria de Platão, ilustra de forma
exemplar esse paradigma.
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Figura 1 - Percepção do mundo sensível por meio dos sentidos
Fonte: ENRIQUE ALAEZ PEREZ, Shutterstock, 2019.
A alegoria de Platão ilustra a vida dos seres humanos no interior da caverna escura e sombria, forçados a olhar
para o fundo do local. Eles não podem se mover e, sem luz, mal podem ver a si mesmos e aos outros. Sem nunca
terem visto o mundo exterior ou apenas por um pequeno feixe de luz, as coisas são projetadas como sombras
difusas. Os indivíduos que habitam o interior da caverna vêem as aparências das coisas, a ilusão. Ao romper com
a condição de confinamento na caverna, liberta-se o conhecer a luz do sol, a luz da verdade, a realidade, enfim, o
ser humano alcança o mundo inteligível (CHAUI, 2010).
O pensamento do filósofo grego Aristóteles vai apontar que há um mundo único que reúne aparências e
essências possíveis de conhecer mediante o conhecimento de princípios, regras e leis necessárias. Para ele,
paradigmas atuam como exemplos generalizáveis em que, por indução, parte de um enunciado particular passa
por um enunciado geral, em que a primeira premissa é generalizada. Entre o conhecimento do mundo sensível e
aparente e o conhecimento intelectual não há ruptura, mas continuidade.
Aos dilemas do ser humano antigo, os filósofos clássicos ofereceram possibilidades de conhecer a verdade
segundo seus paradigmas e deixaram às civilizações futuras significativas contribuições, entre elas, temos a
compreensão sobre as diferentes fontes e formas de conhecer: sensação, percepção, imaginação, memória,
linguagem, raciocínio e intuição intelectual. Além disso, temos a dialética (Platão) e a lógica (Aristóteles), que são
procedimentos orientadores da razão na busca do conhecimento verdadeiro (CHAUI, 2010).
Até aqui não podemos utilizar o termo “cidadania” como conhecemos hoje, pois orientados por paradigmas, a
Filosofia Clássica estabeleceu princípios gerais da vida comum entre cidadãos, indivíduos livres do sexo
masculino (exceto estrangeiros), escravos e mulheres. O pensamento judaico cristão, ao conceber o indivíduo
separado de Deus, iria propor novas questões ao pensamento filosófico e diferentes paradigmas. O cidadão
aprisionado na caverna sombria havia conhecido a luz do sol e a luz do conhecimento. As transformações de
paradigmas associadas ao conceito de cidadania são observadas mediante o pensamento filosófico moderno.
1.1.2 Visão de paradigma da cidadania na Filosofia Moderna
As diferentes visões de paradigma não se alteram em uma perspectiva linear e contínua. Antes, essas alterações
se dão quando os paradigmas existentes são incapazes de explicar, compreender fatos ou fenômenos que
ocorrem, provocando saltos ou revoluções.
O surgimento das cidades; o desenvolvimento do comércio e das navegações, contribuindo na expansão do
mundo conhecido; a separação entre o poder da Igreja e do Estado, que libertou a consciência individual das
instituições religiosas; bem como o surgimento da burguesia, do trabalhar da cidade e de camponeses a lutarem
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instituições religiosas; bem como o surgimento da burguesia, do trabalhar da cidade e de camponeses a lutarem
pelo poder e pela mitigação das desigualdades sociais, expressam a existência de novas questões e respostas até
então desconhecidas.
O exercício da cidadania entre indivíduos em condições de igualdade de direitos e liberdade passa a ser
reivindicado pela humanidade. Principalmente, a Revolução Francesa, entre outros movimentos, pode significar
essas transformações nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, no surgimento das Cartas
Constitucionais que estabelecem o Estado de Direito na garantia de direitos iguais para todos os cidadãos (BOTO,
2005).
Esses direitos se referiam notadamente aos direitos à propriedade e posse da terra, os denominados direitos
civis, voltados às liberdades individual, religiosa, de pensamento e contratual. No entanto, será que essas
alterações incluem as mulheres? Não, pois o pleno exercício da cidadania por parte das mulheres segue outro
percurso.
