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MÁRCIO DONIZETE PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO 
Estágio Supervisionado em Educação Infantil - Gestão 
Licenciatura em Pedagogia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2020 
MÁRCIO DONIZETE PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO 
Estágio Supervisionado em Educação Infantil - Gestão 
Licenciatura em Pedagogia 
 
 
 
 
Relatório desenvolvido como requisito 
para aprovação na disciplina de Estágio 
Curricular Obrigatório em Educação 
Infantil – Gestão. No curso de 
Licenciatura em Pedagogia na 
Universidade Virtual do Estado de São 
Paulo. 
 
 
 
 
São Paulo 
2020 
RELATORIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO 
Folha de Assinaturas 
Licenciatura em Pedagogia 
 
 
Marcio Donizete Pereira / RA 1706475 
Nome Estagiário/ RA 
 
 
 Edna Braga 
Nome Coordenador Pedagógico ou Diretor da escola 
 
Edjane Angelo de Barros 
Nome Professora Mentor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO 
 Ficha de identificação 
Nome: Márcio Donizete Pereira RA: 1706475 
Licenciatura: Pedagogia Polo: Embu das Artes 
 Professor Mentor: Edjane Angelo de Barros 
Supervisor de estágio (na escola): Edjane Angelo de Barros 
Período do estágio: Agosto de 2020 até Novembro de 2020. 
Local do estágio: EE Mirna Elisa Bonazzi 
 Endereço: Rua Rainha Elizabete, 50 – Vila Regina, Embu das Artes - SP, 
CEP: 06810-660 
 Fone: (11) 4782-1142 Cidade: Embu das Artes Estado: SP 
 Email: e906475a@educacao.sp.gov.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
mailto:e906475a@educacao.sp.gov.br
SUMÁRIO 
 
 INTRODUÇÃO………………………………………………………………..6 
 APRESENTAÇÃO DA ESCOLA……………………………………………..7 
 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS…………………………………………..9 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................16 
 REFERENCIAS...............................................................................................18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
 O Estágio Supervisionado na educação infantil – gestão constituiu-se uma etapa 
de suma importância para a formação acadêmica e profissional dos futuros pedagogos, 
uma vez que essa vivência implica no processo de ser e tornar-se um gestor. O estágio 
em questão complementa outras disciplinas do Curso de Licenciatura em Pedagogia, a 
qual tem a finalidade de compreender a forma como se efetiva o trabalho da equipe 
gestora com a escola e em especial com a equipe docente e também o trabalho do 
coordenador pedagógico com foco no trabalho coletivo e nos processos de formação 
contínua. 
O trabalho do coordenador pedagógico envolve toda a equipe pedagógica da 
instituição numa relação de coletividade entre os pares, com a finalidade de mediar às 
relações de ensino-aprendizagem dos alunos. 
Na antiguidade a criança era vista como um adulto em forma de uma miniatura, 
ou seja, era tratada igual a um adulto. Com o passar do tempo essa perspectiva toma 
outro viés, pois a criança já vem sendo considerada um ser que precisa de cuidados, e de 
orientação pedagógica que visa o desenvolvimento educacional. Para o 
desenvolvimento da criança na instituição é necessário o acompanhamento e orientação 
do profissional docente, e que esse tenha uma formação sólida e qualificada, quer dizer, 
é imprescindível que o graduando (a) construa na formação acadêmica os 
conhecimentos teóricos e saiba relacioná-los com a prática, possibilitando desse modo, 
conhecer as especificidades dessa modalidade como outras e também esteja sempre 
procurando realizar capacitações através de formações continuadas. 
 A formação continuada envolve a coletividade dos diversos atores educativos, 
logo o trabalho coletivo está associado à formação dos educadores numa perspectiva de 
eliminar o descompasso entre teoria e prática a partir de uma problemática vivenciada 
no espaço escolar e não uma formação distorcida da realidade vivida no dia a dia. Além 
da formação continuada, outra atividade que pode estar relacionada ao coletivo é a 
construção do Projeto Político-Pedagógico (PPP) da escola. O Projeto Político-
Pedagógico construído pelo corpo docente da escola é de suma importância e exige 
intensa reflexão sobre as finalidades da instituição, assim como o seu papel social e a 
precisa definição dos caminhos e ações a serem desenvolvidas em prol do processo 
educativo. A construção do PPP da escola tem como um de seus objetivos propor uma 
forma de organizar o trabalho pedagógico visando a superação dos conflitos 
educacionais e buscando dissipar as relações competitivas, corporativas e autoritárias. 
 Segundo Ibiapina (2009), é necessário ao professor ter diversos tipos de 
conhecimentos que são adquiridos por meio do processo de formação acadêmica. É 
fundamental esclarecer que o desenvolvimento de competências e habilidades não 
acontece de forma instantânea, e sim através de processo contínuo que visa o domínio d 
global sobre educação que vai colaborar de forma significativa com o contexto da sala 
de aula. Podemos definir que competência é a capacidade de mobilização de recursos 
cognitivos, afetivos e emocionais que ocorre numa situação determinada, situada e que 
se manifesta em situações reais, imprevisíveis, inusitadas e contingentes. Desse momo 
podemos dize que as habilidades referem-se ao domínio do fazer com eficiência. No 
entanto, esses aspectos não garantem ao docente uma formação emancipadora. 
Entendemos que o professor precisa de autonomia, aprofundamento e aperfeiçoamento 
do conhecimento, e relacionar o domínio apenas por competências e habilidades não 
garante uma formação crítica e reflexiva, pois é construindo e valorizando essa 
formação na prática, que os professores, terão o ensejo de desenvolver saberes. Para que 
o professor seja considerado um bom profissional é indiscutível relacionar alguns 
aspectos a sua prática que envolve valores, atitudes e conhecimentos, a maneira como 
ele ensina, as expectativas sociais sobre a importância da escolarização, o que ensinar o 
que devem fazer e saber. Dessa forma, é fundamental que o professor compreenda o 
contexto educativo como um espaço propício a produção e construção de saberes onde 
pode ocorrer a descoberta de elementos que estão inter-relacionados a prática educativa, 
como atores ativos, ambiente proveniente de saberes diversos, a possibilidade de ambos 
os atores interagirem através do diálogo, dentre outros aspectos, ou seja, o fazer docente 
presente neste lócus propicia a interação e construção de competência e habilidades. 
 
