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Caderno de constitucional

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Prévia do material em texto

PROFESSOR MARCELO SALVADOR MINGRONE
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL
Link aula ca.bbcollab.com/guest/9aa57a75f5154e749a5c7e130c3e734f
EMAIL: marcelo.mingrone@fmu.br
Legenda: Minhas anotações – Azul
O resto cópia dos slides 
Aula 1 – 24/02/2021 – VI AULA COMPLETA
O QUE VIMOS NO PASSADO? 
Estudamos o constitucionalismo – vimos que no séc. 18 espalhou-se pelo mundo a ideia de que os estados seriam organizados por meio de constituições escritas e seriam estados moderados e a Constituição passaria a ser referência de todo ordenamento jurídico, ocupando um espaço de destaque na estrutura do poder e na existência de poder moderado
CLASSIFICAÇÕES – conceito de constituição rígida – descobrimos que não é uma simples situação de conflito de lei no tempo, que leva uma norma anterior a ser revogada pela norma posterior.
Nós vimos que existe hierarquia entre as normas e a lei ordinária jamais pode revogar o texto da CF, o texto da CF só pode ser alterado pela emenda a constituição e essa espécie normativa especifica tem um procedimento de produção muito mais complexo, havendo choque em que a lei ordinária e a CF estamos diante de uma inconstitucionalidade, norma que não buscou fundamento de validade na constituição, devendo ser declarada uma norma viciada.
PODER CONSTITUINTE (há todo um processo específico para produzir uma emenda a constituição, o processo legislativo é bem complexo, precisando de maioria qualificada de 3/5, se a emenda não observar todo o procedimento surge uma inconstitucionalidade formal) – originário, derivado (processo legislativo para alterar a constituição) e decorrente
DIVISÃO ESPACIAL DO PODER – a divisão do poder no espaço, na república federativa do brasil temos uma organização político administrativa que contemplam a união, estados, municípios e/ou DF (esses entes são autônomos e cada um tem uma esfera de competência – art. 30, inc. I, a competência para legislar sobre interesse local é dos municípios)
DIVISÃO ORGANICA DO PODER – legislativo (fiscalizar e legislar, cria leis e essas leis precisam guardar compatibilidade com a CF), executivo (administra e cumpre o disposto em lei, é um poder normativo) e judiciário (tem uma função de sentenciar de compor conflitos de interesse, dizendo o direito e o disposto na CF) - (órgãos pelos quais o estado se movimenta, todos esses órgãos não são poderes acima da constituição e sim formados pela constituição, devem buscar o cumprimento do disposto na CF)
Funções essenciais da justiça – MP, procurador geral da república pode promover uma ação direta, advocacia pública, Defensoria e controle de constitucionalidade.
CONTROLE JUDICIAL DE CONSTITUCIONALIDADE
Vamos estudar preponderantemente o controle de constitucionalidade
Reflexões Iniciais – considerações sobre o tema
QUESTÕES ACADEMICAS 
- PLANEJAMENTO ACADEMICO – FALA SOBRE AS AVALIAÇÕES
A1 – nota 0 a 10 e peso 4 e ele estabelecerá os critérios
N2 – APS (análise de um tema) e faremos a autoavaliação 
PLANO DE ENSINO
1 – Introdução da ideia de Controle de Constitucionalidade e os sistemas existentes (o Brasil adota 2 sistemas – controle difuso de constitucionalidade, que pode ser realizado por qualquer órgão e controle concentrado, perante um único órgão, o STF, não é aberto a todas as pessoas – elencados no art. 103 da CF)
2 – Controle de constitucionalidade difuso (muito importante – imprescindível ferramenta de trabalho)
3 – Controle concentrado ação direta de inconstitucionalidade, ação declaratória de constitucionalidade e ação direta de inconstitucionalidade por omissão – mandado de injunção (cabe quando a falta de norma regulamentadora prejudique direitos ou liberdades constitucionais, lesões decorrentes da falta de norma)
 (vamos verificar a modulação e a incidência no controle difuso) 
* Ação direta de inconstitucionalidade interventiva (é a primeira das ações de controle concentrado)
* Possibilidade de intervenção que é uma rara exceção, que deve ser usado como instrumento moderado, dadas as anomalias que aparecem 
*Arguição de descumprimento de preceito fundamental (está numa fase de desenvolvimento)
4 – Precedentes e hermenêuticas
5 – Remédios constitucionais 
EUA - 1803
MARBURY x MADISON (caso inaugural de controle de constitucionalidade contemporâneo)
· Caso concreto em que o mérito não foi analisado por conta de que a lei federal infraconstitucional - utilizada para o ajuizamento da ação diretamente na Suprema Corte americana - criava uma competência originária que não estava prevista nas atribuições da Corte previstas no Texto Constitucional estadunidense. (este caso resolveu um controle de constitucionalidade sem apreciar o mérito – pois a lei que regulamentava o instituto utilizado pelo reclamante, atribuía a suprema corte que não constava no rol de competência, colocou um conflito diante do poder judiciário um conflito de normas no tempo, pois a CF se coloca numa posição de supremacia e a lei que estava abaixo não poderia contrariar a CF)
A competência da suprema corte, está definida na CF
ALIÁS (LEI 9882/99) 
· Art. 1o A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público.
· (Conforme §1º do Art. 102 da CF) 
· Caberá também 
· Parágrafo único. argüição de descumprimento de preceito fundamental: (havia muita controvérsia se era compatível ou não)
· I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição; (deu uma alargada na competência do stf por meio desta lei ordinária)
· (Vai além do disposto no §1º do Art. 102 da CF)
MARCO DA ANÁLISE DO CONTROLE PELO PODER JUDICIÁRIO
· OBS. Esse caso representa uma ruptura com a tradição inglesa a respeito da Supremacia do Parlamento. 
· Colocado na prática pela primeira vez nos EUA, o controle de constitucionalidade pelo Poder Judiciário abriu caminho para sacramentar duas situações importantes, quais sejam:
· I- IDEIA DE SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO;
· II- O PODER E DEVER DOS JUÍZES DE NEGAR APLICAÇÃO DAS LEIS CONTRÁRIAS À CONSTITUIÇÃO.
PARA PENSAR
A decisão norte americana, levada a efeito pelo juiz John Marshall, foi um gesto de improvisação? 
· Ideia de Supremacia da Constituição e compromisso dos juízes com a aplicação da lei
EXPERIÊNCIA DA ANTIGUIDADE 
· Idade Antiga:
· Atenas (Grécia) – já havia uma hierarquia de leis
· Nómos (lei) e Pséfisma (Decreto)
· Os nómois demandavam procedimentos diferenciados para sua alteração. Os psefísmata (como que instâncias legislativas ordinárias) não poderiam contrariar os nómoi.
· Estudo de Ugo Enrico Paoli, referido por Mauro Cappelletti infere que a lei devesse ser qualquer coisa de fixa ´retirada das tumultuárias´ vicissitudes da vida política e das decisões improvisadas das assembleias.
· Obs. Os juízes assumiam solenemente a obrigação de julgar conforme a leis 
· Obs. Uma ideia de hierarquia entre as normas.
CF 88
· Lei Ordinária – Ex. Aprovação
· Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros. (quórum para aprovar lei ordinária)
ART. 60. A CONSTITUIÇÃO PODERÁ SER EMENDADA MEDIANTE PROPOSTA:
· I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
· II - do Presidente da República;
· III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
· § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
· § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
· § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivonúmero de ordem.
· § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
· I - a forma federativa de Estado;
· II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
· III - a separação dos Poderes;
· IV - os direitos e garantias individuais.
