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Medicina Veterinária Sanidade

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Medicina Veterinária Sanidade - Epidomiologia 23.02.21
- O estudo dos fatores que determinam a frequência e a distribuição das doenças nas coletividades.
- Enquanto a clínica dedica-se ao estudo da doença no indivíduo, analisando caso a casa, a epidemiologia debruça-se sobre os problemas em saúde em grupos.
- Analisa o problema e como resolver o problema.
- Analisar mecanismos que determinam/ podem causar doenças e apontar depois os mecanismos de controle e prevenção para aquele problema.
- Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde das populações animais.
- Proporcionar dados essenciais para o planejamento, execução e avaliação das ações de prevenção, controle e tratamento das doenças, bem como estabelecer prioridades.
- Identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades
Tipos de estudos epidemiológicos
- Observacionais e experimentais
- Descritivos e analíticos 
- Teste descrito 
*Metanálise: Compilado de vários estudos já publicados em revistas científicas para avaliar a uma conclusão, semelhante a uma revisão bibliográfica.
- Teste observacionais e Descritivos
* Relato de caso – Utiliza um caso de interesse para avaliar a evolução de uma doença
*Série de casos – Utiliza um grupo de casos de interesse para avaliar a evolução de uma doença
*Correlação (ecológico) – Estudo de uma população de forma indireta, onde você coleta dados a partir de um banco para avaliar a evolução de uma doença nos indivíduos dessa população.
- Estudo Tranversal (seccional) – Estudo de momento, avalia a população numa única oportunidade, avalianda a variável dependente (doença) e independente (fator causal)
 EX: Qual a relação do acúmulo de lixo (indep) na incidência de leptospirose (depend) em cães da região sul de SP.
- Estudo Coorte – Estuda a população pela variável independente 
EX: Escolhe regiões onde há um alto índice de acúmulo de lixo para identificar a correlação com os casos de leptosporose
- Estudo caso-controle – Estuda a população pela variável dependente 
EX: Escolhe a população de cães acometidos de leptospirose para avaliar a evolução da doença
 
- Teste Experimental
* Ensaio clínico – estudo onde é realizada uma intervenção (dieta, medicação ou outro mecanismo) e avalia-se a resposta em relação a um grupo controle
Surto- É a ocorrência de dois ou mais casos epidemiologicamente relacionados. Alguns autores denominam surto epidêmico, ou surto, a ocorrência de uma doença ou fenômeno restrita a um espaço delimitado: colégio, quartel,creche, bairro. Um surto local
Endemia- Ocorrência de uma doença presente de maneira permanente e persistente em uma determinada região, que não se espalha para outros lugares. Região essa que possuí condições que facilitam a persistência de certas fontes de infecção.
Epidemia- Um surto alastrado. O termo epidemia é utilizado para uma doença cujo aparecimento é súbito e se propaga por uma determinada zona geográfica afetando um número significativo de pessoas ou de animais.
Pandemia- Uma epidemia descontrolada. A Pandemia ocorre quando uma doença que estava em certa região (que era considerada uma epidemia) começa a se espalhar de maneira descontrolada pelos continentes ou até pelo mundo.
- Três fatores primordiais para uma doença.
Indicadores epidemiológicos – 
 - Representam a expressão numérica de diversos EVENTOS que podem ocorrer numa POPULAÇÃO e dentre eles destacam – se como principais os Coeficiente de Natalidade, Morbidade, Letalidade e Mortalidade.
- O termo distribuição pode ser observado em qualquer definição de Epidemiologia
- Distribuição, neste sentido, é entendida como “o estudo da variabilidade da frequência das doenças de ocorrência em massa, em função de variáveis ambientais e populacionais ligadas ao tempo e ao espaço”
- Dessa forma, um primeiro passo em um estudo epidemiológico é analisa o padrão de ocorrência de doenças segundo 3 vertentes: pessoa, tempo e espaço, método este também conhecido como “epidemiologia descritiva” e que responde as perguntas quem? Quando? Onde?
	Indicadores Epidemiológicos ou Indicadores de Saúde
- Todo Indicador está relacionado a um: 
Local: Município, estado, país, continente ...
Espaço de tempo: Horas, dias, semanas, mês, ano, década...
Determinada população: Espécie, gênero (macho ou fêmea), idade, raça ...
- Por que utilizar?
· Analisar a situação atual de saúde;
· Fazer comparações;
· Avaliar mudanças ao longo do tempo.
Coeficientes (ou taxas)
- Expressa o risco, a probabilidade, que um individuo do denominador tem de apresentar o atributo ou evento que consta no numerador.
- Número de óbitos por tuberculose na cidade “x” no ano “y” = 0,035
 Número de casos de tuberculose naquela cidade ano
Morbidade
- Frequência de doentes, ou infectados, numa população.
- Avalia a probabilidade de um indivíduo estar doente, ou infectado, numa dada população.
Medidas de morbidade (ou indicadores de morbidade)
 - Coeficiente de Incidência:
 N° casos novo da doença/local/período X 10(n)
 População do mesmo local e período 
- Coeficiente de Prevalência:
 N° casos existentes (novos+ant.)/ local/momento/período X10(n)
 População do mesmo local e período
- Taxa de ataque:
N° de casos das doenças em um dado local e período X 100
 População exposta ao risco
Morbidade 
- Incidência (“I” ou coeficiente de Morbidade Incidente)
- Avalia a frequência com que surgem os casos novos numa população
I = Casos novos de determinada doença na localidade “X” no período “Y”
 População suscetível á doença na mesma localidade e período
- Pode fazer na formula de baixo e depois multiplicar vezes 100
- Incidência é o que incide naquele momento
- Incidência = Risco absoluto -> o risco de pegar a doença
- Também pode se calcular o risco relativo, que é risco daqueles que estão expostos em relação aos não expostos
TAXA de Prevalência
- (P ou coeficiente de Morbidade Prevalente) – Mede a frequência de casos de doença existentes numa população em um determinado momento ou intervalo de tempo restrito, sem distinguir os casos novos dos casos antigos
 Número de casos de determinada doença num dado período e local
 População existente naquele período e local
- Avalia um período longo 
- O coeficiente de morbidade prevalente reflete a frequência de todos os casos existentes em uma população, novos e antigos, num determinado momento ou período de tempo.
Indicadores de Mortalidade
- Calculamos principalmente os coeficientes ou taxas de mortalidade geral, mortalidade por causa e a letalidade.
- Principal: mortalidade e letalidade
Índice de lateralidade (ou fatelidade)
- Expressa o risco de morrer, por determinada doença, a que estão expostosos indivíduos por ela acometidos e oferece elementos para prognóstico da doença
 Número de óbitos por determinada doença na localidade “x” e período “X”
		Número de casos da doença na mesma localidade e período
- O coeficiente de letalidade deve ser entendido como relação entre número de mortos por dada doença/total de acometidos pela mesma doença
- Pode-se afirmar categoricamente que uma doença de alta letalidade é aquela em que é grande risco de haver morte entre os indivíduos por ela acometidos.
- O cálculo da proporção de óbitos entre os casos de uma determinada doença representa um indicativo de gravidade da doença = LETALIDADE
Mortalidade
- Óbitos pela população geral 
- O coeficiente geral de mortalidade reflete o risco que um individuo de determinada população morrer por qualquer causa, durante o período considerado.
- Expressa de maneira muito genérica a qualidade de vida da população
 M= Número de óbitos por todas as causada na localidade “x” e período “x”
 		População da localidade no período
· Natimortalidade
· 
Natalidade
- O coeficiente geral de natalidade avalia a intensidade do crescimento populacional
- Mede a velocidade relativa com que os nascimentos estão ocorrendo numa população
 Número de nascidos vivos numa localidade “x” e período “y”População da localidade no período considerado
Fecundidade
- O cálculo da proporção de óbitos entre os indivíduos totais de uma determinada população representa um indicativo de gravidade da doença = Mortalidade geral
 
Vacinas – 09.03.2021
O que faz uma vacina?
- Estimula respostas imunológicas protetoras dos hospedeiros para combater o patógeno invasor.
- Preparar anteriormente o corpo do individuo 
Que conhecimento é necessário para produzir uma vacina?
1. Entender o ciclo de vida do patógeno
· Encontrar o melhor estágio para servir de alvo
2. Entender os mecanismos imunológicos pelo patógeno 
· Resposta imune celular/humoral
· Macrofago -> linfócito T -> Linfocitos B -> Anticorpos
Imunidade passiva extra uterina 
- 1° 45 dias tem anticorpos que a mãe transferiu da placenta e do colostro
- promover fortalecimento para o sistema imunologicos
- V8, v10 e v12 combate 7 doenças (as 3 )
- Leptospirose – tem 6 tipo de lepto: Canicola e icterohemoragie , Pamona e gripnosa, mais 2 sorovare (que não tem no brasil)
· V8 combate as 7 mais as 2 canicola e icterohemoragie
· V10 combate as 7 mais os 4 tipos de lepto, canicola, icterohemoragie, pamonha e gripnosa
- Vacinação: procedimento no qual a doença grave é evitada por exposição prévia ao agente infeccioso em uma forma que não causa doença.
- Também existe a vacina da leishmaniose – bom para dar em lugares edemicos
Vacinação de gatos
Vacinas produzidas no Brasil ou importadas?
- A vacina nacional não é considerada uma vacina ética (vacina vendida sem restrição)
· é vendida sem restrições em agropecuárias ou aviários
· Muitas vezes são conservadas de maneira incorreta perdendo sua eficácia
· Muitas vezes são aplicadas pelo próprio balconista que não tem formação
· Não faz exame físico do animal
- A vacina importa é considerada ética
· É vendida apenas para veterinários
· Conservadas e transportadas de maneira correta
· Aplicada pelo veterinário
· Faz o exame físico do animal
Características de uma vacina ideal
- Vacinas contêm antígenos que são alvos do sistema imunológico
- A vacinação deveria gerar uma Imunidade efetiva (anticorpos e células T)
- Vacinas devem produzir imunidade protetora
- Bom nível de proteção sem a necessidade de uma dose de reforço
- Seguras: Uma vacina não pode causar doença ou morte
- Considerações práticas: Baixa custo por dose. Fácil de administrar. Estável bilogicamente, poucos ou nenhum efeito colateral.
Vacina Ideal
- Única dose 
- 100% efetiva
-100% segura
- Proteção a longo prazo
- Baixo custo
A realidade...