O Período do Estágio 
 
 O presente estágio ocorreu em uma escola da região periférica de Embu das 
Artes e foi realizado durante os meses de abril até junho de 2020 totalizando um total de 
100 horas distribuídas ao longo desses três meses. O objetivo do estágio foi analisar a 
infra-estrutura da escola, as suas dependências e equipamentos e principalmente 
acompanhar as atividades desenvolvidas pela equipe gestora da escola. Sabemos que o 
processo de alfabetização é um período de muita responsabilidade pelos professores e 
esse período, deve ser acompanhado pelo letramento, onde o professor deve 
contextualizar e principalmente valorizar o que o aluno carrega de conhecimento e as 
suas experiências adquiridas em seu ambiente familiar e social. Portanto é fundamental 
ao professor identificar o que se deve ensinar ao aluno e o seu dia-a-dia, tornando a 
tarefa de alfabetização mais prazerosa e significativa, possibilitando a troca de saberes, 
entre o professor e o aluno. O professor é a parte mais importante nesse processo, pois é 
através dele que o aluno será levado a buscar o conhecimento e a construir o seu próprio 
conhecimento. Mas para que esseprofessor seja um mediador capaz de executar tal 
função com sabedoria, criatividade e com respeito aos seus alunos, se faz necessário sua 
capacitação através da formação continuada. Desta forma esse professor estará 
contribuindo para a formação cidadã deste aluno, favorecendo, assim, a aprendizagem 
almejada. 
 
Plano Político Pedagógico (PPP) 
 
 O Plano Político Pedagógico (PPP) é de extrema importância no âmbito escolar, 
pois define os caminhos para a efetivação do trabalho pedagógico. Para a organização 
desse Projeto, é de suma importância a ação de todos os que fazem parte do 
funcionamento da escola, inclusive os pais dos alunos que freqüentam a mesma. 
 Entretanto, por falta de tempo e as devidas demandas escolares, o coordenador 
pedagógico não consegue reunir todos os profissionais da escola ao mesmo tempo para 
a elaboração do PPP e a sua construção de forma coletiva não se efetiva. 
 
