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Caso Clinico COVID

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Caso Clinico COVID
Rodrigo Vinicius Souza Cruz
Sabrina Neri Pereira Souza
20/08/2021
Tomografia (Slide 3)
Defina o tipo de comprometimento da imagem. 
As imagens da tomografia demonstram opacidades em vidro fosco, arredondadas bilateralmente nos pulmões, perilobulares em diferentes níveis.
Qual é o evento fisiológico associado? 
Consolidações de infecção pulmonar.
Que diagnóstico de enfermagem é compatível com o quadro clínico e a imagem?
Padrão Respiratório Ineficaz relacionado a achados clínicos resultantes da TC de tórax caracterizado por febre intermitente, tosse seca esporádica e dispneia. 
Perguntas (Slide 14)
1) Estabeleça Diagnósticos de Enfermagem e no mínimo 05 intervenções de Enfermagem para cada diagnóstico.
+ Troca de gases prejudicada relacionado à infecção respiratória caracterizada por dispneia, gasometria arterial anormal e hipóxia.
Resultado esperado: Paciente apresenta melhora na troca de gases, em 2 horas;
Prescrições de Enfermagem: 
· - Instalar cateter de O2 a 2l/min ou conforme recomendação médica;
· - Orientar paciente a realizar inspiração profunda;
· - Despertar o paciente e estimulá-lo a respirar profundamente; 
· - Monitorar a administração e a eficácia da oxigenioterapia; 
· - Avaliar padrão respiratório (frequência e amplitude) a cada 30 minutos; 
· - Monitorar sinais vitais a cada 2/2 horas;
· - Avaliar a necessidade de aspiração da via aérea; 
· - Posicionar o paciente em posições que facilitem a expansibilidade torácica;
· - Realizar controle da dor; 
· - Avaliar sinais de insuficiência respiratória.
+ Hipertermia relacionada a infecção respiratória caracterizada por temperatura aumentada.
Resultado esperado: Paciente apresenta temperatura dentro dos parâmetros de normalidade, em 24 horas;
Prescrições de Enfermagem:
· - Arejar o ambiente; 
· - Aplicar antibioticoterapia de acordo prescrição médica;
· - Incentivar a ingestão de líquidos; 
· - Verificar a temperatura corporal de 2/2h; 
· - Remover o excesso de roupas; 
· - Monitorar a ingestão e a eliminação de líquidos; 
· - Observar reações de desorientação/confusão a cada 30 minutos.
+ Debito cardíaco diminuído relacionado a tromboembolismo pulmonar caracterizado por alterações ecocardiograficas sendo a disfunção diastólica de VE de grau I e aumento discreto de AE 45 mm.
Resultado Esperado: Paciente com melhora do debito cardíaco em 1 hora.
Prescrições de Enfermagem: 
· - Controlar volume de líquidos ganhos;
· - Monitorar sinais vitais de 2/2 horas;
· - Monitorar alterações da frequência cardíaca após esforço físico;
· - Posicionar o paciente adequadamente no leito;
· - Estabelecer relação de apoio com o paciente e a família;
· - Reduzir esforço físico.
+ Isolamento social relacionado à necessidade de controle de disseminação de micoorganismo caracterizado por não contato direto com a sociedade.
Resultados Esperados: Paciente não apresenta sofrimento psicológico durante o período de isolamento social.
Prescrições de Enfermagem: 
· - Incentivar a paciente a expor sentimentos e preocupações; 
· - Incentivar e apoiar pensamentos positivos para o processo de recuperação;
· - Oferecer contato telefônico a depender do estado clinico do paciente;
· - Transmitir empatia com intuito de promover a verbalização diariamente;
· - Investigar as necessidades e as expectativas não satisfeitas do paciente; 
· - Reduzir estímulos perturbadores como luminosidade e sons na unidade hospitalar.
+ Risco de choque relacionado à infecção.
Resultado Esperado: Paciente não apresenta choque durante internação hospitalar.
Prescrições de Enfermagem:
· Registrar Sinais Vitais conforme gravidade clínica;
· Controlar débito urinário e balanço hídrico conforme gravidade clínica; 
· Observar, anotar e comunicar PAS menor que 90 mmHg, PAM 100 bpm e arritmias no monitor em 2/2 horas ;
· Determinar o estado de perfusão (temperatura de extremidades, coloração de pele) 1/1 hora; 
· Registrar parâmetros hemodinâmicos: Pressão Venosa Central, Pressão de Artéria Pulmonar, Pressão de Capilar Pulmonar, Débito Cardíaco e Saturação Venosa de Oxigênio se cateter de monitorização instalado a cada 2/2 horas;
· Registrar velocidade de infusão de fármacos em bomba de infusão 2/2 horas;
· Obter amostras laboratoriais para monitoramento de níveis alterados de líquidos ou eletrólitos conforme protocolo institucional;
· Administrar líquidos conforme protocolo institucional.
+ Risco de função hepática prejudicada relacionada à infecção viral.
Resultado esperado: Paciente apresenta risco de função hepática prejudicada diminuída durante o período da infecção viral.
