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Surgimento e evolução do centro comercial da cidade de São Mateus do Maranhão


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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CAMPUS DE BACABAL
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS HUMANAS – SOCIOLOGIA
RUBENILSON DA SILVA LICÁ
SURGIMENTO E EVOLUÇÃO DO CENTRO COMERCIAL DA CIDADE DE SÃO MATEUS DO MARANHÃO
Bacabal
2018.2
RUBENILSON DA SILVA LICÁ
SURGIMENTO E EVOLUÇÃO DO CENTRO COMERCIAL DA CIDADE DE SÃO MATEUS DO MARANHÃO
Projeto de Pesquisa apresentado à disciplina Seminário de Trabalho de Conclusão de Curso I como requisito parcial de obtenção de nota.
ORIENTADORA: Profª Ceália Cristine dos Santos
Bacabal
2018.2
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 JUSTIFICATIVA	5
3.1 Geral	6
3.2 Específicos	6
4 REFERENCIAL TEÓRICO	7
4.1 A Etnografia do Centro Comercial	7
4.2 O Consumismo na Cidade	7
4.3 Referência Comercial	8
4.4 Os Pontos Positivos e Negativos do Centro Comercial	9
4. METODOLOGIA	10
5. CRONOGRAMA	11
REFERÊNCIAS	12
1 INTRODUÇÃO
Segundo o IBGE a cidade de São Mateus do Maranhão teve sua emancipação política em 26 de dezembro de 1961, sede no atual distrito de São Mateus do Maranhão ex-povoado de São Mateus, pela Lei Estadual n° 2.170, 26 de dezembro de 1961, foi criado o município, desmembrado das cidades de Bacabal-Ma e Coroatá-Ma. O comércio na cidade surgiu em pequenos comércios conhecido na região como quitanda, bodega e mercearia, não existiam grandes lojas na cidade seja no ramo de alimentícios “supermercado” ou no ramo de produtos eletrônicos “lojas”. 
O principal objetivo do trabalho de pesquisa é encontrar os reais motivos da formação do centro comercial da cidade de São Mateus do Maranhão; analisar o território da cidade, buscando a obtenção de respostas sobre o comércio local e o seu desenvolvimento.
O comércio na cidade iniciou como vendas na feira livre, vendiam produtos vindos do cultivo de plantações tais como, arroz, farinha, feijão, milho, mandioca, entre outros produtos advindos da agricultura. Já o comércio de vendas de produtos como móveis e eletrodomésticos as primeiras lojas que veio localizar na cidade foram: Armazém Paraíba que ainda está no mesmo local, armazém Aragão atualmente de portas fechadas na cidade de São Mateus e em outras cidades onde era uma rede de lojas pelo estado do Maranhão, Loja A Melodisc também extinta.
Atualmente o comércio local cresce cada vez mais no centro comercial da cidade, grande lojas se estabeleceram na cidade com inovações de produtos e preços mais acessíveis aos consumidores, podemos citar nomes de grandes lojas na cidade no cenário atual, como: A Credinorte, Lojas Liliani, Armazém Paraíba umas das pioneiras no ramo de móveis e eletrodomésticos, A Renovar, Amovelar e a Magazine Luiza uma rede de comércio em todo o país. Investimentos cresceram na cidade e empresários montaram vários postos de combustíveis onde a demanda aumenta pelo número de transportes que hoje há na cidade, a cidade evoluiu e antes não havia um número alto de motos e carros em São Mateus do Maranhão.
2 JUSTIFICATIVA
A proposta desse trabalho é identificar o motivo pelo qual o centro comercial de São Mateus do Maranhão surgiu próximo a BR-135. A cidade iniciou no Bairro Piqui onde hoje fica distante do centro comercial, esse cujo bairro não se desenvolveu na área comercial tendo poucos comércios e desenvolvimento nele.
Ao ingressar no curso de Sociologia obtive a curiosidade para descobrir os reais motivos para o local do centro comercial da minha cidade, hoje a população da cidade está com 41.350 pessoas segundo a estimativa do IBGE (ano 2018) e o fluxo de pessoas nos comércios aumentam cada vez mais e os proprietários fazem novas obras no seu estabelecimento, nos últimos anos houve muitas construções nessa área sendo demolidos os prédios antigos e construídos novos no mesmo local, adaptando o ponto comercial para a realidade atual. Esse projeto é de fundamental importância para o município, entender como se deu a origem e permanência do centro comercial em uma área que na época as pessoas não queriam morar por ser próximo a uma Rodovia Federal onde os pais tinham medo que as suas crianças fossem atropeladas pelos veículos que na época era raro ter um na cidade.
Temos como problema, de como surgiu o centro comercial da cidade de São Mateus do Maranhão? A hipótese mais pertinente é se, o surgimento do centro comercial veio por motivo da proximidade da margem da BR-135, tendo como variáveis possíveis: o comércio de São Mateus do Maranhão é maior no centro da cidade do que nos bairros e povoados e a outra variável é: se o comércio central é mais desenvolvido próximo a BR-135, logo o ponto comercial é mais caro.
