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ORIENTAÇAO-PROFISSIONAL--ABORDAGEM-ANALISE-DO-COMPORTAMENTO-E-ABORDAGEM-PSICODINÂMICA

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1 
 
 
 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 
2 A ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL – CONTEXTO HISTÓRICO ................. 5 
3 A ESCOLHA PROFISSIONAL .................................................................. 13 
4 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO E ALGUMAS PROPOSTAS PARA 
ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL ............................................................................... 17 
4.1 A importância do comportamento verbal na orientação profissional .. 22 
5 ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL – UMA ABORDAGEM PSICODINÂMICA
 ...................................................................................................................25 
6 OBJETIVOS DA ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL .................................... 27 
7 O AUTO RECONHECIMENTO E A INFORMAÇÃO NA ORIENTAÇÃO 
PROFISSIONAL ........................................................................................................ 31 
8 CAMPOS DE INTERVENÇÃO EM ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL ....... 33 
9 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
 
 
 
 
4 
 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora 
que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2 A ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL – CONTEXTO HISTÓRICO 
 
Fonte:www.google.com.br 
Segundo Pinho (2013) o conceito de orientação profissional define-se de 
antemão, pela sua denominação. Em se tratando de um processo, pode-se dizer que 
o indivíduo é orientado ou direcionado no caminho de uma ou mais profissões. De 
acordo com Bueno (2009), é um procedimento que se utiliza de técnicas para auxiliar 
o sujeito em sua vida pessoal, profissional e projetos futuros, oferece informações do 
sistema político, econômico e social, onde se dá sua escolha, como também promove 
o seu autoconhecimento. 
Pode-se dizer que, na atualidade, as práticas da orientação profissional pelo 
mundo e no Brasil passaram por transformações em seus modelos e alcançaram 
proporções consideráveis. Neste contexto, a história da orientação profissional é aqui 
apresentada como uma linha do tempo, identificando as principais fases de sua 
evolução. 
A Orientação Profissional (OP) nasceu como uma prática cujos objetivos 
estavam diretamente ligados ao aumento da eficiência industrial. Ela tem suas origens 
situadas na Europa do início do século XX, mais precisamente com a criação do 
Centro de Orientação Profissional de Munique, no ano de 1902 (Carvalho, 1995). 
Neste momento inicial, o objetivo da Orientação Profissional era o de detectar, na 
 
 
 
 
6 
 
indústria florescente, trabalhadores inaptos para a realização de determinadas tarefas 
e, assim, evitar acidentes de trabalho. 
No entanto, o marco oficial de início da Orientação Profissional situa-se entre 
os anos de 1907 e 1909, com a criação do primeiro Centro de Orientação Profissional 
norte-americano, o Vocational Bureau of Boston, e a publicação do livro Choosing a 
Vocation, ambos sob responsabilidade de Frank Parsons (Carvalho, 1995; Rosas, 
2000; Santos, 1977; Super & Bohn Junior, 1970/1976). Parsons teve o grande mérito 
de acrescentar à Orientação Profissional ideias da Psicologia e da Pedagogia e a 
preocupação com a escolha profissional dos jovens de seu país. 
Nas décadas de 1920 e 1930, a Psicologia Diferencial e a Psicometria 
passaram a influenciar fortemente a prática da Orientação Profissional, o que se deu 
devido ao grande desenvolvimento dos testes de inteligência, aptidões, habilidades, 
interesses e personalidade durante a primeira e segunda guerra mundial (BROWN; 
BROOKS, 1996; CARVALHO, 1995; SUPER; BOHN; JUNIOR, 1970). 
Importantes mudanças começaram a ocorrer na prática em 1942 foi publicado 
o livro Counseling and Psychotherapy: Newer Concepts in Practice, de Carl Rogers. 
Neste livro, Rogers lançou as bases de sua Terapia Centrada no Cliente, que 
aproxima os conceitos de Psicoterapia e Aconselhamento Psicológico e valoriza a 
participação do cliente no processo de intervenção, que passa a ser não diretivo. As 
ideias de Rogers influenciaram enormemente a Psicologia, a Psicoterapia, o 
Aconselhamento Psicológico e a Orientação Profissional da época, tendo sido um 
importante marco de transformação das práticas de Orientação Profissional (SPARTA, 
2003). 
A partir da década de 1950, começaram a surgir diversas teorias sobre a 
escolha profissional, que vieram dar continuidade à mudança de paradigma iniciada 
na década anterior. 
 
Fonte: www.google.com.br 
 
 
 
 
7 
 
 Ainda nas décadas de 1950 e 1960, foram publicadas Teorias Psicodinâmicas 
da escolha profissional, baseadas fundamentalmente na Teoria Psicanalítica e na 
Teoria de Satisfação das Necessidades, e Teorias de Tomada de Decisão, mais 
preocupadas com o momento da escolha do que com processo em si (BROWN; 
BROOKS, 1996; CRITES, 1969/1974; PELLETIER et al, 1974/1985). 
No Brasil, a Orientação Profissional tem como marco de origem a criação, em 
1924, do Serviço de Seleção e Orientação Profissional para os alunos do Museu de 
Artes e Ofícios de São Paulo, sob responsabilidade do engenheiro suíço Roberto 
Mange (CARVALHO, 1995; SANTOS, 1977, ROSAS, 2000). Muito ligada à Psicologia 
Aplicada, que vinha desenvolvendo-se no país, na década de 1920, junto à Medicina, 
à Educação e à Organização do Trabalho (ANTUNES, 1998; CARVALHO, 1995; 
MASSIMI, 1990; ROSAS, 2000). 
 
 
Roberto Mange 
Fonte: Google.com 
 
 
A Orientação Profissional brasileira deu um grande salto de desenvolvimento a 
partir da década de 1940, quando foi criada alguns anos depois a Fundação Getúlio 
Vargas, no Rio de Janeiro, que estudava a Organização Racional do Trabalho e a 
influência da Psicologia sobre a mesma (FREITAS, 1973). 
Em 1945 e 1946, ofereceu, com o auxílio do governo brasileiro, o curso de 
Seleção, Orientação e Readaptação Profissional, ministrado pelo psicólogo e 
psiquiatra espanhol Emílio Mira y López (FREITAS, 1973; ROSAS, 2000). No ano 
seguinte, em 1947, foi fundado o Instituto de Seleção e Orientação Profissional 
 
 
 
 
8 
 
(ISOP), junto à Fundação Getúlio Vargas na cidade do Rio de Janeiro, instituto que 
reuniu técnicos e estudiosos da Psicologia Aplicada, muitos deles formados pelo curso 
ministrado por Mira y López, que foi seu primeiro diretor (CARVALHO, 1995; 
SEMINÁRIO, 1973; FREITAS, 1973; ROSAS, 2000). 
Desde o seu nascimento, na década de 1920, a Orientação Profissional 
brasileira pautou-se pelo modelo da Teoria do Traço e Fator; isto é, pelas ideias de 
que o processo de Orientação Profissional é diretivo e o papel do orientador 
profissional é o de fazer diagnósticos, prognósticos e indicações das ocupações certas 
para cada indivíduo, o que foi feito, desde o início, com base na Psicologia Aplicada, 
especialmente na Psicometria (SPARTA, 2003).Fonte:todaatual.com 
A Orientação Profissional no Brasil foi influenciada diretamente pela Psicanálise 
e, especialmente, pela Estratégia Clínica de Orientação Vocacional do psicólogo 
argentino Rodolfo Bohoslavsky (1977/1996), introduzida no Brasil na década de 1970 
por Maria Margarida de Carvalho (1995; 2001). 
Carvalho foi a primeira professora da disciplina de Seleção e Orientação 
Profissional do curso de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), disciplina 
que fazia parte do currículo mínimo federal. Além de introduzir as ideias de 
Bohoslavsky no Brasil, ela foi a grande idealizadora do processo grupal em Orientação 
Profissional. 
 
