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SÍNDROME DO OLHO VERMELHO • CAUSAS: • Maioria relativamente benigna, melhorando sem um dano maior. • Existem situações graves e preocupantes. • Sinais de alarme: Baixa acuidade visual (BAV) (principalmente diferenças de um olho para o outro), trauma ocular, alteração pupilar, dor ocular. Situações/condições que podem cursar com dor ocular: glaucoma de ângulo fechado, acidente, pico hipertensivo, algo que está impedindo o fluxo do humor aquoso, cirurgia intraocular recente (principalmente de catarata), exposição à substâncias químicas (principalmente em indústrias, sem uso de EPI, e não utilização de viseiras de capacetes) e olho cronicamente vermelho (seco, comum em quem tem a pele mais ressecada, em quem tem problema de tireoide, moto taxistas, quem trabalha na zona rural, pessoas que, no geral, não fazem a lubrificação adequada • Investigar uso de medicações, óculos, lente de contato, cirurgias prévias • HEMORRAGIA SUBCONJUNTIVAL • Mais comum por um acidente, conjuntivite, trauma, esforço, peso excessivo, cisco nos olhos, atrito ao esfregar (que pode romper vasinhos), crise hipertensiva. • Tosse, espirros e vômitos são precipitantes comuns. • DEGENERAÇÕES: PINGUECULITE • • • 1. PINGUECULITE OU PTERÍGIO INFLAMADO Inflamação da pinguecula. Esta é uma degeneração elástica da conjuntiva. Um tecido branco amarelado adjacente ao limbo, mas não atinge a córnea. A membrana começa a elevar-se e causa prurido, hiperemia. PINGUECULA TIPO II 2. PTERÍGIO • CONCEITO: Proliferação fibrovascular em forma de triângulo (uma “membrana”) que se estende da conjuntiva interpalpebral em direção à córnea, invadindo a camada de Bowman. TIPO II, QUASE III • PACIENTES + SUSCEPTÍVEIS: Geralmente se desenvolve em pacientes que vivem em países ensolarados e, como na pinguécula, pode representar uma resposta à exposição crônica à luz ultravioleta e a outros fatores, como a secura crônica da superfície. • Pacientes que usam lentes de contato podem desenvolver sintomas mais precoces de irritação devido à elevação da borda • Classificação: Tipo I (pinguecula iniciando no limbo da córnea); tipo II (entre II e III); tipo III (no eixo visual; na pupila) • TRATAMENTO: Tipo I e II: Utilização de óculos de sol para reduzir a exposição ultravioleta, de modo a reduzir o estímulo ao crescimento, hidratação oral adequada e lubrificante. Tipo III: indicação cirúrgica (geralmente técnica “esclera nua). Tem alta taxa de recorrência, muitas vezes, com comportamento mais agressivo que a lesão original pois há fibrose. • OBS: Comum a confusão entre pterígio e catarata. Pterígio é uma membrana externa. Catarata é após a córnea, região interna. • HIPEREMIA/CONGESTÃO PERILIMBAR • Comum em usuários de lente de contato, quem tem o olho seco • CONJUNTIVITES • Conceito: inflamação da conjuntiva (membrana transparente/mucosa que reveste posteriormente as pálpebras e cobre a superfície anterior do olho até a córnea). • Comum vir associada à blefarite (inflamação das pálpebras: pode vir com caspa nos cílios). Nunca reutilizar panos/lenços para enxugar os olhos. Importante meio de contaminação. Utilizar lenços descartáveis. • Comum em usuários de lente de contato pelo uso prolongado (mais de 04 dias sem tirá-las), má higiene. • Anatomia: • Epitélio escamoso não queratinizado + tecido conjuntivo frouxo vascularizado • Conjuntiva bulbar (globo ocular) • Conjuntiva palpebral • Fórnice conjuntival (fundo de saco que fica entre o globo ocular e as pálpebras, na reflexão superior e inferior) • A conjuntiva é fortemente aderida às pálpebras e frouxamente aderida ao globo ocular; encontra-se livre na região dos fórnices; Portanto, inflamações