3. OBJETIVOS
3.1 Geral
Compreender o motivo pelo o qual se deu o início do centro comercial da cidade de São Mateus do Maranhão.
3.2 Específicos
· Identificar os pontos centrais que culminaram para que o centro comercial fosse à proximidade da BR-135.
· Caracterizar as condições do local na época que teve o início do comércio da cidade.
· Analisar o território da cidade, buscando a obtenção de respostas sobre o comércio local.
· Escrever o porquê as pessoas da cidade iam para Bacabal fazer compras todo início de mês.
4 REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 A Etnografia do Centro Comercial
A área comercial escolhida para ser o centro comercial é onde ocorre o desenvolvimento da cidade, embora a cidade ter sido iniciada em um ponto distante isso não foi um motivo para que o comércio pudesse se desenvolver em outra área, segundo Marx e Engels o centro comercial é o local estratégico para a produção e reprodução do capital, um produto da sociedade capitalista, ou seja, é parte integrante de processos sociais mais amplos.
Para Weber (1967, p. 88)
A cidade é pré-condição do capitalismo na medida em que é necessária para a existência do mesmo, mas mais tarde o desenvolvimento do capitalismo intensifica o crescimento das cidades. Neste sentido, para Weber, a cidade é primeiro um pressuposto do capitalismo, mas posteriormente seu desenvolvimento é um resultado dele. 
Segundo Harvey (2013, p. 28-29) no Brasil a realidade do espaço urbano é destinada em sua maioria visando ao mercado de trabalho, deixando de lado a parte coletiva de forma fragmentada com evidências de conflito que resulta em um desenvolvimento territorial desigual. A área em proximidade da rodovia federal foi sendo ocupadas por moradores por si tratar de um acesso fácil e rápido nas viagens, daí começou a ser povoado nessa localidade, devido a esse fluxo de pessoa começaram a implantar pequenos comércios como mercearias, lojas de eletrodomésticos entre outros.
4.2 O Consumismo na Cidade
A necessidade da população em ter um mercado que satisfizesse no cotidiano, fez com que fossem criados tipos de mercado na cidade, as pessoas tinha que viajar a cidade vizinha Bacabal para que pudesse realizar suas compras para a sua residência que ocorria uma vez por mês, sempre quando iam receber seu salário. Com o aumento da população os empresários viram a necessidade de criar um grande comércio e poder lucrar na cidade, diante do eventual povoamento e de pessoas vindo a morar em São Mateus saindo da sua cidade de origem o comércio local se expandiu trazendo novas empresas para a cidade e evoluindo na medida em que surgem inovações dentro da região.
Na medida em que, conforme se disse, a cidade passa a ser pensada pela interação entre as relações de produção, consumo, troca e poder, configura-se um novo enfoque relativo à cidade que politiza a questão urbana e surgem novas questões de investigação: os movimentos sociais urbanos, os meios de consumo coletivo, a estruturação social do território na sociedade capitalista e o papel do Estado na urbanização (GONÇALVES, 1989).
Essa crescente do mercado acontece através do ganho da importância da interação entre as relações de produção, consumo, troca e poder que se manifestam no ambiente urbano. Segundo Valladares; Freire-Medeiros (2001) “Com a demanda das mercadorias aumentam progressivamente conforme o consumo novos investimentos dos empresários no setor comercial”, denta maneira as pessoas veem a necessidadede usar equipamentos mais sofisticados para manuseio doméstico e pessoal, no tocante a alimentação famílias que tem pouco tempo em casa prefere produtos industrializados, ou seja, de fácil preparo e rapidez em fazer as refeições. No entanto a cidade diante das inovações.
4.3 Referência Comercial
O centro comercial passou a ter referência próxima a rodovia federal devido o acesso dos transportes que passavam pelo local, com o crescimento do comercio na localidade os empresários passaram a comprar os terrenos nessa região e os donos de casas fizeram ponto comercial e alugaram para os comerciantes tendo assim uma fonte de renda mensal com os aluguéis. Segundo Lobato, a acessibilidade atrai as nascentes lojas de departamentos, uma criação visando distribuir uma gama enorme e crescente de produtos industriais para um crescente mercado consumidor em sua constituição feito por assalariados e de outros gêneros no comércio varejista e como inúmeras atividades instaladas em escritório.