 
 
 
9 
 
Com a abertura do Serviço de Orientação Profissional (SOP) da USP, no ano 
de 1970, houve a necessidade de adaptação do processo de Orientação Profissional 
oferecido por este órgão devido as grandes demandas. Nestas condições, Carvalho 
propôs os processos grupais como forma de supri-la, como alternativa ao modelo 
psicométrico e como forma de promoção da aprendizagem da escolha (SPARTA, 
2003). 
De acordo com Carvalho (2001) apud Oliveira (2000), este modelo de 
Orientação Profissional, baseado na Psicologia Clínica, na Psicanálise e em Teorias 
de Dinâmica de Grupo, assemelha-se à Terapia Breve Focal, cujo foco de trabalho é 
a escolha profissional. Vários autores brasileiros aceitam esta definição como uma 
Terapia Breve Focal, o que acaba por subestimar o seu caráter pedagógico, restringir 
sua prática aos psicólogos e limitar o seu alcance de intervenção. 
Para Knobel (1997), apud Zavareze (2008) a Orientação Profissional muitas 
vezes responde a necessidades sócio-econômicas do sistema (seja este quaisquer, 
dentro de linhas políticas diversas e até antagônicas); a pessoa não interessa. 
Logicamente esta modalidade estava destinada ao fracasso, apesar de que ainda se 
tem os que “orientam” para determinada atividade em nossa sociedade. 
 
Fonte: google.com.br 
Desde 1942, com a promulgação da lei Capanema, a Orientação Educacional 
foi incluída nas escolas e a ela foi incumbida a tarefa de auxiliar a escolha profissional 
dos alunos no entanto, foi com a promulgação da Lei 5.692 de 11 de agosto de 1971, 
que determinou as novas diretrizes e bases para os ensinos de primeiro e segundo 
graus, que a Orientação Educacional e o Aconselhamento Vocacional, sob 
 
 
 
 
10 
 
responsabilidade dos Serviços de Orientação Educacional (SOE), tornaram-se 
obrigatórios nas escolas (BRASIL, 1971, apud SPARTA, 2003). 
Esta lei tornou a profissionalização no segundo grau obrigatória e determinou 
a sondagem de aptidões no primeiro grau. De acordo com Ferretti (1980), no final da 
década de 1970, era prevista uma disciplina chamada Programa de Orientação 
Ocupacional, cujo objetivo era auxiliar os alunos na escolha profissional. O próprio 
Ministério da Educação e Cultura (MEC) elaborou um documento que indicava a 
concepção operatória do desenvolvimento vocacional de como base para a disciplina. 
No entanto, segundo esse autor, na prática tais programas baseavam-se apenas em 
informação profissional. 
 
Fonte:google.com.br 
Mais recentemente, de acordo com a Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996, 
atual lei das diretrizes e bases da Educação nacional, o ensino médio continua a ter 
como um de seus objetivos a preparação básica para o trabalho. No entanto, o ensino 
médio não possui mais o objetivo de profissionalização. O ensino profissionalizante 
de nível médio aparece apenas na condição de curso continuado; isto é, não substitui 
o ensino médio regular, apenas o complementa (BRASIL, 1996, apud SPARTA, 2003). 
Segundo Uvaldo e Silva (2001), esta lei oferece mais abertura para a criação 
de projetos de Orientação Profissional integrados no currículo escolar. Esta ideia está 
em conformidade com a tendência internacional dos programas de Educação de 
Carreira, programas de cunho pedagógico realizados pela escola que pretendem 
 
 
 
 
11 
 
capacitar os estudantes para a transição entre a escola e o mundo do trabalho dentro 
da nova ordem socioeconômica mundial. 
 
Fonte:www.portaldasmissoes.com.br 
No ano de 1993, foi fundada a Associação Brasileira de Orientadores 
Profissionais (ABOP) durante o I Simpósio Brasileiro de Orientação Vocacional 
Ocupacional (CARVALHO, 1995; LISBOA, 2001). A ABOP foi criada com os objetivos 
de unificação e desenvolvimento da Orientação Profissional no Brasil. Desde então, 
vem promovendo simpósios nacionais bienais. 
No Brasil, a Orientação Profissional pode ser realizada por psicólogos e 
pedagogos, mas infelizmente, como afirmou Soares (1999), a formação de 
orientadores profissionais brasileiros ainda não possui regulamentação ou lei que 
determine conteúdos mínimos a serem ministrados. Esta formação fica a cargo de 
universidades e cursos livres, mas a falta de uma regulamentação mais estrita da 
profissão acaba por diluir boas iniciativas e não oferece poder para que a ABOP possa 
fiscalizar os cursos oferecidos em território nacional. 
Segundo a Associação Brasileira de Orientação Profissional (2016) 
recentemente, o projeto de Lei no 5053/2016, que acrescenta parágrafo único ao art. 
22 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional), para instituir a oferta de Serviço de Orientação Profissional 
especializado na educação básica. Este projeto de Lei avança em relação a outros 
apresentados anteriormente, já que reconhece a necessidade de se oferecer Serviço 
de Orientação Profissional ao invés de apenas um "teste vocacional", como tantos 
outros projetos de Leis anteriormente apresentados propunham. 
O Serviço de Orientação Profissional tem um escopo amplo de ações que vão 
desde a oferta de informações para cursos técnicos, tecnológicos e universitários, às 
 
 
 
 
12 
 
ações que tratam de escolha do curso e à construção da carreira. Por meio de 
diferentes ações que possam ser implantadas por tais serviços, os alunos passam a 
atribuir sentidos aos estudos e ao trabalho. 
Assim, a Orientação Profissional tem condições de contribuir para que ao longo 
da formação os estudantes da educação básica sejam apoiados na construção de seu 
projeto de vida pessoal e profissional, considerando sua história de vida, e a 
diversidade de cenários e contextos. Para além do autoconhecimento, do 
conhecimento acerca das profissões e do mercado de trabalho, é importante o 
desenvolvimento de valores relativos ao trabalho e de competências-chave que serão 
utilizadas, no futuro, para o planejamento, o desenvolvimento e a progressão na 
carreira, sujeita a tantas transições no mundo contemporâneo. 
Entre essas habilidades está a de “aprender a fazer escolhas”, que será 
extremamente necessária a partir da segunda metade do segundo ano do Ensino 
Médio, ocasião na qual deverão escolher disciplinas de seu interesse para 
aprofundamento, com consequências para a futura carreira, caso seja aprovada a MP 
746/2016 em discussão no Congresso Nacional. 
Consideramos, a partir do conhecimento científico, teórico e prático acumulado 
e disseminado pela ABOP nos últimos 23 anos, que a matéria em foco é apropriada e 
aborda problemas atuais e é relevante no cenário nacional, com vistas à preparação 
para as diversas transições dos estudantes, a saber: 
 transição do ensino fundamental para o ensino médio regular ou técnico, 
 transição do ensino médio regular ou técnico para o ensino superior, 
 transição escola-trabalho. 
Entendemos que essas transições, se feitas com reflexões sobre os sentidos 
atribuídos aos estudos e ao trabalho, com algum planejamento, e certa flexibilidade, 
necessária ao mundo em velozes transformações, podem ajudar a prevenir a evasão 
escolar e do ensino superior e promover a saúde do trabalhador, o que 
consequentemente traz benefícios para a pessoa, a sociedade e a nação. 
Ainda segundo a Associação as diretrizes apontadas pelo Projetode Lei no 
5053/2016 abrem caminho para a democratização ao acesso à orientação 
profissional, especialmente aos estudantes de escolas públicas, historicamente 
alijados do que já prevê a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), em seu art. 22, que 
expressa ser finalidade da educação básica fornecer ao educando “meios para 
 
 
 
 
13 
 
progredir no trabalho e em estudos posteriores”. Por outro lado, nas escolas 
particulares também é relevante a oferta de serviços de Orientação Profissional. Daí 
sugerirmos a ampliação da obrigatoriedade também para os sistemas de ensino 
privados. 
Portanto, é nítido que a evolução da OP tem íntima relação com o valor 
significativo que lhe foi atribuído durante toda a sua evolução até os dias de hoje. 
Percebe-se que seu desenvolvimento ocorreu em função das necessidades, das 
demandas que foram surgindo, como também em decorrência das críticas à 
psicometria que foram necessárias para o aprimoramento e/ou ajustamento das 
técnicas, das intervenções, das abordagens e dos profissionais que estão 
entrelaçados no crescimento da mesma. Seus avanços são contínuos, visto que sua 
contribuição para orientar profissionalmente um indivíduo é perceptível e tem sido 
significativa no momento de sua escolha profissional (PINHO,2013). 
3 A ESCOLHA PROFISSIONAL 
 
