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O QUE É A ENFERMAGEM

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O QUE É A ENFERMAGEM? 
A Enfermagem é uma profissão voltada para os cuidados de saúde 
focada no indivíduo, famílias e comunidades com finalidade de 
promover, manter ou recuperar a saúde e a qualidade de vidas 
ideais. Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem 
e Parteiras, podem ser diferenciados de outros prestadores de 
cuidados de saúde pela sua abordagem ao atendimento ao paciente, 
treinamento e escopo da prática. 
Muitos profissionais de enfermagem, ainda prestam cuidados no 
escopo de ordenação dos médicos, e esse papel, moldou a imagem 
pública desses profissionais como agentes executores de ordens. No 
entanto, ao longo do tempo, os avanços e modificações no âmbito do 
processo saúde doença, também trouxeram aos profissionais de 
enfermagem avanços no processo do cuidar, fazendo da profissão 
hoje uma ciência do cuidar, autônoma, respeitada e indispensável nos 
cuidados da saúde em qualquer aspecto do indivíduo, família e 
comunidade. 
A educação dos profissionais de enfermagem, passou por um 
processo de diversificação em direção a credenciais avançadas e 
especializadas, e muitos dos regulamentos tradicionais e funções do 
provedor estão mudando. 
Hoje, os profissionais de enfermagem (enfermeiros, técnicos de 
enfermagem, auxiliares de enfermagem), desenvolvem um plano de 
cuidados. Esses profissionais, trabalham em colaboração com os 
outros profissionais de saúde, no tratamento e na prevenção de 
doenças. 
A ENFERMAGEM NO BRASIL 
No Brasil, segundo a Lei n.º 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe 
sobre a regulamentação do exercício da enfermagem, os profissionais 
que compõem a enfermagem são: Enfermeiros, Técnicos de 
Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Parteiras. A competência, 
responsabilidade, direitos e deveres desses profissionais são 
https://www.souenfermagem.com.br/noticias/o-que-faz-um-enfermeiro/
https://www.souenfermagem.com.br/resolucoes-e-leis/lei-n-o-7-498-de-25-de-junho-de-1986/
https://www.souenfermagem.com.br/fundamentos/regulamentacao-da-enfermagem-no-brasil/
regulamentadas pelas Resoluções, Pareceres, Normas Técnicas e Leis 
do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). 
Apesar do enfermeiro, técnico de enfermagem e auxiliar pertencerem 
todos à enfermagem, cada um tem atribuições específicas. Quem 
deseja ingressar na enfermagem, precisa saber o que cada 
profissional (enfermeiro, técnico, auxiliar de enfermagem), pode e o 
que não pode fazer. Isso é importante para não confundir as funções 
e responsabilidades de cada profissional. 
O Conselho Federal de Enfermagem- COFEN, conforme falei acima, 
é órgão que normatiza a profissão de enfermagem no Brasil. A sua 
sede fica em Brasília, mas cada estado existe um Conselho Regional 
de Enfermagem (Coren), os quais são órgãos criados e normatizado 
pelo COFEN para fazer cumprir as suas decisões. 
Vale a pena depois você tirar um tempo e estudar um pouco mais 
sobre a função, responsabilidade e atribuições do Conselho de 
Enfermagem (COFEN/COREN), pois todos os profissionais são 
regidos por estes órgãos. 
Além disso, o Conselho funciona como um guardião da enfermagem 
e, ouvidoria da enfermagem e população, mas, por ser um órgão 
público e cheio de burocracias, muita gente desiste de entender o que 
é o conselho e de recorrer ao Conselho quando precisam. 
A ENFERMAGEM NO EXTERIOR 
A Enfermagem não é igual em todo o lugar do mundo. Nos Estados 
Unidos e no Reino Unido, enfermeiras de prática avançada, como 
enfermeiras em clínicas especializadas, diagnosticam problemas de 
saúde e prescrevem medicamentos e outras terapias. 
Enfermeiros podem ajudar a coordenar o atendimento ao paciente, 
realizado por outros membros de uma equipe multidisciplinar de 
saúde, como terapeutas, médicos e nutricionistas. Enfermeiros 
prestam cuidados tanto em equipe, por exemplo, com os médicos, e 
independentemente como profissionais de enfermagem. 
https://www.souenfermagem.com.br/fundamentos/cofen-conselho-federal-de-enfermagem/
https://www.souenfermagem.com.br/fundamentos/coren/
https://www.souenfermagem.com.br/fundamentos/coren/
A maioria dos problemas que a enfermagem enfrenta, é igual em 
todo lugar do mundo, como baixos salários, carga horária elevada, 
baixo reconhecimento. 
