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UNIDADE 1. OLÁ! 
Você está na unidade Planejamento e Orçamento de Obras. Conheça aqui 
como é feito o planejamento para obras da construção civil de reformas 
pequenas e entenda quais parâmetros devem ser considerados no planejamento 
e na execução desse tipo de empreendimento. 
Aprenda ainda técnicas fundamentais relacionadas às fases de elaboração de 
projeto e execução e conheça algumas das principais ferramentas para se 
elaborar um orçamento que fornecerá as principais chaves para custear uma 
obra de reforma. 
 
 
Bons estudos! 
1. Introdução 
No contexto mais geral da construção civil, planejar atividades e custos e 
estabelecer objetivos e traçar metas são pontos cruciais para a continuidade de 
uma empresa se manter competitiva e atuante no mercado. E, quando falamos 
sobre obras de interiores, o cenário não se modifica. Numa obra, seja ela de 
grande ou pequeno porte, o planejamento prévio das atividades e dos custos 
que ela demandará é uma etapa fundamental. 
Quando da inexistência de planejamento de ações e da previsão de 
monitoramento dos e avaliação dos custos, um empreendimento pode até 
demonstrar bom funcionamento e obtenção de lucros. Isso acontece pelo fato de 
que, se uma obra ou empresa não possui discussões, quantificação de 
investimentos prévios e definição do que se almeja obter de resultado final, não 
existirão parâmetros para se analisar se os resultados são positivos. Ou seja, 
não haverá uma métrica para análise e comparação de resultados. 
Cimino (1987) diz que o planejamento visa organizar o trabalho e procura 
sempre utilizar, de forma racional e econômica, a mão de obra associada aos 
equipamentos e materiais de construção, o que acaba por assegurar o bom 
desempenho na execução das atividades. 
Já que o planejamento não é assunto exclusivo do âmbito de projetos e obras, 
muitos métodos e tecnologias já foram desenvolvidos em prol da otimização 
dessa atividade e outros novos surgem a todo momento. Neste sentido, existem 
diversas ferramentas que são utilizadas por profissionais de diferentes áreas 
referentes a projetos e obras, principalmente gestores. Quanto mais tempo 
dedicado às decisões tomadas, mais garantia de qualidade e seriedade no 
desenvolvimento do empreendimento. 
 
 
Clique para abrir a imagem no tamanho original 
Figura 1 - Planejamento de obrasFonte: Natee Meepian, Shutterstock (2020) 
#PraCegoVer: A imagem mostra dois homens analisando um projeto em frente 
a uma mesa com um notebook, dois capacetes de obra, um nível de obra, trena, 
papeis e celular. 
 