Apresentação da Escola 
 
 A escola escolhida para a realização do estágio em educação infantil foi a EE 
Mirna Elisa Bonazzi localizada na região periférica do município de Embu das Artes – 
SP. 
 Para o ano de 2020 a escola mantém apenas uma turma de educação infantil com 
apenas 22 alunos e para o próximo ano não mais ofertara vagas para a educação infantil. 
A escola possui ainda 148 alunos nos anos iniciais e 156 alunos nos anos finais. A 
escola não possui ensino médio e possui 1 aluno especial matriculado nos anos iniciais. 
Para dar conta desse universo de alunos a escola conta com 35 funcionários e esta 
organizada por ciclos. 
 O número de alunos matriculados por série pode ser observado na tabela abaixo: 
 
SÉRIE ALUNOS MATRICULADOS 
Educação Infantil (6 anos) 22 
1 ° ano EF 31 
2 ° ano EF 40 
3 ° ano EF 31 
4 ° ano EF 28 
5 ° ano EF 18 
6 ° ano EF 37 
7 ° ano EF 43 
8 ° ano EF 43 
9 ° ano EF 33 
 
 A alimentação é fornecida para os alunos e a escola possui água filtrada, o que é 
muito importante tanto para os alunos da educação infantil quanto para os alunos do 
ensino fundamental de um modo geral. Essa discussão é importante por se tratar de uma 
escola pertencente a uma região periférica, onde muitas pessoas em torno da escola não 
têm acesso à alimentação adequada e a água filtrada. 
 A acessibilidade da escola não é boa, pois não são acessíveis aos portadores de 
deficiências e os banheiros da escola não são adaptados aos deficientes. 
 A infra-estrutura da escola não é adequada, pois não possui biblioteca, 
laboratório de ciências, laboratório de informática e nem sala de leitura o que pode ser 
observado pela tabela abaixo. 
Tabela: Infra-Estrutura da Escola 
Existe sanitário dentro do prédio da escola? Sim 
Existe sanitário fora do prédio da escola? Não 
A escola possui biblioteca? Não 
A escola possui cozinha? Sim 
A escola possui laboratório de informática? Não 
A escola possui laboratório de ciências? Não 
A escola possui sala de leitura? Não 
A escola possui quadra de esportes? Sim 
A escola possui sala para a diretoria? Sim 
A escola possui sala para os professores? Sim 
A escola possui sala de atendimento especial? Não 
 
 Com relação aos equipamentos que a escola possui podemos destacar a presença 
de um aparelho DVD, um retroprojetor e uma televisão para uso dos docentes em suas 
atividades diárias. A escola possui ainda 5 computadores para uso dos alunos e devemos 
destacar também que a escola não possui impressora e nem uma copiadora, o que 
dificulta o trabalho docente. 
 No estágio eu trabalhei com a única turma que a escola possui de educação 
infantil (alunos com 6 anos) e procurei acompanhar a equipe gestora. Durante esse 
período foi possível assistir algumas aulas dessa disciplina. A escolha das aulas de 
ciências se deu pelo motivo de eu já possuir uma licenciatura em física pela 
Universidade de São Paulo, o que torna mais confortável para acompanhar as atividades 
proposta pela professora da turma. 
 
