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Problemas Urbanos e Urbanização Brasileira

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A urbanização é o processo de ampliação das áreas urbanas causadas pelo êxodo rural e pelo 
crescimento da população urbana. 
Processo de migração acelerada da população que vive no campo para a cidade, ocorre desde a 
pré-história, com o surgimento das primeiras cidades. 
A industrialização é a principal responsável por atrair a população do campo para as cidades. A 
infraestrutura das cidades, como ruas pavimentadas, hospitais, escolas, sistemas de esgoto, 
iluminação pública e muitos outros fatores também aceleram o processo de urbanização. Por 
esse motivo, as revoluções industriais acabaram intensificando o processo de urbanização. 
A urbanização brasileira correu de forma tardia, acelerada e desordenada, impulsionada 
principalmente: 
• pela industrialização tardia, intensificada após a 2ª Guerra Mundial; 
• políticas desenvolvimentistas dos governos de Getúlio Vargas e Jucelino Kubtschek; 
• pela mecanização do campo, o que causou desemprego e fome, além de aumentar a 
concentração de terras no campo 
• A chegada de inúmeras pessoas vindas do campo não foi absorvida pelas cidades de 
maneira organizada, causando diversos problemas urbanos como a falta de saneamento 
básico, moradias precárias, entre outros. 
Inicialmente, as cidades brasileiras ficaram concentradas na área litorânea devido ao 
extrativismo e, anos depois, à produção de açúcar, mas o interior do Brasil ainda era vazio. A 
partir do século XVII, houve a descoberta do Ouro e o crescimento da pecuária no país, o que 
fez com que as cidades do campo começassem a crescer. 
Pulando para o início do século XX, o café torna-se o principal produto brasileiro e primeiro item 
exportado para fora do país pelo Vale do Paraíba (Rio de Janeiro), e caminhou para o Oeste 
Paulista e foi até o Noroeste do Paraná, trazendo muito lucro para essas regiões, principalmente 
no eixo Rio-São Paulo. Foi nesse período que começaram a surgir os centros urbanos, com novas 
estruturas (como linhas férreas e portos), novas atividades, serviços e grande concentração de 
renda. 
A região Sudeste foi a que se urbanizou mais rápido porque detinha os maiores investimentos 
em obras de infraestrutura que beneficiavam as atividades primárias e as indústrias que 
surgiram a partir da década de 1930. 
 
 
• Vale destacar que a fundação de Brasília, em abril de 1960, representou um grande 
marco para a urbanização do Brasil, que era vazia. A atual capital do país fez com que 
houvesse uma ligação com Sudeste, expandido a urbanização brasileira para outras 
regiões do Brasil. 
• A urbanização na região Sul foi lenta até a década de 1970, em razão de suas 
características econômicas de predomínio da propriedade familiar e da policultura, pois 
um número reduzido de trabalhadores rurais acabava migrando para as áreas urbanas. 
• A região Nordeste é a que apresenta hoje a menor taxa de urbanização no Brasil. Essa 
fraca urbanização está apoiada no fato de que dessa região partiram várias correntes 
migratórias para o restante do país e, além disso, o pequeno desenvolvimento 
econômico das cidades nordestinas não era capaz de atrair a sua própria população 
rural. 
• Até a década de 1960 a Região Norte era a segunda mais urbanizada do país, porém a 
concentração da economia do país no Sudeste e o fluxo de migrantes dessa para outras 
regiões, fez com que o crescimento relativo da população urbana regional diminuísse. 
O crescimento acelerado de algumas cidades brasileiras as distinguiu das demais pelo tamanho 
da população e, sobretudo, por sua influência sobre as cidades vizinhas e o resto do país. Esse 
processo aconteceu em várias localidades e é chamado de metropolização. 
• Metrópole: Cidade grande em dimensões territoriais e populacionais e com relevante 
influência econômica, jurídica, administrativa, cultural e política dos centros urbanos. 
A principal metrópole brasileira é São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, e 
Brasília também ocupam o posto de metrópoles no País. Em outros países, os exemplos mais 
conhecidos são: Tóquio, Nova Iorque, Cidade do México, Paris e Londres. 
• Região Metropolitana: Região metropolitana é o conjunto de diferentes municípios 
próximos e interligados entre si. 
• Conurbação: Encontro limítrofe entre duas ou mais cidades, que ocorre por meio de um 
significativo e acelerado crescimento urbano. 
No Brasil, as Unidades da Federação definem por lei as regiões metropolitanas. Cabe ao governo 
estadual organizar o planejamento conjunto dos municípios da região metropolitana, o que 
pode ser muito mais eficiente. 
Atualmente há 66 regiões metropolitanas no Brasil. Nesse conjunto de regiões metropolitanas, 
encontra-se quase 40% do total da população brasileira, com mais de 77 milhões de pessoas. É 
a área mais influente do país, com ampla diversidade de atividades econômicas. 
• Megalópole: Conglomerado de cidades que resultou do crescimento e da união de todas 
elas, junção de cidades conturbadas, a aglomeração de várias metrópoles. 
No Brasil, muitos pesquisadores afirmam que as duas maiores regiões metropolitanas do país, 
São Paulo e Rio de Janeiro, estariam no processo de formação de uma megalópole. Ela poderia 
envolver outras grandes regiões metropolitanas paulistas, como as de Campinas, do Vale do 
Paraíba, de Sorocaba e da Baixada Santista. 
 