Rupturas e revoluções provocadas pelos eventos da I e II Guerras, desenvolvimento das ciências, da
industrialização, das tecnologias e crescimento das populações conferiram ao mundo moderno uma
complexidade ainda não experimentada. Como uma nova geração de direitos dos cidadãos, os direitos políticos
sugerem nova e complexa ordem da organização política e social. Tais diretos se efetivaram no limiar do século
XX, embora desde o século XVIII tenham sido objeto de luta e conquista. Esse conjunto envolve os direitos
eleitoral, à participação e às associações políticas (BOTO, 2005).
O direito ao voto feminino, no Brasil, resulta de longa história de lutas,conquistas e retrocessos. Conquistado
parcialmente em 1932, foi incorporado à Constituição de 1934, mas apenas às mulheres solteiras e viúvas com
renda própria. A consolidação se efetivou no Código Eleitoral de 1965, equiparando-se ao voto do homem. Outra
geração de direitos do cidadão conquistados no século XX são os direitos sociais (MARQUES, 2018).
1.1.3 Percepções atuais dos diferentes paradigmas da cidadania
A geração dos direitos sociais engloba o direito à moradia, ao transporte coletivo, à previdência social, ao acesso
ao lazer, à cultura, à educação básica, à assistência, à saúde e ao sistema judiciário. É, portanto, um conjunto de
direitos que confere à cidadania o acesso ao bem-estar. Conforme a compreensão do conceito de “cidadania” se
expande para uma forma mais coletiva e social, atualizam-se novas formas de organização e participação cidadã,
passando a atuar na construção e consolidação dos direitos dos indivíduos e grupos sociais em suas diferenças,
na luta pela conquista da igualdade (CURY, 2002).
Contornos atuais da cidadania resultam das lutas por direitos relacionados a segmentos sociais específicos até
então invisibilizados. Entre eles, temos os direitos das crianças e dos adolescentes, dos idosos, dos portadores de
necessidades especiais, das mulheres e raciais. Os indivíduos, cidadãos de direito, reivindicam em suas
diferenças a garantia de todos os direitos civis, políticos e sociais como forma de assegurar uma vida plena.
No contexto das diferenças que caracterizam a existência do ser humano na contemporaneidade, minorias antes
VOCÊ SABIA?
O cidadão brasileiro com direito a voto até a década de 1980 era apenas o alfabetizado.
Embora no período colonial e no Império o voto do analfabeto fosse permitido, o período
republicano vetou essa participação, excluindo grande parte da população brasileira de
exercer sua cidadania. Em 1985, com a promulgação da Emenda Constitucional n. 25 à
Constituição de 1967, foi restabelecido ao cidadão brasileiro analfabeto o direito ao voto.
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No contexto das diferenças que caracterizam a existência do ser humano na contemporaneidade, minorias antes
ignoradas lutam para garantir espaço de participação cidadã. Por esse motivo, a Constituição Federal do Brasil
de 1988 é conhecida como Constituição Cidadã.
Inspirada nos movimentos por redemocratização do país mediante um processo aberto ao público, que acolheu
manifestações, demandas e aspirações de toda ordem, a Carta Magna procurou garantir as liberdades
fundamentais, bem como os direitos civis, políticos e sociais que haviam desaparecido no período da Ditadura
Militar de 1964, incluídos aspectos relativos às políticas públicas estratégicas (ALMEIDA, 2018).
A crescente complexidade da vida contemporânea tem exigido para o pleno exercício da cidadania, vigilância e
participação constantes, posto que a cidadania não seja dada, mas um ideal construído mediante o envolvimento,
a organização, a mobilização e a intervenção de indivíduos e grupos sociais. Deste modo, atualmente, surgem os
direitos relativos à sustentabilidade e à vida do indivíduo no planeta, além do direito das minorias, como
migrantes e refugiados.
A seguir, você vai saber mais sobre igualdade. Continue seus estudos!
1.2 Conceito de igualdade
Um conceito é formulado conforme uma realidade se impõe. Entretanto, no repertório existente, sua significação
não tem identificação. Você sabe a partir de quando a noção de igualdade se impôs nas relações sociais? Quais
interesses estavam por trás da noção de igualdade? Será que pensar em igualdade na vida contemporânea é
suficiente? E equidade? Você sabe o que é?
Ao longo deste tópico, respondemos a essas e outras perguntas sobre os conceitos de “igualdade” e “equidade”.