Fatos Históricos sobre as brincadeiras na Educação Infantil 
 
 No período da idade medieval, a criança era vista como um adulto em miniatura, 
e desde muito cedo enviadas para o trabalho. Muitas dessas crianças não tinham nem 
condições de brincar, e logo que entravam na infância, não precisavam mais de 
cuidados básicos, pois eram obrigadas a realizarem atividades de adulto. Isso pode ser 
verificado nos desenhos e pinturas da época que enfatizavam essas concepções e não 
respeitavam as devidas proporções existentes entre uma criança e um adulto. Neste 
período poucas crianças freqüentavam escola que eram as paróquias ou mosteiros. O 
momento da brincadeira não era visto como uma importante atividade pedagógica de 
interação entre as crianças sendo considerada apenas como uma atividade de distração. 
 De acordo com Ariès (1978), em meados do século XII provavelmente não 
havia lugar para a infância. Os estágios da infância eram desconsiderados, sua 
socialização não era controlada pela família e a educação era garantida pela 
aprendizagem de tarefas realizadas juntamente com os adultos. Por volta do século 
XVII, consolidaram os primeiros conceitos de que a infância era uma etapa da vida que 
necessitava de cuidados próprios. Desde então a infância passou a ser analisada de outra 
forma. Além disso, Rousseau também criou inúmeros brinquedos educativos. A 
princípio estes brinquedos eram para estudar crianças com deficiência mental, mas, 
depois foram utilizados para o ensino das crianças ditas “normais”. Por isso, ele tem até 
hoje grande importância para a pedagogia. Recentemente, depois da década de 70, as 
escolas brasileiras começaram a trabalhar com materiais lúdicos, brinquedos 
pedagógicos e materiais didáticos. Algumas escolas já deixaram de lado a metodologia 
de repetição na pré-escola. Porém não são todas as escolas que trabalham com as 
brincadeiras para desenvolver o cognitivo das crianças. Segundo Fontana (1997), nos 
últimos anos, a psicologia, tem mostrado que a brincadeira tem um papel importante no 
desenvolvimento da criança e que ela satisfaz algumas de suas necessidades. 
 No Brasil, as leis recentes para Educação Infantil são reflexos da nossa atual 
Constituição que foi promulgada em 1988. A partir dela as crianças no Brasil passaram 
a serem consideradas, de fato, sujeitos de direito. 
 Oito anos após a Constituição de 1988, tivemos a Lei de Diretrizes de Bases em 
1996 que também estabeleceu novas diretrizes para Educação Infantil. A inserção da 
educação infantil na educação básica, afirmada no Art. 22 da Lei: “a educação básica 
tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum 
indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no 
trabalho e nos estudos posteriores” forneceu a esta etapa de ensino mais ênfase e 
importância. Estabelecida como primeira etapa da educação, a LDB apresenta em seu 
Art. 29 que “A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como 
finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade, em seus 
aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da 
comunidade”. Logo, esta etapa passa a ser o reconhecimento de que a educação começa 
nos primeiros anos de vida e é essencial para o cumprimento de sua finalidade. Segundo 
Craidy e Kaercher (2001), nem os pais, nem as instituições de atendimento, nem 
qualquer setor da sociedade ou do governo poderão fazer com as crianças o que bem 
entenderem ou o que considerarem válido. Todos são obrigados a respeitar os direitos 
definidos pela Constituição e LDB (Brasil, 1996). 
 Quando cursamos a disciplina de Educação Infantil, percebemos na teoria como 
de fato deve ser a postura de um professor lotado nesta etapa de ensino. Sua prática 
deve ser organizada de modo que as crianças possam desenvolver com confiança sua 
capacidade e percepção das limitações. Conhecer seu próprio corpo, suas 
potencialidades e seuslimites, desenvolvendo hábitos de higiene pessoal. Ampliar suas 
relações sociais por meio de vínculos com outras crianças e adultos. Saber utilizar 
diferentes linguagens, entender as diversidades e expressar suas emoções, sentimentos, 
pensamentos, desejos e necessidades. Durante os momentos em sala de aula pude 
perceber que os estudos realizados nesta disciplina foram primordiais para a realização 
do planejamento e das aulas no período da regência. Acredito na importância da 
realização da atividade de estágio para nossa formação, pois é o ponto de partida para 
vivenciar, na prática, as experiências da sala de aula e como parte integrante de uma 
comunidade escolar. Além de poder analisar a prática à luz da teoria estudada na 
academia e pensar nossa futura atuação enquanto professores. 
 
Inicio das Atividades de estágio: O olhar cuidadoso 
 
 O primeiro encontro na escola para desenvolver as atividades do plano de ação 
foi no dia 15 de Abril de 2020. Durante período de 5 horas entre as 7 horas da manha e 
às 12 horas. Durante esse período foram realizados registros do espaço interno da escola 
e das dependências. Esses registros já foram apresentados nesse relatório. 
 Nos dias 18 (5 horas) e 25 (5 horas) do corrente mês, em sala de aula 
continuamos as observações. Este foi o momento apenas de observar o cotidiano em 
sala de aula e fazer as devidas anotações que considerei importantes. A professora foi 
bastante atenciosa, porém, através de conversas informais deixou claro que sua intenção 
era de trabalhar com os alunos do ensino fundamental I, mas que por motivos de 
atribuição de aulas teve que assumir a turma de educação infantil. Apresentei-me as 
crianças e percebi que estavam um pouco tímidas, mas com o decorrer do dia foram se 
familiarizando. 
 O processo de familiarização da professora com os alunos durou duas semanas. 
A docente buscou conhecer as crianças e a identificar algumas características, como por 
exemplo, onde moravam, quantos anos tinham o que gostavam de fazer, entre outros. 
Em seguida iniciou uma atividade de sondagem para perceber o nível de 
desenvolvimento das crianças. 
 Nesta turma, onde foi realizado o estágio as aulas começaram um pouco depois 
da data prevista no calendário letivo oficial, já que não havia professor. Esta realidade é 
muito comum nas escolas estaduais segundo os professores que trabalham nessa escola. 
 Durante a realização desse estágio foi muito comum ouvir relatos de colegas que 
já atuavam na área da educação no âmbito estadual, as diversas dificuldades 
encontradas na escola, desde a falta de professores até a de materiais para se trabalhar. 
 Estes momentos foram importantes para que pudéssemos analisar e planejar as 
aulas e projetos para turma. Além disso, procuramos identificar qual era a real 
necessidade dos alunos da educação infantil. 
 