Segundo Hazan (1999) 
Em cidades brasileiras em busca de novos horizontes: a utilização de elementos urbanos estratégicos para o desenvolvimento local e regional é de suma importância na história urbana contemporânea, principalmente numa época em que a globalização econômica força a redução de fronteiras e integração dos espaços e sociedade.
É evidente que o espaço urbano é visto como um setor primordial ao comércio e nessa perspectiva nota-se o grande empenho dos empresários para construir os seus pontos comerciais na localidade que tem um fluxo de pessoas maiores, tendo em vista isso a concorrência por esse espaço urbano aumenta condicionando elevados preços por pequenas extensões de terra. Para Castells (1977) “esse lugar está associado à reprodução, ao consumo coletivo”. Consequentemente, o espaço não é uma página em branco, ele é determinado pela reprodução; o espaço não existe entre si, ele é socialmente determinado.
4.4 Os Pontos Positivos e Negativos do Centro Comercial
Podemos observar que os pontos positivos são extensos e favoreceu o crescimento da cidade, desenvolveu o comércio local trazendo novos investimentos e empregando mais pessoas e as colocando no mercado de trabalho. As casas na redondeza da área comercial próximas ganhou valorização elevando os preços e obteve status de área nobre na cidade. Segundo Ribeiro (2001), nas cidades, a desigualdade, social reproduz-se através da divisão que demarca diferentes áreas que concentram benfeitorias urbanas e equipamentos, destinados às classes sociais de maior renda, e demais áreas rarefeitas de qualidade de vida urbana.
Castells e Lojkine (1978) embora por caminhos diferentes, partilham da concepção de que o desenvolvimento urbano no capitalismo tem uma especificidade determinada pelos mecanismos sociais que vão se criando, tendo em vista a articulação entre o Estado e o processo de acumulação, o que engendra desigualdades (não apenas sociais, mas também na estruturação social do território) e contradições, além da emergência de movimentos sociais urbanos.
Os pontos negativos com o avanço do centro comercial surgem a partir da informalidade dos vendedores nas redondezas do local, aumentando a proliferação de isentos devido à sujeira deixada no local, à falta de investimento de segurança na área comercial da cidade um dos principais motivos para o aumento da violência. O não planejamento do centro comercial como prédios voltados para um determinado seguimento de comércio dificulta para os moradores o trânsito e a passagem de pessoas na localidade. 
4. METODOLOGIA
Para desenvolver esse estudo, aplicarei o estudo de caso controle com o intuito de buscar respostas por tais acontecimentos da época visando encontrar os motivos pelo o que se deu o centro comercial na proximidade da BR-135. As pessoas do bairro Piqui responderá um questionário sobre o comércio local da época da formação da cidade de São Mateus do Maranhão, onde trará inúmeras respostas a cerca do comércio local e da necessidade da época de viajar e fazer compras em outros municípios.
Realizarei uma pesquisa fazendo um levantamento sobre as características da região na época, fazendo uma analise de todo território da região central da cidade. Buscarei entender o porquê as pessoas ia constantemente para Bacabal, uma cidade vizinha a São Mateus fazer compras todo início de mês.
Para obtermos êxito nos objetivos proposto, iremos avançar na pesquisa exploratória através de questionários e entrevistas realizadas com os moradores mais antigos da cidade. O estudo de caso é o fator escolhido para a realização do projeto a ser executado, usaremos técnicas da pesquisa qualitativa, na qual a entrevista será a principal desse projeto.
A pesquisa bibliográfica se baseia através de fontes da qual o autor Marx, Engels, Lobato, Weber, Harvey, Gonçalves, Valladares, Freire-Medeiros, Castells, Lojkine e Ribeiro relatam sobre o capitalismo, espaço urbano e mercado. No capítulo a cidade como categoria sociológica de Oliven trata a cidade como uma variável dependente, pois a cidade não se auto explica, ou seja, não é uma totalidade e sim uma objetivação de uma totalidade maior no qual ela é inserida.
5. CRONOGRAMA
	MES/ETAPAS
	Mês/ano 
Out/
2018
	Mês
Nov/
2018 
	Mês 
Dez/
2018
	Mês 
Jan/
2019
	Mês 
Fev/
2019
	Mês 
Mar/
2019
	Mês 
Mai/
2019
	Mês 
Jun/
2019
	Mês 
Jul/
2019
	Mês
	Mês 
	Escolha do tema
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	Levantamento bibliográfico
	