podem causar edema (quemose) na região dos fórnices e da conjuntiva bulbar (globo ocular); • Geralmente o local com mais alterações é na superfície da córnea • QUADRO CLÍNICO GERAL • Hiperemia ocular difusa; Secreção ocular; • Edema palpebral; Crostas matinais; • Desconforto ocular (sensação de areia); • Fotofobia • DIAGNÓSTICO • Exame da lâmpada de fenda: verifica câmara anterior (da cápsula posterior para frente); pode ver biomicroscopia de fundo com lente específica. • Na ausência da lâmpada de fenda, observar com lanterna do celular/oftalmoscópio. • REAÇÃO FOLICULAR • Formação de folículos linfoides; como se fossem nódulos • Comum em todas conjuntivites • REAÇÃO PAPILAR • Conjuntiva + edemaciada, como uma quemose • PSEUDOMEMBRANAS Pseudomembranas, quemose, hiperemia peribulbar Reação papilar: Reação folicular: • • • • • Exsudato coagulado aderente ao epitélio conjuntival inflamado 1. INFECCIOSA: CONJUNTIVITE VIRAL Forma + comum Agente etiológico mais comum é o Adenovírus (90%); Podem causar queda no estado geral, como em uma gripe. Pode cursar com espirros, coriza. • A secreção aquosa é composta por exsudato seroso e lágrimas e ocorre na conjuntivite viral aguda ou na alérgica. • Mais aguda do que a bacteriana. Paciente sente dor, edema, sensação de calor dentro do olho. Ocorre lacrimejamento, vermelhidão (hiperemia), reação folicular, irritação e/ou prurido e fotofobia leve, sendo o olho contralateral geralmente afetado 1 a 2 dias depois, ou seja, geralmente é SIMÉTRICA/BILATERAL (NOS DOIS OLHOS)! Quemose (conjuntiva inchada -edema- parecendo clara de ovo batida) • Autolimitada. Tratando ou não, desaparece de 3 a 5-7 dias. • Podem aparecer (+ comum na conjuntivite viral) infiltrados na córnea (visto pela lâmpada de fenda), causando visão embaçada (BAV), que podem durar por 2 – 3 meses até desaparecer. Na presença desses, necessário corticoide (encaminhar pro oftalmo). Assim, na presença de conjuntivite viral sem melhora em +/- 3 dias ou com piora, encaminhar para oftalmo. • Ceratoconjuntivite: mais comum por adenovírus 8 e 19; pode haver comprometimento da córnea, ceratite, edema de córnea, leucoma corneano (o que pode requerer uso de AINEs) • Febre faringoconjuntival: Conjunvitite + faringite + febre; linfadenopatia pré-auricular, geralmente bilateral; Mais frequente em crianças; comum por adenovírus 3, 4 e 7; • Conjuntivite Herpética: A córnea é o principal local de ação do herpes vírus, no olho, e pode causar uma importante diminuição da visão. Causa lesões patognomônicas: em forma de dendritos (ramificações), a chamada ceratite herpética, vista com o corante fluoresceína com rosa bengala na lâmpada de fenda. Nesse caso, utiliza-se Aciclovir oral por 21 dias (de 08 em 08h ou 12 em 12h) e pomada. • Vesículas herpéticas; Linfadenopatia pré-auricular dolorosa; pode haver febre; Herpes zoster pode estar associado. QUEMOSE • 2. INFECCIOSA: CONJUNTIVITE BACTERIANA TRATAMENTO: Autolimitada. Visa-se redução do risco de contágio e melhora do quadro clínico. Indica-se fazer compressas frias: com água filtrada ou boricada bem gelada ou até mesmo compressas com chá de camomila colocadas no congelador. Lubrificante (Lacrifilm, Lacril, Lacribell, Plenigell, Systane, Optive, Hyabak) e, se necessário – em casos mais graves, AINE (Maxilerg, Terolac, Cetrolac: 3x ao dia por 05 dias). Lavar bem as mãos, trocar fronhas dos travesseiros, etc. Sempre lembrar de antes de pingar o colírio agitar o frasco e não encostar no olho. • Habitualmente UNILATERAL (assim como na alérgica), mas pode acometer os dois olhos também (começa em um e depois vai para o outro). É uma doença mais arrastada (demora + dias), com secreção mucopurulenta (amarelada), ardor; eritema/hiperemia; olho menor; pele mais rugosa; reação papilar (edema de pálpebra); presença de membrana (necessário debridar para antibiótico penetrar) • Ao acordar, as pálpebras estão inchadas e grudadas. • Pode ocorrer ulceração da córnea periférica nas infecções gonocócica e meningocócica, rapidamente podendo progredir para perfuração e apresentar hipópios (existência de pus na câmara anterior do olho, formando um nível horizontal por efeito da gravidade), que requer internação. • Também podem aparecer vários infiltrados ou, mais comumente, infiltrado único que também causa BAV • Os agentes mais comumente isolados são Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus,Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis. Também pode ser causada pelos organismos sexualmente transmissíveis Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis (causa Tracomas). • Conjuntivites podem ser mais leves ou agravar-se causando, por exemplo, hipópio (pus na câmara anterior do olho) e olho entra em atrofia, fitíase (necessário internação). • TRATAMENTO: Colírios Antibióticos: Aminoglicosídeos, quinolonas, macrolídeos, esteroides. Se criança abaixo de 03 anos: Tobramicina (06 em 06 horas por 05 dias) ou Ofloxacino. Acima de 3-5 anos pode utilizar corticoide associado. Exemplo: Quinolona com corticoide mais leve. Ex: Loflox, Cilodex, Zypred, Maxiflox-D. Infiltrado único: CONJUNTIVITE NEONATAL GONORREICA HIPÓPIO Ceratite periférica ulcerada Conjuntivite por tracoma • Conjuntivite Gonocócica: Causada pela Neisseria gonorrhoeae; É transmitida pelo contato do olho com a genitália; Cursa com adenopatia pré-auricular dolorosa; pode desenvolver ceratite periférica ulcerada. Nesse caso, o tratamento é feito, além do antibiótico tópico, com o antibiótico sistêmico: Ceftriaxona + eritromicina; penicilina benzatina • Conjuntivite por clamídia: Causada pela Chlamydia trachomatis. Sorotipos D ao K; Reação folicular tarsal inferior + aguda; ceratite superficial; linfadenopatia pré-auricular Tratamento: antibiótico sistêmico: Doxiciclina ou Eritromicina; • Conjuntivite por tracoma: Também causada pela Chlamydia trachomatis, mas não é DST. Causada pelos sorotipos A, B ou C; • 3. CONJUNTIVITE ALÉRGICA (ceratoconjuntivite primaveril) • Paciente com história de atopia; associação com rinite alérgica Sinal de Horner-Trantas PAPILAS GIGANTES Causa mais comum de cegueira em países pobres; reação folicular e papilar; descarga mucopurulenta; ceratite; • Tratamento: antibióticoterapia sistêmica: Azitromicina ou eritromicina • OBS: Resumindo: paciente com conjuntivite bacteriana que não está melhorando ao tratamento convencional, necessário pedir sorologias, hemograma (anamnese vai indicar rastreio também) e encaminhar ao oftalmo. • Início + abrupto; prurido intenso; bilateralidade; secreção mucoide (mas olho, em geral, não tem tanta secreção); quemose; reação papilar; Sinal de Horner-Trantas • Comum em usuários de lente de contato rígidas. A lente de contato deve ser retirada no mínimo a cada 04 dias. Higienizada com solução para lentes de contato e não com soro! Utilizar lubrificante, trocar a água do estojo 1x na semana e esterilizá-lo. • Inicia-se com uma irritação (sensação de areia) e podem evoluir com o aparecimento de papilas gigantes na conjuntiva tarsal (reação papilar) que ficam atritando (prurido intenso) com a córnea, causando um trauma. Quando mais esfrega-se o olho, mais irritado ele fica e mais as papilas aumentam. Se não melhora com o tratamento clínico, o oftalmo pode fazer um debridamento com lâmina. Comum lacrimejamento. • Orienta-se colocar colírio/lubrificante na porta da geladeira para refrescar os olhos. • 4. NÃO