Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL PARA AS ORGANIZAÇÕES Vanessa Ingrid Ferreira1 Lucia Maria Panezi Zimmermann2 RESUMO Com o atual cenário de competitividade e atualização contínua no mercado de trabalho, se faz presente a busca incessante para adequações nas organizações esquadrinhando o atendimento às novas exigências. Desse modo, ter profissionais capacitados e preparados, pode ser um vantajoso investimento e até mesmo um meio de sobrevivência. A capacitação profissional se faz essencial para desenvolver os melhores níveis de produtividade, visto isso, as organizações passaram a investir cada vez mais em programas de qualificação profissional. Sob essa perspectiva, o presente artigo busca expor a grande importância do conhecimento aprofundado sobre a capacitação profissional, bem como esmiuçar seus processos, objetivos e possíveis resultados. Palavras-chave: Capacitação profissional, Necessidades de treinamento, Objetivos da capacitação. 1 INTRODUÇÃO Este trabalho de conclusão de curso tem como propósito apresentar um estudo aprofundado sobre: Quais os impactos da capacitação profissional nas organizações para a produtividade de seus colaboradores, ao qual, com o atual cenário de competitividade presente no mercado de trabalho, as organizações buscam progressivamente um alto padrão de produtividade, com expressiva qualidade. “Em plena Era da Informação, na qual o conhecimento constitui a moeda mais valiosa dos negócios, as pessoas precisam aprender a aprender de forma contínua para dar conta do gap de conhecimento que avulta em muitas empresas.” (CHIAVENATO, 2016, pag. 1ª). 1 Aluno concluinte do curso de Bacharel em Administração da Universidade Estácio de Sá. 2 Professor (a) Orientador (a) do artigo da Universidade Estácio de Sá. 2 Essa concorrência, gerada pelas transformações econômicas, como a globalização, demanda profissionais adaptados e qualificados que possam contribuir produtivamente (ROCHA-VIDIGAL E VIDIGAL, 2012). Para isso, as organizações passaram a criar um diferencial competitivo: A capacitação profissional. Nesse sentido, as organizações buscam aprimorar as técnicas e o conhecimento para a capacitação profissional, por meio dos treinamentos. Embora a modernização tenha exigido um maior preparo dos atuais profissionais presentes no mercado de trabalho, muitas vezes é inviável a contratação desse público com competências específicas requeridas, o que impulsiona as corporações a investir em treinamento para desenvolvê-las. Para isso, torna-se necessário realizar uma análise de necessidades e carências presentes na organização, para que, somente assim, seja possível desenvolver um treinamento eficaz. Uma vez instituída, a capacitação profissional busca formar profissionais mais qualificados para o desenvolvimento das atividades impostas pela organização, o que gera um aumento na produtividade e, consequentemente, uma elevação dos lucros. Ainda, esse processo de aprendizado a curto prazo deve ser aplicado de forma sistemática e aplicada, com planejamento e objetivos definidos, a fim de completar, de forma eficiente, as lacunas presentes no âmbito organizacional (CHIAVENATO, 2009). Dessa forma, faz-se necessário que a capacitação profissional esteja focalizada em desenvolver superiores capacidades pessoais dos profissionais, com o objetivo de melhorar sua atuação na organização. Para o alcance deste contexto a metodologia aplicada neste artigo foi exploratória e descritiva com base em pesquisas atribuídas por intermédio de livros de autores consagrados, artigos científicos e revistas conceituadas, buscando informações qualitativas para um conhecimento aprofundado resultando em informações concretas sobre o assunto. Segundo (E.; BORGES, 2011) com os fenômenos como a globalização, novos modelos de gestão, e avanços tecnológicos, o mercado vem sofrendo uma imponente mutação, ganhando maiores dimensões e mais complexas, fazendo com que o trabalho seja o maior destaque na vida dos colaboradores por se tratar de uma necessidade básica. Com isso buscar e desenvolver estratégias e novos conhecimentos, bem como qualificar as informações se torna uma estratégia 3 primordial para as dificuldades que as empresas e trabalhadores encontram na atualidade. Para (CHIAVENATO, 2015) se trata de um fenômeno mundial amplo de rápidas e intensas modificações, independente se são países industrializados e desenvolvidos, as mudanças no mundo interno das empresas, são definitivas e irreversíveis de tal modo que impactam em mudanças extremas, traçando assim o rumo da era tecnológica e moderna, construindo e desenvolvendo empresas e trabalhadores de melhor qualidade. 