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	Elaboração do anteprojeto
	
	
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	Apresentação do projeto
	
	
	
	
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	Coleta de dados
	
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	Análise dos dados
	
	
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	Organização do roteiro/partes
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	Redação do trabalho
	
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	Revisão e redação final
	
	
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	Entrega da monografia
	
	
	
	
	
	
	X
	
	
	
	
	Defesa da monografia
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	
	
REFERÊNCIAS
BRUGGER, Aline Pandeló. Comércio, feiras e um lugar de obsolescência em Juiz de Fora-MG: A feira informal da Avenida Brasil. Juiz de Fora, 2014.
CORREA, Roberto Lobato. O espaço urbano. São Paulo, 1989.
GRAÇA, Miguel Silva. Shopping (&) Center: o centro comercial como lugar de consumo e de centralidade urbana. Lisboa, 2011.
IBGE. São Mateus do Maranhão. <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ma/sao-mateus-do-maranhao/historico>. Acesso em: 30 de novembro de 2018.
OLIVE, RUBEN GEORGE. A cidade como categoria sociológica. Revista dados, n° 19, Capítulo I, P. 7-23, Rio de Janeiro, 2018.
PAMPLONA, João Batista. A atividade informal do comércio de rua e a região central de São Paulo. São Paulo, 2017.
PRONIN, Maria. O Shopping Center e a cidade. Disponível em: <http://www.labcom.fau.usp.br/wp-content/uploads/2015/05/1_cincci/029.pdf>. Acesso em: 21 de Outubro de 2018.
RESEARCHGATE. Shopping (&) Center: o centro comercial como lugar de consumo e de centralidade urbana. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/275949712_Shopping_Center_o_centro_comercial_como_lugar_de_consumo_e_de_centralidade_urbana?opdsd=1>. Acesso em: 21 de outubro de 2018.
RIBEIRO, Maria Thereza Rosa. Cidades e Processos Sociais. Pelotas.
SANT’ANNA, Maria Josefina Gabriel. A concepção de cidade em diferentes matrizes teóricas das ciências sociais. Revista Rio de Janeiro, n° 9, p. 91-94, jan/abr. 2003.
UNIDADE 3. Pesquisa científica: conceito e tipos. Disponível em: <http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/cristala/materiais/Unidade3aPesquisaCientifica.pdf>. Acesso em: 21 de Outubro de 2018.
VARGAS, Heliana Comin. O papel das galerias comerciais na revitalização do centro de São Paulo. São Paulo, 1998.
VIANA, M. R.; Chai, C. G. Direitos humanos e cultura da paz: por resolução adequadas aos conflitos fundiários urbanos no Estado do Maranhão. Revista de movimentos sociais e conflitos, n° 1, p. 42-63, jan/jun. 2017.
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