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P1F3- PARADA CARDIORESPIRATÓRIA

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1 Thayná Campos Duarte 
 [ Problema 1 – Fechamento 3 ] 
PARADA CARDIORESPIRATÓRIA (PCR) 
A parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como a 
cessação súbita da função mecânica cardíaca com 
consequente colapso hemodinâmico. 
-A chance de sobreviver a uma PCR depende do 
rápido reconhecimento e do início imediato de 
manobras adequadas de ressuscitação 
cardiopulmonar. 
-O rápido início das compressões torácicas de alta 
qualidade é a intervenção mais importante para se 
obter retorno da circulação espontânea (RCE) e 
recuperação neurológica. 
-O termo “parada cardiorrespiratória” define aqueles 
eventos que foram rapidamente detectados, e ainda 
há possibilidade de retorno da circulação 
espontânea por meio de RCP. 
-Os casos que evoluem para óbito ou aqueles em 
que a ressuscitação cardiopulmonar não for 
executada devem ser chamados de morte súbita 
cardiovascular. 
Existem três fases distintas na PCR: fase elétrica, fase 
hemodinâmica e fase metabólica. 
o Fase elétrica 
Período inicial da PCR, nos primeiros 4-5 minutos, 
geralmente em fibrilação ventricular (FV). 
Desfibrilação imediata e RCP de alta qualidade se 
fazem necessárias para otimizar a sobrevivência 
desses pacientes. 
 
o Fase hemodinâmica 
Período de 4-10 minutos após PCR. Essa fase 
representa a depleção dos substratos para um 
adequado metabolismo. Assim, a desfibrilação e a 
RCP de alta qualidade ainda são medidas críticas 
nesses pacientes. 
o Fase metabólica 
Período que sucede 10 minutos de PCR, e é 
representada por acidose e disfunção celular graves. 
O tratamento de pacientes nessa fase é 
primariamente baseado em cuidados pós-parada 
cardíaca. Se nessa fase não ocorrer o retorno da 
circulação espontânea, as chances de sobrevivência 
caem drasticamente e o paciente geralmente não 
sobrevive. 
RITIMOS CARDÍACOS NA PCR 
1-Fibrilação ventricular 
-Múltiplos focos de reentrada, resultando em 
contração sem ordem e efetividade 
-Ondulações irregulares, sem distinção de QRS 
-Pode ocorrer de duas formas: 
>Degeneração de uma taquicardia ventricular 
>após extrassístole ventricular 
 
 
2-Taquicardia ventricular sem pulso 
Taquicardia ventricular sustentada proveniente de 
focos ectópicos, porém que não gera frequência e 
intensidade adequadas para manter o débito 
cardíaco, gerando ausência de pulso palpável 
 
 
 
 
2 Thayná Campos Duarte 
3-Assistolia 
-Pode ser uma consequência tardia da FV 
-Não há atividade elétrica alguma. 
*Sempre que aparecer a assistolia no monitor 
DURANTE o protocolo de reanimação, devemos 
checar os cabos do monitor/desfibrilador, aumentar 
o ganho do aparelho e trocar a derivação. 
 
 
4-Atividade elétrica sem pulso 
-Ocorre em insuficiência respiratória e em 
hipovolemia. 
-Há atividade elétrica organizada no traçado, porém 
sem intensidade o suficiente para gerar uma 
contração efetiva para perfusão e a geração de 
pulso. 
-o coração não consegue realizar uma contração 
mecânica eficaz, embora receba o estímulo elétrico. 
-QRS estreito: alteração mecânica 
-QRS alargado: alteração metabólica 
-Pode ser causada por hipovolemia, tamponamento 
cardíaco, TEP 
 
