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Definida como interrupção súbita dos batimentos cardíacos e dos movimentos respiratórios ou respiração agônica (Gasping). As principais causas de PCR em adultos são as arritmias cardíacas. Na infância a assistolia é o ritmo mais comum de PCR. A PCR é caracterizada por: inconsciência; ausência de respiração e ausência de sinais circulatórios. A lesão cerebral se inicia rapidamente, cerca de 3 minutos sem assistência. A cada minuto sem as manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP) as chances de sobrevivência caem de 7 a 10%. Após 10 minutos de parada não assistida as chances de retorno a circulação espontânea são próximas a zero. O atendimento às vítimas em PCR envolve um conjunto de manobras estruturadas e sequenciais que visam garantir, inicialmente, fluxo sanguíneo aos órgãos nobres (coração, pulmões e cérebro), com atenção posterior às vias aéreas e ventilação. Essa sequência é chamada de corrente de sobrevivência do atendimento cardiovascular em emergência (ACE). Não é incomum a ocorrência de uma parada cardiorrespiratória no ambiente hospitalar ou extra- hospitalar, seja ela precipitada pela ingestão e/ou infusão de substâncias, traumas, distúrbios hidroeletrolíticos ou por condições individuais de cada paciente (PCR súbita). Sempre checar ausência de consciência, ausência de respiração ou gasping e ausência de pulso central por no máximo 10 segundos. Chamar ajuda e solicitar o DEA para então começar a RCP. (1) Inicie a RCP fornecendo oxigênio e colocando o monitor/ desfibrilador. (2) Ritmo chocável (FV/TVSP): • (3) Choque • (4) RCP 2 minutos e acesso IV/IO Checar rítmico novamente, se chocável: • (5) Choque • • (6) RCP 2 minutos + Epinefrina a cada 3 a 5 minutos e considerar via aérea avançada, capnografia Checar ritmo novamente, se chocável: • (7) Choque • (8) RCP 2 minutos + Amiodarona ou lidocaína e tratar causas reversíveis (9) Ritmo não chocável (Assistolia/ AESP): • Epinefrina imediatamente • (10) RCP 2 minutos + Acesso IV/IO, Epinefrina a cada 3 a 5 minutos e considerar via aérea avançada, capnografia Checar Ritmo novamente Se chocável ir para 5 ou 7 Não chocável • (11) RCP 2 minutos e tratar as causas reversíveis Checar ritmo novamente Chocável ir para 5 ou 7 Não chocável • (12) Se não houver sinais de retorno da circulação espontânea vá para 10 ou 11 • Se houver retorno da circulação espontânea, vá para cuidados pós-PCR • Considere se é adequado continuar com a ressuscitação Qualidade da RCP Comprima com força (no mínimo 5 cm) cerca de 100 a 120/min e aguarde o retorno total do tórax. Minimize as interrupções nas compressões. Evite ventilação excessiva. Alterne os responsáveis pelas compressões a cada 2 minutos ou antes, se houver cansaço. Sem via aérea avançada, relação compressão-ventilação de 30:2. Capnografia quantitativa com forma de onda (Se PETCO2 estiver baixo ou caindo, reavalie a qualidade da RCP. Carga do choque Bifásica: Recomendação do fabricante (exemplo dose inicial de 120 a 200 J); se desconhecida usar o máximo disponível, a segunda dose e as subsequentes devem ser equivalentes, podendo ser consideradas doses mais altas. Monofásica: 360J Tratamento Medicamentoso Dose IV/IO de epinefrina: 1 mg a cada 3 a 5 minutos. Dose IV/IO de amiodarona: Primeira dose – Bolus de 300 mg; segunda dose – 150 mg ou Lidocaína: Primeira dose – 1 a 1,5 mg/Kg; segunda dose – 0,5 a 0,75 mg/Kg. Parada Cardiorrespiratória (2021) PCR em adultos Via aérea avançada Intubação endotraqueal ou via aérea extra glótica avançada. Capnografia com forma de onda ou capnometria para confirmar e monitorar o posicionamento do tubo ET. Quando houver uma via aérea avançada, administre 