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OAB 2ª FASE – XVIII EXAME DE ORDEM 
Parte IV - Peças Processuais - Aula 10 
Flavia Bahia 
1 
CASO CONCRETO – RECLAMAÇÃO 
CONSTITUCIONAL 
 
Um contingente de servidores públicos do 
município A, inconformado com a política 
salarial adotada pelo governo municipal, 
decidiu, após ter realizado paralisação 
grevista sem qualquer sucesso, tomar 
providências para fazer valer um suposto 
direito a reajuste de 15% sobre o 
vencimento básico percebido. 
 
O referido valor corresponderia a um 
aumento remuneratório real, equiparando ao 
reajuste obtido, nos últimos três anos, por 
diversas classes profissionais. 
 
Os servidores públicos procuraram a 
entidade sindical correspondente e esta 
decidiu ajuizar, na justiça comum, ação 
ordinária a fim de satisfazer o pleito 
apresentado. 
 
Dada a premência do tempo em ver 
reconhecido, pelo Judiciário, o reajuste de 
15%, a entidade sindical formulou, na 
própria petição inicial, pedido de 
antecipação de tutela, sob a alegação de 
que, na situação, estavam em jogo verbas 
de caráter nitidamente alimentar, o que 
reforçaria a necessidade de um provimento 
judicial mais célere. 
 
Ao fazer uma primeira análise, o juiz do feito 
decidiu indeferir o pedido de tutela 
antecipada. Após pedido de reconsideração 
formulado pela entidade sindical, o juiz 
decidiu reverter seu primeiro posicionamento 
e optou por deferir o pedido de tutela 
antecipada, determinando a imediata 
implantação em folha de pagamento do 
reajuste de 15% sobre o vencimento básico 
dos servidores públicos. 
 
Inconformado com a decisão judicial, o 
município decidiu contratar serviços 
advocatícios para promover as medidas 
cabíveis e reverter a situação o quanto 
antes, em virtude do iminente impacto 
orçamentário do reajuste concedido. O 
advogado tentou, por todos os modos 
possíveis, suspender a decisão que 
concedeu a tutela antecipada no tribunal de 
justiça competente, sem ter obtido êxito. 
 
A antecipação de tutela continua mantida, 
em toda sua extensão, e o mérito da ação 
ainda não foi apreciado. Sabe-se que o 
Supremo Tribunal Federal, no julgamento da 
ADC-MC 4, assim decidiu: “Medida cautelar 
deferida, em parte, por maioria de votos, 
para se suspender, “ex nunc”, e com efeito 
vinculante, até o julgamento final da ação, a 
concessão de tutela antecipada contra a 
Fazenda Pública, que tenha por pressuposto 
a constitucionalidade ou 
inconstitucionalidade do Art. 1.º da Lei n.º 
9.494, de 10/9/1997, sustando-se, 
igualmente “ex nunc”, os efeitos futuros das 
decisões já proferidas, nesse sentido”. 
 
Diante da situação hipotética apresentada, 
na condição de advogado do município A, 
redija a peça judicial. 
 
EXMº. SR. MINISTRO PRESIDENTE DO 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 
 
(5 linhas) 
 
MUNICÍPIO A, pessoa jurídica de direito 
público interno, com sede..., neste ato 
representado por seu procurador, conforme 
procuração anexa, com escritório..., 
endereço que indica para os fins do art. 39, I 
do CPC, com fundamento no art. 102, I, “l”, 
da CRFB/88 e na Lei nº 8.038/90, vem 
apresentar 
 
RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL em 
face da decisão do Tribunal..., que 
descumpriu a decisão do STF na cautelar da 
ADC 4. 
 
