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ESTÉTICA EM MEDICINA E CIRURGIA
CAPÍTULO 2 - O PAPEL DA ESTÉTICA COMO 
COMPLEMENTO DE PROCEDIMENTOS 
CIRÚRGICOS FACIAIS
Fernanda Capucci Pazian
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Introdução
Nesta unidade, teremos como foco principal os tratamentos estéticos voltados para procedimentos cirúrgicos
faciais. Mas para tanto, o que precisa o profissional de estética? Para que consigamos desenvolver bons
protocolos de acordo com a necessidade do paciente em relação à cirurgia realizada, é importante que tenhamos
uma noção sobre as principais técnicas cirúrgicas faciais e como elas funcionam. Além disso, utilizaremos o
nosso conhecimento sobre morfologia, fisiologia e anatomia facial.
Deste modo, veremos os recursos que estão ao alcance do profissional de estética e como funcionam suas
técnicas. Serão abordadas, ainda, terapias manuais como a drenagem linfática manual e como ela se difere entre
a técnica clássica e a reversa. Os recursos cosméticos serão apresentados com ênfase naquilo que é permitido
para cada fase do pós-operatório e indicações de acordo com a cirurgia. Para tanto, retomaremos ensinamentos
importantes sobre sistema linfático.
Além disso, outro recurso disponível e com ampla importância em tratamentos de pós-operatório são as
eletrotermofototerapias. Elas incluem o uso de ultrassom, radiofrequência, microcorrentes, LED, laser de baixa
potência, entre outros. Vale ressaltar que, nesse contexto, a maior atenção deve ser dada aos protocolos. Em que
casos deveremos aplicar cada terapia? Podemos realizar antes ou depois do procedimento cirúrgico? Se quiser
entender e saber mais sobre esse tema, vamos lá!
Bons estudos! 
2.1 Cirurgias faciais
Há quem diga que o nosso rosto é nosso cartão de visitas, e não poderia ser diferente. A busca por
procedimentos que entreguem uma face com o aspecto mais harmonioso possível é cada vez maior. Vivemos
uma fase com muitos padrões e, na mídia, vemos contornos faciais desenhados, região de zigomático mais
proeminente, terço inferior da face mais fino, lábios volumosos, olhos expressivos e sobrancelhas mais
arqueadas. Para muitas pessoas, isso se tornou uma regra.
A busca pelo rosto perfeito leva o paciente a realizar procedimentos mais ou menos invasivos, mas que oferecem
o resultado esperado. Muitos tipos de cirurgias plásticas faciais podem entregar exatamente o que se busca e,
para tanto, é importante buscar um médico com boas indicações, íntegro, que passe confiança e tenha domínio
das técnicas.
Temos cirurgias que mudam o contorno da face, forma e tamanho do nariz, o volume das bochechas, a altura das
sobrancelhas, entre outras coisas. Tempos atrás, a cirurgia plástica facial era, na grande maioria dos casos,
realizada para atenuar sinais do envelhecimento. Era considerado um procedimento realizado apenas por
pessoas com a idade mais avançada. Hoje, não é mais assim. Pessoas cada vez mais jovens buscam
procedimentos invasivos com o objetivo de se reconhecerem em frente ao espelho de forma satisfatória.
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Assim, devemos nos lembrar de que o resultado satisfatório de uma cirurgia plástica não se faz apenas pelo ato
médico, técnicas empregadas durante a cirurgia e medicamentos que protejam o organismo de infecções, uma
vez que um bom pós-operatório faz toda diferença. Veremos, a seguir, um resumo referente à cada tipo de
cirurgia facial. É muito importante que o profissional de estética tenha noções básicas sobre o assunto, uma vez
que busque resultados bons nos procedimentos oferecidos na fase de pós-operatório.
2.1.1 Rinoplastia
A rinoplastia é uma cirurgia desafiadora. A mudança na aparência do nariz pode modificar toda a harmonia do
rosto e, por isso, testa as habilidades do cirurgião plástico. Essas habilidades não se referem apenas às cirúrgicas,
mas também à habilidade de percepção, de sensibilidade estética.
VOCÊ QUER LER?
O livro “Cirurgia Dermatológica: Cosmética e Corretiva” (LIMA; LIMA, 2018) apresenta um
material rico sobre as principais cirurgias plásticas estéticas da região de face. Além de
técnicas cirúrgicas, ele também faz referências aos tratamentos complementares que podem
ser realizados no paciente de acordo com sua queixa. O livro esclarece sobre procedimentos
invasivos e minimamente invasivos, de forma clara e didática. Acesse em: 
https://laureatebrasil.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN
./homeMinhaBiblioteca
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Figura 1 - Registro fotográfico do “antes e depois” da cirurgia
Fonte: MELEGA; VITERBO; MENDES, 2011, p. 1116.
Muitas vezes, o paciente vai até a clínica de cirurgia plástica e mostra como objetivo o “nariz dos sonhos”, mas
que pertence à outra pessoa. Contudo, a harmonização facial não depende de fragmentos da face e, sim, do
contexto. Então, cabe ao médico responsável apontar qual a melhor abordagem para cada paciente.
Nessa cirurgia, o trauma cirúrgico acomete apenas a região do nariz. Dependendo da necessidade, pode
modificar a estrutura toda ou apenas a ponta, geralmente, a maior queixa entre os pacientes que buscam o
procedimento. Devemos nos lembrar de que o nariz é composto por tecidos conjuntivos e ligamentos que
sustentam o esqueleto osteocartilaginoso. Essas estruturas são cobertas por pele, tecido subcutâneo e pelo
sistema musculoaponeurótico superficial da face (SMAS).
Algumas técnicas de rinoplastia podem levar a mudanças estruturais e não é necessário realizar nenhum tipo de
enxertia ou reconstrução, mas, em outros, isso pode ser necessário. O médico tem recursos para a execução
dessas técnicas. Independentemente de como será realizada, a anestesia será sempre geral.