 
• Megacidade: Municípios com mais de 10 milhões de habitantes são chamados de 
megacidades, sendo assim, São Paulo é a única megacidade do Brasil; 
Existem várias vantagens e desvantagens em viver nas áreas metropolitanas, sendo as principais 
qualidades a disponibilidade de uma vasta opção de serviços públicos e particulares de 
transporte para as diferentes zonas da região, o amplo mercado de trabalho e a grande 
infraestrutura de serviços, sejam pagos ou gratuitos. 
Por outro lado, a poluição, o elevado custo de vida, os engarrafamentos (devido ao grande 
número de veículos) e o alto índice de criminalidade são algumas das principais desvantagens 
das regiões metropolitanas. 
A Hierarquia Urbana é um modelo hierárquico entre as cidades e está dividido em diferentes 
níveis. 
Ela determina a estrutura econômica em diversas escalas de organização (e posições), o que cria 
uma rede de ligações e influências entre os centros urbanos do mundo (pequenas, médias e 
grandes cidades). 
Portanto, a grande cidade exerce grande influência econômica sobre as médias e pequenas. E, 
as cidades médias, influenciam as pequenas. Essas relações criam uma cadeia que 
consequentemente resultam na rede urbana (infraestrutura, transportes, comunicação, etc.) 
• Rede urbana: Conjunto de cidades ou centros urbanos que estão articulados 
territorialmente e que estabelecem diferentes relações entre si, a partir dos fluxos de 
pessoas, mercadorias, capitais e informações. 
• Conurbação e Hierarquia Urbana: Vale lembrar que o processo de conurbação 
determina a união de duas (ou mais cidades) que, com o passar do tempo, cresceram 
tanto que acabaram se ligando. Ou seja, quando a conurbação ocorre fica difícil analisar 
os limites de cada município. Esse processo está intimamente relacionado com a 
hierarquia urbana posto que determina as relações econômicas de interdependência 
entre os municípios que se conurbam. 
• Região Metropolitana e Hierarquia Urbana: A região metropolitana compreende um 
conjunto de cidades que, pelo processo de conurbação, acabaram ficando interligadas. 
Nesse caso, podemos citar a cidade de São Paulo, que conta com uma grande região 
metropolitana, com a inclusão das cidades satélites: Osasco, São Bernardo do Campo, 
Guarulhos. A relação estabelecida entre as cidades que compõem as regiões 
metropolitanas é organizada através da hierarquia urbana, ou seja, a grande cidade 
exerce forte influência econômica e social sobre as menores. 
• Cidade Global e Hierarquia Urbana: As cidades globais é uma das categorias de 
hierarquia urbana representada pelosgrandes centros urbanos que possuem elevada 
importância econômica mundial e índice demográfico. Já as megacidades são aquelas 
cidades globais que apresentam mais de 10 milhões de habitantes. No Brasil, as cidades 
globais mais importantes são: Rio de Janeiro e São Paulo. Pelo mundo, alguns exemplos 
de cidades globais são: Londres, Paris, Nova York, Tóquio, Berlim, dentre outras. 
 