INFECCIOSA, NÃO ALÉRGICA • Mecânica; por lente de contato; tóxica (medicação) • TRATAMENTO: medidas ambientais; tirar o uso de lentes de contato por cerca de 90 dias. 1a opção: Lubrificante + antialérgico (Estabilizadores de mastócitos: Patanol S 1 ou 2x ao dia por 30 dias); se não melhora, 2a opção: antialérgico e AINE; se não melhora, 3a opção: lubrificante + corticoide (fazer desmame: 4 em 4h por 5 dias seguido de 06 em 06h por 05 dias seguido de 08 em 08h por 05 dias... depois 12 em 12h por 05 dias.. depois dia sim, dia não.. e depois para) DIAGNÓSTICO CLÍNICO DAS CONJUNTIVITES ACHADOS CLÍNICOS E BACTERIANA VIRAL CITOLOGIA CLAMÍDIA ALÉRGICA Prurido mínimo Mínimo a moderado mínimo intenso Hiperemia Reação conjunctival Citologia moderada papilar Bactérias, PMN intensa folicular Linfócitos, efeitos citopáticos moderada Follicular e papilar Corpúsculos de inclusão citoplasmáticos moderada papilar eosinófilos Secreção Mucopurulenta ou purulenta aquosa mucopurulenta Mucóide ou mucopurulenta Dor de garganta ocasional ocasional ausente Ausente • CORPO ESTRANHO • Geralmente causa bastante dor. • Primeira ação quando qualquer corpo estranho cai no olho do paciente é lavar com água corrente/soro fisiológico, lembrando sempre de inverter a pálpebra pois pode ser que o cisco não esteja na córnea e sim na região tarsal. • KIT essencial: cotonete (utilizado para debridar), colírio anestésico, soro fisiológico, corante fluoresceína e cicatrizante com antibiótico (Regencel pomada) • UVEÍTE ANTERIOR • Inflamação envolvendo o trato uveal anterior – a íris e a parte anterior (pars plicata) do corpo ciliar – e é a forma mais comum de uveíte. • Pode iniciar-se com infiltrados de uma conjuntivite não tratada que aumentaram, causando Baixa Acuidade Visual. Pode ser causado por sífilis, toxoplasmose, etc. • Pode causar hipópio, córnea com edema, hiperemia com hemorragia, episclerite. • Tratamento extenso com oftalmo, de mais de 40 dias, dependendo da causa. • ALTERAÇÕES DOS CÍLIOS E PÁLPEBRAS • Flacidez das pálpebras: comum em idosos. Edema na tarsal, entrópio (pálpebra (geralmente a pálpebra inferior) se dobra para dentro lesionando a córnea. É muito desconfortável, pois os cílios (triquíase) continuamente se esfregam contra a HIPÓPIO conjuntiva e as vezes até a córnea causando irritação, dor, ENTRÓPIO sensibilidade a luz e perda progressiva da visão. • Tratar como infecção bacteriana, orientar higiene, massagem na tentativa de inverter a pálpebra para os cílios voltarem para fora e até uso de micropore. • OLHO SECO • Ectrópio: pálpebra se dobra para fora, ficando exposta, de modo que sua borda não entra em contato com o globo ocular. Olho fica cronicamente irritado, vermelho. • Nesse caso utiliza-se lubrificante e encaminha para fazer uma aplicatura para não deixar exposto à microorganismos pois pode dar dacriocistite, sinustite, encefalite, etc. Se não resolver, cirurgia (plástica ocular). • EPISCLERITE OLHO SECO • Causas comuns: dormir tarde, problema de tireóide, uso de medicações como Roacutan. • Processo inflamatório da episclera. • Condição comum, benigna, usualmente idiopática, recorrente, frequentemente bilateral e autolimitada. Ausência de exudato. Acuidade visual mantida. • Diagnóstico diferencial com alergia. • Classificação: simples, nodular: INICIAL ECTRÓPIO + GRAVE DIFUSA • EPISCLERITE SIMPLES: +/- 3⁄4 de todos os casos; afeta mais mulheres; comum depois dos 30, 40 anos; Ataques cada vez menos frequentes até desaparecerem por completo após muitos anos; olho vermelho mas que causa leve desconforto; hiperemia setorial (no cantinho) ou difusa; ataque frequentemente e dura poucos dias (vai e volta). • TRATAMENTO: 1) casos brandos: conduta