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AT AV2
Gêneros textuais: reportagem, relatório, ata, publicidade, manual, tutorial
GÊNERO TEXTUAL X TIPO TEXTUAL
Os gêneros textuais são formados por sequências diferenciadas denominadas TIPOS TEXTUAIS.
“Um texto, porém, só raramente apresenta-se em estado puro, ou seja, totalmente pertencente a um só modo de organização discursiva; na maioria das vezes sua classificação se faz pela predominância de sequências de um tipo sobre os demais.” (Carneiro, 2001)
Um tipo textual pode aparecer em qualquer gênero textual, da mesma forma que um único gênero pode conter mais de um tipo textual. Uma carta, por exemplo, pode ter passagens narrativas, descritivas, injuntivas e assim por diante.
TIPOS TEXTUAIS
NARRAÇÃO
Narrar é contar uma história, que pode ser real, imaginária ou ambas.
Essência do texto narrativo: “relacionar personagens e ações, considerando circunstâncias de tempo e de espaço.” (Silva, 2006)
Foco no fato, no acontecimento: predomínio de verbos de ação, em geral no pretérito perfeito do indicativo. 
Sempre que houver fatos a serem relatados, a narração se faz presente. Por isso é importante saber organizar o texto de acordo com a estrutura narrativa.
ELEMENTOS BÁSICOS DE UM TEXTO NARRATIVO
A personagem;
 O espaço;
 O tempo.
(Organizados por um narrador) 
DESCREVER
Focaliza um objeto, um ser ou um processo.
Sublinha as características, qualidades ou especificações dos objetos, seres ou processos. 
Listas: exemplos de textos descritivos puros.
DISSERTAR
É expor ideias; é expressar o que sabemos ou acreditamos saber a respeito de determinado assunto.
- Não há formação de opinião, não há intenção de persuadir o interlocutor ou formar opinião.
PARTES PRINCIPAIS DO TEXTO DISSERTATIVO
Introdução.
 Desenvolvimento.
 Conclusão.
TEXTOS NARRATIVOS
CRÔNICA E CONTO
 São gêneros textuais distintos, mas que apresentam uma sequência narrativa.
CONTO
É uma obra de ficção;
há um universo de seres e acontecimentos de ficção, de fantasia ou imaginação;
apresenta um narrador, personagens, ponto de vista e enredo;
define-se pela pequena extensão;
tem uma estrutura fechada, desenvolve uma história e tem apenas um clímax.
CRÔNICA
É, em geral, um texto curto; 
trata de problemas do cotidiano, assuntos comuns, do dia a dia (o autor dá a um fato corriqueiro uma perspectiva, que o transforma em fato singular e único);
traz as pessoas comuns como personagens, sem nome ou com nomes genéricos (personagens sem aprofundamento psicológico, apresentadas em traços rápidos); 
é organizado em torno de um único núcleo, um único problema; 
tem como objetivo envolver, emocionar o leitor.
CRÔNICA ≠ NOTÍCIA
“O cronista dá maior atenção aos problemas do modo de vida urbano, do mundo contemporâneo, dos pequenos acontecimentos do dia a dia comuns nas grandes cidades. Diferente da notícia, que procura relatar os fatos que acontecem, a crônica os analisa, dá-lhes um colorido emocional, mostrando aos olhos do leitor uma situação comum, vista por outro ângulo, singular.”
ARGUMENTAÇÃO
Caracteriza-se pela presença de um argumentador que, diante de um tema polêmico, apresenta uma tese, apoiada em argumentos.
 Significa dar razões favoráveis ou desfavoráveis a respeito de um tema.
 Na linguagem comum, equivale a apresentar razões a fim de persuadir ou convencer alguém.
 Num texto argumentativo, distinguem-se três componentes: a tese, os argumentos e as estratégias argumentativas.
A argumentação, na maioria dos casos, é um instrumento de convencimento, de persuasão. Normalmente se apresenta como uma explicação que justifica uma determinada ação.