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A recuperação desse procedimento é considerada incômoda devido ao fato de interferir na respiração. Após a
cirurgia, o paciente permanece com tampão e o gesso (no dorso do nariz para preservar o formato durante a
cicatrização) durante alguns dias. Em algumas técnicas não há pontos na região externa, enquanto em outras,
sim. Eles são removidos após 7 dias.
Após a remoção dos pontos, tampão e gesso, o paciente se sente muito melhor, permanecendo com os cuidados e
limpeza em casa. O edema pode persistir por até 3 meses e o resultado final é observado em até um ano. Apesar
do lento processo de recuperação, a maioria dos pacientes fica satisfeita já em um primeiro momento.
2.1.2 Ritidoplastia
A ritidoplastia, também conhecida como facial, é uma cirurgia muito buscada por pacientes de idade maislifting
avançada, pois o seu objetivo maior é melhorar o contorno da face e pescoço, diminuindo o aspecto de ptose
tissular, de flacidez muscular (platisma) aparente com o passar do tempo.
Nessa cirurgia, apesar de acometer todo o rosto, não apresenta tantos caminhos quanto a rinoplastia. Aqui
temos, geralmente, a incisão (corte que se inicia na parte superior e anterior da orelha, descendo e terminando
na região posterior da orelha, na linha do couro cabeludo, descolamento cutâneo), separação do tecido da
estrutura muscular, possibilitando assim sua mobilização, lipectomias, remoção do excesso de pele, e
procedimentos no músculo platisma, devolvendo o contorno da face pescoço. 
É importante ressaltar que essa cirurgia deve ser executada após uma profunda avaliação. É necessário avaliar a
estrutura óssea, o volume de tecido adiposo, a anatomia facial, entre outros pontos. Dessa maneira, o resultado
será sutil, satisfatório, sem alterar a harmonia original do rosto do paciente, o fazendo parecer “outra pessoa”.
Além disso, a recuperação é um processo muito pessoal. Alguns pacientes não se incomodam com a incisão,
enquanto outros ficam profundamente agoniados com os pontos próximos ao couro cabeludo e o fato de não
poder virar a cabeça para os lados, pois o movimento poderia comprometer o aspecto estético da cicatriz.
2.1.3 Blefaroplastia
A blefaroplastia é a cirurgia de correção das pálpebras. Ela pode superior ou inferior. Na região inferior, elapode
ser realizada com a remoção de bolsas de gordura, que dão um aspecto de volume e edema permanentes na
parte inferior dos olhos. Isso ocasiona a impressão de cansaço constante.
Essa cirurgia pode ser considerada simples, com anestesia local e recuperação mais rápida por se tratar de uma
região menor. Isso não significa que ela mereça menos atenção, ainda mais porque a área dos olhos é
considerada uma região muito sensível.
A busca por esse procedimento é realizada por pessoas de todas as idades. Apesar do excesso de pele ser uma
VOCÊ QUER VER?
Quando estudamos sobre cirurgias plásticas, lemos em muitos lugares como é realizado o
procedimento, como o paciente fica durante e depois da cirurgia, entre outras informações.
Apesar disso, é muito difícil conseguir imaginar como é realizado o procedimento cirúrgico.
Para entender um pouco do trauma sofrido no organismo, mais precisamente na região
operada, nada melhor do que um vídeo que retrate realmente o que acontece durante a
cirurgia. O vídeo a seguir é a filmagem de um procedimento de rinoplastia, disponível em: 
.https://www.youtube.com/watch?v=SLxATolSuqA
https://www.youtube.com/watch?v=SLxATolSuqA
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A busca por esse procedimento é realizada por pessoas de todas as idades. Apesar do excesso de pele ser uma
consequência do envelhecimento, muitas pessoas mais jovens buscam o procedimento por já terem essa
característica anatômica ou por ter a aparência de “olhos caídos”, sendo que a cirurgia também atende essa
queixa.
A incisão da parte superior é feita no meio da pálpebra móvel, de maneira que a cicatriz de torne invisível com o
paciente de olhos abertos. Já na parte inferior, a incisão é realizada bem rente à linha dos cílios, e em casos nos
quais é necessário realizar a remoção de bolsas de gordura, a incisão é realizada na parte interna, conhecida por
vida transconjuntival.
Figura 2 - Procedimento realizado em pálpebra inferior com a remoção de bolsa de gordura
Fonte: MELEGA; VITERBO; MENDES, 2011, p. 1028.
Assim, esta é uma cirurgia de rápida recuperação, mas, geralmente, apresenta muito edema. Outro ponto a se
observar é o extravasamento de sangue na região operada. O pigmento depositado na pele pode levar algumas
semanas até sumir completamente.
2.1.4 Mentoplastia
A mentoplastia tem como objetivo alterar a aparência do queixo, aumentando ou reduzindo a região. Ela é uma
importante cirurgia para casos de harmonização facial, tornando as linhas mais suaves e harmoniosas, de acordo
com a estrutura do paciente. É um procedimento que exige discernimento por parte do médico cirurgião.
Essa cirurgia oferece o reposicionamento da região, sendo ele com o uso de próteses ou o próprio osso do
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Essa cirurgia oferece o reposicionamento da região, sendo ele com o uso de próteses ou o próprio osso do
paciente. Em alguns casos, esse procedimento invasivo é substituído por outros menos invasivos, a exemplo do
preenchimento. A escolha do melhor meio cabe ao médico.
O pós-operatório pode ser incômodo devido ao edema. Apesar disso, é considerada uma cirurgia rápida e
simples. A anestesia não precisa ser geral e os cortes são realizados por dentro da boca, dispensando cicatrizes
na face. Temos recursos que podem auxiliar e tornar essa fase de pós menos incômoda para o paciente.
2.1.5 Otoplastia
A otoplastia é a cirurgia de correção da “orelha de abano”. É um procedimento que diminui a distância entre a
ponta da orelha e o crânio. Geralmente, essa característica aparece bilateralmente e já pode ser observada desde 
o nascimento.