 
 Cada minuto de um ritmo chocável sem 
desfibrilação diminui em 10% a chance de 
sobrevivência, de modo que após 12 
minutos essa chance varia de 0 a 5%. 
PCR EXTRA-HOSPITALAR 
-70% são extra-hospitalares 
- O ritmo encontrado em uma PCR extra-hospitalar 
depende do tempo de chegada da equipe. 
-O ritmo mais frequente é a FV (60-80%). Na 
ausência de manobras de ressuscitação a FV pode 
evoluir para uma assistolia em cerca de 10min. 
-Os ritmos mais encontrados são: Fibrilação 
ventricular (FV), Taquicardia ventricular sem pulso 
(TVSp) e AESP 
*As principais etiologias são: Doença coronariana 
arterosclerótica e Cardiomiopatias 
 Fatores que influenciam a sobrevivência na 
PCEH: Parada presenciada, tipo de parada, 
desempenho da ajuda 
PCR INTRA-HOSPITALAR 
-A maioria é por assistolia ou atividade elétrica sem 
pulso 
-Causas comuns: arritmia cardíaca, insuficiência 
respiratória aguda e hipotensão. 
 Fatores que influenciam a sobrevivência na PCIH: 
Tempo decorrido até início da RCP e 
desfibrilação. 
EPIDEMIOLOGIA E FATORES DE RISCO 
-Incidência: 45-75 anos 
-Mais comum em raças negras e em homens 
-Fatores de risco: aterosclerose, HAS, dislipidemia, 
DM, sedentarismo, HVE, tabagismo e obesidade. 
SUPORTE BÁSICO DE VIDA (BLS) 
Os aspectos fundamentais do BLS em adultos 
incluem: 
1. Reconhecimento imediato de parada 
cardiorrespiratória. 
2. Ativação imediata do sistema de resposta a 
emergências. 
3. Manuseio básico de vias aéreas 
4. RCP precoce e de alta qualidade. 
 
3 Thayná Campos Duarte 
5. Desfibrilação rápida com um desfibrilador externo 
automático (DEA). 
Antes de avaliar a vítima e iniciar qualquer 
atendimento, é imprescindível garantir a segurança 
da cena. 
 Sacudir a pessoa inconsciente pelos ombros, e 
chama-la na tentativa de acordá-la. Avaliando AO 
MESMO tempo a respiração. 
Sozinho: chama ajuda depois inicia massagem. 
Acompanhado: segundo socorrista liga para ajuda 
enquanto o primeiro inicia imediatamente a 
massagem. 
**Em caso de hipóxia (asfixia) realizar um ciclo antes 
de ligar. 
 
-A checagem de pulso (carotídeo ou femoral) deve 
ser realizada em até 10 segundos. 
-Leigos: apenas massagem cardíaca sem ventilação. 
-Treinados: massagem + ventilação 
-30 compressões para 2 ventilações (30:2) 
-Se for criança e houver 2 socorristas (15:2) 
-Criança e 1 socorrista (30:2) 
-1 ciclo = 5 séries de (30:2) ou 2 minutos e checa 
pulso novamente 
-Socorrista sozinho faz a massagem e ventila 
-2 socorristas: troca a cada ciclo (5x ou 2min) 
 
OBS: Por mais perfeita que seja a compressão, ela 
gerar no máximo 1/3 do débito cardíaco fisiológico, 
que é o necessário para perfusão adequada de 
coração, rins e cérebro. 
Pequenas interrupções nas compressões durante a 
RCP reduzem o fluxo sanguíneo e a perfusão; assim, 
as checagens de pulso, de ritmo e a desfibrilação 
devem ser realizadas o mais breve possível. 
 
-Abertura de via aérea: Extensão cervical (head tilt) + 
elevação do queixo (chin lift) 
-Suspeita de lesão de coluna cervical: estabilizar a 
cabeça com ambas as mãos e a abertura de via 
aérea é feita por Jaw thurst (A manobra consiste em 
elevar a mandíbula para a frente pelo ângulo da 
mandíbula) 
-Avaliação da cavidade oral em busca de secreções 
ou de corpo estranho 
-Corpo estranho não visível: Manobra de Hemimlich 
(na posição supina, súbita compressão abdominal) 
 
 1/2 inferior do esterno, com a palma 
da mão não dominante sobre o dorso da 
mão dominante, dedos entrelaçados e 
braços completamente estendidos, 
perpendiculares ao tórax do paciente. 
Comprimir com região hipotenar da mão 
dominante.
 100 a 120 por minuto.
 deprimir o tórax entre 5 e 6 cm. 
Não ultrapassar 6cm.
 30 compressões para 2 ventilações. 
ou 1 ventilação a cada 6 segundos. 
 Permitir o retorno completo do esterno 
após cada compressão.
 Não parar a massagem. 
Paciente não deve ficar mais que 10s sem 
massagem.
 