ORIGEM DA ENFERMAGEM 
A enfermagem é uma profissão que se desenvolveu ao longo dos 
tempos. Surgiu do desenvolvimento e evolução das práticas de saúde 
no decorrer da história. No Brasil, desde a implantação da 
enfermagem moderna, na década de 20 e até os dias atuais, a história 
da enfermagem vem sendo objeto de estudo dado sua importância 
como profissão. 
A enfermagem, desde suas origens religiosas e militares, é um saber 
dominado pelas mulheres e dirigido ao ato do cuidar, e tendo os mais 
pobres como alvos. A seguir, apresentaremos um breve resumo da 
história de enfermagem no mundo. 
FLORENCE NIGHTINGALE 
Florence Nightingale (12 de Maio 1820, Florença – 13 de Agosto 1910, 
Londres), foi uma enfermeira britânica que ficou famosa por ser 
pioneira no tratamento a feridos de guerra, durante a Guerra da 
Crimeia. 
Também contribuiu no campo da Estatística, nomeadamente na 
criação de sistemas de representação e popularização gráfica como o 
gráfico setorial (comumente conhecido como gráfico do tipo “pizza”). 
Sua família, rica e bem-relacionada, vivia em Florença, na Itália. Por 
isso, Florence recebeu o nome em inglês da cidade em que nasceu, 
como sua irmã mais velha Parthenope nascida em Partênope. Moça 
brilhante e impetuosa, rebelou-se contra o papel convencional para 
as mulheres de seu status, que seria tornar-se esposa submissa, e 
decidiu dedicar-se à enfermagem. 
Tradicionalmente, o papel de enfermeira era exercido por mulheres 
ajudantes em hospitais ou acompanhando exércitos, muitas 
https://www.souenfermagem.com.br/fundamentos/florence-nightingale/
cozinheiras e prostitutas acabavam tornando-se enfermeiras, sendo 
que estas últimas eram obrigadas como castigo. 
Florence Nightingale ficou particularmente preocupada com as 
condições de tratamento médico dos mais pobres e indigentes. Ela 
anunciou sua decisão para a família em 1845, provocando raiva e 
rompimento, principalmente com sua mãe. 
Aparentemente, Florence sofria de 
esquizofrenia 
Em dezembro de 1844, em resposta à morte de um mendigo numa 
enfermaria em Londres, que acabou evoluindo para escândalo 
público, ela se tornou a principal defensora de melhorias no 
tratamento médico. Imediatamente, ela obteve o apoio de Charles 
Villiers, presidente do Poor Law Board (Comitê de Lei para os Pobres). 
Isto a levou a ter papel ativo na reforma das Leis dos Pobres, 
estendendo o papel do Estado para muito além do fornecimento de 
tratamento médico. 
Em 1846, ela visitou Kaiserwerth, um hospital pioneiro fundado e 
dirigido por uma ordem de freiras católicas na Alemanha, ficando 
impressionada pela qualidade do tratamento médico e pelo 
comprometimento e prática das religiosas. 
Outras informações falam sobre a comunidade religiosa luterana em 
Kaiserswerth-am-Rhein na Alemanha, onde ela observou o pastor 
Theodor Fliedner e as diaconisas que trabalhavam para os doentes e 
os desprovidos. 
A contribuição mais famosa de Florence foi durante a Guerra da 
Criméia, que se tornou seu principal foco quando relatos de guerra 
começaram a chegar à Inglaterra contando sobre as condições 
horríveis para os feridos. 
Em outubro de 1854, Florence e uma equipe de 38 enfermeiras 
voluntárias treinadas por ela, inclusive sua tia Mai Smith, partem para 
os Campos de Scurati localizados na Criméia. 
Heroína 
Florence Nightingale voltou para a Inglaterra como heroína em 
Agosto de 1857 e, de acordo com a BBC, era provavelmente a pessoa 
mais famosa da Era Vitoriana além da própria Rainha Vitória. 
Contudo, o destino lhe reservou um grande golpe quando contrai tifo 
e permanece com sérias restrições físicas, retornando em 1856 da 
Criméia. 
Impossibilitadade exercer seus trabalhos físicos, dedicou-se a 
formação da escola de enfermagem em 1859 na Inglaterra, onde já 
era reconhecida no seu valor profissional e técnico, recebendo 
prêmio concedido através do governo inglês. Fundou a Escola de 
Enfermagem no Hospital Saint Thomas, com curso de um ano, que 
era ministrado por médicos com aulas teóricas e práticas. 