1 ventilação a cada 6 segundos (10 ventilações/min) com compressões torácicas continuas. Retorno da circulação espontânea Pulso e pressão arterial Aumento abrupto prolongado na PETCO2 (tipicamente ≥40mmHg) Ondas de pressão arterial espontânea com monitoramento intra-arterial. Causas reversíveis Hipovolemia Hipóxia Hidrogênio (acidemia) Hipo/hipercalemia Hipotermia Tensão do tórax por pneumotórax Tamponamento cardíaco Toxinas Trombose coronária Trombose pulmonar (1) Verifique se a vítima responde; chame por ajuda; acione o sistema medico de emergência; busque naloxona e um DEA, se disponível. (2) A pessoa está respirando normalmente? Sim: • (3) Evite a deterioração: Bata no ombro e chame em voz alta; reposicione; considere naloxona; continue a observar. Até que o serviço médico de emergência chegue. • (4) Avaliação continua de resposta e respiração – Vá para 1 Não: (5) Inicie a RCP; administre naloxona; use um DEA; Retome a RCP até a chegada do serviço médico de emergência *Para vitimas adultas e adolescentes, os socorristas devem executar compressões e ventilações se forem treinados para realizar ventilação de resgate, caso não, eles devem realizar a RCP só com as mãos. Pra bebes e crianças, a RCP deve incluir compressões e ventilações. (1) Suspeita de intoxicação por opioide: Verifique se a vítima responde; chame por ajuda; acione o sistema médico de emergência; busque naloxona e um DEA, se disponível. (2) A pessoa respira normalmente? Sim: • (3) Evite a deterioração: Toque os ombros e chame em voz alta; abra a via aérea e reposicione; considere naloxona; transporte para o hospital • (4) Avaliação continua de resposta e respiração: Vá para 1 Não: (5) Há presença de pulso? (Avalia ≤ 10 segundos) Sim: • (6) Ventilação de suporte: Abra a via aérea e reposicione; realize ventilação de resgate ou com dispositivo bolsa-válvula-máscara; administre naloxona Não: (7) Iniciar RCP: use um DEA; considere naloxona; consulte o algoritmo do SBV/ para PCR Após RCE obtido manejar via aérea (posicionamento inicial do tubo endotraqueal); controlar parâmetros respiratórias (inicie com 10 ventilações/min, SpO2 entre 92%-98%, PaCO2 35 a 45 mmHG); controle dos parâmetros hemodinâmicos (pressão arterial sistólica > 90 mmHg; pressão arterial média > 65 mmHg); obter ECG de 12 eletrodos; considerar intervenção cardíaca de urgência, se IAMST estiver presente, houver um choque cardiogênico instável ou suporte circulatório mecânico for necessário; Atende a comandos • Não – Comatoso (controle direcionado de temperatura, realizar TC do cérebro, monitoramento de EEG e outros manejos para atendimento critico). • Sim – Desperto (outros manejos para atendimento critico) Cuidados pós PCR para adultos Emergência associada a opioides (socorristas leigos) Emergências relacionadas a opioides (para profissionais de saúde) Avalie e trate rapidamente etiologias reversíveis e solicite consulta de especialistas para manuseio continuado. Continue com SBV/SAVC (RCP de alta qualidade; desfibrilação, se indicada; outras intervenções de SAVC como epinefrina). Acione a equipe de PCR materna; considere a etiologia da PCR e se necessário execute as intervenções maternas (Manejo da via aérea; administre O2 a 100%, evite ventilação em excesso; obtenha acesso IV acima do diafragma; se o paciente estiver recebendo magnésio IV, pare e administre cloreto de cálcio ou gluconato); continue com SBV/SAVC (RCP de alta qualidade; desfibrilação, se indicada; outras intervenções de SAVC como epinefrina). Acione a equipe de PCR materna; considere a etiologia da PCR e execute intervenções obstétricas (realize o deslocamento uterino lateral continuo; desconecte os monitores fetais; prepare-se