Vamos em frente!
1.2.1 Noção de igualdade
A noção de igualdade tem sua origem nos ideais da Revolução Francesa, ou seja, é referenciada no ideal burguês
de sociedade. Ao se elevar ao poder, à burguesia interessava garantir o direito à propriedade e posse da terra,
estabelecer regras contratuais, à livre iniciativa para o trabalho e assegurar os direitos civis individuais. Isso
porque o ideal da sociedade burguesa considerava o retorno ao indivíduo sua principal força, sendo a razão o
centro de tudo (BOTO, 2005).
VOCÊ O CONHECE?
Ulysses Guimarães foi o presidente da Assembleia Nacional Constituinte, que promulgou a
Constituição Federal do Brasil de 1988 e deu a ela o nome de Constituição Cidadã. Nascido no
interior paulista, formado em Direito, exerceu o cargo de Deputado Federal por vários
mandatos, posicionando-se sempre a favor dos princípios democráticos e republicanos contra
a opressão e o autoritarismo da ditadura. Pesquise mais sobre ele!
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Figura 2 - Construção social da igualdade entre homens e mulheres, sem distinções
Fonte: Imagewell, Shutterstock, 2019.
A noção de igualdade, em seu paradigma pragmático, considera a natureza humana como condição primaz ao
atribuir a todos a igualdade, independentemente de condicionantes culturais, sociais ou históricos. A Revolução
Industrial e o modo de produção capitalista levado a efeito, nesse cenário, contribuem para conceber a noção de
igualdade na perspectiva individualista. Todos os indivíduos teriam condições para desenvolver as
potencialidades da natureza humana.
Na medida em que essa premissa não se confirmava, buscava-se na própria natureza humana a distinção entre
os indivíduos. Podemos citar como exemplo o surgimento de teorias racistas, que serviram para explicar o
porquê, dentro de condições iguais, de uns se realizarem e serem bem-sucedidos, enquanto outros fracassam.
O desenvolvimento das ciências e do método científico baseado nos princípios da objetividade, neutralidade,
racionalidade e experimentação contribuiu de maneira singular para a consolidação do ideal burguês e da noção
de igualdade entre os indivíduos, na medida em que atribui à razão e racionalidade todo o poder de decisão.
1.2.2 Noção de equidade
Ao examinar a noção de igualdade na perspectiva do ideário do direito civil, é válido examinar a noção de
equidade na perspectiva do ideário do direito social. Ela está ligada às diferenças que caracterizam os indivíduos
e reivindica o direito à diferença e o de manifestá-la e falar por si e sobre si mesmo.
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Figura 3 - A equidade coloca o cidadão em posição adequada, levando em conta as diferenças
Fonte: Fonte: Elaborada pela autora, 2019.
Sobre equidade, o sociólogo Boaventura Souza Santos (2003, p. 56) nos diz que
Temos o direito de ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito de ser
diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza. Daí a necessidade de uma igualdade que
reconheça as diferenças e de uma diferença que não produza, alimente ou reproduza as
desigualdades.
VOCÊ SABIA?
O sistema de cotas para acesso à universidade no Brasil para afro-brasileiros e indígenas é
uma medida afirmativa de direito social baseada na noção de equidade. A desigualdade social
brasileira tem diversos fatores, entre eles, a falta de políticas públicas educacionais capazes de
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A construção social dos valores de igualdade e equidade exigem modelos de convivência e relações de poder
mais justas, solidárias, plurais, diversas e complexas, que contemplem os indivíduos e suas vicissitudes pautadas
na provisoriedade, incerteza e descontinuidade de suas identidades.
1.3 Educação para a democracia
Pensar na educação como uma possibilidade para a democracia, requer, primeiro, compreender o que significa a
democracia, seja no contexto geral, seja no âmbito específico da sociedade brasileira. Deve-se pensar, ainda, se
esse objetivo é possível ou apenas uma ilusão. Nesse sentido, você conhece os condicionantes históricos, sociais e
políticos que influenciaram a construção do processo democrático no Brasil? De que forma a análise e reflexão
desses diferentes condicionantes podem se articular à formação do pensamento pedagógico brasileiro?