· § 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
EMBASAMENTO FILOSÓFICO
· PLATÃO: A lei deve representar a ordem divina, superior e imutável, e não apresentar-se segundo os interesses mutáveis dos homens ou das classes;
· ARISTÓTELES: considerava a lei acima das paixões humanas (colaborou com a concepção de supremacia da lei e com a de ilegitimidade da lei injusta)
CURIOSIDADE
· Consequência da ilegalidade:
· A) Responsabilidade Penal para aquele que havia proposto o “decreto” ilegal;
· B) julgamento do “decreto” por inválido por contrariar a “lei”
EXPERIÊNCIA MEDIEVAL
· Distinção entre duas ordens:
· JUS NATURALE – norma superior e inderrogável;
· JUS POSITUM – não poderia entrar em contraste com a primeira.
· Fundamentos: Transcendentes e Teológicos
· Embasamento Filófico (remoto: Platão e Aristóteles; próximo: Cícero, Doutrina Tomista)
EXPERIÊNCIAS DOS SÉCS. XVII E XVIII (deixamos de lado a divindade e buscamos fundamentar na razão)
· Escola jusnaturalista, que também trabalhava o direito natural como algo superior, contudo, diferindo do período pretérito por conta de que fundamento era RACIONALISTA e IMANENTISTA (FALAVA EM DIREITOS INATOS).
· EMBASAMENTO FILOSÓFICO IMPORTANTE JOHN LOCKE
PROBLEMA A SER RESOLVIDO
· Problema: duas ordens sendo a natural destituída de sanções.
SOLUÇÃO CONTEMPORÂNEA
· Positivação dos direitos naturais, mormente no âmbito da constituições rígidas que vieram a aparecer (constitucionalismo)
COM TUDO ATÉ AQUI VISTO...
· Vimos inspirações para a SUPREMACIA CONSTITUICIONAL e um pouco de aplicação da leis por juízes
“ASTÚCIA DA HISTÓRIA”
· Edward Coke (Lord Coke), opositor do Rei James I Stuart, construía a teoria de que os juízes deveriam atuar como árbitros entre o Rei e a Nação, isso porque formados na Ciência do Direito. Aprofundando sua Teoria, Lord Coke entendeu que a garantia da Common Law era uma atribuição dos juízes contra o arbítrio do Rei e do Parlamento.Isso vigorou por algumas décadas até que se firmou a Supremacia do Parlamento.
INTERESSANTE
· Na lei inglesa, toda “corporação” somente poderia fazer aquelas coisas que autorizavam sua própria Carta de Constituição. Pois bem, muitas das colônias foram constituídas inicialmente como companhias comerciais, de sorte que eram regidas por Cartas (Estatutos da Coroa) e, esses instrumento, em regra, dispunham que as Colônias poderiam aprovar suas próprias leis, desde que razoáveis e não contrárias às leis do Reino da Inglaterra (vontade do Parlamento). 
· Muitos casos que viravam processos, em que os juízes somente aplicavam as leis da colônia se não estivessem em contrates com a Lei do Reino. 
· Uma garantia para a Supremacia do Parlamento deu origem à Supremacia do Poder Judiciário
MODELOS
· NORTE-AMERICANO – CONTROLE EM CONCRETO
· EUROPEU – CONTROLE EM ABSTRATO
SISTEMAS
· DIFUSO - NORTE-AMERICANO
· CONCENTRATO – EUROPEU por meio das ações diretas de constitucionalidade 
Aula 2 – 03/03/2021 - VI AULA COMPLETA
EVOLUÇÃO HISTÓRICA (do controle de constitucionalidade) E RECEPÇÃO
Controle de Constitucionalidade
Fatos históricos - Experiências que tem reflexos para a nossa atualidade
CONSTITUIÇÃO DO IMPÉRIO (1ª constituição do Brasil)
· CONSTITUIÇÃO POLÍTICA DO IMPERIO DO BRAZIL (DE 25 DE MARÇO DE 1824) (dava uma certa preponderância ao parlamento)
· Não apresentava nada semelhante ao que conhecemos contemporaneamente.
TITULO 4º - DO PODER LEGISLATIVO.
·     Art. 15. É da atribuição da Assembleia Geral:
· (...)
· VIII. Fazer Leis, interpretá-las, suspendê-las e revogá-las.
· IX. Velar na guarda da Constituição e promover o bem geral do Nação.
PERGUNTA
O QUE ISSO SIGNIFICAVA? A supremacia do parlamento 
CF/88
· Ideia presente no sistema da atual Constituição.
MEDIDA PROVISÓRIA – emana do poder executivo
· Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. (congresso recebe a medida provisória, como se fosse um projeto de lei, deliberando aprovação ou não)
· § 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais.   (o congresso antes precisa um juízo de relevância e urgência, se ele não aprovar houve controle de constitucionalidade)
· Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
· V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; (uma outra situação de controle de constitucionalidade pelo poder legislativo)
Norma inferior busca fundamento de validade em norma superior
Quando a lei desrespeita a constituição nós temos uma inconstitucionalidade e quando o decreto desrespeita a lei a que ele vem a regulamentar, nós temos uma ilegalidade 
O executivo pode legislar por meio de lei delegada - é uma via tormentosa, mas possível
CONSTITUIÇÃO DE 1891 (primeira constituição republicana)
· Nítida inspiração no modelo de controle de constitucionalidade norte-americano, contudo, com uma referência mais explícita e concludente em relação ao texto estadunidense;
· Análise diante de casos concretos. (controle diante de casos concretos, controle difuso)
Controle de constitucionalidade pelo poder judiciário, mediante o exercício do poder de ação
CONSTITUIÇÃO DE 1934 (constituição promulgada que estabeleceu algumas novidades) 
· Manteve o sistema da Constituição (controle difuso) de 1891 e acrescentou a ideia de:
a) Reserva de Plenário e; (Art. 97, CF. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.) (maioria absoluta é de acordo aos membros que compõe) 
Chegou processo na câmara do tribunal e existe arguição de inconstitucionalidade e o tribunal entendeu que não é inconstitucional, que é compatível com a constituição. Esse órgão precisa mandar ao plenário para sua decisão ser válida? Não precisa, pois a reserva de plenário é para a declaração de inconstitucionalidade 
Essa declaração de inconstitucionalidade da ensejo a comunicação ao senado de que a norma foi julgado. 
b) Consagrava a Competência do Senado Federal para sustar, no todo o em parte, a norma declarada definitivamente inconstitucional pelo Poder Judiciário. (Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal)
Faz sentido tanto para o difuso e para o concentrado para que haja sustação?? Tem tudo a ver com o efeito difuso, o controle concentrado é desnecessário. 
c) declaração de Inconstitucionalidade envolvendo intervenção federal por violação dos princípios sensíveis pelos Estados.
Quando o Supremo Tribunal Federal em um caso concreto declara definitivamente a inconstitucionalidade de uma norma ele comunica o senado e o senado por sua vez edita uma resolução para sustar os efeitos da norma declarada inconstitucional.
Surgimento de uma espécie de ação que revela também controle de constitucionalidade abrindo as portas para o concentrado – ação direta de inconstitucionalidade interventiva (tem a ver com a distribuição de poder)
CONSTITUIÇÃO DE 1937 
· Mantido o sistema anterior, contudo, com uma peculiaridade. O Presidente da República, a seu juízo, poderia submeter a lei declarada inconstitucional novamente ao Parlamento. 
· Art. 96
· Parágrafo único - No caso de ser declarada a inconstitucionalidade de uma lei que, a juízo do Presidente da República, seja necessária ao bem-estar do povo, à promoção oudefesa de interesse nacional de alta monta, poderá o Presidente da República submetê-la novamente ao exame do Parlamento: se este a confirmar por dois terços de votos em cada uma das Câmaras, ficará sem efeito a decisão do Tribunal. (não temos na de 1988)
CONSTITUIÇÃO DE 1946 (pela emenda 16 fez surgir a ADIN, legitimando o procurador geral da república – hoje o rol de legitimados é muito maior)
· Trabalhou o controle difuso e deu nova conformação à Ação Direita de Inconstitucionalidade Interventiva, inicialmente prevista na Constituição de 1934 (Agora a Intervenção tinha a titularidade da representação nas mãos do PGR, ficando a intervenção sujeita à decisão do STF). 