Nas obras de construção civil, o planejamento de todo o processo, na maioria 
das vezes, considera seu início desde as reuniões e predefinições de projeto, 
passando por projetos complementares, e finaliza na entrega da obra e, em 
alguns casos, na Avaliação de Pós-Ocupação (APO). 
O planejamento pode ser de curto, médio e longo prazo: 
Planejamento de longo prazo 
Considera um período de aproximadamente cinco 
anos, como é o caso de obras de maior dimensão, 
como edifícios, pontes, estradas, etc. 
Planejamento de médio prazo 
Considera um período de aproximadamente um ano. 
Planejamento de curto prazo 
Envolve as frações do ano (meses, trimestres ou 
semanas). 
1.1 Planejamento de obras 
Empresas, de um modo geral, não funcionariam de maneira racional se 
simplesmente expressassem seus objetivos de forma apensa qualitativa. Os 
compromissos de um empreendimento devem estar descritos de forma clara e 
precisa, por meio de metas quantificadas e formalizadas. 
O controle de gestão sempre existiu, ainda que de maneira mais intuitiva e 
informal, mas esse ramo de estudo atingiu níveis mais elaborados de operar e 
faz parte da rotina de toda empresa que visa organização e crescimento 
constante. Aliás, essa é também uma forma de lidar com crises e baixas do 
mercado sem sair com danos irreparáveis. 
Portanto, está claro que um gestor, atualmente, não pode se deixar guiar 
apenas pela intuição para dirigir sua obra ou empreendimento. Portanto, deve 
ter em mente alguns assuntos a se refletir durante as tomadas de decisão. 
Ambiente de negócios, inovações, transformações, flexibilidade organizacional, 
estratégia e tecnologia são alguns deles. Assim, fica claro que o planejamento 
de obras não deve estar pautado em suposições sem fundamentação, mas sim 
na avaliação de na discussão de fatores relativos, seguidos de decisões precisas 
e bem calculadas. 
Em uma obra, o planejamento é a função que apoia a coordenação de diversas 
atividades de acordo com um plano de execução, a fim de se otimizar o alcance 
de seus objetivos, prever riscos e organizar ações com racionalidade, economia 
e eficácia. Para Laufer e Tucker (1987 apud SANTOS; MENDES, 2001, p. 2), 
“planejamento pode ser definido como processo de tomada de decisão realizado 
para antecipar uma desejada ação futura, utilizando meios eficazes para 
concretizá-la”. Assim, esse tipo de planejamento conta com a definição das 
atividades que serão desenvolvidas, por quem, quando e como ela será 
executada, e quando será concluída, além de determinar os sistemas 
construtivos adotados e definir os recursos que serão utilizados. 
Por fim, o planejamento de obra é importante em vários níveis de análise do 
processo e é fundamental para o sucesso do empreendimento, principalmente 
em momentos em que recursos estão escassos. Ele orienta o funcionamento da 
obra e é utilizado desde fechamento de contratos até para orientações técnicas 
e aquisições de materiais e possibilita a antecipação de decisões de longo prazo, 
a fim de se atingir certo objetivo. 
Possui todas as inúmeras atividades que fazem parte de um processo 
demonstradas e pensadas de forma integrada e, sem ele, essas ações tendem 
a se isolar, ainda que sejam interdependentes, comprometendo o andar da 
construção como um todo e, principalmente, os resultados finais em termos 
financeiros e de qualidade de entrega. 
1.2 Orçamento 
Um dos itens de grande relevância do planejamento de obras são os custos. É 
por meio do orçamento da obra que se deduz qual será o valor total necessário 
para sua execução sem prejuízos ou necessidades de interrupções no processo 
devido à falta de recursos. 
O orçamento é uma forma de se exprimir quantitativamente o que foi planejado 
para determinado serviço. Constitui um instrumento de decisão quanto que 
deverá, ou não, ser realizado, o que será empregado para sua realização e como 
as atividades deverão ser organizadas. Permite a visualização antecipada de 
orçamentos, assim como a constante confrontação quanto aos resultados. Por 
exemplo, se uma obra começa a ultrapassar o limite de gastos antes do tempo 
previsto, é possível analisar o porquê desse comportamento e como ele pode 
ser revertido. Na falta do acompanhamento e da existência do orçamento prévio, 
essa percepção somente acontecerá quando os recursos já serão escassos para 
a continuidade do empreendimento. 
Quando na definição de custos relatados no orçamento de obras deve-se 
considerar imprevistos e fatores que tendem a demonstrar comportamento 
variável no decorrer da execução. É necessário incluir no documento possíveis 
ocorrências que vêm a interferir nos valores totais de investimento e, ao final, 
definir uma margem de erro no custo final. Porcentagens de valores são 
adicionadas ao custo final. 
2. Diretrizes de planejamento 
Diretrizes de planejamento são aspectos que devem direcionar a tomada de 
decisões de uma empresa ou um empreendimento específico. Quando existe um 
consenso comum para gerir e tomar decisões, diz-se que o programa conta com 
uma política de gestão. 
Neste sentido, alguns processos primordiais fazem parte do planejamento total 
de uma obra: 
 Processo de inicialização 
A inicialização nada mais é do que os primeiros momentos de 
idealização do projeto. Nesse momento serão feitos os 
primeiros contatos, contratos serão fechas e compromissos 
para a execução do projeto serão firmados. Nesse momento o 
que conta é qual anecessidade a ser suprida, ou seja, o que 
exatamente será feito, quais os recursos disponíveis, qual o 
limite de tempo disponível, enfim, tudo que se deseja e se 
espera do empreendimento. 
 Processo de planejamento 
O planejamento irá considerar o que foi tratado e informado no 
processo de inicialização. Nesse momento, são abordadas 
estratégias para a execução do projeto. Se considerarmos o 
projeto de reforma de um apartamento, com o projeto executivo 
em mãos, projetos complementares, o valor limite a ser 
utilizado para cobrir os custos totais e o limite de tempo, por 
exemplo, é possível analisar e definir o que e como pode ser 
executado. De forma geral, é no planejamento que se organiza, 
analisa e define todas as ações que serão executadas ao longo 
dos demais processos. 
 Processo de execução 
A execução, como o próprio nome já enuncia, diz respeito à 
concretização das ações definidas no planejamento. Na 
execução, todos os colaboradores são contratados, os 
recursos, disponibilizados e as ações são colocadas em 
prática, até que seja finalizada e, para tanto, esse é o momento 
em que se mais se estabelece a coordenação de pessoas e de 
outros recursos. O planejamento é elaborado para que se 
minimize as incertezas e os erros durante a execução da obra, 
mas, como os fatores aqui envolvidos são, em grande parte, 
relativos a recursos humanos e fornecimento externo, a 
execução acaba por não atender à risca o que foi definido no 
planejamento e essas variações devem ser levadas em conta. 
 Processo de controle 
Como já mencionado, a execução de uma obra está passível 
de mudanças e readequações no decorrer do tempo. Portanto, 
fazendo uso ativo do planejamento previamente elaborado, é 
necessário que haja o acompanhamento da obra para 
supervisão e análise das ações descritas. Caso alguma 
atividade não aconteça no prazo previsto, uma atualização no 
prazo de atividade dependentes desta deve ser informada. O 
controle nesse tipo de processo aborda monitoração, medição 
e ações corretivas, para que seja possível perceber o quanto 
antes o que não saiu como previsto e para que medidas sejam 
tomadas para minimizar o impacto no resultado final da obra. 
Vale ressaltar aqui que os processos de planejamento, de 
execução e controle comunicam-se entre si, portanto, devem 
ser flexíveis e, dessa forma, passíveis de modificação um em 
relação aos outros. 
 Processo de encerramento 
O final da obra não consiste apenas no encerramento dos 
serviços no canteiro, mas, sim, na aceitação formal do produto 
pelos clientes e consequente finalização total do 
empreendimento. Muitas vezes, detalhes de obra que não são 
notados em uma vistoria final, são percebidos logo nos 
primeiros momentos de utilização. Assim, a realização da 
avaliação pós ocupação também faz compõe esse processo de 
aceitação final da obra ou produto. As diretrizes apresentadas 
discorrem de maneira sucinta e global o que deve orientar as 
fases de todo o processo, para que haja um entendimento mais 
global sobre o assunto antes de aprofundarmos em cada um 
deles. 
3. Fases do projeto e da obra 
Todo projeto se inicia com uma reunião entre profissionais e clientes a fim de se 
coletar todas as informações necessárias para a elaboração do projeto. Nessa 
primeira reunião é elaborado o “briefing”, que consiste em uma entrevista onde 
são perguntadas ao cliente sobre que se deseja atingir com o projeto. Também 
são coletados nesse momento documentos referentes ao imóvel e projetos 
existentes (em caso de reformas), sejam eles arquitetônicos, estruturais, 
elétricos, hidráulicos etc. 
 