A educação responde a questões como: que tipo de sujeitos se deveformar? Para que serve a sociedade? Que
tipo de sociedade se deseja legar às futuras gerações? Aliás, você sabe quais pressupostos fundamentam essas
questões em educação?
A partir de agora, iremos compreender essas e outras perguntas sobre a relação entre educação e democracia.
Acompanhe!
1.3.1 Para compreender a democracia
O esforço para compreender a democracia pode se iniciar na revisão do sentido atribuída a ela na Grécia Antiga,
conhecida por ser o berço da democracia ocidental. A princípio, isso pode parecer distante, porém, fornece
elementos primordiais ao objetivo pretendido.
De acordo com os ensinamentos dos filósofos clássicos desde Heródoto, são três as formas de governo: de um só,
de poucos e de todos. Para Platão, o “governo de um só” seria o régio ou a tirania, o “governo de poucos” seria a
aristocracia ou oligarquia, enquanto o “governo de muitos” seria a democracia regida por leis ou à forma
demagógica. Em todas essas formas, há a tirania, ou seja, a possibilidade de degeneração do governo quando a
liberdade, o bem-estar e a participação do cidadão são postas em risco (CHAUI, 2010).
As ideias da democracia moderna influenciadas pelo Iluminismo, pela Revolução Francesa e pela Revolução
Industrial se tornam mais complexas e, como afirma Beras (2013, p. 45), “[…] surge uma noção de soberania,
com um cidadão livre e igual perante os outros e com direitos naturais inalienáveis”.
A complexidade da democracia moderna, a participação do cidadão livre e de direitos, os movimentos e as lutas
em torno do poder no conjunto da experiência brasileira podem contribuir na compreensão do sentido atribuído
à democracia. Beras (2013) recomenda, ainda, que é possível revisitar aspectos significativos que contemplam a
construção da democracia no Brasil em seus diversos campos.
O quadro a seguir nos traz os principais fatores presentes na construção social da democracia brasileira entre
1822 a 1930.
brasileira tem diversos fatores, entre eles, a falta de políticas públicas educacionais capazes de
corrigirem os problemas de acesso e permanência escolar, oriundos do passado escravocrata
que excluiu da escola grande parcela da população negra, indígena e rural.
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Quadro 1 - A construção da democracia no Brasil tem momentos bastante significativos em campos distintos
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em BERAS (2013).
No contexto da educação, a Constituição de 1824 estabeleceu a gratuidade da instrução primária para os
cidadãos livres. Competia às províncias legislar, organizar e fiscalizar os ensinos primário e secundário. As
escolas, quando admitiam meninas, tinham um currículo diferenciado, além de seus prédios escolares serem
separados por gênero. Com a proclamação da República, a Constituição de 1891 atribuiu à União a organização e
fiscalização do ensino superior e secundário. Aos Estados competia o ensino primário e profissionalizante, sendo
os cursos de magistério para mulheres e as escolas técnicas para os homens (BERAS, 2013).
Temos, ainda, que os espaços de ascensão social e a participação cidadã eram restritos, considerando-se tanto as
categorias de gênero quanto de raça e renda. Era uma escola para poucos, uma educação improvisada de
matrícula precária, acesso e permanência irregular.
Esse cenário começa a mudar nos anos 1920, no período final da Primeira República. Novos “ventos começam a
soprar” no cenário educacional brasileiro por uma educação para todos, estruturada na forma e no conteúdo
segundo os princípios da vida cidadã e democrática. Eventos como a Semana de Arte Moderna (1922) e o
Manifesto dos Pioneiros (1932) foram marcos definidores na mudança educacional por uma Educação
democrática e inclusiva (BERAS, 2013).
Outros fatores, agora de 1930 a 1964, estiveram presentes na construção social da democracia brasileira. Veja
no quadro a seguir!
VOCÊ QUER VER?
Para saber mais sobre os contextos político, econômico e social do período que culminou com
a Semana de Arte Moderna de 1922, tendo consequências importantes para o pensamento dos
educadores brasileiros; sugerimos que você assista ao programa produzido pela TV Cultura em
homenagem aos 80 anos do movimento, intitulado “Semana de Arte Moderna”. É só clicar no
link: .https://www.youtube.com/watch?v=LdO_ebONK9I
https://www.youtube.com/watch?v=LdO_ebONK9I
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Quadro 2 - Conflitos, pressão, movimentos operários, ditadura, investimentos em direitos sociais e 
regulamentação do trabalho feminino marcam o período de 1930 a 1964
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em BERAS (2013).