 
A Hierarquia urbana no Brasil leva em conta a classificação proposta pelo IBGE. Da mesma 
maneira, a hierarquia urbana mundial está relacionada com a rede complexa de 
interdependência entre as cidades que compõem uma Nação. 
No entanto, alguns locais do mundo apresentam outros tipos de classificação quanto a escala 
de hierarquia, como em Portugal, donde a hierarquia urbana é apresentada pela escala 
crescente: Metrópole Nacional, Metrópole Regional, Centro Regional, Centro Local e as Vilas. 
Após os anos 1980, uma severa crise no setor industrial no Brasil, conduziu a um processo 
relativo de desmetropolização da economia. Cidades de pequeno e médio porte passaram a 
atrair empresas com incentivos fiscais e infraestrutura eficiente para o escoamento da 
produção. Isso causou o deslocamento de inúmeras pessoas das grandes cidades para esses 
novos polos de produção. 
Suas causas são o alto custo da produção nas metrópoles, a busca por melhor qualidade de vida 
e empregos e a migração de empresas para as cidades. 
O processo de urbanização, além de ocorrer de forma desigual, não só no Brasil, mas em diversas 
partes do mundo, dá-se de forma desordenada, apontando então a falta de planejamento. Isso 
acarreta diversos problemas urbanos de ordem social e ambiental. São alguns deles: 
• Favelização: A falta de planejamento e de políticas públicas faz com que muitas pessoas 
(ao dirigirem-se às cidades e não encontrar locais para abrigarem-se) ocupem áreas 
terrenas, muitas vezes em áreas de risco. A favelização é uma consequência do inchaço 
urbano e da ocupação desordenada das cidades. 
• Excesso de lixo: O aumento do número de habitantes nas grandes cidades fez com que 
houvesse maior produção de lixo, que, por vezes, é descartado de maneira incorreta, 
provocando outros problemas urbanos e também problemas ambientais. Segundo o 
IBGE, no Brasil, cerca de 50% do lixo gerado é depositado em locais incorretos, a céu 
aberto. 
• Poluição: A questão da poluição pode ter diversas naturezas. As grandes cidades 
concentram, além de um elevado número de habitantes, também um grande número 
de indústrias e automóveis, que, diariamente, emitem diversos gases poluentes à 
atmosfera, causando poluição do ar. A poluição sonora e visual também é um grande 
problema vivido nos centros urbanos, comprometendo o bem-estar da população. 
• Violência: Processos como a marginalização da população por meio da favelização ou da 
ocupação desordenada contribuem para o aumento da violência. O inchaço das cidades 
associado à incapacidade de abrigar toda a população, às condições insalubres de 
moradia e à falta de políticas públicas que atendam essa parcela da população tem como 
consequência direta o aumento da criminalidade. 
• Inundações: O processo de urbanização está atrelado a diversas questões, como o 
aumento da produção de lixo associado à impermeabilização do solo. O asfaltamento 
das cidades e o mau planejamento prejudicam o escoamento das águas, provocando 
inundações. 
 
 
• Segregação espacial: Quando há uma grande quantidade de pessoas que migram para 
a cidade, é natural que os imóveis em locais mais centrais se tornem mais caros. Com 
isso, as pessoas mais pobres acabam ocupando áreas mais periféricas das cidades. 
Nestas áreas pode faltar o básico, como transportes, rede de saneamento, coleta de lixo 
e vivem em moradias precárias. 
• lhas de Calor: Caracterizado principalmente pelas inúmeras construções que impedem 
a circulação dos ventos assim como a poluição atmosférica por excesso de veículos 
(emissão de gases poluentes), a liberação de calor em processos industriais e a 
diminuição da cobertura vegetal, que diminui a absorção de calor são ações humanas 
que impactam o microclima. 
• Gentrificação: É um processo de transformação de centros urbanos através da mudança 
dos grupos sociais ali existentes, onde sai a comunidade de baixa renda e entram 
moradores das camadas mais ricas. 
• Macrocefalia Urbana: Fenômeno que consiste na existência de uma rede de centros 
urbanos muito desequilibrada em quantidade de população, em países, estados ou 
regiões. Ou seja, uma rede onde há grandes cidades e faltam cidades de média 
dimensão. CRESCIMENTO ACELERADO E DESORGANIZADO.. FALTA INFRAESTRUTURA 
NAS CIDADES. 
A urbanização que ocorreu nos países desenvolvidos foi gradativa. As cidades foram se 
estruturando sem pressa para absorver os migrantes, tendo melhorias na infraestrutura urbana 
- moradia, água, esgoto, luz, etc - e aumento de geração de empregos. 
Deste modo, os problemas urbanos não se multiplicaram tanto como nos países 
subdesenvolvidos. Além disso, pelo fato de gradualmente haver um aumento nos fluxos de 
mercadorias e pessoas, o processo de industrialização foi também se descentralizando 
geograficamente. Como resultado, há nos países desenvolvidos uma densa e articulada rede de 
cidades. 
O crescimento das cidades foi, além de muito concentrado espacialmente, rápido e caótico. A 
consequência foi uma série de problemas prontamente percebidos na paisagem urbana desses 
países. 
O crescimento rápido de algumas cidades, que acaba culminando no fenômeno da 
metropolização, é resultado da incapacidade de criação de empregos na zona rural, em cidades 
pequenas e médias, o que acaba forçando o deslocamento das pessoas para as cidades que 
polarizam a economia de cada país. Acrescentando a isso o fato de que a maioria dos países 
subdesenvolvidos, com raras exceções, apresentam altas taxas de natalidade, e assim alto 
crescimento demográfico, formando desta forma o quadro que explica o rápido crescimento das 
metrópoles no mundo subdesenvolvido. 
 
 
 
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ANA BEATRIZ TELES 
FILO AMADA 
SE FOR REPOSTAR, COLOQUE OS MEUS CRÉDITOS, BONS ESTUDOS!!! =) 
 
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