 
Clique para abrir a imagem no tamanho original 
Figura 2 - Fases do projeto e da obraFonte: Loco, Shutterstock (2020). 
#PraCegoVer: A imagem mostra um desenho técnico de projeto executivo e 
equipamentos de proteção para operários. 
 
Quanto mais informações forem obtidas nesse momento, mais assertivo serão 
os primeiros estudos de projeto. Na falta de informações obtidas pelo cliente ou 
proprietário, consultas ao órgão público, como o setor de projetos de uma 
prefeitura, podem ser o caminho para se chegar a documentos existentes do 
edifício ou do lote. 
FIQUE DE OLHO 
Se, depois de buscar com o cliente ou nos órgãos públicos ainda não foi 
verificada a existência de projetos complementares da obra pré-existente, uma 
inspeção quanto a estruturas não visíveis deve ser realizada antes que se inicie 
o projeto. Geralmente, trabalhadores do setor da construção civil realizam essa 
inspeção e, acompanhados dos projetistas, identificam a existência de 
estruturas metálicas, dutos de instalações elétricas e equipamentos hidráulicos. 
Tipos de vedações e coberturas também podem ser verificadas nesse 
momento. A importância dessa verificação prévia consiste em se evitar 
surpresas durante a execução como canos estourados, estruturas abaladas ou 
até mesmo desastres com que afetam as pessoas presentes no momento. 
Essas informações serão consideradas em todos os projetos que farão parte 
do processo e, portanto, são fundamentais. 
 
