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ORGANELAS CELULARES E SUAS FUNÇÕES

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ORGANELAS CELULARES E SUAS FUNÇÕES
· MITOCÔNDRIAS
· RETICULO ENDOPLASMATICO LISO E RUGOSO
· COMPLEXO DE GOLGI
· MEMBRANA PLASMÁTICA
· LISOSSOMOS
 
NOME: Sandra Letícia Moscardo Afonso
SALA: 7
PROF: Patrícia Del Vale Araujo
ORGANELAS CELULARES E SUAS FUNÇÕES
MITOCONDRIAS
 	 As mitocôndrias são organelas encontradas na maioria das células eucarióticas, as hemácias, por exemplo, não apresentam mitocôndrias. Essas organelas podem ser arredondadas ou alongadas e apresentam entre 1 um e 10 um de comprimento e entre 0,5 um e 1,0 um de largura. As mitocôndrias são as organelas responsáveis pelo processo de respiração celular, um processo de obtenção de energia que acontece na presença de oxigênio.
As mitocôndrias são organelas celulares responsáveis pelo processo de respiração celular.
 	Assim, a quantidade de mitocôndrias na célula, bem como a sua distribuição dentro dela, está relacionada ao requerimento energético da célula, sendo que, em células que há um maior gasto de energia, essas organelas são encontradas em maior quantidade e localizadas em regiões específicas, nas quais ocorre esse gasto energético.Além da produção de energia, essas organelas são responsáveis, juntamente ao retículo endoplasmático liso, pela regulação da concentração de alguns íons no citoplasma das células.
CONSTITUIÇÃO DAS MITOCONDRIAS
 	 As mitocôndrias são organelas membranosas e, assim como os cloroplastos, apresentam duas características bem peculiares: a presença de dupla membrana e material genético próprio. Nas mitocôndrias, a membrana externa e interna são separadas por um espaço denominado de espaço intermembranoso, que apresenta entre 8 nm e 10 nm de espessura. 
 	 A membrana externa apresenta algumas enzimas e proteínas transmembranas, estas permitem a passagem de algumas moléculas para o espaço intermembranoso, tornando esse meio semelhante ao do citosol. No espaço intramembranoso, são encontrados também prótons que atuam no transporte iônico através de complexos fosforilativos na respiração celular. 
 	 A membrana interna apresenta cristas, que são projeções da membrana direcionadas para o interior da organela, aumentando a sua superfície e delimitando esse espaço interno, denominado de matriz mitocondrial. As cristas apresentam também alguns componentes, como enzimas, que participam da fosforilação oxidativa e da cadeia transportadora de elétrons no processo de respiração celular. Na matriz mitocondrial são encontrados ribossomos, grânulos que armazenam alguns cátions, RNA, enzimas, como as que participam do ciclo de Krebs (ou ciclo do ácido cítrico), além de seu material genético.
Dentre as características das mitocôndrias, podemos destacar sua membrana dupla e um DNA próprio.
 	As mitocôndrias apresentam pequenas moléculas de DNA, que se apresentam como filamentos duplos e circulares, carregando alguns genes que são transmitidos para as organelas filhas após a sua reprodução (fissão). O processo de duplicação do DNA mitocondrial é independente da duplicação do DNA presente no núcleo da célula. O DNA mitocondrial é uma herança materna, pois apenas as mitocôndrias do gameta feminino são transmitidas ao embrião no processo de fecundação.
RESPIRAÇÃO CELULAR
 	 A respiração celular é um processo utilizado por alguns organismos para a obtenção de energia. Esse termo geralmente se refere ao processo que ocorre na presença de oxigênio nas mitocôndrias. O processo de respiração celular consiste na oxidação de uma molécula orgânica, geralmente a glicose, obtida através dos alimentos, liberando energia.Parte da energia obtida nesse processo é armazenada na forma de moléculas de Adenosina Trifosfato (ATP) e será utilizada, posteriormente, nas mais diversas reações do organismo, e a outra parte é liberada na forma de calor. A respiração celular pode ser dividida em três etapas: a glicólise, o ciclo do ácido cítrico (ou ciclo de Krebs) e a fosforilação oxidativa.
Resumo sobre mitocôndrias
· As mitocôndrias são organelas celulares encontradas na maioria das células eucarióticas.
· As mitocôndrias são responsáveis pelo processo de respiração celular.
· As mitocôndrias apresentam membrana dupla e um DNA circular próprio.
· As mitocôndrias surgiram de um processo de endossimbiose entre um organismo aeróbico e um anaeróbio.
· A respiração celular é um processo aeróbio para obtenção de energia.
Na respiração celular, parte da energia obtida será armazenada nas moléculas de ATP.
