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DIREITO CONSTITUCIONAL I Questão 1) O direito social à saúde se vincula ao direito à vida e ao direito à dignidade, pois o cidadão desassistido no âmbito de seu bem-estar físico e mental fica prejudicado no gozo dos demais direitos. Sabendo-se que o direito à saúde compreende o direito à assistência médica e hospitalar, considere a situação apresentada a seguir. Estando acometido de um câncer, Sócrates recorreu à justiça para que o Estado fosse compelido a lhe fornecer medicamento que não se encontra disponível na rede pública. Na petição inicial, o advogado argumentou que o autor tem direito a uma prestação positiva do Estado, o que é direito de todos para que se possibilitem melhores condições de vida aos mais fracos, se vinculando, portanto, ao direito fundamental de igualdade. O juiz, ao decidir o caso, argumentou que a efetividade dos direitos que exigem do Estado uma prestação está vinculada a princípios que norteiam o fornecimento. Decidindo a questão com base no princípio da reserva do possível, o juiz A) denegará o pedido sob o argumento de que o direito à saúde é direito fundamental, mas se vincula somente ao fornecimento de assistência médica e hospitalar. B) concederá o pedido sob o argumento de que o direito à saúde é direito de todos e todos têm o direito ao fornecimento de medicamentos, independente de condição financeira. C) concederá o pedido sob o argumento de que o direito à saúde se enquadra nos direitos mínimos de existência, o que obriga o Estado a dispor de previsões orçamentárias. D) concederá o pedido sob o argumento de que os direitos fundamentais se encontram no rol dos direitos que não admitem retrocesso e se vinculam à segurança jurídica. E) denegará o pedido sob o argumento de que existe limitação fática e jurídica para a efetivação dos direitos fundamentais, ainda que de forma relativa. DIREITO CONSTITUCIONAL I Questão 2) No dia 24 de fevereiro de 2015, foi organizada pela Central Única dos Trabalhadores uma manifestação em frente à sede da Associação Brasileira de Imprensa. Nesse evento, o ex-Presidente Lula iria discursar. Cientes disso, um grupo chamado "Revoltados OnLine" decidiu convocar uma manifestação para o mesmo local, dia e horário. Vejam a convocação: "ATENÇÃO RIO DE JANEIRO! Grande panelaço no dia 24/02 às 17h em frente a ABI! Não vamos deixar Lula falar! Rua Araújo Porto Alegre, 71". Considerando os direitos individuais, assinale a alternativa CORRETA. A) Há problema com a iniciativa do grupo Revoltados OnLine, pois a Constituição garante a liberdade de reunião, mas exige uma comunicação prévia para não frustrar outra reunião anteriormente marcada para o mesmo local. B) Há problema com a iniciativa do grupo Revoltados OnLine, pois a Constituição garante a liberdade de manifestação do pensamento, mas a submete à obrigação de comunicar às autoridades. C) Não há problema com a iniciativa do grupo Revoltados OnLine, pois a Constituição garante a liberdade de reunião, independentemente de autorização. D) Não há problema com a iniciativa do grupo Revoltados OnLine, pois a Constituição garante a liberdade de associação, desde que seja para fins lícitos. E) Não há problema com a iniciativa do grupo Revoltados OnLine, pois, como não foi anônima, a Constituição garante a liberdade de manifestação do pensamento, vedando somente o anonimato. DIREITO CONSTITUCIONAL I Questão 3) O Direito Constitucional configura-se como direito público fundamental por referir-se diretamente à organização e ao funcionamento do Estado, à articulação dos seus elementos primários e ao estabelecimento das bases da estrutura política. No escorço histórico do Direito Constitucional, verifica-se uma evolução que sai da influência ideológica pura para a consagração dos direitos sociais e, principalmente, para a determinação do efetivo cumprimento dos direitos individuais, ainda que com supremacia do interesse social. De acordo com a evolução histórica do Direito Constitucional, verifica-se o constitucionalismo da Antiguidade, da Idade Média, da Idade Moderna, do constitucionalismo contemporâneo e do constitucionalismo para o futuro. SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 13. ed. São Paulo: Malheiros, 1997. Sobre a evolução histórica do Direito Constitucional, julgue as afirmativas a seguir. I. Na Antiguidade, o objetivo do Direito Constitucional era o de assegurar que os atos governamentais não colocassem em risco a ideologia bíblica. II. Na Idade Contemporânea, com o constitucionalismo moderno, predominam as constituições escritas como instrumentos para coibir os arbítrios decorrentes do poder. III. No constitucionalismo contemporâneo, os textos constitucionais são imbuídos de conteúdo social com normas programáticas. IV. A perspectiva do constitucionalismo do futuro é a consolidação dos direitos de terceira dimensão com os valores de fraternidade e solidariedade. Está correto o que se afirma em A) I e III, apenas. B) I e IV, apenas. C) I, II, III e IV. D) I, III e IV, apenas. E) I, II e III, apenas. DIREITO CONSTITUCIONAL I Questão 4) Os direitos fundamentais podem ser definidos como aqueles que são considerados indispensáveis à pessoa humana, necessários para assegurar a todos uma existência digna, livre e igual. Não basta ao Estado reconhecê-los formalmente, deve buscar concretizá-los, incorporá-los no dia a dia dos cidadãos e de seus agentes. Assim, é a determinação instituída pela Constituição Federal, que afirmar que entre os direitos fundamentais que protege e eleva à categoria de cláusulas pétreas está o direito à vida. Ou seja, o constituinte brasileiro ocupou-se de garantir a todo cidadão, brasileiro ou estrangeiro, o direito de viver e viver dignamente. Essa pretensão da Lei e do legislador foi efetuada no direito interno, mas também em razão de acordos internacionais celebrados pelo Brasil. PINHO, Rodrigo César Rebello. Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais. 3.ed. rev. São Paulo: Saraiva, 2002, p.65. Nesse sentido, a respeito das aplicabilidades práticas da garantia constitucional do direito à vida, avalie as afirmações a seguir. I. Uma das grandes discussões em relação ao exercício do direito à vida é a legalização nacional do aborto, o que vai de encontro à prescrição constitucional da proteção genérica e irrestrita de viver. II. O direito à vida fundamenta o aumento do crescimento das pesquisas com células-tronco, uma vez que a garantia de tratamentos inovadores para enfermidades incuráveis traz consigo o escopo da preservação da vida de quem os utiliza. III. O direito à vida estimula também o avanço da Medicina em relação à clonagem humana, pois a dignidade da pessoa humana vai em direção à possibilidade de escolha ou não da clonagem, superando antigos óbices religiosos. É correto o que se afirma em A) I, II e III. B) II, apenas. C) I e III, apenas. D) I e II, apenas. E) III, apenas. DIREITO CONSTITUCIONAL I Questão 5 - (Enade, 2012) ) A noção de Constituições rígidas é decorrência dos movimentos constitucionalistas modernos, surgidos principalmente a partir de meados do século XVII. Conquanto estivesse entre os objetivos desses movimentos idealizar nova forma de ordenação, fundamentação e limitação do poder político por meio de documento escrito, tornou-se necessária a distinção entre poder constituinte e poderes constituídos. Considerando-se o disposto na Constituição Federal de 1988, seria constitucional lei que I. permitisse a contratação de promotor de justiça, sem concurso público, mediante livre escolha do procurador-geral de justiça. II. obrigasse membros de associações a permanecerem associados por vinte anos. III. proibisse o anonimato em reclamações encaminhadas a qualquerente da Administração Pública Direta e Indireta. É correto o que se afirma em A) III, apenas. B) II e III, apenas. C) I, apenas. D) I e II, apenas. E) I, II e III. DIREITO CONSTITUCIONAL I Questão 6) Uma gestante de 7 meses teve diagnóstico positivo para a doença sífilis, causada pela bactéria Treponema Pallidum, o que representa um grande risco para ela e seu bebê. Quando essa bactéria consegue transitar do organismo da mãe e atravessar a placenta ainda durante o primeiro trimestre de gestação, as chances de aborto espontâneo são altíssimas. Passada metade da gestação, o risco de óbito fetal cai pela metade, mas a probabilidade de parto prematuro permanece elevada. A mãe luta bravamente pelos direitos fundamentais dela e de seu filho. Sabendo que o direito à vida é o mais amplo e fundamental de todos os direitos, já que se constitui em pré-requisito à existência e exercício de todos os demais direitos e a Constituição Federal proclama-o no caput do seu art. 5º, e ainda, considerando o caso acima, analise os itens a seguir. I. A constituição Federal protege todas as formas de vida, inclusive a uterina, no caso, a da mãe e a do filho, mesmo antes dele nascer. II. O direito fundamental à vida das pessoas, mesmo portadoras de doenças, como é o caso, também se manifesta por meio da garantia de condições para uma existência digna. III. O direito fundamental à vida das pessoas, independentemente de serem portadoras de doenças, como é o caso, assim como todos os demais direitos fundamentais, é protegido pela Constituição Federal de forma não absoluta. É correto o que se afirma em A) I e II, apenas. B) II, apenas. C) I, II e III. D) I, apenas. E) II e III, apenas. DIREITO CONSTITUCIONAL I Questão 7) Mustafá Benzema, um cidadão sírio, fugindo da guerra em seus país, chegou ao Brasil sem suas economias. Sua pretensão é ir na semana que vem para os Estados Unidos da América, onde reside seu irmão mais velho. Porém, foi acometido pela doença da dengue que evoluiu para a forma hemorrágica, que como se sabe, eleva o risco de morte. Então, procurou o sistema público de saúde para tratamento. Para sua infelicidade, o tratamento foi negado, segundo os médicos responsáveis pelo tratamento, porque ele não é cidadão brasileiro nem residente no país. Considerando o caso apresentado e os direitos fundamentais individuais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, é correto afirmar que A) os médicos agiram respaldados pela constituição, porque Mustafá não é residente no Brasil e, por isso, não lhe é extensivo o direito ao tratamento dos residentes nesse país. . B) os médicos agiram respaldados pela constituição, porque Mustafá não é cidadão brasileiro e, por isso, não tem o direito ao mesmo tratamento destes. C) os médicos agiram respaldados pela constituição, vez que Mustafá não é cidadão brasileiro, nem residente no Brasil e, ainda, pretende ir para os Estados Unidos da América. D) os médicos não agiram respaldados pela constituição, porque a saúde é direito de todos, e todos os cidadãos têm direito de tratamento idêntico. E) os médicos não agiram respaldados pela constituição, porque ela não trata do assunto. DIREITO CONSTITUCIONAL I Questão 