A orelha de abano não é considerada um problema anatômico que causa prejuízo à saúde. Apesar disso, a
cirurgia de correção é muito procurada devido ao prejuízo psicológico causado ao paciente em função de sua
aparência.
Nessa cirurgia, é realizada uma incisão na região posterior da orelha, se remove uma quantidade de pele e,
posteriormente, é suturada. De acordo com a disposição da orelha, essa correção pode ser realizada até nível de
cartilagem. Apesar disso, é considerado um procedimento muito simples, com anestesia local, curto tempo de
execução e poucas complicações.
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Figura 3 - Registro fotográfico do “antes e depois” da cirurgia
Fonte: MELEGA; VITERBO; MENDES, 2011, p. 1081.
Mesmo sendo considerada simples, o desconforto gerado no pós-operatório é grande. Por ser uma região muito
sensível, na lateral da cabeça, muitos pacientes se queixam da dor, mas a recuperação é rápida. Na maioria dos
casos, o paciente usa uma faixa elástica no período de pós para manter a posição da orelha, sem tracionar a
cicatriz. Dessa forma, também é possível evitar que a orelha “se dobre” no travesseiro durante o sono, gerando
ainda mais desconforto.
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2.1.6 Lipoaspiração facial (mento)
A lipoaspiração facial é realizada na região de mento para reduzir a aparência de “papada”, melhorando ainda o
contorno facial e dando a impressão de emagrecimento. Ela é uma cirurgia buscada por todos os públicos, sendo
eles mais jovens ou com a idade um pouco mais avançada.
Esta é uma cirurgia que não corrige a “papada” se ela for causada por flacidez do músculo platisma. Nesse
procedimento, o resultado é devido à remoção de gordura na região de mento, que dá a impressão de volume.
Essa característica pode acometer pacientes que estejam em seu peso ideal ou não. Além de ser excesso de
gordura adquirida, pode ser uma característica anatômica do paciente.
É considerada uma cirurgia simples, com um período de pós-operatório tranquilo apesar do edema. A cicatriz é
um ponto muito sutil no queixo, que dá passagem apenas à cânula de lipoaspiração.
Agora que temos informações suficientes sobre as principais cirurgias faciais e a indicação para elas, é possível
entender de onde o profissional de estética deverá partir para desenvolver o seu plano de tratamento na fase de
pós-operatório de cada uma delas.
2.1.7 Procedimentos pré-operatórios
Os procedimentos estéticos faciais que têm como foco o preparo para o procedimento cirúrgico devem prezar a
integridade da pele, em primeiro lugar. Antes de qualquer procedimento cirúrgico facial, é importante que o
esteticista esteja ciente que o paciente permanecerá por um longo período de pós-operatório, sem realizar
tratamentos que mobilizem o tecido da face. A tração pode gerar o descolamento de retalho, induzindo a
formação de edema e até seroma, que é uma complicação de pós-operatório.
Antes de qualquer protocolo de tratamento, deve-se realizar a limpeza de pele. Esse procedimento vai limpar a
pele, desobstruir os óstios e remover células mortas. Procedimentos como nutrição e hidratação também devem
ser realizados, considerando a escolha de produtos de acordo com o biotipo e estado cutâneo do paciente. É
preciso muito cuidado durante a extração e lembrando que a pele do paciente precisa estar íntegra.
O uso de eletroterapia é permitido em procedimentos realizados antes cirurgia, a menos que o paciente tenha
alguma contraindicação em relação ao uso desse tipo de terapia estética. Procedimentos como microcorrentes,
iontoforese e fototerapia são procedimentos que auxiliam o cuidado e permanência do estado integro do tecido.
Quanto aos protocolos cosméticos, é aconselhável evitar o uso de ácidos e para que não ocorra umapeelings
diminuição na camada córnea e sensibilização e exposição do tecido. Quanto aos outros cosméticos que não
apresentem esse objetivo, não há contraindicações. Protocolos manuais faciais também estão liberados nessa
fase, sem restrição de técnica.
2.2 Recursos Manuais em Estética
Na fase de pós-operatório, a estética tem a oferecer uma poderosa terapia: a drenagem linfática manual, ou DLM.
Dentre as terapias manuais, que são terapias realizadas com as mãos como instrumento, a única permitida nesse
período é a DLM. Ela tem como objetivo, através de manobras como captação e bombeamento, auxiliar a
absorção da linfa, um excesso de líquido acumulado no interstício, devolvendo aos vasos linfáticos e,
posteriormente, à circulação sistêmica.
A drenagem não é indicada apenaspara procedimentos pós-operatórios. Ela também é indicada para linfedema,
lipedema, períodos pré-mentruais, gestação, pós-parto, entre outros processos que alterem a homeostase do
organismo de maneira que gere edema.
Apesar de ser uma técnica amplamente empregada, ela apresenta algumas contraindicações. Pacientes em
tratamento de câncer, com inflamação ou infecção, com insuficiência cardíaca, problemas circulatórios, diabetes
e problemas hormonais descompensados, são alguns dos pacientes que serão contraindicados de receber a
terapia. Pacientes que tiveram câncer e que tenham curado em um período menor do que 5 anos e mulheres com
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terapia. Pacientes que tiveram câncer e que tenham curado em um período menor do que 5 anos e mulheres com
menos de três meses de gestação, deverão apresentar uma carta de indicação e autorização do procedimento por
parte do médico responsável.
2.2.1 Sistema linfático e suas estruturas
O sistema linfático basicamente auxilia o sistema venoso na remoção de substâncias do interstício. Apesar de ser
“basicamente” essa sua função, o sistema linfático conta com um amplo e minucioso mecanismo de
funcionamento. Antes de entender como isso acontece, veremos quais são as estruturas que participam dessa
função.
Temos o sistema linfático dividido em dois segmentos, a saber, o superficial e o profundo. Enquanto o sistema
linfático superficial irá remover o excesso de líquidos do interstício a nível de pele, o profundo irá realizar a
mesma função, porém, nos músculos. Além de ser dividido dessa maneira, temos ainda as seções, que são
divididas em várias zonas.