A atividade de regência 
 
 Tomando como base a importância das brincadeiras para a educação infantil e 
todas as demais informações que foram coletadas pela professora sobre algumas 
características das crianças da turma escolhida, foi decidido em conjunto com a 
professora que a nossa prática pedagógica seria realizada através de atividades que 
utilizaria o lúdico como estratégia de alfabetização. Foi por meio de brincadeiras que 
realizamos as atividades em sala de aula no período de primeiro de maio a 24 de maio 
de 2020. Discutimos com a professora titular como se daria o processo de aprendizagem 
e para realizar o planejamento das nossas atividades de regência. Conforme estabelecido 
pela professora, não poderíamos deixar de trazer um filme, pois isso já era uma 
atividade permanente, mas deixou a nosso critério as escolhas dos vídeos. Então, diante 
da liberdade que tivemos para planejar as atividades e com a escolha do vídeo 
começamos a realizar as atividades para aquela turma. 
 Nos dias de observação percebemos que a professora em sua prática procurava 
dar inicio ao um trabalho de alfabetização das crianças e para isso trabalhava com as 
famílias das letras. Isso pode ser percebido e demonstrado na fala da docente: - “hoje 
vamos trabalhar a família do B - ba, be, bi, bo, bu”. 
 Minha intenção neste trabalho não é criticar ou desfazer da metodologia adotada 
pela docente, porém considero ser mais significativo trabalhar com as letras dentro de 
um contexto mais amplo e fazendo relação com aquilo que as crianças vivenciam, 
trazendo significado para os mesmos. Para isso, é fundamental para o professor fazer 
uma investigação inicial sobre os conhecimentos prévios dos seus alunos. 
 Nesse sentido, é fundamental que as escolas estabeleçam um novo caminho a ser 
seguido e que desenvolva o hábito de rever as suas práticas pedagógicas para a 
educação infantil, trazendo dessa forma um desafio maior aos profissionais de 
educação. É neste sentido que a relevância da prática pedagógica se torna 
preponderante, pois busca levar a criança a se alfabetizar mantendo um equilíbrio entre 
o trabalho de aquisição do código, articulado ao domínio da leitura e escrita, 
contextualizando com os temas trabalhados em sala de aula a partir de discussões e 
necessidades atuais, além de propor aos alunos situações reais de alfabetização e 
letramento. Sabemos que isso não é tarefa fácil, já que no Brasil a teoria do 
conhecimento empirista dominou tudo que se fez em alfabetização até a década de 70, 
onde considerava que o aprendizado da leitura e da escrita se dava por meio de um 
processo de associação entre grafema e fonema, onde a criança evoluiria por receber e 
fixar informações transmitidas pelos adultos. Infelizmente, mesmo depois de passado 
tantos anos podem observar fortemente na pratica pedagógica da professora titular da 
turma que estagiamos, o enraizamento desta teoria nos dias atuais. Talvez em sua 
formação a disciplina de alfabetização não tenha problematizado estas questões. Mas, 
embora compreendamos a dificuldade, acreditamos na possibilidade de mudança, pois 
“o saber dos professores não provém de uma fonte única, mas de várias fontes e de 
diferentes momentos da história de vida e da carreira profissional” o que possibilita a 
compreensão desse conceito. (TARDIF, P.18, 2004) 
 
Planejando o trabalho docente 
 
 Nossa primeira atividade foi planejada diante da dificuldade dos alunos em 
conhecerem as letras iniciais de seus nomes. Para isso procuramos desenvolver uma 
atividade que possibilitasse um aprendizado por parte das crianças através de uma 
atividade desenvolvida de forma lúdica e considerando os interesses e necessidades das 
crianças. 
 Para que isso fosse possível, tivemos um momento de investigação de quais 
seriam os principais interesses das crianças. 
 Esse momento de investigação dos interesses das crianças foi o que permitiu 
darmos inicio ao nosso trabalho de regência. Sabemos que a brincadeira é um poderoso 
instrumento que pode auxiliar nas práticas de alfabetização e letramento. Diante desse 
pressuposto buscamos alicerçar todo nosso projeto com atividades fortemente ligadas a 
uma base lúdica. 
 Foi nesta perspectiva que buscamos desenvolver as atividades em sala de aula na 
prática de estágio, tendo sempre em vista que articular os jogos e as brincadeiras aos 
conteúdos escolares iria propiciar às crianças os conhecimentos e habilidades 
necessárias a essa etapa da educação infantil. 
 Essa forma lúdica de se trabalhar é de fundamental importância para o 
desenvolvimento da criança, pois através dela é possível que as crianças adquiram 
diversas experiências, possibilita que elas interagem com outras pessoas, organizam seu 
pensamento, tomam decisões e criam maneiras diversificadas de jogar, brincar e 
produzir conhecimentos. 
 É fundamental ressaltar ainda que os processos de desenvolvimento e de 
aprendizagem envolvidos no jogar e no brincar, quando bem elaborados e com 
finalidades pedagógicas, contribuíram de forma significativanos processos de 
apropriação do conhecimento, além de possibilitar o desenvolvimento de habilidades 
físicas, cognitivas, afetivas e sociais. 
 A falta da intencionalidade e situações reais na educação infantil através das 
brincadeiras realizadas na sala de aula nos motivou a desenvolver nosso planejamento 
nessa perspectiva. Preencher esta lacuna foi um dos maiores desafios enfrentados por 
nós, já que passaríamos dar uma importância maior ao lúdico, trabalhando de maneira 
intencional, para que as atividades realizadas fizessem sentido para nós e principalmente 
para as crianças. 
 Acredito que escolhemos o caminho certo, pois era notória a felicidade das 
crianças ao estarem conosco e realizando as atividades, além de terem conseguido 
grandes avanços no processo de inicio de sua alfabetização. 
 