2 A CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL NAS ORGANIZAÇÕES Segundo (WHITEHILL JR, 1995), o treinamento é um processo de aprendizagem que auxilia no desenvolvimento para o preparo exigido por cargos no ambiente organizacional. Para outros autores, como (WAITE, 1952), o treinamento é um recurso que busca nivelar conhecimentos intelectuais por meio da educação, além de adequar o profissional para desempenhar com qualidade as tarefas atribuídas ao cargo. A capacitação pessoal prove novos conhecimentos para o embate de situações cotidianas. De maneira geral é o modo de como as organizações preparam seus colaboradores para a realização autossuficientes de suas atividades. Segundo (CHIAVENATO, 2016), o treinamento de pessoal se refere a um processo educacional que visa a adaptar o interessado para o exercício de uma determinada função ou tarefa específica. Para (SILVA, ROSA, 2019) o processo de treinamento tem perspectiva temporal diferente do desenvolvimento, que apesar de estarem na mesma linha relacionado ao aprendizado das pessoas, busca o aperfeiçoamento das habilidades acrescendo individualmente a médio e longo prazo. O treinamento é focado em resultados para o momento presente, com propósito de potencializar conhecimentos e manifestar habilidades adormecidas ou desconhecidas, a longo prazo analisamos o desenvolvimento de todo trabalho discorrido, considerando o melhor desempenho e autoconfiança dos colaboradores (WANZELER, 2018). Destacasse as distinções da das atividades, compreendendo-se que se deve ter organização ao lecionar um treinamento para que não aja influencia prejudicial ao colaborador no que se desrespeita ao seu comportamento, o treinamento deve ter 4 como objetivo a ocorrência de um desenvolvimento continuo e evolutivo (CABRAL, ROSA, 2021). O treinamento e desenvolvimento profissional tem como referência o amadurecimento e o desenvolvimento de aptidão e comportamento dos colaboradores, já que estimula o aprendizado ou aprimora o que já se havia adquirido (MONTEIRO, MOURÃO, DE FREITAS, 2019). Compreender as etapas da educação profissional torna-se necessário uma vez que visa o preparo para o ambiente organizacional. As etapas compreendem: formação profissional, a qual não busca preparar o profissional para o exercício de uma profissão determinada, mas sim para uma possível profissão no futuro. Nessa etapa, para o autor, evidencia-se a responsabilidade em formar profissionais capacitados para um específico mercado de trabalho e das organizações, uma vez que esse processo, desenvolvido em escolas, por exemplo, capacita apenas uma parcela dos profissionais requeridos para o atual desenvolvimento do mercado de trabalho. Em sequência, apesar de apresentar interdependência, apresenta-se o desenvolvimento profissional, oferecido nas próprias organizações (CHIAVENATO, 2009). Por fim, a última etapa é representada pelo treinamento, que visa adequar profissionais para a execução de uma tarefa ou função específica em uma determinada instituição, sendo dispostas em organizações habilitadas em treinamento pessoal (CHIAVENATO, 2009).2.1 OBJETIVOS DA CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL O treinamento é uma prática que empenha aumentar o conhecimento de um profissional, para o desempenho de um cargo ou trabalho específico (FIPLLO, 1970). Segundo a National Industrial Conference Board, o treinamento objetiva auxiliar as organizações a atingir seus propósitos, a partir de oportunidades do conhecimento, prática e conduta, exigidos pela a organização. Nesse sentido, o treinamento é um investimento empresarial que busca capacitar determinado grupo, buscando reduzir ou eliminar possíveis diferenças entre o presente desempenho do profissional e os objetivos propostos pela organização (HOYLER, 1970). Sob essa perspectiva é evidente que o treinamento não é um gasto supérfluo, mas sim um investimento que possui uma alta probabilidade de compensar a organização. Para isso, é imprescindível que a organização tenha seus objetivos bem 5 definidos, podendo, assim, alcançar os resultados desejados. Além do retorno financeiro auferido pela organização, o treinamento organizacional também visa proporcionar oportunidades para o sucessivo avanço pessoal dos profissionais, para além dos objetivos organizacionais da empresa. Ainda, a capacitação profissional busca aumentar a motivação dos profissionais, mudando sua visão a respeito das técnicas da gerência e supervisão, tornando o ambiente organizacional mais satisfatório (CHIAVENATO, 2009). O treinamento é uma ação que visa oferecer meios que possibilitem a aprendizagem, fenômeno que se manifesta no indivíduo como resultado dos seus esforços individuais. Ademais, para o autor, o treinamento deve orientar as tentativas de aprendizagem, buscando acrescentar atividades que contribuam para a capacitação de pessoas em todos os níveis da organização, para que todos possam colaborar com seus conhecimentos e habilidades para benefício pessoal e da empresa. Dessa forma, é necessário que a organização possua planejamento para desenvolver esses eventos de forma contínua e programada, para que a cada novo desafio seja possível realizar a capacitação (CHIAVENATO, 2009). 