A parte estrutural do sistema linfático se assemelha bastante com o venoso em relação às suas ramificações e a
maneira como se espalha por todo o organismo. Veremos cada parte que constitui essa estrutura e qual o seu
papel dentro do contexto de drenagem linfática
Em um primeiro momento, temos os vasos linfáticos iniciais. Antigamente, eles eram chamados de capilares
linfáticos e, por isso, ainda encontramos essa nomenclatura na literatura. Eles são responsáveis por remover
moléculas grandes demais para o sistema venoso e essas podem ser: proteínas, resíduos celulares, plasma,
células, ácidos graxos de cadeia longa, entre outros. Além disso, substâncias exógenas como vírus e bactérias
também são removidas dessa mesma maneira.
Os vasos linfáticos são encontrados em toda a extensão da derme, drenando os líquidos do interstício e tecido
conjuntivo. Em sua estrutura é encontrada apenas uma camada de células endoteliais e elas podem se sobrepor
em suas extremidades, impossibilitando uma junção perfeita e formando pequenas aberturas.
Os vasos linfáticos iniciais liberam o material para os vasos pré-coletores. Eles possuem válvulas rudimentares
que evitarão o refluxo da linfa e definirão o seu fluxo. Quando analisamos a estrutura dos pré-coletores, podemos
encontrar algumas fibras musculares. Eles são parte de um sistema de transição, pois ligam os vasos iniciais aos
que chamamos de coletores. Isso acontece quando os pré-coletores se conectam e se esvaziam em um coletor
comum, que pode drenar várias zonas de pele, formando um feixe de vaso.
Os coletores de vaso vêm antes dos linfonodos na sequência de drenagem da linfa. Ao longo de seu curso, ainda é
possível identificar alguns linfonodos interpostos. Eles possuem um calibre maior em comparação aos iniciais e
pré-coletores. A estrutura dos coletores é mais elaborada, semelhante à estrutura do sistema venoso. Sua parede
apresenta três camadas: íntima, média e adventícia. A camada íntima apresenta células endoteliais com “abas”.
Em regiões onde temos duas abas, ocorre a formação de válvulas que têm o nome de segmento ou lifângio.
VOCÊ SABIA?
Em nosso sistema linfático, contamos com um mecanismo de válvulas que são formadas pela
sobreposição de células endoteliais nas extremidades dos vasos linfáticos. Apesar de
apresentarem um pequeno calibre, são responsáveis por absorver moléculas que não
poderiam ser sintetizadas pelo sistema venoso em um primeiro momento, como moléculas
grandes e resíduos celulares. A entrada desse material no sistema linfático é possível por meio
das aberturas presentes nos vasos.
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Figura 4 - Lifângio e suas estruturas
Fonte: WITTLINGER et al., 2011, p. 19.
A média apresenta múltiplas camadas e nela observamos células musculares lisas e fibras de colágeno em sua
estrutura. Os músculos ficam entre as válvulas e, por isso, podem ter sua aparência comparada à um colar de
pérolas. É possível observar essa característica em exames com contraste.
Além disso, podemos encontrar vários lifangions. Eles apresentam pulsação própria, com uma frequência de
repouso de 1 até 8 minutos. Essa característica justifica o fato de a drenagem linfática manual ser uma técnica de
manobras lentas e rítmicas, respeitando o fluxo e movimento das estruturas constituintes do sistema linfático.
A camada adventícia tem a função de suporte, uma vez que está conectada ao tecido conjuntivo. O sistema conta
com “bombas auxiliares” que mantêm o fluxo linfático. Ainda sobre a drenagem linfática manual, podemos dizer
que a técnica exerce pressão externa nos vasos.
Além disso, temos agora os linfonodos, que estão espalhados por todo o organismo de forma organizada, sendo
em média de 600 a 800 estruturas. Só na região de pescoço, podemos identificar 160 linfonodos. Sua principal
função é a filtragem do material colhido pelos coletores, funcionando como filtros biológicos, retendo
componentes prejudiciais ao organismo, neutralizando componentes que podem ser vírus, fungos ou bactérias.
Esse processo limpa a linfa e a deixa mais concentrada. Isso acontece porque os linfonodos removem a água,
devolvendo a circulação sanguínea. Cada região do corpo conta com um grupo próprio de linfonodos regionais.
A estrutura do linfonodo é bem complexa. Cada um deles possui vários vasos aferentes que desembocam e se
esvaziam nos seios do linfonodo. Um ou mais vasos linfáticos e um vaso eferente saem da estrutura, enquanto na
região do hilo entra uma artéria.
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Figura 5 - Linfonodo e suas estruturas
Fonte: WITTLINGER et al., 2011, p. 20.
Importante ressaltarmos que é nos linfonodos onde ocorre grande parte do sistema de defesa do organismo.
Quando o nosso corpo entra em contato com antígenos que são carregados pela linfa, células de defesa entram
em contato com eles, como os linfócitos, por exemplo. No momento em que essas células entram em contato com
antígenos, elas são estimuladas a criar novas, dando origem à uma defesa específica.
2.2.2 Drenagem linfática manual (DLM) – Clássica e Reversa
A drenagem linfática é um conjunto de técnicas que tem como objetivo promover a melhora e o aumento da
filtragem da linfa, reduzindo a quantidade de líquidos presentes nos tecidos e, dessa forma, aliviando o
desconforto que essa alteração causa no organismo. Chamamos esse excesso de líquidos de edema.
O edema é mais conhecido como “inchaço” e, muitas vezes, é facilmente percebido pelo paciente. Para verificar o
edema, temos o teste do cacifo, no qual o profissional pressiona a pele do paciente (geralmente, acima do
maléolo, com auxílio do polegar) e verifica se há mudança na coloração da pele, por quantos segundos e se houve
alguma deformação no tecido.