- Múltiplas doses
- Efetividade variável
- Segurança variáveL
- Geralmente proteção de curto prazo
Vias de administração
- Intramuscular (IM)
- Subcutânea (SC)
- Intradérmica (ID)
- Intranasal/Aerosol
- Oral
- Transdérmica
Tipos de Vacinas
Origem atenuado
- Febre amarela, pólio (sabin), Rubéola, sarampo, caxumba, catapora, tuberculose
- Mais da grande maioria das vacinas veterinárias
- Vírus enfraquecido, você diminui a patogenicidades do vírus para que ele não cause a doença em você.
- Mais se der em uma pessoa doente ele pode desenvolver a doença
- Vantagens: Baixo custo, fácil adm (sabin), imunidade duradora, capaz de induzir forte de linfócitos T CD8 
- Desvantagens: Instabilidade de preparação (sensível a temperatura), mutação, reversão da virulência, não deve ser dada a indivíduos imunocomprometidos.
Organismo inativado
- é aquele vírus que não consegue se multiplicar.
-Gripe, pólio (slak), coqueluche, hepatite A, Raiva, cólera, febre tifóde
 
- Vantagens: Sem mutação ou reversão, utiliza antígenos na sua conformação nativa (Acs neutralizantes), pode ser utilizada em paciente imunocomprometidos 
- Desvantagens: somente imunidade humoral, repetidas doses ( o vírus não multiplica), custo mais elevado, bactérias inativadas podem causar inflamação
Acelulares toxóides
- Vacinas bacterianas
- Difteria, tétano, anthrax
- faz o isolamento da toxina, inativa e joga no corpo do ser.
Acelulares Vacinas conjugadas
- Haemophilus Influenza tipo B (meningite bacteriana)
- Utilizam porção do microorganismo (geralmente carboidrato) conjugado a uma proteína carreadora
- Vantagens: Segurança
- Desvantagens: Baixa imunogenicidade natural -> necessidade da adição de adjuvantes
Vetores recombinantes
- Pega um pedacinho do material genético do vírus, e coloco dentro de um vetor, para quando eu soltar dentro do corpo e ele entrar dentro da célula, ele vai soltar o material genético la nos citoplasmas fazendo que vá até o ribossomo que começa a produzir proteínas virais e o corpo começar a produzir anticorpos contra esse material genético.
· Não tem como se multiplicar o vírus no corpo, porque você só tem o material genético
- Composição: gene de interesse inserido em vírus (adenovírus, vacina, febre, amarela)
- Vantagens: Imunogenicidade
- Desvantagens: Instabilidade da preparação (sensível a temperatura), mutação-> reversão da virulência, não deve ser dada a indivíduos imunocomprometidos
Vacinas Gênicas
- Vantagens: Imunogenicidade, segurança, facilidade de manipulação, baixo custo, fácil escalonamento, termoestáveis.
- Desvantagens: Baixa expressão, o DNA pode se incorporar ao DNA genômico do hospedeiro ou ao genoma de células da linhagem germinativa, aparecimento de anticorpos anti-DNA
	Coronavirus 
- 
- Mais de 90% em testes laboratoriais em teste clínicos não é o que apresenta
Teste Diagnóstico 23.03.2021
O Resultado do teste SEMPRE deve ser interpretado com as demais informações do paciente como histórico, manifestações clínicas, contactantes, espécie, outros resultados diagnósticos.
Tipos de testes
- Existem teste que melhor se aplicam a uma determinada situação do que outras
- Vantagens (aplicações) X Desvantagens (Limitações)
Hematológico
- Hemograma e mielograma
Microbiológico
- Culturas
PCR
Bioquímico
- Dosagens Bioquímicos
Imunológico
- ELISA, WB, RIFI, Imunocromatográfico, Citometria de fluxo, aglutinação)
Parasitários
- Coproparasitológico
- Urinálise
Diagnóstico por imagem 
Exames Microbiológicos
Água Nutriente: Simples, de fácil preparo e barato, é utilizado na análise de água, alimentos e leite como meio para cultivo de amostras submetidas a exames bacteriológicos e isolamento de organismo para culturas puras.
Ágar Macconkey: Destinado para o crescimento de bactérias Gram Negativa (E.Coli) e indica a fermentação de lactose. Colônias de bactérias que fermentam lactose tornam o meio rosa choque e as bactérias que não são fermentadoras de lactose tomam o meio amarelo claro.
Ágar Sangue: De coloração vermelha escura e opaca, oferece excelentes condições de crescimento para a maioria dos microrganismos.
Ágar Salmonella Shigella: Possui componentes que inibem microrganismos gram positivos. Permite selecionar e isolar espécies de Salmonella e Shigella em amostras de fezes, alimentos e água.
Ágar chocolate: Cresçam neste meio quase todos os tipos de microrganismos. Á base do meio, é adicionado sangue de cavalo, carneiro ou coelho em temperatura alta, o que faz com que as hemácias lisem, liberando hemina e hematina. -> Isolamento de Haemophylus spp. E Neisseria spp.
Ágar Sal Manitol: De coloração rosa, oferece excelentes condições para isolamento de estafilococos, diferenciando as espécies coagulase-negativas de S.aureus -> alta concentração de sal.
· Colônias rodeadas por zonas vermelhas -> Staphylococcus aureus não patogênico
· Colônias rodeadas por amarelo -> S.aureus
Ágar Sabouraud: De coloração amarelo claro, oferece excelentes condições de crescimento para a maioria dos fungos leveduriformes e flamentosos -> Candida ssp.
PCR (Reação em cadeia de Polimerase)
- A técnica da PCR, permite que uma amostra específica de um paciente que contenha ácidos nucleicos, DNA ou RNA, de doenças infecciosas e parasitarias, sejam amplificadas milhares de vezes em curto espaço de tempo.
Objetivo: Multiplicar trechos específicos de ácidos nucleicos, DNA ou RNA, resultando na presença ou ausência do agente na amostra analisada.
- Dependendo do tipo de PCR não é necessário que o agente esteja em replicaçãoativa.
Teste bioquímicos
- Glicemia – Glicose
- Perfil lipídico – Colesterol e triglicérides
- Perfil hepático – ALT, AST
- Perfil renal – Ureia e creatinina
- Perfil inflamatório – Proteína C reativa
- Minerais – Ferro, sódico, potássio, fosforo, etc
O Que são teste imunológicos?
- São testes realizados com base nas reações Ag- Ac in vitro
- Podem ser qualitativos ou quantitativos
Algumas situações que podem ser utilizados...
- Como exames complementares no fechamento de diagnóstico
- Para diferenciar a fase da doença
- Para avaliar o prognóstico da doença
- Na avaliação de tratamento de doenças
- Para estabelecer prevalência da doença em inquéritos epidemiológicos
Principais exames sorológicos
- Imunofluorescência
- Radioimunoensaio
- ELISA
- Citometria de fluxo
- Western Blotting
- Aglutinação
- Precipitação
- Fixação do complemento
- Imunocromatografia
Imunoflurescência (IF)
- Utiliza anticorpo ou Antígeno conjugado a moléculas reveladoras chamadas fluorocromos
- Visualização em microscópio de fluorescência
Imunofluorescência Direta:
- Detecção direta de microorganismos (secreções, urina, cortes de tecido);
- Identificação de subpopulação de linfócitos;
- Fenotipagem de células tumorais
EX: Detecção de chlamydia trachomatis em secreção uretral 
Radioimunoensaio (RIA)
- Utilizam substâncias conjugadas com radioisótopos para quantificar os ensaios
- O marcador (substância) pode ser tanto o antígeno como anticorpo
- Vantagens: Alta sensibilidade, permitem medidas rápidas e precisas 
- Desvantagens: Custo, vida média dos reagentes, risco operacional (radiação).
- São utilizados radioisótopos como marcadores (ex: títrio, carbono 14, iodo 125)
- Sensibilidade do teste permite dosar ng/ml, pg/ml e até fg/ml.
Ensaios Imunoenzimáticos
- Os ensaios imunoenzimáticos (ELISA) são testes que utilizam anticorpos ligados ás enzimas
- O teste ELISA (Enzyme – Linked IMmmunosorbent Assay) é um ensaio imunoenzimático ligado á enzima
- Como a sensibilidade da maioria dos imunoensaios enzimáticos é alta, eles costumam ser utilizados para triagem.
- Elisa indireto -> Busca anticorpo
- Elisa Direto -> Busca de Antígeno 
 
- Elisa = Enzyme linked immunosorbent assay (ensaio de imunoabsorção enzimática)
Citometria de Fluxo
-FACS= flurescence activated cell sorter
- Macrófagos
Western Blotting
- O termo “blotting” refere-se á transferência de amostras biológicas de um gel para uma membrana e sua subsequente detecção
- Um experimento western blot ou western blotting ou protein immunoblotting foi introduzido por Towbin em 1979 e tornou-se uma técnica de rotina muito utilizada na biologia molecular para análise de proteínas.
- A técnica de Western blotting basei-se na separação das proteínas por peso molecular através de uma eletroforese, seguindo-se da transferência para uma membrana e a detecção da proteína de interesse com um anticorpo específico.
Os passos para a elaboração dessa técnica podem ser resumidos em cinco etapas:
- Extração e quantificação das proteínas
- Eletroforese em gel de poliacrilamida
- Transferência das proteínas para uma membrana
- Incubação da membrana com um anticorpo para detectar a proteína específica a ser analisada
- Revelação dessa membrana para análise dos dados
Exames de aglutinação
- Os testes de aglutinação na maioria das vezes são rápidos, contudo, menos sensíveis do que outros métodos. Podem determinar também sorotipos de algumas bactérias.
Teste Imunocromatográfico ou Imunocromatografia
- Teste dispensam o uso de reagente adicional ou equipamentos
- São testes de triagem -> elevada sensibilidade, e consequentemente elevado custo.
- Alguns deles, como a determinação da glicemia (glicosímetros), usam métodos enzimáticos químicos, e outros são imunológicos como para teste de gravidez.
- O sistema é realizado em uma matriz constituída de membrana de nitrocelulose ou de náilon coberta por acetato transparente para facilita a visualização do teste
- O antígeno ou o anticorpo é fixado na membrana na forma de linhas ou pontos e o restante da membrana é bloqueado com proteína inerte como nos testes imunoenzimáticos (ELISA)
O que é o exame de urina?
- A urina é ultrafiltrado do sangue
· Seu exame pode fornecer informações diversas sobre a situação do organismo
· Pelo exame de urina pode-se avaliar, direta ou indiretamente e de forma não invasiva, muitas das funções renais.
- Urinálise: Uma urinálise, ou exame de urina, pode ser necessária na avaliação de distúrbios nos rins e trato urinário e também pode ajudar a avaliar distúrbios sistêmicos, como diabetes ou problemas no fígado.