Nessa época, temos o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, que defende a ideia de uma educação para
todos os brasileiros, de forma gratuita e laica, ou seja, uma instituição social inserida no conjunto das instituições
sociais, com vida participativa e cooperativa. Entre os autores desse manifesto, destacam-se os educadores
Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo e Lourenço Filho.
Avanços consideráveis são empreendidos no campo educacional brasileiro no período, resultado de lutas,
movimentos e pressões políticas e sociais por mais espaços de participação e acesso a essa importante
instituição de ascensão social que é a escola. Verifica-se, também, aumento na oferta de matrícula no ensino
primário, ainda que aquém da necessidade da população, que crescia principalmente nas cidades. Dessa forma,
os sistemas estaduais de ensino começam a se organizar formalmente.
A Constituição de 1934 incorpora parcialmente ideias contidas no Manifesto, com destaque para a gratuidade e
obrigatoriedade do ensino primário. Mais tarde, a Lei Orgânica do Ensino (1942), visando ampliar a oferta dos
ensinos secundário e profissionalizante, estabelece normas específicas para esses graus e indica as condições
para a criação do SENAI (1942) e SENAC (1946).
Sobre esse cenário, Schwarcz (2019, p. 138) nos explica que “[…] propiciava dois caminhos a serem percorridos
do primário ao profissionalizante; um sistema bifurcado, com o secundário público destinado às ‘elites
condutoras’ e o profissionalizante para as ‘classes trabalhadoras’”. Observa-se, assim, que mesmo quando
oferecida educação para a classe mais pobre da população, seus objetivos marcavam desigualdade social e
oportunidades entre os brasileiros.
O destaque na educação brasileira nesse período é a promulgação da primeira Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, de 1961, cuja tramitação levou 13 anos. A LDB 4.024/1961 formula o sistema educacional
brasileiro e se ocupa da organização curricular dos ensinos primário, secundário e superior. Além disso,
movimentos populares em favor da alfabetização de adultos e estudos supletivos ganham adeptos e força.
Considerada como uma lei centralizadora por parte da União, de natureza elitista, a LDB 4.024/1961 resultou do
VOCÊ O CONHECE?
Anísio Teixeira, baiano da cidade de Caetité, é um ilustre educador que lutou por uma
educação pública gratuita, dissociada de ideias religiosas e tempo integral. Foi diretor da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes) e diretor do Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP). Junto com Darcy Ribeiro, concebeu e
implantou a Universidade de Brasília e todo o projeto educacional da nova capital.
- -11
Considerada como uma lei centralizadora por parte da União, de natureza elitista, a LDB 4.024/1961 resultou do
embate entre interesses de educadores liberais ligados à corrente escolanovista e educadores interessados nas
escolas privadas, em especial as confessionais pela não interferência do Estado no campo da educação. Ela
representou o esforço de educadores brasileiros no sentido de estabelecer os princípios e fundamentos de
organização e funcionamento do ensino no Brasil (MARCHELLI, 2014).
1.3.2 Para compreender a (re)democratização
O breve período de regularidade democrática ilustrada pelo fato de que, pela primeira vez, um presidente eleito
(Juscekino Kubitschek) passa a faixa presidencial para Jânio Quadros (1961), é interrompido por todo o cenário
que se desenhava desdea morte de Getúlio Vargas (1954), instalando-se o período de ditadura militar no Brasil
(1964-1984).
Quadro 3 - Principais fatores presentes na construção social da democracia brasileira 1964 a 1985
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em BERAS (2013).
Esse período histórico tem significativa repercussão na educação nacional, desde a promulgação da Lei n. 5.540
/1968, da Reforma Universitária e da LDB 5.692/1971. A lei que instaurou a reforma no Ensino Superior
responde ao ideário que vincula a educação à segurança nacional e, assim, garante as estratégias de controle e
funcionamento segundo as normas vigentes.