Fonte:ifpb.edu.br 
Escolher uma profissão caracteriza um processo que vem de uma relação 
dialética entre indivíduo, trabalho e sociedade. Como toda escolha é produzida por 
meio de um significado ou de uma importância que se atribui ao que deve ser 
 
 
 
 
14 
 
selecionado, a escolha profissional pode- se refletir em uma vida inteira ou pelo 
menos em boa parte da vida de um indivíduo (PINHO, 2013). 
A escolha profissional está ligada a “raiz” social, ao do papel do sujeito dentro 
da sociedade, garantindo, inclusive, mudanças materiais. (OLIVEIRA et al., 2009). 
Portanto, existe uma questão de valorização social quando um indivíduo 
escolhe sua profissão, e fica evidente a importância dessa escolha para cada 
pessoa, já que um dos fatores que contribui para o equilíbrio da vida do 
indivíduo é a carreira, tão importante quanto à própria família, processo no 
qual se depara com desafios e fracassos. Contudo, à escolha da profissão se 
torna um processo que valoriza seu aprendizado (OLIVEIRA; GUIMARÃES; 
COLETA, 2006, Apud PINHO, p.05, 2013). 
De acordo com Bohoslavsky (2007), citado por Pinho (2013) a escolha 
profissional ocorre na fase da adolescência, período que os jovens passam para 
definir o futuro, que implica não somente no que fazer, como também, quem ser e 
quem não ser. É normal o adolescente imaginar um futuro, salientam Levenfus e 
Soares, (2010), criar ideias e questionar como seria caso estivesse numa determinada 
profissão. Nesse contexto, os jovens tendem a idealizar a profissão perfeita e ideal, 
que responderá a todas as suas expectativas projetadas em seus sonhos. 
 
Fonte: domboscopira.com.br 
A escolha profissional pode ocorrer por meio de um processo de orientação 
profissional ou, mais frequentemente, sem esse apoio. À medida que o adolescente 
se encontra dentro do processo de escolha profissional, ele se depara com as próprias 
 
 
 
 
15 
 
expectativas, analisa suas preferências e verifica suas habilidades (BOCK, 2002 apud 
HOHENDORFF; PRATI, 2010, apud PINHO, 2013). 
De fato, o ser humano se depara no decorrer de sua vida com muitas 
expectativas, e a escolha profissional traz uma multiplicidade delas que vêm junto com 
as pressões sociais, da família, da escola e até mesmo do mercado de trabalho, as 
quais movimentam o jovem a definir sua escolha, na busca do um sentido para sua 
existência. (CARMO; COSTA, 2013). 
Concomitantemente às escolhas, existem as implicações que podem ocorrer 
em qualquer trajetória que o sujeito deseja seguir. No âmbito da escolha profissional, 
ocorrem emoções que podem abalar o contexto que se está vivenciando, como por 
exemplo, o medo de escolher errado, e isso pode estar relacionado a convivência com 
pessoas próximas que entram e saem da faculdade e abandonam o curso. 
(LEVENFUS; SOARES, 2010, apud PINHO, 2013). 
É necessário entender que a escolha da profissão nunca será definitiva, deste 
modo, cada indivíduo ao longo da vida se constrói e se transforma no caminho de uma 
identidade profissional. Com isso, é inevitável o amadurecimento que 
progressivamente o deixa mais consciente dos seus planos para o futuro. (AGUIAR; 
CONCEIÇÃO, 2008). 
Ainda de acordo com os autores a escolha profissional é especificamente 
cobrada em alguns momentos da vida, em especial na adolescência. É compreendido 
que escolher a profissão não é uma tarefa fácil, pois se constitui de emoções que 
derivam medo, angústia de escolher errado, pois a pessoa se depara com muitas 
pressões, entre as quais, da família, escola e sociedade. 
Para Fierro (1995) apud Zavareze (2008) a adolescência costuma ser 
caracterizada como um período preparatório para a idade adulta e um momento de 
recapitulação da infância passada, de toda a experiência acumulada e agora posta 
em ordem do futuro, a partir de um enorme potencial e acervo de possibilidades ativas 
que o adolescente possui e tem consciência de possuir. Neste processo, de 
recapitulação e de preparação, determinados temas vitais a própria identidade, a 
sexualidade, o grupo de amigos, os valores, a experiência e a experimentação de 
novos papéis passam a ser preponderantes nas relações do adolescente com seu 
meio e em sua própria vivência fenomenológica, consciente, dos acontecimentos. 
 
 
 
 
16 
 
Segundo esse mesmo autor o tema vital mais importante na personalidade 
adolescente é o do desenvolvimento do eu e da identidade pessoal e esse tema é 
vinculado à própria história do adolescente. É na adolescência que o ser humano 
começa a ter propriamente história, memória biográfica, interpretação das 
experiências passadas e seu aproveitamento para enfrentar os desafios do presente 
e as perspectivas do futuro, começa-se a tecer o próprio relato pessoal e este relato 
constitui o discurso fundamentador da sua identidade pessoal. 
Lisboa (1997) citado por Zavareze (2008) diz que após o nascimento, é a 
adolescência a segunda fase em grau de transformações maiores e significativas 
tanto física quanto emocionalmente e onde há a continuação da evolução do ser 
humano e a entrada em um processo que levará o ser à vida adulta. 
Para a referida autora, nessa fase há a construção da identidade do 
adolescente que é diferenciada da identidade infantil já que as figuras de identificação, 
base para a formação da identidade, até então foram principalmente os pais. Na fase 
da adolescência, no entanto, outras tomam um lugar de maior importância, havendo, 
inclusive, a perda do lugar dos pais frente a elas. É principalmente o grupo de amigos, 
os personagens que se evidenciam como expoentes nos setores como esportes, 
música, cinema e televisão e os professores. 
A autora acrescenta que a escolha da futura ocupação está inserida justamente 
na fase da adolescência, que é o momento em que o jovem começa a se preocupar 
com o futuro, e, dentro deste, o trabalho em lugar de destaque e essa preocupação 
se inicia principalmente na escola, na família, entre amigos. 
 
 
Fonte:google.com.br 
 
 
 
 
 
 
17 
 
4 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO E ALGUMAS PROPOSTAS PARA 
ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL 
 
 
Fonte: scielo.com.br 
 
O termo Behaviorismo foi fundado por John Broadus Watson, em 1913, com 
sua publicação Psicologia: como os Behavioristas a veem, mais é no behaviorismo 
radical e análise experimental do comportamento que a terapia analítica 
comportamental tem se sustentado, com enfoque nas relações funcionais entre o 
organismo e ambiente, aceitando os estados subjetivos como as emoções, 
sentimentos e pensamento, não como causas, do comportamento e sim como produto 
da interação entre organismo e ambiente (ALDINUCCI;2011). Onde, são eventos que 
somente o organismo tem acesso, são comportamentos que mantêm uma relação 
com o ambiente e este ambiente é qualquer evento que afete o organismo, podendo 
ser tanto os estímulos eliciadores, discriminativos e também os eventos consequentes 
dessa ação. (SAMPAIO; ROMCANTI, 2012). 
Cabe salientar que a análise do comportamento foi introduzida, no Brasil no 
ano de 1961, pelo professor norte-americano Fred Keller com o objetivo de ministrar 
uma disciplina de psicologia experimental em uma universidade de São Paulo 
 
 
 