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO LISO E RUGOSO
 	 O retículo endoplasmático é uma organela que está relacionada com a síntese de moléculas orgânicas. Existem 2 tipos de retículo: o liso e o rugoso, que tem formas e funções diferentes.O rugoso é associado aos ribossomos e à síntese de proteínas, enquanto o liso produz os lipídios. Os retículos são estruturas membranosas compostas de sacos achatados e localizados no citosol da célula.
Representação do retículo endoplasmático liso e rugoso
Retículo Endoplasmático Rugoso (RER)
 	 O retículo endoplasmático, quando associado aos ribossomos adquire uma aparência áspera, motivo pelo qual é chamado de rugoso ou granuloso. Está localizado no citoplasma, próximo ao núcleo, sendo a sua membrana uma continuação da membrana nuclear externa.
Funções do RER
 	 A proximidade com o núcleo torna a síntese de proteínas mais eficiente, uma vez que o RER pode enviar rapidamente um sinal para o núcleo iniciar o processo de transcrição do DNA, e ainda quando há proteínas deformadas ou desdobradas (inativas), há um sinal específico para melhorar o processo, caso contrário, será sinalizado que a célula deve ser encaminhada para uma morte programada (apoptose).
Retículo Endoplasmático Liso (REL)
 	 O Retículo endoplasmático liso não possui ribossomos ligados à sua membrana e por isso parece liso.
Funções do REL
 	 A sua função é, basicamente, participar da produção de moléculas de lipídios, em especial fosfolipídios que irão compor a membrana das células. No entanto, dependendo do tipo de célula em que se encontra, o REL terá funções diferentes. Assim, por exemplo, ele pode estar mais envolvido na produção dos hormônios esteroides a partir do colesterol, ou com a regulação dos níveis de cálcio no citoplasma de células musculares estriadas.
 Reticulo Endoplasmático
COMPLEXO DE GOLGI OU COMPLEXO GOLGIENSE
 O complexo golgiense, também chamado de complexo de Golgi ou aparelho de Golgi, é uma organela celular encontrada na grande maioria das células eucarióticas, com exceção das hemácias e espermatozoides.
Descrita em 1898 por Camilo Golgi, essa estrutura é formada por várias pilhas de sacos achatados e delimitados por membranas que são chamados de cisternas. Essas estruturas podem estar curvadas formando uma face côncava e outra convexa ou dispostas de maneira reta.
 	 O complexo golgiense apresenta-se bastante polarizado com dois polos conhecidos como cis (superfície convexa) e trans (superfície côncava). A face cis corresponde à face de formação, e a trans é de maturação. Entre essas faces encontram-se as cisternas medianas, que são também chamadas de mediais.
 	 O complexo golgiense possui como funções principais modificar as proteínas e lipídios provenientes do retículo endoplasmático; transportar, selecionar e endereçar substâncias; reciclagem entre membranas; formar a parede celular da célula vegetal, o acrossoma do espermatozoide, os lisossomos e as membranas plasmática e nuclear. Essa organela faz parte do sistema de endomembranas, do qual também fazem parte o retículo endoplasmático, membrana plasmática e envoltório nuclear.
 	As proteínas produzidas no retículo endoplasmático rugoso, por exemplo, são transferidas para o complexo golgiense por meio de vesículas que partem do retículo e que se fundem com a membrana do complexo golgiense na sua face cis. Essas proteínas sofrem modificações por intermédio de enzimas que fazem a glicosilação, sulfatação, fosforilação e hidrólise parcial, são então liberadas por meio das vesículas de secreção pela face trans. Essas vesículaspodem então migrar para a membrana plasmática e fundir-se com ela (secreção celular) ou então podem sofrer digestão intracelular nos lisossomos, vesículas que possuem enzimas digestivas. Percebe-se, portanto, a integração entre as endomembranas.
 	A secreção celular é comum em várias células do corpo. As células do pâncreas, por exemplo, secretam insulina. Até que esse hormônio seja secretado, ele passa pelas fases descritas anteriormente.
Secreção de substâncias na célula animal
MEMBRANA PLASMÁTICA
 	 Todas as células apresentam uma estrutura denominada membrana plasmática ou plasmalema, que funciona como uma barreira a impedir tanto a saída do conteúdo celular para o meio quanto o fluxo de qualquer partícula para o interior da célula. Essa característica mostra, portanto, uma importante capacidade de seleção da estrutura, que pode variar de 7 a 10 nm de espessura.
Estrutura da membrana plasmática
 	 O modelo da estrutura da membrana plasmática atualmente aceita é o conhecido como mosaico fluido e foi o proposto por Jonathan Singer e Garth Nicolson em 1972. Nesse modelo, a membrana plasmática é descrita como uma bicamada fosfolipídica com a presença de proteínas. Por existir a movimentação dos lipídios por essa estrutura, a membrana apresenta certa fluidez, não sendo, portanto, considerada estática.