A LDB 5.692/1971 é reconhecida entre os educadores por sua natureza tecnicista. Com ela, o ensino passou a se
organizar em primeiro e segundo graus e o currículo teve sua estrutura distribuída em duas partes (um currículo
único para cada grau e uma parte diversificada). Além disso, foi incluída a disciplina de Educação, Moral e Cívica,
excluídas as disciplinas de História e Geografia no primeiro grau e substituídas por Estudos Sociais; enquanto no
segundo grau foram excluídas as disciplinas de Filosofia e Sociologia (MARCHELLI, 2014).
Os gastos com a educação não foram objeto de vinculação com a receita da União e seus entes federados. A LDB
5.692/1971 vigorou até 1996, quando a nova LDB entrou em vigor.
1.3.3 Para compreender a democracia na Nova República
O quarto e atual período caracterizado por Beras (2013) de construção da democracia é denominado de Nova
República. Os destaques são a Constituição Federal de 1988, considerada liberal e democrática, elaborada
mediante a participação da sociedade civil e de entidades representativas. É, até o momento — e, apesar dos
diversos ocorridos na política recente —, o período de maior estabilidade política e eleições democráticas
experimentadas na vida social do brasileiro.
A Constituição de 1988, em seu capítulo III, seção I, artigos 205 a 214, estabelece determinações gerais sobre a
educação como um direito público subjetivo, de todos e um dever do Estado e da família, cuja finalidade é o “[…]
pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para a cidadania e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL,
- -12
pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para a cidadania e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL,
[2016], online). Esse aspecto é ratificado na LDB 9.394/1996 em seus princípios e fins da educação.
O princípio da gestão democrática do ensino público está expresso na CF/88 e na LDB 9.394/1996, que garante
às pessoas o direito e o dever de intervir na definição das políticas e na gestão pedagógica e administrativa das
instituições educacionais as quais se vincule, independentemente de sua condição social, cultural e de renda.
No entanto, quais os mecanismos de efetivação da gestão democrática do ensino público? Podemos citar como
exemplos os mecanismos de participação, como conselhos escolares, órgãos colegiados, associação de pais e
mestres, grêmio estudantil, conselhos municipais e estaduais de educação e associações de professores.
1.4 Educação como direito humano
O campo do saber dos Direitos Humanos é uma construção do conhecimento recente e enfrenta dificuldades
teóricas e conceituais na formulação do seu corpo. Noções do senso comum, preconceitos, discriminações e
desigualdades étnicas, culturais, sociais, políticas, religiosas e econômicas criam obstáculos na construção do
conhecimento a respeito dos Direitos Humanos e da difusão desse conhecimento entre os diferentes cidadãos
que deles tanto necessitam.
Você sabe como foi o processo histórico que culminou com a formulação dos Direitos Humanos como campo de
conhecimento? Sabe como promover a educação nesse sentido? Sabe quais mecanismos e estratégias utilizar
para educar para os Direitos Humanos?
Ao longo do último tópico, você poderá responder a essas e outras perguntas sobre educação e Direitos
Humanos. Continue lendo!
1.4.1 Educação como um direito e para os Direitos Humanos
A noção de Direitos Humanos como é conhecida nos dias atuais é ampla, complexa e polêmica. A origem histórica
dessa noção está ligada a três documentos internacionais constituídos na modernidade:
• a Declaração da Virgínia (1776), marco legal no período da Independência Norte Americana (1787);
• o primeiro é a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, escrito no período da Revolução 
Francesa (1789);
• e, por fim, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, redigida no período pós Segunda Guerra 
CASO
Em uma escola de Ensino Médio da periferia de uma grande cidade, professores,
coordenadores e equipe gestora discutem a revisão e atualização do Projeto Pedagógico com
vista a adequá-lo às novas diretrizes nacionais. Há, entre os docentes, a intenção de manter no
currículo as disciplinas de Filosofia e Sociologia. A equipe gestora argumenta não haver
profissional habilitado para ministrar essas disciplinas, além da questão prática de
distribuição na carga horária geral do curso.
Para resolver o problema, os profissionais optaram por organizar um grupo de estudos para
aprofundamento do tema sobre essas disciplinas e formação humana nas diferentes áreas do
saber. Depois, requerer da autoridade competente um profissional habilitado para ministrar as
aulas ou a formação em serviço de docentes em segunda licenciatura nessas áreas para atuar
na escola.