Possíveis Interferências
- O exame de urina é uito importante, mas qualidade e confiabilidade decorrem de: 
· Fase pré analítica: Condições de coleta, transporte, armazenamento
· Tipo de coleta: Jato médio, primeiro jato, assepsia ....
Análise de Urina
- Característica Física: Cor, aspecto, pH, densidade
- Bioquímica: proteinúria, glicosúria, outras
- Sedimentoscopia: Hemáturia, leucocitúria, cilindrúria, outras.
- Quanto mais clara maior a hidratação.
- PH: A acides da urina é medida pela tira reagente. Determinados alimentos, desequilíbrios químicos e distúrbios metabólicos podem provocar alterações da acidez da urina. Ás vezes, uma alteração na acidez pode predispor a pessoa a ter cálculos renais.
- Teste bioquímicos : Proteínas (albumina e proteínas totais – Uréia e creatinina), Glicose – Açucar (diabetes), Cetonas (Desnutrição, diabetes e alcoolismo) e sangue (lesões, cálculos, etc)
Proteinúria
- A presença de até mesmo relativamente pequenos aumentos de proteína ou albumina na urina constitui-se em um sinal precoce de lesão renal
- Proteinúria persistente está associada com perda de função renal
- A magnitude de proteinúria persistente correlaciona-se diretamente com a taxa de perda da função renal.
- Proteínas > 150mg/dia
- Albumina > 30mg/dia
Exame de Uréia e creatinina
- Se houver qualquer disfunção no funcionamento do órgão, a filtragem da ureia é compremetida e parte dela, que deveria ser excretada, permanece no sangue. Ou seja, quanto mais elevado, pior é a condição renal.
- Pacientes hipertensos, diabéticos, com cálculos renais recorrentes, história familiar, rins policísticos, infecções doenças sistêmicas, têm risco elevado para insuficiência renal crônica e devem dosar a ureia e creatinina com frequência
- Somente após a perda de aproximadamente 50% da função renal é que a creatinina sérica começa a se elevar:
- Valores reduzidos são observados em: Distrofia muscular, paralisia, anemia, leucemia
- Valores aumentados ocorrem na: Glomerulonefrite, insufiência cardíaca congestiva, necrose tubular aguda, choque, doença renal policística, desitradação, hipertireoidismo.
Glicosúria
- Com e sem hiperglicemia
· Permite suspeitar de hiperglicemia
· Mas, glicosúria renal com glicemia normal – Indica lesão tubular
Bilirrubina
- Bilirrubina na urina: cirrose, hepatites, obstrução biliar, hemólise elevada
Pesquisa de sendimentos
- Presença de cristais de oxalato de cálcio (cristalúria)
- cristalúria – pode ser útil para o observador experiente em casos de hematúria, litíase, entre outros.
Cilindrúria
- Os cilindros são precipitados protéico moldados na luz do túbulo
- Ao se formarem, aprisionam os elementos que estão próximos e fornecem informações a respeito do que ocorre no néfron
- os vários tipos são indicativos de diferentes lesões. Ex:
· Cilindro Bacterianos: Infecção do parênuima
· Cilindros Hialinos: podem aparecer em situações inespecíficas, inclusive processos febris, uso de diuréticos e desidratação
Hematúria
- Exame da morfologia dos eritrócitos tem sensibilidade e especifidade elevadas no diagnóstico diferencial entre sangramento glomerular e não glomerular
- Acantócito e codócito são morfologias mais características de hematúria de origem glomerular.
- Dismórfica: eritrócitos na urina apresentam ampla faixa de variação morfológica
- Classificação hematúrias 
· Quanto ao tipo:
· Microscópica ou macroscópica
· Contínua ou intermitente
· Quanto a sintomatologia
· Assintomática· Acompanhada de sinais e sintomas
· Quanto á origem
· Glomerular
· Extraglomerular
· Quanto a ocorrência ou não de dismorfismo eritrocitário
· Dismórfica
· Eumórfica
- Etiologias:
· Causas extraglomerulares:
· Disturbios metabólicos: Hipercalciúria, hiperuricosúria
· Nefropatia túbulo-intersticial: Por anestésico, de refluxo, infecção de trato urinário, por outras causas
· Cistos renais (inclusive rins policísticos)
· Lítiase (de diferentes sítios do trato urinário)
· Neoplasias próprias do trato genitourinário, próstata, bexiga, ureter, pelve e rins.
· Divertículos e pólipos de bexiga
· Hipertrofia prostática
· Anemia falciforme
· Traumatismo: renal, abdominal
· Causas Glomerulares:
· Nefropatia IgA
· Doenças sistêmicas e/ou infecciosas
· Outras glomerulopatias
Leucocitúria
- Entender o diagnóstico de Infecção do trato urinário (ITU)
- Inflamação pode estar associada a infecção, mas nem sempre
- Importância de achados associados
· Leucocitúria estéril:
· Infecções por Chlamydia
· TB do trato urinário 
· Processo inflamatórico
· NTI
· Outras
Uroculturas
- As bactérias de uma amostra de urina são cultivadas em uma placa de cultura para diagnosticar uma infecção do trato urinário
- As culturas não fazem parte da urinálise de rotina
- A amostra de urina deve ser obtida por método asséptico ou inserindo brevemente um cateter estéril através da uretra até a bexiga
- Objetivo: identificar patógenos
Coproparasitológico
- O exame de fezes é classificamente associado á detecção de parasitas nas fezes. De fato, essa é uma das suas indicações: pelo exame de fezes é possível identificar vermes e outros parasitas, e até mesmo bactérias que se proliferam no trato gastrointestinal gerando infecções digestivas.
Técnica de Hoffman, Pons e Janer ou Lutz
- Princípio: Detecção de ovos pesados de helmintos
- Fundamento: Sedimentação espontânea
- Substância enriquecedora: Não possui
Técnica de Willis
- Princípio: Detecção de ovos leves de helmintos
- Fundamento: Flutuação
- Substância enriquecedora: Solução saturada de cloreto de sódio
Técnica de Faust
- Príncipio: Pesquisa de cistos e oocistos de protozoários e ovos leves de helmintos
- Fundamento: centrífugo-flutuação
- Substância enriquecedora: Sulfato de Zinco
Perguntas
1- Qual a principal diferença entre os métodos de ELISA e imunofluorescência?
2- Em uma tipagem sanguínea houve aglutinação ao se misturar o sangue pesquisado e os soros anti -AB e anti- Rh. Determine o tipo sanguíneo e faça um esquema explicando a reação ocorrida
3- Quais as características do anticorpo que podem influenciar a sua ligação ao antígeno?
4- Qual o imunoensaio você escolheria para o acompanhar o prognóstico de um paciente com linfoma? Justifique sua resposta
 Doenças infecciosas de cães 06.04.2021
 
- Doenças que podem ser prevenidas por vacinas 
(v8,v10,v12, leishmaniose, giardíase, raiva)
 - 10 doenças infecciosas de cães que pode ser prevenidas por vacinas 
Parvovirose
- É uma doença altamente contagiosa provocada por um vírus (parvoviruss) que apenas afeta os canídeos (cão, coiote, lobo, raposa, etc.) que é responsável por gastroenterites agudas
- não é uma zoonose
- Diarreia com sangue
TRANSMISSÃO DA PARVIROSE
- transmitida pelo contato com fezes contendo o vírus parvovirus 
- O vírus é conhecido por ficar em objetos inanimados (fômites) – com roupas e pisos da gaiolas – por 5 mesês em condições adequados
- os insetos e roedores podem servir como vetores. Isto significa que qualquer material fecal ou vômito precia ser removido com um detergente. Agua sanitária deve ser utilizada em roupas, pratos, pisos do canil e outros materiais impermeáveis que podem ser contaminadas.
- O período normal de incubação (tempo de exposição ao vírus para o momento em que os sinais da doença aparecem) é de 7-14 dias
- O vírus pode ser encontrados nas fezes vários dias antes dos sinais clínicos e pode durar uma a duas semanas após o inicio da doença.
- O que torna a parvovirose uma doença altamente contagiosa?
· O vírus responsável pela doença é de difícil eliminação. Os desinfetantes habituais não conseguem eliminar. Ele é estável no ambiente durante meses ou anos, resistente ao calor, detergente e álcool.
PATOGENIA
- Após a exposição oral o vírus da parvovirose infecta os linfonodos regionais da faringe e tonsilas (amígdalas)
- A partir desse momento, o vírus entra em corrente sanguínea (fase viremia) invade vários tecidos, incluindo: timo, baço, linfonodos, medula óssea, pulmões, miocárdio e finalmente o jejuno e o íleo, onde continua a sua replicação
- A replicação causa a necrose criptas (base) do epitélio do intestino delgado, com eventual destruição das vilosidades. O vírus da parvovirose também pode causa lesões em outros órgão que invade, contribuindo para múltiplos sintomas linfopenia (medula óssea), miocardite (coração) e sinais respiratórios (faringe)
- Apesar de ser via oral, seu principal método infccção infecta primeiro os linfonodos e depois via corrente sanguínea ele vai chegar ao intestino.
SINTOMAS
- vômitos, letargia, anorexia, perdad de peso, febre alta, diarreia com sangue e desidratação
- contagem de elucocitos reduzida (leucopenia, linfopenia)
- a presença de bactérias gram negativas (enderobacterias), parasitas ou outros vírus, pode piorar a gravidade da doença e deixar a recuperaão lenta.
- A maioria dos casos da doença são observados em cães com menos de 6 meses de idade, com casos mais graves que occorem com menos de 12 semana de idade
- pode ser visto em cães de qualquer raça, idade e sexo.
DIAGNOSTICO DA PARVOVIROSE CANINA
- Nem todos os casos dediarreia sanguinolenta com ou sem vômito são provocadas pelo parvovirus e muitos filhotes doentes são diagnosticadas como tendo parvo
- Um exame físico completo e exames laboratoriais adicionais, tais como um hemograma e bioquímica ajudam para determinar a gravidade da doença
- Teste de detecção
· ELISA (reação Imunoenzimática)
· PCR (Reação em cadeia de polimerase)
· IHQ (Imunohistoquímica)
· RIF (Reação de Imunoflorecência)
TRATAMENTO
- Não existe tratamento eficaz contra o vírus
- Tratamento sintomático 
- Tratamento para restabelecer o equilíbrio eletrolítico, minimizar a perda de líquidos (secundários aos vómitos á diarreia grave e combater endotoxemia
-Fluidoterapia: No caso de desidratação severa (repor fluidos corporais do animal)
- Estimulantes de apetites: Permitem que o cachorro possa continuar se alimentando evitando assim um estado de fome
- Antibioticos: Destinados a controlar infecções secundarias que podem ter aparecido pela ação do vírus
- Procinéticos: Têm o objetivo melhorar os processos do trato digestivo, são os protetores da mucosa gástrica, os antidíarreicos os atieméticos (destinados a evitar os vômitos)
Patogenia
 - A morte resulta da excessiva destruição das células da mucosa intestinal com desidratação, e da possibilidade de surgir um choque endotoxêmico
- É comum nos animais afetados poderem existir infecções bacterianas e parasitárias simultâneas, que agravam o quadro clinico 
- Em cachorros, com menos de 5 semanas de vida, a doença pode, também, manifestar-se de uma forma miocárdia, na qual o vírus “ataca” o músculo cardíaco e o animal morre sem mostrar sinais clínicos.