Muitos fatores podem levar o paciente a apresentar edema no corpo, sendo ele local ou generalizado. O uso de
medicamentos, alimentação, falta de exercícios, doenças do sistema linfático ou sanguíneo, gestação, má
circulação e traumas no organismo como cirurgias podem ser causas para a formação do edema. Por esse
motivo, a drenagem linfática apresenta indicação à problemas associados aos itens citados anteriormente.
É importante ressaltarmos que em caso de gestantes, pacientes com problemas circulatórios e doenças crônicas
sem uso de devida medicação para controle, são casos no quais o profissional de estética deve pedir uma carta de
autorização médica. Essa carta deverá ser anexada ao prontuário do paciente para que o esteticista possa entrarem contato com o médico responsável pelo paciente no caso de alguma intercorrência.
Apesar da drenagem linfática ser uma excelente opção de cuidado, ela tem suas contraindicações, assim como
todas as terapias estéticas. Pacientes com doenças malignas e que não tenham acompanhamento devido não
devem realizar o procedimento. Ainda que a drenagem não cause metástase tampouco espalhe células
cancerígenas, não vale a pena o risco. Caso seja orientação médica, é preciso ter a carta em mãos. Em outros
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devem realizar o procedimento. Ainda que a drenagem não cause metástase tampouco espalhe células
cancerígenas, não vale a pena o risco. Caso seja orientação médica, é preciso ter a carta em mãos. Em outros
casos, a drenagem pode ser usada como terapia paliativa.
Pacientes que tenham quadro de infecção, inflamação aguda, febre, quadros alérgicos ativos também devem ser
excluídos da aplicação de drenagem. Outro fator muito importante são os casos de trombose e insuficiência renal
ou cardíaca e todos esses itens têm contraindicação absoluta.
Assim, já vimos até agora o que é o edema, o porquê ele se forma e quais as indicações e contraindicações para a
drenagem linfática. Mas qual mecanismo de ação essa técnica exerce para que aconteça a drenagem dos líquidos
do interstício para dentro do sistema linfático e, posteriormente, para o sistema venoso?
Os linfangions e os vasos linfáticos possuem células musculares lisas em sua estrutura, como vimos
anteriormente, e essas células são estimuladas pelo sistema nervoso simpático. A drenagem linfática induz o
espasmo vascular, ou seja, promove o relaxamento desses vasos, dilatando-os. Ao mesmo tempo que isso ocorre,
o pulso das válvulas apresenta um aumento e, como consequência disso, temos uma aceleração do fluxo linfático.
Em função da geração desse mecanismo, temos a contração e o relaxamento dos linfangions de forma rítmica e
sincronizada. Em conjunto dessas ações, temos um transporte linfático coordenado e um aumento na filtragem
da linfa. Para que isso ocorra corretamente, os movimentos da drenagem devem ser lentos, rítmicos,
acompanhando o fluxo da linfa, bem como o seu sentido. No entanto, isso nem sempre é possível.
Vamos assistir a uma videoaula sobre a temática? Acompanhe a seguir.
https://cdnapisec.kaltura.com/html5/html5lib/v2.81.1/mwEmbedFrame.php/p/1972831/uiconf_id/30443981
/ e n t r y _ i d / 1 _ 5 w h y 3 8 i 1 ?
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Apesar de sabermos que cada região do corpo tem o grupo de linfonodos responsável pela filtragem da linfa, não
é possível realizar sempre a drenagem para o sentido correto dos linfonodos mais próximos da região a ser
drenada. Isso acontece em casos de cirurgias plásticas, onde os vasos linfáticos são interrompidos devido aos
cortes realizados na pele durante o procedimento cirúrgico. Para tanto, temos a técnica de drenagem reversa.
Apesar de parecer uma complicação da técnica de drenagem linfática manual clássica, a técnica reversa
apresenta uma teoria extremamente simples: uma vez que o caminho até os linfonodos regionais foram
interrompidos devido à incisão cirúrgica, levaremos a linfa para os linfonodos seguintes, que apresentem um
caminho integro, o mais próximo possível da região acometida pelo edema.
Para que essa técnica seja aplicada corretamente, o profissional de estética precisa dominar toda a estrutura
linfática e também a técnica de drenagem, adaptando a técnica reversa para qualquer cirurgia plástica que for
realizada pelo paciente, tendo como entendimento que, em todos os casos, é possível adaptar a técnica.
VOCÊ O CONHECE?
Quando mencionamos a drenagem linfática temos que ter em mente que muitas escolas fazem
parte do desenvolvimento dessa técnica. Entre as personalidades mais mencionadas temos o
método de Vodder, Leduc e Godoy. Vodder veio primeiro, em 1930, percebendo a melhora em
pacientes com gripe e sinusite, quando massageados os linfonodos, regiões que ele notava
“carocinhos” e endurecimento. Suas técnicas são empregadas até hoje. Cronologicamente,
temos Leduc, em seguida, com técnicas mais complexas e específicas. Leduc está vivo e devido
à sua idade avançada, seu filho assumiu frente aos cursos, mas com a presença de seu pai, na
maioria das vezes. Por último, e não menos importante, temos Godoy. Ele e sua esposa
dedicam suas vidas ao estudo da drenagem linfática. A técnica defende movimentos mais
profundos, voltados às alterações vasculares e às doenças crônicas que acometem o sistema
linfático.
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realizada pelo paciente, tendo como entendimento que, em todos os casos, é possível adaptar a técnica.
2.2.3 Técnicas de drenagem linfática manual
Agora que já temos uma noção sobre sistema linfático, podemos aplicar as técnicas corretamente, uma vez que
elas só serão efetivas se realizadas no sentido correto dos vasos coletores, seguindo movimentos lentos, rítmicos
e suaves.
Temos na face os principais grupos de linfonodos: submandibular, submentual, parotídeo, mastoideo e occipital.
Antes de se iniciar a drenagem, todos esses grupos deverão ser bombeados. Então, o movimento deverá ser
repetido de 10 a 15 vezes em cada região. O movimento de bombeamento é quando você pressiona a região com
as mãos levemente e solta, sem afundar os dedos e sem mobilizar ou arrastar o tecido.