2.2 PROCESSO DE TREINAMENTO Tendo como importante objetivo, os treinamentos por intermédio da formação profissional têm alto gral de capacitação laboral determinada para a profissão e a especialização oferece conhecimento prático e específico (AZEREDO, 2019). Segundo os autores (HINRICHS, 1976; AZEREDO, 2019), a laboração de treinamento se assimila a um exemplar de sistema aberto, em que as etapas compõem uma ação periódica. Sendo elas: 1) Levantamento das necessidades de treinamento; 2) Projeto e programação do treinamento; 3) Execução do treinamento; 4) Avaliação dos resultados do treinamento; Dessa forma, uma vez realizado o levantamento das necessidades de treinamento, que envolve, por exemplo, o alcance dos objetivos definidos pela organização, a análise de problemas de produção e a análise de problemas pessoais dos profissionais, é possível desenvolver a programação do treinamento. A programação do treinamento é embasada quando à estratégia da organização, ela 6 busca definir quem deve ser treinado, como realizar o treinamento, onde ele será feito, quando o treinamento será realizado e quem o irá proceder. Em seguida, faz-se a execução do treinamento, para posteriormente ser feita a avaliação dos resultados do treinamento, efetuando o acompanhamento dos resultados, comparando a situação anterior com a situação atual após o treinamento Assim, uma vez comparados os resultados do treinamento, caso haja alguma falha, quanto aos objetivos pré-definidos da organização, é efetuado um novo levantamento de necessidades de treinamento seguido as etapas subsequentes (CHIAVENATO, 2009). 2.3 MÉTODOS DE LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES DE TREINAMENTO Segundo (CHIAVENATO, 2009), o levantamento de necessidades de treinamento é uma maneira de reconhecer eventos, objetivos e informações a respeito das carências da organização. De acordo com o Research Committee of the American Society of Training and Development, há onze diferentes técnicas para o levantamento de necessidades de treinamento: 1) Observações; 2) Solicitações da gerência; 3) Entrevistas; 4) Conferências de grupos; 5) Análise de cargos; 6) Questionário de pesquisas; 7) Testes ou exames; 8) Avaliação de desempenho; 9) Registro de pessoal; 10) Relatórios da empresa ou de produção; 11) Planejamento organizacional de longo prazo. Dentre esses, os principais meios utilizados para o levantamento da necessidade dos treinamentos são: avaliação do desempenho, que permite acompanhar o desempenho dos profissionais, reconhecer as necessidades de treinamento e apurar quais áreas da organização exigem uma atenção urgente em relação ao desempenho ou aos resultados alcançados. Além da avaliação de desempenho, a observação, que busca verificar em qual parte da organização evidencia um trabalho ineficiente, como, por exemplo, quebra recorrente de 7 equipamentos, atraso em relação ao cronograma, perda excessiva de matéria prima, elevação dos índices de ausências, entre outros, é essencial para o levantamento da necessidade dos treinamentos. A partir de questionários também é possível realizar pesquisar que identifiquem os problemas de produção que necessitem de treinamento (CARELLI, 1973). Além dos principais meios de levantamento das necessidades dos treinamentos, há também outros fatores que indicam sua carência na organização. Esses indicadores, diferentemente dos anteriores, avaliam possíveis eventos que irão provocar necessidades de treinamento. Sendo eles: 1) Expansão da empresa ou admissão de novos funcionários; 2) Redução do número de funcionários; 3) Mudança de métodos e processos de trabalho; 4) Substituições ou movimentação de funcionários; 5) Faltas, licenças ou férias dos profissionais; 6) Expansão na oferta de serviços; 7) Mudanças nos programas de trabalho ou de produção; 8) Modernização do maquinário e equipamento; 9) Produção e comercialização de novos produtos ou serviços; 10) Introdução de novas tecnologias. A avaliação das necessidades de treinamento no ambiente organizacional não é simples, assim como a determinação de seus objetivos. Dessa forma, o êxito relacionado ao conhecimento, desenvolvimento de habilidades e atitudes, depende do levantamento correto das necessidades de treinamento. Sob essa perspectiva, o sistema de treinamento deve estar intrínseco ao contexto da organização, ou seja, aos objetivos definidos em relação as suas necessidades. Assim, na medida em que as necessidades, desafios e carências da organização evoluem, o treinamento deverá atender as novas necessidades, da mesma forma sistemática estabelecida (CHIAVENATO, 2009). 