COMPONENTES
TESE ou proposição é a ideia que defendemos, necessariamente polêmica, pois a argumentação implica divergência de opinião.
ARGUMENTOS de um texto são facilmente localizados: identificada a tese, faz-se a pergunta por quê? (Ex.: o autor é contra a pena de morte (tese). Porque...(argumentos).
ESTRATÉGIAS argumentativas são todos os recursos (verbais e não-verbais) utilizados para envolver o leitor/ouvinte, para impressioná-lo, para gerar credibilidade etc.
TIPOS DE ARGUMENTOS
(A) ARGUMENTO DE AUTORIDADE: é um tipo de argumento feito a partir de citações de autores renomados, autoridades num certo domínio do saber, numa área da atividade humana, para corroborar uma tese, um ponto de vista.
(B) ARGUMENTO BASEADO NO CONSENSO: tem-se este tipo de argumento quando se usa proposições evidentes por si ou universalmente aceitas.
(C) ARGUMENTOS BASEADOS EM PROVAS CONCRETAS: para a construção deste argumento, utiliza-se uma opinião embasada em fatos comprobatórios.
(D) ARGUMENTOS COM BASE NO RACIOCÍNIO LÓGICO: neste tipo de argumento, a argumentação baseia-se nas relações de causa e consequência. Em alguns casos, a falta de coerência entre as proposições serve como estratégia para fugir do tema. Esse recurso é muito usado por políticos. 
(E) ARGUMENTO DA COMPETÊNCIA LINGUÍSTICA: neste tipo de argumento, a utilização de diferentes mecanismos linguísticos contribui para a persuasão.
Parágrafo é a menor unidade de análise um texto, e consiste tipicamente de uma ideia, pensamento ou ponto principal, acompanhado por detalhes que o complementam. 
Cada novo parágrafo de um texto é concebido sobre o que veio antes, e prepara para o que vem adiante, de forma a se ter um encadeamento lógico e coerente. 
Nos textos poéticos, a unidade de análise é o verso. Um conjunto de versos forma uma estrofe. A estrofe funciona como um parágrafo no poema. 
O parágrafo, assim sinalizado, auxilia a leitura, pois indica ao leitor que estamos trabalhando posições, ideias sobre o assunto. Dessa forma, mesmo que eu não leia o que está escrito no parágrafo, apenas a percepção da sua presença já pode me trazer uma série de interpretações e, em decorrência, um protocolo de leitura em relação ao texto.
O parágrafo contém uma unidade, que é parte de um todo.
O parágrafo é uma unidade de texto composta por um ou mais de um período, em que se desenvolve determinada ideia central ou nuclear, a que se agregam outras, secundárias, intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela.
PROBLEMAS EM RELAÇÃO AO PARÁGRAFO
Parágrafo único: o texto como um bloco maciço de linhas.
Vários parágrafos curtos, sem que a separação se justifique por alguma divisão de assuntos.
ESTRUTURA DO PARÁGRAFO
Segundo Garcia (1997: 2010), o parágrafo-padrão é composto por:
a) Introdução ou tópico frasal. Um ou dois períodos curtos iniciais, em que se expressa de maneira sucinta a idéia-núcleo. 
b) Desenvolvimento. Explanação da ideia-núcleo.
c) Conclusão. Mais rara, principalmente em parágrafos curtos.
A constituição de um parágrafo vai depender da intenção, do destinatário e do assunto do texto.
TÓPICO FRASAL OU IDEIA-NÚCLEO
O tópico frasal marca uma organização do assunto, e que, a partir dele, a ideia necessita ser desenvolvida.
A idéia central do parágrafo é enunciada através de um período (ou, eventualmente, trecho dele) denominado tópico frasal. Esse período orienta ou governa o resto do parágrafo; dele nascem outros períodos secundários ou periféricos.
Muitas vezes, um parágrafo é composto por só um período, embora isso possa indicar um possível erro de “organização” ou falta de aprofundamento. 