I – DA DECISÃO OBJETO DA 
RECLAMAÇÃO 
 
Sabe-se que o Supremo Tribunal Federal, 
no julgamento da ADC-MC 4, assim decidiu: 
“Medida cautelar deferida, em parte, por 
maioria de votos, para se suspender, “ex 
nunc”, e com efeito vinculante, até o 
julgamento final da ação, a concessão de 
tutela antecipada contra a Fazenda Pública, 
que tenha por pressuposto a 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB 2ª FASE – XVIII EXAME DE ORDEM 
Parte IV - Peças Processuais - Aula 10 
Flavia Bahia 
2 
constitucionalidade ou inconstitucionalidade 
do Art. 1.º da Lei n.º 9.494, de 10/9/1997, 
sustando-se, igualmente “ex nunc”, os 
efeitos futuros das decisões já proferidas, 
nesse sentido”. 
 
Mesmo sabendo dessa decisão vinculante 
da Corte, o juiz de primeiro grau optou por 
deferir o pedido de tutela antecipada 
formulado pela entidade sindical, 
determinando a imediata implantação em 
folha de pagamento do reajuste de 15% 
sobre o vencimento básico dos servidores 
públicos. 
 
O Reclamante tentou reverter a decisão 
perante o Tribunal de Justiça competente, 
mas não obteve êxito, o que configura claro 
desrespeito à autoridade da decisão do STF 
na ADC-MC 4, motivando a propositura da 
presente Reclamação. 
 
II- DA TUTELA DE URGÊNCIA 
 
A tutela de urgência da Reclamação está 
presente no art. 14,II, da Lei 8038/90 e se 
trata de uma medida cautelar. 
 
O fumus boni iuris reside nos argumentos de 
fato e de direito apresentados na presente e 
comprovados mediante a documentação 
anexa. 
 
Já o periculum in mora também se encontra 
demonstrado tendo em vista que a 
concessão de tutela contra a Fazenda 
continua mantida, onerando os cofres 
públicos. 
 
III – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
 
Na forma do art. 102, I, l, da CRFB/88, a 
Reclamação será cabível para garantir a 
autoridade das decisões do Supremo 
Tribunal Federal, dentre outras hipóteses de 
cabimento. 
 
As normas procedimentais relativas à 
presente ação estão previstas na Lei 
8038/90, entre os arts. 13 e 18. 
 
 No caso ora analisado, além de o Juiz ter 
concedido a tutela antecipada contra a 
Fazenda, o Tribunal teve a oportunidade de 
reverter a decisão e não o fez, o que viola a 
autoridade da decisão da Corte. 
 
Sabe-se que o art. 21, da Lei 9868/99 
determina que os efeitos da cautelar da ADC 
são vinculantes e erga omnes, com isso, a 
decisão impugnada precisa ser objeto da 
presente Reclamação Constitucional. 
 
IV – DOS PEDIDOS 
Pelas razões acima expostas, o Reclamante 
requer: 
a) a concessão da medida cautelar para 
suspender a decisão impugnada e que 
ao final seja cassada a decisão... 
b) a oitiva da autoridade Reclamada; 
c) a oitiva do Procurador-Geral da 
República; 
d) a juntada dos documentos anexos. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil 
reais) para fins procedimentais. 
Termos em que, 
pede deferimento. 
Local... e data... 
Advogado... 
OAB n.º ... 
 
DICAS PARA IDENTIFICAR 
O CABIMENTO DAS AÇÕES 
DO CONTROLE CONCENTRADO 
NA PROVA 
 
EXPRESSÕES: 
 
 “ERGA OMNES”, “EFEITOS 
VINCULANTES” 
 “ANÁLISE EM ABSTRATO” 
 “AÇÃO DO CONTROLE 
CONCENTRADO” 
 “LEI EM TESE OU AUSÊNCIA DA 
LEI EM TESE” 
 “EFEITOS PARA TODOS OS 
INDIVÍDUOS NO TERRITÓRIO 
BRASILEIRO” 
 “AÇÃO CONTRA A LEI EM SI” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB 2ª FASE – XVIII EXAME DE ORDEM 
Parte IV - Peças Processuais - Aula 10 
Flavia Bahia 
3 
AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 
 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal 
Federal, precipuamente, a guarda da 
Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) a ação direta de inconstitucionalidade de 
lei ou ato normativo federal ou estadual e a 
ação declaratória de constitucionalidade de 
lei ou ato normativo federal; 
 