É importante lembrar que mesmo que a drenagem seja na região de face, os linfonodos do pescoço e base do
pescoço também poderão ser bombeados, sendo eles os cervicais, infraclaviculares e supraclaviculares. Feito
isso, a massagem poderá ser iniciada com movimentos de captação da linfa e serão realizados no sentido
proximal distal para, em seguida, distal proximal.
Sobre os movimentos, podemos dizer que são basicamente o bombeamento e a captação. O bombeamento é
movimento de pressão com os dedos, lento e rítmico. O “pressionar” e “soltar” deve acontecer de forma suave,
sem arraste ou mobilização de tecido. Deve ser realizado de 10 a 15 vezes nos principais grupos antes e depois
da drenagem. O movimento de captação é realizado com a ponta dos dedos, formando um círculo sempre no
sentido de dentro para fora. Com os dedos apoiados, o punho realizará o círculo. Os dedos não deslizam e nem
arrastam.
A drenagem linfática facial tem início com a evacuação dos seguintes grupos de linfonodos: Supraclavicular,
Cervicais, Submentual, submandibular, parotídeos, mastoideos, occipital. A evacuação é o movimento de pressão
com os dedos, lento e rítmico. O “pressionar” e “soltar” deve acontecer de forma suave, sem arraste ou
mobilização de tecido.
Temos, a seguir, o passo a passo da técnica:
• Captar a linfa, na região do músculo mentual (queixo) em direção ao linfonodo submentual. A primeira 
vez, o movimento deve ser proximal-distal. O movimento distal-proximal deve ser repetido três vezes, do 
ponto de início até a região onde está o linfonodo submentual;
•
- -15
Figura 6 - A seta vermelha orienta a direção do movimento que será realizado pelo profissional para captação da 
linfa
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.
• Captar a linfa da região do mento em direção ao linfonodo submandibular. A primeira vez, o movimento 
deve ser proximal-distal. O movimento distal-proximal deve ser repetido três vezes, do ponto de início 
até a região onde está o linfonodo submandibular;
•
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Figura 7 - A seta vermelha orienta a direção do movimento que serárealizado pelo profissional para captação da 
linfa
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.
• Captar a linfa da região do ângulo da boca em direção ao linfonodo submandibular. A primeira vez, o 
movimento deve ser proximal-distal. O movimento distal-proximal deve ser repetido três vezes, do ponto 
de início até a região onde está o linfonodo submandibular;
•
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Figura 8 - A seta vermelha orienta a direção do movimento que será realizado pelo profissional para captação da 
linfa
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.
• Captar a linfa da região orbicular da boca (a parte superior) em direção ao linfonodo submandibular. A 
primeira vez, o movimento deve ser proximal-distal. O movimento distal-proximal deve ser repetido três 
vezes, do ponto de início até a região onde está o linfonodo submandibular;
•
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Figura 9 - A seta vermelha orienta a direção do movimento que será realizado pelo profissional para captação da 
linfa
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.
• Captar a linfa da região do músculo elevador da asa do nariz em direção submandibular. A primeira vez, 
o movimento deve ser proximal-distal. O movimento distal-proximal deve ser repetido três vezes, do 
ponto de início até a região onde está o linfonodo submandibular;
•
- -19
Figura 10 - A seta vermelha orienta a direção do movimento que será realizado pelo profissional para captação 
da linfa
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.
• Captar a linfa da região da lateral do nariz em direção ao linfonodo submandibular. A primeira vez, o 
movimento deve ser proximal-distal. O movimento distal-proximal deve ser repetido três vezes, do ponto 
de início até a região onde está o linfonodo submandibular;
•
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Figura 11 - A seta vermelha orienta a direção do movimento que será realizado pelo profissional para captação 
da linfa
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.
• Captar a linfa região zigomática até os linfonodos parotídeos (pré-auriculares). A primeira vez, o 
movimento deve ser proximal-distal. O movimento distal-proximal deve ser repetido três vezes, do ponto 
de início até a região onde estão os linfonodos parotídeos;
•
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Figura 12 - A seta vermelha orienta a direção do movimento que será realizado pelo profissional para captação 
da linfa
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.
• Captar a linfa da região de orbicular dos olhos (porção inferior) até os linfonodos parotídeos (pré-
auriculares). A primeira vez, o movimento deve ser proximal-distal. O movimento distal-proximal deve 
ser repetido três vezes, do ponto de início até a região onde estão os linfonodos parotídeos.
•
- -22
Figura 13 - A seta vermelha orienta a direção do movimento que será realizado pelo profissional para captação 
da linfa
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.
• Na região de pálpebra móvel, com movimento de onda (utilizando a ponta dos dedos, muito 
suavemente), mobilizar a linfa no sentido do canto externo dos olhos para lateral até o canto do olho. Em 
seguida, captar a linfa do canto externo dos olhos em direção aos linfonodos parotídeos. A primeira vez, o 
movimento deve ser proximal-distal. O movimento distal-proximal deve ser repetido três vezes, do ponto 
de início até a região onde está o linfonodo submandibular;
•
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Figura 14 - A seta vermelha orienta a direção do movimento que será realizado pelo profissional para captação 
da linfa
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.
• Na região da sobrancelha, realizar pinçamentos com auxílio do polegar e indicador, da parte interna 
para a parte externa das sobrancelhas. A partir do canto externo, a linfa deverá ser levada no sentido dos 
linfonodos parotídeos (pré-auriculares). O movimento distal-proximal deve ser repetido três vezes, do 
ponto de início até a região onde estão os linfonodos parotídeos;
•
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Figura 15 - A seta vermelha orienta a direção do movimento que será realizado pelo profissional para captação 
da linfa
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.