O tópico frasal é uma espécie de núcleo principal, do qual outras ideias serão desenvolvidas, sempre ligadas à ideia apresentada no tópico. Caso o assunto ou abordagem presente no tópico frasal mude, muda-se de parágrafo.
A partir da junção das ideias, através de elementos coesivos, é possível construir um parágrafo, liderado pelo tópico frasal e pela correlação das ideias adjacentes a ele.
COMO INICIAR UM PARÁGRAFO?
TIPOS MAIS COMUNS DE INTRODUÇÃO
DECLARAÇÃO INICIAL
	O autor declara uma opinião por meio de uma frase afirmativa ou negativa com o objetivo de chamar a atenção do leitor.
Exemplo: Os estudos de um cientista brasileiro abrem novas possibilidades de controle da malária e, no futuro, da dengue. Gustavo Rezende, do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), analisou a formação da casca impermeável dos ovos de mosquitos. Pesquisador do Laboratóriode Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores (IOC), o biomédico identificou um conjunto de genes associados à impermeabilização dos ovos do mosquito Anopheles gambiae, principal transmissor de malária na África.
DEFINIÇÃO
	O autor, para começar seu parágrafo, apresenta uma definição do assunto a ser explorado.
Exemplo: Os índices de preços, ou de inflação, são, portanto, indicadores que procuram mensurar a evolução do nível de preços. É um número que está associado à média ponderada dos preços de um conjunto de produtos, denominado cesta, em um determinado período. Assim, se de um mês para o outro determinado índice de preços sofre uma elevação de 0,6%, por exemplo, significa que os preços que fazem parte da cesta correspondente a esse índice aumentaram, em média, 0,6%.
DIVISÃO
	O autor, ao iniciar o seu parágrafo, divide o assunto, o que sinaliza para o leitor como tema será tratado.
Exemplo: Quando assumi o cargo de Editor de Qualidade no JB, em 1º de outubro de 1995 (deixei-o em 15 de outubro de 1996, para tornar-me, com grande alegria para mim, um auxiliar do velho amigo Orivaldo Perin no trabalho de dar forma final à 1ª página), tinha três preocupações básicas: 1. o empobrecimento da linguagem de jornal; 2. a vulgarização da linguagem de jornal; 3. a correção dessa mesma linguagem.
INTERROGAÇÃO
	O autor inicia o seu parágrafo com uma pergunta.
Exemplo: Onde estão os melhores programas da TV a cabo? Que programas merecem que se reserve um bom tempo para a televisão? Quais as diferenças entre canais que oferecem programação do mesmo gênero? Onde encontrar bons documentários, filmes inéditos, notícias ao vivo, transmissões esportivas? A equipe da revista da TV sentou-se na frente da televisão, de controle remoto em punho, e apresenta este número especial, concebido como um guia da TV que os gaúchos assinam.
ALUSÃO/CITAÇÃO
	O autor pode fazer referência a um fato histórico ou às palavras de uma outra pessoa.
Exemplo: Um exame de sangue simples pode ser capaz de diagnosticar o mal de Alzheimer, disseram pesquisadores dos Estados Unidos na segunda-feira (13), numa descoberta que pode ampliar a detecção da doença.
TIPOS MAIS COMUNS DE DESENVOLVIMENTO
Explanação da declaração inicial
Enumeração de detalhes
Comparação 
Causa e consequência
Importante! 
“A noção de parágrafo depende, de certo modo, da percepção mais ou menos intuitiva que nós temos de uma hierarquia de ideias e de fatos, de uma organização do mundo que não se reduz a um macete ou a uma regra fixa.” (Faraco & Tezza, 1992:168)
ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A CONSTRUÇÃO DE UM BOM TEXTO
Criatividade
Fluidez
Organização do pensamento
Estrutura do texto narrativo
O texto narrativo normalmente se organiza a partir das seguintes perguntas (nem todas precisam estar presentes):
O quê?
Quem?
Quando?
Como?
Por quê?
Outras informações relevantes?
Os gêneros textuais mais comuns ao tipo narrativo são notícia, informe, conto, crônica e romance.