A partir dos primeiros encontros é possível estabelecer algumas fases para o 
desenvolvimento do projeto. Já é possível, por exemplo, fazer a elaboração do 
chamado programa de necessidades. Nesses encontros, como foi dito, são 
fornecidas informações quanto ao que se deseja ou necessita realizar. O 
programa de necessidades consiste na relação de ambientes que serão 
projetados, suas especificações e pré-dimensionamentos. O seu 
desenvolvimento permite a quantificação inicial da área mínima necessária à 
demanda identificada, ou seja, no desenvolvimento do desenho do projeto, já se 
saberá qual o espaço mínimo deve ser adotado para cada ambiente. Dessa 
forma, podemos antever a metragem total que a obra tende a atingir e calcular 
se os custos, de um modo geral, estão dentro do orçamento disponível. Assim, 
já nesse momento, podem haver readequações no programa. 
Depois disso, a visita ao local é fundamental para se efetuar levantamentos 
como medições, registros fotográficos, análises de estrutura, áreas mais 
comprometidas, patologias existentes, vistas do local e o simples entendimento 
quanto ao contexto e características de uso do local onde será desenvolvido o 
projeto. Muitas vezes é necessário retornar ao local algumas vezes para 
verificação de medidas ou detalhes que não foram relevantes na primeira vez. 
Também é um momento no qual pode-se verificar a orientação da luz solar e 
como ela incide sobre o imóvel, assim como as direções principais das correntes 
de vento. 
Em seguida, o estudo de viabilidade permite que, após a realização dos 
levantamentos, seja efetuado um estudo para se avaliar as possibilidades do 
projeto. Por meio de normas pode-se conferir regras de recuos, área máxima 
construída, quantidade e dimensão de aberturas, entres outros parâmetros 
construtivos. O Plano Diretor e o Código de Obras são dois dos principais 
documentos que estabelecem regras gerais normalizadoras da construção civil 
de um munícipio, estabelecendo área máxima construída, dimensões mínimas 
de ambientes e várias outras questões que devem ser consideradas antes do 
início do projeto. Condomínios, tanto horizontais, quanto verticais, também 
possuem suas próprias normas, que orientam as construções executadas ali, 
determinando até mesmo horários de entrada e saída de materiais, por exemplo, 
permitem ou não a remoção de paredes, a troca de revestimentos etc. Tendo 
ciência dos desejos do cliente, é possível averiguar se existe permissão para tais 
modificações, ampliações ou construção, antes de seguir com um projeto que 
poderia vir a ser descartado ao final do processo por alguma inviabilidade 
normativa. 
O estudo preliminar é o momento onde se dá vazão a toda criatividade e 
quando se faz uso da bagagem de conhecimento de cada profissional. Todas as 
informações coletadas, analisadas e avaliadas servem como partida e 
direcionamento na criação, limitando algumas ideias e dando origema outras. 
Partido e conceitos arquitetônicos podem ser definidos nessa fase, assim como 
a elaboração de fluxogramas, organogramas e plano de massas que são modos 
de se tomar decisões mais gerais em relação ao projeto. Aqui se faz uso de 
ferramentas para expressar essas primeiras ideias, como o desenho de croquis, 
que são desenhos rápidos e sem muita precisão técnica, perspectivas de estudo 
volumétrico, maquetes virtuais (3D) e demais possibilidades de se colocar no 
papel ou na tela do computador o que está sendo idealizando nesse ponto de 
partida. No mercado, existem diversas ferramentas disponíveis para esse tipo de 
atividade e uma delas, que se enquadra muito bem na fase de estudo 
preliminares, é o Sketchup. Esse software permite o desenvolvimento de 
maquetes 3D de maneira mais intuitiva e fluida, características favoráveis ao 
processo criativo. 
Nesse momento, o conceito e os desenhos do projeto já estão bem definidos, 
então parte-se para um aprofundamento que definirá aspectos mais técnicos e 
viabilidade construtiva. A fase do chamado anteprojeto permite a elaboração do 
projeto executivo, possui especificações como medidas de ambientes e cotas 
gerais, propostas de materiais a serem utilizados e, por isso, contém em seu 
escopo mínimo: 
 
Plantas baixas (com as especificações de cada ambiente); 
Plantas de cobertura; 
Cortes transversais e longitudinais; 
Fachadas (frontais, laterais e de fundo); 
Planta de localização do terreno (também chamada de locação); 
Planta de situação (localização do terreno no contexto urbano); 
Perspectivas 3D. 
 