 
18 
 
(LEONARD, 2015). Na época, a formação consistia na aprendizagem dos processos 
comportamentais básicos por meio da leitura dos primeiros livros-texto em análise do 
comportamento e das pesquisas publicadas no Journal of the Experimental Analysis 
of Behavior, além da realização de experimentos com ratos (GUILHARDI; 2003, 
MATOS, 1998, apud LEONARD, 2015). 
De acordo com o mesmo autor, ao longo de seu desenvolvimento, diversas 
terminologias foram utilizadas para se referir à prática clínica brasileira de base 
behaviorista radical, tais como psicoterapia comportamental, terapia comportamental 
e psicologia clínica comportamental. Entretanto, nos anos 1990 e 2000, analistas do 
comportamento brasileiros questionavam se essas denominações eram suficientes 
para representar sua atuação, uma vez que estavam muito associadas às técnicas 
respondentes e eram frequentemente confundidas com a terapia cognitivo-
comportamental (ZAMIGNANI; et al., 2008; apud LEONARD, 2015). 
Por essa razão, Tourinho e Cavalcante propuseram, em 2001, o uso do 
termo terapia analítico-comportamental (TAC), que se tornou consenso entre 
terapeutas de diferentes regiões do Brasil como a melhor denominação para qualificar 
sua prática profissional, por especificar, já em seu nome, as bases filosóficas, 
conceituais e metodológicas que a sustentam (NENO; 2003, LEONARD, 2015). 
Deve-se ressaltar que a criação do termo não teve a intenção de propor uma 
nova modalidade de terapia, mas apenas uniformizar o nome da prática clínica 
fundamentada na ciência do comportamento Skinneriana que vinha sendo praticada 
no Brasil desde o início da década de 1970 (ZAMIGNANI; et al., 2008; apud 
LEONARD, 2015). 
Andery (2010) corrobora propondo que a expressão análise do comportamento 
designa, então, um conjunto de práticas de uma comunidade (os analistas do 
comportamento) e seus produtos. Tais práticas envolvem as maneiras de fazer 
pesquisa e os seus resultados, ou seja, envolvem a pesquisa científica que serve de 
base e fundamento para a produção de corpo de conhecimento teórico e de 
explicações (comportamento verbal) sobre o comportamento e, então, para o 
desenvolvimento de técnicas, procedimentos e tecnologias de intervenção que são 
aplicadas para a solução de problemas envolvendo comportamentos. 
O conjunto de práticas que chamamos de análise do comportamento envolve, 
portanto, a análise experimental do comportamento – pesquisa básica e pesquisa 
 
 
 
 
19 
 
aplicada –, a análise do comportamento aplicada e a filosofia que a elas se vincula – 
behaviorismo radical (MICHAEL; 1980, CATANIA; 1984; TOURINHO; 2003, apud 
ANDERY; 2010). 
É uma prática fundamentada nos princípios filosóficos e metodológicos da 
ciência do comportamento humano proposta pelo behaviorismo radical de Skinner 
tendo como base para a explicação do comportamento métodos e processos 
experimentais pautados na aprendizagem e análise de contingências (LEONARD, 
2015). 
Desse modo, quando se trata de análise do comportamento no contexto da 
orientação profissional a mesma tem muito a oferecer, considerando os avanços 
teóricos e aplicados que a análise do comportamento tem alcançado nos últimos anos, 
tanto no que se refere a construção do conhecimento, quanto a sua aplicabilidade a 
diferentes contextos, parece óbvio que tal modelo teórico possa, perfeitamente, se 
adequar às necessidades de intervenção que a problemática requer. Talvez o termo 
“vocação”, por sua conotação, tradicionalmente, mentalista, tenha afastado os 
analistas do comportamento do estudo e do envolvimento com a produção de 
conhecimento útil nessa área (GUIDUGLI, 2015). 
Moura e Silveira (2002) deixa evidente a rejeição do modelo de "vocação" como 
algo inerente a pessoa, determinado internamente e que precisa apenas ser 
desvelado ao seu portador. Partindo de uma visão de homem completamente 
diferente. Skinner, (1974) propõe que a análise do comportamento entende "vocação" 
como uma construção pessoal, ou, como um conjunto complexo de variáveis filo e 
ontogenéticas que se arranjam de forma única para cada indivíduo. Dito de outra 
forma, a "vocação" é um conceito socialmente construído, na medida em que existe 
um conjunto de valores e normas sociais aos quais se espera que as pessoas 
respondam, adequando suas características a padrões de um dado momento 
histórico. 
Portanto, a "vocação" de uma pessoa é socialmente determinada e implicará 
numa combinação única de sua história genética, pessoal, familiar e cultural. 
O arranjo destas variáveis ao longo da vida do indivíduo irá encaminhá-lo 
para o desenvolvimento de interesses e habilidades que deverão se 
enquadrar em um conjunto razoavelmente restrito de opções profissionais 
(MACEDO, 1998, apud MOURA; SILVEIRA, 2002, p.01). 
 
 
 
 
 
20 
 
Moura (2001, apud Moura et al 2005) colabora, afirmando que a situação de 
escolha profissional envolve a consideração de três grandes grupos de variáveis de 
acordo com a Análise do Comportamento: 
 1) as pessoais, às quais o adolescente normalmente já se encontra exposto 
(controle e expectativas dos pais, influência de amigos, professores, meios de 
comunicação, história de reforçamento para determinada atividade por modelagem ou 
modelação etc); 
 2) as profissionais, às quais ele precisará se expor para ser capaz de analisar 
as informações obtidas relacionando-as com suas capacidades, interesses e 
habilidades pessoais e; 
3) as ligadas à tomada de decisão (seleção de critérios de escolha e restrição 
de opções profissionais), às quais o adolescente também precisará se expor. A 
intervenção pode fornecer contingências específicas para análise desses três 
conjuntos de variáveis e aquisição das respostas necessárias. 
 
Fonte: tridorienta.com.br 
 
Em relação ao procedimento de aconselhamento profissional nos moldes 
comportamentais devemos: 
l) levar o indivíduo a discriminar as variáveis destes diferentes contextos de 
controle às quais seus comportamentos de escolher e de decidir estão expostos; 
2) proporcionar informação relevante sobre as profissões de interesse, 
discutindo compatibilidades e perspectivas; 
 
 
 
 
21 
 
3) aumentar a probabilidade de ocorrência de comportamentos relacionados à 
escolha e/ou à tomada de decisão. 
Desse modo, a orientação profissional com base na análise do comportamento 
pode ser compreendida nos moldes do autoconhecimento, conhecimento da realidade 
profissional e apoio a tomada de decisões (MOURA, 2001, apud Moura et al, 2005). 
Veja a baixo detalhadamente a classes de respostas a serem aprendidas para 
facilitação da ocorrência do comportamento de tomada de decisão profissional. 
 
AUTOCONHECIMENTO RECONHECIMENTO DA 
REALIDADE PROFISSIONAL 
TOMADA DE DECISÃO 
1. Definir o problema da decisão, 
discriminar os fatores pessoais 
relacionados as dificuldades 
apresentadas; 
4. Adquirir informação profissional 
relevante e atualizada, aprender a 
usar as fontes de informação na 
seleção de variáveis, que tornam 
mais provável, uma tomada de 
decisão apropriada e consciente. 
6. Refinar os critérios de escolha 
a partir da combinação das 
informações profissionais com 
valores pessoais e estilo de vida 
envolvendo a profissão. 
2. Discriminar características 
pessoais, principalmente aquelas 
ligadas aos reforçadores atuais que 
podem estar implicadoscom as 
atividades profissionais futuras. 
5.Realizar o ensaio comportamental 
da escolha para a avaliação do 
impacto das consequências 
(custo/benefício) advindas da 
escolha profissional a ser realizada. 
7. Avaliar o impacto futuro das 
aprendizagens adquiridas para a 
consecução do curso de ação 
selecionado e a concretização 
da escolha. 
3. Ampliar o repertório de 
consideração e análise de 
alternativas pessoais e profissionais 
e aumentar a variabilidade 
comportamental, para que a 
informação sobre profissões exerça 
controle relevante. 
 
Um programa de orientação profissional baseado nos conhecimentos da 
análise do comportamento, dado seu caráter funcionalista, contextualista e diretivo, 
pode fornecer contribuições importantes, no que diz respeito ao desenvolvimento de 
uma intervenção focalizada, especificamente, na aprendizagem das respostas 
necessárias à resolução do problema da escolha profissional (GUIDUGLI, 2015). 
Segundo Moura e Silveira (2002) a análise do comportamento não possui um 
modelo estruturado da prática em Orientação Profissional, embora ofereça 
possibilidade de interpretação da problemática da escolha profissional. 
 