Primeira Intervenção 
 
 Quando chegamos à sala as 07h da manhã, esperamos as crianças chegarem até 
as 07h15min. Inicialmente a professora titular fez a contagem dos alunos para informar 
ao pessoal da merenda. 
 Após esse primeiro contato, a professora informou para as crianças que seriam 
nós que conduziríamos a aula naquele dia. 
Como planejado, fizemos uma roda da conversa para tentar conhecer melhor as 
crianças, procurando identificar principalmente quais eram os seus gostos, quais as 
brincadeiras preferidas, o que gostavam de comer, como passaram o final de semana 
etc. 
Para isso convidamos os alunos para sentarem no chão formando um círculo e 
iniciamos a nossa roda de conversa com as seguintes perguntas entre outras: 
 
1) Como foi seu final de semana? 
2) Brincaram de quê? 
3) O que comeram? 
 
Enfim, tentávamos trabalhar a oralidade com as crianças, enquanto iríamos 
buscando um melhor conhecimento do contexto social daquelas crianças. 
Logo após a roda de conversa, demos inicio ao desenvolvimento de uma 
atividade pedagógica com a utilização de um vídeo curto, que trabalhava com uma 
musica infantil animada com frutas dançarinas que diziam seus nomes e qual era a sua 
função na alimentação das crianças. 
Após os alunos assistirem ao vídeo, distribuímos para cada uma das crianças 
folhas de papel sulfite e disponibilizamos lápis de cor e giz de cera para os alunos 
desenharem a sua fruta preferida e pintarem os seus desenhos. 
O principal objetivo dessa atividade era mostrar a importância de uma 
alimentação saudável e mostrar para os alunos que cada fruta tem um nome próprio 
como cada um de seus coleguinhas. 
Através dessa atividade foi possível perceber que eles adoraram e prestaram 
bastante atenção. Para a realização desta atividade buscamos também, por meio da 
oralidade, enfatizar a importância da alimentação saudável para o desenvolvimento do 
ser humano. 
 Podemos também perceber que as crianças tinham uma participação mais efetiva 
nestas atividades. Este momento foi bastante significativo, pois as crianças 
apresentavam um interesse maior. O professor precisa estar atento ao que realmente é de 
interesse dos alunos, somente desta maneira poderá desenvolver atividades motivadoras 
e diferenciadas, trazendo outras propostas que ultrapassam um ensino tradicional. 
 
