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RELATÓRIO CIRGE – ESTOMAS INTESTINAIS 
Isabela Carvalho Vilela Pereira 
 
O estoma é qualquer exteriorização de um segmento do trato gastrointestinal 
(TGI). Sua confecção é indicada quando se faz necessário ter uma via de acesso ao TGI, 
por exemplo em casos de pacientes acamados ou com sequelas neurológicas, em que 
o uso prolongado de sonda nasogástrica/nasoentérica pode gerar complicações (ex.: 
pneumonia aspirativa). 
 
Figura 1: Gastrostomia endoscópica. 
 
 Outra indicação seria a derivação do trânsito, sendo essa bastante comum, pois 
muitas vezes o trânsito intestinal encontra-se impedido. 
 
Figura 2: Neoplasia de reto-sigmóide e derivação por estoma em alça. 
 Também é indicada a confecção de estoma quando ocorre a ressecção do TGI e 
não é possível realizar a anastomose (ex.: Cirurgia de Miles) ou quando há 
contraindicação para a mesma (ex.: paciente hemodinamicamente instável). 
 Embora existam várias formas de classificar os estomas, as principais 
classificações são baseadas no sítio (ex.: esofagostomia, colostomia); de acordo com a 
forma de exteriorização (ex.: terminal, alça), em que, caso tenha uma boca, é terminal, 
e caso tenha duas bocas é em alça. Também classifica-se de acordo com o tempo de 
permanência. 
 
Figura 3: Classificação dos estomas de acordo com o sítio. 
 
 
Figura 4: Classificação de acordo com a forma de exteriorização. 
 
Figura 5: Exemplos de estomas. 
 
 
Figura 6: Exemplo de estoma temporário terminal por Cirurgia de Hartmann. 
 
 
Figura 7: Fasceíte necrotizante indicando a necessidade de confeccionar um estoma. 
 
Figura 8: Hidrosadenite supurativa indicando a necessidade de confeccionar um estoma. 
 
 
Figura 9: Linfoma plasmablástico retal que se exteriorizou para o ânus indicando a necessidade de confeccionar 
um estoma após ressecção por cirurgia de Miles. 
 
 
Figura 10: Amputação por Cirurgia de Miles. 
 No que tange às complicações oriundas da confecção de estomas intestinais, o mais 
importante é fazer a prevenção, tendo em vista que são inúmeras as complicações possíveis. 
Os aspectos cirúrgicos da prevenção incluem: o uso da técnica correta, em que para realizar a 
exteriorização da alça, a mesma deve estar bem mobilizada evitando a tensão quando fixada 
na parede abdominal, prevenindo o desabamento e isquemia do estoma. Outra questão 
importante para prevenir complicações é zelar pela boa maturação do estoma, fazendo uso de 
fios de sutura adequados, absorvíveis e resistentes. Além disso, é preciso atentar-se à 
demarcação correta, levando-se em conta a abordagem cirúrgica pretendida e também as 
preferências do paciente (quando for possível), as quais podem ser identificadas por um 
profissional Estomaterapeuta. 
 
Figura 11: Técnica correta para a confecção do estoma. 
 
 
Figura 12: Exemplo de demarcação cirúrgica. 
 
 
Figura 13: Exemplo de dermarcação cirúrgica realizada pelo Estomaterapeuta. 
 
 Em relação às complicações mais frequentes, a Dermatite Periestomal tem 
prevalência de 50%, advém da má localização do estoma, prolapso, hérnia, ou seja, da 
dificuldade de ajuste da bolsa. Para tanto, é necessário orientar o paciente quanto aos 
cuidados locais, realizar o ajuste adequado da bolsa ou reposicionar. 
 
Figura 14: Dermatite Periestomal. 
 
 A isquemia ou necrose (2-20%), geralmente irá acontecer quando não houve 
mobilização adequada. Caso seja superficial, poderá ser realizado o manejo clínico com 
tópicos. Caso seja uma necrose profunda, será necessário tratamento cirúrgico. Sendo assim, é 
de suma importância a inspeção detalhada do estoma. 
 
 
 
Figura 15: Estoma necrótico. 
 
 Outra possível complicação é a retração do estoma (1,5-2%) devido à tensão 
excessiva, podendo estar associada à dermatite. Nesses casos, poderá ser indicado o 
uso de placas convexas/moldáveis e, em casos mais graves, deverá ser realizada 
laparotomia. 
 
Figura 16: Retração do estoma. 
 
 A hérnia paraestomal (3-4%) devido à falha na parede abdominal poderá ser 
manejada com reparo local, reparo com tela, reposicionamento do estoma e 
reconstituição do trânsito. Outra complicação semelhante é o prolapso do estoma (2-
20%), em que poderá ser feita a redução manual e manejo cirúrgico. 
 
 Figura 17: Hérnia Paraestomal. 
 
 
Figura 18: Prolapso do estoma. 
 
 É possível realizar ainda uma colostomia terminal em que o estoma irá ser 
fixado em região de períneo, alternativa essa que deve ser considerada sempre que 
possível e quando se tratar de pacientes mais jovens e ativos. 
 
 
 
À partir da aula ministrada pelo Dr. Marley Feitosa, é possível concluir que 
embora o desfecho pretendido pelo cirurgião seja sempre realizar anastomoses 
intestinais, muitas vezes a evolução clínica e cirúrgica inviabiliza esse desfecho. Torna-
se então necessário confeccionar estomas, o que se trata de um passo cirúrgico 
importante e, quando bem indicado, salva vidas. A morbidade deve ser prevenida pelo 
cirurgião, tomando todos os cuidados para evitar complicações (muitas vezes severas), 
e diagnosticada pelo clínico. 
Os estomas comumente representam diminuição expressiva na qualidade de 
vida dos pacientes, pois acaba sendo um inconveniente no dia-a-dia e necessitando 
uma série de cuidados especiais. Sendo assim, visando minimizar as adversidades, é de 
suma importância que haja uma equipe cirúrgica e clínica preparada para orientar o 
paciente adequadamente e acompanha-lo no período pré-operatório e de adaptação.