Prescrições de Enfermagem:
· - Controle Acidobásico;
· - Observar e monitorar os exames laboratoriais, para minimizar os efeitos dos medicamentos hepatotóxicos;
· - Controle Hidroeletrolítico;
· - Administração da medicação prescrita e observação da ocorrência de reações adversas;
· - Monitorar os sinais vitais a cada 2/2 horas (PA, Temperatura, SAT, FC, FR);
· - Monitorar enzimas hepáticas, função renal, potássio e magnésio séricos e manifestações clínicas como (tremores, cianose, hipotensão, estertores, hepatoesplenomegalia).
2) Quais são os sinais e sintomas do Tromboembolismo pulmonar?
Os sinais e sintomas do tromboembolismo pulmonar são variáveis e dependerá das condições cardiopulmonares prévias do paciente, tamanho do êmbolo, número de episódios embólicos, da resposta neurohumoral e da extensão da área arterial pulmonar acometida; Possuindo uma ampla variedade de apresentações, podendo variar desde um achado ocasional em pacientes assintomáticos, até a morte súbita. 
O quadro clínico clássico da TEP, com dor torácica, dispneia súbita e hemoptise, ocorre em apenas 20% dos casos. Em geral, os sintomas e sinais de TEP submaciça são pouco evidentes e podem ser transitórios. Já na TEP maciça ou em pacientes com pouca reserva cardiovascular, as manifestações clínicas são mais intensas. Os sintomas mais frequentes são a dispneia, dor pleural, ansiedade, tosse, taquicardia, febre e hemoptise.
Hemoptise, dor e atrito pleural, febre, flebite e taquicardia ocorrem com frequência. A tríade dor torácica, hemoptise e doença venosa periférica é encontrada em apenas 13% dos casos. Em pacientes com doença cardiopulmonar prévia, obstrução menor de 50% da vasculatura pulmonar pode precipitar cor pulmonale agudo semelhante ao quadro clínico observado em pacientes com embolia maciça. 
Nos pacientes com TEP agudo e maciço (área arterial pulmonar acometida em mais de 50%), pode ocorrer síncope e colapso cardiovascular, devido à súbita redução do débito cardíaco e do fluxo sanguíneo cerebral. Cerca de 30% desses pacientes evoluem com instabilidade hemodinâmica. A presença de dor retroesternal está presente em 30% dos casos, provavelmente relacionada a hipoperfusão coronariana, podendo, também, ser originada do pericárdio parietal, da distensão súbita da artéria pulmonar ou, ainda, de isquemia da parede do VD. Os sinais clínicos do TEP agudo e maciço devem-se principalmente a falência aguda do VD, baixo débito cardíaco e distúrbio da relação ventilação/perfusão. Cianose, taquicardia, pressão venosa central elevada e ritmo de galope audível no bordo esternal esquerdo são encontrados em 75% dos casos.
3) Analise os exames laboratoriais e de imagem (raio x , TC e angio TC) e estabeleça diagnósticos clínicos. Estabeleça ações de enfermagem para tais diagnósticos.
Exames Laboratoriais:
 Gasometria arterial da admissão: Acidose Respiratória Compensada.
	Hemograma da admissão: Plaquetopenia.
	Outros exames laboratoriais: D-dímero aumentado na admissão (Sugestivo de TEP associando com a clinica apresentada pelo paciente). Com aumento de Proteína C reativa (PCR) e Transaminase glutâmico-oxalacética (TGO) e Transaminase glutâmico-purúvica (TGP) fatores estes que são indicadores de processo inflamatório e lesão hepática respectivamente.
TC de torax: Consolidações de infecção pulmonar 
Angio TC: TEP em ramo da artéria pulmonar segmentar para o lobo inferior esquerdo.
As intervenções mais necessárias para o paciente é a monitorizaçãoda saturação, temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca a cada 2 horas e caso piora dos sinais vitais, como diminuição da pressão arterial menor que 130/90 mmHg, saturação menor que 95%, temperatura menor que 34°c ou maior 38°c, piora dos sintomas clínicos informar o enfermeiro do plantão; Durante a monitorização cárdica o traçado eletrocardiográfico e a frequência cardíaca podem alterar e deverá ser comunicado ao enfermeiro caso o paciente apresente uma taquicardia, ou seja, FC maior que 110 bpm e/ou arritmia. Manter cabeceira elevada em 45° graus, e posicionar e/ou reposicionar o paciente apropriadamente para boa expansão torácica a cada 2 horas e comunicar ao enfermeiro caso sintomas de piora respiratória, frequência respiratória acima de 25 irpm, inquietação, uso de musculatura acessória e/ou cianose central/periférica. Balanço hídrico rigoroso a cada 1 hora se alterações comunicar o enfermeiro que deve avaliar e monitorizar o volume de excreção urinária, densidade, cor, aspecto e queixa do paciente referente à alteração na eliminação. Administração de medicamentos prescritos utilizando os 9 certos da enfermagem para o bom controle de medicamentos. Promoção de exercícios respiratórios diariamente como inspirações profundas, incentivo a controle da respiração de forma terapêutica. Ensinar o paciente sobre o processo de saúde e doença e retirar duvidas posteriores sobre a doença e tratamento. Atentar para sinais de choque como hipotensão (PA menor que 100/70 mmHg), desorientação, taquicardia, pele fria e pegajosa e palidez.

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