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Vigilância Epidemiológica do Sarampo

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Thaís Fernandes das Neves 
Vigilância epidemiológica do sarampo 
 
Notificação - Doença de notificação compulsória nacional e de investigação epidemiológica obrigatória 
imediata. 
 
Definição de caso 
Suspeito: Todo paciente que, independentemente da idade e situação vacinal, apresentar febre e exantema 
maculopapular, acompanhados de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: tosse e/ou coriza e/ ou 
conjuntivite. 
 
Caso suspeito de sarampo importado: Todo caso suspeito que tenha história de viagem para fora do país, 
nos últimos 30 dias, ou que tenha história de contato com alguém que viajou para fora do país, no mesmo 
período. 
 
Caso confirmado: Todo paciente considerado como caso suspeito e que foi comprovado como caso de 
Sarampo a partir de, pelo menos, um dos seguintes critérios: 
• Exame “reagente” ou “positivo para IgM. 
• Vínculo epidemiológico: paciente que, em um período máximo de 7 a 18 dias, teve contato com um 
ou mais casos de Sarampo confirmados pelo laboratório; ou com exame laboratorial “não reagente” 
ou “negativo para IgM” em amostra de sangue colhida precocemente (1º e 3º dias a partir do 
aparecimento do exantema), mas que teve contato com um ou mais casos de Sarampo confirmados 
pelo laboratório. 
• Clínico: quando se fez a suspeita clínica, mas não houve coleta de amostra para sorologia, não foi 
investigado ou evoluiu para óbito sem a realização de qualquer exame laboratorial. Representa uma 
falha grave do sistema de vigilância epidemiológica. 
 
Caso descartado: Todo paciente considerado como caso suspeito e que não foi comprovado como caso de 
Sarampo a partir de, pelo menos, um dos critérios acima definidos. 
 
PREVENÇÃO E CONTROLE 
Vacinação: A vacina é a única forma de prevenir a ocorrência do Sarampo, sendo a principal medida de 
controle. Esquema básico: uma dose da vacina tríplice viral (Sarampo, Rubéola e caxumba) aos 12 meses de 
idade e a segunda dose entre 4 a 6 anos de idade. A vacinação de bloqueio deve ser realizada, de forma 
oportuna, a partir da notificação de casos suspeitos ou de surtos, envolvendo o grupo de 6 meses a 39 anos de 
idade. 
 
Investigação epidemiológica: Obter informações detalhadas e uniformes para todos os casos suspeitos de 
Sarampo, que permitam caracterizar os mecanismos de transmissão da doença. Para tal faz-se necessário 
documentar as manifestações clínicas, as medidas de controle adotadas etc. 
 
Bloqueio vacinal: deve ser feito de forma seletiva em todos os contatos do caso, abrangendo: pessoas do 
mesmo domicílio, vizinhos, creches, salas de aula etc. 
 
Operação limpeza: deve ser realizada a partir de todo caso confirmado, devendo ser ampliada para a 
vizinhança, bairro ou até município, conforme avaliação realizada. Sempre se atendo a faixa etária prioritária 
de 6 meses a 39 anos de idade. 
 
Isolamento de casos: o isolamento domiciliar ou hospitalar dos casos pode diminuir o risco de transmissão. 
Deve-se evitar qualquer contato com pessoas suscetíveis, durante o período de eliminação do vírus. Os locais 
com agrupamento (creches, escolas) devem ser visitados e todos os contatos não vacinados devem receber a 
vacina tríplice ou dupla viral.

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