2.4 MÉTODOLOGIAS DE TREINAMENTOS E DESENVOLVIMENTO Existem vários modelos e técnicas para realizar os treinamentos, dentre eles presenciais ou à distância. Segundo (CHIAVENATO, 2016) as tecnologias educacionais podem ser desdobradas fisicamente ou concretos (hardware) com 8 utilização de recursos instrucionais, (máquinas, instalações, veículos, entre outros) e/ou conceituais ou abstratos (software) conteúdos de treinamentos tele transmitidos. Cada modelo tem sua particularidade e objetivos a alcançar, cabe o instrutor conhecer os métodos e definir a melhor estratégia a adotar para o que quer repassar ou instruir. Segundo (RIBEIRO, 2018) os conceitos de treinamentos são, se realizados na empresa, treinamentos internos, no mercado, externo. Entre outras definições podem ser considerados como formação, aperfeiçoamento, desenvolvimento e ambientação. O local em que o processo de treinamento ocorre também é definido, quando realizado em salas é presencial, ou, no ensino remoto (online), a distância. Esses conceitos podem ser definidos como: A) Treinamento no local de trabalho: realizado naorganização, pode ser aplicado por algum membro corporativo, como um funcionário, supervisor ou especialista. Segundo (CHIAVENATO, 2009) é a maneira mais simples para pequenas organizações desenvolverem a capacitação profissional, uma vez que esse modo de treinamento não requer acomodações ou equipamentos e pode ser realizado no próprio ambiente de trabalho. Pode ser desenvolvido através de rodízio de cargos, treinamento em tarefas, admissão de aprendizes, entre outros. B) Treinamento externo: ao ser realizada fora do ambiente de trabalho promove um maior empenho dos colaboradores, visto que não há envolvimento em outras tarefas. Esse treinamento pode ser realizado a partir de aulas expositivas, filmes, estudos de caso, debates, mesas redondas, jogos, palestras, seminários, oficinas, reuniões, entre outros. Para desenvolver os variados tipos de treinamento supracitados é necessário que a organização esteja atualizada nas questões de tecnologia educacional. A tecnologia educacional é um método sistêmico de aprendizagem que envolve planejamento, estruturação, implementação e avaliação do processo de ensino. Esse método busca otimizar as estratégias que levam a uma maior eficiência no processo de aprendizagem, o que permite uma melhor obtenção de resultados pré- estabelecidos (CHIAVENATO, 2016). A tecnologia educacional possui enfoque em dois tipos de sistemas, o hardware, que permeia os recursos institucionais físicos, como máquinas, equipamentos, instalações etc., e software, sistema abstrato que se refere aos conteúdos a serem transmitidos por meio do hardware, como programas. 9 A tecnologia educacional, por estar voltada a recursos didáticos e pedagógicos passíveis de serem utilizados em treinamentos, busca reduzir custos operacionais e aprimorar as técnicas de treinamento (CHIAVENATO, 2016). Dentre as novas técnicas a serem utilizadas no processo de treinamento, podem ser citados os recursos audiovisuais, como imagens, informações em áudio, aulas gravadas, entre outros, videoconferências, comunicações eletrônicas, como e-mail e mensagens instantâneas e o ensino à distância, podendo ser síncrono, assíncrono ou híbrido. Quanto ao método de ensino a ser escolhido para o treinamento no meio corporativo, há critérios a serem levados em consideração (McGEHEE; THAYER, 1961). Os critérios incluem o tipo de conhecimento que busca a ser adquirido, número de funcionários, nível de atual capacitação e diferenças individuais dos funcionários a serem treinados e relação custo/benefício do processo de treinamento. 