· Criou ambiência para o controle por via de ação direta, que foi introduzido pela emenda 16/65. Legitimado para o ajuizamento PGR
CONSTITUIÇÃO 67/69
· Repetiu o controle da previsão anterior e, nesse período, surgiu um embate jurídico acerca da obrigatoriedade, ou não, do PRG – único legitimado à propositura da ação – ajuizar a ação quando recebesse a representação.
CONSTITUIÇÃO DE 1988
· Ampliou a formas de controle (sobretudo o concentrado) e também a legitimidade (exceção para a Interventiva), sem contar os remédios constitucionais previstos – instrumentos assecuratórios de direitos constitucionais.
· Ação Declaratória de Constitucionalidade – EC 3 de 1993.
· Regulamentação e ampliação do ADPF pela Lei 9882/99. 
DISSE QUE VAI VERIFICAR SOBRE O REVISTO – PEDIU PARA OS REPRESENTANTES ENCAMINHAREM POR E-MAIL COM DADOS E OS VICES TAMBÉM
FENÔMENO DA RECEPÇÃO
Inconstitucionalidade Originária e Inconstitucionalidade Superveniente.
· Leis anteriores serão entendidas por inconstitucionais ou serão revogadas? 
· A resposta vem de entendimento do STF, não sem debate que valorizou a questão. Novidade no tema ADPF
(leis anteriores são resolvidas pelo fenômeno da recepção) – no entanto existe uma exceção, vejamos o inciso I a seguir:
LEI 9882/99
· Art. 1o A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público.
· Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito fundamental: 
· I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição*; 
· *ADI 2.231-8 de 2000, julgada em 2005.
EXCERTOS DO VOTO DO MIN. GILMAR MENDES
· “Como se vê, ainda que aparentemente pudesse ser o recurso extraordinário o meio eficaz de superar eventual lesão a preceito fundamental nessas situações, na prática, especialmente nos processos de massa, a utilização desse instituto do sistema difuso de controle de constitucionalidade não se revela plenamente eficaz, em razão do limitado efeito do julgado nele proferido (decisão com efeito entre as partes).”
CONTINUAÇÃO...
· “Assim sendo, é possível concluir que a simples existência de ações ou de outros recursos processuais — vias processuais ordinárias — não poderá servir de óbice à formulação da argüição de descumprimento. Ao contrário, tal como explicitado, a multiplicação de processos e decisões sobre um dado tema constitucional reclama, as mais das vezes, a utilização de um instrumento de feição concentrada, que permita a solução definitiva e abrangente da controvérsia.
· Essa leitura compreensiva da cláusula da subsidiariedade contida no art. 4o, § 1o, da Lei no 9.882, de 1999, parece solver, com superioridade, a controvérsia em torno da aplicação do princípio do exaurimento das instâncias.”
CONTINUAÇÃO...
· “É fácil ver também que a fórmula da relevância do interesse público para justificar a admissão da argüição de descumprimento (explícita no modelo alemão) está implícita no sistema criado pelo legislador brasileiro, tendo em vista especialmente o caráter marcadamente objetivo que se conferiu ao instituto. (segurança jurídica)
· Assim, o Tribunal poderá conhecer da argüição de descumprimento toda vez que o princípio da segurança jurídica restar seriamente ameaçado, especialmente em razão de conflitos de interpretação ou de incongruências hermenêuticas causadas pelo modelo pluralista de jurisdição constitucional.” (não acabamos com as vias ordinárias, apenas abrimos exceções de quando houver divergência séria que clama por segurança)
OUTROS PONTOS RELEVANTES
Classificações
QUANTO À ESPÉCIE DO VÍCIO
· Formal – Pode ser fruto de uma incompatibilidade formal, ex: está atento aos procedimentos que envolvem a criação da lei 
Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local;
· Material - Pode ser fruto de uma incompatibilidade material, ex: está atento a matéria, aquilo que foi contrariado por outro dispositivo distinto 
Podemos falar referente as cláusulas pétreas, então falar de pena de morte seria inconstitucional, por ser uma garantia individual, mesmo que mudasse. No entanto não poderíamos acabar com esse parágrafo 4º pois senão, não teríamos as cláusulas pétreas que seriam relativas.
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
IV - os direitos e garantias individuais.
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
QUANTO AO ATO
· Por Ação
· Por Omissão (quando a lei pede que seja feita alguma coisa)
QUANTO AO ÓRGÃO
· Político 
· Jurisdicional – (é levado ao efeito pelo poder judiciário)
· Misto – (quando temos duas espécies)
QUANTO AO MODO DE CONTROLE
· Incidental 
· Principal (ação direta de inconstitucionalidade)
QUANTO AO MOMENTO 
· Preventivo (se for projeto é preventivo pois se da antes da norma) feito pelo poder político 
· Repressivo (se estamos falando do que já ingressou no ordenamento jurídico) feito pelo poder judiciário 
Aula 3 – 10/03/2021 - VI AULA COMPLETA
CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE
Efeitos e Possibilidades
CONTROLE DIANTE DE CASOS CONCRETOS
· CONTROLE DIFUSO, pode ser chamado também de incidental (controle próximo da gente, do nosso dia a dia), também chamado de controle por via de Exceção ou Defesa. (exceção é sinônimo de defesa, nesse controle a arguição da inconstitucionalidade se faz como meio de defesa de um direito. A ideia de defesa é de defesa de interesse, seja lá quem esteja arguindo)
· Origem: Estados Unidos
Pode ser realizado por qualquer órgão do Poder Judiciário, sejam os monocráticos, sejam os colegiados (reserva de Plenário). (Mas a reserva de plenário aponta algumas regrinhas)
Começo da aula que vem explicará a APS, ainda não está liberada
Controle difuso se difunde por todos os órgãos do poder judiciário
O QUE ORIGINA ESSE TIPO DE CONTROLE?
· “quando, no curso de um pleito judiciário, uma das partes levanta, em defesa de sua causa, a objeção de inconstitucionalidade da lei que se quer aplicar” (Paulo Bonavides, Curso. P. 272), contudo, esse não é o pedido principal, mas, sim, incidental. (esse tipo de controle não é originário é uma necessidade dentro dessa busca pelo direito, para que seja alcançado o objetivo final) 
É o oposto do controle concentrado
PENSAR EM CAUSA DE PEDIR (FATOS E FUNDAMENTOS) E PEDIDO.
· Situação concreta.
· Em que pese o art. 62, §1º, II estabeleça a proibição de medida provisória que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro, antes de 2001 esse limite inexistia. Pois bem, no início da década de 90 tivemos uma MP bloqueando os ativos financeiros.  
PANORAMA GERAL
· Bloqueio de Poupança e ativos financeiros.
· Valor disponível para cada pessoa limitado· Inconstitucionalidade por violar direito de propriedade e estabelecimento de empréstimo compulsório fora dos casos previstos na CF.
(tivemos aqui graves inconstitucionalidades)
MEDIDA JUDICIAL
· Objetivo: desbloqueio dos ativos financeiros.
	Pedido INCIDENTAL: inconstitucionalidade da Medida Provisória.
	Pedido PRINCIPAL: desbloqueio de valores.
ATENÇÃO !!!
No caso concreto, a decisão judicial que põe termo à controvérsia, declarando a inconstitucionalidade da lei, não conduz à anulação da lei. Ela continuará em vigor, de sorte que apenas não foi aplicada naquele caso.
A reserva de plenário foi violada pois a lei não foi aplicada, pois não teve a declaração de inconstitucionalidade
PERGUNTA
· A pessoa ajuizou uma ação em que formulou uma arguição incidental de inconstitucionalidade da lei que majorou o IPTU de seu imóvel X. Teve êxito. Não pagou o tributo majorado. (aqui a norma foi considerada inconstitucional) 
· Pouco tempo depois ajuizou outra ação, inclusive envolvendo as mesmas partes, só que agora em razão do imóvel Y. Por coincidência, o processo foi distribuído à mesma Vara, no entanto, o juiz, revendo seu posicionamento anterior, procedeu a uma sentença totalmente diferente. (aqui constitucional)
NA PRÁTICA, ISSO PODERÁ OCORRER? PODE
A PARTIR DA RESPOSTA...