expectante. Lubrificantes, compressas frias; 2) casos mais incômodos: lubrificante, corticoide tópico fraco 1 a 2 semanas (instilação mais intensa no início em alguns casos); AINEs orais por 10 dias quando não há melhora com o corticoide. • EPISCLERITE NODULAR: Pode ser evolução da episclerite simples; também tende a afetar mulheres jovens; início menos agudo e mais prolongado que a episclerite; ataques autolimitados que geralmente cedem sem tratamento; • Diagnóstico com aplicação de colírio de fenilefrina a 2,5% (vasoconstritor), fazendo com que a conjuntiva fique branquinha (vermelhidão desaparece). • Necessário excluir corpo estranho e granuloma (nódulo). Se a lesão fica mais escura e elevada há indicação de fazer ressecção com margem – biópsia. • TRATAMENTO: similar ao da episclerite simples: Lubrificando, AINE e, se não melhora, corticoide. • ESCLERITE EPISCLERITE DIFUSA (começando a fazer um nódulo/vesícula) EPSICLERITE NODULAR ESCLERITE NÃO NECROSANTE: OLHO COMEÇA VERMELHO... NÓDULOS VÃO SE FORMANDO... E (DIFERENTE DO OLHO VERMELHO, CONJUNTIVITE) OBSERVA-SE UMA ÁREA + ESCURECIDA, VASCULARIZAÇÃO EXCESSIVA, COM PIO NORMAL, AO CORANTE NÃO VAI APRESENTAR NADA, APENAS A HIPEREMIA MESMO • Processo inflamatório grave da esclera, com edema e infiltrado de células inflamatórias em toda a espessura da esclera. Condição rara. • Etiologia:vasculite autoimune ou doença infecciosa. • Apresentação varia de: 1) episódios simples e autolimitados, a 2) processos necrosantes que ameaçam a visão. • Classificação: 1) Não necrosante: difusa ou nodular; 2) Necrosante com inflamação: vaso oclusiva ou granulomatosa ou induzida por cirurgia; 3) escleromalacia perfurante; 4) posterior • ESCLERITE ANTERIOR NÃO NECROSANTE DIFUSA: Mais comum em mulheres; a partir da 5a década de vida; hiperemia + DOR ocular intensa e desconforto ocular; dor por irradiar para face e têmpora (encaminhar para dentista para descartar doenças dentárias); prognóstico visual muito bom. • ESCLERITE ANTERIOR NÃO NECROSANTE NODULAR: Mais comum em mulheres; a partir da 5a década de vida; hiperemia + Dor; 10% dos pacientes evoluem para necrosante (região mais escurecida); • ESCLERITE NECROSANTE COM INFLAMAÇÃO: forma mais agressiva da Esclerite; A partir da 6a década de vida; bilateral em 60% dos casos; pode resultar em morbidez visual severa; Dor insidiosa que se torna mais severa e persistente; Dor responde pouco a analgésicos; associada a doenças do tecido conjuntivo. PARECE QUE A ESCLERA SOLTOU E MESMO COM ANALGÉSICO NA VEIA, A DOR CONTINUA PERDA DE TODO O GLOBO OCULAR • ESCLEROMALACIA PERFURANTE: Tipo específico de esclerite necrosante sem inflamação; afeta tipicamente mulheres idosas com Artrite Reumatóide de longa data; pode levar à perfuração do globo ocular; AUSÊNCIA de dor e de comprometimento visual; placas necróticas esclerais perto do limbo; afinamento escleral lento e progressivo • *TRATAMENTO ESCLERITE: Corticoide tópico para alívio de sintomas; AINEs sistêmicos apenas na não necrosante (contra-indicação na necrosante); injeções de esteroides perioculares; esteroides sistêmicos (Prednisolona 1mg/kg/dia); agentes citotóxicos (Ciclofosfamida/Metotrexato); Imunomoduladores (Ciclosporina/Tacrolimus); anticorpos específicos (Infliximabe/Rituximabe) • ESCLERITE INFECCIOSA: Rara; associada a trauma (perfurocortantes), endoftalite (pós-operatório) ou pode ocorrer como extensão de uma infecção corneana primária (conjuntivite); Causas: Herpes-Zóster, Hanseníase, Sífilis, Doença de Lyme, Esclerite Tuberosa, Fúngica. Tratamento: ATBterapia específica + esteroide tópico e sistêmico + debridamento cirúrgico da esclera infectada.
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