2.5 TIPOS DE TREINAMENTOS E DESENVOLVIMENTO O treinamento é um processo voltado para pessoas com abordagem para execução de planos e tarefas, agregando os conhecimentos para atuais e novas habilidades, sobretudo construir competências e capacidade motivacional tornando- os integrantes de grande importância para a organização. Para (RIBEIRO, 2018, pág. 110 - 113) os principais tipos de treinamentos empresariais consistem em: • Aulas: Atividade didática com estrutura formal, ministrada por instrutor, professor ou técnico, com intuito de ensinar um conteúdo determinado. • Palestras: Seguindo a mesma linha das aulas, a palestra tem como propósito a apresentação prévia com duração máxima de 120 minutos, tendo como principal abordagem a participação de um público específico para obter maior eficiência sobre o assunto tratado. • Cursos: Consiste em transmitir de forma gradual um determinado assunto de forma nobre, visando aperfeiçoar ou desenvolver de forma teórica ou prática tanto para pessoas leigas como atualização para um grupo. • Workshop: Ou oficina de aprendizagem tem como pretensão a discussão ou aprofundamento de assuntos a níveis superiores ou técnicos de forma prática sobre o assunto definido. 10 • Briefing: Exposição sucinta sobre um tema específico focada em uma explicação técnica e orientadora sobre a atividade a desempenhar. Para (CHIAVENATO, 2016) os treinamentos são classificados de acordo com o local e tempo para aplicação, sendo para o local os treinamentos de orientação dos conteúdos, que leva informações técnicas, instruções e recursos audiovisuais, processos, para o desenvolvimento de habilidades ou mudanças metodológicas e comportamentais, ou os treinamentos mistos. Quanto ao tempo os treinamentos de integração empresarial visa a adaptação e ambientação de um novo empregado, que consiste em uma programação sistemática para um efeito imediato. Treinamentos externos, realizados fora do local de trabalho, tem como principal vantagem a dedicação e atenção total ao treinamento, o que impossibilita quando se está envolvido na produção ((CHIAVENATO, 2016, pág. 85 - 95). As principais técnicas de treinamento desta modalidade são: • Aulas expositivas: Associada a transmissão de informações de sentido único a um número relativo de pessoas, que são permitidas a esclarecerem dúvidas, reforçar o aprendizado, porém sempre com a necessidade de serem complementadas por outras práticas; • Filmes: Concentrado a informação verbal as imagens contribuem para o entendimento da explicação, e serem visualizados repetidamente, porém seu principal problema é a falta de interação, mas estudos demonstram que seus resultados são satisfatórios em comparação as aulas expositivas; • Dramatização (role-playing): Representação de casos reais, em busca de soluções de problemas ou adaptação de uso, através de simuladores técnicos as pessoas operam equipamentos desde os mais simples aos mais complexos; • Palestras e conferências: Instruídas para inovação, trazem novos conceitos e referências, ampliando o relacionamento pois procura ouvir e entender a ocorrência das melhorias e novas perspectivas projetadas. • Seminários e Workshops: Seguindo o mesmo padrão das palestras e conferências, o seminário conecta as experiências abordando vários assuntos interessantes, enquanto o workshop busca o desenvolvimento dinâmico em grupo de atividades conceituais e idealísticas; 11 • Oficinas de trabalho ou de ideias: Concentra um grupo de pessoas de diferentes áreas para uma determinada atividade em um determinado período, em busca de novas experiencias e conceitos coletivos; • Reuniões técnicas: Para transmissão de conhecimentos ou divulgação para aplicação prático e objetivo; • Ensino a distância por meio de e-learning: Com baixo custo, essa modalidade vem ganhando grande destaque não só nas empresas, mas também nas universidades, com o uso de internet, o ensino a distância tem grande flexibilidade, pois se trata de uma ferramenta digital, podendo realizar os cursos em qualquer lugar do mundo. Atualmente as organizações tem buscado muito essa ferramenta, pela praticidade dinâmica e agilidade nos processos; • Coaching: Esse método de treinamento é direcionado para os iniciantes, com o intuito de orientar, impulsionar e direciona-lo agregando seus conhecimentos e melhorando o adquirido, esquadrinhando assim seu desempenho; • Mentoring: Ou melhor dizendo mentoria, nesse treinamento consiste em uma pessoa mentora, ao qual essa pessoa possui tal experiência e carecerá de dirimir seu conhecimento a outra pessoa com menor familiaridade com a atividade proposta. A estrutura da ferramenta de treinamento é processada para um aprendizado voltado a pessoas com abordagem para execução de planos e tarefas, agregando os conhecimentos para atuais e novas habilidades, sobretudo construir competências e capacidade motivacional tornando-os integrantes de grande importância para a organização. (SANTOS, TAVARES, 2020). 