4 Thayná Campos Duarte 
A- Jaw thrust 
B- Chin Lift 
 
 
 -Após 30 compressões 2 ventilações 
-Tempo inspiratório: 1 segundo 
-Volume suficiente para discreta elevação torácica 
bilateral (500-600ml) 
* Se a vítima estiver com pulso presente e respiração 
ausente ou irregular, realizar 1 ventilação de resgate 
a cada 6s e checar pulso a cada 2 minutos. 
- Boca-boca: se posicionar lateralmente, abrir via 
aérea com Chin Lift, ocluir a cavidade nasal com o 
polegar e o indicador em um movimento de pinça 
para prevenir escape de ar. Após inspiração 
profunda, colocar os lábios sobre os lábios da vítima 
selando qualquer escape de ar e expirar 
vagarosamente. Retirar os lábios da vítima e permitir 
a expiração passiva do paciente. 
- Boca-máscara facial: se posicionar atrás dopaciente e selar a máscara englobando nariz e boca. 
Com o indicador e o polegar forma-se um C sob a 
máscara, e com o restante dos dedos abaixo da 
mandíbula forma-se um E, acoplando a máscara no 
rosto. 
-Boca-nariz, boca-traqueostomia 
- Ventilação por bolsa-válvula-máscara: permite uma 
melhor ventilação e oxigenação da vítima. 
Técnica: colocar-se atrás do paciente, Com o 
indicador e o polegar forma-se um C sob a máscara, 
e com o restante dos dedos abaixo da mandíbula 
forma-se um E, acoplando a máscara ao rosto. 
Pressionar a bolsa vagarosamente e permitir o 
retorno passivo à posição neutra inicial. 
 
 
 
-Manual: untar e colocar no tórax 
-Posição das pás: ANTEROLATERAL ESQUERDA. 
->uma pá adesiva é colocada em região 
paraesternal esquerda e a outra pá é colocada em 
região infraescapular esquerda 
-Ritmos chocáveis: FV e TV sem pulso 
-Após o choque não se deve checar o ritmo nem o 
pulso. Deve reiniciar a RCP. Fazer um ciclo de RCP e 
após esse ciclo checar o ritmo. 
-Caso ritmo persista em FV/TV novo choque, 
seguido de novo ciclo. 
-Ritmos não chocáveis: AESP e assistolia. Continuar 
compressões por mais 1 ciclo ou 2 min, sem tirar as 
pás do desfibrilador. Verificar novamente o ritmo 
pelo DEA. 
*Carga monofásica: 360J 
Bifásica: 120-200J 
**Assim que chegar o DEA, ligue-o e siga suas 
orientações. Não aguarde o término de um ciclo 
para colocar o DEA. 
OBS: 
1. Se o paciente estiver molhado é preciso secá-lo 
antes de realizar o choque, e o paciente nunca deve 
ser desfibrilado em superfície condutora de 
eletricidade. 
2. Pacientes com grande quantidade de pelos é 
necessário realizar uma rápida tricotomia para 
garantir adequado contato entre as pás e a pele. 
3. Paciente com marca-passo definitivo ou 
cardiodesfibrilador implantável: Pás a 8cm do 
gerador. Configuração anteroposterior. 
SOCO PRECORDIAL 
Existe alguma evidência de que o soco precordial 
pode funcionar na assistolia, por gerar 4 a 8 J de 
energia pelo estiramento muscular e ativação dos 
canais iônicos. Essa técnica é descrita como um 
golpe com uma das mãos na região esquerda da 
metade inferior do esterno. 
OBS: leigos não precisam mais realizar ventilações 
de resgate, apenas RCP com compressões torácicas. 
 
5 Thayná Campos Duarte 
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA (ACLS) 
O suporte avançado de vida envolve: 
1. Ressuscitação cardiopulmonar (RCP) de alta 
qualidade. 
2. Desfibrilação. 
3. Dispositivos de via aérea avançada e oxigênio. 
4. Acesso venoso e drogas. 
5. Dispositivos de compressão mecânica. 
6. Dispositivos de oxigenação por membrana 
extracorpórea. 
*O uso de vasopressores e antiarrítmicos aumentam 
a chance de retorno da circulação espontânea, 
porém não se associa a uma maior sobrevida a 
longo prazo. 
PCR deve ser realizado por uma equipe de maneira 
orquestrada, liderada por um médico e capaz de 
monitorizar a eficácia e a resposta às intervenções 
terapêuticas. 
 
O estabelecimento de uma via aérea avançada não 
deve ser uma prioridade na fase inicial do 
atendimento de uma PCR. 
-Garantir ventilação adequada e proteger contra 
broncoaspiração 
- Existe apenas uma indicação absoluta para a 
intubação na PCR: ventilação ineficiente com bolsa-
válvulamáscara. Se houver indicação de intubação, 
deve ser realizada sem a interrupção das 
compressões torácicas. 
Para a confirmação do correto posicionamento da 
cânula endotraqueal, o padrão-ouro permanece 
sendo a capnografia quantitativa contínua em forma 
de onda. 
-IOT auxiliada por laringoscopia = RISCOS 
(intubação do esôfago, desposicionamento do tubo 
no transporte do paciente). 
Utilizar capnografia contínua para confirmar posição 
endotraqueal do tubo (mede CO2 exalado na 
expiração). 
Confirmação clínica de IOT: Ausência de som aéreo 
no epigástrico e presença de murmúrio vesicular em 
ambos os pulmões; 
-Outros dispositivos: Tubo esofágico-traqueal 
(Combitube) e Máscara laríngea. 
 