 
 
 
22 
 
Segundo Skinner (1989) apud Moura e Silveira (2002) o comportamento de 
decidir é essencialmente um processo de geração de condições que tornarão um 
dado curso de ação mais provável que outro. O processo pode ser ilustrado por meio 
do exemplo de alguém que se diz decidido a passar as férias na praia, ao contar isso 
aos colegas, a pessoa controla o curso de seu próprio comportamento, reduzindo a 
probabilidade de mudar de ideia. "Decidir-se" é, para Skinner, antes de tudo, um 
"processo", o qual está relacionado a uma classe de estímulos, muitas vezes 
manipulada pela própria pessoa que está se decidindo. 
4.1 A importância do comportamento verbal na orientação profissional 
 
Fonte: Google.com 
Segundo Couto (2009) a noção que vem a princípio ao pensar em 
comportamento verbal é a de que seria talvez mais ou menos o mesmo 
que linguagem, ou talvez, comunicação. No entanto, esses dois conceitos já existiam 
e tinham significativo corpo teórico, mas para Skinner não haveria nada a se dizer de 
novo voltando às explicações circulares. Ele teceu críticas à noção de linguagem, e 
demonstra por que ela não é a mais adequada para explicar o comportamento verbal. 
Skinner (1974, apud couto 2012) enfatiza que a linguagem tem um caráter de 
coisa, algo que a pessoa adquire e possui. Os psicólogos falam em ‘aquisição de 
linguagem’ por parte da criança. As palavras e as sentenças que compõem uma língua 
 
 
 
 
23 
 
são chamadas instrumentos usados para expressar significados, pensamentos, 
ideias, proposições, emoções, necessidades, desejos e muitas outras coisas que 
estão na mente do falante. Uma concepção muito mais produtiva é a de que o 
comportamento verbal é comportamento. 
O comportamento verbal, como operante que é definido então em função do 
contexto em que ocorre e das suas consequências. Dizer que comportamento verbal 
é “uso de linguagem” apenas não nos diz nada sobre relações funcionais. A mesma 
coisa acontece com o conceito de “comunicação”: dizer que alguém “emite” uma 
mensagem que depois é decodificada por alguém que “recebe” não ajuda. Isso que é 
comunicado, onde está? E a linguagem que é usada, onde são guardadas as suas 
ferramentas? Por isso o caráter mentalista da ideia, que padece então dos mesmos 
problemas que Skinner apontou na rejeição ao mentalismo no Behaviorismo Radical 
(COUTO, 2012). 
O autor ainda enfatiza que comportamento verbal não é apenas fala, é mais um 
comportamento operante e que, portanto, pode e deve ser estudado com base no que 
já é conhecido sobre este. No entanto, o comportamento verbal tem características 
que merecem ser cuidadosamente estudadas, pois afeta o ambiente de forma indireta, 
não necessariamente mecânica (posso pedir a alguém um copo de água, sem ter de 
ir pegar eu mesma, por exemplo), ao afetar outros indivíduos da nossa espécie e 
mesmo a nós mesmos de forma especial (e aí temos o pensamento, a transmissão 
de conhecimentos, regras e valores de uma cultura, enfim, um mundão de coisas). 
Assim, fica difícil não entender a importância do estudo do comportamento 
verbal, e, mais ainda, a legitimidade do esforço do Skinner e dos que vieram depois 
dele ao colocar o comportamento verbal no campo da psicologia (SÉRIO; ANDERY, 
2010, apud COUTO, 2012). 
Diante dessa realidade, Moura e Silveira (2009) destaca que tanto quanto a 
análise do contexto de vida do adolescente, é importante o conhecimento das regras 
às quais ele responde. "Como o orientando comporta-se verbalmente durante o 
atendimento?" Essa pergunta levará o analista do comportamento a 1) identificar 
pensamentos e sentimentos relativos a escolha profissional; 2) interpretar como os 
contextos passado e presente do adolescente interferem na tomada de decisão; 3) 
identificar (para, posteriormente alterar) regras mantenham relações impróprias ou 
distorcidas com contingências reais que se refiram à escolha profissional. 
 
 
 
 
24 
 
O orientador avalia com os adolescentes a adequação de algumas regras e 
frequentemente discute com eles regras tais como: "Eu preciso acertar na minha 
escolha porque ela é definitiva e será irreversível" ; "O dano para a minha vida será 
irreparável, caso eu me engane na escolha", "Se eu optar pela carreira 'certa' eu não 
encontrarei obstáculos profissionais", as quais impedem a consideração de mudanças 
nos rumos profissionais caso haja alterações nas contingências presentes ou futuras 
(MOURA; SILVEIRA, 2009). 
 
Fonte: google.com.br 
 
Desta forma, considera-se que análise do comportamento possa contribuir com 
a prática de orientação profissional a medida em que estabelece um referencial teórico 
que coloca a escolha profissional em uma perspectiva abrangente, tornando o 
orientando sujeito ativo em sua escolha. Além disso, dispõe de um conjunto de 
procedimentos de intervenção que dão conta de aspectos centrais da tomada de 
decisão. Estas contribuições parecem suficientemente amplas para abarcar o 
conjunto de variáveis envolvidas na escolha profissional e fornecer ao sujeito o apoio 
necessário para a superação de seus conflitos rumo a uma escolha consciente, 
baseada em suas possibilidades concretas (MOURA, SILVEIRA, 2002). 
 
 
 
 
 
25 
 
5 ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL – UMA ABORDAGEM PSICODINÂMICA 
 
Fonte:policlinicabertolla.com.br 
 
A Orientação Profissional é um processo pelo qual o indivíduo é auxiliado a 
resolver dúvidas e desmistificar alguns conceitos sobre profissões. Que contribui para 
uma mudança e transformação no decorrer do processo de escolha de um indivíduo, 
possibilitando um momento de reflexão sobre a formação de uma identidade 
profissional e o autoconhecimento (PINHO, 2013). 
A Orientação Profissional tem desenvolvido diversas estratégias para contribuir 
com o indivíduo em seu processo de escolha da profissão, o que resultou em 
ampliação do seu campo de atuação. Entende-se desta forma, que a orientação 
profissional exerce um papel fundamental na vida do indivíduo que busca encontrar 
uma profissão para se colocar ou se recolocar no mercado de trabalho (PINHO, 2013). 
Lisboa (2002) apud Zavareze (2008) colabora afirmando que um dos méritos 
da Orientação Profissional é a possibilidade de reflexão aprofundada sobre os 
elementos que constituem o projeto profissional, considerando o contexto do trabalho 
como um dos mais importantes. 
Posto que, o processo de Orientação Profissional, é um método de intervenção, 
mais do que um conjunto de procedimentos, representa uma estratégia do 
pensamento, uma articulação de conceitos e de proposições que configura um objeto 
de estudo e permite uma dada análise resultando que para poder estabelecer o 
método em Orientação Profissional, é preciso perguntar-se acerca deseu objeto, a 
identidade profissional (VALE, 2002, apud ZAVAREZE, 2008). 
 