2.6 GERENCIAMENTO DE MÉTODOS Um gerenciamento bem aplicado e estruturado agrega valor abundante, resultando em melhoria de produção, processos e lucratividade. Uma vez que se transmite o conhecimento, gera uma transformação cognitiva favorecendo de maneira eficiente e eficaz (SANTOS,TAVARES,2020). 12 Segundo (CHIAVENATO, 2016) a implantação de um programa de treinamentos é a terceira fase de um processo, após o levantamento das necessidades e elaboração, o próximo passo será a execução. Essa prática ocorre de forma hierárquica ao qual o instrutor são pessoas de qualquer nível da empresa dominador da execução da prática e os aprendizes são pessoas com necessidade de aprendizado, seja elas para aprimorar seus conhecimentos, bem como, aperfeiçoar suas tarefas na prática. Para (CHIAVENATO,2016, pág. 103 - 106), existem cinco fatores para a execução de treinamento, sendo elas: 1. Adequação dos programas de treinamentos às necessidades das organizações, de forma a estabelece-los a necessidade de preparo ou elevação do nível para solução e problemas diagnosticados; 2. Qualidade do material apresentado, ao qual visa consolidar a instrução de forma clara e objetiva, visando facilitar a compreensão, e o rendimento do treinamento; 3. Cooperação gerencial da empresa, com considerável esforço e entusiasmo derivado por parte dos dirigentes, sendo discorrido de forma integral a todos os níveis hierárquicos e funções, de forma que o espírito cooperador seja efetiva para a execução dos programas; 4. Qualidade e preparo do instrutor, este certamente terá de obter qualificações, bem como motivação, raciocínio lógico, didático, expositiva, interlocução, além do domínio da atividade a ser instruída; 5. Qualidade dos aprendizes, influencia consideravelmente os resultados obtidos pelos programas de treinamento. Segundo (NOE, 2015) são muitas as opções para a escolha do melhor método, mas o primeiro passo é identificar o resultado esperado com o treinamento sendo eles verbais, intelectuais, cognitivas ou motoras. Separados por três grupos: • Apresentação: sendo palestras, vídeos e treinamentos no local de trabalho; • Prático: Aprendizado autodirigido, programas de aprendiz, simulações e estudos de caso; • Formação de grupos: enquadrando a dramatização, modelagem do comportamento; aprendizagem de aventura, treinamentos de equipamentos e aprendizagem pela ação. 13 Analisando dois conceitos sendo eles os resultados de aprendizagem como habilidades intelectuais, cognitivas e motoras, a informação verbal e as atitudes, já o segundo conceito é o ambiente de aprendizado que engloba os objetivos de forma clara e prática, a relevância, o feedback, observação e interação com terceiros, transferência de custos de treinamentos, o desenvolvimento, administrativos e por fim a eficácia. Para (RIBEIRO, 2018) ao desempenhar de forma satisfatória, as vantagens perante a concorrência se tornam competitiva, implementando o tempo e a redução de custos. Regrando e zelando dos processos interruptamente atualizando e obsoletando procedimentos que necessitam de reciclagem. 2.7 AVALIAÇÃO DE RESULTADOS DO TREINAMENTO Para mensurar a eficácia dos processos, a etapa final de um programa de capacitação avalia os resultados, determinando o grau de transformação comportamental e a resultância espelhada nas metas, além das técnicas empregadas (CHIAVENATO, 2016). Dentre os aspectos principais da avaliação de resultados dos treinamentos deve-se considerar se os resultados obtidos possuem relação com as metas anteriormente definidas, em relação as carências da organização, e se o treinamento desenvolvido foi capaz de executar as modificações desejadas em relação aos membros da organização. Para (ARAUJO,2019) o principal foco da avaliação de resultados está nas variáveis dos treinamentos e seus impactos. Além disso, após o processo do treinamento, a avaliação de resultados permite mensurar se as técnicas de treinamento desenvolvidas são pertinentes para suprir as necessidades avaliadas pela organização ou se novas técnicas precisam ser abordadas. Os resultados obtidos também podem ser comparados com demais técnicas utilizadas em treinamentos corporativos, a fim de aprimorar o processo (CHIAVENATO, 2016). Dentre os principais aspectos dos resultados obtidos no processo de capacitação profissional estão a avaliação do nível da organização, por exemplo, aumento da eficácia no meio corporativo, melhor relação entre os membros da organização e o aumento da eficiência, avaliação no nível de recursos humanos, como redução da rotatividade, aumento de habilidades individuais entre os funcionários e redução do absenteísmo, e, por fim, avaliação no nível das tarefas e operações, que 14 