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Autor: Kimberlly C. Coutinho DIENCÉFALO O diencéfalo é formado pelo hipotálamo, pelo epitálamo, pelo subtálamo e pelo tálamo. Hipotálamo O hipotálamo é dividido pelo fórnix em hipotálamo medial e hipotálamo lateral. O hipotálamo lateral é composto por várias vias/fibras que fazem a conexão do hipotálamo com diversas regiões do encéfalo. Enquanto isso, o hipotálamo medial contém os núcleos do hipotálamo, sendo eles responsáveis pela produção de alguns hormônios e por fazer algumas conexões. Os núcleos do hipotálamo medial são divididos nos grupos: • Supra-óptico - núcleo supraquiasmático; núcleo supra-óptico; núcleo paraventricular; • Tuberal – núcleo ventromedial; núcleo dorsomedial; núcleo arqueado (ou infundibular) • Mamilar - núcleos mamilares; núcleo posterior O hipotálamo apresenta algumas conexões. Sendo assim, temos que: → o hipocampo faz conexão com o hipotálamo pelo fórnix, aos núcleos mamilares, de onde os impulsos seguem para os núcleos anteriores do tálamo pelo feixe mamilo talâmico (circuito de papez). relaciona-se com a memória antiga e memoria olfativa, fazendo conexão com o hipotálamo (núcleos mamilares) por meio das fibras do fórnix - circuito de papez → O hipotálamo também realiza conexões dos núcleos mamilares com a formação reticular por meio do fascículo mamilo-tegmentar → As fibras originadas no corpo amigdaloide chegam ao hipotálamo através da estria terminal → A área septal liga-se ao hipotálamo por fibras do feixe prosencefálico medial, sendo relacionado ao centro do prazer → O hipotálamo mantem conexão com a área pré-frontal diretamente ou através do núcleo dorsomedial do tálamo, relacionado ao comportamento emocional Portanto, o hipotálamo é relacionado ao comportamento, funções hormonais e sistema autônomo. Autor: Kimberlly C. Coutinho O hipotálamo tem conexões sensoriais com das vísceras, eretogênicas(mamilos e órgãos genitais), com o córtex olfatório e com a retina (trato retino hipotalâmico) De um modo geral, as funções do hipotálamo referem-se à manutenção da homeostase do organismo, relacionando-se com o sistema endócrino e autônomo e controle de processos motivacionais importantes para a sobrevivência do indivíduo. Sendo assim, o hipotálamo tem como funções: 1. Controle do sistema nervoso autônomo • Hipotálamo anterior – parassimpático • Hipotálamo posterior – simpático 2. Regulação da temperatura corporal • Centro da perda de calor – hipotálamo anterior (vasodilatação periférica e sudorese) • Centro da conservação do calor – hipotálamo posterior (vasoconstricção periférica, calafrios e libração do hormônio tireoidiano - produção de calor) • No caso de lesão nessa área, seja por trauma, por tumor etc, o paciente pode ter uma febre excessiva, chamada de febre central, apresentando uma sudorese intensa (suor pegajoso) podendo levar a óbito por desnaturação de proteínas devido à alta temperatura. 3. Regulação do comportamento emocional • Juntamente com o sistema límbico e a área septal, regulam processos como raiva, medo, prazer e outros. 4. Regulação sono e vigília • A parte posterior relaciona-se com a vigília, reforçando a ação do sistema ativador ascendente. Ou seja, enquanto a formação reticular, no tronco encefálico, é responsável por acordar o indivíduo, ou seja, por despertar. Já para manter o indivíduo acordado, é necessária uma atividade cortical difusa, ou seja, é necessária uma conexão dessa região com o córtex cerebral, o que é feito pelo hipotálamo. Uma lesão no hipotálamo posterior causa sonolência (encefalite letárgica de von economo). 5. Regulação da ingestão de alimentos • O hipotálamo lateral (centro da fome) - sendo estimulado faz com que o paciente se alimente vorazmente, já quando lesada ocorre a inanição, ou seja, completa falta de consumo de alimentos Autor: Kimberlly C. Coutinho • O núcleo ventromedial (centro da saciedade) - causa saciedade, lesão leva a obesidade, ou seja, podemos estimula-lo para causar saciedade em pacientes obesos. 6. Regulação da ingestão de água • Hipotálamo lateral controla ingesta de água (centro da sede). Lesões causam perda da vontade de beber água, podendo ocasionar desidratação e óbito 7. Regulação da diurese • Liberação da vasopressina, o hormônio antiduiretico pelos nucleos supra-ópticos e paraventriculares aumenta a absorção de água nos túbulos renais 8. Regulação do sistema endócrino • Controla a secreção dos hormônios da adenohipófise pelos fatores liberadores hormonais 9. Regulação de ritmos circadianos • O controle de parâmetros fisiológicos, como taxas hormonais, circulação de eosinófilos, sono, glicemia e até mesmo atividades motoras são controladas por um ritmo externo de claro/escuro, detectados pelo núcleo supraquiasmático, que recebe informações de luminosidade do ambiente pelo trato retino-hipotalâmico Subtálamo Trata-se de uma pequena área entre o hipotálamo e o mesencéfalo, cujo principal núcleo é de Luys, relacionado ao controle muscular. Sendo uma área muito pequena, cirurgicamente, não podemos fazer lesões, mas apenas estimulação. É o alvo para a introdução de eletrodo para o tratamento da Doença de Parkinson Epitálamo Area posterior ao III ventrículo e abaixo do esplênio do corpo caloso, compreende a comissura posterior, comissura e trígono das habênulas e glândula pineal (produção de melatonina para controle do sono e ciclo circadiano e inibição gonadal). ♦ Produção de melatonina Autor: Kimberlly C. Coutinho A estimulação luminosa é um grande influenciador da produção de melatonina. Temos que a luz inibe a produção de melatonina, uma vez que essa luz inibe os núcleos supraquiasmaticos de ativarem fibras simpáticas (que produzem noradrenalina) e, assim, não há a ativação dos pinealócitos (que produzem serotonina) e, por fim, não ocorre a produção de melatonina. Já no período noturno, quando não há luz, observamos a ativação do sistema simpático com a produção de noradrenalina que estimula os pinealócitos e, assim, ocorre a produção de 10 vezes mais melatonina do que de dia. Sendo assim, a melatonina tem a função de regulação do sono, inibição das gônadas nos mamíferos (testículos e ovários) e controle do ritmo circadiano. Tálamo Duas massas ovoides, parte anterior tubérculo e posterior pulvinar, unidos pela aderência intertalâmica e tendo como limite medial o III ventrículo, lateralmente a capsula interna, superiormente a fissura cerebral transversa e inferiormente o hipotálamo e subtalamo. Pertencem também os corpos geniculados medial e lateral.
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