-Paciente deve ser HIPOventilado durante a RCP. 
**Hiperventilar o paciente aumenta a pressão 
intratorácica e reduz o retorno venoso que reduz 
ainda mais o débito cardíaco. 
Após controle de via aérea as compressões devem 
ser contínuas e as ventilações devem ser a uma 
frequência de 10 por minuto (1 ventilação a cada 6 
segundos) 
-Tempo inspiratório de 1 segundo 
-Compressão do Ambu (1/2 a 1/3 – vol corrente de 
cerca de 300ml) 
 
-Paciente em PCR deve ter: 
 >Acesso venoso periférico: Veia antecubital, jugular 
externa. Caso não dê, acesso intraósseo. 
- Após a infusão da medicação pelo AVP, realizar 
flush com 20 mL de soro fisiológico 0,9% e sempre 
elevar o membro. 
 >Acesso venoso central: NÃO é recomendado de 
rotina na PCR 
MEDICAÇÕES 
 >Vasopressores: promovem vasoconstrição 
periférica, desviam o fluxo gerado pela massagem 
cardíaca para o coração e cérebro. 
Adrenalina 1mg IV em bolus. 
*Após injeção da droga, o membro superior deve 
ser elevado e adm 20ml de solução salina (ajuda a 
droga a chegar na circulação central) 
-A adrenalina pode ser repedida a cada 3-5 minutos 
durante a reanimação 
-Pcts sem acesso venoso podem receber adrenalina 
pelo tubo traqueal em uma dose 2-3x maior. 
-Em ritmos não chocáveis (AESP e assistolia), 
(ambiente intra ou extra-hospitalar) a administração 
precoce está associada ao aumento da chance de 
retorno à circulação espontânea (RCE). 
 
6 Thayná Campos Duarte 
-Em ritmos chocáveis é utilizada após segundo 
choque sem sucesso. 
 >Antiarrítmicos: Aumentam a chance de retorno da 
circulação espontânea em pacientes com FV/TV 
refratária. (não responde a RCP + desfibrilação + 
vasopressores *adrenalina). 
Amiodarona 300mg IV em bolus. 
Se precisar de novo 150mg 
Se não disponível Lidocaína 1-1,5mg, depois 0,5-
0,75mg 
-NÃO se utiliza em assistolia ou AESP 
Lidocaína 1 a 1,5 mg/kg EV na primeira dose e 
segunda dose é de 0,5 a 0,75 mg/kg 
-Deve ser utilizada na indisponibilidade da 
amiodarona. 
 
O tempo ideal para a aplicação do primeiro choque 
compreende os primeiros 3 a 5 minutos da PCR, 
obtendo melhores resultados na sobrevida do 
paciente. 
OUTROS 
 >Magnésio: age como vasodilatador e 
antiarrítmico. Em casos infrequentes de TV 
polimórfica sustentada, é indicada a desfibrilação, 
seguida de um bolus de 1 a 2 g IV de sulfato de 
magnésio em 10 mL de soro glicosado 5% 
administrado em 1 minuto. 
 >Bicarbonato de sódio: Seu uso é recomendado 
nos casos documentados de PCR por hipercalemia, 
acidose metabólica ou intoxicação por 
antidepressivos tricíclicos. 
 
 
NÃO HÁ INDICAÇÃO DE CHOQUE 
-Não há indicação de marca-passo na assistolia 
-Não há indicação de antiarrítmicos (amiodarona) 
-DROGA OBRIGATÓRIA: Adrenalina (aumentar a 
pressão de perfusão cerebral e coronariana) 
Os parâmetros fisiológicos (capnografia quantitativa 
em forma de onda, PA diastólica, saturação venosa 
central) são usados para monitorizar e otimizar a 
qualidade da RCP, guiar a terapia vasopressora e 
detectar RCE. 
O dióxido de carbono ao final da expiração é um 
parâmetro que indica o débito cardíaco durante a 
PCR, o que o torna a melhor maneira de monitorizar 
as compressões torácicas de alta qualidade. Valores 
de capnografia acima de 10mmHg traduzem uma 
adequada compressão torácica; o retorno da 
circulação espontânea é esperado após elevação 
brusca para valores acima de 35-40 mmHg de 
ETCO2. 
Existe apenas uma regra validada para determinar o 
fim da ressuscitação em adultos vítimas de PCR-ExH, 
e ela consiste em três variáveis que predizem 
mortalidade em até 30 dias após o evento: 1) não 
 