Florence faleceu em 13 de agosto de 1910; deixando legado de 
persistência, capacidade, compaixão e dedicação ao próximo, 
estabeleceu as diretrizes e caminhos para enfermagem moderna. 
Florence Nightingale, OM, RRC (*12 de maio de 1820 +13 de agosto de 
1910) foi uma célebre reformista social e estatística inglesa, e a 
fundadora da enfermagem moderna. Ela ganhou proeminência 
enquanto servia como enfermeira durante a Guerra da Crimeia, onde 
ela tratou de soldados feridos. Ela era conhecida como “A Senhora 
com a Lanterna” por causa de seu hábito de fazer rondas à noite. 
Comentaristas do início do século XXI têm argumentado, que as 
realizações de Nightingale na Guerra da Criméia foram exageradas 
pela mídia na época para satisfazer a necessidade do público por um 
herói, mas suas realizações posteriores permanecem amplamente 
aceitas. Em 1860, Nightingale lançou as bases da enfermagem 
profissional com o estabelecimento de sua escola de enfermagem no 
St. Thomas’ Hospital em Londres. 
A primeira escola de enfermagem 
Foi a primeira escola de enfermagem secular no mundo, agora parte 
da King’s College London. O Juramento de Nightingale feito por novas 
enfermeiras foi batizado em sua honra, e o Dia Internacional dos 
Enfermeiros é comemorado em todo o mundo na data do seu 
aniversário de nascimento. 
Suas reformas sociais incluem a melhoria nos cuidados da saúde de 
todos os setores da sociedade britânica, melhorias na saúde e luta 
por um melhor alívio da fome na Índia, ajudando a abolir leis que 
regulavam a prostituição de forma demasiadamente opressora às 
mulheres, e ampliando a formas aceitáveis a participação da mulher 
na força de trabalho. 
No juramento criado por Florence fica claro o empenho por ela 
colocado em cada uma dessas lutas e o desejo de que cada vez mais 
mulheres se enveredassem por esse caminho da enfermagem de 
forma digna e eficaz. 
Nightingale foi uma escritora prodigiosa e versátil. Em sua vida muito 
do seu trabalho publicado foi respaldado com difundidos 
conhecimentos médicos. Alguns de seus trechos foram escritos 
em Inglês simples, para que pudessem ser facilmente compreendidos 
por aqueles com pouco conhecimento literário. Ela também ajudou a 
popularizar a apresentação gráfica dos dados estatísticos. 
Grande parte da sua escrita, incluindo o seu extenso trabalho sobre 
religião e misticismo, só foi publicado postumamente. 
OS PRIMEIROS ANOS DO TRABALHO DE 
FLORENCE NIGHTINGALE 
Florence Nightingale nasceu em 12 de maio de 1820 em uma família 
rica, bem relacionada da classe alta britânica, em Villa Colombaia, em 
Florença, Itália, e foi batizada com o nome da cidade de seu 
nascimento. 
A irmã mais velha de Florence, Frances Parthenope, fora igualmente 
batizada com o nome do lugar de seu nascimento, Parthenopolis, um 
assentamento grego, hoje parte da cidade de Nápoles. Quando 
Florence tinha um ano de idade, a família mudou-se de volta para a 
Inglaterra em 1821 com Nightingale sendo criada nos lares da família 
em Embley e Lea Hurst. 
Seus pais eram William Edward Nightingale, nascido William Edward 
Shore (1794–1874) e Frances (“Fanny”) Nightingale née Smith (1789–
1880). A mãe de William, Mary née Evans, era sobrinha de Peter 
Nightingale ao qual, sob os termos de seu testamento, William 
herdou sua propriedade em Lea Hurst em Derbyshire, e assumiu o 
nome e o brasão de Nightingale. O pai de Fanny (avô materno de 
Florence) foi o abolicionista e unitarista William Smith. Florence 
Nightingale fora educada principalmente por seu pai que almejava 
um outro futuro para ela. 
Nightingale passou pela primeira de várias experiências que ela 
acreditava serem chamados de Deus em fevereiro de 1837, quando 
estava em Embley Park, provocando um forte desejo de devotar a sua 
vida ao serviço de outros. Em sua juventude, foi respeitosa com a 
oposição de sua família sobre seu trabalho como enfermeira, 
anunciando sua decisão de ir a campo apenas em 1844. 
Apesar de raiva e angústia intensa de sua mãe e irmã, ela se rebelou 
contra o papel esperado de uma mulher de seu status de se tornar 
uma esposa e mãe. Nightingale trabalhou duro para educar-se na 
arte e ciência da enfermagem, apesar da oposição de sua família e do 
restritivo código social para jovens mulheres inglesas afluentes. 