· Daremos um grande passo para compreender:
· I) os limites subjetivos e; as partes que estão no processo
· II) os limites objetivos o que foi objeto do processo 
E OS EFEITOS?
Ex Tunc ou Ex Nunc? Retroagem
O controle difuso em princípio produz efeito Ex Tunc – se a lei é inconstitucional ela tem um vício de origem, jamais deveria ter existido, no entanto já que existiu não deveria ter efeito subsistindo, pois, a lei uma vez constitucional, sempre constitucional.
Apenas responder tentando se valer da ideia básica do controle e das ideias civilistas.
VAMOS COMPLICAR? Com o caso a seguir
VÍCIO DE ORIGEM
Caso concreto Interessante 
(REAgR 341.732)
CASO DE APOSENTADORIA COM GRATIFICAÇÃO (RECEBIDA DESDE 1994)
Fundamento legal
Lei estadual 1.762/86
· Art. 139. O funcionário que se aposentar de acordo com o item II, do art. 131 fará jus:
· II- A proventos acrescidos de vinte por cento quando ocupante da última classe da carreira;
EC 01/69
· Art. 102. Os proventos de aposentadoria serão:
· §1º Os proventos da inatividade serão revistos sempre que, por motivo de alteração do poder aquisitivo da moeda, se modificarem os vencimentos dos funcionários em atividade.
· §2º Ressalvado o disposto no parágrafo anterior, em caso nenhum os proventos da inatividade poderão exceder a remuneração percebida pelo servidor em atividade.
INDAGAÇÃO 1
· Há relação de compatibilidade entre o disposto na Constituição em vigor (67/69) com o disposto na lei estadual 1.762/86?
Inconstitucional – a lei promulgada em 86 entrou em vigor e em 94 sem que antes disso ninguém ter impugnado sua constitucionalidade
INDAGAÇÃO 2
A LEI INCONSTITUCIONAL NASCE MORTA?
Sim, pois nunca deveria ter produzido efeito
POIS BEM...
· A lei permaneceu em vigor durante anos e sem que houvesse qualquer arguição de inconstitucionalidade (nem em controle difuso e nem em controle concentrado). Essa situação perdurou assim, inclusive, após a promulgação da CF/88, que, a propósito, nada dispôs acerca desse tema. Absoluto silêncio.
· OBS. JÁ SOB A ÉGIDE DA CF/88, O SECRETÁRIO DE ESTADO RETIROU O BENEFÍCIO DO APOSENTADO.
Em 94 quem estava recebendo a aposentadoria com esse efeito, deixou de receber e um beneficiário dessa aposentadoria buscou a justiça. Mas será que gerou direito adquirido? Pode ter gerado recepção??
INDAGAÇÕES
· 1) Lei inconstitucional gera direito adquirido? 
· 2) Existiria a figura da RECEPÇÃO NOVATÓRIA? (recepção novatória ela foi a base do entendimento do tribunal de 2º grau de jurisdição, que restabeleceu a aposentadoria)
O QUE FUNDAMENTARIA ESSA RECEPÇÃO NOVATÓRIA
· Doutrina de Oswaldo Luiz Palu
· “se o ato anterior era inconstitucional ante a Constituição da época, mas produziu efeitos concretos e a inconstitucionalidade não foi declarada, há que se aferir se o mesmo tem compatibilidade com a nova Constituição; se tiver, a lei continua válida e em vigor, sendo que o anterior vício que apresentava encontra-se sanado, posto ter sido novado o seu fundamento de validade” 
· Essa tese prevaleceu em segundo grau, contudo, não no STF. A gratificação incorporou por boa-fé, além do que a gratificação apresenta caráter alimentar.
O STF rechaçou a ideia de direito adquirido com base em lei inconstitucional. O STF manteve a aposentadoria, para preservar os efeitos da lei, observando alguns princípios jurídicos, como o da segurança e boa fé e no caso, o objeto revelava uma obrigação de caráter alimentar, pois estamos falando de remuneração, as particularidades desse caso demandaram uma saída que buscasse dentro do ordenamento jurídico também questões importantes.
EXCERTO DO VOTO
· “Retirá-la, quando a sua concessão viu-se coberta pelo princípio da boa-fé, representaria ofensa a esse princípio, certo, convém registrar, que uma das razões mais relevantes para a existência do direito está na realização do que foi acentuado na Declaração de Independência dos Estados Unidos da América, de 1776, o direito do homem de buscar a felicidade. Noutras palavras, o direito não existe como forma de tornar amarga a vida dos seus destinatários, senão de fazê-la feliz”
· No voto também foi trazido à tona o princípio da Segurança Jurídica
OBSERVEM
· “o princípio da Segurança Jurídica assenta-se, sobretudo, na boa-fé e na necessidade de estabilidade das situações criadas administrativamente. No caso, não custa repetir, o ato administrativo embasa-se no princípio da boa-fé, tanto do órgão administrativo que deferiu a vantagem, como, e principalmente, do servidor público. 
O princípio tem força normativa? Esse é um embate que hoje é um pouco mais ameno, mas encontramos posições divergentes, os que entendem que sejam normas e os que entendem que não, mas hoje a maioria dos princípios estão positivados.
O professor é simpático a tese dos princípios serem normas mesmo não positivado.
OBSERVAÇÃO INTERESSANTE
· O voto não trabalhou a convalidação da lei pela CF/88, mas, sim, a convalidação dos efeitos produzidos.
· Reflexões em um Caso de Aposentadoria
· Art. 55. O tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no Regulamento, compreendendo, além do correspondente às atividades de qualquer das categorias de segurados de que trata o art. 11 desta Lei, mesmo que anterior à perda da qualidade de segurado:
· § 2º O tempo de serviço do segurado trabalhador rural, anterior à data de início de vigência desta Lei, será computado independentemente do recolhimento das contribuições a ele correspondentes, exceto para efeito de carência, conforme dispuser o Regulamento.
CF 88 – ART. 7º
· Redação antiga
· Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos, salvo na condição de aprendiz.
· Redação atual
· XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; 
Aula 4 – 17/03/2021 - VI AULA COMPLETA
CONTROLE DIFUSO (se dar em um caso concreto e produz efeitos apenas as partes do processo e a decisão gera efeito ao que foi objeto do processo, e faz com que haja retroatividade) 
...
 			CONTINUAÇÃO
REFLEXÕES
	... em mais um caso de APOSENTADORIA.
(já falamos de um caso aula passada) O efeito foi mantido por conta de compreender alguns princípios e era uma obrigação de caráter alimentar.
Vamos falar de mais um caso – Aposentadoria de trabalhador rural (ele é fundamentado por lei específica e não pela CLT), segue:
LEI 8213/91 (essa lei criou a possibilidade de computar período anterior a lei, em que o trabalhador exerceu atividade, mas não contribuiu)
· Art. 55. O tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no Regulamento, compreendendo, além do correspondente às atividades de qualquer das categoriasde segurados de que trata o art. 11 desta Lei, mesmo que anterior à perda da qualidade de segurado:
· § 2º O tempo de serviço do segurado trabalhador rural, anterior à data de início de vigência desta Lei, será computado independentemente do recolhimento das contribuições a ele correspondentes, exceto para efeito de carência, conforme dispuser o Regulamento.
ART. 11. SÃO SEGURADOS OBRIGATÓRIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL AS SEGUINTES PESSOAS FÍSICAS: 
· VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de: 
· c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis)* anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo. (precisa ser de 16 para cima, pois precisa ser alguém que trabalhou e a lei permitia que trabalhasse)
*(redação pela lei 11.718/08. A redação anterior falava em maiores de 14 anos)
ATENÇÃO
· Antes da Lei 8.213/91, os filhos dos segurados especiais não eram não eram considerados segurados, exceto se houvesse contribuição como autônomos (no caso concreto não houve contribuição). (antes ou era filiado, ou não era contemplado)
CF 88 – ART. 7º (trabalho proibido, diferente de trabalho ilícito) 
· Redação antiga
· Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos, salvo na condição de aprendiz.