• Captar a linfa da região de fronte (testa) para os linfonodos parotídeos (pré-auriculares). A primeira vez, 
o movimento deve ser proximal-distal. O movimento distal-proximal deve ser repetido três vezes, do 
ponto de início até a região onde estão os linfonodos parotídeos;
•
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Figura 16 - A seta vermelha orienta a direção do movimento que será realizado pelo profissional para captação 
da linfa
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.
• Virar a cabeça do cliente cuidadosamente para o lado e captar a linfa da região parietal para os 
linfonodos mastoideos (retroauriculares) com o movimento de bombeamento com auxílio de punho, mão 
e dedos, simulando o movimento de uma onda. A primeira vez, o movimento deve ser proximal-distal. O 
movimento distal-proximal deve ser repetido três vezes, do ponto de início até a região onde estão os 
linfonodos mastoideos;
•
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Figura 17 - A seta vermelha orienta a direção do movimento que será realizado pelo profissional para captação 
da linfa
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.
• Com o paciente ainda com a cabeça de lado, realizar a captação de região occipital, levando a linfa para o 
linfonodo occipital em forma de bombeamento (punho, mão e dedos). A primeira vez, o movimento deve 
ser proximal-distal. O movimento distal-proximal deve ser repetido três vezes, do ponto de início até a 
região onde está o linfonodo occipital;
•
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Figura 18 - A seta vermelha orienta a direção do movimento que será realizado pelo profissional para captação 
da linfa
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.
Finalizar a drenagem, evacuando todos os grupos de linfonodos novamente: occipital, mastoideo e parotídeo,
submandibular, submentual, cervical, supra e intraclavicular.
No vídeo a seguir, temos um resumo sobre as técnicas de drenagem. Vejamos.
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2.3 Recursos cosméticos
Temos no mercado cosmético uma infinidade de produtos para todas as disfunções estéticas já estudadas.
Apesar disso, não temos muitos produtos que indiquem o uso no período de pós-operatório e, nesse momento, é
quando o profissional de estética enfrenta dificuldades ao desenvolver seu plano de tratamento para o paciente
que passou por um procedimento cirúrgico.
O foco nesse momento são os procedimentos cirúrgicos faciais, então, buscaremos cosméticos faciais para o
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O foco nesse momento são os procedimentos cirúrgicos faciais, então, buscaremos cosméticos faciais para o
período de pós-operatório. O mais importante a se considerar é: cosméticos não devem entrar em contato com a
ferida cirúrgica. Na região de ferida, serão utilizados apenas medicamentos e produtos para limpeza da região
indicados pelo médico cirurgião responsável pelo paciente.
Apesar de não ser possível aplicar nenhum cosmético na região de ferida, o lado bom é que em todas as cirurgias
faciais temos uma área maior de pele íntegra e o primeiro ponto a se atentar é a higiene. Sabemos que o paciente
tem dificuldades em higienizar a pele no período de pós-operatório, principalmente, enquanto ainda tem pontos
e curativos. O profissional de estética pode fazer isso, tomando cuidado para não sujar os curativos. Os
cosméticos que serão utilizados para higienização e tonificação da pele deverão ser suaves, sem ácidos emsua
composição.
A esfoliação deverá ser pulada nesse período, pois nada pior para o paciente do que sentir grânulos de esfoliante
na face ou próximos da região operada. É importante que o profissional de estética promova bem-estar e
sensação de pele limpa e tratada e não o contrário.
Apesar da escolha dos produtos terem foco em composições suaves, cabe ao profissional identificar o biotipo e
estado cutâneo da pele do paciente e escolher os cosméticos baseados nessa informação. Ativos hidratantes,
regeneradores e com ação antioxidante são extremamente benvindos nesse momento. Quando o paciente
remover os pontos e os curativos, o manuseio se torna ainda mais fácil.
É importante que o profissional esteja em contato com o médico responsável durante todo o período de pós-
operatório, enquanto o paciente estiver em tratamento, para que ele saiba qual está sendo a conduta adotada.
Mas se isso não ocorrer, em qual momento o esteticista pode começar a passar cosméticos em todas as regiões
da face, inclusiva a operada? Isso deve ser observado.
A ferida cirúrgica deve estar totalmente fechada, sem “casquinhas”, sem a presença de líquidos ou coloração
escurecida, o que pode caracterizar necrose. Nesse momento, os cosméticos ainda devem ser suaves, mas o foco
será na regeneração do tecido, com ativos que auxiliem a cicatrização nesse período. A mão do profissional deve
ser extremamente leve, sem mobilizar o tecido ao espalhar os produtos e evitando ao máximo fricção com
algodão e gaze.
Entre os protocolos cosméticos, um protocolo sugerido que pode ser realizado em quaisquer casos, é a
higienização seguida de tonificação. Aplicação de máscara de acordo com a necessidade (essa etapa é evitada
enquanto houver pontos e curativos), seguida da aplicação de sérum e protetor solar. E quanto aos ativos?
Conforme já dito, é preciso buscar produtos suaves, com ativos hidratantes e restauradores, evitando o uso de
CASO
Uma paciente de 65 anos realizou um procedimento de ritidoplastia, pois tinha como queixa
principal a perda do contorno da face e flacidez do músculo platisma. Sabemos que a técnica de
drenagem linfática manual tem aplicabilidade nesse caso, mas ela deverá ser realizada com
movimentos clássicos ou de drenagem reversa?
Na ritidoplastia, a ferida cirúrgica contorna a região anterior das orelhas, interrompendo o
fluxo linfático da região. Apesar de termos o grupo de linfonodos parotídeos na região da
sutura, encaminhar a linfa da região de zigomático e inferior dos olhos para esses linfonodos
pode sobrecarregar a região da sutura, atrapalhando o processo de cicatrização. Conhecendo a
técnica e o sistema linfático, iremos aplicar a técnica de drenagem linfática reversa. Levaremos
a linfa das regiões citadas anteriormente para o próximo grupo de linfonodos mais próximos:
os submandibulares. A aplicação da técnica dessa maneira não irá sobrecarregar a região de
sutura em nenhum ponto e além disso, aliviará o edema no rosto da paciente, promovendo
uma descongestão do tecido e sensação de bem-estar.