Como uma jovem mulher, Nightingale era 
atraente, esbelta e graciosa. 
Ainda que seu comportamento muitas vezes fosse rude, ela podia ser 
muito charmosa e seu sorriso era radiante. Seu pretendente mais 
persistente era o político e poeta Richard Monckton Milnes, 1º Barão 
de Houghton, mas depois de um namoro de nove anos ela o rejeitou, 
convencida de que o casamento iria interferir na habilidade de seguir 
sua vocação para a enfermagem. Abaixo encontram-se fotos de seus 
pretendentes: 
Em 1847 em Roma ela conheceu Sidney Herbert, um político que 
tinha sido Secretário de Guerra (1845-1846). Herbert estava em sua 
lua de mel; ele e Nightingale se tornaram amigos próximos ao longo 
da vida. Herbert seria Secretário de Guerra novamente durante a 
Guerra da Crimeia; ele e sua esposa foram fundamentais para facilitar 
o trabalho de enfermagem de Nightingale na Crimeia. 
Ela se tornou uma conselheira chave da carreira política dele, embora 
tenha sido acusada por alguns de ter adiantado a morte de Herbert 
pela Doença de Bright em 1861 por causa da pressão que seu 
programa de reforma colocara sobre ele. Nightingale também, muito 
mais tarde, teve fortes relações com Benjamin Jowett, que pôde ter 
querido se casar com ela. 
Nightingale continuou suas viagens (agora com Charles e Selina 
Bracebridge) a lugares tão distantes quanto a Grécia e o Egito. Seus 
escritos sobre o Egito em particular, são testemunhos da sua 
aprendizagem, habilidade literária e filosofia de vida. Navegando pelo 
Nilo tanto quanto Abu Simbel em janeiro de 1850, ela escreveu o 
pequeno texto que registramos a seguir: 
“Eu acho que nunca vi nada que me afetara mais do que isso”. E sobre o 
templo: “Sublime no mais alto nível de beleza intelectual , intelecto sem 
esforço, sem sofrimento… nenhuma apresentação está correta – mas o 
efeito completo é mais expressivo da grandeza espiritual do que qualquer 
coisa que eu poderia ter imaginado. Dá a impressão que milhares de 
vozes dariam, unindo-se em um só sentimento simultâneo unânime de 
entusiasmo ou emoção, que fora dito que superaria o homem mais forte”. 
Chamada por Deus 
Em Tebas ela escreveu sobre ser “chamada por Deus”, enquanto uma 
semana depois, perto do Cairo, ela escreveu em seu diário (como 
distinto das suas longuíssimas cartas que sua irmã mais velha, 
Parthenope, imprimira após seu retorno): 
“Deus me chamou pela manhã e me perguntou se eu faria o bem por 
ele apenas, sem reputação” Mais tarde, em 1850, ela visitou a 
comunidade religiosa luterana em Kaiserswerth-am-Rhein na 
Alemanha, onde ela observou o pastor Theodor Fliedner e as 
diaconisas que trabalhavam para os doentes e os desprovidos. 
Ela considerou a experiência como um ponto de virada em sua vida, e 
publicou suas descobertas anonimamente em 1851; A Instituição de 
Kaiserswerth no Reno pelo Treinamento Prático das Diaconisas, etc. 
foi seu primeiro trabalho publicado. Ela também recebeu quatro 
meses de formação médica no instituto, o que serviu de base para 
seus cuidados posteriores. 
Em 22 de agosto de 1853, Nightingale assumiu o cargo de 
superintendente do Instituto para o Cuidado de Senhoras Doentes 
em Upper Harley Street, Londres, um cargo que ocupou até outubro 
de 1854. Seu pai tinha lhedado uma renda anual de £500 (cerca de 
£40 mil ou US$ 65 mil dólares americanos em valores atuais), o que 
lhe permitiu viver confortavelmente e para perseguir a sua carreira. 
A GUERRA DA CRIMEIA 
A contribuição mais famosa de Florence Nightingale veio durante a 
Guerra da Crimeia, que se tornou seu foco central quando chegaram 
notícias à Grã-Bretanha sobre as terríveis condições dos feridos. Em 
21 de outubro de 1854, ela e uma equipe de 38 enfermeiras mulheres 
voluntárias que ela treinou, incluindo sua tia Mai Smith, e quinze 
freiras católicas (mobilizadas por Henry Edward Manning) foram 
enviadas (sob a autorização de Sidney Herbert) para o Império 
Otomano. 
Elas foram dispostas em cerca de 295 milhas náuticas(546 
quilômetros; 339 milhas) através do Mar Negro a partir de Balaclava 
na Crimeia, onde o principal acampamento britânico foi levantado. Na 
imagem que se segue podemos visualizar um pouco essa localização. 