1. Histórico 
2. Base Legal: 102, I, a; 102, §2º e Lei nº 
9868/99 
3. Finalidade 
4. Legitimidade Ativa. Art. 103, I a IX. 
(marcações). Legitimidade Passiva. 
Especial – IV, V e IX 
Universal – I a III e VI a VIII 
5. Jurisprudência sobre legitimidade 
 
“O requisito da pertinência temática – que se 
traduz na relação de congruência que 
necessariamente deve existir entre os 
objetivos estatutários ou as finalidades 
institucionais da entidade autora e o 
conteúdo material da norma questionada em 
sede de controle abstrato – foi erigido à 
condição de pressuposto qualificador da 
própria legitimidade ativa ad causam para 
efeito de instauração do processo objetivo 
de fiscalização concentrada de 
constitucionalidade." (ADI 1.157-MC, Rel. 
Min. Celso de Mello, julgamento em 1º-12-
1994, Plenário, DJ de 17-11-2006.) 
 
"A representação partidária perante o STF, 
nas ações diretas, constitui prerrogativa 
jurídico-processual do Diretório Nacional do 
Partido Político, que é – ressalvada 
deliberação em contrário dos estatutos 
partidários – o órgãode direção e de ação 
dessas entidades no plano nacional." (ADI 
779-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, 
julgamento em 8-10-1992, Plenário, DJ de 
11-3-1994.) 
 
“Partido político – Ação direta – Legitimidade 
ativa – Inexigibilidade do vínculo de 
pertinência temática. Os partidos políticos, 
desde que possuam representação no 
Congresso Nacional, podem, em sede de 
controle abstrato, arguir, perante o STF, a 
inconstitucionalidade de atos normativos 
federais, estaduais ou distritais, 
independentemente de seu conteúdo 
material, 
eis que não incide sobre as agremiações 
partidárias a restrição jurisprudencial 
derivada do vínculo de pertinência temática.” 
(ADI 1.407-MC, Rel. Min. Celso de Mello, 
julgamento em 7-3-1996, Plenário, DJ de 24-
11-2000.) 
 
– "Ação direta de inconstitucionalidade: 
legitimação ativa: ‘entidade de classe de 
âmbito nacional’: compreensão da 
‘associação de associações’ de classe: 
revisão da jurisprudência do Supremo 
Tribunal. O conceito de entidade de classe é 
dado pelo objetivo institucional classista, 
pouco importando que a eles diretamente se 
filiem os membros da respectiva categoria 
social ou agremiações que os congreguem, 
com a mesma finalidade, em âmbito 
territorial mais restrito. (...) 
 
(…) É entidade de classe de âmbito nacional 
– como tal legitimada à propositura da ação 
direta de inconstitucionalidade (CF, art. 103, 
IX) – aquela na qual se congregam 
associações regionais correspondentes a 
cada unidade da Federação, a fim de 
perseguirem, em todo o País, o mesmo 
objetivo institucional de defesa dos 
interesses de uma determinada classe. 
 
(…) Nesse sentido, altera o Supremo 
Tribunal sua jurisprudência, de modo a 
admitir a legitimação das ‘associações de 
associações de classe’, de âmbito nacional, 
para a ação direta de inconstitucionalidade." 
(ADI 3.153-AgR, Rel. Min. Sepúlveda 
Pertence, julgamento em 12-8-2004, 
Plenário, DJ de 9-9-2005.) 
 