· Redação atual
· XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; 
DECISÃO STJ
· Reconheceu o cômputo do tempo de serviço do menor de 14 para fins previdenciários.
PARTE DA EMENTA DO STJ (entendeu que aquele período anterior dos 14 deveria sim contar, não aplicou para acolher o menor, pois se já trabalhou – o que não deveria, contou esse período pois o intuito é ajudar e não prejudicar)
· Versando a quaestio acerca da possibilidade de averbação do período trabalhado por menor de 14 anos, para fins previdenciários, e pelo art. 55, § 2º da Lei 8.213/91 determinar o cômputo do tempo de serviço do trabalhador rural, independente do tempo do recolhimento das contribuições a ele correspondentes (não para contagem recíproca), a e. Terceira Seção, entendendo que a limitação etária para a atividade laborativa é imposta em benefício do infante, pacificou o entendimento de que comprovado o exercício da atividade empregatícia rural, abrangida pela Previdência Social, por menor de 14 anos, é de se computar esse tempo de serviço para fins previdenciários.
PARTE DA IMPUGNAÇÃO DO INSS (o INSS não ficou contente e buscou RE, pois demonstrou que houve controle difuso sem observância da reserva de plenário, por isso subiu ao STF)
· “ao dar provimento ao recurso especial, reconhecendo o cômputo do tempo de serviço prestado por menor de quatorze anos, afastou, por meio de órgão fracionário a norma inserta no art. 11, VII da Lei 8.213/91, que a contrário sensu, exclui do menor de 14 anos a qualidade de segurado especial. Assim a lei não reconheceu ao menor de 14 anos direitos previdenciários”.
· – Negativa de vigência ao art. 11, VII;
· - Violação do disposto no art. 97 da CF. 
POSIÇÃO DO STF
· Manteve a decisão do STJ e foi no sentido de que, entre a teoria civilista da nulidade e a sua inaplicabilidade no contrato de trabalho, prevalece esta, até por conta da impossibilidade de voltar ao estado anterior. (ele concluiu que não houve violação a reserva de plenário por não incidência da lei, pois senão o supremo não teria mantido essa decisão) Pois busca a proteção do menor, fazendo referência a segurança jurídica e a boa-fé.
COM ISSO ...
· OBSERVAMOS QUE OS EFEITOS “EX TUNC” DA DECISÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE COMPORTAM UM CERTO ABRANDAMENTO DIANTE DE SITUAÇÕES EM QUE SE FAZ PRESENTE:
A) A SEGURANÇA JURÍDICA (BOA-FÉ E ESTABILIDADE DAS SITUAÇÕES CRIADAS PELA ADMINISTRAÇÃO);
B) IMPOSSIBILIDADE RETORNAR AO ESTADO ANTERIOR.
É POSSÍVEL COMPLICAR UM POUCO MAIS?
· RE 197719 
· 1- O artigo 29, inciso IV da Constituição Federal, exige que o número de Vereadores seja proporcional à população dos Municípios, observados os limites mínimos e máximos fixados pelas alíneas a, b e c. (os municípios com menos população no limite mínimo e com mais população no máximo, mas isso nem sempre é bom, pois muitas vezes são desproporcionais, temos uma quebra de isonomia)
· 2. Deixar a critério do legislador municipal o estabelecimento da composição das Câmaras Municipais, com observância apenas dos limites máximos e mínimos do preceito (CF, artigo 29) é tornar sem sentido a previsão constitucional expressa da proporcionalidade.
· 3. Situação real e contemporânea em que Municípios menos populosos têm mais Vereadores do que outros com um número de habitantes várias vezes maior. Casos em que a falta de um parâmetro matemático rígido que delimite a ação dos legislativos Municipais implica evidente afronta ao postulado da isonomia.
· (...)
INCONSTITUCIONALIDADE E EFEITOS (EX NUNC - exceção)
· 7. Inconstitucionalidade, incidenter tantun, da lei local que fixou em 11 (onze) o número de Vereadores, dado que sua população de pouco mais de 2600 habitantes somente comporta 09 representantes. 
· 8. Efeitos. Princípio da segurança jurídica. Situação excepcional em que a declaração de nulidade, com seus normais efeitos ex tunc, resultaria grave ameaça a todo o sistema legislativo vigente. Prevalência do interesse público para assegurar, em caráter de exceção, efeitos pro futuro à declaração incidental de inconstitucionalidade. Recurso extraordinário conhecido e em parte provido. (o STF declarou que aquela quantidade de vereadores que a lei municipal deste ente estabeleceu, violava o princípio da inconstitucionalidade, o município deveria ter 9 e não 11 vereadores, ao estabelecer na sua legislação 11 vereadores, desrespeitou a proporcionalidade pedido na constituição e nesse caso o recurso foi provido)
MODULAÇÃO DOS EFEITOS – LEI 9868/99 (embora prevista a modulação dos efeitos nas ações do tipo de controle concentrado, estamos vendo um caso concreto em que ela foi aplicada, ou seja, sua aplicação no controle difuso)
· Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
A modulação dos efeitos pode ocorrer sempre que segurança jurídica ou de excepcional interesse social aparecerem, pois no caso que estamos tratando poderia por exemplo apagar 3 anos de trabalho legislativo, então imaginar voltar tudo, afeta segurança jurídica, ele pode também estabelecer uma data do trânsito pra trás, no começo do ano por exemplo.
EXCERTO DO VOTO GM
	“estes termos, resta evidente que a norma contida no art. 27 da lei 9.868, de 1999, tem caráter fundamentalmente interpretativo, desde que se entenda que os conceitos jurídicos indeterminados utilizados – segurança jurídica e excepcional interesse social – se revestem de base constitucional. 
(...) 
	o que importa assinalar é que, consoante interpretação aqui preconizada, o princípio da nulidade somente há de ser afastado se se puder demonstrar, com base numa ponderação concreta, que a declaração de inconstitucionalidade ortodoxa envolveria o sacrifício da segurança jurídica ou de outro valor constitucional materializável sob a forma de interesse social.” (EXCEÇÃO - a regra é declaração de inconstitucionalidade com efeito ex tunc)
CONTINUAÇÃO...
· “Portanto, o princípio da nulidade continua a ser regra também no direito brasileiro.
· (...)
· Assim, aqui como no direito português, a não-aplicaçãodo princípio da nulidade não se há de basear em consideração de política judiciária, mas em fundamento constitucional próprio.”
EFEITO INTER PARTES
· A ideia do controle difuso, como já visto, porque repousa na de composição de caso concreto, tem por natural base a formação da coisa julgada entre as partes da contenda.
· A Constituição trabalha a possibilidade de sustação (pelo Senado Federal) dos efeitos da norma declarada inconstitucional definitivamente pelo STF.
PREVISÃO CONSTITUCIONAL ...
· Da possibilidade efeito de, por resolução do Senado*, conferir efeito “erga omnes” e “ex nunc”, a saber:
· Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
· X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;
· *lembrando que regra foi instituída pela primeira vez no Brasil pela Constituição de 1934.
“NO TODO OU EM PARTE” (se a lei é totalmente inconstitucional a suspensão será no todo, se a lei é parcialmente inconstitucional, a suspensão abarca apenas essa inconstitucionalidade – conforme o supremo declarar) 
· O Senado não pode modificar a decisão do STF, no sentido de interpretar, ampliar ou até mesmo restringir a extensão da decisão do Supremo.
· Suspender: discricionariedade ou obrigação? De que é uma faculdade e não obrigação, então o supremo pode comunicar o senado e o senado não fazer nada
· Suspender: lei federal, estadual, distrital e municipal? Ou somente a federal? Qualquer norma pode ter sua execução sustada, por uma resolução do senado. 