- Esta forma da doença é rara e ocorre apenas em cachorros que não foram amamentados ou que as mães não foram vacinadas
Qual é o sucesso do tratamento?
- Fatores que influenciam:
· Quando a doença é diagnosticada numa fase inicial e o tratamento médico é rapidamente instituído, a maioria dos cães recupera.
· A idade do aparecimento dos sintomas
· Vacinação
· Presença de outras infecções simultâneas como parasitas ou bactérias intestinais 
· Fatores genéticos
Prevenção
- Vacinação preventiva: A vacinação é a mais eficaz das medidas de prevenção, mas não elimina os riscos completo. Cães vacinados também podem contrair parvovirose. A vacina contra parvovírose está incluída na V8 e na V10.
- Limpenza do ambiente: Se você tem algum cão com parvovirose, limpe o local frequentado pelo cão infectado com hipoclorito de sódio,para evitar que outros cães contraiam a doença. Se seu cachorro faleceu por conta da parvovirose ou se ele ficou curado, não importa, limpe o local imediatamente.
- Desinfetantes comuns podem não acabar com parvovírus, pois eles são muitos resistentes, o ideal é o hiperclorito de sódio
- Introdução de cachorros não vacinados em locais onde existiu a doença deve ser evitada durante, pelo menos 2 
Coronavirus canino
- Não é uma zoonose 
- Agente patógeno da natureza viral que causa uma doença infecciosa nos cachorros, independente da sua idade, raça ou outros fatores, embora seja verdade que filhotes são mais suscetíveis a contrair esta infecção
- Trata-se de uma doença de curso agudo e sem a possibilidade de cronicidade
- Os sintomas da doença começam a manifestar-se após o período de incubação (24 a 36 horas). Trata-se de uma doença tão contagiosa como prevalente, embora se for tratada não costuma apresentar nenhuma complicação nem sequelas posteriores.
Patogenia do Coronavírus
- Uma vez que o coronavírus tenha entrado no organismo e se tenha cumprido com o período de incubação, ataca as microvilosidades do intestino (Células imprescindíveis para a absorção de nutrientes) e causa a perda da funcionalidade das mesmas, o que provoca súbita diarreia e a inflamação do aparelho digestivo.
Via de eliminação
- Eliminação do vírus ocorre pelas fezes o que pode gerar a infecção de outros animais.
- O corona ele entra por via oral e passa todo o sistema gástrico ate chegar nas microvilosidades, causando lesões nela.
Sintomas do coronavírus canino
- Febre 
- Falta de apetite
- Tremores
- Letargia
- Vômito diarreia com sangue e muco
- Desidratação
- Dor abdominal
Diagnostico 
- Muito parecido com o parvo, faz o método de diagnostico igual o do parvo.
- Nem todos os casos de diarreia sanguinolenta com ou sem vômitos são provocadas pelo parvovírose e muitos filhotes são diagnosticados como tendo “parvo”
- Um exame físico completo e exames laboratoriais adicionais, tais como um hemograma e bioquímica ajudam para determinar a gravidade da doença
Teste de detecção
- ELISA (reação imunoenzimática)
- PCR (reação em cadeia de polimerase)
- IHQ (Imunohistoquímica)
- RIF (reação de Imunoflorecência)
Tratamento do coronavírus canino
- NÃO HÁ CURA
- Tratamento paliativo e sintomático
- Fluidos: No caso de desidratação severa (repor os fluídos corporais do animal)
- Estimulantes de apetite: Permitem que o cachorro possa continuar se alimentando evitando ficarem com fome.
- Antibióticos: Destinados a controlar infecções secundárias que podem ter aparecido pela ação do vírus.
- Procinéticos: Os procinéticos são aqueles medicamentos que têm o objetivo de melhorar os processos do trato digestivo, podem incluir neste grupo os protetores da mucosa gástrica, os antidiarreicos e os antieméticos, destinados a evitar os vômitos.
Prevenção do coronavírus canino
- Seguir com o programa de vacinação defenidos
- Manter condições de higiene suficientes nos acessórios dos nossos cachorros, tais como brinquedos ou mantas.
- Também se deve lembrar eu uma alimentação adequada e exercício físico suficiente ajudarão a que o sistema imunológico do cachorro se mantenha em ótimo estado
- Um estudo com filhotes mostrou a idade em que eles foram capazes de responder a uma vacina e desenvolver a proteção completa por um vasto período de tempo
- Ás 9 semanas de idade, 40% dos filhotes foram capazes de responder á vacina. O número aumentando para 60% em 16 semanas e com 18 semanas de idade, 95% dos filhotes poderiam ser imunizados.
HEPATITE INFECCIOSA CANINA
- Hepatite infecciosa canina é causada pelo Adenovírus canino tipo 1 (CAV-1)
- Os adenovírus caracterizam-se por serem vírus de DNA não envelopados, o que os tornam muito resistentes á desinfecção ambiental
- Vírus é de DNA não envelopados, sendo então mais resistente
- Causa lesão na região do fígado, vírus altamente agressivo.
- A frequência da hepatite infecciosa canina caiu vertiginosamente após o advento das vacinas, que confere proteção eficaz (imunidade estériel) na grande maioria dos casos.
- Porém, pelo fato de a doença ser considerada rara, seus sintomas podem passar despercebidos em certas situações, razão pela qual vale a pena relembrando algumas características desta doença.
- O numero de casos caiu muito, por conta de a vacinação ser muito eficaz.
Sintomas e Patologia
- A hepatite infecciosa canina é uma doença observada com maior frequência em cães menores de 1 ano, embora animais adultos também possam ser acometidos.
- A forma hiperaguda da doença é caracterizada por colapso circulatório, coma e morte, que ocorrem em pouco tempo (entre 24 e 48 horas) após o início dos sintomas
- Os tutores podem imaginar que seus cães foram envenenados diante deste quadro
- Maior letalidade em filhotes menores de 1 ano
- Importante fazer distensão com envenenamento
- Na forma aguda da doença, os sintomas podem ser: febre, linfadenomegalia cervical, inapetência, letargia, conjuntivite, vômito com ou sem sangue, diarreia, tosse, taquipneia e icterícia.
- Os sintomas neurológicos, como ataxia, convulsões, andar em círculos, cegueira, trombose ou hemorragia no sistema nervoso central, vocalização e “head pressing” (quando o pet pressiona a cabeça contra a parede) podem ser observados a qualquer momento após a infecção.
- Um marcante edema córnea (olho azul) resulta da multiplicação viral nas células endoteliais da córnea, podendo haver uveíte anterior concomitante, como fotofobia e secreção ocular serosa. O quadro ocular pode ser mono ou bilateral e costuma afetar pelo menos 20% dos cães infectados pelo CAV-1
- Edemas de córnea são marcantes na sintomatologia
Diagnóstico
- Baseado na história clínica e exames complementares
- Febre, sintomas respiratórios e gastrointestinais, particularmente em animais com menos de 1 ano não vacinados ou durante o esquema da imunização inicial.
- Ninhadas com mortes súbitas consecutivas, em particular em canis.
- Leucopenia, linfopenia, trombocitopenia, indução marcante de enzimas hepáticas, hipoglicemias, hipoalbuminemia, hiperbilirrubinemia, proteinúria e prolongamento dos tempos de coagulação.
- O diagnóstico etiológico precisa de provas adicionais.
Histopatologia
· Amostra: geralmente necropsia ou biopsia hepática
· Objetivo da detecção: Necrose hepática com inclusões intranucleares; antígenos do CAV-1 por IHQ
Isolamento viral
· Amostra: todas as secreções e tecidos corporais
· Objetivo da detecção: CAV-1
Reação em cadeia da polimerase (PCR)
· Amostra: Sangue; Swabs retal, conjutival e nasal; urina; tecidos colhidos á necropsia
· Objetivo da detecção: DNA do CAV-1
Tratamento
- É estritamente sintomático, constítuido de fluidoterapia para correção de desidratação e desequilíbrios hidroeletrolíticos, reposição de glicose, transfusão de sangue, antimicrobianos e antieméticos.
- Tratamento sintomático.
Prevenção 
- Vacinação
- Isolamento, atentando-se para os cuidados de desinfecção ambiental e limpeza de utensílios
- O CAV-1 sobrevive por dias em temperatura ambiente e fômites
- É inativado por derivados de iodo, fenos e hidróxido de sódio; ele também é inativado a 50-60° C por 5 minutos.
CINOMOSE
- É uma doença infectocontagiosa que afeta cachorros causadas por um vírus da família Paramyxovirus, do gênero Morbilivírus. Ela é altamente contagiosa e costuma acometer cães que ainda não terminaram o esquema vacinal (filhotes) ou que não costumam receber o reforço anual a vacina múltipla (v8,v10 ou v12)
- Não é uma zoonose. Gatos e humanos não pegam.
Como a doença é transmitida?
- Contato com secreções, urina e fezes infectadas pelos animais doentes
- Além disso, casinha, cobertores e alimentos dos animais infectados também são fontes de infecção.
- Locais pelos quais passaram animais doentes que eliminaram os vírus na rua, em parques ou outros locais públicos.
- Consultórios veterinários também requerem atenção. Se seu pet não possui o quadro de vacinas completo, não permita que ele tenha contato com outros cães, com o chão ou gaiolas que não foram higienizadas.- Filhotes e idosos são mais susceptíveis
Sintomas da cinomose
- Apatia 
- Perda de apetite
- Diarreia
- Vômito
- Febre
- Secreções oculares (remela em grande quantidade)
- Secreções nasais (pus)
- Convulsões
- Paralisias
- Tiques nervosos
- Falta de coordenação
Patogenia
- O vírus se replica nas células sanguíneas e sistema nervoso central do animal
- Nos estágios iniciais da doença, sistema digestórios é o primeiro atingido, levando a diarreia
- Em um estagio um pouco mais avançado da doença, sendo observadas secreções amareladas saindo pelo nariz e dos olhos.