•
•
•
- -13
• e, por fim, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, redigida no período pós Segunda Guerra 
(1948).
A experiência de duas guerras mundiais e seus horrores criou, entre outros fatores, os condicionantes
necessários para o estabelecimento da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A moderna compreensão de
Direitos Humanos supõe a existência de bens que são universais para a humanidade, como a liberdade, o direito
de expressão e o direito à dignidade humana, independentemente de que pessoa se trate ou que possível delito
tenha cometido (BRASIL, 2016).
No Brasil — “[…] país de proporções continentais, passado escravocrata e estruturada concentração de renda”
(SCHWARCZ, 2019, p. 133) —, a educação nunca se constituiu um direito de todos, fato que agrava a
desigualdade social e confirma em seus diferentes indicadores. Nesse cenário, pensar a educação como um
direito humano requer práticas político-pedagógicas que, de forma eficiente, promova o acesso, a permanência, o
direito à aprendizagem e ao conhecimento para todos os cidadãos que demandem da escola formal e de suas
necessidades.
A educação para os Direitos Humanos demanda reconhecer tais direitos como campo de conhecimento, em que
interesses se põem em disputa e como conjunto de valores e princípios norteadores das práticas e condutas
expressas na forma como se organizam os espaços, tempo, conteúdos, recursos metodológicos e práticas de
avaliação.
Por fim, esse não é um conhecimento desvinculado das práticas sociais e culturais, todavia, se explicita nas
diferentes manifestações da organização, estrutura, funcionamento e financiamento dos sistemas de ensino
público.
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VOCÊ QUER LER?
A série “Cadernos Pedagógicos” traz em seu módulo 5 o tema “Direitos Humanos em
educação”. O material aborda a educação para os Direitos Humanos em suas dimensões
político-filosófica, conceitual e prática. Para ler, clique no link: http://portal.mec.gov.br/index.
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O documentário “Crianças Invisíveis” apresenta o sofrimento que as crianças em diferentes 
lugares do Planeta têm de passar. A contribuição da linguagem fílmica suscita a tomada de
consciência a problemas enfrentados pela infância e adolescência, despertando atitudes para o
enfrentamento dessa realidade. Vale a pena assistir!
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Conclusão
Chegamos ao fim do primeiro capítulo com uma boa dose deconhecimento! Agora, você já tem elementos para
compreender a articulação entre os conceitos de “educação”, “democracia” e “cidadania” como construções
sociais em permanente fluxo e atualização.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• reconhecer a importância do paradigma como fundamento na formação da noção de cidadania;
• relacionar os conceitos de “igualdade” e “equidade”;
• acompanhar a evolução histórica da democracia brasileira;
• refletir sobre a educação como possibilidade de participação democrática e cidadã;
• relacionar educação como direito e para os Direitos Humanos.
Bibliografia
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BOTO, C. A. Educação escolar como direito humano de três gerações: identidades e universalismos. Educação &
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Congresso Nacional, 1961. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1960-1969/lei-4024-20-
. Acesso em: 04 jan. 2020.dezembro-1961-353722-publicacaooriginal-1-pl.html
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(Série Cadernos Pedagógicos). Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?
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CRIANÇAS INVISÍVEIS. Direção: Ridley Scott, John Woo, Jordan Scott, Emir Kusturica, Mehdi Charef, Kátia Lund,
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. Acesso em: 30 dez. 2019.com/watch?v=LdO_ebONK9I
https://www.youtube.com/watch?v=LdO_ebONK9I
https://www.youtube.com/watch?v=LdO_ebONK9I
	Introdução
	1.1 Diferentes paradigmas da cidadania
	1.1.1 Visão de paradigma da cidadania na Filosofia Clássica
	1.1.2 Visão de paradigma da cidadania na Filosofia Moderna
	1.1.3 Percepções atuais dos diferentes paradigmas da cidadania
	1.2 Conceito de igualdade
	1.2.1 Noção de igualdade
	1.2.2 Noção de equidade
	1.3 Educação para a democracia
	1.3.1 Para compreender a democracia
	1.3.2 Para compreender a (re)democratização
	1.3.3 Para compreender a democracia na Nova República
	1.4 Educação como direito humano
	1.4.1 Educação como um direito e para os Direitos Humanos
	Conclusão
	Bibliografia

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