 
 
 
26 
 
Entende a referida autora que as indagações que se faz a respeito do objeto 
de intervenção serão diferentes a partir de como se pensa o lugar ocupado pela 
profissão na vida de alguém, a relação homem-trabalho-sociedade, os múltiplos 
determinantes da escolha e o peso que lhes atribuímos. Esse objeto de estudo não 
se remete apenas ao que fazer, mas integra a identidade pessoal mais ampla “quem 
ser e quem deixar de ser”. Uma vez que a identidade profissional é construída através 
das relações interpessoais e deriva de valores, princípios e posturas que serão 
articulados de acordo com o ideal de cada um e que poderão constituir um projeto de 
vida. 
As teorias psicológicas que orientam a Orientação Profissional e/ou Vocacional, 
tem como finalidade concentrar-se no indivído, afirmando que a escolha é 
determinada, principalmente pela dinâmica de suas características e só indiretamente 
pelo meio em que se vive. Podem ser classificadas, em: Teoria de Traços e Fatores, 
teorias Psicodinâmicas, teoria Desinvolvimentistas e teorias de Decisão. Porém, 
iremos enfatizar especificamente a teoria Psicodinâmica (PINHO,2013). 
Segundo Gorgati e colaboradores (2002) a abordagem psicodinâmica refere-
se a uma compreensão do psiquismo em seus processos dinâmicos, orientando o 
trabalho em direção ao insight. A abordagem está fundamentada nos princípios da 
teoria psicanalítica, cuja técnica visa elaborar e resolver conflitos intrapsíquicos a 
serviço da reestruturação, reorganização e desenvolvimento da personalidade. 
Embora a teoria psicodinâmica não apresente uma definição conceitual única 
e precisa, ela tem o objetivo de auxiliar o individuo a compreender os significados dos 
sintomas manifestos, encontrando assim alternativas mais adaptadas para lidar com 
o sofrimento psíquico. 
Assim sendo, com o surgimento das teorias desenvolvimentistas, encontramos 
a Orientação Profissional estendendo-se a diversos níveis de escolaridade. Nesta 
modalidade, respeita-se o desenvolvimento maturacional do indivíduo, a dinâmica de 
sua personalidade e a evolução permanente do mundo do trabalho. Logo, Se 
considerarmos a estrutura da personalidade do indivíduo como uma estrutura 
eminentemente dinâmica, emerge um novo conceito a ser trabalhado - a estrutura 
dinâmica atual da personalidade (ZASLAVSKY et al.,1979) 
Faz-se necessária então uma nova modalidade de atendimento em que se visa 
a estrutura e a maturação do indivíduo: a modalidade psicodinâmica que enfoca a 
 
 
 
 
27 
 
escolha de uma profissão em função dos motivos e da organização dinâmica da 
personalidade. Nesta modalidade não se justifica uma forma de atendimento 
situacional estática, nem o acompanhamento do desenvolvimento vocacional ou 
profissional a longo prazo. Objetiva-se, a curto prazo, rever e reelaborar as etapas do 
processo de desenvolvimento do indivíduo, atendendo à urgência da tomada de 
decisão (ZASLAVSKY et al.,1979). 
6 OBJETIVOS DA ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL 
Como já vimos no decorrer deste material, a Orientação Profissional é um 
processo pelo qual o indivíduo é auxiliado a resolver dúvidas e desmistificar alguns 
conceitos sobre muitas profissões, contribuindo para uma mudança e transformação 
no decorrer do processo de escolha de um indivíduo, possibilitando um momento de 
reflexão sobre a formação de uma identidade profissional e do autoconhecimento 
(PINHO,2013). 
Pretende-se, com isso, desencadear um processo que também favoreça a 
reflexão sobre os fatos, objetos, fenômenos que podem ser significados como 
possíveis de satisfazer suas necessidades, desenvolvendo assim uma visão crítica 
ante a realidade social e as próprias necessidades constituídas. 
Considerando a capacidade de reflexão dos orientados, tendo em vista as 
necessidades mais imediatas de definição ocupacional. 
 
Fonte:www.oficinadanet.com.br 
 
 
 
 
28 
 
Isso posto, vemos na orientação profissional a possibilidade de criarmos uma 
intervenção que permita ao sujeito, a partir de informações, de reflexões e de vivências 
sobre determinadas questões - tais como que trabalho escolher? Que futuro quero 
para mim? O que é uma boa escolha? O que eu gosto? Por que gosto?, a constituição 
de um processo de apropriação de suas determinações e necessidades, de produção 
de novos sentidos e ressignificação de outros. 
Alertamos aqui para a complexidade do que denominamos processo de 
ressignificação ou constituição de novos sentidos. Pois, tal processo é extremamente 
complexo e não pode ser entendido como simplesmente racional, dicotômico, linear. 
A constituição de novos sentidos ocorre, senão por uma "descoberta do indivíduo" de 
algo que já estava de alguma forma posto, presente em sua subjetividade, como uma 
nova síntese afetiva e cognitiva, que surge a partir de uma nova configuração que se 
articula ante novas experiências (AGUIAR, 2006). 
Para apreender tais sentidos, é fundamental que consideremos a dialética 
objetividade-subjetividade como facilitadora ou não desse processo. Como afirma 
Aguiar, "num processo de ressignificação, a realidade social encontra múltiplas formas 
de ser configurada, com a possibilidade de que tal configuração ocorra sem 
desconstruir velhas concepções e emoções". 
Temos situações em que o indivíduo, mesmo que num processo de 
apropriação, tanto de novas informações sobre a realidade social como sobre si 
mesmo (suas necessidades, contradições, afetos), não consegue imprimir novas 
formas de agir e de escolher que sejam coerentes com o novo movimento que se 
esboça. Como nos lembra Aguiar, "poderíamos dizer que esse indivíduo vive uma 
cisão entre o pensar, agir e sentir, cisão essa constituída a partir de uma nova 
configuração, marcada pela tensão entre a possibilidade do novo e da permanência" 
(2000, p. 180). 
Conforme Soares (1987) citado por Zavareze (2008) a Orientação Profissional 
pode se dar em três campos de atuação: a clínica, a escola e a organização. Na clínica 
poderão ser elaborados os conflitos referentes às implicações de escolha e sua 
relação com a satisfação ou não no trabalho, o sentimento de prazer ou de alienação 
em relação a ele. Na escola a autora diz que poderá ser utilizado como base para a 
intervenção auxiliando o jovem a escolher sua futura profissão consciente das 
possibilidades reais e na organização a orientação profissional contribui para a 
 
 
 
 
29 
 
avaliação homem-trabalho, sendo importante refletir sobre a escolha realizada, seus 
determinantes e suas consequências na realização do trabalho. 
Valore (2002) trazendo a questão de se fazer clínica na escola, diz que para 
esse trabalho deve-se valer da escuta clínica psicanalítica para que se possa 
compreender o universo singular de cada orientando em seu processo de escolha, de 
crescimento e de construção de sua identidade e de seu projeto de vida, bem como 
para poder discernir os meandros do acontecer grupal. Essa abordagem considera os 
aspectos inconscientes determinantes da posição subjetiva frente à problemática da 
escolha. 
Para a referida autora através do trabalho em grupo, o orientando poderá vir a 
aprender novas formas de se comunicar e de se relacionar com o outro, em um rico 
exercício de inserção social. Ao se trabalhar com a ideia de um projeto de vida pode-
se oferecer ao orientando a oportunidade de exercer um papel comprometido e 
responsável, tanto na construção de seu destino individual quanto no da comunidade 
em que se insere. 
Wainberg (1997) apud Zavareze (2008) acrescenta neste mesmo sentido que 
a atividade em grupo é facilitadora do processo de identidade individual e grupal, 
oferecendo melhores condições na elaboração dos sentimentos inerentes à atividade. 
E, além disso, a troca de experiências, o relato de vivências, assim como a tendência 
natural do adolescente para se agrupar torna oenfoque grupal indispensável para a 
realização deste processo. 
Quanto à tendência grupal do adolescente Knobel (1992) ressalta que esse 
comportamento é resultado da busca da identidade adolescente e da uniformidade 
ocorrendo assim um processo de superidentificação em massa, onde todos se 
identificam com cada um o que pode proporcionar segurança e estima pessoal. 
Segundo o mesmo autor, é transferida ao grupo grande parte da dependência 
que anteriormente se mantinha com os pais e assim o grupo vai se constituir na 
transição necessária no mundo externo para alcançar a individualização adulta. 
Em relação à família Andrade (1997) apud Zavareze (2008) ressalta que o 
indivíduo deve considerar as influências explícitas ou sutis recebidas da família, pois 
conhecendo essas influências poderá utilizá-las de forma positiva e construtiva, 
selecionando-as e adequando-as aos seus próprios desejos e valores. Já o papel da 
família é de se ocupar de seus membros de forma construtiva, dando-lhes espaço 
 
 
 