- Na fase mais tardia da doença, acontece o acometimento do sistema nervoso central, que é quando o animal passa a ter o andar desorientado e tremores musculares que podem evoluir para crises de convulsões.
- O vírus entra pela boca e se replica nas células sanguíneas , cai no sistema digestórios, primeiro a ser acometido (sintomas digestórios), a doença avançado começa afetar sistema respiratório (sintomas respiratórios), e na fase mais tardia acomete o sistema nervoso central (fase mais perigosa)
 
Diagnóstico
- Exame físico e histórico
- Hemograma (leucopenia devido á replicação do vírus no sistema linfático)
- PCR
- Sorológico (ELISA)
Qual o tratamento para a cinomose
- Não há medicamentos antivirais eficazes
- No entanto, o tratamento consiste em tratar os sintomas:
· Antibiótico e anti-pirético para as infecções secundárias no sistema digestório e respiratório, além de aliar bronco dilatadores e antieméticos
· Fluidoterapia para desidratação da diarreia 
· Anticonvulsivante
- Tratamento sintomático 
Sequelas
- O animal que teve a doença evoluída ao estagio de acometimento do sistema nervoso pode ficar com tremores musculares, andar desordenado e/ou crises convulsivas por toda sua vida, mesmo não portando mais o vírus.
- Neste caso, o animal terá de ter auxílio de sessões de fisioterapia para melhorar o quadro, além de fazer uso de anticonvulsivante em alguns casos
Como prevenir a cinomose?
- Basta realizar a vacinação anual do seu cachorro.
- A vacina para cinomose está dentro do pacote oferecido pelas vacinas V8,V10 e V12.
- Apenas depois da última dose seu sistema imunológico estará apto a combater o vírus caso haja contato com ele, sendo liberado os passeios na coleira.
- Um cão infectado elimina o vírus pela urina, fezes e secreções (nasal e ocular) até 90 dias após a exposição ao vírus.
Rota vírus
- A infecção é causada por um reovírus, que contêm RNA de cadeia dupla e que têm características especiais no que diz respeito ao seu material genético. O Rotavírus, é responsável por diarréias e outros problemas gastrointestinais.
- Pode atingir tanto cães quanto gatos.
- Limita a absorção de nutrientes.
Patogenia do Reovírus
- Esta infecção limita a absorção de nutrientes pelos intestino e resulta em diarreia e desidratação. Localizado dentro de paredes intestinais, eles vão lesionar essa região em cães e gatos, destruindo as células na área que residem.
- Com resultados, há absorção limitada da nutrição do intestino, ainda mais, resultando em diarreia e desidratação 
- O vírus é transmitido através do contato com fezes infectadas, ou pela inalação de partículas de vírus transportados pelo ar.
- Estes vírus podem suprimir o sistema imunológico, fazendo com que o animal afetado desenvolva várias infecções.
Sintomas
- Geralmente têm sintomas leves:
· Diarréia
· Irritação
· Inflamação do nariz
· Sintomas gripais (rinite)
- Complicações mais graves:
· Conjuntivite
· Pneumonia
· Infecção do tecido cerebral (encefalite)
· Irritação do trato respiratório.
Diagnostico 
- Exame Físico 
- Hemograma
- Exame de urina
- Os procedimentos de diagnostico será destinada a diferenciar uma infecção reoviral a outras mais leves infecções respiratórias causadas por infecções.
Prevenção
- Uma vez que geralmente não é uma condição de risco de vida, vacinas para rotavírus não foram desenvolvidos, e medicamentos não são geralmente prescritos para estas infecções
Tratamento
- Vais se concentrar em garantir que o cão permaneça hidratado, que sua vias aéreas estão limpas e eu o seu sistema nervoso está funcionando corretamente
Doença respiratória infecciosa de cães – 
- Conhecida como “tosse dos canis”, “traqueobronquite infecciosa canina” ou “gripe caninca” tem etiologia multifatorial 
- Os agente são:
· Coronavirus
· Cinomose (psramixovirus)
· Retrovírus
· Parainfluenza
· Adenovirose
· Bordetella bronchiseptica
· Influenza canina (CIV)
Parainfluenza
- É um vírus que pertence á família Paramyxoviridae
- O vírus fixa-se e replica-se nas células que recobrem a traqueia, os bronquíolos, a mucosa nasal e os gânglios linfáticos, causando principalmente um quadro clínico a nível respiratório
- Período de incubação oscila entre os 4 e os 7 dias.
 Sintomas
- Descarga nasale e ocular, febre, letargia, perda de apetite, broncopneumonia, tosse, vômitos expulsão de fleumas.
- Principal sintoma: tosse seca severa.
DIAGNOSTICO
- exame físico, historioco, pcr, histológico
TRATAMENTO
- é estritamente sintomático (antipiréticos, expectorantes, antibióticos)
PREVENÇÃO 
- VACINA V8 OU Intranasal trivalente viva atenuada (contra parainfluenza, adenovirose respiratória e bordetella bronchiseptica)
ADENOVÍRUS CANINO TIPO 2 
- Os adenovírus caracterizam-se por serem vírus de DNA não envelopados, o que os tornam muito resistentes á desinfecção. O adenovírus canino tipo 1 causa a hepatite infecciosa canina, já o tipo 2 causa problemas respiratórios
- O adenovírus canino tipo 2 (cav-2) causa tipicamente quadro de infecção das vias aéreas superiores
- É causador principal da doença chamada “tosse dos Canis” ou Gripe Canina
- O vírus se espalha através de secreções, incluindo matéria fecal contaminada, urina e saliva
- Vírus respiratórios.
SINTOMAS
- Tosse intensa (sendo a mais percebida pelos tutores)
- Tentativas de vômitos
- depressão
- resistência ao esforço físico
- Respiração forçada 
- apatia
DIAGNOSTICO
- Exames físico e histórico (sintomas podem ser semelhantes a parvovirose e cinomose)
- pcr
- sorologia
TRATAMENTO
- sintomático (antipirético e etc, igual o outro)
PREVENÇÃO
- igual parainfluenza
Bordetella bronchiseptica (bactéria)
- A bordetella é uma bactéria alatamente contagiosa que se transmite por contacto direto ou através do ar, causando verdadeiros surtos nos lugares onde os cães vivem amontoados, como os canis ou os refúgios, daí o nome popular como se conhece a patologia
Patogenia
- A bactéria é excretada nas secreções orais e nasais
- A Bb coloniza o epitélio ciliado do trato respiratório do hospedeiro, produzindo infecções crônicas.
- Estabelecida a infecção, os anticorpos aumentam rapidamente, mas desconhece-se durante quanto tempo persistem.
- Os cães representam risco aos gatos
SINTOMAS
- tosse, vômitos, perda de apetite, febre, letargia, expectoração de secreções respiratórias
DIAGNOSTICO
- Exame físico e histórico
- pcr
- cultura histológica
TRATAMENTO
- antibiótico
- antiinflamtorios
- hidratação
PREVENÇÃO
- vacina
Influenza canina
- Não confundir gripe canina com influenza canina
Manifestações clínicas
- Febre
- Secreção nasal clara a mucóide
- Letargia
- Anorexia
- Tosse seca
- Pode ser assintomática
- Pode ocorrer pneumonia ou broncopneumonia devido á infecção bacteriana secundária
DIAGNOSTICO
- exame físico
- Sorologia
- PCR
Tratamento
- Sintomático: broncodilatadores, antiinflamatórios, em casos de infecções bacteriana secundária, recomenda-se a antibioticoterapia.
Prevenção
- Uma vez que geralmente não é uma condição de risco de vida, vacinas não foram desenvolvidas, e medicamentos não são geralmente prescritos para estas infecções.
Tratamento
- Vai se concentrar em garantir que o cão permaneça hidratado, que suas vias aéreas estão limpas e que o seu sistema imunológico está funcionando corretamente.
Doenças infecciosas de gatos
10 Principais doenças infecciosas de gatos 
· Panleucopenia felina
· Leucemia felina (FELV)
· Imunodeficiência felina (FIV)
· Calicivirose
· Rinotraqueíte felina
· Clamidiose
· Raiva (zoonose)
·Toxoplasmose (zoonose)
· Esporotricose (Zoonose)
· Periotonite infecciosa felina (FIV)
Panleucopenia Felina
- Não é uma zoonose
- É uma doença viral extremamente contagiosa
- É conhecida como a parvovirose dos gatos; Cinomose felina, enterite ou gastroenterite infecciosa
- O FPV (Vírus da parvovirose felina) está presente nas secreções nasais, fezes e urina
- Ele é transmitido através do contato direto e fômites.
Fisiopatogenia da FPV
- Após a ingestão, o vírus entra no corpo por meio do intestino delgado
- A viremia ocorre e o vírus infecta as células que se dividem rapidamente (particularmente enterócitos, linfócitos e medula óssea)
- A manifestação clínicas do FPV são variáveis com base na dose do vírus, a idade do gato, as predisposições em potencial da raça e a imunidade anterior a partir dos anticorpos maternos, exposição prévia ou vacinação
- Em filhotes pode afetar cerebelo e miocárdio
Sintomas da FPV
- Alguns gatos demostram menos sinais clínicos ou nenhum 
- Outros apresentam febre aguda, vômito (mais comum), decúbito esternal com pernas abduzidas e inclinação da cabeça, descarga nasal e conjuntivite
- Diarreia (menos comum do que em cães com parvovírus), pode ser sanguinolenta
- Tremor intencional ocorre naqueles com hipoplasia cerebelar
- No geral, ocorre alta mortalidade em filhotes clinicamente afetados e morte súbitas podem ocorrer.
Diagnostico da FPV
- Associação entre anamnese, exames físicos e complementares.
- Hemograma, proteínas totais, ALT e AST.
- Reação em cadeia da polimerase (PCR) – Sangue ou fezes
- Ensaios imunoenzimáticos (ELISA) – Fezes
- Imunofluorescência indireta (RIFI)
- Microscopia eletrônica – Amostras de fezes
- Técnica de imuno-histoquímica
Tratamento da FPV
- Recomenda-se tratamento suporte com fluidoterapia para balanceamento das perdas hidroeletrolíticas, suprir as necessidades diárias, além de corrigir distúrbios acidobásicos
- Antieméticos, suplementos vitamínicos e antibioticoterapia (evitar infecções secundárias) podem ser usados de acordo com o quadro do (a) paciente.
- Em felinos com hipoproteinemia e anemia pode ser necessária a realização de transfusão sanguínea
- E em alguns casos também pode ser necessária a realização de nutrição enteral ou parenteral.