SUSPENDER e não revogar – revogação da a ideia de outra lei que vem em sentido contrário que revoga a anterior, do mesmo patamar hierárquico e da mesma esfera de poder e a suspensão não tem incompatibilidade do senado em face de lei municipal, estadual, distrital, etc.
O art. 52, inciso X, está perdendo força
MUDANÇAS NO ORDENAMENTO JURÍDICO
Súmula Vinculante 
·  Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide Lei nº 11.417, de 2006). 
· § 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica. 
· § 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
· Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
· III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: 
· a) contrariar dispositivo desta Constituição; (...)
· § 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
PLANO INFRACONSTITUCIONAL – CPC
· Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão: 
· I - as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; 
· II - os enunciados de súmula vinculante; 
· III - OS ACÓRDÃOS EM INCIDENTE de assunção de competência ou DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS e EM JULGAMENTO DE RECURSOS EXTRAORDINÁRIO E ESPECIAL REPETITIVOS; (tornando cada vez mais desnecessário o artigo 52, X, houve mutação constitucional a esse artigo, pois da muito mais publicidade que suspensão)
· IV - os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal em matéria constitucional e do Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional; 
· V - a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem vinculados. 
FRASE EXTRAÍDA DO ARTIGO DE FREDERICO MONTEDONIO REGO E LUÍS ROBERTO BARROSO*
· Henry Louis Mencken, de que 
· "para todo problema complexo existe sempre uma solução simples, elegante e completamente errada"4
*Como Salvar a repercussão geral: ideiais simples para reverter um fracasso.
ABSTRATIVIZAÇÃO DO CONTROLE DIFUSO
Entendimento básico sobre o incidente.
· “se a declaração de inconstitucionalidade ocorre incidentalmente, pela acolhida da questão prejudicial que é fundamento do pedido ou da defesa, a decisão não tem autoridade de coisa julgada, nem se projeta, mesmo inter partes – fora do processo a qual foi proferida*.”
· *Grinover
NOVOS TEMPOS
· Teoria da transcendência dos motivos determinantes da sentença (ratio decidendi), de sorte a ultrapassar os lindes do caso concreto para projetar um efeito erga omnes.
· Fundamentos:
· Força normativa da CF
· Princípio da Supremacia da CF
· Decisão do STF
· Dimensão política de decisões do STF (Corte Constitucional)
CASOS QUE SERVIRAM DE PARADIGMA
· Recurso 197.719 – caso envolvendo a redução de número de vereadores do Município Mira Estrela.
· HC 829959/SP – caso envolvendo a progressão do regime na lei de crimes hediondos.
REFORÇO DESSA TESE 
RECLAMAÇÃO 4335 (art. 102, 1, alínea L) Reclamação é um expediente, uma espécie de ação, que serve para provocar o STF, para ele determine seja observada sua decisão, faça valer a autoridade da sua decisão) Ex: O juiz em um caso concreto não aplicou a progressão de pena, a pessoa entra com uma reclamação no supremo e foi deliberado da seguinte forma:
· Reclamação. 2. Progressão de regime. Crimes hediondos. 3. Decisão reclamada aplicou o art. 2º, § 2º, da Lei nº 8.072/90, declarado inconstitucional pelo Plenário do STF no HC 82.959/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 1.9.2006. 4. Superveniência da Súmula Vinculante n. 26. 5.Efeito ultra partes da declaração de inconstitucionalidade em controle difuso. Caráter expansivo da decisão. 6. Reclamação julgada procedente. (entenderam que o fundamento daquela decisão transcende o caso concreto e deve ser aplicado nos demais, então expandiu o efeito daquela decisão concreta para outras decisões) 
· A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal em sessão plenária, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, (vice-presidente), na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por maioria, conhecer e julgar procedente a reclamação, nos termos do voto do Relator. Vencidos os ministros Sepúlveda Pertence, Joaquim Barbosa, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio que não conheceram da reclamação, mas concederiam habeas corpus de ofício.
 	20 de março de 2014.
	Ministro GILMAR MENDES 
	Relator
“EFEITO COLATERAL”
· Mutação Constitucional do inciso X do Art. 52 para o fim de inferir que seu sentido fica adstrito ao da publicidade da decisão do STF. 
· Tema polêmico, a despeito da forma como vem caminhando a interpretação do STF.
AÇÃO CIVIL PÚBLICA E CONTROLE DIFUSO
· Tema interessante, pois não se pode utilizar a ação criada para a defesa de direitos coletivos como sucedâneo de ação direita, contudo, tema para se pensar por conta da transcendência.
Aula 5 – 24/03/2021 – VI AULA COMPLETA
Vamos falar sobre APS 
Quer que a gente resolva a 1ª que envolve um parecer, lembrando que a gente faz autoavaliação, mas na semana anterior ele dá um respaldo: 
1. TREINO DE HABILIDADE: AVALIAÇÃO PROFISSIONAL A Associação Alfa, constituída há 3 (três) anos, cujo objetivo é a defesa do patrimônio social e, particularmente, do direito à saúde de todos, mostrou-se inconformada com a negativa do Postode Saúde Gama, gerido pelo Município Beta, de oferecer atendimento laboratorial adequado aos idosos que procuram esse serviço. O argumento das autoridades era o de que não havia profissionais capacitados e medicamentos disponíveis em quantitativo suficiente. Em razão desse estado de coisas e do elevado número de idosos correndo risco de morte, a Associação resolveu peticionar ao Secretário municipal de Saúde, requerendo providências imediatas para a regularização do serviço público de Saúde. O Secretário respondeu que a situação da Saúde é realmente precária e que a comunidade precisa ter paciência e esperar a disponibilização de repasse dos recursos públicos federais, já que a receita prevista no orçamento municipal não fora integralmente realizada. Reiterou, ao final e pelas razões já aventadas, a negativa de atendimento laboratorial aos idosos. Apesar disso, as obras públicas da área de lazer do bairro em que estava situado o Posto de Saúde Gama, nos quais eram utilizados exclusivamente recursos públicos municipais, continuaram a ser realizadas. Considerando os dados acima, na condição de advogado(a) contratado(a) pela Associação Alfa, elabore parecer para o enfrentamento do problema, inclusive com providências imediatas, de modo que seja oferecido atendimento adequado a todos os idosos que venham a utilizar os serviços do Posto de Saúde.
O trabalho envolve direitos que tem natureza coletiva (o 2º também), para a próxima aula vai falar de direitos coletivos e ações coletivas, para ajudar. 
CONTROLE CONCENTRADO
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (tem características diferentes, esse controle é direto, busca diretamente a declaração de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos)
VIA AÇÃO DIRETA
· Essa modalidade permite o controle da norma in abstrato perante o Tribunal. 
· Avulta um conflito entre o legislador e juiz, dando espaço para análise do tema à luz do princípio da Separação dos Poderes. (decisão de um órgão acerca da produção de outro órgão e ainda da sua invalidação)
PAULO BONAVIDES 
· Uma passagem interessante.
· “Observa-se em alguns sistemas constitucionais certa relutância em admitir uma abertura ampla à iniciativa individual na movimentação do mecanismo de controle por via de ação. Fica esse controle ordinariamente reservado apenas a algumas autoridades públicas, numa vedação que tem feito bastante débil e ilusória a garantia dos jurisdicionados perante as leis inconstitucionais” (Curso. p.278) (sofremos com a lei inconstitucional, até que um legitimado faça a direta)
PRIMEIRAS REFERÊNCIAS DA LEGITIMIDADE
(esse controle foi introduzido em 1965 durante a vigência da constituição de 1946, ele veio para viabilizar esta impugnação em abstrato da lei em tese) 
Só o procurador geral da República era legitimo, em 1988 isso mudou, alargando o rol de legitimados.
· CF´s 34, 37, 46 (interventiva) e E/C 16/45 (acrescentou ADI) e67/69 – estabeleciam como legitimado: Procurador Geral da República.