para cesariana de emergência); realize cesariana de emergência (se nenhum RCE acontecer em cinco minutos, considere uma cesariana de emergência imediata); acione equipeneonatal para receber o neonato. PCR materna As prioridades para mulheres gravidas em PCR devem incluir a administração de RCP de alta qualidade e o alivio da compressão aortocaval com deslocamento uterino lateral O objetivo da cesariana de emergência é melhorar os resultados para a mãe e para o feto. Idealmente, realize a cesariana de emergência em 5 minutos, dependendo dos recursos e dos conjuntos de habilidades do profissional. Possível etiologia de PCR materna Anestesia (complicações anestésicas) Hemorragia (“Bleeding”) Cardiovascular Medicamentos Embolia Febre Causas gerais não obstétricas Hipertensão (1) Inicie a RCP: Inicie a ventilação com bolsa-mascara e forneça oxigênio; coloque o monitor/desfibrilador Ritmo chocável (2) FV/TVSP; • (3) choque; • (4) RCP 2 min e acesso IV/IO Checar ritmo novamente – Se não chocável ir para 12 Se chocável: • (5) Choque • (6) RCP 2 min; Epinefrina a cada 3 a 5 min; considere via aérea avançada Checar ritmo novamente, se chocável: • (8) RCP 2 min; Amiodarona ou lidocaína; tratar as causas reversíveis Ritmo não chocável (9) Assistolia/AESP • Epinefrina imediatamente • (10) RCP 2min e acesso IV/IO; Epinefrina a cada 3 a 5min; considerar via aeres avançada e capnografia Checar ritmo novamente – se chocável ir para 7 Não chocável: • (11) RCP 2min; tratar causas reversíveis Checar ritmo novamente, não chocável • (12) Se não houver sinal de retorno da circulação espontânea vá para 10; se houver RCE vá para a lista de verificação de cuidados pós-PCR Qualidade da RCP Comprima com força (≥ 1/3 do diâmetro torácico anteroposterior) e rapidez (100 a 120/min) e aguarde o retorno total do tórax. Alterne os responsáveis pelas compressões a cada 2 minutos ou antes, em caso de cansaço. Se estiver sem via aérea avançada, relação compressão- ventilação de 15:2. SAVC/SBV para PCR na gravidez PCR em pediatria Se tiver via aérea avançada, administre compressões continuas e uma ventilação a cada 2 a 3 segundos (20 a 30 respirações por minuto). É aconselhável escolher TET com cuff, em vez de TET sem cuff para intubar bebês e crianças. Quando um TET com cuff é usado, prestem atenção ao tamanho, à posição e à pressão de insuflação do cuff (normalmente < 20 a 25 cm H2O). Para pacientes pediátricos em qualquer situação, é aconselhável administrar a dose inicial de epinefrina em até cinco minutos depois do início das compressões torácicas. Para pacientes com monitoramento invasivo contínuo da pressão arterial no momento da PCR, é aconselhável que os socorristas usem pressão arterial diastólica para avaliar a qualidade da RCP. Em pacientes com choque séptico, é aconselhável administrar fluidos em alíquotas de 10 mL/kg ou 20 mL/kg com reavaliação frequente. Carga do choque Primeiro choque 2J/Kg Segundo choque 4 J/Kg Choques posteriores ≥ 4 J/Kg, máximo de 10 J/Kg ou dose para adultos. Tratamento medicamentoso Dose IV/IO de epinefrina: 0,01 mg/kg (0,1 mL/kg da concentração de 0,1 mg/mL). Dose máxima de 1 mg. Repita a cada 3 a 5 minutos. Se não tiver acesso IV/IO, pode-se administrar dose endotraqueal: 0,1 mg/Kg. Dose IV/IO de amiodarona: bolus de 5 mg/Kg durante a PCR. Pode ser repetida em um total de até 3 doses para FV/TV sem pulso refrataria ou Lidocaína, dose inicial de ataque de 1 mg/kg. Causas reversíveis Hipovolemia Hipoxia Hidrogênio (acidemia) Hipoglicemia Hipo/hipercalemia Hipotermia Tensão do tórax por pneumotórax hipertensivo Tamponamento cardíaco Toxinas Trombose coronária Trombose pulmonar
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