 
30 
 
para progredirem como indivíduos, integrarem-se como grupo, fornecer-lhes energia 
vital numa dinâmica saudável. Para o autor a atuação do profissional junto à família é 
de se ocupar da interação família, trabalho, não negligenciando nem minimizando 
estas influências. 
Segundo Valore (2002), a avaliação do processo é feita continuamente. Em 
muitos momentos, durante os encontros, é preciso resgatar o contrato de trabalho, os 
objetivos e os papéis de cada um no grupo. Nestas ocasiões, costuma-se fazer uma 
avaliação do processo, para poder retomá-lo, às vezes, em outra perspectiva. Mas, 
há um momento próprio para a avaliação que coincide com o fechamento da 
Orientação Profissional feita com os orientandos. Uma avaliação também deve ser 
feita com a escola para expor os resultados obtidos e fazer um fechamento do 
processo. 
Wainberg (1997) apud Zavareze (2008) ressalta que é importante ter claro que 
a Orientação Profissional não é um momento isolado, particular. Faz parte de um 
processo maior de busca de identidade pessoal que inicia já antes do nascimento, 
quando dos planos e expectativas dos pais em relação ao seu futuro bebê, e é o 
resultado de uma série de decisões tomadas durante muitos anos, algumas vezes, 
durante toda a vida. Conclui dizendo que escolher é tarefa de quem vai seguir o 
caminho. 
Dessa forma, fica evidente que o papel do orientador profissional consiste em 
possibilitar ao adolescente o seu autoconhecimento, bem como na identificação de 
seus interesses e definição de seu projeto de vida. É papel do orientador profissional 
também esclarecer situações, conscientizar e vincular a problemática do adolescente, 
frente à escolha de seu futuro, com o contexto histórico e as situações locais onde 
esta escolha se dá. Para tanto o orientador profissional deve levar em consideração a 
etapa de vida que o adolescente se encontra, as influências dos amigos e familiares, 
além das vivências que cada jovem traz de todo o seu desenvolvimento, desde o 
momento intra-uterino (ZAVAREZE, 2008). 
 
 
 
 
 
 
31 
 
7 O AUTO RECONHECIMENTO E A INFORMAÇÃO NA ORIENTAÇÃO 
PROFISSIONAL 
 
Fonte:www.cemaden.gov.br 
Hoje, mais do que nunca, em nossa sociedade, os jovens vivem o grande 
desafio da corrida acelerada na busca da autoafirmação profissional com seu 
engajamento no mercado de trabalho. E, considerando que a escolha profissional 
ocupará dois terços da vida do jovem, uma decisão maquinal e, muitas vezes, de 
cunho emotivo, sem analisar a futura profissão de forma minuciosa, ponderando 
também questões subjetivas, aumenta a probabilidade de frustração quanto à carreira 
e a realização pessoal (AGUIAR, 2006). 
A escolha de uma profissão é resultado de toda a bagagem histórica e cultural 
do indivíduo. Desde a fase escolar a criança já faz menção do que almeja ser quando 
crescer, essa escolha está pautada em suas relações familiares e sociais, exercendo 
influência direta em seu futuro, e na forma como constitui sua individualidade. 
O mercado de trabalho influencia a escolha de uma profissão ao impor vagas 
que, nem sempre, vem de encontro com a aquilo que o indivíduo se identifica 
realmente. As leis de oferta e demanda de profissões acabam influenciando decisões 
de cunho emocional, visando apenas status social e retorno financeiro. A sociedade, 
as mídias televisivas e a família contribuem nessa decisão precipitada, obrigando o 
jovem a optar por profissões para as quais não tem nenhuma aptidão, gerando 
desgaste, stress e perca de um tempo, que muitas vezes, poderia ser mais bem 
empregado na busca pela profissão almejada (BOCK, 2012). 
 
 
 
 
32 
 
O jovem sempre cria uma imagem idealizada de cada profissão. Sílvio Bock 
(2002) chama essa imagem idealizada de “Cara”. 
“A cara é resultado do contato direto ou não, como já afirmado, que ela teve 
com a área do profissional. Esta cara não é verdadeira nem falsa, não é nem mais 
próxima nem mais distante da realidade, não é correta ou incorreta, é simplesmente 
uma cara que deve ser trabalhada. As pessoas se identificam ou não com essas caras. 
É interessante perceber que essas caras são constituídas na interiorização e 
singularizarão do vivido, por isso são diferentes para cada pessoa. (BOCK, p. 81, 
2012) 
 
 
Fonte:www.outromundo.net 
A escolha profissional sempre remete a condição social do indivíduo, e serve 
como subsidio para reforçar no jovem sua identidade e posição social. 
Para Bock (2002), A Orientação Profissional, nesse contexto de escolha 
profissional, pretende proporcionar ao sujeito, meios de se autoconhecer, pois, 
segundo ele, só desta forma o jovem terá ferramentas necessárias para buscar uma 
profissão numa área com a qual se identifica, seja ela: humanas, exatas ou biológicas. 
Vale ressaltar que, por mais lógica e racional que seja a escolha profissional, não se 
pode afirmar que ela seja totalmente correta ou errada. No meio do percurso o 
indivíduo pode mudar de ideia, e descobrir uma nova profissão com a qual se 
identifica, surge nesse momento uma nova indagação: Mudar ou não de profissão? 
 
 
 
 
33 
 
A Orientação Profissional apenas diminui a probabilidade de uma frustração, 
proporcionando ao indivíduo meios para escolher de forma coesa a profissão com a 
qual mais se identifica, e sem ignorar informações relevantes a respeito dela, tais 
como retorno: financeiro, ofertas de vaga no mercado de trabalho, realização pessoal, 
etc. A esse respeito, Bock (2002, p.10), afirma que: “A melhor escolha profissional é 
aquela que consegue dar conta do maior número de determinações para, a partir 
delas, construir esboços de projeto de vida profissional e pessoal”. 
 
8 CAMPOS DE INTERVENÇÃO EM ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL 
Ao longo dos anos foram construídos muitos tipos de intervenção por diversos 
modelos de orientação profissional. À medida que o tempo passa, surgem propostas 
que vêm junto com a demanda crescente da população. Neste cenário, nascem 
programas, projetos e instrumentos que ajudam o profissional que trabalha com 
orientação profissional a se capacitar, para enfrentar os desafios do mercado de 
trabalho, oferecendo intervenções que atendam aos diversos públicos, tais como, 
crianças, adolescentes, adultos ou idosos em diferentes classes sociais, em diferentes 
contextos, que procuram ou precisam de uma orientação profissional (PINHO, 2013). 
 
Orientação Profissional no contexto educacional 
 
Os modelos de OP envolvem uma série de motivos pelos quais são criados. As 
influências, nesse caso, decorrem do surgimento da necessidade de intervenções 
para que o aluno se movimente e participe do processo na condição de sujeito fazendo 
suas próprias escolhas. As práticas da orientação profissional dentro da educação são 
descritas através dos campos ligados a esse âmbito. As discussões encontradas 
nesse campo mostram a orientação profissional com crianças, adolescentes,com 
universitários e com alunos com elevado risco de abandono escolar, que serão 
mostrados a seguir. 
 
Orientação profissional com crianças 
 
 
 
 
 
34 
 
A orientação profissional com crianças contribui para favorecer a 
desconstrução de preconceitos e estereótipos relacionados a determinadas 
profissões, e possibilita a sua reflexão, quando vivencia o papel do adulto 
(PASQUALINI; GARBULHO; SCHUT, 2004). Auxiliar a descoberta do significado do 
trabalho na infância garante que a criança tenha contato com a orientação profissional, 
já que proporciona conhecer os modos de viver e trabalhar, na sociedade em que vive 
e na escola onde estuda. (PASQUALINI; GARBULHO; SCHUT, 2004). 
 
Orientação profissional com adolescentes 
 
O adolescente pode encontrar dificuldades no estabelecimento de objetivos em 
longo prazo, devido a nuances e problemas que acontecem na educação, saúde e 
trabalho, que podem deixá-los paralisados e sem acreditar que são capazes de fazer 
a diferença. (CASTILHO, 2006). 
No processo de orientação com adolescente do ensino médio, existem muitos 
elementos que demonstram a grandeza deste evento. Um destes aspectos consiste 
no lugar onde acontece o ritual, visto como “espaço sagrado” no qual o jovem baixa 
suas defesas, quando sai da sala de aula, e tem a liberdade de retomar seus desejos 
e fantasias, (SILVA; SOARES, 2001). 
 