7 Thayná Campos Duarte 
houve RCE no extra-hospitalar; 2) ritmo inicial não 
chocável e 3) PCR não testemunhada. 
Não existe parâmetro objetivo para determinar o fim 
da RCP intra-hospitalar, a decisão é multifatorial e 
deve-se considerar o tempo total de PCR (com e 
sem RCP); idade e comorbidades; ritmo e provávelcausa da parada; valores/desejo prévio do paciente 
e família; hipotermia; capnografia (incapacidade de 
se obter valores de CO2 acima de 10 mmHg após 20 
min de RCP). 
 
 
 
CUIDADOS PÓS-PARADA 
-nas primeiras 24-48h após a PCR, um dos principais 
objetivos terapêuticos deve ser a manutenção de 
uma perfusão sistêmica adequada, a fim de se evitar 
o surgimento da síndrome de falência orgânica 
múltipla. 
-Identificar e tratar etiologias da PCR 
-a angiografia coronariana é um procedimento de 
emergência que deve ser feito tão logo seja possível 
em todas as vítimas de PCR de origem cardíaca após 
retorno da circulação espontânea. 
-Hipotermia terapêutica quando indicado para 
prevenção de lesão neurológica irreversível 
-Obtenção de uma via aérea avançada (se ainda não 
tiver) 
-Acesso venoso (se não tiver) 
-Otimizar ventilação, oxigenação, perfusão tecidual, 
controle metabólico. 
CONDUTA NOS SOBREVIVENTES 
Os sobreviventes de uma PCR extra-hospitalar por 
FV/TV não isquêmica possuem risco de recidiva no 
primeiro ano em torno de 30% e, nos primeiros dois 
anos, em torno de 45%. Isso significa que, se 
nenhuma conduta for adotada, quase metade 
desses pacientes evolui com morte súbita cardíaca 
nos próximos dois anos! 
Existem três principais estratégias (não mutuamente 
exclusivas) que visam prevenir a recidiva da PCR: 
1. Revascularização miocárdica; 
2. Drogas antiarrítmicas; 
3. Cardiodesfibrilador implantável. 
 
 
 
8 Thayná Campos Duarte 
PARADA CARDIORESPIRATÓRIA NA CRIANÇA 
1. Checar responsividade: 
- No bebê: estímulo plantar; 
-Na criança: tocar os ombros e chamar o paciente 
em voz alta. 
2. Se paciente não responsivo: 
-Chamar ajuda 
-Checar pulso central em até 10 segundos. 
-No bebê: pulso braquial; 
-Na criança: pulso carotídeo ou femoral. 
3. Posicionar o paciente em decúbito dorsal em 
superfície plana, rígida e seca 
4. Se respiração ausente ou agônica (gasping) e 
pulso presente e com frequência maior do que 60 
bpm: 
-Abertura de Via aérea: Chin Lift 
Administrar uma insufl ação de boa 
qualidade a cada 3 a 5 segundos (12 a 20 
insufl ações/minuto) e verificar a presença 
de pulso a cada 2 minutos; 
5. Ausência de pulso, iniciar manobras de 
ressuscitação cardiopulmonar RCP 
A relação compressão e insuflação deve ser 
de: 
-30:2 se houver apenas um profissional 
realizando a RCP, com frequência de 100 a 
120 compressões por minuto; 
- 15:2 se houver dois profissionais 
realizando a RCP (um para compressões e 
um para insuflações), com frequência de 
100 a 120 compressões por minuto. 
 
Assim que o DEA estiver disponível e sem 
interrupção dos ciclos de RCP, posicionar os 
eletrodos no tórax desnudo e seco do paciente. 
 
 
>No bebê: comprimir o esterno com dois 
dedos abaixo da linha intermamilar, deprimindo 
pelo menos 1/3 do diâmetro anteroposterior do 
tórax ou cerca de 4 cm; 
>Na criança: realizar compressões com uma ou 
duas mãos posicionadas na metade inferior do 
esterno, deprimindo pelo menos 1/3 do 
diâmetro anteroposterior do tórax ou cerca de 
5 cm; 
Comprimir na frequência de 100 a 120 
compressões/min; 
 Alternar os profi ssionais que aplicam as 
compressões a cada 2 minutos

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