Nightingale chegou no início de novembro de 1854, nas Casernas de 
Selimiye em Scutari (atual Üsküdar em Istambul). Sua equipe 
descobriu que um tratamento pobre para soldados feridos estava 
sendo levado pelo staff médico sobrecarregado de trabalho sob a 
indiferença dos oficiais. Faltavam medicamentos, a higiene era 
negligenciada e infecções em massa eram comuns, muitas delas 
fatais. Não havia equipamentos para processar alimentos para os 
pacientes. 
Depois que Nightingale enviou um apelo para The Times pedindo por 
uma solução do governo para o mau estado das instalações, o 
governo britânico encomendou a Isambard Kingdom Brunel o projeto 
de um hospital pré-fabricado que fosse construído na Inglaterra e 
pudesse ser enviado para os Dardanelos. O resultado foi o Hospital 
Renkioi, uma instalação civil, que, sob a gestão do Dr. Edmund 
Alexander Parkes, teve uma taxa de mortalidade menor do que um 
décimo da de Scutari. 
Dicionário da Biografia Nacional 
A primeira edição do Dicionário da Biografia Nacional (1911) afirmou 
que Nightingale reduziu a taxa de mortalidade de 42% para 2%, fosse 
pelas apenas pelas melhorias na higiene ou por chamar a Comissão 
Sanitária. Porém, outros escritos afirmam que as taxas de 
mortalidade, na verdade, começaram a subir aos níveis mais altos de 
todos os hospitais da região. 
 Durante o seu primeiro inverno em Scutari, 4.077 soldados 
morreram. Dez vezes mais soldados morreram de doenças como tifo, 
febre tifoide, cólera e disenteria do que por ferimentos de batalha. 
Com a superlotação, esgotos defeituosos e falta de ventilação a 
Comissão Sanitária teve de ser enviada pelo governo britânico para 
Scutari em março de 1855, quase seis meses depois da chegada de 
Florence Nightingale. 
A comissão descarregou os esgotos e melhorou a ventilação. As taxas 
de mortalidade foram drasticamente reduzidas, embora alguns 
escritos refiram também que ela não reconheceu a higiene como a 
causa predominante das mortes na época e, por outro lado, também 
nunca clamou por crédito de ajudar a reduzir a taxa de mortalidade. 
Documentários críticos do desempenho de 
Nightingale na Guerra da Crimeia 
Em 2001 e 2008, a BBC lançou documentários críticos do 
desempenho de Nightingale na Guerra da Crimeia, acompanhando 
alguns artigos publicados em The Guardian e em The Sunday Times. 
O estudioso de Nightingale, L. McDonald rejeitou estas críticas como 
“muitas vezes prepotentes”, argumentando que eles não são 
sustentadas por fontes primárias. 
Nightingale acreditava ainda que as taxas de mortalidade alta foi 
devido à má nutrição, falta de suprimentos e excesso de trabalho dos 
soldados. Depois que ela voltou para a Inglaterra e começou a coletar 
provas perante a Comissão Real sobre a Saúde do Exército, ela 
passou a acreditar que a maioria dos soldados no hospital foram 
mortos pelas más condições de vida. Essa experiência influenciou sua 
carreira mais tarde, quando ela defendeu boas condições sanitárias 
como de grande importância para a vida. Consequentemente, ela 
reduziu as mortes de tempos de paz no exército e voltou sua atenção 
para hospitais sanitariamente desenhados. 
A SENHORA COM A LANTERNA (DAMA DA 
LÂMPADA) 
Durante a Guerra da Crimeia, Florence Nightingale ganhou o apelido 
de “A Senhora com a Lanterna” de uma frase em uma reportagem de 
The Times. “Ela é um anjo ministrante, sem exagero nenhum nesses 
hospitais, e no que sua forma esbelta deslizasilenciosamente ao 
longo de cada corredor, o rosto de todo pobre companheiro amacia 
com gratidão ao vê-la. Quando todos os oficiais médicos se retiraram 
durante a noite e o silêncio e a escuridão se estabeleceram sobre 
aquelas milhas de prostrados doentes, ela pode ser observada 
sozinha, com uma pequena lanterna na mão, fazendo suas rondas 
solitárias”. 
A frase foi popularizada mais ainda pelo poema “Santa Filomena” de 
Henry Wadsworth Longfellow de 1857: 
Foi naquela casa de infortúnio. 
Uma Senhora com uma Lanterna eu vejo. 
Passa através do brilhoso turno, 
E, de sala em sala, em cortejo.

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