 
Esse é também o último momento no qual serão feitas modificações no projeto, 
já que as próximas etapas são mais burocráticas e mudanças podem acarretar 
prejuízos de tempo e financeiros. Portanto, é nessa fase que projetos 
complementares como projetos estrutural, hidrossanitário e elétrico devem ser 
contratados, já que esses projetos podem demandar modificações na proposta 
devido a questões técnicas. É importante deixar claro ao cliente que sugestões 
e desejos de modificações devem acontecer até esse momento. 
Então, o projeto legal ou de aprovação deve conter quase todas as 
informações contidas no Anteprojeto e é um documento que será enviado para 
os órgãos exigidos para cada natureza de obra. Projetos de construção são 
geralmente enviados à Prefeitura Municipal para ser avaliado e alguns devem 
passar por outros órgãos, como Vigilância Sanitária e Corpo de Bombeiros, por 
exemplo. Essa fase do projeto possui peculiaridades locais, portanto, deve-se 
buscar informações na cidade onde a obra será efetuada para que o serviço 
executado esteja dentro das normas vigentes, se risco de problemas futuros por 
falta de adequação às leis ou de alguma documentação necessária. No caso de 
projetos de interiores, em muitas localidades, é exigida apenas o Registro de 
Responsabilidade Técnica (RRT) do profissional habilitado responsável pelo 
projeto e pela execução e acompanhamento da obra. 
Por fim, o projeto executivo documenta todas as informações necessárias e 
fundamentais a execução da obra. Nele estão contidos todos os elementos do 
anteprojeto acompanhado de dimensões, cotas, detalhes construtivos, 
indicações de tipo de material, especificações quanto a aplicação desses 
materiais, especificações de portas, esquadrias, tipos de acabamento etc. esse 
material é enviado ao mestre de obras ou demais executores da obra e são 
documentos que garantem a fidelidade do objeto construído ao projeto 
idealizado. Por isso, é importante que seja bastante detalhado e que passe por 
revisões de correção e adequação ao longo da obra, quando necessário. 
Vale ressaltar que, apesar de existirem diversos métodos de processo projetual 
que podem ser utilizados, cada empresa ou profissional acaba desenvolvendo 
métodos próprios que variam também em relação ao tipo de projeto 
desenvolvido. 
3.2 Fases da obra 
Uma vez que todas as fases do projeto foram finalizadas, com o projeto executivo 
em mão, pode-se dar início à execução da obra. É importante que nesse 
momento haja reuniões de alinhamento para discussão, análise e entendimento 
do projeto com o responsável pela obra, ou seja, o mestre de obras, e demais 
profissionais de outras áreas que farão parte do empreendimento. Antes que a 
obra seja realmente iniciada, é importante se planejar como as ações ocorrerão 
desse momento em diante, assim, um roteiro básico para o planejamento de 
obra pode ser feito da seguinte forma: 
1 
Coleta de documentos e informações de clientes e 
profissionais contratados; 
2 
Reunião com os envolvidos; 
3 
Levantamento dos quantitativos dos serviços; 
4 
Estabelecimento de prazos e metas; 
5 
Elaboração do cronograma físico/ financeiro; 
6 
Estabelecimento das diretrizes para 
acompanhamento e controle. 
 