Prevenção
- Isolamento de animais infectados
- Vacinação
Leucemia Felina (FELV)
- Não é uma zoonose
- A Leucemia felina é uma doença infecciosa importante para os felinos domésticos, causada por um vírus da família Retroviridae, sendo denominado Gammaretrovírus.
- O vírus da leucemia felina (FeLV) é um retrovírus oncogênico, ou seja, induz a formação de neoplasias tais como o linfoma. Além disso, existem outras enfermidades degenerativas e proliferativas associadas 
Fisiopatogenia da FeLV
- A eliminação de partículas virais ocorre principalmente por secreções respiratórias. Mas pode ser também por fezes, urina, sêmen e leite
- Os linfócitos infectados deslocam-se para a medula óssea, onde o vírus infecta rapidamente células precursoras em divisão e subsequentemente as células linfoides e epiteliais.
- Assim que ocorre a infecção de células epiteliais dentro das criptas intestinais e glândulas salivares, o vírus é disseminado em quantidade massivas na saliva e fezes.
- Uma vez que o gato é infectado, o mesmo acaba por sucumbir ás doenças associadas em poucos meses ou anos, tais como a infecção pelo vírus da imunodeficiência felina, complexo respiratório viral felina, toxoplasmose, micoplasmose, linfomas, leucemias e carcinomas epidermóides.
Manifestações clínicas na FELV
- Variam de acordo com o órgão acometido
- Anorexia
- Pirexia
- Emagrecimento
- Desidratação
- Apatia
- Linfadenomegalia
- Mucosas pálidas
- Gengivite
- Estomatite
Diagnóstico da FeLV
- Associação da anamnese detalhada aos exames físico e complementares
- Exames que podem ser solicitados:
· Hemograma completo
· Teste sorológico para a detecção do antígeno viral p27
· ELISA
· Testes rápidos imunocromatográficos
· Imunofluorescência indireta (IFI)
· PCR
Prevalência da FeLV
- A prevalência mundial de ocorrência do vírus da FeLV varia de 1 a 38% nas populações de gatos ao redor do mundo
- Não só os gatos, mas os felinos selvagens também podem ser infectados.
- A prevalência no Brasil foi detectada por meio de pesquisas sorológicas e PCR tanto em gatos de rua como domiciliados, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, sendo de 8% a 63%
Tratamento da FeLV
- O tratamento da infecção do vírus da FeLV em felinos domésticos depende do tipo de doença concomitante
- Quando a forma neoplásica está presente, a quimioterapia pode ser empregada, mas o prognóstico é desfavorável.
- No caso de linfomas, deve ser realizada quimioterapia associada á terapia suporte, com o uso de antibióticos, fluidoterapia e suporte nutricional.
- No caso das leucemias, a quimioterapia apresenta resultados ruins, com remissão em torno de 27% em gatos tratados.
- Para inibir a replicação viral, o Interferon felino recombinante ômega pode ser utilizadp. No entanto, não há comprovação da eficácia na eliminação do vírus.
Prevenção
- Isolamento de animais infectados
- Vacinação
Não há cura
- A FeLV não tem cura, somente tratamento sintomático e de suporte
- Cerca de 85% dos gatos em infecções progressiva, morrem em até 3 anos após o diagnóstico
- Alguns animais mesmo infectados, não apresentam sintomas da doença.
Imunodeficiência felina (FIV)
- Não é uma zoonose
- É causada por um Retroviridae, subufamilia lentiviridae, sendo morfologicamente semelhante e antigenicamente distinto do HIV.
- É uma doença infecciosa que acomete principalmente gatos machos e mais velhos que têm acesso a rua
- A média de idade de gatos saudáveis naturalmente infectados é de 3 anos, de gatos doentes é de 10 anos.
Fisiopatogenia da FIV
- Replica-se em várias em várias células do sistema imunológico, tais como linfócitos e macrófagos, e pode acometer felinos selvagens como o pumas, leões e leopardos
- A infecção inicial geralmente é caracterizada por febre, diminuição dos neutrófilos sanguíneos e aumento dos linfonodos de forma generalizada
- Depois dessa fase, o animal pode apresentar infecção subclínica, que tem tempo variável. Porém, após alguns meses, ocorre uma queda importante da imunidade do gato, semelhante ao que ocorre na AIDS em humanos.
Coinfecções
- Coinfecções pelo vírus da leucemia felina podem potencializar a imunodeficiência causada pela FIV
- As síndromes clínicas que podem ocorrer associadas á infecções pelo vírus da FIV são as gastrointestinais, glomerulonefrite, hematológicas, neoplásicas, neurológica e estão relacionadas á diversos agentes, tais como bactérias e vírus.
Manifestações Clínicas FIV
- Alguns gatos podem passar a vida sem nenhum tipo de manifestação clínica 
- Anorexia e emagrecimento
- Anemia (detectada por exame de sangue)
- Pirexia
- Linfadenopatia generalizada
- Diarreia crônica
- Insuficiência renal
- Alterações comportamentais/neurológicas:
· Agressividade e permanência em esconderijos
· Higienização inadequada
· Demência, convulsões, ataxia e depressão
Diagnóstico da FIV
- Associação da Anamnese detalhada aos exames físicos e complementares
· Hemograma completo
· Citologia da punção aspirativa da medula óssea
· Bioquímica sérica
· Ensaio Imunoenzimático (Eliza)
· PCR ou Western Blot
Tratamento da FIV
- Prioriza a recuperação clínica do animal em relação á potenciais síndromes clínicas que o gato apresente em associação com a infecção da FIV.
- Caso exista coinfecção com outra doença infecciosa, tratar a coinfecção
- Fármacos anti- letivírus, o interferon
- Medicamentos imunoduladores podem ser utilizados, mas sem comprovação de eficácia por estudos.
- A eritopoetina pode ser utilizada para aumentar o número de hemácias e leucócitos no sangue.
Prevenção de FIV
- É recomendado que os gatos não tenham acesso á rua, e que permaneçam dentro dos domicílios para evitar a ocorrência de brigas e transmissão do vírus
- Antes da introdução de um novo gato em uma residência com gatos soronegativos, deve ser feitoo teste nesse animal.
- Foro do hospedeiro o vírus sobrevive apenas alguns minutos, sendo suscetível desinfetantes, como o sabão comum.
- Em casos de gatos soropositivos, os mesmos devem permanecer dentro dos domicílios para evitar a transmissão do vírus para outros animais, bem como diminuir infecções oportunistas.
- Filhotes de gatas positivas não devem ser aleitados por ela, para que não sejam infectados pelo vírus.
- A vacina tem eficácia questionável.
Clamidiose
- É uma zoonose (rara)
- É uma infecção bacteriana que afeta o trato respiratório e ocular dos gatos, provocando sintomas como conjuntivite e rinite no animal.
- Agente etiológico: Bactéria intracelular obrigatória Chamydia psitacci var.felis 
- É mais comum em locais em gatos jovens e onde há muitos gatos aglomerados, a doença é bastante contagiosa.
Fisiopatogenia
- Principal forma de transmissão: Contato direto, fômites ou por secreções de um gato saudável com um animal contaminado. Infectam constantemente as células epiteliais dos sistemas ocular, respiratório, gastrointestinal e geniturinário. 
- Coinfecções com outros agentes como o calicivírus felino, herpesvírus felino tipo 1, bordetella ou mycoplasma aumentam a gravidade clínica da infecção.
Manifestações clínicas
- Conjuntivite
- Corrimento nasal e ocular persistente 
- Espirros
- Dificuldade respiratória
- Pneumonia
- Febre
- Letargia
- Claudicação
- Falta de apetite
- Perda de peso
Prevalência de clamidiose
- O DNA da C.felis não é detectado em swab conjuntivais de gatos saudáveis.
- Em gatos de abrigos, a prevalência da infecção por C.felis varia de 0% a 15%
- Em gatos de 218 abrigos de resgate europeus, a prevalência foi de 3%, em comparação a 10% nos gatos com evidência de doença respiratória.
PCR
- Felinos saudáveis: 0%
- Felinos com conjuntivite pregressa: 4,6%
- Felinos com conjuntivite ativa: 7,3%
Tratamento de clamidiose
- As infecções por clamídia em geral são tratadas com antibióticos da categoria das tetraciclinas.
- A administração oral de doxiciclina na dose de 5 a 10mg/kg duas vezes ao dia por 3 a 4 semanas resulta em resolução clínica na maioria dos gatos
- Recomenda-se o tratamento de todos os gatos de uma colônia por 4 semanas
- O tratamento deve continuar pelo menos por 2 semanas depois que os sinais clínicos se resolverem
- O uso de terapia tópica não é recomendado, por causa da natureza sistêmica da doença.
Prevenção da clamidiose
- A transmissão pode ser minimizada por meio de boa higiene, quarentena, alojamento individual e práticas de desinfecção em situações de gatil.
- As clamídias são facilmente inativadas por soluções detergentes
- Vacinação
Calicivirose 
- Não é uma zoonose
Transmissão
- É uma doença altamente contagiosa, sendo transmitida, principalmente por meio do contato direto entre um felino sadio e um doente, podendo também ser transmitida por objetos como brinquedos ou acessórios de animais contaminados
Fisiopatogenia da calicivirose
- É uma doença infecciosa provocada por um vírus que afeta os gatos
- A forma mais conhecida da doença envolve uma infecção no trato respiratório superior, isto é, manifestando sinais clínicos em narinas, seios nasais e traqueia
- Pode manifestar-se com uma doença que atinge articulações ou como uma forma mais rara e grave, que acomete o animal de maneira rápida e induz uma doença febril e anêmica de curso mais grave.
Sintomas da Calicivirose
- Tosses, espirros e corrimentos nasais
- Febre
- Diarreia
- Letargia
- Inapetência
- Afecção ocular, como conjuntivite
- Gengivite, com ou sem presença de úlceras
- Ferimentos na boca, focinho e dificuldades em se alimentar
Diagnóstico da Calicivirose
- Associação da anamnese detalhada aos exames físicos e complementares
- Hemograma completo
- Ensaio imunoenzimático (ELISA)
- PCR
Tratamento da Calicivirose
- Sintomático
- Antitérmicos
- Analgésicos
- Esteroides
- Antibióticos
- Controle de infecções secundárias
Prevenção
- Isolamento de animais infectados
- Vacinação
Rinotraqueite
- Não é uma zoonose
- É uma doença causada por um vírus (herpesvírus felino tipo 1, ou apenas FeHV-1) e que atinge o trato respiratório superior dos gatos, não sendo contagiosa para humanos.