Orientação profissional para universitários 
 
O processo de orientação profissional para universitários emprega técnicas que 
focalizam uma ou mais profissões com as quais o perfil do estudante possa se 
identificar, com o objetivo de clarear suas ideias, compreender suas limitações e 
promover reajustes. O estudante, na maior parte das vezes, não considera um 
requisito importante no momento da escolha, a análise de seu próprio perfil, o qual 
indica se ele tem aptidões para a profissão que está escolhendo. (ROCHA, 2002). 
 
Orientação profissional com alunos de elevado risco de abandono escolar 
 
Esse modelo surge com estratégias para atrair esse aluno de volta às salas de 
aula por meio de um trabalho de OP específico, com intervenções que visam 
 
 
 
 
35 
 
sensibilizar o aluno a uma reflexão sobre seu projeto profissional. Tem como objetivo 
a análise do percurso escolar e a relação com a escola, bem como, a conscientização 
da relevância da educação e da formação profissional. (FERREIRA, 2005). Nota-se 
que o processo de orientação profissional para esses alunos, em especial, tem a 
necessidade de mobilizar os responsáveis como a família e a escola pela educação 
desses indivíduos, para que se potencialize a ajuda com incentivo à aprendizagem e 
a busca de enxergarem oportunidades de uma formação profissional. (FERREIRA, 
2005). 
 
Orientação profissional em escolas particulares 
 
O exercício da OP em algumas escolas particulares faz parte de um processo 
educativo, que tem como objetivo o aprimoramento dos jovens, e a criação de 
cidadãos capazes de criticar, garantindo, assim habilidades e competências de 
interferir no contexto onde vivem. (LEVENFUS; SOARES, 2010). 
O funcionamento do processo de OP em escolas privadas ocorre por meio de 
entrevistas individuais e coletivas, e a sensibilização para o autoconhecimento é 
realizada através de palestras e dinâmicas de grupo, de modo a promover a reflexão 
ao aluno para uma escolha profissional. (LEVENFUS; SOARES, 2010). 
 
Contexto da saúde mental 
 
É relevante que se dê importância a todos os trabalhos desenvolvidos em OP, 
principalmente estes de um grupo em específico que está relacionado com o 
psicossocial, que sustenta, por sua vez, uma massa da população que sofre com 
transtornos psicopatológicos. Nesse contexto, serão ilustrados a seguir os trabalhos 
realizados com pacientes psiquiátricos, que estão de saída da instituição, e psicóticos 
na sua restruturação social. 
 
Orientação profissional em pacientes psiquiátricos 
 
A orientação profissional, nesse contexto, surge da necessidade dos usuários 
internados em instituições psiquiátricas se valerem, também, de uma orientação 
 
 
 
 
36 
 
profissional que lhe proporcione condições de se colocar ou se recolocar no mercado 
de trabalho. O objetivo da intervenção é que o indivíduo resgate seu poder de escolha, 
provocando reflexões sobre suas possibilidades, dentro de suas limitações, 
aprendendo a elaborar um projeto de vida para o futuro. (VALORE, 2010). 
Define-se a re-orientação profissional em hospitais psiquiátricos como um 
conjunto de medidas que proporcionem uma maneira desse usuário se ver como 
sujeito de suas próprias escolhas. (HOLANDA, 2000 apud VALORE, 2002). A 
intervenção com indivíduos psiquiátricos é uma maneira de consolidar sua identidade 
profissional, e trabalhar um vínculo social, ressaltando o compromisso da sociedade 
na reabertura de um espaço de acolhimento para os mesmos. (VALORE, 2002). 
 
Orientação profissional para pessoas em situação psicótica 
 
A orientação profissional para psicóticos se destina a uma reestruturação do 
campo profissional desse indivíduo, tendo como ponto de partida o próprio sujeito, 
para que ele chegue a uma escolha que é sua. (RIBEIRO, 1998). Propõe-se a uma 
reorganização estrutural que possibilite o processo de inserção social e contorne a 
questão do espaço psicossocial desse indivíduo. 
O trabalho com essas pessoas tem como objetivos básicos resgatar a 
cidadania, tentar evitar novas crises, combater a cronificação, dar um referencial para 
sua vida e evitar a aposentadoria prematura. (RIBEIRO, 1998). Em muitos casos, 
ocorre a acomodação da situação por parte do indivíduo ou parentes, que a orientação 
profissional visa combater, assim como a ressignificação do desânimo, após as crises, 
que podem possibilitar o crescimento e transformação. (RIBEIRO, 1998). 
 
Orientação profissional para pessoas com deficiência 
 
O programa de orientação profissional dos indivíduos com deficiência para 
enfrentar o mercado de trabalho tem uma diferença entre os demais, porque propõe 
ao participante uma reflexão e análise do mercado de trabalho, de forma que 
desenvolva planejamentos para o futuro, que não seja a aposentadoria. (LOPES, 
2006). Neste tipo de OP cabe ao profissional orientador abordar as dificuldades e 
auxiliar no processo de reformulação da imagem profissional, levando-se em conta 
 
 
 
 
37 
 
que as relações de trabalho se dão também pelas relações sociais desse indivíduo. 
(UVALDO, 1995 apud LOPES, 2006). 
Não se pode negar que a inserção das pessoas com deficiência no mercado 
de trabalho seja difícil, e que venha ganhando um espaço ao longo do tempo através 
dos debates e discussões, mas foi por meio da Lei nº 8.213 de 24 de julho de 19912, 
que se assegurou aos deficientes uma chance de entrar no mercado de trabalho, 
obrigando as empresas a destinar um percentual de vagas à profissionais com este 
perfil. (IVATIUK; YOCHIDA, 2010). 
 
Orientação profissional no contexto de trabalho 
 
A orientação profissional nas empresas é conhecida como coaching3, processo 
que ajuda os profissionais a alinhar seus objetivos e metas, capacitando-lhes para 
gerar resultados diferenciados. (SOARES et al., 2007). O coaching tem algumas 
semelhanças com a orientação profissional, da mesma maneira que o mentoring4 e 
couseling, pois, todos têm o mesmo objetivo: contribuir para o desenvolvimento 
profissional do indivíduo. (SILVA, 2010). 
O termo mentoring é usado nas organizações para destacar alguém que lida 
com a orientação de um indivíduo por meio de técnicas que o auxiliem a um excelente 
desempenho. Os processos de mentoring, como enfatiza Silva, (2010), ocorrem com 
profissionais que já estão em seu campo de atuação. Essa função pode ser exercida 
por uma pessoa da própria empresa ou de fora dela. No que se refere ao termo 
counseling, pode-se dizer que é ligado à área clínica, que se caracteriza como um 
aconselhamento psicológico.Assim, é encontrada uma analogia com o processo de 
OP, o que não se distancia da prática do orientador de um aconselhamento de 
carreira. (SILVA, 2010). 
 
Orientação profissional para aposentados 
 
Ao se aproximar da aposentadoria, o indivíduo percebe a chegada de 
mudanças em sua vida. Nesse período importante para o sujeito, a orientação 
profissional pode ter um papel valioso como psicoprofilaxia, em que se pode 
 
 
 
 
38 
 
proporcionar aos futuros aposentados um modo de explorar suas novas 
possibilidades. (SELIG; VALORE, 2010). 
Ao considerar a diversidade dos campos de atuação da orientação profissional 
percebe-se a grande completude, de maneira, que existe espaço para mais 
exploração. Gradativamente, novos interesses vão surgindo, de acordo com a 
demanda cada vez mais crescente de indivíduos com diversos padrões de idade e 
contexto social. As intervenções em geral estão apoiadas em alguma teoria ou 
abordagem que norteia e impulsiona o seu processo, as quais serão ilustradas a 
seguir. 
 
 
 
 
 
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