Estrutura do texto dissertativo
O texto dissertativo (também denominado expositivo, ou informativo) normalmente se organiza a partir das seguintes etapas (nem todas precisam estar presentes):
 Definição
 Contextualização histórica
 Características
 Finalidades/objetivos
 Exemplos/aplicações
RACIOCÍNIO ARGUMENTATIVO
O que é argumentar?
“Argumento é tudo aquilo que faz brilhar, cintilar uma ideia. Assim, chamamos argumento a todo procedimento linguístico que visa persuadir, a fazer o receptor aceitar o que lhe foi comunicado, a levá-lo a crer no que foi dito e a fazer o que foi proposto.”
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS da argumentação
ARGUMENTADOR: O argumentador é a pessoa (individual, representativa de classe ou de uma empresa) que é responsável pelos argumentos apresentados no texto.
Noção de autoridade:
A autoridade de quem fala está ligada a vários fatores como cargos e conhecimentos (cientista = assuntos da sua área; idoso= questões ligadas à experiência de vida etc.). Além disso, deve-se pensar no prestígio social do argumentador.
Exemplo: artistas em campanhas políticas. 
TEMA: Um tema de um texto argumentativo pressupõe sempre uma discussão, uma possibilidade de debate.
TESE: Representa uma tomada de posição diante do tema.
ARGUMENTOS: “Os argumentos são sustentados por dados, exemplos, experiências pessoais ou conhecimentos alheios a que atribuímos um valor indiscutível.” 
PÚBLICO-ALVO: O argumentador organiza sua mensagem e seus argumentos a fim de convencer alguém. 
ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS
Os argumentos podem apoiar-se em dois métodos: 
método INDUTIVO - parte do particular para o geral;
método dedutivo - parte do geral para o particular.
MÉTODO INDUTIVO
O raciocínio indutivo parte de premissas para chegar a uma conclusão.
O   raciocínio   indutivo  é  um movimento de pensamento que vai de uma ou várias verdades singulares a uma verdade universal. 
Um argumento indutivo afirma que a verdade da conclusão é apenas apoiada pelas premissas.
Premissas = proposições, afirmativas que servem de base para uma conclusão.
PARTICULAR	
GERAL
Premissas: 
“Maria comeu naquele restaurante e passou mal.”
“João comeu naquele restaurante e também passou mal.”
Conclusão: “Aquele restaurante é ruim.”
Premissas: 
“O chão está molhado.”
“O carro está molhado.”
Conclusão: “Choveu.”
MÉTODO DEDUTIVO
GERAL	
PARTICULAR
É o método que faz uso da dedução para obter uma conclusão a respeito de determinada(s) premissa(s).
O raciocínio dedutivo. —  O   raciocínio   dedutivo   é   um movimento de pensamento que vai de uma verdade universal a uma outra verdade menos universal (ou singular). 
A expressão principal deste raciocínio é o silogismo.
Tudo o que é espiritual é incorruptível. Ora, a alma humana é espiritual. Logo, a alma humana é incorruptível.
Um argumento dedutivo afirma que a verdade de uma conclusão é uma consequência lógica das premissas que o antecedem.
A expressão principal deste raciocínio é o silogismo.
SILOGISMO
É uma constante que se repete no raciocínio dedutivo. É a forma de raciocínio em que duas premissas levam a uma conclusão.
PREMISSA GERAL: “Todo homem é mortal.”
PREMISSA PARTICULAR: “Sócrates é homem.”
CONCLUSÃO: “Logo, Sócrates é mortal.”
Cuidado! O silogismo só é verdadeiro se satisfaz algumas condições.
PREMISSA GERAL: “Todo dono de restaurante é gordo.”
PREMISSA PARTICULAR: “José é dono de restaurante.”
CONCLUSÃO: “Logo, José é gordo.”
(A) ARGUMENTO DE AUTORIDADE: é um tipo de argumento feito a partir de citações de autores renomados, autoridades num certo domínio do saber, numa área da atividade humana, para corroborar uma tese, um ponto de vista.