 	 As moléculas de fosfolipídios apresentam grupamentos não polares (hidrofóbicos, isto é, que não absorvem água) e grupamentos polares (hidrofílicos, isto é, que retêm água). Os grupamentos não polares ficam voltados para o centro da membrana plasmática, e os polares ficam voltados para as superfícies externas e internas da membrana.
 	As proteínas encontradas na membrana podem ser chamadas de periféricas ou integrais. As proteínas periféricas são aquelas que não atravessam a membrana plasmática e estão indiretamente ligadas a ela, enquanto as integrais encontram-se inseridas na camada lipídica. Com a utilização de alguns reagentes, é possível extrair facilmente as proteínas periféricas da membrana, diferentemente das integrais, que só são liberadas pelo rompimento da bicamada lipídica. As proteínas integrais podem ser do tipo transmembranas, as quais são caracterizadas pela presença de porções expostas dos dois lados da bicamada.
 	 No lado externo da membrana, encontram-se os carboidratos, que podem estar ligados a proteínas ou lipídios. Ao se ligarem a proteínas, os carboidratos formam as glicoproteínas. No caso de ligação com lipídios, formam os glicolipídios. O resultado dessas ligações forma uma camada mal delimitada, denominada de glicocálice.
Função da membrana plasmática
 	 Uma das principais funções da membrana plasmática é controlar o que entra e o que sai do interior da célula, uma propriedade conhecida como permeabilidade seletiva. Por ser formada por uma bicamada lipídica, ela é impermeável à maior parte das moléculas solúveis em água. Em razão disso, a grande maioria de íons e moléculas necessita da mediação por proteína para atravessá-la. Além da permeabilidade seletiva, a membrana plasmática possui proteínas que garantem a interação entre as células e o recebimento de sinais do ambiente.
Principais partes da membrana plasmática
LISOSSOMOS
 	 A célula apresenta diversas organelas que trabalham juntas para manter o seu bom funcionamento. Entre essas organelas, destacam-se os lisossomos, estruturas membranosas, arredondadas e ricas em enzimas digestivas que foram descritas pela primeira vez na década de 50.
 	 Essa organela apresenta uma infinidade de enzimas capazes de digerir as mais variadas substâncias, entre elas podemos destacar as lipases, proteases, nucleases, fosfolipases e fosfatases. Em face dessa característica, os lisossomos estão intimamente relacionados com as funções heterofágicas e autofágicas da célula.
 As enzimas encontradas no interior dos lisossomos são produzidas pelo retículo endoplasmático rugoso e posteriormente enviadas para o complexo golgiense, onde são armazenadas em pequenas vesículas. Essas vesículas soltam-se do complexo golgiense e originam os lisossomos.
 Assim que se soltam do complexo golgiense, os lisossomos recebem o nome de lisossomos primários. Quando iniciam sua ação digestiva, ao se unirem aos fagossomos ou pinossomos, recebem o nome de lisossomos secundários ou vacúolos digestórios.
 Essa organela é fundamental nos processos de fagocitose e pinocitose, em que a célula captura partículas através de projeções citoplasmáticas (pseudópodes) para sua nutrição ou para destruir possíveis agentes nocivos. Nesse processo, após capturar a substância com os pseudópodes, é formado o fagossomo (fagocitose) ou o pinossomo (pinocitose), que consiste em uma espécie de bolsa com a partícula ingerida no seu interior. Os lisossomos unem-se aos fagossomos ou pinossomos para formar os vacúolos digestórios e realizar a digestão do material. O que não é absorvido pela célula continua dentro do vacúolo e passa a ser chamado de corpo residual, que posteriormente será eliminado.
Os lisossomos são organelas membranosas ricas em enzimas digestivas
 Além desse processo, os lisossomos também realizam o processo de autofagia, isto é, a digestão de partes da própria célula. Esse fenômeno é importante para eliminar algumas estruturas que já estão desgastadas ou então para reaproveitar alguns componentes.
 Os lisossomos podem se romper no interior da célula em um processo que recebe o nome de autólise. Quando se rompe, essa organela libera enzimas que destroem a célula. Esse fenômeno pode ser observado na cauda do girino, que aos poucos vai desaparecendo durante o processo de metamorfose.
 Outra função dos lisossomos diz respeito à destruição de substâncias extracelulares, em que enzimas digestivas são lançadas para o exterior da célula. Esse fenômeno ocorre, por exemplo, para regular os níveis de cálcio no sangue, quando enzimas são liberadas e quebram as áreas de matriz óssea.

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