“Ação direta de inconstitucionalidade – 
Ausência de legitimidade ativa de Central 
Sindical (CUT).” (ADI 1.442, Rel. Min. Celso 
de Mello, julgamento em 3-11-2004, 
Plenário, DJ de 29-4-2005.) 
 
"Associação Nacional dos Registradores de 
Pessoas Naturais não se compreende no 
âmbito do art. 103, IX, 2ª parte, da CF, por 
http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=347037
http://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=363459&idDocumento=&codigoClasse=505&numero=3153&siglaRecurso=AgR&classe=ADI
 
 
 
 
 
 
 
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Parte IV - Peças Processuais - Aula 10 
Flavia Bahia 
4 
ser um subgrupo dentro do grupo 
representado pela ANOREG – Associação 
dos Notários e Registradores do Brasil. 
Assim, falta-lhe legitimidade para a 
propositura da presente ação." 
(ADI 1.788, Rel. p/ o ac. Min. Nelson Jobim, 
julgamento em 5-3-1998, Plenário, DJ de 17-
3-2006.) 
 
“O STF, em inúmeros julgamentos, tem 
entendido que apenas as confederações 
sindicais têm legitimidade ativa para 
requerer ação direta de inconstitucionalidade 
(CF, art. 103, IX), excluídas as federações 
sindicais e os sindicatos nacionais.” (ADI 
1.599-MC, Rel. Min. Maurício Corrêa, 
julgamento em 26-2-1998, Plenário, DJ de 
18-5-2001.) 
 
6. Capacidade Postulatória 
7. Objeto 
8. Participação do PGR 
9. Participação do AGU 
10. Cautelar? 
11. Caso Concreto 
 
VII EXAME UNIFICADO 
 
O Estado KWY editou norma determinando 
a gratuidade dos estacionamentos privados 
vinculados a estabelecimentos comerciais, 
como supermercados, hipermercados, 
shopping centers, determinando multas pelo 
descumprimento, estabelecendo gradação 
nas punições administrativas e delegando 
ao PROCON local a responsabilidade pela 
fiscalização dos estabelecimentos 
relacionados no instrumento normativo. 
 
Tício, contratado como advogado Junior da 
Confederação Nacional do Comércio, é 
consultado sobre a possibilidade de 
ajuizamento de medida judicial, 
apresentando seu parecer positivo quanto à 
matéria, pois a referida lei afrontaria a 
CRFB. Em seguida, diante desse 
pronunciamento, a Diretoria autoriza a 
propositura da ação judicial constante do 
parecer. 
 
Na qualidade de advogado elabore a peça 
cabível, observando: 
 
a) competência do Juízo; 
b) legitimidade ativa e passiva; 
c) fundamentos de mérito constitucionais e 
legais vinculados; 
d) requisitos formais da peça; 
e) tutela de urgência. 
 
IDENTIFICAÇÃO E ELABORAÇÃO DA 
PEÇA 
 
5 Passos: 
 
Passo 1 – Resumo do caso 
Passo 2 – Legitimidade ativa 
Passo 3 – Legitimidade passiva 
Passo 4 – Escolha da ação 
Passo 5 – Órgão competente 
 
EXMº. SR. MINISTRO PRESIDENTE DO 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 
 
(5 linhas) 
 
Confederação Nacional do Comércio, 
pessoa jurídica de direito privado, inscrita no 
CNPJ sob o nº..., com sede em..., por seu 
advogado infra-assinado conforme 
procuração anexa, com escritório..., 
endereço que indica para os fins do art. 39, I 
do CPC, vem propor a presente AÇÃO 
DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE, 
com fundamento no art. 102, I, “a”, da 
CRFB/88 e da Lei nº 9.868/99, em face da 
norma do Estado KWY, elaborada pelo 
Governador do Estado e pela Assembleia 
Legislativa, conforme especificará ao longo 
desta petição, nos termos e motivos que 
passa a expor. 
 