(B) ARGUMENTO BASEADO NO CONSENSO: tem-se este tipo de argumento quando se usa proposições evidentes por si ou universalmente aceitas.
(C) ARGUMENTOS BASEADOS EM PROVAS CONCRETAS: para a construção deste argumento, utiliza-se uma opinião embasada em fatos comprobatórios.
(D) ARGUMENTOS COM BASE NO RACIOCÍNIO LÓGICO: neste tipo de argumento, a argumentação baseia-se nas relações de causa e consequência. Em alguns casos, a falta de coerência entre as proposições serve como estratégia para fugir do tema. Esse recurso é muito usado por políticos. 
(E) ARGUMENTO DA COMPETÊNCIA LINGUÍSTICA: neste tipo de argumento, a utilização de diferentes mecanismos linguísticos contribui para a persuasão.
A importância retórica do adjetivo e do advérbio
Tanto adjetivos quanto advérbios refletem nosso julgamento. Em relação aos adjetivos, pode-se afirmar que atribuem um julgamento pessoal que pode ser positivo/negativo; valorativo/depreciativo. 
Ex.: bonita, linda, maravilhosa (acentuar ou atenuar a característica do elemento).
Exemplos
Pela substituição lexical:
Ex.: bonita, linda, maravilhosa (acentuar ou atenuar a característica do elemento).
 Pelo uso de sufixos:
Ex.: linda, lindíssima.
 Pelo uso de advérbios:
Ex.: extremamente linda, razoavelmente bonita.
 Pela repetição do termo:
Ex.: linda, linda.
ESTRATÉGIA ARGUMENTATIVA BASEADA NA MENSAGEM VISUAL
CURRÍCULO E PERSUASÃO
CURRÍCULO
Curriculum vitae = “o percurso da vida”
1 — Procure reunir o máximo de informaçãopossível sobre o futuro leitor.
2 — Estude, minuciosamente, a situação retórica.
3 — Jamais imprima todo o currículo-matriz; selecione as entradas mais pertinentes.
4 — Cada situação vai requerer um currículo diferente.
A argumentação pelo raciocínio
Para argumentarmos, precisamos envolver nosso interlocutor em um raciocínio que seja considerado válido por ele.
Ou seja, há uma adesão ao argumento porque há uma adesão ao raciocínio estabelecido no argumento.
TESE – afirmação ou ponto de vista, opinião.
ARGUMENTO – justificativas, explicações que validam a tese.
SENTIDOS METAFÓRICOS E METONÍMICOS
O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO SENTIDO DO TEXTO
Alguns textos necessitam mais de nossos conhecimentos, porque as palavras não se bastam sozinhas. Então, para entendermos a mensagem, necessitamos combinar às palavras mais informações, e essas informações vêm de nosso conhecimento de mundo.  
Explicitude e implicitude de informações: os sentidos que circulam nas entrelinhas do texto
 As informações implícitas estão fundamentadas nas informações explícitas. 
Um texto nos passa informações nas entrelinhas, informações essas que estão fundamentadas nas informações explícitas. 
(1) “José parou de fumar.” 
(2) “Até você comprou um carro!” 
(3) “Ele chegou em último lugar.”
Ao analisarmos aspectos ligados à morfologia, à sintaxe e à escolha lexical, facilitamos a nossa compreensão do texto. 
Neste processo, também destaca-se a importância do conjunto de conhecimentos que temos acerca das coisas do mundo.
RECURSOS para atribuir efeitos de sentido: metáfora e metonímia
O QUE É METÁFORA?
Consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado.
“Metáfora é um princípio onipresente da linguagem, pois é um meio de nomear um conceito de um dado domínio de conhecimento pelo emprego de uma palavra usual em outro domínio. Essa versatilidade faz da metáfora um recurso de economia lexical, mas com um potencial expressivo muitas vezes surpreendente.(...)” Azeredo, 2008:484)
A metáfora baseia-se na transferência (metaphorá em grego significa “transporte”) de um termo para um contexto que não lhe é próprio.