8) Observe o seguinte caso. Entrou em vigor, no dia 13 de abril de 2010, o Novo Código de Ética Médica. Entre as várias normas de conduta, regulamenta-se a situação de pacientes sem perspectiva de cura. Os médicos reunidos em assembleia (e após vários anos de discussões) decidiram que o profissional deve evitar procedimentos desnecessários nesses pacientes. Em caso de doenças incuráveis, devem evitar ações inúteis ou obstinadas e oferecer todos os cuidados paliativos disponíveis, levando sempre em conta a opção do paciente. De acordo com o texto acima, pode-se afirmar: A) A norma é inconstitucional, pois a limitação ao direito à vida está submetida à cláusula de reserva de jurisdição. B) A inconstitucionalidade da norma médica decorre de ser o direito à vida hierarquicamente superior e, portanto, impassível de restrição. C) A norma médica é constitucional, pois todo direito fundamental pode ser limitado, bastando a edição de uma lei formal para concretizar essa restrição. D) A norma médica é constitucional, pois configura-se como hipótese de ortotanásia, limitação admitida por parte da doutrina constitucionalista. E) A inconstitucionalidade da norma médica decorre de ser a eutanásia proibida no Brasil, conforme legislação. DIREITO CONSTITUCIONAL I Questão 9) TEXTO 1 A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam. Nessa desigualdade social, proporcionada à desigualdade natural, é que se acha a verdadeira igualdade, uma vez que, tratar com desigualdade a iguais ou a desiguais com igualdade seria desigualdade flagrante e não igualdade real. BARBOSA, Rui. Oração aos moços. São Paulo: Martin Claret, 2003. p.19. TEXTO 2 A igualdade é prevista na Constituição Federal como norma de direito fundamental a ser aplicada indistintamente a todos, sem necessidade de qualquer moderação legislativa para fazer valer seu preceito, perante o ente público e o particular. Todavia, o direito à igualdade, tal como a sociedade, evolui de acordo com as necessidades e amoldações devidas com a evolução das relações jurídicas, e dessa forma, atualmente, possui várias interfaces de análise, entre elas as desigualdades. Nesse contexto, a respeito do direito de igualdade frente às desigualdades, avalie as afirmações a seguir. I. O direito de igualdade, embora direito fundamental, não tem uma aplicação generalizada na prática, principalmente em razão da necessidade de um olhar específico em relação aos lados que se apresentam. II. O direito à igualdade é imediato e não faz juízo de valores entre um ou outro em uma relação jurídica e social, como no caso de leis, as quais são direcionadas a todos, indistintamente. III. A norma constitucional previu a igualdade de maneira a determinar um olhar neutro, imparcial e sem preferências, porém não inibe as distinções na análise de situações diversas que se destacam como desiguais. IV. As desigualdades mencionadas nos textos referem-se, expressamente, à discriminação e, nesse contexto, a igualdade expressa no texto constitucional é, veementemente, aplicável sem amoldes para situações diversas. É correto o que se afirma em A) I, III e IV, apenas. B) I e III, apenas. C) I, II, III e IV. D) II, apenas. E) II e IV, apenas. DIREITO CONSTITUCIONAL I Questão 10 - (Enade, 2009) ) A tendência à concentração regional da renda é um fenômeno observado universalmente, sendo amplamente conhecidos os casos da Itália, da França e dos EUA. Uma vez iniciado esse processo, sua reversão espontânea é praticamente impossível. Em um país da extensão geográfica do Brasil, é de se esperar que tal processo tenda a prolongar-se extremamente. FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. A análise econômica de Celso Furtado permite compreender alguns dos fenômenos políticos presentes na formação do Brasil. Com base no pressuposto de uma concentração regional da renda, é possível afirmar que a Constituição de 1988 estabeleceu diretrizes para uma atuação do Estado que reduza as desigualdades entre os diferentes estados brasileiros, tendo em vista que A) a reforma administrativa estabelecida pela Emenda Constitucional 19, de 1998, reorientou a atuação do governo federal, para permitir o combate à pobreza e às desigualdades regionais por meio da centralização da atividade burocrática. B) o constituinte vedou ao Tribunal de Contas da União suspender gastos que possam causar danos às economias das regiões mais ricas, com vistas a permitir uma atuação administrativaque privilegie a redução das desigualdades. C) instituiu um Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza como instrumento de direito econômico regional, concedendo recursos aos entes federativos para a construção de hospitais, escolas, postos de saúde e estádios. D) compete à União e aos Estados estabelecer normas de direito econômico e societário, impedindo que cada ente federativo possa buscar o seu desenvolvimento econômico específico por meio de condições que reduzam a concorrência empresarial. E) constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil erradicar a pobreza e a marginalização, reduzir as desigualdades sociais e regionais, e compete à União elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social. DIREITO PENAL I Questão 11) Toda ação compreendida em um tipo de injusto (doloso ou culposo) deve ser ilícita se não estiver presente uma causa de justificação. Tem-se, pois, que a existência de uma causa justificante faz da ação típica uma ação lícita ou permitida. As causas de justificação contêm um preceito autorizante ou permissivo independente. Podem ser definidas como sendo particulares situações diante das quais um fato, que de outro modo seria delituoso, não o é porque a lei o impõe ou o consente. Toda ação típica é ilícita, salvo quando justificada. As causas justificantes têm implícita uma norma permissiva ou autorizante de caráter independente que, ao interferir nas normas proibitivas ou preceptivas, faz com que a conduta proibida ou a não realização da conduta ordenada seja lícita ou conforme ao Direito. A falta do elemento subjetivo das causas de justificação inviabiliza a afirmação do valor da conduta e do consequente valor do resultado, indispensáveis à exclusão da ilicitude. PRADO, L. R. Curso de Direito Penal Brasileiro. 17. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019. Diante do que foi exposto, considere o caso a seguir. Danilo, advogado, estava indo trabalhar às sete horas da manhã quando, ao olhar para a sua esquerda, percebeu que Dolores estava passando mal. Ele desceu do carro e percebeu que ela estava tendo algum tipo de acidente vascular cerebral. Danilo, então, colocou a senhora dentro de seu carro e começou a dirigir em alta velocidade. Algumas quadras depois, por desatenção, acabou atropelando Joel, causando-lhe diversas lesões. Posteriormente, Joel teve constatada uma fratura na perna que o fez ficar seis meses de cama. Nesse contexto, considerando os conceitos relacionados às causas de excludentes de ilicitude, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. Pode-se afirmar que a conduta de Danilo, de dirigir em alta velocidade e atropelar Joel, não configura crime e está acobertada por uma excludente de ilicitude. PORQUE II. Conforme prevê o código penal, age no exercício regular de direito aquele que, para salvar alguém, causa lesão não intencional em terceiros. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. C) As asserções I e II são proposições falsas. D) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. E) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. DIREITO PENAL I Questão 12) Bentinho foi denunciado pelo Ministério Público por ter proferido uma paulada na cabeça de Escobar. Regularmente citado, Bentinho constituiu um defensor que apresentou resposta à acusação dentro do prazo legal, no âmbito da qual alegou, como matéria de mérito, que, de fato, proferiu a paulada na cabeça de Escobar porque este estava com uma arma em punho e proferiu disparo, porém a arma não funcionou nas duas vezes em que Escobar acionara o gatilho. Nesse contexto, a conduta de Bentinho, uma vez provado nos autos, configura A) erro de proibição. B) legítima defesa. C) estado de necessidade. D) erro de tipo. E) exercício regular de direito. DIREITO PENAL I Questão 13) Qual o tratamento dado pelo Código Penal ao agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento? A) O agente será beneficiado por excludente supralegal de ilicitude. B) O agente terá a pena diminuída, na terceira fase da dosimetria, de 1 (um) a 2/3 (dois terços). C) A conduta do agente será excluída. D) O agente será beneficiado por uma agravante genérica prevista na parte geral do Código Penal. E) O agente estará isento de pena. DIREITO PENAL I Questão 14) A ação é antijurídica ou ilícita quando é contrária ao direito, pois a antijuridicidade exprime uma relação de oposição entre o fato e o direito. O direito penal é um complexo de normas que se reduz a um juízo do comportamento humano que tutela e protege as relações ético-sociais. O injusto é a forma de conduta antijurídica propriamente, como o furto e a tentativa de homicídio. A antijuridicidade é uma qualidade dessa forma de conduta, mais precisamente a contradição em que se encontra com o ordenamento jurídico. Todas as matérias de proibição reguladas nos diversos setores do direito são antijurídicas para todo o ordenamento jurídico. Todavia, há exceções. Toda regra jurídica que ordena ou permite a lesão ou ameaça a um bem juridicamente protegido exclui por si mesma o caráter delituoso do ato que em seu nome se realizou. AMARAL, Gemaiel Ribeiro do. Os limites do estrito cumprimento do dever legal. Trabalho de conclusão de curso (Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais) - Departamento de Ciências Penais da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2017 (adaptado). Dado o exposto, considere a situação hipotética a seguir. Mateus é funcionário da Vigilância Sanitária e desempenha suas funções na cidade de Sobral – CE. No dia 22/07/2019, em uma visita de fiscalização ao Supermercado Azul Ltda., Mateus e sua equipe apreenderam diversos produtos que já estavam vencidos, mas que ainda estavam sendo disponibilizados para a venda aos consumidores. Além da apreensão dos produtos, o supermercado foi multado pela venda dos produtos fora do prazo. Considerando os conceitos relacionados ao estrito cumprimento do dever legal e a situação apresentada, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. É possível afirmar que a apreensão dos produtos por parte do servidor público Mateus não poderá configurar crime. PORQUE II. O próprio código penal indica que a conduta, por estar amparada por lei, representa uma excludente de ilicitude. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta A) As asserções I e II são proposições falsas. B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. E) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. DIREITO PENAL I Questão 15) Segundo o disposto no artigo 23 do Código Penal, não há crime quando o agente pratica o fato em legítima defesa; em estrito cumprimento de dever legal; no exercício regular de direito ou em estado de necessidade. Neste sentido, nos termos do artigo 24 caput do Código Penal, considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar A) de perigo atual ou iminente, que não provocou por sua vontade, mas que podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. B) de perigo atual, que não provocou por dolo ou culpa,nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. C) de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. D) de perigo atual, que provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. E) de perigo atual ou iminente, que não provocou por dolo ou culpa, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. DIREITO PENAL I Questão 16) Uma coisa é a presunção iuris tantum do conhecimento das leis, abstratamente consideradas; outra, é a aceitação do chamado erro de proibição (falta de consciência do injusto) e sua escusabilidade, em certos casos. Assim, o erro de proibição cuida da concreta ausência no agente, no momento da ação, da consciência da ilicitude de uma determinada conduta. (BITENCOURT, Cezar Roberto. Erro de tipo e erro de proibição: uma análise comparativa. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2013, pág.139) Pode-se compreender que o erro de proibição escusável, como excludente da potencial consciência da ilicitude, leva à exclusão da A) juridicidade. B) culpabilidade. C) tipicidade. D) imputabilidade. E) normatividade. DIREITO PENAL I Questão 17) Adamastor está desempregado e precisa de dinheiro para prover o sustento de sua esposa e de seus três filhos. Desiludido em diversas investidas em pedir ajuda e encaminhar currículo, resolve planejar um assalto ao caixa eletrônico do mercado do bairro. Resolveu agir sozinho, planejou o ato por duas semanas, analisando o fluxo de pessoas no mercado, a quantidade de seguranças e o sistema de alarme. Também se preocupou em conseguir o maquinário para o arrombamento do caixa eletrônico. No dia definido para sua ação, domingo, fim de tarde, dirigiu-se ao local, encapuzado e com todos os aparatos necessários ao crime. Arrombou a porta do mercado e conseguiu desativar os alarmes sem causar barulhos. Dirigiu-se ao local em que ficava o caixa eletrônico e constatou que o aparelho estava envolto em um aparato de concreto com três alarmes. Decidiu progredir, mas assim que se encostou no aparato de concreto, os alarmes foram acionados e a polícia chegou. Adamastor conseguiu fugir sem ser visto e sem concluir a sua ação. Sobre a natureza jurídica da ação de Adamastor, assinale a alternativa correta. A) Trata-se de desistência eficaz, ação na qual Adamastor desiste de consumar seu crime diante de constatar a impossibilidade de conseguir êxito, e possui natureza jurídica de atenuante da pena. B) Trata-se de arrependimento posterior, no qual Adamastor desiste de realizar a ação pretendida depois de ter iniciado a execução do crime, e possui natureza jurídica de isenção de pena. C) Trata-se de crime impossível, uma vez que Adamastor não conseguiu realizar sua intenção e quebrar o aparato de concreto, o qual possui natureza jurídica de conduta imponível. D) Trata-se de crime inexistente, uma vez que não houve a consumação por Adamastor, o qual possui natureza jurídica de ato lícito. E) Trata-se de tentativa, ação na qual Adamastor cogitou, iniciou os atos de execução e somente não concluiu o crime por razões alheias à sua vontade, e possui natureza jurídica de diminuição de pena. DIREITO PENAL I Questão 18) A consumação é a execução completa do tipo penal. O momento da consumação é diferente nos diversos tipos penais, e é importante saber identificá-la, pois é da consumação do crime que se inicia a contagem do prazo prescricional (art. 111, I, do CP5) e é o local da consumação que define a competência territorial para o julgamento do crime (art. 70 do CPP). SMANIO, G. P.; FABRETTI, H. B. Direito penal: parte geral. São Paulo: Atlas, 2019. Tendo como base o texto apresentado, analise o caso fictício a seguir. Adriana é usuária assídua das redes sociais. Ela vive postando fotos e comentários dos mais diversos assuntos na sua página no Facebook. Em determinado dia, Juliana, da rede de contatos de Adriana, viu uma postagem e resolveu destilar seu veneno. Em uma das fotos escreveu: “Como pode ser feia assim?”. Em outra postagem, na qual Adriana comentava uma notícia sobre política, Juliana publicou o seguinte comentário: “Só poderia ser um comentário dessa burra e imbecil”. Adriana ficou muito triste com ambos os comentários e resolveu registrar boletim de ocorrência e processar Juliana. Nesse contexto, considerando os conceitos relacionados ao crime consumado, tentativa, arrependimento eficaz e crime impossível, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. Pode-se afirmar que a conduta de Juliana de ofender Adriana pelas redes sociais configura crime e já teve sua execução completa, sendo ele considerado como consumado. PORQUE II. Conforme dispõe o código penal, o crime é consumado quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal, como o que ocorreu no crime de injúria de Juliana. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. B) As asserções I e II são proposições falsas. C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. DIREITO PENAL I Questão 19) O Código Penal vigente, ao tratar da inimputabilidade por anormalidade mental, adotou o sistema misto ou biopsicológico, segundo o qual não basta a existência da doença para isentar o agente da pena. Exige-se, primeiramente, a existência do elemento biológico, de natureza patológica, que é a enfermidade mental. O segundo elemento é o cronológico/temporal, ou seja, o autor, no momento do crime, em razão da doença da qual é portador, precisa apresentar um estado de anormalidade psíquica que o torne incapaz de entender o sentido ético-jurídico de sua conduta ou, caso tenha esse entendimento, ter a doença e seu estado de perturbação psíquica eliminado a sua capacidade volitiva. Em suma, é necessário que a anormalidade cause o vício de entendimento e de vontade. Em Medicina, o estudo das doenças mentais chama-se Patologia Mental ou Psiquiatria. Toda doença tem causa infecciosa, tóxica, orgânica, psíquica e outras. MALCHER, F. de S. A questão da inimputabilidade por doença mental e a aplicação das medidas de segurança no ordenamento jurídico atual. Revista Jus Navigandi, Teresina, v. 14, n. 2104, abr. 2009. Diante do que foi exposto, considere o caso a seguir. Cristiano, 20 anos de idade, possui uma grave doença mental, sendo inteiramente incapaz de entender seus atos. Em um domingo de sol, estava passeando pelo parque quando encontrou uma faca. Solicitou a Carlos, sorveteiro do parque, um picolé. Carlos, vendo que Cristiano possuía uma doença mental, destratou-o. Em seguida, Cristiano assassinou Carlos com 13 facadas. Sobre os conceitos relacionados à inimputabilidade por doença mental ou desenvolvimento incompleto ou retardado, considerando a situação apresentada, julgue os itens a seguir. I. Cristiano, por ser inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito de sua conduta, é isento de pena. II. O juiz poderá, após a análise do caso, impor uma medida de segurança para inimputável. III. Caso Cristiano fosse parcialmente incapaz, a pena seria reduzida em quatro quintos. É correto o que se afirma em A) III, apenas. B) II e III, apenas. C) I e II, apenas. D) I, apenas. E) I, II e III. DIREITO PENAL I Questão 20) Analise o exemplo citado pelo prof. RogérioGreco e, posteriormente, marque a alternativa CORRETA. “André, jogador de futebol profissional, injustamente, agride Pedro. Este último, pretendendo se defender da agressão que estava sendo praticada contra sua pessoa, saca seu revólver a atira em André, fazendo-o cair. Quando André já não esboçava qualquer possibilidade de continuar a agressão injusta, por ele iniciada, Pedro aponta a arma para seu joelho e diz ‘Agora que já não pode mais me agredir, vou fazer com que você termine sua carreira no futebol’. Nesse instante, quando Pedro ia efetuar o disparo, já atuando em excesso doloso, André saca seu revólver e o mata”. In casu, é descrito um caso de legítima defesa A) recíproca. B) exculpante. C) sucessiva. D) putativa. E) subjetiva. DIREITO CIVIL I Questão 21) “A declaração de vontade é elemento estrutural ou requisito de existência do negócio jurídico. Para que este seja válido, todavia, é necessário que a vontade seja manifestada livre e espontaneamente” (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2018. Pg. 411). Se ocorrer algum defeito na sua formação ou na sua declaração com prejuízo do declarante ou de terceiro, ele poderá ser anulado. Para a segurança dos negócios jurídicos e paz da própria sociedade, a lei estipula prazo para que a parte lesada busque a anulação dos negócios realizados com defeito. O prazo que o lesado possui para requerer a anulação do negócio jurídico realizado com vício é de A) prazo decadencial de quatro anos no caso de erro, dolo, lesão, estado de perigo e fraude contra credores, contados do dia em que se realizou o negócio jurídico. B) prazo decadencial de quatro anos no caso de coação, erro, dolo, lesão, estado de perigo e fraude contra credores, contados do dia em que se realizou o negócio jurídico. C) prazo decadencial de quatro anos no caso de erro, dolo, lesão, estado de perigo e fraude contra credores, contados do dia em que se realizou o negócio jurídico e não decai no caso de coação. D) prazo prescricional de quatro anos no caso de erro, dolo, lesão, estado de perigo e fraude contra credores, contados do dia em que se realizou o negócio jurídico. E) prazo prescricional de quatro anos no caso de coação, erro, dolo, lesão, estado de perigo e fraude contra credores, contados do dia em que se realizou o negócio jurídico. DIREITO CIVIL I Questão 22) A morte é o meio normal de extinção das pessoas naturais. Contudo, esse não é o único meio de extinção da personalidade das pessoas naturais. Ela pode se dar, também, de forma presumida. Assim, no que se refere à morte presumida, com ou sem decretação de ausência e à comoriência (morte simultânea), analise os itens a seguir. I. Pode ser declarada a morte presumida com decretação de ausência, se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida. II. A declaração da morte presumida somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e as averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. III. Pode ser declarada a morte presumida sem decretação de ausência, se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até quatro anos após o término da guerra. IV. Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos. Estão corretos apenas os itens A) III e IV. B) I e III. C) II e IV. D) I e II. E) II e III. DIREITO CIVIL I Questão 23) O Código Civil na parte geral trata das pessoas e define os direitos e deveres das pessoas físicas e das pessoas jurídicas, determinando que a primeira adquire personalidade jurídica com o nascimento com vida e a segunda por fatos históricos, por lei ou por inscrição dos atos constitutivos no registro próprio, pois a pessoa jurídica é um ente a quem a lei outorga personalidade para ser sujeito de direitos e obrigações. A pessoa jurídica pode ser de direito privado ou de direito público. Entende-se por pessoa jurídica de direito privado as que são formadas por pessoas particulares com interesse predominantemente privado e pessoa jurídica de direito público quando o Estado e suas atividades de interesse público se tornam presentes. Sobre as pessoas jurídicas de direito público, julgue as afirmativas a seguir. I. A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal são pessoas jurídicas de direito público interno. II. As autarquias, as associações públicas e as fundações públicas são pessoas jurídicas de direito público interno. III. O Mercosul, a ONU e a Santa Sé são pessoas jurídicas de direito público externo. Está correto o que se afirma em A) II e III, apenas. B) I e III, apenas. C) I, apenas. D) II, apenas. E) I, II e III. DIREITO CIVIL I Questão 24) Pedro pensa que comprou o terreno nº 1 da quadra A, mas na realidade adquiriu o terreno nº 1 da quadra B. O negócio jurídico possui um vício da vontade que acarreta a anulabilidade. O tipo de vício previsto no enunciado é o(a) A) simulação. B) erro substancial. C) dolo. D) fraude contra credores. E) lesão. DIREITO CIVIL I Questão 25) Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil, sendo que a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida. Além de a personalidade e a capacidade estarem previstas no Código Civil, a proteção aos direitos da personalidade está embasada na Constituição Federal, visto que são considerados direitos fundamentais e são essenciais às pessoas naturais. Na sociedade democrática dos nossos tempos, homens e mulheres são pessoas naturais, porque o direito positivo lhes concede aptidão para titularizarem direitos e deveres, bem como autorização para a prática dos atos e negócios jurídicos em geral, salvo os expressamente proibidos. Toda pessoa natural ostenta o atributo da personalidade. COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil: volume I. 2. ed. São Paulo: RT, 2020 (adaptado). A respeito dos direitos da personalidade, julgue os itens a seguir. I. Os direitos da personalidade são inatos, vitalícios e essenciais, ou seja, são direitos fundamentais e básicos para uma existência digna e livre, além de serem necessários, pois devem estar presentes durante toda a vida do ser humano II. Os direitos da personalidade são intransmissíveis, pois são direitos subjetivos próprios, são irrenunciáveis, pois não se pode deixar de ser titular desses direitos, além de serem indisponíveis. III. Os direitos da personalidade são intangíveis, indisponíveis, absolutos e ilimitados, com oponibilidade erga omnes, pois são direitos reais que todos devem respeitar. IV. Por se tratar de direitos patrimoniais, os direitos da personalidade são passíveis de reparação econômica em caso de dano ou como medida para cessar ou impedir a violação desses direitos. É correto o que se afirma em A) I, II e IV, apenas. B) III, apenas. C) I e II, apenas. D) III e IV, apenas. E) I, II, III e IV. DIREITO CIVIL I Questão 26) As benfeitorias são intervenções humanas nos bens que tem como objetivo preservá-los, melhorar sua atual condição ou apenas aprimorá-los esteticamente. O Código Civil reconhece as alterações na composição essencial do bem, classificando-as de acordo com os reflexos que causam nesse bem. Considerando o conceito e as classificações das benfeitorias de acordo com o Código Civil, julgue os itens a seguir. I. Benfeitorias são os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. II. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. III. São voluptuárias as benfeitorias de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.IV. São úteis as benfeitorias que aumentam ou que facilitam o uso do bem. V. São necessárias as benfeitorias que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. É correto o que se afirma em A) II, III, IV e V, apenas. B) II e III, apenas. C) I e III, apenas. D) IV e V, apenas. E) III, IV e V, apenas. DIREITO CIVIL I Questão 27) Todos os anos, os formadores da banda Gangue do Rock se reúnem para relembrar os tempos em que tocavam juntos, quando estudavam no ensino médio. Neste ano, resolveram formalizar o encontro com convites personalizados, os quais devem ser encaminhados para o domicílio civil de cada integrante. Assim, observe a situação de cada membro da banda: - Atílio, com 35 anos, solteiro e sem filhos, incapacitado, civilmente, em razão de sequelas de um acidente vascular cerebral, com apartamento em seu nome no município X onde trabalhava, sendo seus genitores residentes no município J. - Caio, com 30 anos, tem residência com a esposa e suas filhas gêmeas no município Y, é funcionário público no município G. - Vicente é oficial da Aeronáutica, exerce sua atividade no município L e seu comando de subordinação está situado no município P. - Pietro é dono de uma embarcação que, atualmente, está atracada no porto do município H e matriculada no porto do município N. - Leo, com residência, esposa e 7 filhos no município