O planejamento da obra tem a finalidade de reduzir custos e a duração da 
execução com um todo, minimizando incertezas e surpresas que pode acometer 
a obra em meio ao seu funcionamento. Tem por objetivo agrupar todas as ações 
e recursos e preparar soluções aos problemas constritivos. 
As atividades que constam no planejamento de obras devem ser relacionadas e 
suas interdependências, identificadas. Atividades demonstradas isoladamente 
dificultam a execução da obra e, por isso, o planejador deve pensa-las de 
maneira integrada, antecipando o que deve ser iniciado com antecedência, qual 
ação vai depender da finalização de outra e assim por diante. Essa organização 
vai facilitar também para que a compra e entrega de materiais ocorram na data 
mais apropriada e não seja necessário estocar no canteiro de obras produtos 
que não serão utilizados de imediato. 
O fluxo de ocorrência das atividades não é linear, já que nem todas demonstram 
ser interdependentes. Sendo assim, alguma podem ter seu início em datas 
comuns e serão relacionadas somente no meio ou ao final do processo. Existem 
no mercado, softwares que auxiliam esse planejamento e isso será apresentado 
no próximo tópico. 
As fases que compõem uma obra não são fixas, de fato. Há diferentes métodos 
para diferentes tipos de empreendimentos, não sendo única a forma como se 
desenvolve uma obra. Mas, para fins de conceitos gerais, destinados 
principalmente a obras de projetos de interiores, as fases a seguir descritas 
podem ser empregadas nas obras sem receio de prejuízos. Lembre-se sempre 
que, antes de começar qualquer obra, o projeto deve ser o pronto de partida, 
com todas as etapas demonstradas anteriormente já cumpridas é que podemos 
dar início a obra. 
 1º passo: demolições 
Como um projeto de interior é desenvolvido em um imóvel existente, é 
muito comum que o projeto demande demolições no local. Podem ser 
paredes que não farão parte do novo projeto ou cortes que serão 
necessários para receber novas instalações. Instalações elétricas por 
exemplo, precisam de rasgos onde passarão conduítes e serão instaladas 
novas caixas para tomadas e interruptores. Cortes para equipamentos 
hidráulicos, quando necessários, feitos no contrapiso e nas paredes, para 
cubas, torneiras e vasos sanitários. Cortes para nichos devem prever a 
espessura da parede existente e, para instalações de ar condicionados, é 
necessário averiguar se a tensão elétrica do local suporta tal demanda. A 
fase de demolições gera bastante resíduo e, por esse motivo, um serviço 
de caçambas deve ser contratado para que o entulho seja destinado ao 
local mais adequado e não nas vias públicas ou dentro do imóvel, 
podendo comprometer o rendimento dos trabalhos na obra. 
 2º passo: elétrica, hidráulica, iluminação, ar condicionado e 
estruturas de drywall 
Nessa fase serão instaladas todo o tipo de infraestrutura necessária. 
Instalação dos conduítes de cabeamentos elétricos, caixas de tomada e 
para interruptores, adequações elétricas para iluminação, instalações de 
infraestrutura para equipamentos hidráulicos, como conexões, tubos, 
válvulas, registros etc, e tubulação de ar condicionado. Nesse momentodevem ser executadas as estruturas das paredes de drywall, caso elas 
façam parte do projeto, pois toda a infraestrutura mencionada acima 
deverá passar por dentro dessas paredes. 
 3º passo: civil, massa, gesso e forro 
Todos os rasgos feitos para receber infraestrutura, paredes que serão 
construídas, vedações de gesso, amassamentos e lixamentos das 
paredes devem ser feitos nessa fase da obra. A estruturas de drywall já 
estrão prontas e aptas a serem vedadas. Nesse momento também serão 
instalados os forros nos ambientes que não receberão novos 
revestimento nas paredes, já que o forro deve ser instalado por cima do 
revestimento pronto. Nos ambientes em que só será feita a pintura, essa 
é a hora de instalar e dar os acabamentos necessários do forro. 
 4º passo: acabamentos 
Na fase de acabamentos o pintor entra em cena para passar seladoras 
nas novas paredes e dar a primeira demão de pintura. Nesse momento, 
sucessivas camadas de massas e lixamentos serão necessárias até se 
obter a textura final das paredes, e depois disso, será aplicada a seladora. 
A pintura não deve ser finalizada nesse momento, já que algumas 
atividades que acontecerão ainda podem sujar ou danificar as paredes. 
Os ambientes que terão paredes e pisos revestidos com materiais frios, 
como cerâmica, porcelanatos ou outros tipos de revestimentos, como 
cozinhas, áreas de serviço e banheiros, podem receber a aplicação dos 
materiais nesse momento da obra. Se o piso utilizado for algum tipo de 
madeira que deverá ser lixada, ele também deve ser instalado nesse 
momento. 
 5º passo: forro e marmoraria 
Nos ambientes onde o forro ainda não foi instalado devido à existência de 
paredes revestidas, agora essa atividade já pode ser executada. O forro, 
quando instalado por cima do revestimento, garante um melhor 
acabamento e melhor a estética do ambiente. Peças provindas da 
marmoraria, como bancadas de cozinha e banheiro, nichos de parede, 
soleiras e baguetes, podem ser instaladas, portanto, considere agendar a 
entrega desses materiais durante a instalação do forro. 
 6º passo: furação para luminárias e rejuntes 
Antes que seja efetuada a pintura final, locais onde foram instalados 
novos forros e receberão luminárias, precisam ser furados ou rasgados. 
As luminárias ainda não serão instaladas, mas esse tipo de serviço 
costuma gerar poeira e alguma sujeira pode afetar tanto o forro quanto as 
paredes circundantes, por isso deve ser feito antes da pintura final. Nos 
ambientes onde foram assentados revestimentos, podem ser feitos agora 
o rejuntamento das superfícies, tanto de pisos quanto das paredes. 
Também é nesse memento que os pintores darão acabamentos com 
massa e lixa nas marcas que possam existir devido a rasgos efetuados 
nas paredes. 
 7º passo: piso 
Caso o piso utilizado no projeto seja vinílico ou algum outro material 
relativo a ele, é nessa fase que sua instalação deve ocorrer, quando todas 
as paredes já foram “masseadas” e já possuem uma demão de pintura. 
Isso acontece para se evitar o derramamento de massa no piso instalado 
ou para que se economize com proteções do mesmo. 
 8º passo: marcenaria, louças e metais 
Louças sanitárias, como vasos e cubas, e metais, que seriam as torneiras, 
as duchas e cubas da cozinha já podem ser instalados pelo encanador e 
fazem parte das ações finais da obra, assim como a marcenaria. O 
encanador deve realizar seu serviço antes que a marcenaria seja 
instalada, pois alguns mobiliários dificultam a instalação de sifões e 
demais peças que ficam no interior de armários e gabinetes. Para a 
instalação da marcenaria, também é necessário que eletrodomésticos 
que ficam embutidos nos móveis já estejam no local, como fornos elétrico 
e micro-ondas, que possuem um tampão frontal de acabamento e só 
podem ser executados com o aparelho dentro. Uma dica importante é não 
instalar corrediças de gavetas se algo ainda será lixado no ambiente, pois 
o pó provindo de lixamentos compromete o funcionamento dessas peças. 
 9º passo: rodapés, última demão de pintura e luminárias 
Os rodapés devem ser instalados somente depois que a marcenaria toda 
já foi instalada, pois ele deve respeitar os limites de todo o mobiliário 
planejado e fixo nos ambientes. A pintura já foi iniciada no decorrer da 
obra, mas após a instalação da marcenaria, a última demão deve 
acontecer, já que os serviços executados nesse tempo podem ter deixado 
marcos de mãos e de poeira e os acabamentos foram todos finalizados. 
Por último, devem ser instaladas as luminárias, para que elas não 
atrapalhem a pintura e também não tenham respingos ou borrões de tinta. 
 10º passo: faxina, recebimento de móveis, mudanças, análise pós 
ocupação 
Uma grande faxina precisa acontecer no imóvel antes de receber móveis 
novos e mudanças dos proprietários. Existem empresas especializadas 
nesse tipo de serviço, que é bastante minucioso, uma vez que o ambiente 
terá rastros de materiais como cimento, massas, rejuntes, gesso e demais 
produtos que foram utilizados ali e não são removidos com muita 
facilidade. É importante frisar para os clientes que móveis devem adentrar 
o ambiente somente ao final da obra, para que os mesmos não interfiram 
na logística diária dos serviços efetuado e também não corram o risco de 
serem danificados devido a eventuais acidentes. Depois de finalizada, a 
obra deve ser verificada e aceita pelos clientes e visitas efetuadas depois 
da ocupação podem ser úteis para sanas eventuais problemas verificados 
durantes a utilização diária do imóvel. 
 