A metáfora funciona a partir do estabelecimento de uma relação de sentido entre um elemento comparado e um elemento comparante.
A vida é chuva de verão.
A associação da vida a chuva de verão é puramente subjetiva. Cabe ao leitor completar o sentido de tal associação, a partir da sua sensibilidade, da sua experiência. Essa metáfora, portanto, pode ser compreendida das mais diferentes formas. Isso não quer dizer que ela possa ser interpretada de qualquer jeito, mas que a compreensão dela é flexível, ampla. 
Processo METÁFOrico de construção de sentido
As metáforas não são importantes apenas para a literatura. Elas são importantes na língua do dia a dia, pois contribuem para a estruturação do nosso pensamento. 
 
O QUE É METonímia?
Consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido.
“Metonímia consiste na transferência de um termo para o âmbito de um significado que não é o seu, processado por uma relação cuja lógica se dá, não na semelhança, mas na contiguidade das ideias.” Azeredo, 2008:484)
Na metonímia, a relação entre os elementos que os termos designam não depende exclusivamente do indivíduo, mas da ligação objetiva que esses elementos mantêm na realidade. 
 
MATÉFORA ≠ METONÍMIA
Como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa que passa a ser usada com outro significado. Todavia, a transposição de significados não é mais feita com base em traços de semelhança, como a metáfora. A metonímia explora sempre alguma relação lógica entre os termos. 
Na metonímia, a relação entre os elementos que os termos designam não depende exclusivamente do indivíduo, mas da ligação objetiva que esses elementos mantêm na realidade.
Na metáfora, a substituição de um termo por outro se dá por um processo interno, intuitivo, estritamente dependente do sujeito que realiza a substituição. Na metonímia, o processo é externo, pois a relação entre aquilo que os termos significam é verificável na realidade externa ao sujeito que estabelece tal relação.
“Vivo do meu trabalho.” – Metonímia (a causa pelo efeito).
“Você é uma flor!” – Metáfora.
(3) Ela dançou o tempo todo com o vinho na mão.” – Metonímia (continente pelo conteúdo).
(4) “João é um touro.” – Metáfora. 
Na metonímia, um termo substitui outro não porque a nossa sensibilidade estabeleça uma relação de semelhança entre os elementos que esses termos designam (caso da metáfora), mas porque esses elementos têm, de fato, uma relação de dependência.
Metonímia: exemplos
Sou alérgico a cigarro (causa por consequência)
Fumei um cubano (produtor por produto)
Comprei 200 cabeças de gado (parte por todo)
Cole com durex! (marca por produto)
Tomei uma caixa de cerveja (continente por conteúdo)
Li Shakespeare ontem (autor por obra)
POLISSEMIA, DUPLO SENTIDO E AMBIGUIDADE
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
Denotação: primeiro sentido da palavra, seu sentido habitual.
Conotação: um novo sentido da palavra, seu sentido novo, que se sobrepõe ao primeiro.
O QUE É POLISSEMIA?
As palavras de uma língua podem possuir mais de um sentido em diferentes contextos de uso. Dá se o nome polissemia a esse fenômeno, e são raras as palavras que não o apresentam. 
Polissemia é uma propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados.
Propaganda do Jornal O Dia: “Qual é o papel do jornal de papel?” 
DIFERENÇA ENTRE HOMONÍMIA E POLISSEMIA
Uma das ferramentas discursivas para se explorar o caráter polissêmico das palavras é o duplo sentido.
DUPLO SENTIDO
A propriedade que têm certas palavras e expressões da língua de serem interpretadas de duas maneiras diferentes em diferentes contextos de utilização da língua. O duplo sentido é um esforço intencional de se explorar dois sentidos distintos da mesma palavra ou expressão. 
O autor do texto, intencionalmente, apela para a dupla possibilidade de interpretação do leitor e usa tal possibilidade como forma de enriquecer seu texto.
Duplo sentido é a propriedade que têm certas palavras e expressões da língua de serem interpretadas de duas maneiras diferentes.