Segunda intervenção 
 
 Como de costume iniciamos a aula com a roda de conversa. Em seguida 
realizamos as atividades que estavam inseridas dentro do nosso projeto que era 
iniciarmos o processo de alfabetização das crianças através de atividades de forma 
lúdica. 
Para essa atividade levamos para sala de aula um jogo com as letras, algo que 
eles pudessem interagir brincando e ao mesmo tempo para fazer relação com as letras 
do alfabeto e dos seus nomes. 
 Para o desenvolvimento desta atividade buscamos trabalhar as letras de forma 
diferenciadas e não isoladas, uma vez que, levamos para sala de aula figuras que faziam 
parte do cotidiano dos alunos e solicitamos que nos falassem o que era aquela figura e 
com qual letra começava aquela palavra. 
 Entre as atividades que procuram fazer uma exploração específica da forma e 
nome das letras, podemos destacar os jogos. Esses podem ser montadas e 
desenvolvidas, como bingos com letras e nomes para identificação e memorização das 
letras, seus nomes e valores sonoros, dados, entre outros. 
O desenvolvimento desta atividade trouxe a oportunidade de vivenciar de forma 
diferenciada o ensinar e o aprender. Neste momento foi possível perceber que a 
brincadeira em sala de aula é bastante instigante e motivadora para todos os envolvidos. 
Os alunos interagem, se expressam, testam seu conhecimento de mundo. É fundamental 
ressaltar a importância destas atividades para o desenvolvimento dos alunos. 
Podemos também considerar que outro momento importante de aprendizagem 
envolvendo as brincadeiras e o lúdico é à hora do recreio, no qual as crianças podem 
brincar em um parque ou mesmo na quadra da escola. 
Após o intervalo as crianças realizaram uma atividade de caça palavras. De 
início seria uma atividade para casa, porém a professora considerou que seria uma 
atividade muito complexa para que eles fizessem sozinhos, por acreditar ser uma 
atividade que exigia muito das crianças e alguns pais poderiam não conseguir ajudá-los. 
Diante dessas observações da professora, trabalhamos a atividade em sala de 
aula. Este momento foi de fundamental importância, pois remeteu-nos as aulas de 
didática quando a professora enfatizava a discussão trazida por vários autores de que 
não existe um planejamento rígido e esse deve ser repensado sempre que necessário. 
 Todos nós discutimos durante as disciplinas do curso de pedagogia da UNIVESP 
a idéia de que o planejamento flexível permeia as ações pedagógicas desenvolvidas no 
contexto escolar, por isto devemos estar atentos a esta tal flexibilidade. 
 Como diz Vasconcelos (2000) não podemos ter o planejamento como uma 
camisa de força. Precisamos ter consciência de assumi-lo como um dispositivo 
norteador das atividades. Não podemos deixar de lado, por completo, o que foi 
planejado sem procurar uma explicação para o ocorrido. É necessária uma reflexão por 
parte do professor quando a atividade que foi prevista não foi concretizada. Acima de 
tudo o comprometimento deve ser assumido, pelo professor, no intuito de prever as 
possíveis mudanças no decorrer do caminho. 
 Podemos vivenciar de fato a teoria na prática quando nos deparamos com esta 
realidade. Embora o plano de aula e as atividades propostas, tivessem sido passados e 
aprovado pela professora na hora houve algumas mudanças. Tivemos que readequar o 
momento de realização da atividade. 
 