As peças de marmorarias serão entregues no 5º passo (de forro e marmoraria), 
mas devem ter sido medidas e encomendas anteriormente, pois elas possuem 
prazos para serem executadas e, se forem encomendadas no momento de 
instalação, atrasos na obra podem acontecer. Um momento em que se pode 
efetuar as medições para essas peças é quando as paredes já estiverem 
prontas, ainda que sem piso executado. Nesse caso, é importante fornecer a 
espessura final do piso acabado, para que ela seja descontada na medida final 
da peça. Para cortes de bancada, por exemplo, também devem ser fornecidas 
medidas das cubas, torneiras, lixeiras e demais equipamentos que serão 
instaladas na peça. 
4. Orçamento para pequenas 
reformas 
Orçamento é o resultado de um processo de orçamentação. É, portanto, o 
documento final que se obtém ao final de um processo de busca e análise de 
custos para uma obra e representa quantitativamente. 
Existem diversas ferramentas que facilitam a orçamentação no ramo da 
construção civil, como tabelas que fornecem valores gerais de insumos ou 
softwares que auxiliam na organização, na quantificação e no processamento 
dos dados coletados. 
A Tabela de Composições de Preços e Orçamentos (TCPO) é um dos índices 
mais importantes da construção civil consiste numa base de dados que tem 
fornecido informações confiáveis a profissionais da área desde 1955. Sua versão 
final é produzida pela Pini, portal de notícias da construção que também realiza 
pesquisas quantitativas e qualitativas nesse ramo do mercado. 
 
 
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Figura 3 - Planilha orçamentáriaFonte: Rawpixel.com, Shutterstock (2020). 
#PraCegoVer: A imagem mostra um homem sentado em frente à tela de um 
computador analisando uma planilha com várias linha e colunas, composta por 
frases e números. 
 