Em diferentes contextos de interlocução, é possível explorar essa possibilidade para se permitir mais de uma interpretação, criando um efeito de sentido que pode ser “lido” de duas maneiras diferentes.
Devemos ser capazes de reconhecer quando uma palavra ou expressão pode adquirir mais de um sentido, bem como associar cada um desses sentidos a um contexto particular.
AMBIGUIDADE
A ambiguidade é a indeterminação de sentido que certas palavras ou expressões apresentam, dificultando a compreensão de uma determinada passagem do texto, ou até dele como um todo.
Muitas vezes um texto apresenta palavras ou expressões que permitem mais de um sentido de leitura, embora isso não tenha sido feito propositadamente.
Nesses casos, estamos diante de uma ambiguidade, o que pode gerar dificuldades de compreensão de um texto. 
A ambiguidade deve ser evitada, já que pode provocar leitura completamente afastada da intenção original de comunicar.
AMBIGUIDADE ≠ DUPLO SENTIDO
Embora muitas pessoas considerem duplo sentido e ambiguidade sinônimos, eles não são. A ambiguidade não é intencional, já que sua ocorrência é resultado de alguma construção linguística problemática.
AMBIGUIDADE
A ambiguidade pode ser evitada por meio do esclarecimento maior do contexto ou pela substituição do vocábulo polissêmico por um outro de significado equivalente. (Carneiro, Coletânea, 2001)
(1) Deixei a lima sobre a mesa!
(lima: fruta ou ferramenta?)
(2) Guardei as ferramentas, mas deixei a lima sobre a mesa!
(3) Deixei a laranja-lima sobre a mesa!
Ambiguidade: lexical e estrutural
Ambiguidade lexical (ou polissêmica)
Muitas vezes a ambiguidade é gerada pelo uso de uma palavra que possui mais de um sentido.
Nesses casos, temos a ambiguidadelexical, devido à possibilidade de significados alternativos à mesma palavra.
Polissemia é uma propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados.
A) Ambiguidade lexical
Exemplo – ambiguidade lexical
“Márcia saiu com aquele gato.”
O cartaz foi colocado próximo ao banco.
Estudantes viram porcos na fazenda.
O professor foi educado com a turma.
Exemplo – ambiguidade estrutural 
“O homem viu a mulher de binóculos.”
Temos ambiguidade estrutural quando uma palavra ou expressão está distribuída no texto de forma irregular.
Os estudantes perguntaram ao professor sobre o agendamento das provas no dia 09 de abril. 
AMBIGUIDADE E A COMPREENSÃO DO TEXTO
(1) Celsinho, a Letícia veio com seu pai. (Ambiguidade estrutural)
(2) Visitamos a igreja do Carmo, a mais bonita da cidade, que data de 1735. (Ambiguidade estrutural)
(3) As mudas chegaram. (Ambiguidade lexical)
	1 - Leia o diálogo retirado do filme nacional Eles não usam black tie. 
Maria (sorrindo) – Tu gosta de eu? 
Tião – Ô dengosa, eu sem tu não era nada... 
Maria – Bobagem, namorado como tu é... 
Tião – Tudo passou... 
Maria – Pensa que eu não sei? Todas elas miando: “Tiãozinho pra cá, Tiãozinho pra lá...” Mas eu roubei ocê pra mim! 
Tião – Todo eu! 
Em relação à passagem lida, é CORRETO afirmar que:
	    A)  O trecho é um exemplo característico de reprodução na fala da formalidade e correção de um texto escrito. 
	    B)  O texto é totalmente desarticulado e não tem sentido algum, pois foi elaborado para o cinema. 
	    C)  O trecho é um exemplo característico de comunicação oral, pois reproduz a fala com toda a sua variação. 
	    D)  O trecho representa uma linguagem totalmente diferenciada e oposta a qualquer forma de comunicação humana. 
2 - Qual das alternativas abaixo melhor define o posicionamento do tópico frasal no parágrafo? 