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enquanto houver pontos e curativos), seguida da aplicação de sérum e protetor solar. E quanto aos ativos?
Conforme já dito, é preciso buscar produtos suaves, com ativos hidratantes e restauradores, evitando o uso de
ácidos e produtos que contenham grânulos. Os produtos deverão ser escolhidos, dentro desses parâmetros, de
acordo com a necessidade, o biotipo e o estado cutâneo do paciente.
2.3.1 Recursos eletrotermofototerápicos
Agora que já sabemos qual conduta adotar referente aos cosméticos, vamos, então, às eletroterapias. Temos à
disposição do profissional de estética muitos aparelhos para várias disfunções estéticas, mas, mais uma vez, não
temos nada que apresente uma orientação direta como “aparelho para pós-operatório de cirurgia de face”. Isso
acaba complicando o desenvolvimento de protocolos estéticos.
O que precisamos entender nesse primeiro momento é que excluiremos qualquer eletroterapia que promova
calor. No pós-operatório, o calor não é bem-vindo, pois promove vasodilatação e, consequente, aumento de
edema, prejudicando o processo de cicatrização.
Dentre os recursos que podem ser realizados temos microcorrentes e fototerapia. O processo de microcorrentes
tem como foco principal devolver a eletricidade natural das células. Ele também aumenta a capacidade do tecido
de transportar nutrientes às células afetadas, aumentam a síntese de ATP e melhora a oxigenação tecidual.
Dependendo de seus parâmetros, pode ser usada para inibição, nutrição ou estimulação mitocondrial. No pós-
operatório, o foco será a estimulação e a nutrição. Enquanto houver “casquinhas” e regiões com secreção, a
aplicação deverá ser feita com placas e, depois disso, com as canetas.
A fototerapia já é uma opção que não apresenta restrição de tempo e nem sobre o aspecto da ferida cirúrgica,
uma vez que não entra em contato com a pele do paciente diretamente. O uso do LED azul e âmbar tem indicação
para efeito bactericida e fungicida e estimulação da produção de colágeno pelos fibroblastos, respectivamente. O
laser vermelho de baixa potência é o de maior importância. Ele auxilia o processo de reparo e modula o processo
inflamatório. Ele pode ser aplicado desde a primeira sessão e mesmo durante o período de pós-operatório
tardio, em toda a extensão da cicatriz.
Neste caso, as contraindicações são as mesmas de qualquer eletroterapia. O paciente que é induzido à uma
cirurgia plástica estética deve estar em plena saúde, então, não serão muitas as contraindicações aplicadas.
Apesar disso, é importante reforçar que a eletroterapia não deve ser aplicada em portadores de marca-passo,
paciente com tumores malignos, epilepsia, paciente em tratamento com anticoagulantes e com doenças crônicas
não compensadas, como por exemplo diabetes e alterações hormonais.
Deste modo, o profissional deve ter, além de conhecimento, bom senso para desenvolver o protocolo de pós-
operatório para um paciente que passou por um procedimento cirúrgico facial. Independente da cirurgia, os
cuidados são os mesmos e uma conduta má adequada pode acabar com o resultado esperado pelo paciente. O
sucesso da cirurgia não depende apenas das técnicas adotadas pelo cirurgião plástico.
Conclusão
Na presente unidade, tivemos a oportunidade de entender um pouco sobre as cirurgias estéticas faciais e a
conduta do profissional de estética no período que antecede e sucede o procedimento.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• aprendemos sobre cada cirurgia facial estética e sua aplicabilidade;
• conhecemos os cuidados que podem ser feitos para com o paciente no intuito de preparar para o 
procedimento cirúrgico;
• entendemos como funciona o sistema linfático, bem como a constituição de suas estruturas e seu 
funcionamento;
• compreendemos as técnicas de drenagem linfática manual clássica e reversa, estando aptos a empregar 
a melhor técnica para cada caso;
• estudamos quais os recursos que o profissional de estética tem ao alcance quando nos referimos aos 
•
•
•
•
•
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a melhor técnica para cada caso;
• estudamos quais os recursos que o profissional de estética tem ao alcance quando nos referimos aos 
procedimentos cosméticos no período pós cirúrgico;
• conhecemos as eletroterapias aplicáveis no período de pós-operatório de cirurgias plásticas estéticas 
faciais.
Bibliografia
HISTOLOGIA, FISIOLOGIA E ANATOMIA HUMANA. Cirurgia – Rinoplastia e septoplastia “Desvio de septo”. 
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LIMA, E.; LIMA, M. . 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. Cirurgia dermatológica cosmética
Disponível em: https://laureatebrasil.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN
. Acesso em: 09 jan. 2020./homeMinhaBiblioteca
MELEGA, J. M.; VITERBO, F.; MENDES, F. H. os princípios e a atualidade. Rio de Janeiro:Cirurgia plástica: 
Guanabara Koogan LTDA, 2011.
WITTLINGER, H.; WITTLINGER; D.; WITTLINGER, A.; WITTLINGER, M. método Dr.Drenagem linfática manual: 
Vodder PortoAlegre: Artmed, 2013.. 
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https://laureatebrasil.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca
https://laureatebrasil.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca
	Introdução
	2.1 Cirurgias faciais
	2.1.1 Rinoplastia
	2.1.2 Ritidoplastia
	2.1.3 Blefaroplastia
	2.1.4 Mentoplastia
	2.1.5 Otoplastia
	2.1.6 Lipoaspiração facial (mento)
	2.1.7 Procedimentos pré-operatórios
	2.2 Recursos Manuais em Estética
	2.2.1 Sistema linfático e suas estruturas
	2.2.2 Drenagem linfática manual (DLM) – Clássica e Reversa
	2.2.3 Técnicas de drenagem linfática manual
	2.3 Recursos cosméticos
	2.3.1 Recursos eletrotermofototerápicos
	Conclusão
	Bibliografia