Uma tabela também muito utilizada no orçamento de obras é a tabela SINAPI, 
sigla para Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção 
Civil. Essa tabela é mantida pela Caixa Econômica Federal e pelo IBGE, que 
informa os custos e índices da Construção Civil de cada região do Brasil e ela 
pode ser consultada nos sites da Caixa. 
Outra ferramenta existente é o CUB, ou Custo Unitário Básico, que consiste em 
um método paramétrico para se realizar o orçamento de uma obra. O cálculo do 
CUB é produzido pelas unidades regionais do SINDUSCON (Sindicato das 
Indústrias da Construção Civil) e seus valorespodem ser conferido mensalmente 
nos sites do sindicato. Por ser uma metodologia mais simplificada, o CUB traz 
maior incerteza em sua estimativa e, além disso, deve-se considerar que seus 
dados são para tipologias padrão de construção, e não para quaisquer projetos. 
Uma diversidade imensa de softwares está disponível no mercado e sua escolha 
depende muito do tipo e projeto que está sendo trabalhado e da preferência de 
cada profissional, mas de um modo geral, eles consistem em tabelas que 
facilitam o preenchimento e a sistematização de dados. Porém, a interpretação 
do orçamentista é fundamental para que os dados obtidos nesses programas 
tenham efeitos positivos no resultado observado na obra. 
4.1 Elaboração do orçamento 
O orçamento permite saber quanto será o custo total de uma obra, ajuda a 
programar os momentos que os gastos serão efetuados, facilita a alteração de 
materiais que caibam no orçamento limite que poderá der utilizado para o 
empreendimento. Dessa forma, devemos ter em mão documentos como 
projetos, memoriais descritivos e projetos executivos para que os dados 
levantados não sejam difiram da realidade. 
Informações de logística, transporte, concretagem (se existe a possibilidade de 
ser usinado ou se o concreto será produzido no local), custos direto e indiretos 
são algumas das informações q deverão ser levantadas em um orçamento. Em 
alguns edifícios, os materiais não podem ser levados pelo elevador por exemplo, 
portanto, a maneira como esses materiais serão conduzidos até o local, seja por 
força humana ou por equipamentos externos, deverá ser contabilizada no 
orçamento. Visitas prévias, atenção aos riscos, necessidade de estocagem de 
material, carga de edifícios, aluguel de caçambas e contêineres compõem uma 
gama de custos que não são tão óbvios assim, mas fazem diferença nos custos 
finais da obra. 
Uma reforma possui comportamento bastante diferente de uma obra total de 
construção e, dessa forma, seu orçamento também tem peculiaridades, portanto 
deve-se sempre considerar que, quando falamos em reformas, existem diversos 
detalhes que se referem aquele projeto ou edifício em especial e isso deve ser 
considerado na hora de se desenvolver o orçamento. A seguir, iremos estudar 
um passo a passo para se elaborar o orçamento de uma reforma de pequeno 
porte. 
Levantamento de quantitativos 
Essa etapa diz respeito ao levantamento de quantitativo de todas as etapas 
que serão executadas assim como dos materiais que serão utilizados. Devem 
estar relacionados todos os profissionais que serão contratados, serviços de 
terceiros ou empresas contratadas. Os materiais que serão utilizados podem 
ser quantificados a partir da análise do projeto executivo e do memorial 
descritivo da obra. Esses documentos contêm medidas e indicações de 
materiais, detalhes e especificações, portanto itens como estruturas, 
alvenarias, massas, piso, revestimentos de paredes, louças, metais, forros e 
instalações de infraestrutura podem ser quantificados para a realização do 
orçamento. 
Fazer as CPUs 
Esta é a sigla para Composição de Preços Unitários e consiste em uma tabela 
que sintetiza todos os insumos levantados no item anterior, com suas 
quantidades totais, custo unitário e custo total. Essa relação de custos pode ser 
feita através de softwares gratuitos ou, no caso de reformas pequenas, ele pode 
ser manual. 
 
Relacionar os custos indiretos 
São custos que não compõem o escopo de materiais que serão diretamente 
empregados na obra. Mão de obra indireta, equipamentos, máquinas, água, 
energia, transporte, telefone, aluguéis, alimentação etc. esses custos devem 
estar presentes no orçamento mesmo quando se demonstram irrisórios. 
 
Criar o roteiro de orçamento 
Agora é o momento de reunir todos CPUs, inserir custos indiretos e também os 
impostos que incidem sobre os serviços e encargos sociais sobre a mão de 
obra contratada. A soma de todos esses valores resultará no custo total de sua 
reforma. 
 
Inserir BDI 
Essa é a sigla para Bonificação de Despesas Indiretas. Essa etapa é para 
aqueles que irão se responsabilizar pela execução de toda a obra e consiste 
no lucro que será obtido com tal empreendimento. O valor do BDI pode ser 
contabilizado em porcentagens que possuem variações diversas e dependem 
do tipo de obra e de serviço oferecido. Por exemplo, se o profissional apenas 
acompanha a obra para checar se o projeto está sendo executado com 
fidelidade e qualidade, essa porcentagem pode ser menor quando comparada 
a serviços no qual o profissional se responsabilizará pelo gerenciamento de 
materiais e mão de obra, por exemplo. 
Ainda que não faça parte desse roteiro de elaboração do orçamento de obras, o 
controle orçamentário é item fundamental que faz valer a adequação dos gastos 
realizados em obra ao que foi planejado previamente. As datas de pagamentos, 
as adequações de gastos imprevistos ou qualquer outro custo adicional que 
eventualmente venha a ocorrer deve ser adicionado ao orçamento para se ter 
uma noção real do quanto está sendo investido na obra. 
Tanto o proprietário quanto o construtor, prudentes, não se limitam a arquivar os 
contratos uma vez assinados, pois tratam-se de documentos que devem estar sempre 
à mão na mesa do escritório, pois ajudam a estudar as causas de qualquer contratempo 
ou diferença e a remediá-los em contratos sucessivos. Com o tempo, chega-se a uma 
estrutura ou base de contrato inalterável, reforçada pela jurisprudência estabelecida 
(NEUFERT, 1976, s.p.). 
Por fim, vale ressaltar a importância de se laborar contratos de serviços e incluir 
o orçamento nesses documentos, assim como cláusulas que esclareçam a 
possibilidade de modificação em preços previamente tratados devido a 
imprevisibilidade com que contamos em uma reforma. 
 
	unidade 1. OLÁ!
	1. Introdução
	1.1 Planejamento de obras
	1.2 Orçamento
	2. Diretrizes de planejamento
	3. Fases do projeto e da obra
	3.2 Fases da obra
	4. Orçamento para pequenas reformas
	4.1 Elaboração do orçamento

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