    A)  O tópico frasal nunca será o período que inicia o parágrafo, já que há uma exigência, em termos de coerência, que ele conste como último período do parágrafo. 
    B)  O tópico frasal sempre será o período que inicia o parágrafo, já que há uma exigência, em termos de coerência, que ele conste como primeira informação. 
    C)  Na maioria dos casos, o tópico frasal é representado pelo período (ou parte dele) que abre o parágrafo, embora seja mais comum sua ocorrência no início do parágrafo.
    D) O tópico frasal sempre estará em período diluído no meio do parágrafo, já que há uma exigência, em termos de coerência, que ele deva articular-se entre o primeiro e o último período do parágrafo. 
3) Leia o texto abaixo:
O show 
O cartaz 
O desejo
O pai 
O dinheiro
O ingresso 
O dia 
A preparação
A ida 
O estádio 
A multidão 
A expectativa
 A música 
A vibração
 A participação
 O fim 
A volta
 O vazio 
3) O que estabelece a relação de coerência no texto apresentado é:
a) o nível argumentativo das ideias;
b) a informação superficial;
c) o conhecimento ativado pelas expressões do texto;
d) os elementos coesivos.
4) De acordo com Koch & Travaglia,  a coerência de um texto pode ser estabelecida pelo leitor, que ativa seus  conhecimentos prévios  e estabelece os significados do texto. Veja o cartaz abaixo:
Que conhecimento prévio o leitor precisará relacionar ao enunciado do outdoor para compreender o humor presente no mesmo?
Os filmes da série Rambo, personagem interpretada por Sylvester Stallone;
A associação entre a acidez do fruto e a amargura de uma guerra;
As paródias produzidas em Hollywood que satirizam a série Rambo;
O fato de o fruto também ser encontrado nas cores branca e azul.
5) Assinale a alternativa que completa com conjunções adequadas as lacunas do trecho abaixo: 
_____ os candidatos eram muitos, adiamos as provas _____ procurássemos um local mais amplo. 
À medida que / por mais que;
Enquanto / embora;
Porque / caso;
Como / para que.
6) Leia o parágrafo: 
Podemos notar claramente que a falta de recursos para a escola pública é um problema no país. O governo prometeu e cumpriu: trouxe várias melhorias na educação e fez com que os alunos que estavam fora da escola voltassem a frequentá-la. Isso trouxe várias melhoras para o país.
Sobre esse parágrafo, podemos afirmar que:
A conclusão do parágrafo é incoerente, pois retifica o que afirma o tópico frasal;
Apresenta incoerência entre o tópico frasal e seu desenvolvimento;
Não há problemas de coerência, já que os elementos coesivos foram empregados corretamente;
A conclusão do parágrafo é coerente, pois ratifica o que afirma o tópico frasal.
7) O TEXTO pode ser visto como “ação por meio da qual se constrói interativamente os objetos do discurso e as múltiplas propostas de sentidos, como função de escolhas operadas pelos co-enunciadores entre as inumeráveis possibilidades de organização textual que cada língua oferece” (Koch, 2001).
As palavras sublinhadas podem ser substituídas, respectivamente por:
falantes e gêneros textuais;
ouvinte e discurso;
interlocutores e variação;
interlocutores e tipologia textual.
8) A condução ao erro apresentado na palavra “apóstrofo”, conforme imagem abaixo, foi causada, especificamente, por uma inadequação vocabular de ordem: 
sintática;
fonológica;
semântica;
hipertextual.
9) Sobre o conceito de texto, fazem-se as seguintes afirmações:
I - Texto é uma sequência verbal, oral ou escrita, que forma um todo que tem sentido para um determinado grupo de pessoas em uma determinada situação.
II - Não é necessário um contexto significativo para que um dado enunciado seja compreendido como texto. 
III- O texto pode ter uma extensão variável: uma palavra, uma frase ou um conjunto maior de enunciados.
Em relação às afirmações, o julgamento correto é:
Somente a afirmativa I é correta;
As alternativas I e III são corretas;
Somente a afirmativa II é correta;
As alternativas I e II são corretas.

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