mensuram o aumento da produtividade e melhorias na qualidade dos produtos e serviços (CHIAVENATO, 2016). Para (ARAUJO,2019) um programa de treinamento deve mensurar oportunidades, mudanças realizadas, restrições, o suporte oferecido e organização, importância e magnitude das competências, características motivacionais e comportamentais, duração e objetivo principal, desempenho instrucional, reações e percepção do material apresentado, gral de alcance dos objetivos, e o impacto no trabalho. Segundo (CHIAVENATO, 2016), o treinamento deve atingir três critérios de eficácia, são eles: A) Critério de relevância; B) Critério de transferibilidade; C) Critério de alinhamento sistêmico. No primeiro critério, o treinamento deve ser realizado conforme as necessidades da organização, a avaliação de necessidades de treinamento identifica quais os aspectos da organização requerem treinamento e sua ordem de prioridade. No critério de transferibilidade, o processo de treinamento requer que sejam desenvolvidas habilidades corretas referentes a cada nível da organização, por exemplo, um determinado funcionário, ao receber treinamento que interfira na atividade de outros membros da organização terá pouca transferibilidade de conhecimento, e poderá entrar em conflito com as habilidades de outros funcionários. Por fim, o critério de alinhamento sistêmico refere-se ao nível em que os comportamentos e habilidades desenvolvidas no processo de treinamento sejam aplicados na organização ou em outras áreas. Esses critérios são necessários para avaliar os resultados do treinamento aplicado na organização, em conjunto com as mudanças observadas no meio corporativo e nas demais demandas requeridas pela organização (CHIAVENATO, 2016). 3 OS IMPACTOS DA CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL NO MEIO CORPORATIVO Os processos de treinamentos são desenvolvidos pelas organizações e oferecem incentivos aos funcionários, além de impactarem diretamente em questões relacionadas à empresa, como a elevação da produtividade, redução de custos, redução da rotatividade e atualização profissional (KIRCHHOF, 2020). Segundo a 15 autora, profissionais que passam por treinamento dentro do meio corporativo torna-se mais capacitado, reduzindo chances de erros e evitando o retrabalho. Além disso, uma vez capacitados, os métodos do treinamento possibilitarão mais agilidade no desenvolvimento das atividades, trazendo resultados mais positivos para a empresa (MARRAS, 2016). Ao passo que a produtividade aumenta, é possível reduzir custos, como os recursos utilizados, uma vez que serão manipulados de uma forma mais adequada e responsável (KIRCHHOF, 2020). Além desses fatores, com o uso do treinamento para capacitação profissional é possível reduzir a rotatividade de profissionais dentro da organização. Para além das necessidades da empresa, os métodos de treinamento possibilitam para os profissionais uma maior valorização, bem como uma motivação para realizar as demandas da organização, o que diminui a pretensão de rotatividade por esses (KIRCHHOF, 2020). Por fim, a atualização profissional também pode ser considerada um dos impactos positivos da capacitação profissional. Com avanços tecnológicos e progressos no mercado de trabalho é positivo para a organização manter os profissionais atualizados, pois esse seguimento pode ser realizado a partir da própria organização (KIRCHHOF,2020). Para a autora (ARAUJO, 2019) os treinamentos tiveram influência positiva tanto no quesito de compreensão quanto nos processos, rebaixando consideravelmente os níveis de erros, eliminando reações negativas favorecendo a transparência e o aprendizado. Contudo (AZEREDO, 2019) os treinamentos reforçam fatores como uma equipe mais qualificada, aumento da motivação que por consequência retém os talentos. O método de treinar e desenvolver de uma visão cultural mantém os profissionais com postura obstinado, confiante, entusiasmado além de um ambiente agradável, já que todos desempenham suas atividades com o mesmo propósito. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente artigo teve como objetivo final identificar os impactos dos programas de capacitação profissional nas empresas, buscando entender seus objetivos, metodologias e processos, evidenciando a importância de um profissional bem qualificado e capacitado, destacando suas vantagens para as organizações. 