S, foi preso por participar de um roubo e cumpre sua pena no município Z. Diante da situação hipotética, a respeito do domicílio civil de cada integrante da banda Gangue do Rock, avalie as afirmações a seguir. I. Caio e Leo possuem domicílio civil na localidade em que possuem como interesse de moradia, ou seja, nos municípios onde possuem residência com suas esposas e filhos. II. Atílio, em razão da sua incapacidade civil, possui domicílio no local do domicílio de seus genitores, independente de possuir residência própria em outra localidade. III. Vicente, em razão da atividade que exerce, possui domicílio no local do comando ao qual está subordinado. IV. Pietro tem domicílio no último local onde sua embarcação está atracada, independente do registro em outro porto. É correto o que se afirma em A) I, II, III e IV. B) II e III, apenas. C) II e IV, apenas. D) I, apenas. E) I, III e IV, apenas. DIREITO CIVIL I Questão 28) O Código Civil trata dos direitos da personalidade e dentre eles está o direito ao nome, a partir do nascimento. O nome da pessoa natural é o sinal exterior mais visível de sua individualidade, sendo por meio dele que a identificamos no seu âmbito familiar e no meio social. O direito ao nome tem natureza evidentemente extrapatrimonial, haja vista que ninguém pode dispor do próprio nome, alienando-o ou abandonando à mercê de terceiros. Conforme consta do artigo 16 do CC/2002, “toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome”. GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil: parte geral. 21. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019. v. 1 (adaptado). Considerando o nome como um direito da personalidade, avalie as afirmações a seguir. I. O nome constitui a identidade da pessoa, sendo atribuído com o registro civil, e, além de necessário, é obrigatório, indisponível, inalienável, intransmissível e irrenunciável. II. A lei determina que o assento civil deva conter, pelo menos, um nome e um prenome, que é o sobrenome, e o Estado impõe limites em relação aos nomes e seus elementos constitutivos. III. O pseudônimo é um acréscimo utilizado no nome para distinguir uma pessoa de outra, ancestral de mesmo nome, como Júnior, por exemplo, sendo possível incluir numeral romano ao final do pseudônimo. IV. O agnome é um nome utilizado de forma fictícia, no lugar do nome verdadeiro, sendo mais utilizado na prática por pessoas do meio artístico. É correto o que se afirma em A) III e IV, apenas. B) I e IV, apenas. C) I e II, apenas. D) I, II, III e IV. E) II e III, apenas. DIREITO CIVIL I Questão 29) Laís, com 26 anos, é médica recém-formada e, nessa condição, viaja para trabalhar de plantonista nos municípios A, B e C, durante a semana, e nos fins de semana, permanece na casa de seus pais, no município D. Taís, com 19 anos, é estudante, faz cursinho para vestibular no município B, e seus pais residem no Município C, onde ela passa um fim de semana por mês. Tânia, com 29 anos, é funcionária pública de uma empresa federal no município A, onde aluga um apart-hotel para passar os dias da semana, sendo que seu marido e seus filhos residem no município B, no qual ela passa seus fins de semana. Um domingo, quando Laís, Taís e Tânia voltavam juntas de ônibus, de uma viagem que fizeram com a turma do primário, o veículo se envolveu num acidente, sem vítimas. A fim de serem inquiridas como testemunhas da empresa de ônibus, o dono da empresa precisou que cada passageiro indicasse, em um formulário, o seu domicílio legal, para necessidade de eventual intimação judicial para prestar depoimento. Nesse contexto, considerando os domicílios legais de Taís, Laís e Tânia, com observância nos conhecimentos da lei civil aplicável, julgue os itens a seguir. I. Laís é maior de idade e não possui domicílio fixo, dessa forma deverá indicar como lugar de domicílio legal os municípios A, B, C ou D, ou seja, onde ela poderá ser encontrada. II. Taís, sendo menor de 21 anos (início da capacidade civil), deverá indicar como lugar de seu domicílio o mesmo endereço de seus pais ou responsáveis, no caso o município D. III. Tânia deverá indicar como lugar de seu domicílio aquele no qual tem intenção de fixar residência, ou seja, junto com sua família, no município B. Está correto o que se afirma em A) I, II e III. B) I, apenas. C) II e III, apenas. D) I e III, apenas. E) II, apenas. DIREITO CIVIL I Questão 30) Acerca das classes e tipos de bens definidos no Código Civil, analise as afirmações a seguir. I. Supondo-se que a porta de uma casa foi provisoriamente retirada para realizar um conserto e, logo após, foi recolocada; é correto afirmar que, quando esteve fora da casa, a porta não perdeu o caráter de imóvel. II. Consideram-se móveis, para os efeitos legais, os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram. III. Nas diferentes classes estabelecidas no Código Civil para bens, a herança é uma universalidade de fato, pois corresponde a um conjunto de bens singulares que pertenceu à mesma pessoa, constituindo-se como um complexo de relações jurídicas, de uma ou mais pessoas, dotadas de valor econômico e que se consideram de per si, independentemente dos demais. IV. Embora as pertenças sejam classificadas como bens acessórios, os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade ou das circunstâncias do caso. É correto apenas o que se afirma em A) I e II. B) I e IV. C) III e IV. D) II e III. E) II e IV.
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