· CF/88
· Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:    
·  I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;   V o Governador de Estado ou do Distrito Federal;  VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
OBJETO
Lei ou ato normativo
E no nosso ordenamento?
· Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
· I - processar e julgar, originariamente: (competência exclusiva do STF, essa ação somente pode tramitar no STF)
· a) A AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI OU ATO NORMATIVO FEDERAL OU ESTADUAL e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;    
E A LEI DO DISTRITO FEDERAL?
? 
?
OBS: Não existe controle que envolva ação direta de inconstitucionalidade de leis e atos normativos em face da Constituição Federal 
Cabe controle de constitucionalidade envolvendo uma ação direta que impugna uma lei do distrito federal em face da constituição federal?? Depende, pois quando estudamos federação e procede a análise do distrito federal, observamos que este ente no nosso ordenamento, não está integrado a nenhum estado e não pode se dividir em municípios, então o legislador estabeleceu que ele exercerá a competência reservada aos estados (aí cabe ação direta de inconstitucionalidade) aos municípios (aí não cabe), no território do distrito, em regra geral.
DF
· Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. 
· § 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.
PENSAR NA FORMA FEDERATIVA DE ESTADO
· Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
· Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição.
· (...)
· § 2º Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão. 
VOLTANDO À ADI EM FACE DA CF
· Leis e atos normativos Federais, Estaduais e Distritais (neste último caso, na forma como já observado) 
· PARA EFEITO DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE, o que DEVEREMOS entender por LEI? As espécies normativas que entendemos por lei de forma ampla sujeitas a controle de constitucionalidade que buscam fundamento de validade diretamente na constituição são as espécies do artigo 59 – dentro das espécies do artigo 59, qualquer uma delas que evidencie regras gerais e abstratas para que haja controle sobre elas, não pode ser concreto.
· QUAIS AS ESPÉCIES NORMATIVOS QUE PODERESMO ENTENDER POR LEI?
ATOS NORMATIVOS
· O QUE ENTENDER POR ATOS NORMATIVOS SUJEITOS A CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE?
· Súmulas? (não estão sujeitas a controle de constitucionalidade)
· Súmulas Vinculantes? 
SÚMULA VINCULANTE 
· CF
· Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.      
· Resolução 388 do STF.
·  Art. 1º Recebendo proposta de edição, revisão ou cancelamento de súmula, vinculante ou não, a Secretaria Judiciária a registrará e autuará, publicando edital no sítio do Tribunal e no Diário da Justiça Eletrônico, para ciência e manifestação de interessados no prazo de 5 (cinco) dias, encaminhando a seguir os autos à Comissão de Jurisprudência, para apreciação dos integrantes, no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, quanto à adequação formal da proposta. 
MEDIDA PROVISÓRIAS (ato normativo com força de lei, emanada do poder executivo, conforme relevância e urgência e tem prazo de 60 dias prorrogável por igual período)
Se ela não for aprovada, perde objeto
Aprovada sem alteração substancial, adita-se para que seja objeto da ação a lei tal.
Aprovada com alteração, aí o melhor é promover nova ação 
· E os pressupostos constitucionais? Estarão sujeitos a controle de constitucionalidade?
· E os demais aspectos da MP?
· E se ela perder sua vigência?
· E se convertida em lei? E se a lei de conversão alterar substancialmente? ADI 5.313
E OS DECRETOS? (ato normativo,não é instrumento por sua natureza primário e sim secundário, está abaixo da lei e serve para dar cumprimento à lei) 
Não deve ser objeto de controle de constitucionalidade, pois ele lesa a norma que lhe dá fundamento, pois ele gera uma ilegalidade e não inconstitucionalidade, no entanto ele pode ser utilizado de um modo que não seja regulamentar a lei, se ele tentar novas obrigações, ele invade uma esfera que não é a dele e aí sim temos uma inconstitucionalidade, pois está ferindo diretamente a Constituição.
· Estarão sujeitos a controle de constitucionalidade?
· Das Atribuições do Presidente da República
· Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
· IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, BEM COMO EXPEDIR DECRETOS E REGULAMENTOS PARA SUA FIEL EXECUÇÃO;
· Decreto Autônomo e Reserva Legal
NORMAS CONSTITUCIONAIS ORIGINÁRIAS
· Estarão sujeitas a controle de constitucionalidade? Só as normas constitucionais frutos do poder constituinte derivado, ou seja, as emendas a constituição 
NORMAS ANTERIORES À CONSTITUIÇÃO (resolvo pelo fenômeno da recepção ou revogação)
· Estarão sujeitas a controle de constitucionalidade? não
· Exceção? ADPF excepcionalmente 
COMPETÊNCIA
· Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
· I - processar e julgar, originariamente:
· a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;  
· Obs. E se estivéssemos falando da controle de lei municipal em face da lei Estadual, qual seria o órgão competente? E quando for da LO do DF? E no caso da lei orgânica dos municípios?
LEGITIMIDADE
· Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: 
·  I - o Presidente da República;
· II - a Mesa do Senado Federal;
· III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
· IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;                    
· V o Governador de Estado ou do Distrito Federal;            
· VI - o Procurador-Geral da República;
· VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
· VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
· IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
PERTINÊNCIA TEMÁTICA E LEGITIMADOS UNIVERSAIS
	O que entender pela exigência da pertinência temática?
Dentre os legitimados temos os universais que são legitimados que podem propor ação direta de inconstitucionalidade seja lá qual for o objeto da lei, temos também aqueles de quem se exige pertinência temática aceita-se a ação direta quando houver um interesse do legitimado naquela demanda.
Se exigirá pertinência temática dos governadores, das assembleias legislativas, das confederações e das entidades de classe (incisos IV, V e IX). 
E A EVENTUAL PERDA REPRESENTAÇÃO DE PARTIDO POLÍTICO NO CONGRESSO?
· A legitimidade é aferida quando da distribuição da petição inicial
NECESSIDADE DE ADVOGADO?
· Partidos políticos; 
· Confederações sindicais ou entidade de classe de âmbito nacional. (esses 3 precisam de advogado)
· Decorre de interpretação do STF.
PROCEDIMENTO – CF
· Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: 
· § 1º O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.
· § 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.
PROCEDIMENTO – LEI 9868/99
· Art. 3o A petição indicará:
· I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações;
· II - o pedido, com suas especificações.
· Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação.
PETIÇÃO INEPTA
· Art. 4o A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo relator. Cabe uma decisão monocrática, onde cabe agravo dessa decisão.
· Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial.
· Art. 5o Proposta a ação direta, não se admitirá desistência.
· Art. 6o O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado.
· Parágrafo único. As informações serão prestadas no prazo de trinta dias contado do recebimento do pedido.
· Art. 7o Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade.
· § 1o (VETADO)
· § 2o O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades.
· Art. 8o Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos, sucessivamente, o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República, que deverão manifestar-se, cada qual, no prazo de quinze dias.
· Art. 9o Vencidos os prazos do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento.
· § 1o Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de notória insuficiência das informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria.
· § 2o O relator poderá, ainda, solicitar informações aos Tribunais Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais estaduais acerca da aplicação da norma impugnada no âmbito de sua jurisdição.
· § 3o As informações, perícias e audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de trinta dias, contado da solicitação do relator.
MEDIDA CAUTELAR (vem para dar efetividade ao processo)
· Seção II
Da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade
· Art. 10. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias.
· § 1o O relator, julgando indispensável, ouvirá o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República, no prazo de três dias.
· § 2o No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela expedição do ato, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal.
· § 3o Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá deferir a medida cautelar sem a audiência dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado.
· Art. 11. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo solicitar as informações à autoridade da qual tiver emanado o ato, observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I deste Capítulo.
· § 1o A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex nunc, salvo se o tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa. (Suspende dali para frente e é efeito erga omnis) 
· § 2o A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário.
· Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matériae de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação
CASO CONCRETO
· Lei 3.528, de 12 de agosto de 2019, do Estado do Tocantins.Art. 1º Fica criado o Cadastro de Usuários e Dependentes de Drogas no Estado do Tocantins.
· § 1º Os usuários e dependentes de drogas do Estado do Tocantins serão cadastrados pela Secretaria Estadual de Segurança pública, a partir do registro de ocorrência policial ou de outra fonte de informação oficial.
· § 2º A lista de que trata o parágrafo anterior deverá conter:I - o nome do usuário ou dependente;II - o nome da droga de posse do usuário apontada no registro de ocorrência policial ou de outra fonte de informação oficial;III - a forma pela qual o usuário ou dependente adquiriu a droga;IV - outras informações de caráter reservado, objetivando preservar a intimidade do cadastrado.
· § 3º Este cadastro será compartilhado com a Secretaria da Saúde.
· § 4º O nome do usuário será excluído da lista na data em que for requerido, devendo acompanhar este pedido o laudo médico e informação oficial sobre a não reincidência, conforme preceitua a legislação em vigor.
· Art. 2º O Cadastro de que trata esta Lei não poderá ser utilizado para outros fins que não seja o de propiciar aos Órgãos públicos o conhecimento dos usuários e dependentes de drogas e os meios legais para libertá-los do vício.
· Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
(vamos falar ainda dessa lei, talvez fazer até uma ação)
Dia – 31/03/2021
NÃO TEVE AULA POR CONTA DOS FERIADOS ANTECIPADOS 
Aula 6 – 07/04/2021 – (SÓ COMECEI A AULA PAREI DE VER 9:20) – MAS COPIEI OS SLIDES 
Vai falar sobre APS 
Dentro do ordenamento jurídico brasileiro, não temos apenas Direitos individuais, temos também direitos coletivos. Seguramente a nossa cultura é fundamentalmente ligada aquela visão que temos de direito individual.
Quando a gente fala de Direitos Coletivas, precisamos abrir um espaço no nosso conhecimento para uma realidade diferente, não temos muito ato de pensar esses temas como Direito.
É importante refletir e compreender que no rol de nossos direitos, existem alguns que dizem respeito a uma coletividade de pessoas, as vezes determinado e outras vezes indeterminado. Se são Direitos, podem estar sujeito a ameaça e a lesão
Art. 81, CDC – encontramos conceitos de direitos difusos e coletivos e também referência ao direito individual como gênero, começamos a ver as formas de postular 
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências.
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:
I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;
II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;
III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum.
CONTROLE CONCENTRADO
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Procedimento – CF
· Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: 
· § 1º O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.
· § 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.
PROCEDIMENTO – LEI 9868/99
· Art. 3o A petição indicará:
· I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações;
· II - o pedido, com suas especificações.
· Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação.
PETIÇÃO INÉPTA
· Art. 4o A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo relator.
· Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial.
· Art. 5o Proposta a ação direta, não se admitirá desistência.
· Art. 6o O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado.
· Parágrafo único. As informações serão prestadas no prazo de trinta dias contado do recebimento do pedido.
· Art. 7o Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade.
· § 1o (VETADO)
· § 2o O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades.
· Art. 8o Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos, sucessivamente, o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República, que deverão manifestar-se, cada qual, no prazo de quinze dias.
· Art. 9o Vencidos os prazos do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento.
· § 1o Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de notória insuficiência das informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria.
· § 2o O relator poderá, ainda, solicitar informações aos Tribunais Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais estaduais acerca da aplicação da norma impugnada no âmbito de sua jurisdição.
· § 3o As informações, perícias e audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de trinta dias, contado da solicitação do relator.
MEDIDA CAUTELAR
· Seção II
Da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade
· Art. 10. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias.
· § 1o O relator, julgando indispensável, ouvirá o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República, no prazo de três dias.
· § 2o No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela expedição do ato, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal.
· § 3o Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá deferir a medida cautelar sem a audiência dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado.
· Art. 11. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo solicitar as informações à autoridade da qual tiver emanado o ato, observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I deste Capítulo.
· § 1o A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex nunc, salvo se o tribunal entender quedeva conceder-lhe eficácia retroativa.
· § 2o A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário.
· Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação
EFEITOS DA DECISÃO – LEI 9868/99
Caráter dúplice da decisão
· Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória.
PRINCÍPIO DA PARCELARIDADE
· Possibilidade afeta ao STF de declarar a inconstitucionalidade de uma palavra 
· ADI 1227-87
· Art. 7º São direitos do advogado:
· § 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer. 
No julgamento do § 2º do artigo 7º, o Plenário declarou a inconstitucionalidade da expressão “ou desacato”, contida no dispositivo. Neste ponto, ficaram vencidos os ministros Marco Aurélio e Ricardo Lewandowski, já que ambos mantinham a integralidade do preceito.
E A PARCIAL PROCEDÊNCIA?
· Não escapa à ideia básica de acolhida parcial do pedido, contudo, chama a atenção a possibilidade de Declaração de Inconstitucionalidade Parcial Sem Redução de Texto, a fim de atingir uma Interpretação Conforme a Constituição.
EFEITOS
Regra geral
· Erga omnes
· Ex tunc 
· Vinculante (Obs. Reclamação)
· Represtinatório
MODULAÇÃO DOS EFEITOS – LEI 9868/99
· Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
Aula 7 – 14/04/2021 – SÓ COPIEI OS SLIDES – NÃO ASSISTI AULA
Ação Declaratória de Constitucionalidade
Foi introduzida no ordenamento jurídico pela Emenda Constitucional nº 3, de 17/03/2003 
Para pensar
O que essa denominação pode sugerir? 
Toda lei não se presume constitucional?
Presunção Juris Tantum
· A ação Declaratória de Constitucionalidade vai transformar a presunção 
· juris tantum 
· em
· jure et de jure. 
Atenção
· Art. 14. A petição inicial indicará:
· III - a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória.
Então...
· A ação Declaratória de Constitucionalidade põe termo a insegurança jurídica.
Objeto
· Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
· I - processar e julgar, originariamente:
· a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;   
NO QUE DIFERE DA ADI?
E as leis do Distrito Federal
Podem ser objeto da Ação Declaratória de Constitucionalidade?
Competência
· Qual o órgão competente?
Legitimidade
· Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:               (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)   
·  I - o Presidente da República;
· II - a Mesa do Senado Federal;
· III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
· IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;                 (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)     
· V o Governador de Estado ou do Distrito Federal;             (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
· VI - o Procurador-Geral da República;
· VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
· VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
· IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Procedimento
· Idêntico ao da Ação Direta de Inconstitucionalidade. Mas uma indagação deve ser feita, qual seja, será que devemos intimar o Procurador Geral de República e o Advogado Geral da União?
Efeitos
· Mesma Coisa que aqueles da Ação Direta de Inconstitucionalidade.
Medida Cautelar
· Da Medida Cautelar em Ação Declaratória
de Constitucionalidade
· Art. 21. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade, consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo.
· Parágrafo único. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo o Tribunal proceder ao julgamento da ação no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de perda de sua eficácia.
Efeito Vinculante
	A Medida Cautelar tem efeito vinculante?
Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva
· Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
· Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
Exceções
· Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
· Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando:
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
· VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
· a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
· b) direitos da pessoa humana;
· c) autonomia municipal;
· d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
· e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. 
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
· I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário;
· II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral; 
· III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal.                   (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)     
Objetivos da ADI Interventiva
· Jurídico
· Político 
Dia – 21/04/2021
NÃO TEVE AULA POR CONTA DOS FERIADOS ANTECIPADOS 
Aula 8– 28/04/2021
HAVERÁ PROVA N1
Aula 9 – 05/05/2021
COPIEI OS SLIDES “AULA 8”
Ação Direta de Inconstitucionalidade (e Mandado de Injunção)
Lembrar
· Teoria de José Afonso da Silva sobre a aplicabilidade das normas constitucionais.
· Plena
· Contida
· Limitada
Eficácia Contida
· Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

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