Transmissão
- Contato direto, de forma bastante semelhante á nossa gripe, através de contato com as secreções do nariz ou olhos, também podendo ser transmitida indiretamente por espirros.
Sintomas da rinotraqueite
- Suas principais características são lesões de focinho e olhos, apresentando secreções nasal e oral.
- Espirros
- Secreção nasal
- Falta de apetite
- Apatia
- Febre
Diagnostico da rinotraqueíte
- O diagnostico é realizado associando-se os sintomas á procura do vírus em secreção ocular, nasal ou de mucosa oral
- Ensaio imunoenzimático (ELISA)
- PCR
Tratamento
- Amenização dos sintomas como utilização de remédio para controlar a febre, inalação, e se julgar necessário, antibióticos
- Também é indicado estimular o apetite do paciente, utilizando alimento palatável, de fácil aceitação e deglutição (como dietas pastosas e aquecidas)
Prevenção
- Isolamento de animais infectados
- Vacinação
Peritonite Infecciosa Felina (PIF)
- Não é uma zoonose
- Foi descrita pela primeira vez na década de 60 e, desde então, foram relatados casos em felinos domésticos e selvagens em todo o mundo
- O agente etiológico foi identificado como um coronavírus, denominado de vírus da peritonite infecciosa felina (FIPV), que é uma mutação do coronavírus entérico felino (FECV)
Fisiopatogenia 
- A transmissão ocorre por contato com as fezes, fômites ou de forma transplacentária
- A aquisição de tropismo para macrófagos/monócitos é crucial para o desenvolvimento da PIF
- Durante os primeiros dias pós-infecção, a replicação do FIPV nos macrófagos ocorre de forma muito lenta
- Ao fim de 10 -21 dias dá-se um aumento dramático na replicação e na libertação de partículas virais, e infecção de novos macrófagos, com generalização sistémica do vírus associado aos monócitos.
- Ao atingir os tecidos alvos, os monócitos infectados começam por aderir ás células endoteliais, que contribuem para a vasculite
- Depois de terem aderido ao endotélio de pequenas vênulas, os monócitos libertam proteinases que enfraquecem as junções intercelulares endoteliais, permitindo a sua diapedese (e consequentemente, a entrada do vírus nos tecidos ao libertá-los quando morrem) e a extravaso do plasma
- Os macrófagos ativados liberam citoquinas pró-inflamatórias, em particular enzimas vasoativas, fatores quimiotáticos e mediadores da inflamação.
 
Fisiopatogenia 
- O resultado é o piogranuloma, ou seja, um processo inflamatório sob a forma de vasculite que se caracteriza por um infiltrado composto principalmente por macrófagos com um exsudado rico em proteína
- Nesta lesão, neutrófilos e linfócitos T constituem minorias e os linfócitos B encontram-se na periferia em redor dos infiltrados granulomatosos.
- Com a viremia começa a produção de anticorpos numa tentativa do organismo em debelar a infecção, embora sem eficácia
- A infecção é , ás vezes, ajudada pelo conceito da intensificação dependente de anticorpo, na qual a presença de imunoglobulinas contra o FECV aumenta a entrada do vírus em macrófagos
- O número crescente de linfócitos B e de plasmócitos a delimitar as lesões granulomatosas e de vasculite providencia novos anticorpos e a formação de complexos imunes
- A ativação de receptor Fc e do complemento aumentam a atividade fagocítica dos macrófagos e também a infecção de novos macrófagos
- A imunidade na infecção por FIPV é complexa por várias razões, nomeadamente pelo fato de a imunidade humoral contribuir para a patogênese da doença
- Além disso, o tipo e a magnitude da resposta imunitária parecem determinar a forma que a infecção terá.
- Resposta Imunitária Humoral: Como referido anteriormente, os anticorpos na PIF parecem não conseguir bloquear a infecção
- Resposta Imunitária Celular: É a resposta mais eficaz contra o FIPV, visto que os gatos que sobrevivem á infecção têm os linfócitosT CD8+ (Linfócitos T citotóxicos) ativados.
Prevalência
- A incidência maior ocorre em animais filhotes e jovens, com 3 meses a 3 anos de vida
- Após a infecção com o FCoV, o gato pode sofrer quatro possíveis destinos:
· Desenvolver PIF (5-12%);
· Tornar-se um portador para o resto da vida (13%)
· Ficar temporariamente infectado, excretar o vírus durante alguns meses, torna-se soropositivo, deixar de excretar e soroevrter, ficando de novo susceptível á infecção (a maioria).
· Ser naturalmente resistente á infecção (pequena minoria)
Manifestações Clinicas
- Pirexia (febre)
- Aumento abdominal gradual
- Anorexia e perda de peso
- Letargia
- Sinais neurológicos
- Apatia
- Crescimento retardado
- Pelagem opaca e áspera
- Icterícia
- Alterações oculares
- A doença é classificada em formas efusiva/exsudativa/úmida e não efusiva/seca), com base na quantidade de derrame cavitário (ascite ou hidrotórax)
- Aproximadamente 75% dos casos clínicos de PIF são de forma efusiva e ocorrem em gatos com forte resposta humoral.
Diagnóstico de PIF
- Hemograma completo
- ALT, AST, Billirubina (direta, indireta e total)
- Ureia e creatinina
- Análise de líquidos cavitários
- Sorologia: Imunglobulinas (IgA, IgG, IgM)
- PCR
- Imunohistoquímica
- Ultrassonografia abdominal
- Biopsia de alça intestinal
- Histopatologia
- Necrópsia (post mortem)
· Diagnóstico definitivo é realizado por meio da necropsia, histopatologia e realização de imuno-histoquímica
Tratemento
- Não há tratamento específico e quase sempre a terapia é ineficaz
- Na forma efusiva pode ser necessária realizar abdominocentese (drenagem do líquido do abdômen)
- A febre é irresponsiva ao uso de antibióticos
- O animal deve receber cuidados de suporte como fluidoterapia e cuidados alimentares, se necessário pode se fazer uso de sonda nasogástrica ou esofágica
- É importante tratar infecções e lesões secundárias. Pode ser utilizado imunomoduladores ou imunossupressores, mas o uso desses ainda é questionável 
- Não há cura: Na maioria dos relatos, a doença evolui para mote em 1 a 12 semanas, com a maioria dos gatos morrendo 2 meses após o início dos sinais clínicos. A mortalidade de ambas as formas é de aproximadamente 100%
Brucelose e Tuberculose
Definição
- Doença infecto- contagiosa provocada por bactérias do Gênero Brucella
- Caracteriza-se por provocar abordar abortos geralmente no terço final da gestação, nascimento de bezerros fracos, retenção de placenta, repetição de cio e descargas uterinas com grande eliminação da bactéria, podendo ainda transmitir ao homem
-Humanos: Infecção generalizada causada por bactérias do gên.Brucella (esp. Brucella melitenis, B.abortus, B.suis e B. canis) e transmitida ao homem por contato com caprinos, bovinos, suínos e cães, respectivamente.
- Animais: Infecção causada por bateria do gênero Brucella e que nas fêmeas dos animais domésticos (bovinos, ovinos caprinos, suínos) pode levar ao abortamento, sem ser este o patognomônico.
Brucelose Bovina
- Sinonímia
Bovinos: Doença de Bang, aborto contagioso, aborto infeccioso.
Homem: Febre ondulante, febre malta
Destruição
- Desinfetantes: Álcool 96° GL, Hipoclorito de Sódio 5%, Hipoclorito de cálcio 5%, Formol 3%, Fenol 5%
- Calor: Autoclavação (120°C por 20 minutos), parteurização lenta (65°C por 30 minutos), pausterização rápida (72 a 74°C por 15-20seg), fervura.
Distribuição 
- Mundial
- Maior prevalência em países em desenvolvimento
- Erradicar ou em erradicação em alguns países desenvolvidos.
Epidemiologia
- Fonte: Ministério da Agricultura e do abastecimento
- Boletim de defesa sanitária
 
- Em 2001, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Instituiu o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT)
Brucelas confirmadas no Brasil até 1985
- B.Abortus
- B.suis
- B.ovis
- B.canis
Animais mais propensos a pegar brucelose
- Vaca
- Cabra
- Ovelha
- Cachorro
- Porco
- Camelo
Importância Econômica
- Perdas para a pecuária
- Aborto
- Repetição de Cio
- Bezerros fracos
- Diminuição na produção de leite
- Redução do tempo de vida produtiva
- Custos de reposição de animais 
- Limitação na comercialização de animais.
Cadeia de Transmissão
- Fonte de infecção 
· Animais infectados
- Vias de Eliminação
· Feto e anexos fetais, secreções vaginais, leite, fezes e urina
- Vias de transmissão 
· Água, pastagem e fômites contaminados 
· Sêmen
· Leite e derivados crus 
- Porta de Entrada
· Oro-Faríngea 
· Mucosas (conjuntiva, respiratório e genital)
· Pele com solução continuidade
- Suscetíveis
· Mamíferos domésticos e silvestres
· Homem
 
Doenças nos Humanos
- O Período de incubação pode variar de 5 dias até vários meses
- Na forma aguda, de evolução insidiosa, os sintomas podem ser confundidos com os da gripe: Febre intermitente/recorrente/ondulante, sudorese noturna (suor com cheiro de palha azeda), calafrios, fraqueza, cansaço, inapetência, do de cabeça, no abdômen e nas costas.
- Na forma crônica, os sintomas retornam mais intensos. Os mais característicos são: febre recorrente, grande fraqueza muscular, forte dor de cabeça, falta de apetite, perda de peso, tremores, manifestações alérgicas (asma, uriticária, etc.), pressão baixa, labilidade emocional, alterações da memória.
- Brucelose é uma doença sistêmica que, nos quadros mais graves, pode afetar vários órgãos, entre eles o sistema nervoso central, o coração, os ossos, as articulações, o fígado, o aparelho digestivo.
Combate à Brucelose Bovina
- Educação sanitária
- Vacinação
- Rotina de testes sorológicos
- Abate sanitário ou destruição dos animais reagentes
- Desinfecções das instalações e destruição de restos placentários, fetos abortados e secreções
- Quarentena de animais introduzidos no rebanho
- Exame de saúde das pessoas envolvidas.