Terceira Intervenção 
 
Nesta semana não trabalhamos com a exposição do vídeo, pois era uma semana 
atípica. A comemoração do dia das mães estava se aproximando e a professora solicitou 
que destinássemos esse momento da aula a uma atividade que pudesse contemplar essa 
temática. 
Foi então trabalhado atividades de artes. As crianças confeccionaram um cartão 
desenhando suas mãos. Propomos que os desenhos e as pinturas fossem livres. 
Esta atividade proporcionou para nós a compreensão de que com poucos 
recursos podemos fazer uma aula diferenciada, além de envolver a disciplina das artes 
no contexto da sala de aula. Para esta atividade foi usado apenas, papel A4 e giz de cera. 
Realizamos esta atividade por acreditar que o desenho na educação infantil tem um 
papel fundamental. 
Ao desenhar a criança expressa seu pensamento, conta sua história, realiza suas 
fantasias, expõem seus medos, alegrias, tristezas e interagem com seu corpo e como 
meio. 
 A presença das artes na Educação Infantil é essencial. Por meio do desenho as 
crianças expressam suas emoções desenvolvendo seus sentimentos e através dele o 
professor pode perceber dificuldades de aprendizagem, de interação, entre outros. Mas 
não basta só o desenho pelo desenho, o professor deve estar sempre atento e procurar 
informações para entender as produções dos seus alunos. Optamos por trabalharde 
forma lúdica, pois o lúdico é um recurso metodológico capaz de propiciar uma 
aprendizagem espontânea e natural. Estimula à crítica, a criatividade, a socialização, 
sendo, portanto reconhecidos como uma das atividades mais significativas pelo seu 
conteúdo pedagógico social. Foi desta maneira que as crianças vivenciaram momentos 
de aprendizagem significativa por meio de brincadeiras e das artes com situações reais 
de aprendizagem. Interagiram com os colegas, afloraram suas emoções e desenvolveram 
habilidades motoras. 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 A universalização do ensino, as transformações sociais e o aumento dos anos da 
escolarização fizeram crescer a expectativa de outras exigências em relação aos 
professores e a escola. 
Diante desse quadro temos um papel fundamental neste processo e por isso 
devemos trabalhar em conjunto para atender as necessidades deste novo modelo de 
ensinar, adquirindo assim mais autonomia e controle. 
O presente trabalho trouxe uma análise sobre o estágio obrigatório na Educação 
Infantil. Pensar e elaborar o projeto, os planos de aula em parceria com uma professora 
titular tendo como suporte os referenciais teóricos já estudados e as disciplinas, já 
cursadas, como a disciplina de Didática e Alfabetização e Letramento e tantas outras foi 
primordial para o sucesso do nosso estágio obrigatório e para execução das atividades 
propostas em sala de aula. 
Experiências como essas são extremamente importantes para construção do 
conhecimento do pedagogo, sem esses momentos não podemos colocar em prática toda 
a bagagem intelectual aprendida durante o curso de pedagogia da UNIVESP. 
Através desse estágio obrigatório foi possível articular diversos saberes, 
conhecimentos e experiências. O estágio foi bastante rico e possibilitou diferentes 
maneiras de aprendizagem, pois nos possibilitou fazer articulações com a teoria 
estudada. 
Acredito que a atividade de estágio nos trouxe a aproximação de relacionar a 
teoria com a prática estudada, revelou-se também como oportunidade para responder 
vários questionamentos indagados por nós durante o curso. As dúvidas ficaram para 
trás, já que a vivência nos proporcionou uma satisfação ímpar e a sensação de dever 
cumprido. 
O planejamento pensado por nós, para a realização do estágio foi concretizado, 
mas isso só foi conseguido, pois tivemos uma base sólida quanto às disciplinas 
estudadas e a orientação que nos foi dada, como também total liberdade para planejar as 
aulas e desenvolver as atividades na sala de aula. 
 O estágio curricular obrigatório veio para mim como mais um desafio entre 
tantos outros do curso de Pedagogia, acredito que este tenha sido o mais difícil, mas 
também o mais prazeroso e real. Digo real, pois é neste momento que colocamos em 
prática boa parte do que aprendemos. O processo vivido nesse percurso me fez 
compreender a importância deste momento para a formação docente. Já que são hora de 
pensar os saberes, refletir sobre a nossa conduta e construir a nossa identidade enquanto 
pedagogos. 
 Ser professor é uma satisfação muito grande. Sentir o carinho das crianças e 
perceber a evolução no processo de aprendizagem é um momento de muita felicidade, 
principalmente quando percebemos a nossa importância para a construção da identidade 
e da cidadania das crianças. Quanto as crianças, ficou claro o prazer e 
comprometimento delas em relação à participação nas atividades. 
 Muitas diziam: - Tio, adoramos a quarta-feira! 
Nem era preciso perguntar o motivo, pois o brilho nos olhos e o entusiasmo com 
as brincadeiras deixavam claro, que além da nossa presença, as atividades realizadas 
nestes dias eram diferenciadas. Acredito que as dinâmicas realizadas por nós 
contribuíram para melhorar as relações interpessoais, o respeito às diversidades, 
apropriar-se dos diversos tipos de linguagem e estabelecer relações entre os assuntos 
abordados e o contexto em que vivem. Penso que quando há comprometimento do 
profissional, planejamento das aulas e metas a ser alcançada, a atividade de estágio 
passa a ser um prazer e não apenas mais uma disciplina a ser estudada. Posso dizer, ao 
final deste processo, que esta é uma das disciplinas primordiais para o processo de 
formação do pedagogo. 
 
 
Referencias 
 
ARIÈS, P. História social da infância e da família. Tradução: D. Flaksman. Rio de 
Janeiro: LCT, 1978. 
 
BRASIL. Lei n. 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996. 
 
CRAIDY, Carmem; KAERCHER, Gládis E. Educação infantil: Pra que te quero? 
Porto Alegre: Artmed, 2001. 
 
FONTANA, Roseli; CRAUZ, Nazaré. A criança e a palavra. In. Psicologia e trabalho 
pedagógico. São Paulo: Atual, 1997. 
 
IBIAPINA, I. M. L. M. (Re) elaborando o significado de docência. In: MENDES 
 
TANCREDI, R. P. Aprendizagem da docência e profissionalização: elementos de 
uma reflexão. São Carlos: EdUFSCar, 2009. 
 
TARDIF, M. Saberes Docentes e Formação Profissional. 3. ed. Trad. Francisco 
Pereira. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. 
VASCONCELLOS, Celso dos S: Planejamento Projeto de Ensino-Aprendizagem e 
Projeto Político-Pedagógico. Ladermos Libertad-1. 7º Ed. São Paulo, 2000.

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