I- DO OBJETO DA AÇÃO 
 
De acordo com o art. 102, I, a da CRFB/88 
caberá ADI em face de lei ou ato normativo 
federal ou estadual que viole a Constituição 
Federal. 
 
A lei estadual, como se demonstrará ao 
longo da presente ação, viola a Lei Maior 
sob os aspectos formais e materiais e por 
isso deverá ser declarada inconstitucional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB 2ª FASE – XVIII EXAME DE ORDEM 
Parte IV - Peças Processuais - Aula 10 
Flavia Bahia 
5 
II - DA LEGITIMIDADE ATIVA ESPECIAL 
DA CONFEDERAÇÃO 
 
A Confederação Nacional do Comércio é 
legitimada ativa para a propositura da ADI, 
de acordo com o art. 103, IX, da CRFB/88. 
 
Ademais, a Autora possui representantes 
em pelo menos nove Estados da Federação, 
como determina o art. 8º da Lei 9096/95 e 
os interesses dos seus membros são 
homogêneos. 
 
A pertinência temática também é 
comprovada pela relação harmoniosa entre 
o objeto da ação – uma lei que afeta os 
interesses do Comércio – e os membros que 
compõem a referida organização coletiva. 
 
III - DA TUTELA DE URGÊNCIA 
 
A possibilidade de concessão de medida 
cautelar em sede de ADI se encontra nos 
arts. 10 a 12 da Lei n° 9868/99 e possui 
natureza cautelar. 
 
O fumus boni iuris se justifica pelos 
argumentos apresentados ao longo da 
petição e pela documentação anexa. 
 
Já o periculum in mora é comprovado tendo 
em vista o dano irreparável que o Comércio 
sofrerá caso a referida norma seja mantida. 
 
IV- DOS FUNDAMENTOS 
 
Art. 102, I, “a”, CRFB/88 
Art. 102, §2º, CRFB/88 
Lei nº 9.868/99 
Art. 22, I, CRFB/88 – vício formal subjetivo 
Art. 1º, IV, CRFB/88 – vício material 
Art. 5º, XXII,CRFB/88 – vício material 
V- DOS PEDIDOS 
 
Em face do exposto, a Confederação requer: 
 
a) a concessão da medida cautelar para 
suspender a norma impugnada e que ao 
final seja julgado procedente o pedido e 
declarada a sua inconstitucionalidade; 
b) a juntada dos documentos em anexo; 
c) que sejam solicitadas informações ao 
Governador do Estado e à Assembleia 
Legislativa estadual; 
d) a citação do Advogado Geral da União; 
e) a oitiva do Procurador-Geral da 
República. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil 
reais) para fins procedimentais. 
Termos em que, 
pede deferimento. 
Local... e data... 
Advogado... 
OAB n.º... 
 
PEÇA PROCESSUAL XIII EXAME 
O Presidente da República editou o Decreto 
nº 5555, estabelecendo a obrigatoriedade, 
como exigência à obtenção do diploma de 
graduação em engenharia, de um elevado 
aproveitamento nas disciplinas do curso, e, 
para inscrição nos Conselhos Regionais, a 
conclusão de uma pós-graduação com 
carga horária mínima de 480 horas de aula. 
 
A medida tem por objetivo conferir maior 
controle sobre a formação do profissional, 
nummomento de expansão das obras de 
infraestrutura no país. 
 
A Confederação Sindical dos Engenheiros, 
entidade que reúne 18 (dezoito) Federações 
de sindicatos em diferentes Estados, cada 
uma com ao menos 10 (dez) sindicatos, 
procura os seus serviços para impugnar o 
Decreto expedido pelo Presidente da 
República, salientando que o mesmo viola 
diretamente a Constituição, sendo certa a 
urgência na obtenção de um provimento 
judicial favorável, tendo em vista a 
aproximação do final de ano, época em que, 
tradicionalmente, são formados milhares de 
bacharéis em todo o território nacional.

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