Vacinação contra brucelose
- Amostra B19 B.abortus, Lisa, viva atenuada
- É estável e causa reações mínimas 
- Protege cerca de 70% dos animais
- Imunidade por aproximadamente 7 anos 
- Dose única
- Não tem ação curativa
- Persistência de anticorpos em animais vacinados acima de 8 meses de idade
- Patogênica para o homem
Vacinação RB51 (não indutora de anticorpos aglutinantes)
- Amostra viva atenuada de Brucella abortus (RB51)
- Não interfere nas provas sorológicas oficiais 
- Vacina oficial nos EUA e Chile
- Uso permitido, juntamente com B19, na colômbia, México, Costa Rica, Paraguai e Venezuela
- EUA: vacinação de bovinos entre 4 a 12 meses de idade
- Outros países: revacinação após 12 meses
- Proteção semelhante à B19
 
Vacinação não indutora de Anticorpos Aglutinantes
- Permitirá aumentar a cobertura vacinal 
- Recomendado o uso em:
· Fêmeas adultas que nunca foram vacinadas
· Falha na imunidade do rebanho (foco), com eliminação dos animais reagentes ao teste, seguido de vacinação dos restantes
· Situações de alto risco de infecção 
· Vacinações estratégicas
- Não deve ser utilizada em machos e fêmeas prenhes
- Não pode ser usada fora das especificações 
- Potencialmente patogênica para o homem.
Métodos de diagnóstico da Brucelose Bovina
- Diretos
· Presença de agente etiológico
· Isolamento do agente em meio de cultura e identificação bioquímica
· Detecção de DNA (PCR)
- Indiretos
· Pesquisa de anticorpos específicos
Diagnóstico Sorológico de Brucelose
- Fácil execução e interpretação
- Rapidez na obtenção dos resultados
- Baixo custo (triagem e algumas confirmatórias)
- Provas padronizadas internacionalmente
Tuberculose
Definição
- Doença infectocontagiosa causada por micobactérias, cujo agente mais importante é o Mycobacterium Tuberculosis
Agente Infeccioso
- Pertence ao complexo Mycobacterium tuberculosis
· M. Tuberculosis 
· M.Bovis
· M. Africanum 
· M. microti
- Outras espécies patogênicas ou potencialmente patogênicas, não pertence ao complexo Mycobacterium tuberculosis, são isoladas em nosso meio com menor frequência, entre elas o complexo M.avium.
Coloração de Ziehl- Neelsen
- M.Tuberculosis tem uma camada incomum de cera em sua superfície celular(principalmente ácido micólico), o que torna as células impermeáveis á coloração de Gram
Tuberculose no mundo
- Um terço da população está infectada 
- 30 mil novos casos diariamente
- Mata, diariamente, 4.500 pessoas
- 80% dos casos em 22 países
- 1,3 milhão de mortes estimadas em 2018 (HIV negativo)
- 300 mil óbitos estimados com TB/HIV em 2018
Tuberculose no Brasil
- 70 mil casos novos de TB notificados em 2017
- Cerca de 4,5 mil mortes em 2017
- 16° país em número de casos entre os 22 países de alta carga 
- 111° país em taxa de incidência dentre todos os países do mundo 
- 3° causa de mortes por doenças infecciosas
- 1° causa de mortes dentre as doenças infecciosas em pacientes com AIDS
Tuberculose e determinantes sociais 
- Doença que mais emblematicamente caracteriza a determinação social do pobreza no processo saúde/doença de uma população (IPEA: a relação da TB com a miséria e a exclusão social)
Conselho nacional de Saúde RESOLUÇÃO n° 444, de 6 de julho de 2011
- A tuberculose é produto da desigualdade social e seu enfrentamento deve abordar sua gênese social
- Resolução: Aprofundar a articulação com os movimentos sociais, com o Congresso Nacional e como instituições intra e intersetoriais para pautar a necessidade de benefícios sociais, políticas específicas para a populações mais vulneráveis, de modo a enfrentar os determinantes sociais da tuberculose e com isso eliminar a doença como um problema de saúde pública no país.
População mais vulneráveis para a tuberculose
- Sobreposição de vulnerabilidades
- Estrategicamente o PNCT trabalha com 4 populações:
· População Indígena
· População em situação de Rua
· População Privada de Liberdade
· Pessoas vivendo com HIV/aids
- Porém, é importante estar atento:
· Tabagistas, usuários de álcool e outras drogas
· Pessoas vivendo em situação de pobreza e extrema pobreza – comunidades
· Migrantes refugiados
Transmissão
- De pessoa para pessoa:
· Aerossóis da respiração
- De um animal doente para o homem:
· Aerossóis de respiração
· Leite cru
· Carne crua
- De um animal infectado para outro animal sadio:
· Aerossóis da respiração, corrimento nasal
· Leite cru
- Vias menos comuns:
· Fezes
· Urina
· Secreções vaginais/uterinas
· Sêmen
Suscetibilidade
- Infecção no Brasil ocorre em qualquer idade, geralmente na infância
- Nem todos os expostos se tornam infectados
- Infecção tuberculosa sem doença = bacilos presentes com sistema imune mantendos-os sob controle
- Nos infectados maiores probabilidades de adoecer:
· HIV+, desnutrição, diabetes, usuários de drogas, doenças imunossupressoras
Viabilidade
- Até uma hora em suspensão no ar (ao abrigo da luz solar)
- Até dois anos em estábulos, pastos e esterco 
- Até um ano na água
- Até dez meses nos produtos de origem animal
Reservatório
- Principal: homem, porém pode acometer bovino, outros mamíferos, aves.
Período de transmissibilidade
- Plena enquanto o doente estiver eliminando bacilos, sem tratamento
- Com tratamento, é reduzida gradativamente, até a terceira semana após o início
De cada 100 infectados 
- 90% dos infectados conseguem bloquear este processo e não adoecerão nesta fase.
- Outros 10% adoecerão:
· 5% - Tuberculose primária, ocorre na primo-infecção
· 5% - Tuberculose pós – primária: protegidos pelo BCG ou imunidade desenvolvida
Período de Incubação
- Após a infecção, em média 4 a 12 semanas para detecção das lesões primárias pulmonares
- A maioria dos casos novos pulmonares ocorrem em torno de 12 meses após a infecção inicial
Fisiopatogenia
- Determinantes da infecção: Estado imunológico, carga bacilífera do inóculo ambiente.
Quadro clínico
- Nos bovídeos: Em geral, parecem saudáveis por muito tempo, transmitindo a doença. Os sintomas aparecem no estágio final da doença. O animal sofre grande perda de peso, apresenta dificuldade respiratória, tosse seca e fraqueza geral.
Diagnóstico
- Exame clínico: Palpação dos linfonodos: auscultação dos pulmões, etc
- Teste Tuberculínico: É uma resposta de hipersensibilidade tardia medida por linfócitos T sensibilizados em indivíduos previamente expostos ao bacilo tuberculoso. Esta resposta consiste num infiltrado de células monocucleares no local da aplicação, com formação de edema em no máximo 72h.
Tipo tuberculina (48-7h)
- Paciente com TB -> Inoculação id de filtrado de cultura de M.Tuberculosis -> Reação inflamatória local + exacerbação sintomas clínicos
- Teste intradérmicos com Ags de patógenos intracelulares
- Utilidade: auxílio diagnóstico nas doenças infecciosas.
Avaliação do resultado
- Medida do diâmetro da enduração 
· 0-5 mm: não reator
· 5-9 mm: reator fraco 
· Maior que 10mm: reator forte
Baciloscopia de escarro
- 2 amostras – 1 no momentos da consulta e 1 na manhã seguinte
- Exame de escolha para avaliação de resposta terapêutica em bacilíferos
Cultura
- Alta sensibilidade e especificidade
- Permite avaliar a sensibilidade a antimicrobianos
Teste Rápido Molecular
- Método de escolha para a pesquisa de BK
- Utiliza uma única amostra de escarro e técnica PCR
- Alta sensibilidade e especificidade com resultados rápido (~2h)
Prejuízos que a doença nos animais
- Perda de peso
- Atraso na primeira lactação
- Menor número de lactação
- Menor duração da lactação
- Perdas econômicas pelo sacrifício de animais reagentes
- Possibilidade de contaminação para humanos
Medidas de controle
- Pasteurização do leite cru
- Rigorosas medidas de higiene, como limpeza e desinfecções das instalações onde os animais ficam, fômites, etc...
- Rigorosas medidas de manejo sanitário, como cuidados na introdução de novos animais no rebanho, ou seja, animal com testes negativos para a doença e originário de rebanhos livres da doença, quarentenário e isolamento de animais suspeitos.
Em regiões de alta prevalência
- Sacrifício dos animais reagentes
- Rigorosas medidas de higiene e manejo sanitário
Em regiões de baixa prevalência
- Implantação de programas de controle e erradicação da tuberculose:
· Testes tuberculínicos
· Sacrifício de animais reagentes
· Certificação de rebanhos livres da doença 
· Certificação de “áreas livres” da doença
Tratamento
- A fase inicial ou intensiva consiste em 2 meses com: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol
- E a fase de continuação consiste em 4 meses com: Rifampicina e Isoniazida
- Em bovinos: Eutanásia
· Uso de Isoniazida
Febre Aftosa 
- É uma das poucas doenças animais do mundo com ALTO poder de impor barreiras sanitárias aos produtos de origem animal, uma vez que os principais países importadores já erradicaram esta doença á bastante tempo.
Plano estratégico 2017-2026 – atualização 2019
- Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa – PNEFA
Objetivo do PNEFA
- Criar e manter condições sustentáveis para garantir o país livre da febre aftosa
- Ampliar as zonas livres sem vacinação
- Proteger o patrimônio pecuário aos atores envolvidos e á sociedade brasileira
O vírus da Febre Aftosa Microscopia eletrônica
- Família: Picornaviridae
- Gênero: Aftovírus
- Vírus icosaédrico
- RNA não envelopado
Hospedeiros (susceptíveis)
- Todos os animais biungulados (casco fendido)
- Em animais domésticos, a doença pode acometer bovinos, bubalinos, ovino, caprinos, suínos
Febre Aftosa (Hospedeiros)
- Hospedeiros naturais: 
· Casco fendido ou biungulados (domésticos ou selvagens):
· Bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos, suínos, bisões, javalis, camelos, lhamas, alpacas, vicunhas, guanacos, antílopes, cervos, veados
- Hospedeiros naturais: 
· Não biungulados:
· Elefantes e capivaras
- Tem se demostrado que mais 100 espécies de animais domésticos, silvestres e de laboratório podem infectar-se naturalmente ou artificialmente com VFA
Febre aftosa pode infectar o homem?
- A febre aftosa é considerada uma zoonose
- Homem é um hospedeiro acidental
- Reduzido número de casos humanos descritos no mundo
- A contaminação humana devido á ingestão de carnes e produtos cárneos não foi comprovada
- A transmissão entre seres humanos também não foi relatada 
Transmissão
- Contato direto com animais enfermos

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