16 Verificou-se que quando as organizações disponibilizam projetos de capacitação, ou viabilizam treinamentos para seus colaboradores, tem alto teor de preparo para o desenvolvimento específico do trabalho desempenhado. A capacitação profissional vai muito além de uma formação profissional ao qual nos prepara para o mercado de trabalho de um modo geral, mas sendo de extrema importância, pois é a base para troca de conhecimentos que acaba agregando nas mudanças e adequações a serem realizadas em uma organização. Visando munir de conhecimento seus colaboradores os programas de treinamentos empresarial define e objetiva o alcance dos propósitos alvejados, além de proporcionar oportunidades para um avanço pessoal, ampliando sistematicamente a percepção e motivação dos colaboradores. Entendemos também que dentro de um padrão empresarial existem uma formação e especialização ao qual devemos seguir um planejamento básico e sólido, chegando as necessidades que englobam os seus princípios. Clarificando os sistemas de gestão e mensurando a eficácia do trabalho discorrido. Certificando-se os benefícios expostos pelos treinamentos supervisionados, ao qual um profissional bem elaborado traz grandes resultados para a empresa em termos de produtividade e por consequência lucratividade, pois reduz custos administrativos e prejuízos de matéria prima. 5 REFERENCIAS ARAUJO, Maria Cecília dos Santos Queiroz de; ABBAD, Gardênia da Silva; FREITAS, Thais Rodrigues de. Avaliação de aprendizagem, reação e impacto de treinamentos corporativos no trabalho. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 35, 2019. AZEREDO, Fabiana Capella. Treinamento e desenvolvimento como instrumento de retenção de talentos nas organizações. Revista Brasileira de Administração Científica, v. 10, n. 1, p. 14-30, 2019. CABRAL, Lucimara Batista; ROSA, Josely Cristiane. A Metodologia Disc Aplicada ao Processo de Treinamento e Desenvolvimento (t&d): Um Estudo de Caso na Empresa Linie Esquadrias e Vidros–Brusque/Sc: The Disc Ethodology Applied To The Training And Development (T&D) Process: A Case Study In The Company Linie Esquadrias E Vidros–Brusque/Sc. Revista Visão: Gestão Organizacional, p. 92-111, 2021. CARELLI, Antonio. Seleção, treinamento e integração do empregado na empresa. MTPS, DNSHT, INPS, Fundacentro, PNVT, META IV, 1973. 17 CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando com as Pessoas: Transformando o Executivo em um Excelente Gestor de Pessoas. Barueri, SP. Editora Manole, 2015. CHIAVENATO, Idalberto. Treinamento e Desenvolvimento de Recursos Humanos: Como incrementar talentos na empresa. 7º Edição. Editora Manoele Ldta, 2009. CHIAVENATO, Idalberto. Treinamento e Desenvolvimento de Recursos Humanos: Como Incrementar Talentos na Empresa. Barueri, SP. Editora Manole, 2016. DA SILVA, Dárica; ROSA, Josely Cristiane. A gestão por competências e o processo de treinamento e desenvolvimento de pessoas (t&d): estudo de caso na empresa kl embalagens–São João Batista/SC. Revista Visão: Gestão Organizacional, v. 8, n. 2, p. 79-100, 2019. E., B.J.; SILVA, A.G.D.; COLABORADORES, M.L.E. Treinamento, Desenvolvimento e Educação em Organizações e Trabalho. Porto Alegre, RS Editora Artmed, 2011. FLIPPO, Edwin B. Princípios de administração de pessoal. São Paulo: Atlas, 1970. HINRICHS, John R. Handbook if industrial and organizational psychology. Chicago: Rand McNally College, 1976. HOYLER, S. Manual de relações industriais. São Paulo: Pioneira, 1970. KIRCHHOF, Marcia Soares. Treinamentos e capacitações: visões, interesses e incentivos para funcionários. Gestão de pessoas-Unisul Virtual, 2020. DOI: 10.18361/2176-8366/rara.v10n2p67-84. MARRAS, Jean Pierre. Administração de Recursos Humanos. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. McGEHEE, W.; THAYER, P.W Training in business and industry. Nova York: W iley lnterscience, 1961. MONTEIRO, Ana Claudia Fernandes; MOURÃO, Luciana; DE FREITAS, Clarissa Pinto Pizarro. Impacto das Políticas de Gestão de Pessoas sobre o desenvolvimento Profissional dos Trabalhadores. Psico, v. 50, n. 4, p. e29665- e29665, 2019. RIBEIRO, Antonio de L. Gestão de Treinamento de pessoas. São Paulo, SP. Editora Saraiva, 2018. ROCHA-VIDIGAL, Cláudia B; VIDIGAL, Vinícius G. Investimento na qualificação profissional: uma abordagem econômica sobre sua importância. Acta Scientiarum, 2012. Disponível em: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciHumanSocSci/article/view/1418. Acesso em: 08/09/2021. 18 SANTOS, Maria Alexandra Azevedo Paiva; TAVARES, Lana Mara Rodrigues Rego Varizo. Treinamento e-learning: a gestão do conhecimento aplicada a uma empresa do setor imobiliário. Revista Estação Científica, Juiz de Fora, n. 23, 2020. WAITE, William W. Personnel administration. Nova York: The Ronald Press, 1952. WHITEHILL JR., Arthur M. Personnel relations. Nova York: McGraw-Hill, 1955.
Compartilhar